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Sintaxe de Concordância - Parte II- Gramática

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SISTEMA DE ENSINO
GRAMÁTICA
Sintaxe de Concordância – Parte II
Livro Eletrônico
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Sintaxe de Concordância – Parte II
GRAMÁTICA
Sumário
Sintaxe de Concordância – Parte II ............................................................................................. 3
Mapas Mentais .............................................................................................................................. 32
Questões Comentadas em Aula ................................................................................................. 33
Gabarito ...........................................................................................................................................46
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Sintaxe de Concordância – Parte II
GRAMÁTICA
SINTAXE DE CONCORDÂNCIA – PARTE II
Nas últimas questões da aula passada, vimos à exaustão questões que envolviam con-
cordância em construções de voz passiva. Nesta aula, daremos continuidade às questões de 
CONCORDÂNCIA. Alguns pontos serão relembrados, outros serão apresentados.
Vamos lá!
001. (FCC/SABESP/ENSINO SUPERIOR/2019)
Quando examino as fotos de minhas turmas do colégio, sempre fico com a impressão de que 
deixei amizades e amores inacabados...
Eliminando-se o uso da primeira pessoa, uma redação alternativa para a frase acima, em que 
se mantêm a correção e as relações de sentido, está em:
a) Quando se examina as fotos das turmas do colégio, têm-se a impressão de que amizades e 
amores ficariam inacabados.
b) Quando se examinam as fotos das turmas de colégio, tem-se a impressão de que amizades 
e amores ficaram inacabados.
c) Ao examinar as fotos das turmas do colégio, temos a impressão de que ficou inacabado 
amizades e amores.
d) Fotos das turmas do colégio, ao serem examinadas, deixam a impressão de que houveram 
amizades e amores inacabados.
e) Fotos das turmas do colégio, quando examinadas, causa a impressão de que amizades e 
amores estariam inacabados.
Vamos analisar cada opção.
�a) Sempre que aparecer o pronome SE, abra os olhos!!! Examine a transitividade do verbo, para 
começar: “Quando se examina as fotos...”.
• Verifique a transitividade do verbo: examinar = transitivo direto (examinar algo)
• Ideia passiva? Sim (algo é examinado).
• Respeita a concordância? O que se examina?
“as fotos..”.
�Se o sujeito paciente for plural, o verbo deve se flexionar nesse número também: “Quando se 
examinam as fotos...”.
�b) A partir da análise da opção A, observamos que a resposta válida é essa.
�c) “Ao examinar as fotos das turmas do colégio, temos a impressão de que ficou inacabado 
amizades e amores”
�Pergunto: o que ficou inacabado?
Resposta: “amizades e amores”.
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Sintaxe de Concordância – Parte II
GRAMÁTICA
O sujeito está posposto, por isso a concordância é facultativa: pode concordar com todos os 
elementos (amizades e amores) ou com o núcleo mais próximo, a chamada CONCORDÂN-
CIA ATRATIVA.
No entanto, mesmo na concordância atrativa, o verbo deve ir para o plural, pois o primeiro núcleo 
(amizades) já está no plural, assim não há outra forma de concordância: “... de que ficaram...”.
E em relação à forma “inacabado”?
Observando que o verbo FICAR, no contexto, é um verbo de ligação (indica um estado transi-
tório) e, por isso, a forma “inacabado” é um adjetivo na função de predicativo do sujeito, con-
cordar com amizades (núcleo mais próximo) ou com tudo, ficando no masculino plural (já que 
amores é um substantivo masculino e esse gênero prevalece): “de que ficaram inacabados/
inacabadas”, mas nunca “ficou inacabado”.
�d) “Fotos das turmas do colégio, ao serem examinadas, deixam a impressão de que houveram 
amizades e amores inacabados”
�O verbo HAVER, na indicação de ocorrência e existência, é impessoal e fica na 3ª pessoa do 
singular: “de que houve amizades e amores inacabados”.
�Note a concordância de “inacabados” nessa sugestão. Nesse caso, o adjetivo está na função 
de ADJUNTO ADNOMINAL. Por estar posposto a mais de um substantivo (amizades e amores), 
poderia realizar a concordância gramatical (com todos) ou com o mais próximo (amores), o 
que dá no mesmo, rs...
�Se houvesse a inversão dos substantivos, a coisa mudaria de figura: “houve amores e amizades 
inacabadas (concordância atrativa = amizades)/inacabados (concordância gramatical = amo-
res e amizades).
�A forma verbal “houveram” é que não é possível.
�e) “Fotos das turmas do colégio, quando examinadas, causa a impressão de que amizades e 
amores estariam inacabados.”
�Pergunto: Quem é o sujeito do verbo CAUSAR?
�Resposta: “Fotos das turmas do colégio”.
�Como o núcleo está representado por um termo no plural, o verbo deve realizar essa concor-
dância: “Fotos das turmas do colégio (...) causam a impressão”.
