Buscar

paper 2021

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

2 
 
2 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DA ECOFISIOLOGIA VEGETAL E SUAS DIVERSIDADES 
 
Antônio Rubens Ferreira[footnoteRef:1] [1: Antônio Rubens Ferreira; Enesmar Jesus Fagundes; Edmilson José de Almeida. ] 
Enesmar Jesus Fagundes 
Edmilson José de Almeida 
Tutor externo: Diogo Vieira Barbosa[footnoteRef:2] [2: Prof. Diogo Vieira Barbosa. 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Agronomia (AGM0077) – seminário IV - 10/07/2021. ] 
 
Resumo 
O presente trabalho tem como objetivo caracterizar os principais pontos e importância da Ecofisiologia, que por sua vez pode ser entendida como o ramo de estudo da fisiologia vegetal que leva em consideração a Influência dos fatores ambientais no crescimento e desenvolvimento de espécies cultivadas e sua relação com a produtividade de comunidades vegetais. O Brasil, sendo portador de uma alta diversidade de espécies vegetais em diferentes biomas, requer, cada vez mais, estudos e análises comparativas que compreendam a área da fisiologia, anatomia e ecologia, a fim de alcançar um conhecimento maior a respeito do funcionamento, entre outros aspectos das plantas. Dessa forma, tais estudos vêm sendo aplicados dentro do campo da ecofisologia vegetal. Também conhecida como fisiologia ambiental, esta área estuda as estruturas e os processos vitais que acontecem dentro do sistema das plantas, abordando questões desde o metabolismo e desenvolvimento vegetal, até a reprodução. Muitas vezes, é considerada interdisciplinar, pois realiza analises comunicativas entre espécies; correlacionando a evolução e o comportamento de animais e vegetais. 
 
 
Palavras Chave: Fatores Ambientais; diversidade; Fisiologia Vegetal e Ambiental. 
 
Abstrac 
The present work aims to characterize the main points and importance of Ecophysiology, which in turn can be understood as the branch of study of plant physiology that takes into account the influence of environmental factors on the growth and development of cultivated species and their relationship with the productivity of plant communities. Brazil, being the bearer of a high diversity of plant species in different biomes, increasingly requires studies and comparative analyzes that include the area of physiology, anatomy and ecology, in order to achieve greater knowledge about their functioning, among other aspects of plants. Thus, such studies have been applied within the field of plant ecophysiology. Also known as environmental physiology, this area studies the structures and vital processes that take place within the plant system, addressing issues ranging from plant metabolism and development to reproduction. It is often considered interdisciplinary, as it carries out communicative analysis between species; correlating the evolution and behavior of animals and plants. 
 
 
Keywords: Environmental Factors; diversity; Plant and Environmental Physiology. 
 
 
 
 
1.INTRODUÇÃO 
 
A ecofisiologia avança rapidamente como ciência, pois os diferentes sistemas ecológicos causam alterações nos mecanismos fisiológicos e morfológicos dos seres vivos, sendo necessário, uma área que interprete cuidadosamente tais eventos, para que possamos entender o desenvolvimento ambiental e prováveis situações futuras. Segundo o professor do Departamento de Melhoramento Vegetal da FCA/UNESP, Dr. Marcelo de Almeida Silva, tais efeitos distintos causados pelo ambiente sobre as espécies vegetais, são provenientes da interação entre esses dois organismos e podem ser considerados benéficos ou prejudiciais. 
Desta forma, a ecofisiologia realiza procedimentos analíticos e investiga o comportamento fisiológico em diversas condições ambientais, levando em conta mudanças permanentes ou gradativas e naturais ou antrópicas, buscando estudar fatores que interfiram na biodiversidade e no desenvolvimento natural da planta. Complementando o assunto, o professor Marcelo de Almeida diz que esses fatores apresentam diferentes magnitudes e estão em função da espécie, do genótipo, da fase fenológica de desenvolvimento, da intensidade e do tipo do fator ambiental, principalmente. 
O Brasil, sendo portador de uma alta diversidade de espécies vegetais em diferentes biomas, requer, cada vez mais, estudos e análises comparativas que compreendam a área da fisiologia, anatomia e ecologia, a fim de alcançar um conhecimento maior a respeito do funcionamento, entre outros aspectos das plantas. Dessa forma, tais estudos vêm sendo aplicados dentro do campo da ecofisiologia vegetal. 
Também conhecida como fisiologia ambiental, esta área estuda as estruturas e os processos vitais que acontecem dentro do sistema das plantas, abordando questões desde o metabolismo e desenvolvimento vegetal, até a reprodução. Muitas vezes, é considerada interdisciplinar, pois realiza analises comunicativas entre espécies; correlacionando a evolução e o comportamento de animais e vegetais. 
 Ecofisiologia é o estudo que trata dos processos e respostas vitais dos vegetais em função das alterações nos fatores ambientais. Os fatores ambientais e/ou edafoclimáticos correspondem às condições físicas, químicas e biológicas do solo, foto periodismo, variações de temperatura, umidade relativa, precipitação pluviométrica ou irrigação, vento, arranjo de plantas (espaçamento e densidade de plantio), ambiência de instalações utilizadas para cultivo, dentre outros. Tais fatores assumem grande importância em relação ao crescimento, sobretudo o que tange ao aumento do número de células e alongamento das células e, consequentemente, afeta o desenvolvimento vegetal, principalmente processos e respostas vitais dos vegetais ao ambiente. 
Uma definição bastante aceita de ecofisiologia vegetal é aquela que: 
 [...] aborda questões ecológicas que estão sobre controle do crescimento, reprodução, sobrevivência, abundância e geografia de distribuição de plantas à medida que esses processos são afetados pelas interações entre plantas com suas propriedades físicas, químicas e o ambiente biótico. (LAMBERS et al., 2008, p. 1). 
 
