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Atividade Biologia Vegetal II-fotossíntese e hormônios

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Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste – UEZO
Disciplina (remota) Biologia Vegetal II
	Profa. Cristiane P. Victório
Aluna: Andriela Dutra Norberto de Oliveira - 1722224062
Atividade Biologia Vegetal II (AV-1) 2021:
Influência da fotossíntese e dos hormônios em culturas agronômicas
O trabalho consiste em responder as 2 perguntas: parte 1 e parte 2. Valerá 2,0 pontos para somar a AV-1 (8,0 pontos).
Parte 1. De que modo o processo de fotossíntese se mostra crucial na produção de culturas vegetais de grande relevância no cenário nacional? (Ex.: café, cana de açúcar, laranja, milho, etc.)
Resposta: A soja é a cultura agrícola brasileira que mais cresceu nas últimas três décadas, correspondendo a 55,68% da área plantada em grãos no país (CONAB, 2018). No cenário mundial e nacional esta cultura representa economicamente um dos principais produtos agrícolas. No Brasil, é a principal cultura com maior extensão de área e volume de produção (HIRAKURI; LAZZAROTTO, 2014). Então, Atualmente, a fotossíntese é provavelmente ideal para uma situação selvagem e natural, mas pode ser otimizada para um ambiente de cultivo.
As plantas absorvem energia luminosa a partir do sol, convertendo-a em energia química no processo chamado fotossíntese (SALISBURY, F. B.; ROSS, C. W, 2009). Tanto a fotossíntese, quanto a respiração (R) geram energia química disponível na forma de ATP, cuja síntese é mediada por um gradiente de prótons (H+) transmembrana. Na respiração, esse gradiente se deve à oxidação de moléculas orgânicas em CO2, com redução do O2 em H2O, e a dissipação de energia em forma de calor. Na fotossíntese, o gradiente ocorre através da oxidação da H2O em O2, sendo essa fase mediada pela luz, (fase luminosa) e através da redução do CO2 em moléculas orgânicas, onde o ATP é utilizado (ARNON, D. I, 1984). É durante o processo respiratório que muitos precursores essenciais para a biossíntese de outros compostos importantes, como aminoácidos e hormônios vegetais, são produzidos (FARQHUAR, G. D.; SHARKEY, T. D, 1982).
A soja produz uma grande quantidade de flores, vagens e sementes, mas devido às limitações à fotossíntese acaba abordando excesso (R2 e R4) ou diminuindo a taxa de enchimento nos estádios críticos (SAYURI, 2019). Segundo Husic, D. W.; Husic, H. D.; Tolbert, N. E (1987), a fotossíntese pode ser inibida por elevado CO2 atmosférico, controlados principalmente por limitações estomáticas e metabólicas. Sabe-se que a soja é uma planta C3, cujo primeiro produto da fotossíntese é triose fosfato, que é um composto que possui 3 carbonos. Plantas c3 possuem Rubisco e apresentam o processo de fotorrespiração, que é conhecido como um processo biológico que reduz a eficiência da fotossíntese consumindo oxigênio, pela função oxigenasse da Rubisco, produzindo dióxido de carbono através da degradação de compostos intermediários do Ciclo de Calvin-Benson (CALVIN, 1989). Ou seja, a soja tem fotorrespiração gastando 1/3 da fotossíntese nesse processo. 
A fotossíntese para a soja, é um dos processos mais importantes para a manutenção da sua vida. Através da liberação de energia pelo sol, é capaz de impulsionar o aparato fotossintético da soja e produzir carboidratos que serão utilizados no processo respiratório. Vários fatores interferem na fotossíntese, como temperatura, teores de oxigênio e de gás carbônicos, nível de luminosidade, disponibilidade hídrica etc. Então, para que ocorra um desenvolvimento adequado da planta, é imprescindível que a fotossíntese ocorra de forma adequada dentro das condições ambientais necessárias de crescimento. 
Parte 2. Os hormônios vegetais têm sido aplicados em culturas vegetais de relevância no cenário nacional para diferentes fins. Escolha uma cultura vegetal, e busque em artigos científicos e/ou relatos científicos (EMBRAPA e outros institutos) a ação de hormônios vegetais usados de modo exógeno e sintetize as informações sobre aplicação e ação nas plantas.