�Finalmente, a concordância da forma inacabados é a única possível, pois o adjetivo exerce a 
função sintática de PREDICATIVO DO SUJEITO e, por estar o predicado posposto ao sujeito, a 
única concordância é GRAMATICAL.
Uma verdadeira revisão dos casos de concordância nominal, exceto no caso de o adjetivo atu-
ar como PREDICATIVO DO OBJETO, que será estudado na próxima questão.
Letra b.
002. (FCC/TRT-2ª/ANALISTA/2014) Considerada a norma-padrão escrita, a frase que exige 
correção é:
a) O representante dos escritores agraciados pelo ambicionado prêmio fez longo discurso, 
no qual se apontaram os itens mais candentes do embate entre eles e as editoras, deixando 
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Sintaxe de Concordância – Parte II
GRAMÁTICA
manifesto as ácidas críticas que há muito lhes são dirigidas por não manter os compromissos 
assumidos.
b) Fala-se de Sua Excelência, o Ministro do Meio Ambiente, que, com o intuito de dirimir sejam 
quais forem as dúvidas dos jornalistas, deve conceder-lhes entrevista coletiva daqui a duas 
semanas, sem discriminação de ordem alguma.
c) Mal atinando com a razão da impugnação, temendo a consequência de seu ato intempes-
tivo, e julgando estar sozinho para combatê-las, como achar um modo de considerá-las sem 
sentir desolação?
d) Aos sapientes e pacientes recomendo o belo trabalho que podem escrever pesquisando o 
conto do vigário pelos séculos atrás: encontrarão um misto de historinhas banais e pequenas 
obras-primas que ocupariam lugar eminente nas obras de ficção.
e) Não se deve entender os movimentos reivindicatórios como balões de ensaio que, ao pri-
meiro golpe de vento, despencam e se destroem; são a argamassa que se molda à pressão da 
sociedade, e com que se fará uma sólida e legítima construção.
Cuidado com o enunciado. Leia-o sempre com bastante atenção. Desta vez, ao contrário do 
que costuma fazer, a banca procura o item ERRADO, ou seja, “a frase que exige correção”.
Na opção A, observe as seguintes passagens do texto:
• “O representante dos escritores (…) fez longo discurso, no qual” = o pronome relativo “o 
qual” retoma corretamente “discurso”. Está certa a concordância;
• “… no qual se apontaram os itens” = Pronome “se” junto ao verbo – Alertaem estado 
máximo! Rs… O verbo APONTAR é transitivo direto (alguém aponta alguma coisa); há 
ideia passiva (itens foram apontados); o verbo concorda com o sujeito paciente (itens) 
= construção correta;
• “… se apontaram os itens mais candentes do embate entre eles e as editoras…” = correta 
a concordância entre o adjetivo e seu referente;
• “… deixando manifesto as ácidas críticas …” = Opa! O verbo DEIXAR é um verbo que, além 
do objeto direto (representado por “as ácidas críticas”), exige um outro complemento, 
que se refere a esse objeto direto: eis o PREDICATIVO DO OBJETO DIRETO.
Mas o que é um PREDICATIVO DO OBJETO DIRETO?
Em primeiro lugar, note que, na ordem direta e substituídos os pronomes pelos corresponden-
tes substantivos, teríamos:
“deixando as ácidas críticas (OBJETO DIRETO) *MANIFESTOS* (PREDICATIVO DO OBJE-
TO DIRETO).”
O predicativo do objeto é uma qualidade, estado, característica do objeto. Esta informação 
não poderia ser dispensada, sob risco de prejuízo à coerência (“deixando as ácidas críticas 
…” o quê?).
Um verbo que exija essa construção (objeto + predicativo do objeto) é chamado de VERBO 
TRANSOBJETIVO, ou seja, a transitividade vai “além” do objeto, pois o outro elemento (predica-
tivo do objeto) também é termo necessário.
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Sintaxe de Concordância – Parte II
GRAMÁTICA
Em relação à concordância, preste bastante atenção agora: quando um adjetivo ocupa a fun-
ção sintática de PREDICATIVO DO OBJETO deve SEMPRE (SEMPRE, SEMPRE!!!) realizar a con-
cordância GRAMATICAL.
Mesmo que esse objeto direto venha representado por mais de um termo (objeto direto compos-
to), o termo na função de predicativo do objeto deve realizar a concordância com todos eles (é 
terminantemente proibida a concordância atrativa, com apenas um dos elementos). Exemplo:
“O júri considerou......... (culpado/culpada/culpados) o réu e sua cúmplice.”
E aí? Como será preenchida a lacuna?
Já que o verbo CONSIDERAR é transobjetivo, ou seja, além do objeto direto, exige mais uma infor-
mação (acerca desse objeto direto), o adjetivo exerce a função de predicativo do objeto. Então, 
realiza obrigatoriamente a concordância gramatical, ou seja, com todos os elementos: “réu/cúm-
plice”. Assim, fica no plural masculino: “O júri considerou CULPADOS o réu e sua cúmplice.”.