Essa definição de ecofisiologia, segundo Rosado Dias e Mattos (2013) é amplamente relacionada com os objetivos funcionais da ecologia e ilustra o quanto é importante o entendimento desse conceito. 
Os maiores impactos do estudo da fisiologia vegetal estão concentrados na agricultura, em suas diversas cadeias produtivas. 
Segundo Prisco (2007, p. 2), algumas das conquistas responsáveis pela elevação da produtividade foram: 
A utilização de cultivares mais produtivos (contribuição da Genética e do Melhoramento), o uso de fertilizantes (contribuição da Fisiologia e da Ciência do Solo), o uso de pesticidas (contribuição da Fitopatologia e da Entomologia), o uso de irrigação e de máquinas agrícolas (contribuição da Engenharia Agrícola, da Ciência do Solo e da Ecofisiologia), ouso de técnicas de propagação vegetativa (contribuição da Fisiologia) e, finalmente, o uso de técnicas de armazenamento e de transporte de sementes, de frutos e de hortaliças (contribuição da Engenharia Agrícola e da Fisiologia). 
 
A ecofisiologia diz respeito ao estudo sistemático e generalizado do ambiente, ou seja, dos fatores edáficos (referentes ao solo) e climáticos influenciando o crescimento e desenvolvimento das plantas. 
 
