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APS Urogenital

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Rone Gomes Magalhães RA:222404-0 Gustavo Fogli Rodrigues RA: 208292-7
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	ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA 
APARELHO UROGENITAL– Caso clínico com exames de imagem, microscópio virtual e mapa conceitual 
	Implantação 2022-1 
A) -Observe a imagem referente a um exame de urografia excretora em um indivíduo que não apresenta nenhuma disfunção das vias urinárias e identifique as estruturas inumeradas de 1 a 4:
1. Córtex Renal
1. Pelve Renal
1. Ureter Direito
1. Bexiga Urinário 
B) - Observe o exame de imagem referente a urografia excretora apresentada no caso clínico 1 e faça uma análise comparativa entes as estruturas que foram afetadas, correlacionando com as causas que provocaram a insuficiência renal crônica nesse paciente e o desfecho clínico que culminou na necessidade de hemodiálise e transplante renal.
Caso 1: O rim esquerdo com hidronefrose acentuada, pelve renal obstruída, com edema, calcificações no sistema pielo calicinal, dilatação da pelve e ureter e obstrução quase total da Junção uretero piélica e redução da parte funcional do rim.
 
Caso 2: Exame de urografia excretora: Nesse exame as seguintes estruturas, rins, ureteres, hilo renal e bexiga todos dentro da normalidade, com contornos e calibres normais.
Dentre as causas da insuficiência renal crônica estão: ter somente o rim esquerdo; ter um histórico de litíase renal por um longo período; tomar anti-inflamatórios com uso contínuo; Hidronefrose e dores no flanco esquerdo com irradiação para o escroto ipsilateral.
Devido ao histórico de litíase renal e a ter somente o rim esquerdo, portanto, o rim ficou sobrecarregado para a filtração do sangue e o excesso de anti-inflamatórios sobrecarregou e fez com que aparecessem calcificações que obstruíram as vias urinárias, gerando hidronefrose no mesmo.
C) Os exames clínicos apresentados no caso clínico 1 revelaram o aumento das concentrações plasmáticas de ureia e creatinina plasmática. Faça uma pesquisa a respeito dos valores de referência plasmática desses metabólitos nitrogenados e suas respectivas vias metabólicas.
Valores de Referência: 
Ureia – 10 à 50mg/dl
Creatinina – > 12 anos: Feminino 0,60 à 1,10mg/dl e Masculino 0,6 à 1,20mg/dl
As vias de metabolismo são creatinina e ureia,
 A creatinina plasmática é derivada, praticamente na sua totalidade, do catabolismo da creatina presente no tecido muscular. A creatina é um metabólito utilizado para armazenar energia no músculo, na forma de fosfocreatina, e sua degradação para creatinina ocorre de maneira constante, ao redor de 2% do total de creatina diariamente. A conversão de fosfocreatina em creatinina é uma reação não enzimática e irreversível, na qual participam as enzimas arginina:glicina amidinotransferase (AGAT), guanidinoacetato metiltransferase (GAMT) e creatina-quinase (CK). 
A concentração sanguínea de creatinina é proporcional à massa muscular. Por esse motivo, em situações de atrofia muscular e outras enfermidades relacionadas, ocorre diminuição do teor de creatinina plasmática. Ao mesmo tempo, em situações de exercício prolongado ou intenso, pode ser observado um aumento nos níveis plasmáticos de creatinina. A excreção de creatinina só se realiza por via renal, uma vez que ela não é reabsorvida nem reaproveitada pelo organismo. Por isso, os níveis de creatinina plasmáticos refletem a taxa de filtração glomerular, de forma que níveis altos de creatinina indicam uma deficiência na funcionalidade renal. Além disso, ela não é afetada pela dieta nem pelo catabolismo proteico e aumenta pouco em casos de desidratação ou falha cardíaca, a não ser em casos severos. Entretanto, aumenta de forma significativa e rápida na insuficiência renal. 
