Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Orientação Geográfica Universidade Federal de Santa Catarina Centro de Filosofia e Ciências Humanas Departamento de Geociências GCN 7200 – Cartografia I Professora: Fernanda Bauzys (fernandabauzys@yahoo.com.br) 1 Florianópolis, 10 de abril de 2013 Orientação pelos astros A observação dos astros tem sido um meio de orientação muito utilizado através dos tempos... Esta orientação é feita pela observação das posições do Sol, da Lua e das estrelas. 2 Orientação pelo Sol e Lua O sol surge, ao amanhecer, sempre num lado do horizonte, e desaparece, ao anoitecer, no lado oposto, e a Lua também; Baseado nessa observação, foi determinado um conjunto de pontos de referência, os pontos cardeais: Norte (N), Sul (S), Leste (E ou L) e Oeste (W ou O). 3 Orientação pelo Sol e Lua O sol nasce sempre do mesmo lado (Leste), e se põe (Oeste). 4 5 Orientação pelo Cruzeiro do Sul 6 Pontos Cardeais, Colaterais e subcolaterais Rosa dos ventos com os pontos cardeais e colaterais. 7 Pontos Cardeais, Colaterais e subcolaterais 8 Rosa dos ventos com os pontos cardeais, colaterais e sub-colaterias 9 10 11 Principais instrumentos de orientação utilizados GPS (Global Position System) ou Sistema de Posicionamento Global Sistema de posicionamento baseado num conjunto de satélites artificiais, capazes de fornecer posições na superfície terrestre com precisão de até poucos centímetros. 12 A História da bússola De acordo com alguns escritos chineses, as primeiras bússolas foram utilizadas no mar por volta do ano 850. Os navegadores levavam a bordo pedras de magnetita para imantar as agulhas à medida que estas iam perdendo o seu magnetismo. Fonte do vídeo http://www.youtube.com/watch?v=se6vBjgsRuw 13 Bússola Possui uma agulha imantada na ponta que gira sobre um eixo, onde está desenhada uma rosa-dos-ventos; A Agulha imantada aponta sempre para o pólo norte magnético, que atua como um grande imã (devido a grande quantidade de ferro derretido existente no interior da Terra). 14 Bússola 15 • Existem modelos de bússolas para as mais diferentes aplicações: navegação marítima, navegação aérea, navegação terrestre, geologia, topografia, mergulho, etc. 16 A bússola de Geólogo • A bússola do geólogo é um instrumento destinado à medida de ângulos e à orientação. 17 A bússola de Geólogo BÚSSOLA TIPO BRUNTON • Serve para medir atitude ou coordenadas de diversas estruturas geológicas (estratificação, xistosidade, juntas, planos de falhas, lineações, etc.), qualquer direção, declividade e desnível entre pontos do terreno, efetuando mapas planimétricos e geológicos expeditos, medidas de seções geológicas, etc. BÚSSOLA TIPO CLAR Declinação Magnética Temos 2 tipos de Norte em cartografia: Norte Geográfico, aquele indicado por qualquer meridiano geográfico, ou seja, na direção da rotação da Terra; Norte Magnético, que é a direção do pólo magnético, indicado pela agulha imantada de uma bússola. Declinação magnética = ângulo formado entre o Norte Geográfico e o Norte Magnético, sempre expresso em graus. 18 19 A distância angular entre os dois é a declinação magnética. Globo terrestre com seus Pólo Norte Magnético e Pólo Norte Geográfico: 20 21 Declinação geográfica: Norte Geográfico (Ng), Norte Magnético (Nm) e ângulo de declinação magnético (+δ) Declinação Magnética Uma bússola não aponta para o Norte verdadeiro, aponta em direção a um ponto a Leste ou Oeste do Norte verdadeiro; Uma declinação positiva ou leste significa que o Norte Magnético está desviado do Norte verdadeiro no sentido horário; Exemplos: 12°, 10°L e 11°E (east); Uma declinação negativa ou oeste significa que o Norte magnético está desviado no sentido anti-horário; Exemplos: -10°, 13°O e 8°W (west). 22 Norte Geográfico ou Norte Verdadeiro 23 • Nosso planeta Terra tem forma aproximadamente esférica. Esta “esfera” gira em torno de si mesma ao longo de um eixo imaginário. Os pontos onde este eixo atravessa a superfície da esfera, a crosta terrestre, são chamados de Pólo Norte e Pólo Sul; • De modo geral, podemos dizer que Norte Verdadeiro é a direção que, no local onde estamos, aponta para o Pólo Norte. 