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Estudo dirigido Biofisica

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Estudo dirigido - Biofísica – 4º período 
1 – O que são radiações?
É a transmissão de energia de um sistema para outro por meio de ondas eletromagnéticas (calor, luz visível, raios UV, raios X, etc); ou partículas dotadas de massa (radiações α e β). 
Tipos de radiação: 1) Radiações ionizantes (radiações α e raios X);
 2) Radiações não-ionizantes (Luz, calor, etc).
2) Qual é a importância do emprego de equipamentos que utilizam radiações ionizantes e não ionizantes na medicina moderna preventiva e curativa? Entre as radiações ionizantes e não-ionizantes de grande utilidade e periculosidade podemos citar as radiações α, a β, a γ, ultravioleta, infravermelho, laser, ultra-som que são utilizadas em diversos aparelhos de diagnóstico e de tratamento como raios-X, tomografia, raios UV, pantomografia, etc. Existem diversas formas de radiações ionizantes em nosso meio, podemos citar os equipamentos de raios-X, de tomografia, de raios UV, de pantomografia (radiografia panorâmica), etc. Cada uma dessas fontes pode ser extremamente útil para realizar chapas de raios X de tórax, dentista (pantomografia), mas também pode ser protagonista de um acidente radioativo.
3) Que riscos a proximidade de tais aparelhos (e conseqüentemente de fontes de radiação) pode trazer a quem trabalha com esses equipamentos ou aos pacientes? Entre as características comuns dessas radiações está a grande quantidade de energia que carregam. Desta forma, todo material biológico (profissional ou paciente) que entra em contato com essas radiações está sujeito a lesões. Acidente radioativo. Periculosidade. Lesões iniciais: (Lesões de pele): cortes, feridas, queimaduras, podendo levar até a morte. 
4) Qual foi a causa principal do acidente com césio 137 em Goiânia? Uma bomba de césio 137 abandonada nos escombros do antigo Instituto Goiano de Radioterapia, foi recolhida por sucateiros, aberta e vendida num ferro-velho.
 5) Quantas e quais foram as pessoas contaminadas em Goiânia? Saldo final: Quatro morreram, um teve um de seus braços amputados, outro apresentou uma grave queimadura nas pernas e outras 200 pessoas que se encontravam em ruas próximas sofreram contaminação.
6) Descreva a contaminação dos animais e do ambiente. 
“O pó venenoso, contendo cloreto de césio, foi manuseado, levado para casa em vidrinho, colocado no bolso, esfregado no corpo. Foi varrido para debaixo do armário, para a cozinha, para o quintal. Foi lavado pela chuva e carregado pelo vento. Mais grave ainda foi sua disseminação pelas pessoas que o deixavam onde colocavam as mãos, os pés e onde sentavam. Nos locais em que trabalhamos, era possível seguir o rastro da contaminação nos bancos, mesas, torneiras, azulejos e outros objetos”.
7) De onde vieram os especialistas que estiveram no Brasil para auxiliar no tratamento dos contaminados? 
⇒Especialistas (físicos e médicos) do mundo inteiro: • Günter Draxer (Alemanha), • Elias Placios e Juan Carlos Jimenes (Argentina), • Gerald Hanson (Organização Mundial de Saúde), • Robert Ricks, Robert P. Gale e Carence C. Lushbaugh (Estados Unidos) • Georgui Selidovkin (União Soviética).
8) Quais foram os sintomas iniciais das pessoas contaminadas? Descreva também os aspectos das lesões de pele que aparecem após os sintomas iniciais. 
Sintomas iniciais: náuseas, vômitos, tonturas e diarréias. Por se tratarem de sinais inespecíficos, foram confundidos inicialmente com sintomas de uma doença infecciosa. “O tratamento das lesões, das feridas provocadas pela radiação, não foi um trabalho simples. Elas são peculiares: no início, surge um eritema e uma sensação de coceira, formigamento ou dormência. Depois surgem bolhas muito dolorosas. Nessa fase, começamos a fazer aplicações tópicas de medicamentos e imersões em bacias com substancias analgésicas. Na terceira fase das lesões, quando as bolhas se rompem, utilizamos soluções e pastas à base de tanino, de óleo de babosa e substancias antiinflamatórias...”
