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Resumo Guerra Fria

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GUERRA FRIA - Resumo
 É uma herança da Segunda Guerra Mundial, que levou à bipolarização do poder entre EUA e URSS e a um quadro de constante tensão e de um conflito diplomático, que por vezes chegou perto de um conflito armado.
 A vitória soviética na 2GM, em especial na batalha de Stalingrado, dera a esse país uma condição mundial invejável, visto que foi o único país que conseguiu efetivamente derrotar a Alemanha em terra. Assim, ante uma Europa destruída, a URSS emergia como grande potência continental e firmava-se a ideia de que o socialismo era a única força capaz de deter o nazismo e assegurar a liberdade, o que era uma ameaça ao mundo capitalista.
 A vitória sobre os nazistas foi acompanhada por um avanço do Exército Vermelho, o qual, ao derrotar os alemães nos vários países da Europa do leste, ia impondo sobre esses países governos socialistas que, necessariamente, teriam na URSS sua única referência. Criava-se assim um cinturão de países socialistas em torno da URSS que foi, mais tarde, batizado por Winston Churchill como a "Cortina de Ferro".
 O enfraquecimento das potências europeias impediu a manutenção do domínio desses países sobre suas antigas colônias da África e da Ásia. Assim, ao final da 2GM, iniciou-se o processo de descolonização, que fez surgir no cenário internacional uma quantidade enorme de novas nações independentes, que, ainda frágeis do ponto de vista interno e internacional, tinham sua sobrevivência subordinada a alianças com outros países. Esses não desejavam que essas alianças fossem feitas com seus antigos opressores, portanto, existiu uma inclinação natural desses países para uma proximidade com a URSS. O mesmo raciocínio se emprega às nações da América Latina, nas quais os elevados índices de pobreza e miséria serviram para atestar o fracasso do capitalismo.
 Essa tensão entre EUA e URSS gerou conflitos em várias regiões que, se por um lado jamais opuseram diretamente as duas grandes potências, por outro, sempre tiveram nelas seus orquestradores. O medo de uma nova guerra era fortalecido pela corrida armamentista entre os dois países.
 
OS PRIMEIROS MARCOS DA GUERRA FRIA
 1947 - Harry Truman afirmou que os EUA apoiariam as nações que desejassem impedir o avanço soviético - Doutrina Truman - marco inicial da Guerra Fria
 Plano Marshall aprovado em 1947 - ajuda econômica dos EUA aos países europeus no pós-guerra - Objetivos: impedir o colapso geral do capitalismo e ampliar a influência americana nas regiões, assim como impedir o avanço da URSS.
 URSS cria o Comecon (plano de ajuda soviética aos países socialistas) e o Kuminform (união dos partidos comunistas europeus sobre a proteção soviética).
Divisão da Alemanha em soviética (República Democrática Alemã) e capitalista (República Federal Alemã), a última resultado da junção da parte dos EUA, França e Inglaterra.
 1961 - Construção do Muro de Berlim - um dos maiores símbolos da Guerra Fria, e sua queda, em 1989, é vista como um símbolo do final desse período.
 Grécia - Os combatentes chamados partisans, que haviam enfrentado os nazistas, lutavam contra o governo de Konstantínos Tsaldaris, que tinha o apoio inglês. A URSS se aliou aos combatentes e o EUA ao governo. Os combatentes abandonaram a luta em 1949.
 1949 - Criação da OTAN - aliança militar e política entre os países capitalistas, composta de EUA, Canadá, Reino Unido, Bélgica, Holanda, França, Portugal, Itália, Finlândia, Dinamarca, Noruega e Luxemburgo e que mais tarde incorporou a Grécia, a Turquia e a Alemanha Ocidental.
 Criação de organizações para fortalecer os laços entre capitalistas: Benelux (Aliança econômica entre Bélgica, Holanda e Luxemburgo); Comunidade Europeia do Carvão e do Aço; Comunidade Econômica Europeia (CEE - criada em 1957 e originou o Mecado Comum Europeu).
 Da parte Soviética foi criado o Pacto de Varsóvia (aliança militar entre União Soviética, Albânia. Alemanha Oriental, Hungria, Polônia, Romênia, Tchecoslováquia e Bulgária).
 