2.FUNDAMENTAÇÃO TEORICA 
 
O conhecimento da ecofisiologia é fundamental para o entendimento de questões tanto ecológicas quanto morfofisiológicas, necessárias à compreensão de processos e interações. 
Beltrão e Oliveira (2011) delinearam um histórico por meio do trabalho de Luttge e 
Scarano (2004) sobre o termo ecologia e suas relações. Segundo esses autores, Alexander Von Humboldt (1769–1859) fundou a geografia de plantas depois de descobrir que a fisionomia da vegetação é determinada por condições ambientais e que a distribuição de plantas é dependente das condições do clima (HUMBOLDT, 1982). 
Na teoria de seleção natural proposta por Charles Darwin (DARWIN, 1859), o impacto de fatores ambientais sobre os organismos tornou-se aspecto essencial na seleção natural. Andreas Franz Wilhelm Schimper (1859–1901)efetuou várias expedições aos trópicos, fundou a geografia de plantas sobre as bases ecológicas e reconheceu a necessidade de experimentação fisiológica (SCHIMPER, 1898). Posteriormente, Ernst Stahl (1848–1919) introduziu e iniciou a experimentação em pesquisas ecológicas, sendo considerado o descobridor da ecofisiologia (LANGE et al., 1981; MAGDEFRAU, 1992; LUTTGE, 1997). 
O conhecimento e entendimento dos princípios ecofisiológicos assumem grande importância em todos os vegetais, especialmente frente às principais culturas agrícolas exploradas comercialmente nos diferentes países do globo. Destacam-se as culturas da canade-açúcar, mamoneira, soja, frutíferas, hortaliças, algodoeiro, cafeeiro, girassol e milho. Num cenário de mudanças climáticas globais, onde previsões meteorológicas indicam aumento da temperatura e alterações em outras variáveis ambientais, como o regime de chuvas, torna-se imprescindível o conhecimento dos fatores ecofisiológicos e estudos referentes à adaptação e seleção de material genético, sobretudo das principais culturas agrícolas, que toleram condições de estresse. Por exemplo, sabe-se que a escassez de água pode provocar alterações em diversos fenômenos fisiológicos, afetando todo o crescimento e desenvolvimento das plantas, bem como suas produções. 
Taiz e Zeiger (2010) reportaram que plantas submetidas a estresse podem produzir etileno, fitormônio que induz a respostas fisiológicas como abscisão foliar e senescência vegetal. As plantas, na natureza, estão continuamente expostas a estresses biótico e abiótico. Anjum et al. (2011) descreveram que entre esses estresses, o estresse causado pela seca é um dos fatores mais adversos do crescimento e da produtividade das plantas, sendo considerado uma ameaça grave para a produção sustentável de culturas num cenário de mudança climática. A seca desencadeia grande variedade de respostas nas plantas que vão desde alterações do metabolismo celular às mudanças nas taxas de crescimento e perda de rendimentos das culturas. 
Compreender as respostas bioquímicas e moleculares à seca é essencial para uma percepção holística dos mecanismos de resistência das plantas às condições limitadas de água. O estresse causado pela seca diminui progressivamente as taxas de assimilação de CO2 devido à redução da condutância estomática. Além disso, reduz o tamanho das folhas, a extensão das hastes e crescimento das raízes, altera as relações com a água da planta e reduz a eficiência do uso da água. Consequentemente, interrompe a ação de pigmentos fotossintéticos e reduz as trocas gasosas, levando a uma redução no crescimento e produtividade da planta. 
A geração de espécies reativas de oxigênio (Reactive Oxygen Species, ROS) induzido por seca é bem conhecido a nível celular e é rigorosamente controlada nos níveis de produção e consumo, através de sistemas antioxidativos. Como as emissões de carbono continuam a aumentar, alguns cientistas começaram a considerar como o mundo poderá atingir a meta de limitar o aumento da temperatura global de 2°C dos níveis pré-industriais. Martin Parry, do Imperial College de Londres, e seus colegas alertaram que devemos nos preparar para a necessidade de adaptação diante de uma superação da marca de 2°C. 
 No entanto, o aumento do CO2 atmosférico aumenta o rendimento quântico produzidas fotos sinteticamente, ou seja, a fotossíntese líquida, produção de biomassa e produção final. Além disso, pode ocorrer maior produção e a maior eficiência de uso de insumos em plantas C3 (via ciclo fotossintético de Calvin/Benson, como o algodoeiro). O estudo mostrou que há aumento de produção de sementes de algodão em 43% com CO2 elevado para 550 mg L1(concentração atmosférica fica em torno de 350 mg L-1). Assim, o CO2 elevado favorece o crescimento e o rendimento do algodoeiro, mas a temperatura mais alta influencia negativamente. O algodão pertence à planta C3, que libera CO2 durante a fotorrespiração (principalmente em temperaturas altas). 
A planta demanda alta entrada externa e uso excessivo de nitrogênio (N), o que pode ocasionar maior uso de fertilizantes, levando a mais emissões de óxido nitroso para a atmosfera (um dos piores gases de efeito estufa). As estratégias de mitigação devem visar reduzir a utilização de insumos inorgânicos com mais ênfase ao nitrogênio, incluindo as práticas integradas de gerenciamento de nutrientes, o uso de Azotobacter de 14 fixação de N e Azospirillum em rotação de leguminosas, aplicação de fertilizantes nitrogenados de liberação lenta e incorporação de restos culturais de algodoeiro, que poderiam reduzir o uso de fertilizantes nitrogenados e outros fertilizantes. 
Contudo, a melhor ciência disponível relacionada à mudança climática e a fisiologia das culturas indica que a mudança climática representa uma ameaça credível para o crescimento da produtividade global (por exemplo, para as culturas de cevada, milho, arroz, sorgo, soja e trigo) a taxas necessárias para acompanhar a demanda crescente de alimentos. Aumentando a escala de investimentos na melhoria das culturas, e aumentando a ênfase desses investimentos sobre fatores de mudança global, ajudará a sustentar o crescimento das produções nas próximas décadas. 
Espera-se que as mudanças climáticas influenciem as condições de crescimento das culturas através de aumentos diretos dos níveis de dióxido de carbono (mais substrato disponível para fotossíntese, CO2) e temperatura média (energia de ativação de reações bioquímicas e metabólicas). Contudo, Chapman et al. (2012) relataram que pode haver grande variabilidade no clima, com potencial para aumentar a ocorrência de estresses abióticos extremos, como calor, seca, inundação e salinidade. 
Efeitos associados às mudanças climáticas e maiores concentrações de CO2 incluem impactos sobre a eficiência de uso da água, da produção em terras secas, além de culturas irrigadas e potenciais efeitos na biossegurança, produção e qualidade do produto através de impactos bióticos, como ocorrência de pragas e doenças endêmicas e introduzidas, além da tolerância a esses estresses. A adaptação direta a essas mudanças pode ocorrer através de mudanças na cultura, na fazenda e na cadeia produtiva, além de gerenciamento e mudanças econômicas e ou geográficas, onde operam diferentes sistemas de produção. 
Com relação às culturas específicas, uma adaptação a longo prazo é a criação de novas variedades que apresentam um melhor desempenho no seu crescimento e desenvolvimento. É fato, que se não forem tomadas providências de forma a diminuir ou inibir os efeitos do aquecimento global toda a sociedade poderá arcar com o ônus desse processo, principalmente, comunidades situadas em países menos desenvolvidos, como o Brasil, que poderão ser os primeiros e mais atingidos pelas adversidades do clima, como fomes, secas, inundações e problemas fitossanitários diversos (surtos desordenados de pragas em lavouras). 
Atitudes concretas poderão ser realizadas pela sociedade e, especialmente, pelos cientistas, tais como: incentivar a geração e o uso de biocombustíveis e energias renováveis; apoio à geração de novas tecnologias menos impactantes; melhoramento e introdução de plantas mais adaptadas às adversidades do clima; além de conhecimentos e entendimento das variáveis ecofisiológicas que afetam as principais culturas agrícolas. 
 