Veja que, na hora de trocarmos o objeto direto “o réu e sua cúmplice” por um pronome pessoal, 
o adjetivo fica “de fora” dessa substituição:
“O júri considerou CULPADOS o réu e sua cúmplice” = “O júri considerou-OS CULPADOS”.
Isso confirma que o adjetivo exerce função sintática diferente da dos outros termos. Mais 
adiante, voltaremos a falar sobre a concordância de termos na função de predicativo do objeto.
De volta à questão, vimos, então, que o adjetivo “MANIFESTO” (predicativo do objeto direto) 
obrigatoriamente deveria ter sido flexionado no plural, para concordar com “as ácidas críticas” 
(objeto direto), afinal aquele adjetivo se refere a este substantivo e com ele deve realizar a 
concordância.
O erro está nesta opção. Agora, cá entre nós, que questão difícil! Como já afirmei, esse tipo de 
questão é o diferencial entre os que se classificam e os que ficam em lista de espera ou mes-
mo excluídos.
Letra a.
003. (CESPE/TJ-AM/ASSISTENTE JUDICIÁRIO/2019)
Texto CB3A1-I
O maior desafio do Poder Judiciário no Brasil é tornar-se cada vez mais acessível às pessoas, 
até mesmo a quem não pode arcar com o custo financeiro de um processo. De um modo am-
plo, o acesso à justiça significa a garantia de amparo aos direitos do cidadão por meio de uma 
ordem jurídica justa e, caso tais direitos sejam violados, a possibilidade de ele buscar a devida 
reparação. Para tornar efetivo esse direito fundamental e popularizá-lo, foram feitas várias 
mudanças na lei ao longo dos anos. Esse movimento de inclusão é conhecido como ondas 
renovatórias. Atualmente, já se fala no surgimento da quarta onda, que está relacionada aos 
avanços da tecnologia.
Na primeira onda renovatória, buscou-se superar as barreiras econômicas do acesso à jus-
tiça. No Brasil, as medidas para garantir a assistência judiciária a quem não pode arcar com 
as custas de um processo ou ser assistido por um advogado particular foram efetivadas 
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principalmente pela Lei n.º 1.060, de 1950, e pela criação da Defensoria Pública da União, em 
1994, que atende muitos segurados do INSS que têm de recorrer ao Poder Judiciário para 
conseguir um benefício.
A segunda onda renovatória enfrentou os desafios de tornar o processo judicial acessível a 
interesses coletivos, de grupos indeterminados, e não apenas limitado a ser um instrumento 
de demandas individuais. Para assegurar a tutela dos direitos difusos, que dizem respeito à 
sociedade em geral, foram criados instrumentos para estimular a democracia participativa. Os 
principais avanços ocorreram com a entrada em vigor da Lei da Ação Civil Pública, em 1985, e 
do Código de Defesa do Consumidor, em 1990, que, conjuntamente, formaram o microssiste-
ma processual para assegurar os interesses da população.
A terceira onda encorajou uma ampla variedade de reformas na estrutura e na organização dos 
tribunais, o que possibilitou a simplificação de procedimentos e, consequentemente, do pro-
cesso. Entendeu-se que cada tipo de conflito tem uma forma adequada de solução: a decisão 
final para uma controvérsia pode ser tomada por um juiz, árbitro ou pelas próprias partes, com 
ou sem o auxílio de terceiros neutros, como mediadores e conciliadores.
Hoje, na quarta onda renovatória, a chamada revolução digital e suas mudanças rápidas ace-
leraram a engrenagem judicial. Esse processo de transição do analógico para o digital não se 
resume apenas à virtualização dos tribunais com a chegada do processo eletrônico. As tecno-
logias da informação e comunicação oferecem infinitas possibilidades para redesenhar o que 
se entende por justiça.
As plataformas digitais de solução de conflitos popularizaram serviços antes tidos como ca-
ros e pouco acessíveis. Hoje existe até a oferta de experiências de cortes online, nas quais as 
pessoas têm acesso aos tribunais com um clique, sem sair de casa.
Mariana Faria. O que tecnologia tem a ver com acesso à justiça? 13/6/2018. Internet: <www.dacordo.com.br> 
(com adaptações).
Com relação aos aspectos linguísticos e aos sentidos do texto CB3A1-I, julgue o item a seguir.
A forma verbal “têm” concorda com o termo “muitos segurados do INSS”.
