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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA BAHIA
CURSO DE METALURGIA – MODALIDADE – INTEGRADO
LÍDIA MENDES DE SOUZA BELAS VIEIRA
NOME DO TRABALHO
Simões Filho
2022
LÍDIA MENDES DE SOUZA BELAS VIEIRA
NOME DO TRABALHO	
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para a obtenção do título de Técnico em Metalurgia, pelo Instituto Federal de Ciência e Tecnologia da Bahia, campus de Simões Filho.	
Orientador(a): Rodrigo Oliveira de Araújo.
Simões Filho
2022
RESUMO
Palavras-Chave: 
	SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
Este trabalho de conclusão de curso parte de uma reflexão sobre o pensamento de Paul Rabinow[footnoteRef:2], um antropólogo norte-americano que trabalhou com processos tecnológicos e científicos, problematizando a modernização da vida. Uma reflexão no mundo de novas práticas, sobre o que significa ser antropos estão em produção e circulação. [2: RABINOW, Paul. Antropologia da Razão: Ensaios de Paul Rabinow/ Organização e tradução: João Guilherme Biehl — Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1999. ] 
O que significa ser humano hoje é impossível de ser pensado sem uma análise das técnicas, das ciências e da compreensão do que significa estas próprias técnicas e esta própria ciência dentro de relações culturais de saber e poder. Partimos de uma análise de uma visita de campo, no qual alunos e alunas de uma turma específica de metalurgia do IFBA — Campus Simões Filho, foram levados pela professora Maria Cléa Soares de Albuquerque a realizar um experimento com líquidos penetrantes e a consequente produção de um relatório sobre esse experimento.
Por que não falamos simplesmente que os estudantes foram levados pela professora para a realização do experimento e ao invés disso citamos e damos ênfase em “alunos e alunas”? Por que cremos que em nossa sociedade a tecnologia e a ciência reflete padrões sociais, de estigma, de tal forma que, falar em um experimento igual para homens e mulheres leva a contradições. 
O que queremos dizer é que, na nossa sociedade a tecnologia e a ciência, e os experimentos realizados, não são iguais para homens e mulheres e isso se reproduz em sala de aula, no laboratório, quando condições diferentes para mulheres e homens tomam forma política, de poder, no fazer da própria ciência.
Num ensaio, de memória, valendo-se do relatório de experimento, tentaremos demonstrar, que as condições de ensino e aprendizagem, que o próprio espaço físico laboratorial, e seus equipamentos podem significar dificuldades, diferenças para quem é homem e quem é mulher. No caso em questão as mulheres, e essa é nossa hipótese, que pode ser refutada, sofrem prejuízo em relação aos homens; o espaço, as condições não foram pensadas para elas. E talvez, isso implique que na sociedade maior, do qual a experiência de ensino e aprendizagem é apenas um microcosmo, seja igualmente desigual. 
Não vamos nos esquecer que Paul Rabinow dialoga com Max Weber e Michel Foucault, sobre a questão da verdade em quanto significado socialmente produzido, da realidade enquanto passível de mudança. 
Tais constatações não se constituem em uma reclamação pessimista e niilista, mas sim na busca, diante do trágico, de uma ciência alegre, ou como nos ensina Roberto Machado[footnoteRef:3], na terminologia de Nietzche, uma Gaia Ciência. Não somos, nós mulheres, seres frágeis e chorosos diante da vida. Se é essa a vida, vamos afirmá-la, e vivê-la corajosamente, quantas vezes ela se repetir em seu eterno retorno. [3: MACHADO, Roberto. A alegria e o trágico em Nietzche, Café Filosófico (CPFL): Série “O Pensamento de si como criação do presente.”. In: https://youtu.be/SKrGcdy6J3g ] 
Como possíveis palavras finais, desta introdução, quero retomar em minha memória, o Experimento feito com os líquidos penetrantes. Não importa se a aula foi conduzida por uma mulher, o que estou a falar é de um modo de fazer ciência, que, vejam bem, é como se fosse um modo apolíneo. Apolo, incansavelmente, todos os dias, e de forma repetida e acabada, arrasta o carro do Sol. É como se a ciência, fosse Apolo, com todas as suas respostas, fosse uma ciência acabada, definitiva. Não nos esqueçamos que em sua coleção "Curso de Física Básica, 1, Mecânica", Moysés Nussenzveig afirma que a Física não é um edifício acabado, mas como algo que permanece sempre em construção, inclusive nos seus alicerces. 
A ciência tem demonstrado que o trabalho de pesquisa básica, motivado exclusivamente pela curiosidade, leva com frequência a aplicações inesperadas de grande importância prática e que devemos estar conscientes das limitações do método científico, que não deve excluir nem invalidar outras variedades da experiência e dos saberes. Nos diz ele, que " Podemos aplicar a acústica, a neurofisiologia e a psicologia ao estudo das sensações provocadas pela audição de uma sonata de Mozart, mas ainda assim estaríamos omitindo provavelmente o aspecto mais importante." Uma ciência apolinea, que se diz pronta e acabada, com todas as respostas, é uma ciência morta. Nos processos de ensino e aprendizagem, ensinamos muitas vezes até sem saber ou querer, uma ciência assim. Uma ciência sem mais perguntas... 
Não foi debatendo com Kant, filósofo que para muitos tem a palavra final, que o professor Newton da Costa, foi elaborando uma nova lógica, a lógica Paraconsistente (uma lógica que nos permite culturalmente compreender como lógica a construção do pensamento, por exemplo, dos antigos povos iorubas como possuindo sua lógica própria e tão capaz quanto a nossa, de construir realidades). Essa nova lógica, contraditória, abissal, pode nos levar a pensar em que finalidades práticas tal lógica poderia resultar, e aí estão os computadores e toda a ciência computacional, para nos expor resultados.