2.1 Respiração e fotossíntese 
 
As plantas, de maneira geral, são autotróficas, ou seja, produzem a própria alimentação, enquanto os animais são heterotróficos. A fotossíntese está associada à respiração. Pode-se dizer que a fotossíntese e a respiração são espelhos uma da outra, e que, de maneira geral, ocorre um balanço entre os dois processos na biosfera (KLUGE, 2008). 
 
A fotossíntese e a respiração geram energia química utilizável, na forma de (ATP), cuja síntese é mediada por um gradiente de hidrogênio transmembrana. A respiração aeróbica envolve a oxidação de moléculas orgânicas em CO2 com redução do O2 em H2 O e dissipação de energia em forma de calor. A fotossíntese envolve dois processosligados: a oxidação de H2 O em O2 mediada pela luz e produção de ATP, fase Foto, e a redução do CO2 em moléculas orgânicas, em que o ATP é utilizado, fase Síntese (KLUGE, 2008, p. 1). 
 
Segundo Taiz e Zeiger (2013), a taxa fotossintética da maioria das espécies vegetais varia conforme a concentração de CO2 no ambiente, podendo haver um aumento de 30 a 60%. As concentrações variam de 600 a 700ppm de CO2 atmosférico, em relação à taxa da fotossíntese com 370 ppm de CO2 na atmosfera. Nesse sentido, os mesmos autores pontuam que, devido à fotossíntese ser um processo bioquímico que, entre muitos fatores, depende da presença e atuação de diversas enzimas e moléculas, o aumento da taxa fotossintética não é contínuo ao longo do tempo (TAIZ; ZEIGER, 2013), e está diretamente conectado ao processo de respiração. 
O ciclo de Krebs apresenta algumas diferenças entre a respiração dos vegetais e a dos animais. Por exemplo, na etapa em que o composto Succinil-CoA é convertido para Succinato, ocorre produção de ATP em plantas, enquanto nos animais, ocorre, inicialmente, a produção de GTP. 
 
Outra feição característica do ciclo de Krebs de plantas é a atividade da enzima málica dependente de NAD+. A atividade da enzima permite a completa oxidação de ácidos orgânicos, na ausência do substrato normal do ciclo, o piruvato. Por exemplo, o fosfoenolpiruvato no citosol pode ser convertido para oxaloacetato e fosfato inorgânico (Pi) por ação da carboxilase do PEP. Ainda no citosol, a desidrogenase do malato converte oxaloacetato em malato, consumindo NADH. O malato é transportado para a matriz mitocondrial através de um translocador de dicarboxilatos, na membrana interna da mitocôndria. Na mitocôndria, por ação da enzima málica dependente de NAD+ (presente nas plantas), o malato é convertido para piruvato, o qual pode ser oxidado no ciclo de Krebs (UFC, 2001, p. 263). 
 
As reações, com a participação da enzima málica, podem acontecer no citosol e/ou na mitocôndria: o ciclo de Krebs consiste em oito etapas catalisadas por enzimas, começando com a condensação do acetil-CoA (2C) com o oxaloacetato (4C), formando o ácido cítrico (6C). Os carbonos derivados do acetil-CoA são liberados na forma de CO2. O ciclo inclui ainda quatro reações de oxidação, as quais produzem três moléculas de NADH e uma de FADH2 (por molécula de piruvato). Uma molécula de ATP é formada pela fosforilação ao nível do substrato. 
Finalmente, o oxaloacetato é regenerado, permitindo a continuação do ciclo. 
O processo respiratório pode variar de acordo com a disponibilidade do substrato: 
 
A variação da disponibilidade de substrato é uma das vias para entender a maneira pela qual a respiração responde à demanda de energia metabólica (utilização de ATP). No entanto, ainda não se sabe, ao certo, se a oscilação da respiração de um dado órgão é causa ou consequência da oscilação paralela da disponibilidade de substratos presentes. Obviamente, existem muitas situações nas quais certos compostos produzidos, como agentes de proteção contra organismos externos, são também inibidores ou desacopladores da cadeia de transporte de elétrons e, portanto, afetam indiretamente a respiração do tecido (OLIVEIRA, 2013, p. 1). 
 
 Ao discutir controle da respiração de imediato, é tida a ideia de demanda de energia, no caso, da disponibilidade de substrato que sobrepõe a taxa respiratória. Sob baixos níveis de substrato (carboidratos e ácidos orgânicos), a atividade respiratória pode estar limitada. Quando os níveis de substrato aumentam, a respiração pode exceder a demanda por energia metabólica. 
Nessas condições, a atividade da rota alternativa do metabolismo respiratório (cianetoresistente) é aumentada. Como visto anteriormente, a via alternativa permite a oxidação dos substratos e a redução dos agentes redutores (NAD[P]H, FADH2) sem, no entanto, produzir grandes quantidades de ATP (OLIVEIRA, 2013). 
 
