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TEORIA ATÔMICA Copyright © 2018 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 1 AULA 1 – MODELO ATÔMICO DE DALTON Toda matéria, ou seja, aquilo que tem massa e ocupa espaço (possui volume), é constituída por átomos. O termo Átomo foi estabelecido por dois filósofos gregos: Demócrito e Leucipo por volta de 450 a.C. Para eles a matéria era composta de pequenas partículas não divisíveis: A = Não; TOMO = Corte/ Divisão. Retomando as ideias de Demócrito e Leucipo, John Dalton (Século XIX – 1808), propõe uma teoria atômica para explicar a composição da matéria. Para Dalton, todas as substâncias conhecidas eram formadas por átomos, sendo que estes eram esféricos, maciços, indivisíveis, indestrutíveis e imutáveis, semelhantes a uma bola de bilhar. Outras características do modelo atômico de Dalton são interessantes serem observadas: Átomos de mesmo tamanho e massa possuem as mesmas propriedades e formam aquilo que é conhecido como elemento químico; Átomos com massas e tamanhos diferentes, possuem propriedades distintas e deste modo forma elementos químicos diferentes; As substâncias químicas são formadas por reuniões de átomos numa proporção de números inteiros; Uma reação química é um rearranjo de átomos, uma vez que estes não podem ser criados nem destruídos. Representação da molécula d’água segundo o modelo de Danton: a esfera maior (em vermelho) representa o átomo de oxigênio, enquanto as menores (em cinza), os átomos de hidrogênio. Observações O modelo atômico de Dalton validou as Leis Ponderais de Lavoisier e Proust. Lei de Lavoisier (conservação da massa) A massa total dos reagentes é igual ao total da massa dos produtos, ou seja, numa transformação química a massa é conservada. Lei de Proust (proporções definidas) Substâncias químicas apresentam composição fixa de proporções definidas entre os átomos. Lei de Dalton (proporções múltiplas) Uma massa fixa de um elemento químico pode combinar- se com múltiplas massas de outro elemento químico, formando substâncias diferentes. Por exemplo: carbono combina-se com oxigênio formando CO (monóxido de carbono) e também CO2 (dióxido de carbono). AULA 2 – MODELO ATÔMICO DE THOMSON Em 1897 (Séc. XIX), Joseph John Thomson, baseado em observações experimentais com descargas elétricas (tubos de raios catódicos), conclui que o átomo não poderia ser caracterizado por uma esfera indivisível como havia sido proposto anteriormente por Dalton. Para Thomson, os átomos eram formados por esferas gelatinosas carregadas positivamente contendo cargas elétricas negativas (os elétrons) distribuídas uniformemente, num equilíbrio elétrico, ou seja, a quantidade de cargas positivas e negativas são iguais. O modelo atômico de Thomson fica então conhecido como Pudim de passas. Representação do modelo de Thomson Modelo Pudim de Passas É importante ter em mente que a partir do modelo atômico de Thomson os átomos são divisíveis e apresentam natureza elétrica, ou seja, temos cargas positivas e negativas. Podemos salientar que a descoberta dos elétrons (a primeira partícula subatômica) é feita por Thomson baseado nas observações dos raios catódicos. AULA 3 – MODELO ATÔMICO DE RUTHERFORD A divisibilidade e a natureza elétrica dos átomos permanecem no modelo atômico de Rutherford (século XX – 1911), mas houve um refinamento baseado em experimentos com radioatividade. Rutherford bombardeou uma finíssima folha de ouro (símbolo Au) com cerca de 10-5 cm de espessura, envolvida por uma tela fluorescente de sulfeto de zinco (ZnS), com partículas alfa (α) emitidas pelo elemento química polônio. Segundo as observações do experimento, a maioria das partículas alfa atravessavam diretamente a folha de ouro, Modelo