Para realizar uma análise como a que solicita o examinador, precisamos reler a passa-
gem do texto:
No Brasil, as medidas para garantir a assistência judiciária a quem não pode arcar com as custas 
de um processo ou ser assistido por um advogado particular foram efetivadas principalmente pela 
Lei n.º 1.060, de 1950, e pela criação da Defensoria Pública da União, em 1994, que atende muitos 
segurados do INSS que têm de recorrer ao Poder Judiciário para conseguir um benefício
Na oração “que têm de recorrer ao Poder Judiciário”, o pronome relativo retoma o substantivo 
“segurados”, da estrutura “muitos segurados do INSS”, por isso está correta a afirmação.
As relações sintáticas (qual termo exerce a função sintática de sujeito) será objeto de estudo 
da aula sobre Termos da Oração e Análise Sintática.
Certo.
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004. (FCC/TRT-4ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO/SEGURANÇA/2011) Ambos os verbos indicados 
entre parênteses deverão adotar uma forma do plural para preencherem de modo correto as 
lacunas da frase:
a) Para...... (assistir) aos lances de uma batalha, uma família de americanos se...... (locomover) 
de carruagem para o local.
b) A mulher queixou-se de que as roupas que...... (haver) estendido sofreram prejuízos com a 
batalha que se...... (travar).
c) Numa guerra antiga...... (recolher-se) vítimas entre os militares, já nas de hoje não se...... 
(poupar) os civis.
d) Entre alemães e ingleses...... (haver) terríveis massacres, sobretudo quando se...... (recorrer) 
aos bombardeios aéreos.
e) Não...... (faltar) razão aos que acham que as antigas batalhas estão longe da violência que 
em nossos dias se...... (promover).
O examinador busca a opção em que todos os verbos indicados entre parênteses devem ser 
flexionados no plural.
�a) “Para... (assistir) aos lances de uma batalha, uma família de americanos...” – o sujeito do infi-
nitivo é o termo da outra oração: família, por isso fica sem flexão: “Para [uma família] assistir...”. 
Daqui a pouco, vamos falar sobre flexão de infinitivo.
�Em seguida: “... uma família de americanos se locomove...”. Nenhum dos verbos irá para o plural.
�b) Em “A mulher queixou-se de que as roupas que..... (haver) estendido...”, o pronome relativo reto-
ma “roupas”, mas este não é o sujeito da forma verbal. Quem estendeu as roupas na corda foi a 
mulher (termo presente na oração anterior) – esse é um caso de sujeito oculto, elíptico, implícito.
�Como o verbo HAVER atua nessa locução como verbo auxiliar, segue a “ordem” do verbo prin-
cipal, ESTENDER.
�“A mulher estendia as roupas” = “A mulher havia estendido as roupas”
�Assim, a lacuna seria preenchida com “... as roupas que [ela] havia estendido...”. Em seguida o 
antecedente do relativo “que” em “... com a batalha que se...”, é “batalha”. Temos, aí, uma cons-
trução de voz passiva pronominal: “a batalha foi travada”, por isso o verbo fica no singular, pois 
o pronome relativo, sujeito da oração adjetiva, retoma o antecedente (sujeito sintático) “bata-
lha” (“... batalha que se TRAVOU.”).
�c) A forma verbal RECOLHER-SE (de transitividade direta: Alguém recolhe alguma coisa) vem 
acompanhado de um pronome que atribuiu valor passivo à construção (as vítimas seriam reco-
lhidas = o sujeito recebe a ação verbal). Por isso, como o sujeito é paciente e plural (vítimas), 
deve o verbo flexionar-se para concordar com ele: “Numa guerra antiga recolhem-se vítimas 
entre os militares...”.
�Em seguida, o verbo POUPAR (também transitivo direto – Alguém poupa alguma coisa) está 
igualmente acompanhado de um pronome “se”, com ideia passiva (“Alguém é poupado”). Assim, 
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forma-se novamente construção de voz passiva: “... já nas de hoje não se poupam os civis.”. As 
duas formas verbais foram flexionadas no plural e, por isso, aqui está a resposta.
�d) Verbo HAVER no sentido de existência/ocorrência é impessoal (não possui sujeito) e, por 
isso, não se flexiona (fica sempre na 3a pessoa do singular): “Entre alemães e ingleses há terrí-
veis massacres...”.
�Em seguida, o verbo RECORRER, no sentido de buscar ajuda/socorro, lançar mão de alguma 
coisa, é transitivo indireto (Alguém recorre A alguma coisa/ A alguém). Assim, esse pronome 
“se” não poderia ser um pronome apassivador (por ser transitivo indireto, não seria possível a 
construção de voz passiva). Como temos uma ideia vaga, genérica, sem que seja atribuída a 
ação verbal a ninguém, estamos diante de uma construção de sujeito indeterminado.
Lembrem-se: podemos formar o sujeito indeterminado com o verbo:
• na 3a pessoa do plural (recorrem aos bombardeios aéreos); ou
• na 3ª pessoa do singular, acompanhado do pronome “se” (chamado de índice ou par-
tícula de indeterminação do sujeito): “... quando se recorre aos bombardeios aéreos.”.