 A uréia é sintetizada no fígado a partir da amônia derivada do catabolismo dos aminoácidos e da reciclagem de amônia do rúmen. Os níveis de uréia são analisados em relação ao nível de proteína na dieta e ao funcionamento renal. É excretada principalmente pela urina, e em menor grau, pelo intestino e leite, sendo filtrada no glomérulo e parcialmente reabsorvida de forma passiva nos túbulos. A reabsorção da uréia no túbulo está relacionada de forma inversa com o fluxo da urina. Assim, em condições de alto fluxo, cerca de 40% da uréia da urina se absorve, enquanto em casos de pouco fluxo (desidratação e outros problemas pré-renais ou pós-renais) pode reabsorver até 70% da uréia. Na maioria dos animais, exceto aves que secretam ácido úrico, o nível de uréia é indicador de funcionamento renal. 
D) Analise as respectivas taxas de depuração da ureia e creatinina e explique por que esses metabólitos nitrogenados são utilizados como marcadores de função renal.
creatinina: Masculino: 90 a 120 ml/min e Feminino: 80 a 110 ml/min 
uréia: Adultos: 41 a 65 ml/min
A creatina é usada como indicadora da função renal porque é filtrada principalmente nos rins, embora uma pequena quantidade seja secretada ativamente, não sofre reabsorção renal, sendo livremente filtrada. Se a filtração do rim está deficiente, os níveis sanguíneos de creatina aumentam.
A uréia é usada como indicadora da função renal porque quando os rins perdem a capacidade de filtrar o sangue de forma adequada, a uréia começa a se acumular na corrente sanguínea.
E) Pesquise a via de síntese das prostaglandinas e análise de que forma uso contínuo de Anti-Inflamatórios, para o tratamento da dor crônica, pode ter contribuído para a falência renal apresentado no caso clínico 1.
Por terem sido primeiramente descobertas e isoladas de líquido seminal, como secreção da próstata, foram assim denominadas, sendo o sufixo “glandinas” associado à glândula. Atualmente sabe-se que as PGs estão presentes em todos os tecidos animais, exercendo várias funções. Quimicamente, são parte de um grupo chamado eicosanoides, derivados do ácido araquidônico (C 20:4), que sofre ciclização por ação da enzima cicloxigenase (COX), forma um anel pentano, e recebe várias insaturações. As prostaglandinas (assim como os leucotrienos) têm sua síntese desencadeada por estímulos nas membranas celulares, que podem ser de natureza fisiológica, farmacológica ou patológica. Por ação da fosfolipase A,o ácido araquidônico, constituinte normal dos fosfolipídios das membranas, é então convertido. Tais estímulos ativam receptores de membrana, acoplados a uma proteína regulatória ligada a um nucleotídeo guaninico (proteína “G”). A partir desta ligação, ativa-se a fosfolipase A específica. Faz parte deste complexo ainda, uma elevação da concentração de cálcio (Ca++) no meio intracelular. A fosfolipase A hidrolisa fosfolipídios da membrana, particularmente fosfatidilcolina e fosfatidiletanolamina, “liberando” assim o ácido araquidônico. Este ácido liberado é então substrato para duas vias enzimáticas, a das cicloxigenases (COX), que desencadeiam a síntese das prostaglandinas e dos tromboxanos, e a via das lipoxigenases, responsável pela síntese dos leucotrienos. O local de atividade das COX é um canal hidrofóbico que se encontra numa estrutura entre α hélices associadas à membrana. Desta maneira, o ácido araquidônico não precisa abandonar a membrana para servir como substrato. A síntese das PGS inicia-se com as COX catalisando a adição de oxigênio molecular ao ácido araquidônico, formando-se um produto intermediário, o PGG ou prostaglandina G2. No outro lado da membrana, as COX cumprem sua função como peroxidases, reduzindo a PG2 a PGH2. Estas PGs primárias, por assim dizer, têm pouca atividade, mas são substrato para formação das diversas PGs com atividade, como PGD2, PGE2, PGF2α, prostaciclinas (PGI2) e dos tromboxanos (TX).
F) Proponha pelo menos 2 formas de intervenção e prevenção da insuficiência renal crônica relacionadas à competência de sua formação acadêmica.
Alimentação com menor consumo de proteína; cortar o uso de Anti-Inflamatórios; Hidratação com prescrição médica; Exercícios para fortalecimento muscular.

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