Atômico de Dalton = Bola de Bilhar Modelo Atômico de Thomson = Pudim de Passas http://www.stoodi.com.br/ TEORIA ATÔMICA Copyright © 2018 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 2 sendo que algumas sofriam pequenos desvios, enquanto poucas outras retornavam sua trajetória. Deste modo Rutherford concluiu que o átomo era formado por grandes espaços vazios, sendo que a carga positiva estava concentrada numa região pequena e densa conhecida por núcleo ou núcleo atômico e os elétrons (negativos) orbitavam ao redor deste núcleo na eletrosfera. Entre núcleo e eletrosfera não havia nada; só espaços vazios. Neste momento já podemos falar em prótons uma vez que é atribuído a Rutherford a descoberta destas partículas. AULA 4 – MODELO ATÔMICO DE BÖHR O modelo atômico de Böhr mantém as características descritas no modelo atômico de Rutherford, mas trouxe atualizações em relação à eletrosfera. Para Böhr, a eletrosfera de um átomo é dividida em regiões de energias diferentes. Podemos considerar os seguintes postulados elaborados para este modelo: Os elétrons orbitam ao redor do núcleo em órbitas circulares de energia definida e constante; Os elétrons assumem valores definidos de energia, dado pela órbita a qual se encontra, denominada de camadas energéticas ou níveis de energia; Espontaneamente os elétrons não perdem e não ganham energia e deste modo diz-se que o elétron se encontra numa orbita estacionária; Elétrons podem absorver quanta de energia, ou seja, pacotes de energia derivadas de uma fonte externa (quantum é a forma singular de quanta, plural); Ao receber um quantum de energia, o elétron salta para níveis mais energéticos mais afastados do núcleo e deste modo encontra-se num estado excitado; Retornando do estado excitado, o elétron devolve a energia recebida na forma de radiação eletromagnética, ou seja, luz. Representação das camadas energéticas do modelo atômico de Böhr As principais aplicações do modelo de Böhr são: Fogos de Artifício: a emissão de luz ocorre pela excitação dos elementos químicos pela absorção de energia derivada da queima da pólvora. Teste de Chama: através da coloração emitida por elementos químicos excitados por uma chama, os químicos podem identifica-los. GRACETTO, A. C., combustão, estrutura de chamas, testes de chama para cátions. Química Nova na Escola, n.23, p. 47, 2006. Fenômenos de Luminescência: Fluorescência: emissão de luz permanece enquanto houver fonte de excitação; Exemplo: lâmpadas fluorescentes Fosforescência: emissão de luz permanece por um certo tempo mesmo tendo cessado o fornecimento de energia Exemplo: interruptores de lâmpadas que “brilham” no escuro. http://www.stoodi.com.br/ TEORIA ATÔMICA Copyright © 2018 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 3 Evolução histórica dos modelos atômicos 450 a.C. Demócrito e Leucipo Cunhagem do termo ÁTOMO Toda matéria era formada por átomos Séc. XIX Dalton Modelo “Bola de Bilhar” Átomos: esferas maciças, indivisíveis e imutáveis Séc. XIX Thomson Modelo “Pudim de Passas” Átomos divisíveis: descoberta do elétron Séc. XX Rutherford Átomo é um grande vazio Átomo dividido em núcleo (prótons e nêutrons) e eletrosfera (elétrons) AULA 5 - NÚMERO ATÔMICO E NÚMERO DE MASSA Modelo Atômico Clássico Partícula Descobridor Massa Carga em gramas em u (massa relativa) Relativa em Coulombs Próton Rutherford 1,6726 x 10-24 1 +1 +1,6 x 10 -19 Nêutron Chadwick 1,6749 x 10 -24 1 0 0 Elétron Thomson 9,1093 x 10 -28 0 -1 -1,6 x 10 -19 Número Atômico (Z) O número atômico é dado pela letra Z. Representa a quantidade de prótons no núcleo. É este número que caracteriza um elemento químico. Número de Massa (A) O número de massa é o somatório do número de prótons (p) com o número de nêutrons (n) existentes