2.2Fisiologia Ambiental 
 
A Ecofisiologia ou também denominada de Fisiologia Ambiental, caracteriza-se com uma ciência que estuda as adaptações funcionais dos organismos, diante das frequentes e distintas condições ambientais, drásticas ou gradativas mudanças naturais ou antrópicas provocadas ao meio, causando alterações sobre a biodiversidade. Este estudo considera o enfoque interativo das espécies, integrando pesquisas não restritas somente à fisiologia, mas correlacionando a evolução, o comportamento dos animais e vegetais, a dispersão e a sistemática, focalizando os variados níveis de organização intimamente dependentes. 
Desta forma, as conformações ecológicas determinam alterações nos mecanismos fisiológicos e também morfológicos dos animais e vegetais, durante a história evolutiva dos diferentes lados filogenéticos. Manifestando através das transformações, padrões selecionados e adaptados. Alguns já extintos, e outros ainda existentes. 
Uma variedade de estímulos externos ou ambientais pode estar envolvida na regulação do desenvolvimento da planta. A maioria dos estímulos ambientais são parâmetros físicos. Luz, temperatura e gravidade apresentam os efeitos mais óbvios e dramáticos: 
· Luz - desempenha papel fundamental na vida das plantas, influenciando na fotossíntese, como crescimento, desenvolvimento e forma das plantas. A capacidade de germinação das sementes também pode estar associada à iluminação, dependendo da espécie a ser cultivada. Algumas necessitam de luz para brotar (a semente não deve ser totalmente enterrada), outras, porém, não necessitam tanto da luz para germinarem. Em muitas variedades, a foto período é responsável pela germinação das sementes, pelo desenvolvimento das espécies e pela formação de flores e bulbos. 
· Temperatura - o aumento da temperatura faz aumentar também a velocidade de crescimento da planta. Cada planta possui uma temperatura ótima de crescimento (em torno de 25ºC para as plantas tropicais), ou seja, uma faixa de temperatura que fará com que a planta se desenvolva no tempo certo, sem perda na produção. 
· Umidade - a água é um elemento essencial para a vida e para o metabolismo das plantas. Assim, a irrigação deve estar de acordo com a tolerância de cada espécie. A deficiência de água no solo (“stress” hídrico) pode aumentar ou diminuir os princípios ativos de acordo com a cultivar estudada. 
· Altitude - à medida que aumenta a altitude (acima de 100 metros), a temperatura diminui 1ºC e aumenta a insolação, que interfere no desenvolvimento das plantas e na produção de princípios ativos. Plantas produtoras de alcaloides, quando em baixas altitudes, apresentam maior teor de princípios ativos. 
· Latitude - teoricamente, plantas cultivadas em latitudes equivalentes (Norte e Sul) têm o mesmo desenvolvimento, época de floração e teor de princípios ativos. 
Outros fatores ambientais, tais como umidade do ar e nutrição mineral também influenciam o desenvolvimento em muitos casos. Algumas evidências recentes têm indicado que uma variedade de poluentes do ar e da água podem, também, modificar o padrão de desenvolvimento vegetal. 
Visto que os sinais do ambiente se originam no meio externo, as plantas devem possuir alguns meios para perceber e converter (ou traduzir) a informação contida em tais sinais em alguma mudança metabólica ou bioquímica. O entendimento da natureza da percepção do sinal é uma das primeiras etapas no entendimento das cadeias de eventos que levam à resposta final. 
Atualmente, muitas evidências indicam que a maioria dos estímulos ambientais, se não todos, agem, pelo menos em parte, modificando a atividade hormonal e, ou a expressão gênica. Os estímulos ambientais (luz, redução na umidade do solo, temperatura, etc.) provocam aumento nos níveis de determinados hormônios (como ácido abscísico, giberelinas, etc.), os quais podem alterar a expressão de genes específicos para uma determinada resposta final. Esta resposta final pode representar uma adaptação ao ambiente (por exemplo, se ocorrer redução no teor de água no solo, a planta fecha os estômatos para reduzir as perdas de água pela transpiração).3.METODOLOGIA 
 