�e) Pergunto: o que não falta aos que acham que as antigas batalhas estão longe da violên-
cia atual?
Resposta: “razão”.
Como o sujeito do verbo FALTAR é singular, devemos assim flexionar o verbo: “Não falta razão 
aos que acham...”.
Em seguida, o antecedente do pronome relativo “que”, em “... estão longe da violência que em 
nossos dias...”, é “violência”.
O verbo PROMOVER (transitivo direto com ideia passiva – algo é promovido) está acompanha-
do do pronome “se” (pronome apassivador).
Como o sujeito sintático (pronome relativo “que”) remete a concordância ao sujeito semântico 
(violência), deve o verbo concordar com este último e flexionar-se no singular: “... estão longe 
da violência que em nossos dias se promove.”.
Letra c.
005. (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR/AGENTE DE FISCALIZAÇÃO MUNICIPAL/2019) 
Nas opções a seguir, a primeira oração foi reescrita de modo a dar-se a ela um caráter genéri-
co, com a utilização da partícula se.
Assinale a opção em que isso foi feito de forma gramaticalmente incorreta.
a) Todo mundo viu a morte de perto./Viu-se a morte de perto.
b) As pessoas reclamam de tudo./Reclama-se de tudo.
c) Muita gente pensa o contrário de todos./Pensa-se o contrário de todos.
d) Muitas pessoas não respeitam os horários./Desrespeitam-se os horários.
e) Todos cometem as mesmas falhas./Comete-se as mesmas falhas.
Note que, na parte “dar-se a ela um caráter genérico, com a utilização da partícula ‘se’”, o exa-
minador faz menção tanto ao sujeito indeterminado, quanto à construção de voz passiva sin-
tética, pois nesse caso não se identifica o agente da passiva (quem de fato praticou a ação).
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GRAMÁTICA
SUJEITO INDETERMINADO
É aquele que, ainda que tenha praticado uma ação verbal, não pode ser identificado, daí a ideia 
de “caráter genérico”. Forma-se de duas maneiras:
• verbo (de qualquer transitividade) na 3ª pessoa do plural: Bateram no seu carro.
• verbo (que não seja TD/TDI) na 3ª pessoa do singular + SE: Procura-se por sossego.
(verbo transitivo indireto)/Aqui se é feliz. (verbo de ligação)/Vive-se bem nessa cidade 
(verbo intransitivo).
VOZ PASSIVA SINTÉTICA
Se o verbo for TD/TDI, o emprego do pronome SE transforma tal construção em voz passiva 
sintética. Nesse caso, a ideia de “caráter genérico” está no fato de que não se informa, na pas-
siva sintética, o efetivo agente da ação verbal, figura do AGENTE DA PASSIVA (olhe como o 
nome ajuda...rs...). O sujeito é apenas aquele que recebe a ação, por isso a ideia passiva.
Obs.: � mas tome muito cuidado com o enunciado!!! O examinador não procura a construção 
com SUJEITO INDETERMINADO ou com VOZ PASSIVA SINTÉTICA, mas aquela em 
que, sendo um caso ou outro, não houve respeito às regras de concordância!!
Eu mesma precisei ler duas vezes para não cair na pegadinha.
�Vamos às opções.
�a) Viu-se a morte de perto.
�Qual a transitividade do verbo VER (só pode ser identificada na construção):
�Resposta: TD: vera morte.
�Por isso, o pronome SE tem papel APASSIVADOR: a morte é vista = viu-se a morte.
�A concordância está correta.
�b) Reclama-se de tudo.
�Qual a transitividade do verbo na construção?
�Resposta: Transitivo indireto (reclamar DE alguma coisa)
�Essa construção está perfeita em um sujeito indeterminado, com o verbo na 3ª pessoa do 
singular + SE.
�c) Pensa-se o contrário de todos
�Qual a transitividade do verbo na construção?
�Resposta: TRANSITIVA DIRETA.
�Sim, meu anjo!!! Se você acelerar sem freio, pensará: “professora, mas alguém pensa EM algu-
ma coisa, logo o verbo é transitivo indireto!”.
�Errou quem pensou dessa forma, porque, como ressaltamos, a transitividade só se observa NA 
CONSTRUÇÃO.
�Aqui, o verbo é TRANSITIVO DIRETO, pois pensamos alguma coisa também.
�Desse modo, acompanhado do pronome SE, formou-se voz passiva: o contrário foi pensado = 
pensa-se o contrário.
�Por se tratar de VOZ PASSIVA, essa não é a resposta, pois está correta a flexão verbal.
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GRAMÁTICA
�d) “Desrespeitam-se os horários”
�Qual a transitividade do verbo na construção?
�Resposta: TRANSITIVO DIRETO (desrespeitar alguém/algo)
�Como o sujeito paciente está no plural, está certa a forma Desrespeitam-se.