Resposta: 
Em termos nacionais, a cultura da soja é uma das principais culturas anuais sendo cultivada área de 22.721.910 há na safra 2004/2005. O Estado do Mato Grosso foi o estado com a maior produção (15.235.299 t) (FNP, 2005). Mesmo com esses excelentes resultados a produção de grãos por unidade de área ainda é deficiente, pois os recordes de produção situam-se em torno de 6000 a 7000 kg. ha-1 (INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS, 2003). Esses recordes de produção são obtidos através de um conjunto de práticas culturais que visam adequar o ambiente a cultura da soja, ou seja, o desenvolvimento da soja para que seja de qualidade envolve processos como crescimento, floração, frutificação etc. Esses processos ocorrem de forma contínua e são regulados pelos hormônios vegetais, os chamados fitormônios. Eles são produzidos em determinadas células e transportadas para seus locais de atuação. Um hormônio conhecido é o ácido glibérico, e relaciona com o crescimento da planta por meio da divisão celular e do alongamento celular e atuam, também, no desenvolvimento de flores e frutos, na quebra da dormência da semente, o que acaba permitindo a sua germinação. Desta forma, de acordo com Stoller (2011), com aplicações de reguladores de crescimento vegetal, o resultado esperado para a cultura da soja é o maior desenvolvimento de raízes, em massa e comprimento, com isso ocorrerá maior produtividade, devido aos hormônios encontrados no produto.
As funções do ácido glibérico estão associadas ao crescimento caulinar e à aplicação desse hormônio a plantas pode induzir aumentos significativos nas suas estaturas (TAIZ & ZEIGLER, 2004). CASTRO et al. (1998), classifica o produto denominado de Stimulate® como um fitoestimulante que contém fitorreguladores e traços de sais minerais. Os fitorreguladores presentes são ácido índolbutírico (auxina) 0,005%, cinetina (citocinina) 0,009% e ácido giberélíco (giberelina) 0,005%. Segundo esses mesmos autores, esse fitorregulador químico incrementa o crescimento e o desenvolvimento vegetal, estimulando a divisão celular, a diferenciação e o alongamento das células. Também aumenta a absorção e a utilização dos nutrientes e é especialmente eficiente quando aplicado com fertilizantes foliares, sendo também compatível com defensivos.
Referências:
ARNON, D. I. The Discovery of photosynthetic phosphorylation. Trends in Biochemical Sciences 1984, 9, 258
CALVIN, M. Forty years of photosynthesis and related activities. Photosynthesis Research 1989, 21, 3016.
CASTRO, P.R.C., PACHECO, A.C., MEDINA, C.L. Efeitos de Stimulate e de micro-citros no desenvolvimento vegetativo e na produtividade da laranjeira `pêra' (Citrus sinensis l. osbeck). Scientia Agrícola, v.55, n.2, p.338-341. 1998.
CONAB (Brasil). Companhia Nacional de Abastecimento. Acompanhamento da safra brasileira grãos. Monitoramento Agrícola. v. 5 - safra 2017/18 n. 4 - Quarto levantamento. Brasília: janeiro 2018. Disponível em: https://www.conab.gov.br/.../safras/graos/...safra...graos/.../20861_fb79e3ca2b31845 43
FARQHUAR, G. D.; SHARKEY, T. D. Stomatal conductance and photosynthesis. Annual Review of Plant Physiology 1982, 33, 317.
FNP. Agrianual 2005; Anuário da agricultura brasileira. São Paulo, FNP Consultoria & Comércio, 2004.
HIRAKURI, M. H.; LAZZAROTTO, J. J. O agronegócio da soja nos contextos mundial e brasileiro. Documentos Embrapa, Londrina, n. 349, 2014.
HUSIC, D. W.; HUSIC, H. D.; TOLBERT, N. E. The oxidative photosynthetic carbon cycle or C2 Cycle. CRC Critical Reviews in Plant Sciences 1987, 5, 45.
INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS, Pesquisas sobre produtividades máximas na cultura da soja no EUA. POTAFOS, Piracicaba, SP, n.101, p.1-6, 2003.
SALISBURY, F. B.; ROSS, C. W.; Fisiologia das plantas, 4a. ed., Cengage Learning, 2012; b) Taiz, L.; Zeiger, E.; Fisiologia vegetal, 4a. ed., Artmed, 2009.
STOLLER. Biorregulaodor Disponível em: //www.stoller.com.br/biorregulador. Acesso em: 30/03/2021
TAIZ, L.; ZEIGER, E. Fisiologia Vegetal. 3.ed. Porto Alegre: Artmed, 2004, 559p.

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