 O presente trabalho, teve como metodologia utilizada à coleta de dados baseado em diferentes técnicas: levantamento documental (publicações produzidas por empresas), e a coleta de dados que consistem na revisão bibliográfica, com vista a identificar casos com potenciais interessantes para contextualização deste trabalho que se dá a partir da discussão de teorias existentes em fontes secundárias, como: livros periódicos e sites especializados, para propor conteúdos informativos ,que visam descrever a importância da ecofisiologia vegetal e suas diversidades. 
 Desta forma podemos afirmar que a fisiologia vegetal é a área da Botânica que estuda os fenômenos relacionados ao metabolismo, ao desenvolvimento, aos movimentos e à reprodução dos vegetais. O manejo de pragas e doenças é extremamente importante para preservar a área foliar. Controlar as plantas daninhas é fundamental para aumentar a fotossíntese. Utilizar fertilizantes via solo e via folha é essencial, já que os nutrientes são muito importantes para o desenvolvimento saudável do vegetal. Mas só isso não basta! 
É preciso também manejar a planta no sentido de potencializar sua funcionalidade para que ela esteja mais apta a lidar com fatores imprevisíveis que a gente sabe que ocorrem durante o seu ciclo de cultivo no campo. É por isso, é muito mais que a fisiologia vegetal é tão importante. 
Vale lembrar que os fatores estressantes podem ser ainda mais prejudiciais em alguns momentos críticos da vida da planta, como o florescimento e a frutificação. Isso porque nestes momentos a planta precisa manter em atividade uma série de estruturas, como raiz ativa absorvendo água e nutrientes e folhas verdes fazendo fotossíntese. Assim, qualquer fator estressante nessas fases pode provocar altos índices de abortamento, que alguns casos ultrapassam os 70%. É isso que faz com que a gente perca grande parte do potencial produtivo da florada em diante. 
Para ajudar a garantir altas produtividades, já é consolidado no mercado o uso de tecnologias que apresentam alta eficácia no campo e que ajudam a planta a lidar com as situações estressantes. Os reguladores vegetais, por exemplo, atuam como sinalizadores no interior da planta, promovendo seu funcionamento de maneira adequada em situações em que ela não está funcionando 100%. Eles têm ação em toda a planta e ao longo de todo o ciclo, desde a germinação de emergência, passando pela formação de sistema radicular e construindo uma melhor arquitetura (tanto do sistema radicular quanto da parte aérea). Tudo isso favorece uma maior produção de energia com menor gasto de água. 
A conceituação de reguladores do crescimento vegetal apresenta diferenças e complementariedades aos fitormônios ou hormônios vegetais e estimulantes vegetais: 
 
Os hormônios vegetais, ou fitormônios, são substâncias orgânicas que desempenham a principal função no regulamento do crescimento. Já os reguladores vegetais são substâncias sintetizadas exogenamente e, quando aplicadas nas plantas, possuem ações similares aos compostos vegetais conhecidos. Os retardadores ou reguladores vegetais são compostos sintéticos que retardam a alongação e a divisão celular no meristema subapical. Finalmente, os estimulantes vegetais se referem à mistura de reguladores vegetais, ou de um ou mais reguladores com compostos de natureza bioquímica diferente (aminoácidos, vitaminas) (RAMOS, 2011, p. 15). 
 
 Nesse contexto, os hormônios ou fitormônios são substâncias naturais produzidas pelo próprio vegetal. Os reguladores de crescimento, reguladores vegetais ou, ainda, fitorreguladores são termos empregados para todas as substâncias, naturais ou artificiais, que possuem efeito no crescimento e desenvolvimento das plantas. É um termo empregado para compostos, como os próprios fitormônios, além de outras substâncias naturais de crescimento, como algumas produções fúngicas, ou, ainda, substâncias sintéticas, como hormônios e reguladores sintéticos, que desempenham atividades no controle do crescimento e desenvolvimento vegetal. 
 
4.RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
O objetivo principal do artigo cientifico foi abordar informações importantes em relação a ecofisiologia vegetal, trazendo consigo resultados satisfatórios. Portanto, podendo assim destacar que a fisiologia vegetal, é um processo bastante importante e podemos citar também, é o da transpiração. Isso, porque ela está relacionada com o transporte da seiva bruta no xilema. 
A transpiração pode ocorrer tanto através dos estômatos quanto através da cutícula. 
Para que ocorra a transpiração estomática, é necessário que ocorra a abertura dos estômatos, ou seja, é necessário que as células estejam túrgidas para que ocorram as trocas gasosas com o meio, além das trocas gasosas, durante a transpiração acontece também a perda de água assim, quando as células-guarda se tornam flácidas, ocorre o fechamento dos estômatos. Os principais fatores responsáveis pela abertura e fechamento dos estômatos são a hidratação dos tecidos da planta, a intensidade da luz a qual a planta está sujeita e a concentração de gás carbônico. 
Podemos assim também mencionar que a fisiologia vegetal é um campo de estudo que tem como objetivo analisar as diversas funções e processos de uma planta, tais como a fotossíntese, a germinação de sementes, os hormônios vegetais, a respiração das células etc. Ou seja, analisar como as plantas crescem, como elas se desenvolvem e como funcionam à medida que interagem com inúmeros fatores do ambiente, sejam eles físicos (abióticos) ou fatores vivos (bióticos). 
 Para quem trabalha no campo, utilizar os conhecimentos sobre fisiologia vegetal é muito importante para lavoura. 
 