no núcleo atômico. Assim, temos: A = p + n Através desta fórmula, podemos calcular o número de nêutrons de um determinado átomo:n = A - p É importante lembrar que quando falamos de átomos, estamos pensando numa espécie eletricamente neutra, ou seja, a quantidade de elétrons é igual em relação à quantidade de prótons: Átomo Elétricamente Neutro n elétrons = n prótons Exemplo 23 11 sódio Z = 11 A = 23 Na n = 12 e = 11 Elemento Químico Dizemos elemento químico quando pensamos na reunião de átomos de mesmo número atômico (Z). AULA 6 – ÍONS Os íons são espécies não eletricamente neutras, ou seja, são espécies carregadas positiva ou negativamente. Isto ocorre pela perda de elétrons. Dividimos os íons em cátions (positivos) e ânions (negativos). perde elétrons perde 1e23 23 11 11 íons positivos ganha elétrons ganha 1e19 19 9 9 íons negativos Átomo Cátions Na Na Átomo Ânions F F http://www.stoodi.com.br/ TEORIA ATÔMICA Copyright © 2018 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 4 AULA 7 – RELAÇÕES ATÔMICAS Isótopos São espécies que apresentam o mesmo número atômico (Z), ou seja, pertencem ao mesmo elemento químico, mas se diferem no número de massa (A). 1 2 3 1 1 1 Pr ótio Deutério Trítio H H H Isóbaros Átomos que possuem igual número de massa (A), mas diferentes números atômicos (Z). 40 40 20 18 Cálcio Argônio Ca Ar Isótonos Átomos com igual número de nêutrons (n), mas diferentes massa (A) e número atômico (Z). 26 28 12 14 Magnésio Silício Mg Si n = 14 n = 14 Isoeletrônicos Átomos e também íons que possuem igual número de elétrons: 2 2 12 8 10 10 elétrons Mg O Ne AULA 8 – ESTUDO DA ELETROSFERA E MODELO DE RUTHERFORD-BOHR Modelo Atômico de Rutherford-Bohr Segundo Rutherford o átomo era apenas divido em núcleo e eletrosfera. O núcleo consiste numa região extremamente pequena e densa do átomo sendo sua carga positiva devido à presença dos prótons. A eletrosfera é a região externa ao núcleo, onde encontramos os elétrons orbitando, segundo Rutherford, em qualquer posição possível. Bohr, considerando a natureza quântica da matéria, consegue observar que a eletrosfera estava dividida em camadas ou níveis de energia. Ao total temos sete camadas ou sete níveis de energia, sendo que cada uma possui um número máximo de elétrons permitidos: Níveis 1 2 3 4 5 6 7 Camadas K L M N O P Q Máx de e 2 8 18 32 32 18 8 À medida que nos afastamos do núcleo, ou seja, nos caminhamos para camadas mais externas, a quantidade de energia aumenta. Sendo assim, a camada Q (nível 7) possui mais energia em relação a camada K (nível 1) da eletrosfera. Além dos níveis de energia, a eletrosfera também possui subdivisões, chamadas neste caso de subníveis de energia: número máx de elétrons por subnível Subníveis energéticos 2 6 10 14 s p d f Considerando estas observações, o bioquímico Linus Pauling propôs a criação de um diagrama onde se observa uma sequência crescente de energia na distribuição dos elétrons da eletrosfera de um átomo. AULA 9 – DIAGRAMA DE LINUS PAULING Utilizando as diagonais, podemos obter a sequência abaixo: 1s2 2s2 3s2 2p6 3d10 3p6 4s2 4p6 4d10 4f14 5s2 5p6 5d10 5f14 6s2 6p6 6d10 7s2 http://www.stoodi.com.br/ TEORIA ATÔMICA Copyright © 2018 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 5 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d10 5p6 6s2 4f14 5d10 6p6 7s2 5f14 6d10… Exemplos 1 1 K 2 2 6 2 12 K M L M 2 2 6 2 6 2 1 21 K N L H : 1 s Mg : 1 s 2s 2p 3s Sc : 1 s 2s 2p 3s 3p 4s 3d Observe que na distribuição do escândio (Sc) o quarto nível aparece no meio do terceiro quando seguimos o diagrama de Linus Pauling. Podemos fazer a distribuição considerando a sequência dos níveis e assim chamamos de distribuição em ordem geométrica ou ordem de distância: 2 2 6 2 6 1 2 21 K N L