�e) Comete-se as mesmas falhas
�Qual a transitividade do verbo na construção?
�Resposta: TRANSITIVO DIRETO (cometer algo)
�Se o sujeito é as mesmas falhas, o verbo vai para o plural: COMETEM-SE.
�Houve falha na concordância, o que nos leva à resposta (ufa!!!).
Letra e.
006. (CESPE/STM/ANALISTA JUDICIÁRIO/2018)
Texto 6A2BBB
A obra de Maquiavel causou bastante polêmica por romper com a visão usual da atividade po-
lítica. Na tradição cristã, a política era vista como uma forma de preparar a Cidade de Deus na 
terra. Na Antiguidade, era uma maneira de “promover o bem comum”. Havia sempre a referên-
cia a um objetivo transcendente, a um padrão implícito ou explícito de justiça. Para Maquiavel, 
o que importa, na política, é o poder real. Não é uma questão de justiça ou de princípios, mas 
de capacidade de impor-se aos outros.
N’O Príncipe, Maquiavel ensina que a meta de toda ação política é ampliar o próprio poder em 
relação aos outros. É necessário reduzir o poder dos adversários: semear a discórdia nos terri-
tórios conquistados, enfraquecer os fortes e fortalecer os fracos; em suma, dividir para reinar.
Os Discorsi são uma longa glosa dos dez primeiros livros da História de Roma, de Tito Lívio, 
vistos como um documento histórico incontestável, embora hoje se saiba que o autor não se 
furtava a alterar os fatos para robustecer seu caráter alegórico ou exemplar — procedimento, 
aliás, que Maquiavel também adotaria em suas Histórias Florentinas. Na obra, ele procura, nos 
costumes dos antigos, elementos que possam ser utilizados na superação dos problemas de 
sua época.
Ao buscar as causas da grandeza da Roma antiga, Maquiavel acaba por encontrá-las na dis-
córdia entre seus cidadãos, naquilo que tradicionalmente era estigmatizado como “tumultos”. 
Trata-se de uma visão revolucionária, já que o convencional era fazer o elogio da harmonia e da 
unidade. Até hoje, a busca do “consenso” e o sonho de uma sociedade harmônica, sem disputa 
de interesses, estão presentes no discurso político e, mais ainda, alimentam a desconfiança 
com que são vistas as lutas políticas. Para Maquiavel, porém, o conflito é sempre um sintoma 
de equilíbrio de poder. Na sociedade, uma parte sempre quer oprimir a outra — nobres e ple-
beus, ricos e pobres ou, na linguagem que ele prefere usar, o povo e os “grandes”. Se o conflito 
persiste, é porque nenhuma parte conseguiu atingir sua meta de dominar a outra. Portanto, 
permanece um espaço de liberdade para todos.
L – F. Miguel. A moral e a política. In: L. F. Miguel. O nascimento da política moderna. De Maquiavel a Hobbes. 
Brasília: Editora da UnB, 2015, p. 21, 23-4 (com adaptações).
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Sintaxe de Concordância – Parte II
GRAMÁTICA
Julgue o item, relativo às estruturas linguísticas do texto 6A2BBB.
Se a expressão “uma visão revolucionária” fosse substituída por ideias revolucionárias, seria 
necessário alterar a forma verbal “Trata-se” para Tratam-se, para se manter a correção grama-
tical do texto.
A construção “Trata-se de” é um dos casos emblemáticos de SUJEITO INDETERMINADO.
O verbo TRATAR, nessa construção, é transitivo indireto e, com o pronome SE, forma esse tipo 
de construção que mantém o verbo na 3ª pessoa do singular. O que vem em seguida é comple-
mento verbal (objeto indireto), por isso não interfere na flexão verbal.
Assim, a troca de “uma visão revolucionária” por “ideias revolucionárias” não promove a flexão 
verbal para o plural.
Errado.
007. (FCC/SABESP/NÍVEL MÉDIO/2019)
Como vamos lidar com robôs em casa, na educação e no trabalho?
A combinação entre a imaginação dos escritores de ficção e a tendência a aceitar desafios dos 
cientistas costuma gerar revoluções nas nossas vidas. Assim também foi com o surgimento 
dos robôs. O nome foi usado pela primeira vez em uma peça teatral da década de 1920 para 
designar um ciborgue ficcional que tinha como principal tarefa servir à humanidade.
Desde então, passamos a ver robôs em todos os lugares: nas indústrias, montando ou sol-
dando peças; nos atendimentos telefônicos; e até nos comandos de voz que damos aos as-
sistentes digitais dos nossos smartphones. No entanto, nem todas essas automações são 
exatamente robôs. “Para se tornar um robô é preciso ser físico, como um carro autônomo ou 
um robô de operação industrial”, frisa Flavio Tonidandel, professor do Centro Universitário FEI 
e pesquisador de robótica e inteligência artificial (IA). Além de ter um corpo físico, outro pré-re-
quisito é mover-se de forma autônoma, semiautônoma ou controlada a distância, bem como 
ser capaz de interagir com o ambiente.