 
 
 Diferente de nós, as plantas não conseguem se isolar dos inúmeros estresses que elas enfrentam e passam diariamente. Isso porque elas são seres estáticos e que se desenvolvem em altas densidades. Assim, precisam conseguir lidar com essas condições adversas do ambiente para se manterem vivas e se desenvolverem. Por serem imóveis, os vegetais apresentam uma série de mecanismos que os ajudam a lidar com o ambiente. Por exemplo: as plantas conseguem sentir onde é que está a maior umidade do solo. Assim, elas tendem a crescer naquela direção para que possam absorver a água de um modo mais eficiente. 
 Além disso, uma outra habilidade muito importante que garante a adaptação das plantas em um ambiente agrícola é a capacidade de controlar a transpiração. Como todos sabem, as plantas transpiram e eliminam água como nós. Mas esses mecanismos de controle são muito importantes principalmente em dias mais quentes, para que a temperatura das folhas se mantenha estável. Ou seja, as plantas funcionam como pequenas fábricas que, além de produzirem o próprio alimento a partir da luz do sol, da água e do ar, são capazes de produzir uma série de substâncias que a ajudam a lidar com um ambiente agrícola estressante, usando a fisiologia vegetal para aumentar a produtividade dominar a fisiologia vegetal, ou seja, entender de que forma as plantas funcionam e como elas interagem com todos os fatores do meio é de extrema importância quando nós pensamos em buscar novos patamares de produtividade. Existem dois tipos de fatores externos que podem influenciar o desenvolvimento de uma planta: abióticos e bióticos. 
 
Os 
fatores abióticos estão relacionados a características do solo, como pH, teor de 
 
nutrientes, a própria mistura do solo e outros fatores relacionados ao clima, como água, luz,
temperatura etc. Quanto a esses fatores físicos, podemos considerar que o homem t
em pouca 
ou nenhuma ação sobre eles.
 
 
Já os fatores bióticos dizem respeito aos organismos vivos, como pragas e doenças 
(
que podem causar enormes problemas para a agricultura), micro
-
organismos benéficos (como 
as bactérias fixadoras de nitrogênio) e o
 
próprio homem, que interfere no desenvolvimento de 
uma planta
. Com
 
através de uma série de práticas de 
manejo.
 
A
 
tecnologia a favor da produção
 
d
esde meados da décadade 60, a chamada Revolução Verde que começou nos EUA e se
 
espalhou pelo mundo permitiu o
 
desenvolvimento de uma série de práticas agrícolas que têm 
cooperado para aumentar a produtividade no campo.
 
 
 
 
 
 
No gráfico acima, podemos observar as médias de produtividade da cultura da soja no 
Brasil ao longo de 25 anos. Todas as 
tecnologias que foram desenvolvidas até hoje (como o 
manejo de pragas e doenças, o uso de fertilizantes, o desenvolvimento de implementos agrícolas
 
e a evolução genética) contribuíram e tem contribuído para esses saltos de produtividade.
 
	 Se analisarmos a safra de 1995/96, a produtividade média da soja no Brasil girava em 
torno de 2 toneladas por hectare. Enquanto isso, na safra de 2019/20, a produtividade subiu para cerca de 3,3 toneladas por hectare. Ou seja, em 25 anos o avanço tecnológico contribuiu para aumentar a produtividade média da cultura da soja no Brasil em torno de 1,3 tonelada por hectare. 
Flutuações: 
 Ainda sobre o gráfico acima, é possível notar uma grande instabilidade do sistema produtivo ano a ano. E grande parte disso deve-se à influência de fatores que nós temos pouco controle, que são aqueles relacionados ao clima. 
 Então, se a planta pode se deparar com uma série de situações em que vão faltar recursos para ela, o que nós precisamos almejar em termos de manejo é: quanto mais condição eu der para essa planta produzir mais alimento (ou seja, quanto mais ela conseguir usar a luz do sol para produzir mais por cm² de folha por dia), maior será a quantidade de alimento que essa planta vai ter para utilizar em todos seus processos de desenvolvimento. Além disso, e o mais importante: maior será o excedente de alimento que iremos colher na forma de produtividade, que é o que traz rentabilidade para o agricultor. 
 