M Sc: 1s 2s 2p 3s 3p 3d 4s AULA 10 – DISTRIBUIÇÃO ELETRÔNICA Camada de Valência A camada de valência é indicada sempre pelo maior valor do nível de uma distribuição eletrônica. Observe abaixo a distribuição eletrônica do ferro: 2 2 6 2 6 2 6 26Fe: s s p s p 4s 3d1 2 2 3 3 Subnível mais energético 2 2 6 2 6 2 6 26 Camada de Valência (Maior nível) Fe: s s p s p 4s 3d1 2 2 3 3 Chamamos de subnível mais energético sempre o último subnível escrito na distribuição. No caso do ferro, temos o subnível d como o mais energético. Note que a camada de valência e o subnível mais energético são conceitos diferentes. Em alguns casos a camada de valência comporta também o subnível mais energético. Camada de Valência 2 2 6 2 4 16 Subnível mais energético S: 1s 2s 2p 3s 3p AULA 11 – DISTRIBUIÇÃO ELETRÔNICA PARA ÍONS Para fazer a configuração eletrônica de íons utilizamos o mesmo procedimento considerando o diagrama de Linus Pauling. Para ânions, ou seja, espécies que receberam elétrons, basta somar a quantidade de elétrons recebida com aquela anteriormente existente e em seguida fazer a configuração. Observe os exemplos: Ânion óxido: 8O2-, somamos os dois elétrons recebidos (indicados pela carga 2-) aos oito elétrons existentes; deste modo, devemos fazer a distribuição de dez elétrons. 8O2- (10e-): 1s2 2s2 2p6 17Cl- (18e-): 1s2 2s2 2p6 3s2 3p5 O cuidado que devemos ter é para a configuração eletrônica de cátions uma vez que os elétrons saem exclusivamente da camada de valência. Deste modo, para fazer a configuração de cátions devemos primeiramente fazer a configuração do átomo neutro, identificar a camada de valência e em seguida fazer a retirada dos elétrons. Atenção: jamais fazer a configuração de cátions simplesmente retirando os elétrons e depois distribuindo. Observe a configuração eletrônica para o Titânio +2 22Ti (22e-) 1s22s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d2 Note que a camada de valência para o titânio é 4s2 e deste modo os dois elétrons serão retirados desta posição 22Ti 2+ (20e-) 1s22s2 2p6 3s2 3p6 3d2 AULA 12 - DISTRIBUIÇÃO ELETRÔNICA - CERNE DE GÁS NOBRE A configuração eletrônica em cerne ou caroço de gás nobre é uma notação ou maneira mais curta de se escrever uma configuração eletrônica para qualquer elemento químico – que não seja um gás nobre, claro! Para escrevermos corretamente a configuração em cerne de gás nobre, devemos ter em mãos uma tabela periódica para nos auxiliar. Primeiramente localizamos o elemento químico que queremos escrever a configuração. Vamos fazer um exemplo para o potássio (K) que se encontra na quarta linha, ou melhor, no quarto período da tabela periódica. Em seguida, procuramos o gás nobre do período anterior, ou seja, do terceiro período (terceira linha), que para este exemplo é o argônio (Ar). Vamos observar a configuração destes dois elementos: 18 Ar (18 e-): 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 http://www.stoodi.com.br/ TEORIA ATÔMICA Copyright © 2018 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 6 19 K (19 e-): 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s1 Note que configuração do argônio está contida na configuração do potássio. Desta maneira escrevemos a configuração do potássio como sendo: 19 K: [Ar] 4s1 O elemento cálcio (Ca) encontra-se no mesmo período do potássio e deste modo tem também em seu cerne o argônio. Vamos escrever sua configuração: 20 Ca: [Ar] 4s2 Também podemos utilizar a mesma notação para íons. Observe: 20 Ca: [Ar] 4s2 perda de 2e- da valência 20 Ca2+ : [Ar] AULA 13 e 14 - NÚMEROS QUÂNTICOS (PARTES 1 e 2) Em1926, Werner Heisenberg (físico alemão, 1901 – 1976), considerando os conceitos estabelecidos pela mecânica quântica, demonstrou ser impossível determinar com precisão