“Existe uma grande confusão entre os conceitos de robôs e de inteligência artificial”, afirma 
Tonidandel. Simplificando bastante, o professor explica que a IA seria o equivalente ao cérebro 
do robô, capaz de dar a ele potencial de tomada de decisão, raciocínio, aprendizagem e reco-
nhecimento de padrões.
O desenvolvimento interdependente entre as tecnologias de IA e robótica trouxe uma nova 
geração de robôs, capazes de interagir com os humanos para executar tarefas, transitar pelos 
mesmos lugares que as pessoas e atuar como assistentes nas tarefas do dia a dia. É a chama-
da robótica de serviços, que promete levar robôs para dentro de casas, empresas, hospitais e 
até escolas.
Conviver com esses seres autônomos e com tendência a nos servir, contudo, traz novas questões. 
A que regras eles estarão sujeitos? O que poderão (ou não) fazer? Como fica o mercado de trabalho com 
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Sintaxe de Concordância – Parte II
GRAMÁTICA
a robotização de serviços que hoje ainda são feitos pelos humanos? São perguntas bem difíceis de 
responder, mas que fazem parte da próxima fronteira para a evolução da robótica.
(Adaptadode: LAFLOUFA, Jacqueline. Disponível em: https://revistagalileu.globo.com. 30/05/2019)
No que se refere à concordância, está correta a frase:
a) Surgem acerca da convivência com esse tipo de seres autônomos novas questões.
b) Convém que se discutam a que regras esses robôs estarão sujeitos.
c) Não está claro o que poderão resultar da combinação entre inteligência artificial e robótica.
d) Até que ponto os serviços hoje feitos por humanos virão a ser executado pela máquina?
e) Tratam-se de perguntas às quais têm sido difíceis encontrar respostas.
�Vamos às opções.
�a) Caso clássico de concordância – o examinador apresenta uma construção com os ter-
mos fora de sua ordem direta (sujeito + verbo + complemento) e distancia o verbo do núcleo 
do sujeito.
�O verbo SURGIR tem como sujeito o segmento “novas questões”, por isso está corretamente 
no plural: Surgem.
�Essa é a resposta.
�b) O verbo DISCUTIR está acompanhado do pronome SE, logo temos de analisar a transitivida-
de dele na construção.
• Verifique a transitividade do verbo: discutir = transitivo direto (discutir algo)
• Ideia passiva? Sim (algo é discutido).
• Respeita a concordância? O que se discute?
�“a que regras esses robôs estão sujeitos”.
�O sujeito paciente está apresentado na forma ORACIONAL, por isso o verbo da voz passiva 
deve ficar no singular: “Convém que se DISCUTA a que regras...”.
�c) A locução verbal “PODERÃO RESULTAR” tem como sujeito a forma “o que” (= aquilo que), o 
que exige que a forma verbal fique no singular: poderá resultar.
�d) “Até que ponto os serviços hoje feitos por humanos virão a ser executado pela máquina?”
�A construção estava certa até chegar ao particípio em “virão ser executado”. Como deve reali-
zar a concordância com serviços, o particípio deve ficar no masculino plural: “os serviços (...) 
virão a ser executados”.
�e) “Tratam-se de perguntas às quais têm sido difíceis encontrar respostas”.
�Já vimos que a construção “tratar-se de” é um caso de SUJEITO INDETERMINADO e, por isso, 
o verbo fica na 3ª pessoa do singular: “Trata-se de perguntas...”.
�Além disso, o que tem sido difícil é “encontrar respostas” (sujeito oracional), por isso a constru-
ção não pode ir para o plural. A construção inteiramente correta seria: “Trata-se de perguntas 
às quais tem sido difícil encontrar respostas”.
Letra a.
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GRAMÁTICA
008. (FCC/TST/ANALISTA TAQUÍGRAFO/2017)
É claro que isso inicialmente soa como um exercício ocioso de pensamento. Afinal, a existên-
cia da tristeza e da alegria nos parece imediatamente evidente, nós podemos sentir tal diferen-
ça e nos esforçamos (ou ao menos deveríamos nos esforçar, se não nos deixássemos vencer 
pelo ressentimento e pela resignação) para nos afastarmos da primeira e nos aproximarmos 
da segunda.
Sobre o que se tem no acima transcrito, avalie a afirmação:
Em e nos esforçamos [...] para nos afastarmos da primeira e nos aproximarmos da segunda, os 
verbos destacados foram flexionados no plural por imposição da norma-padrão da língua, que 
rejeitaria as formas no singular.
FLEXÃO DE INFINITIVO
O infinitivo, uma das formas nominais ao lado do gerúndio e do particípio, pode ser IMPESSO-
AL (= não possui sujeito e, por isso, não se flexiona) ou PESSOAL (= possui sujeito), flexionado 
(havendo, nesse caso, flexão de número e pessoa) ou não, a depender da construção.