5.CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 Diante do estudo realizado podemos compreender de forma mais clara e ampla que fisiologia vegetal é o ramo da Botânica que estuda o metabolismo, o desenvolvimento, a reprodução e outros aspectos da vida dos vegetais. Sendo assim, é a fisiologia vegetal que cuidará de explicar os processos fundamentais da fisiologia das plantas, como a fotossíntese, a nutrição, a respiração, os hormônios e a relação das plantas com a água. 
 A Fisiologia Vegetal na agricultura e muito importante, pois já deu larga contribuição para o melhoramento da agricultura. A prática de adubação só se desenvolveu após a descoberta das necessidades das plantas em elementos minerais. O emprego de fitorreguladores no enraizamento de estacas, no combate a ervas daninhas, e várias outras aplicações, decorre de estudos relativos à ação de hormônios nas plantas. Práticas agrícolas comuns, como densidade de plantio, época de semeadura, estádio de desenvolvimento para a colheita, e outras, são em grande parte determinadas pela atividade fisiológica das culturas. O armazenamento de frutos, hortaliças e sementes, dependem quase que exclusivamente da fisiologia desses produtos (Fisiologia pós-colheita). Melhoramentos e descobertas de novas práticas agrícolas certamente resultarão dos progressos que se verificarem no campo da Fisiologia Vegetal. 
 Esses progressos poderão vir tanto da pesquisa pura no campo da Fisiologia, como da pesquisa fisiológica aplicada, nos setores da Agronomia, Horticultura e Silvicultura. Aplicações práticas têm surgido das pesquisas básicas na Fisiologia, e, vice-versa. Valiosas contribuições fundamentais tiveram origem em pesquisas idealizadas com intuitos exclusivamente práticos. À maioria dos agricultores interessa apenas saber como executar as operações inerentes à determinada cultura. Aos técnicos, profissionais dotados de conhecimentos mais avançados dentro da sua especialidade, não convêm saber apenas o como (o que os igualaria a qualquer agricultor progressista), mas também o porquê das práticas agrícolas. As razões que fundamentam a grande maioria das práticas agrícolas são de natureza fisiológica. Além disso, o estudo da Fisiologia Vegetal é indispensável na formação de um profissional capacitado a dedicar-se à investigação agrícola. 
 O aumento da produção pela aplicação de fertilizantes adequados; o desenvolvimento de plantas resistentes à seca e ao frio; o encurtamento do ciclo de vida das plantas quer pela vernalização das sementes, quer pela aplicação dos estudos de fotoperiodismo; a estimulação do crescimento e do enraizamento de estacas pela aplicação de fitorreguladores, a enxertia e a poda cientificamente aplicada; todos estes são problemas da Fisiologia diretamente relacionados com a Agricultura. 
 
REFERÊNCIAS 
 	 
BELTRÃO, N. E. M.; OLIVEIRA, M. I. P. Ecofisiologia das culturas de algodão, amendoim, gergelim, mamona, pinhão-manso e sisal. Ed. Napoleão Esberard de Macêdo Beltrão, Maria Isaura Pereira de Oliveira, Brasília. DF: Embrapa Informação Tecnológica, 2011, p. 322. 
LUTTGE, U.; SCARANO, F. R. Ecofhysiology. Revista Brasileira de Botânica, São Paulo, v. 27, n. 1, 2004, p. 1–10. 
MACEDO, J. R., C. L. Capeche, & A. S. Melo. 2009. Recomendação de manejo e conservação de solo e água. Programa Rio Rural. Manual Técnico 20, Niterói, 45 p. 
BOLFE, A. P. F., E. R. Siqueira & E. L. Bolfe. 2004. Sistemas agroflorestais: uma proposta educativa. Agrossilvicultura, 1: 61-70. 
FONSECA, M. A. 2009. Técnicas de conservação dos solos. Tópico complementar nº IV do CBC de Ciências. Disponível em: http://www.iapar.br. 
 GLIESSMAN, S. R. 2000. Agroecologia: processos ecológicos em agricultura sustentável. Porto Alegre: Editora da Universidade – UFRGS. 
FELIPPE, G.M. et al. (1985) Fisiologia do desenvolvimento vegetal, 2ª. Ed., Editora Unicamp. 
 FERRI, M.G. et al. (1987). Botânica: Fisiologia - curso experimental, 2ª. Ed., Editora Nobel. 
OLIVEIRA, L.E.M. & Gomide, M.B. (1986) Fisiologia Vegetal - Aulas Práticas. Departamento de Biologia, ESAL. 
RADO, C.H.B.A.; CASALI, C.A. 2006. Fisiologia Vegetal: práticas em relações hídricas, fotossíntese e nutrição mineral. Barueri, SP: Manole. 448p. 
CID, L. P. B.; TEIXEIRA, J. B. Fisiologia vegetal: definições e conceitos. Brasília: Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, 2017. 
CLARKSON, D. T. Adaptações morfológicas e fisiológicas das plantas a ambientes de baixa fertilidade. Ilhéus: CEPLAC/BCS, 1985. 
COSTA, A. R. Apontamentos de fisiologia vegetal: nutrição mineral em plantas vasculares. 2014. Disponível em: https://core.ac.uk/download/pdf/62463519.pdf. Acesso em: 20 abr. 2020. LARCHER, W. Ecofisiologia vegetal. São Paulo: São Carlos, 2000. 
MOREIRA, C. Respiração. 2013. Disponível em: https://www.fc.up.pt/pessoas/ jfgomes/pdf/vol_1_num_1_07_art_respiracao.pdf. Acesso em: 20 abr. 2020. 
MOREIRA, C. Fotossíntese. 2013. Disponível em: https://www.fc.up.pt/pessoas/ jfgomes/pdf/revistaCienciaElementar_v1n1.pdf. Acesso em: 20 abr. 2020. 
OLIVEIRA, L. E. M. vegetal Temas em fisiologia. 2015. Disponível em: http:// www.ledson.ufla.br/assimilacao-e-transporte-de-nitrogenio-2/assimilacao-etransporte-denitrogenio-em-plantas/. Acesso em: 20 abr. 2020.

Outros materiais