OS EUA E A URSS NOS PRIMEIROS TEMPOS DA GUERRA FRIA
 Nos EUA qualquer oposição era vista como sinal de antiamericanismo e era motivo para delações e perseguições. Essa política gerou um clima de forte atentado às liberdades dos civis e teve como sua figura principal o senador Joseph McCarthy, o qual era apoiado por Richard Nixon principalmente.
 O período pós-guerra na Rússia foi marcado por um crescimento industrial e bélico - desenvolvimento da bomba atômica. Stalin teve um governo altamente repressivo, no qual o "culto à personalidade" do ditador, visto como grande líder e condutor do processo de mobilização social, apenas sintetizava uma política interna de esmagamento de toda forma de oposição política, por meio de repressão, prisões e expurgos dentro do partido governante. Essa atitude irradiou-se para os partidos comunistas de várias partes do mundo. Com isso, reforçava-se a pregação de que o avanço soviético significava destruição da liberdade, que tinha nos EUA seu grande e único guardião.
 Revolução Chinesa acentuou o clima de rivalidade pela vitória do socialismo no país com a maior população do mundo.
 A partir de 1953 - momentos de distensão e tensão. Fatores que contribuíram para a distensão: Países europeus se posicionaram contra a condição de meros satélites da política dos EUA, o que diminuiu a influência norte-americana na região; Ruptura entre os governos da URSS e da China comunista, a partir de 1959, neutralizou a rigidez do socialismo em todo o mundo, criando uma nova referência poderosa, que fugia à polarização entre EUA e URSS; Morte de Stalin e consolidação de Nikita Khrushchev no poder a partir de 1955, que começou um processo de desestalinização (crítica ao culto à personalidade de Stalin, denúncia dos seus crimes de perseguição política, prisões e execuções em massa) e apontava na direção da descentralização da política e da melhoria das condições de vida da população soviética; Novas eleições nos EUA significaram uma redução do clima de radicalismo comunista. - Esses elementos tornaram possível a redução de um clima de tensão internacional, abrindo espaço para uma fase chamada "Coexistência Pacífica", que foi caracterizada por uma série de reuniões na cúpula entre dirigentes das duas superpotências, resultando nos primeiros entendimentos para a limitação de armamentos.
 Esse clima perdurou até o início da década de 1960, embora acompanhado de claras manifestações de que a rivalidade não havia sido superada, como por exemplo a disputa tecnológica entre as duas superpotências, que teve na corrida espacial sua grande vitrine. Nesse setor, a primeira grande vitória foi da URSS, que colocou o primeiro satélite espacial, o Sputnik, em órbita ao redor do planeta, em 1957, e realizou o primeiro voo espacial tripulado, em 1961, com Yuri Gagarin.
 Entretanto, os soviéticos viam-se às voltas com contestações ao seu poderio dentro de seu próprio bloco. Um exemplo foi a Iugoslávia, sob o governo de Josip Broz (Tito). O país, embora comunista, recusava-se a aderir ao Pacto de Varsóvia e a aceitar a tutela soviética. Na Hungria, em 1956, assumiu o poder Imre Nagy. Questionando a submissão do país à URSS, Nagy defendia a retirada da Hungria do Pacto de Varsóvia e a adoção de uma política econômica mais aberta, que resultasse em maior produção de bens de consumo e na melhoria das condições materiais de vida da população. Em novembro de 1956, tropas do Pacto de Varsóvia invadiram a Hungria, promovendo um massacre que resultou na morte de centenas de húngaros. Imre Nagy foi derrubado, tendo sido colocado no poder Janos Kadar, reconduzindo-se, assim, a Hungria à órbita soviética.

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