24 Declinação Magnética A declinação magnética não é igual em todo o planeta, variando bastante de região para região. Existe também uma variação ao longo do tempo; Normalmente, a declinação magnética está indicada nas cartas topográficas e mapas de cada região. 25 26 Carta topografica Paulo Lopes, escala 1 50 000 Declinação Magnética Uma predição da declinação magnética para uma posição geográfica em determinada data pode ser calculada de acordo com um modelo empírico de abrangência mundial desenvolvido pelo National Geophysical Data Center (NGDC/NOAA), nos Estados Unidos; Este centro disponibiliza na internet uma página intitulada Magnetic Field Calculators que permite calcular a declinação magnética de qualquer local em uma data escolhida. 27 28 29 30 31 Inversão geomagnética É a mudança de orientação do campo magnético terrestre de tal forma que o norte e o sul magnéticos são intercambiados; Estes eventos ocorrem a uma escala de dezenas de milhar de anos ou mais, tendo a mais recente (a inversão de Brunhes–Matuyama) ocorrido há 780,000 anos; Por meio da análise dos dados paleomagnéticos, sabe-se hoje que o campo magnético terrestre inverteu a sua orientação dezenas de milhares de vezes desde a formação do planeta; Apenas quando os dados foram representados num mapa é que se tornou aparente que surgiam no fundo oceânico faixas magnéticas surpreendentemente regulares e contínuas (Importância da cartografia) 32 http://www.notapositiva.com/pt/trbestbs/geologia/12_modelo_expansao_oce anicos_d.htm Inversão geomagnética A opinião científica encontra-se dividida quanto às causas das inversões geomagnéticas. Segundo uma teoria elas devem-se a eventos internos ao sistema que gera o campo magnético terrestre. Outra defende que elas devem- se a eventos externos. 34 Para fins de cartografia e orientação, qual o Norte interessa? O Norte Verdadeiro ou seja o Geográfico. Por convenção, o alinhamento vertical dos mapas aponta sempre para o Norte Verdadeiro. 35 36 Determinação da direção: Rumo e azimute Azimute O azimute é o ângulo formado entre o Norte e o alinhamento. Esse ângulo varia de 0º a 360º e é contado no sentido horário. 37 Representação dos azimutes da Terra Rumo É o menor ângulo formado entre a linha Norte e Sul e o alinhamento. 38 Representação dos rumos da terra Rumo São ângulos obtidos em função do azimute através de relações matemáticas simples; A amplitude do ângulo varia entre 0° a 90°; Os RUMOS são contados a partir da direção norte ou sul, no sentido horário ou antihorário; Sempre acompanhado da direção ou quadrante em que se encontram (NE, SE, SO ou NO) 39 Rumo e Azimute No sistema azimutal, rumos que diferem em + 180º equivalem à mesma direção; Assim, por exemplo, os rumos N040 e N220 equivalem à mesma direção. Se não estamos preocupados com o sentido dentro de uma linha, qualquer uma das duas atitudes pode ser utilizada para indicar a direção dessa linha; No sistema de quadrantes, ocorre fato semelhante. Assim, por exemplo, os rumos N020E e S020W equivalem à mesma direção; Assim, no presente exemplo, dir-se-ia que a direção é N020E e não S020W, embora esta última a rigor não esteja errada. No entanto, se considerado um rumo, é necessário referir-se aoNorte ou ao Sul, conforme o caso; Assim, o rumo N020E é diferente do rumo S020W, embora a direção seja a mesma. 40 Rumo e Azimute Quando conhecemos os azimutes dos alinhamentos, podemos facilmente, a partir deles, determinar os rumos correspondentes, através de simples relações geométricas, bastando para isso observar que: A partir do Norte, os rumos crescem no sentido horário para E, e no anti- horário para W; A partir do Sul crescem no sentido anti-horário para E, e horário para W, como mostra a figura a seguir. 41 42 43 Dúvidas? 44 Tenham todos um bom dia!
Compartilhar