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Planejamento familiar

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Planejamento familiar: conjunto de ações de
regulação da fecundidade que garanta direitos
iguais de constituição, limitação ou aumento da
prole pela mulher, pelo homem ou pelo casal
É uma das ações da Política de Assistência Inte-
gral à Saúde da Mulher
 Lei 9.263 de 12 de janeiro de 1996 Lei 9.263 de 12 de janeiro de 1996 Lei 9.263 de 12 de janeiro de 1996
Estabelece que as instâncias gestoras do SUS,
em todos os seus níveis, são obrigadas a garantir
à mulher, ao homem ou ao casal, em toda a sua
rede de serviço, assistência a concepção e con-
tracepção como parte das demais ações que
compõem a assistência integral à saúde
Entre as obrigações do profissional de saúde e do
SUS no que tange o planejamento familiar e os
serviços ofertados para este, estão:
Assistência à concepção e contracepção
Atendimento pré-natal
Assistência ao parto, ao puerpério e ao neo-
nato
Controle das doenças sexualmente transmis-
síveis
Controle e prevenção dos cânceres cérvico-
uterino, de mama, de próstata e de pênis
Assistência à anticoncepção
A atuação dos profissionais de saúde na assistên-
cia à anticoncepção envolve três tipos de atividades:
Atividades educativasAtividades educativasAtividades educativas
Devem ser desenvolvidas com o objetivo de ofe-
recer os conhecimentos necessários para a escolha
e posterior utilização do método anticoncepcional mais
adequado
AconselhamentoAconselhamentoAconselhamento
Processo de escuta ativa individualizado e centra-
do no indíviduo
Essa prática pressupõe:
Identificação e acolhimento da demanda do in-
divíduo ou casal (necessidades, dúvidas, medos) relaci-
onadas às questões de planejamento familiar
Avaliação de risco individual ou do casal para a
infecção pelo HIV e outras DSTs
Reconhecimento pelo profissional de que o
sucesso a ser alcançado depende da ação conjunta
Atividades clínicasAtividades clínicasAtividades clínicas
Devem ser realizadas em prol do benefício da
promoção, proteção e recuperação da saúde da mu-
lher
Critérios clínicos de elegibilidade para uso dos mé-Critérios clínicos de elegibilidade para uso dos mé-Critérios clínicos de elegibilidade para uso dos mé-
todos anticoncepcionaistodos anticoncepcionaistodos anticoncepcionais
Desenvolvidos pela OMS para orientar o usuário
no processo de escolha do método anticoncepcional
Categoria 1: o método pode ser usado sem restri-
ção
Categoria 2: o método pode ser usado com res-
trições (vantagens superam os riscos)
Categoria 3: os riscos superam os benefícios
Categoria 4: o método não deve ser utilizado
Recomenda-se que a categoria 3 seja considera-
da como a 4, ou seja, não deve ser usado
Quando se trata de esterilização
Requisitos necessáriosRequisitos necessáriosRequisitos necessários, bem como os procedi- procedi- procedi-
mentosmentosmentos que devem ser tomadas são explicitados no
artigo 10 da Lei 9.363:
Em homens e mulheres com capacidade civil plena
e maiores de vinte e cinco anos de idade, ou, pelo me-
nos, com dois filhos vivos, desde que observado o
prazo mínimo de sessenta dias entre a manifestação
da vontade e o ato cirúrgico, período no qual será
propiciado à pessoa interessada acesso a serviço de
regulação da fecundidade, incluindo aconselhamento
por equipe multiprofissional, visando desencorajar a
esterilização precoce
Em situações de risco à vida ou à saúde da mu-
lher ou do futuro concepto, testemunhado em reláto-
rio escrito e assinado por dois médicos
Os pacientes entreguem um documento escrito e
firmado, manifestando a vontade de seguir com o
procedimento mesmo com os possíveis riscos
No caso das mulheres, elas não podem estar em
período de parto ou aborto (42º dia), exceto em caso
de necessidade por cesarianas sucessivas anteriores
Durante a entrega do documento comprovando a
vontade de seguir com o procedimento o paciente
não apresentar alterações na capacidade de discerni-
mento
A esterilização cirúrgica como método contracep-
tivo somente será executada através da laqueadura,
vasectomia ou outro método cientificamente aceito,
Planejamento familiar
sendo vedada através da histerectomia e ooforecto-
mia
Na vigência de sociedade conjugal, a esterilização
depende do consentimento expresso de ambos os
cônjugues
Toda esterilização cirúrgica será notificação com-
pulsória
Avaliação pré-concepcional
É a consulta que o casal faz antes de uma gravi-
dez, objetivando identificar fatores de risco ou doen-
ças que possam alterar a evolução normal de uma fu-
tura gestação
História clínicaHistória clínicaHistória clínica
Objetiva identificar situações de saúde que po-
dem complicar a gravidez
Como diabetes pré-gestacional, hipertensão, car-
diopatias, distúrbios da tireoide e processos infeccio-
sos, incluindo DSTs
O uso de medicamentos, hábito de fumar e uso
de álcool e drogas ilícitas precisam ser verificados
História familiarHistória familiarHistória familiar
Avaliação de doenças hereditárias, pré-eclâmpsia,
hipertensão, diabetes
História obstétricaHistória obstétricaHistória obstétrica
Número de gestações anteriores e de partos
pré-termo
Intervalo entre os partos, tipo de parto
O peso ao nascimento
As complicações das gestações anteriores, como
abortos, perdas fetais, hemorragias e malformações
congênitas
Exame geralExame geralExame geral
Pressão arterial
Peso e altura
Exame clínico das mamas
Papa nicolau (câncer do colo do útero)
Hemograma completo
Tipagem sanguínea para identificar o fator Rh
EAS (exame do sedimento urinário)
Rubéola e hepatite B: nos casos negativos, deve-
se providenciar a imunização previamente à gestação
Toxoplasmose: deve-se oferecer o teste no pré-
natal
HIV/Aids: em casos positivos, deve-se orientar
para o controle da infecção materna e para a redu-
ção da transmissão vertical
Sífilis: nos casos positivos deve-se tratar as mu-
lheres e seus parceiros, fazer o acompanhamento
de cura e orientá-los sobre os cuidados preventivos
para sífilis congênita
Exame de eletroforese de hemoglobina se a ges-
tante for negra e tiver antecedentes familiares de
anemia falciforme ou se apresentar histórico de ane-
mia crônica
Suplementação de ácido fólico: diminui o risco de
malformações na medula espinhal e cérebro do bebê,
além de evitar problemas na gestação como pré-
eclâmpsia e parto prematuro

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