absoluta a velocidade e a posição de um elétron num átomo. Essas considerações ficaram conhecidas como princípio da incerteza de Heisenberg. Sendo assim, podemos considerar de forma mais adequada que os elétrons se encontram ao redor do núcleo numa região chamada de orbital. Orbital: região de máxima probabilidade de se encontrar um elétron. Cada orbital possui energia e forma características. Após entendido o conceito de orbital, podemos entrar em contato com os números quânticos, que caracterizam os elétrons em relação às suas energias. Quatro números quânticos definem os elétrons: Principal Secundário ou Azimutal Magnético Spin Atenção: em um mesmo átomo, é nula a possibilidade de se encontrarem dois elétrons com os mesmos números quânticos. Número quântico principal (N) Define o nível de energia do elétron num orbital. Quanto maior o valor de número quântico principal, maior a energia do elétron. Também podemos considerar que ele indica um distanciamento do elétron em relação ao núcleo. Valores possíveis para n: n = 1, 2, 3, 4, ... É importante notar que para os elementos conhecidos atualmente contém elétrons apenas até o sétimo nível energético. Sendo assim, os valores de n vão de 1 até 7 no máximo. Número quântico secundário ou azimutal (ℓ) Indica os subníveis de energia associados a cada nível principal. São designados pelas letras minúsculas s, p, d, f, g, h, etc. Os valores dos números quânticos secundário são simples de calcular, uma vez que vão de 0 até n – 1. Para os elementos conhecidos, temos: n ℓ Letra 1 0 s sharp 2 1 p principal 3 2 d diffuse 4 3 f fundamental Cada valor do número quântico secundário indica a forma do orbital. Número quântico magnético (M) O número quântico magnético indica a orientação do orbital no espaço. Os valores assumidos pelo número quântico magnético são calculados da seguinte maneira: M ou m = - ...0... ℓ mℓ s 0 0 p 1 1, 0, +1 d 2 2, 1, 0, +1, +2 f 3 3, 2, 1, 0, +1, +2, +3 http://www.stoodi.com.br/ TEORIA ATÔMICA Copyright © 2018 Stoodi Ensino e Treinamento à Distância www.stoodi.com.br 7 Número quântico de spin (Ms ou S) O número quântico de spin indica a rotação dos elétrons num orbital. Podem assumir valores de +1/2 ou -1/2. É interessante notar que os químicos representam um orbital através de um quadrado ou um círculo. Cada orbital possui no máximo, segundo o princípio da exclusão de Pauli, dois elétrons com spins opostos. Observação: levando-se em consideração o primeiro elétron a preencher um orbital, devemos considerar: Não existe uma convenção para o sentido da seta que representa o primeiro elétrons a preencher um orbital: Também não existe uma convenção sobre o valor do spin: Atenção: a grande maioria dos autores do ensino médio e também os exercícios de vestibulares têm como convenção particular a seta para cima possuindo valor de spin -1/2. AULA 15 – CONFIGURAÇÃO ELETRÔNICA EM ORBITAIS A configuração eletrônica de um elemento indica o arranjo dos elétrons em seus orbitais atômicos. Conhecendo a configuração eletrônica, os químicos podem prever e também explicar muitas das características químicas de um elemento. Para realizarmos a configuração eletrônica devemos seguir os seguintes princípios: Princípio de exclusão de Pauli Dois elétrons não podem assumir valores iguais para os quatro números quânticos Princípio de Aufbau (do alemão, construção) Os elétrons são adicionados ao orbitais de mais baixa energia Regra de Hund Os elétrons preenchem os orbitais um de cada vez Devemos reconhecer também que cada orbital comporta no máximo dois elétrons e ter em mente a ordem energética destes orbitais. Abaixo segue um diagrama de nível de energia dos orbitais que pode auxiliar na configuração eletrônica. http://www.stoodi.com.br/