 Portanto, esse TCC, segue essa linha. Não se pretende trazer uma resposta final, ou talvez nem encontre respostas, mas talvez traga muitas indagações, muitas perguntas...Como mulher, olho para as idas e vindas dos aspectos apolíneos e dionisíacos da vida, com o olhar e a maneira de ser de Atalanta, famosa caçadora e corredora da mitologia grega, uma mortal que se identifica com Ártemis, a deusa grega da caça e da Lua, abandonada logo após o nascimento e deixada para morrer por ter nascido menina. Ela é o exemplo do espírito indomável em garotas competentes e corajosas, bem como nas mulheres que serão. Ela simboliza em nós mulheres, a paixão e a persistência por percorrer distâncias, sobreviver e alcançar o sucesso, numa sociedade liquida, fugaz, destruída pela própria liquidez que a corrói.
1
Esse trabalho de conclusão de curso tem como principal objetivo trazer à tona como a ciência é exclusiva e de que forma ela impacta tão negativamente as mulheres nos laboratórios do IFBA- Campus Simões Filho. 
A princípio é necessário informar que a ciência possui dificuldades em aceitar outros conhecimentos, conhecimentos esses que podem vir a ser uteis em diversos sentidos e aspectos da vida, trazendo informações que podem mudar o ponto de vista da ciência; a ciência a muito tempo assumiu uma posição confortável de verdade inquestionável, deixando de questionar-se e desconsiderando outros pontos de vista, tornando-se assim uma ciência elitista. Dessa forma, é possível afirmar que a ciência desconsidera diversos saberes fora a razão, os saberes corporais e sensitivos são ignorados e tratados como algo inútil, quando na verdade são de extrema importância. 
Já faz algum tempo que diversos cientistas sociais questionam a forma em que a ciência é constituída e de que modo a ciência trata as pessoas como uma massa generalizada, questionando por que o modelo de pesquisa cartesiano, que vê o mundo como uma máquina, é predominantemente usado no âmbito da ciência. 
 
BIBLIOGRAFIA
BANDEIRA, Lourdes. A contribuição da crítica feminista à ciência. SciELO Brasil, 2008. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0104-026X2008000100020>. Acesso em: 12/03/2022. 
BOLEN, Jean Shinoda.Ártemis: a personificação arquetípica do espirito feminino Independente / Jean Shinoda Bolen; tradução Gilson César Cardoso de Souza — São Paulo: Cultrix, 2020. 
CAPRA, Fritojof. O ponto de mutação: a ciência, a sociedade e a cultura emergente; tradução Álvaro Cabral — 1ª edição — São Paulo: Cultrix, 1982. 
CPFL, Café Filosófico. A alegria e o trágico em Nietsche | Roberto Machado. YouTube, 17 de jan. de 2019. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=SKrGcdy6J3g>. Acesso em: 06/03/2022. 
DEMO, Pedro. Conhecimento moderno: sobre ética e intervenção / Pedro Demo — 4ª edição — Petrópolis, RJ: Vozes, 1997. 
GROZS, Elizabeth. Corpos Reconfigurados / Capítulo 1 de Elizabeth Grosz: Volatile bodies. Toward a corporeal feminism; tradução Cecilia Holtermann, revisão Adriana Piscitelli. Cadernos Pagu, nº 14, 2000. pp.45-86.
HORKHEIMER, Max. Teoria crítica: uma documentação / Max Hokheimer; tradução Hilde Cohn — São Paulo: Perspectiva: Editora da Universidade de São Paulo, 1990. 
KELEMAN, Stanley. Mito e corpo: uma conversa com Joseph Campbell / Stanley Keleman; tradução Denise Maria Bolanho; ilustrações Stanley Keleman. — São Paulo: Summus, 2001.
LESKY, Albin. A tragédia grega. — São Paulo: Perspectiva, 1971.
MACHADO, Roberto Cabral de Melo. Nietzsche e a verdade. / Roberto Machado. — 2ª edição — Rio de Janeiro: Graal, 1999. 
NUCCI, Marina Fisher. Crítica feminista à ciência: das “feministas biólogas” ao caso das “neurofeministas”. SciELO Brasil, 2018. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1806-9584.2018v26n141089>. Acesso em: 12/03/2022.
O PONTO DE MUTAÇÃO (MINDWALK). Direção: Bernt Amadeus Capra Produção de Klaus Lintschinger. Estados Unidos: Triton Pictures, 1990. Youtube.
RABINOW, Paul. Antropologia da razão: ensaios de Paul Rabinow; organização e tradução, João Guilherme Biehl. — Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1999. 
SANTOS, Vivian Matias dos. Notas desobedientes: decolonialidade e a contribuição para a crítica feminista à ciência. SciELO Brasil, 2018. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1807-0310/2018v30200112>. Acesso em: 12/03/2022.
SARDENBERG, Cecília Maria Baccellar. Da Crítica Feminista à Ciência a uma Ciência Feminista?. Repositório Institucional UFBA, 2007. Disponível em: <https://repositorio.ufba.br/handle/ri/6875>. Acesso em: 12/03/2022. 
SCHAPIRA, Laurie Layton. O complexo de Cassandra: histeria, descrédito e o resgate da intuição feminina no mundo moderno / Laurie Layton Schapira; tradução Cecília Casas — 2ª edição — São Paulo: Cultrix, 2018. 
SILVA, Fabiane Ferreira; RIBEIRA, Paula Regina Costa. Trajetórias de mulheres na ciência: "ser cientista" e "ser mulher". SciELO Brasil, 2014. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1516-73132014000200012>. Acesso em: 12/03/2022.

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