9) Descreva como os médicos trataram os sintomas iniciais dos contaminados. Qual foi a conduta dos médicos e da enfermagem durante o atendimento as vítimas no HGG. 
Na área médica, a prioridade era o atendimento às vítimas. Definimos as áreas de risco e o ritual que a partir daquele momento deveríamos seguir.. Quando cheguei a Goiânia, havia poucas pessoas no HGG e elas se mostravam temerosas de agir. Não contávamos com ninguém de Enfermagem. Mesmo que os médicos não tivessem receio, poucos teriam condições de nos ajudar, pois não há nos currículos de medicina informações sobre contaminação, irradiação e proteção radiológica...”.
 10) Durante o atendimento às vítimas, foi utilizado algum equipamento de proteção individual? Quais foram utilizados? Tomamos todas as precauções: usamos calça, bota, avental, máscara, gorro, luvas duplas e sobre-sapatos. 
11) Como foi feita a descontaminação da pele após o contato com o Césio 137? A pele foi submetida a uma rigorosa lavagem com água morna e sabão neutro ou detergente suave. No caso de Goiânia, os pacientes com contaminação de pele foram tratados também com vinagre, que é um ácido fraco, com resina trocadora de íons e com pomada de lanolina misturada ao dióxido de titânio, que atua como abrasivo. Também foi usado permanganato de potássio e métodos para provocar sudorese. Procurou-se eliminar o césio 137 através de suor, submetendo-se os contaminados à sauna e aos exercícios ergométricos.
12) Como foi feita a descontaminação do aparelho digestivo? Para descontaminar o aparelho digestivo, usou-se quelantes como azul-daprússia (ferro+ferrocianeto férrico) na proporção de 4:3 e resinas trocadoras de íons. Como ambos funcionam como quelantes do césio, permitiram que boa parte desse elemento fosse eliminado pelas fezes.
13) Descreva como foi feita a descontaminação do ambiente.
• Para descontaminar cimento e concreto, usamos misturas ácidos com alúmen e azul da prússia, combinado-os com ação mecânica, escovas manuais ou elétricas e, às vezes, lixadeira. Para azulejos de cozinhas e banheiros, escolhemos o ácido fluorídrico. Pisos encerados e objetos que acumulam gordura foram lavados com soda caustica e detergente ou com soluções não aquosas de ácido clorídrico. No local de maior contaminação, na casa 68, rua 57, as taxas de irradiação eram tão altas que forçaram os técnicos a permanecer apenas alguns segundos no local. Qualquer erro poderia expor as pessoas a doses comprometedoras.
 14) Qual é a diferença entre irradiação e contaminação radioativa.
 A diferença entre contaminação radioativa e irradiação é que, na primeira, absorve-se o material radioativo, já na segunda há exposição à radiação, que pode ser a distância. A contaminação radioativa acontece quando um material radioativo é absorvido pelo corpo de um indivíduo. Qualquer tipo de contaminação ocorre quando há a presença indesejável de um material em um local onde ele não deveria estar. Quando uma pessoa sofre contaminação radioativa, ela também se torna uma ameaça para as outras pessoas, pois o material radioativo que está presente nela continua emitindo radiações, que podem contaminar outros. Isso nos mostra que toda pessoa contaminada também foi irradiada. Por outro lado, a irradiação é a energia característica emitida por uma fonte radioativa. Ela ocorre quando há uma exposição do material ou do corpo de alguém à radiação emitida pelo elemento radioativo. Isso pode acontecer sem a pessoa entrar em contato direto com o material radioativo, ou seja, mantendo-se a certa distância. Desse modo, nem toda pessoa que foi irradiada também foi contaminada.

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