Essa flexão do infinitivo pode ser obrigatória ou facultativa.
Casos de flexão facultativa do infinitivo
Quando o sujeito do infinitivo já estiver expresso no período, mas não for o sujeito da outra 
oração, sua flexão é facultativa:
“Os meninos se reuniram no campo para jogar/jogarem futebol.”
Esse é o caso da construção do item a, mas, felizmente, o sujeito das duas construções é um 
termo no singular: família. Por isso, indubitavelmente, o verbo ASSISTIR deverá ficar no singular.
Casos de flexão obrigatória do infinitivo:
I – O sujeito do infinitivo é diferente do sujeito da outra oração. Vamos ao exemplo.
“O concurso público simboliza a oportunidade de algumas pessoas.................... (garantir/garan-
tirem) seu meio de subsistência.”
Há duas orações: na primeira, o sujeito da forma verbal SIMBOLIZA é “O concurso público”; na 
segunda, o sujeito de GARANTIR é “algumas pessoas”. Como são sujeitos diferentes, o verbo 
deverá ser flexionado.
II – É necessário deixar claro o sujeito do infinitivo, a partir da desinência verbal.
“A festa acabou, Papai Noel saiu e as crianças não se conformam de............... (verbo IR) embora.”
Sem a flexão do infinitivo, não teríamos como saber quem deve sair – se são as crianças 
(irem), se somos todos nós (irmos) ou se outro elemento, mencionado ou não nessa oração 
(que poderia ser inferido a partir do contexto).
Se o sujeito do infinitivo for “nós” ou outro elemento, por serem diferentes os sujeitos da cons-
trução (já que na primeira oração o sujeito é “as crianças”), a flexão é obrigatória (caso I).
Se o sujeito for o mesmo (“as crianças”), a flexão seria facultativa se não houvesse ambiguida-
de, assim, por clareza textual, a flexão do infinitivo passa a ser obrigatória:
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Sintaxe de Concordância – Parte II
GRAMÁTICA
“As crianças não se conformam de IREM embora.”
No caso da questão, o sujeito de AFASTAR e APROXIMAR está presente na construção e é o 
sujeito da oração anterior (“... e [nós] nos esforçamos), por isso a flexão dos verbos no infinitivo 
seria facultativa, ainda que presente o pronome “nos”:
“e nos esforçamos (...) para nos afastarmos/nos afastar da primeira e nos aproximarmos/nos 
aproximar da segunda”.
Assim, a afirmação está incorreta, pois o examinador propõe que a norma culta da língua rejei-
taria as formas no singular.
Errado.
009. (CESPE/MPE-CE/ANALISTA MINISTERIAL/2020)
Não há conclusões unânimes, mas a ciência e os especialistas caminham para o entendimen-
to de que o preconceito seja um conceito aprendido. Por definição, o preconceito é uma opi-
nião formada antes da aquisição dos conhecimentos adequados; um sentimento desfavorável, 
concebido antecipadamente ou independente de experiência ou razão. Assim, foge da postura 
típica dos animais, que só passam a rejeitar aquilo que os prejudica a partir da experiência ad-
quirida. O racismo prevê uma superioridade racial independente da experiência pessoal.
Um estudo neurológico realizado pela pesquisadora Eva Telzer, da Universidade de Illinois, ana-
lisou a reação de uma estrutura cerebral chamada amígdala, ligada a sensações como medo e 
ansiedade, em crianças e adolescentes de 4 a 16 anos. O estudo mostrou que a amígdala não 
responde à questão racial em crianças: a sensação de medo começa a aparecer ao longo da 
adolescência, o que pode indicar que o racismo é aprendido ao longo da vida.
Já as pesquisas na área de psicologia experimental, que muitas vezes estudam o comporta-
mento dos animais, poderiam encontrar uma explicação para o racismo de bases evolutivas 
— apesar de não existirem, nos animais, traços de preconceito ou discriminação propriamente 
dita. “Nós não identificamos em animais um correlato exato ao preconceito, especialmente 
porque preconceito é uma construção verbal e social típica das culturas humanas”, diz Patrícia 
Izar, professora doutora do departamento de psicologia experimental da Universidade de São 
Paulo (USP). “O queexiste tipicamente entre os primatas, os macacos, é um comportamento 
de proteger o grupo ao qual eles pertencem; em geral, um grupo com alto grau de parentesco 
contra outro grupo.”.
O geneticista Sérgio Pena não concorda com estudos evolutivos: “Ao postular a existência de 
uma natureza humana evolutivamente moldada para ser etnocêntrica, paroquial, bairrista e 
chauvinista, esses discursos geralmente terminam por atribuir ao racismo uma inevitabilidade 
natural. Isso não é verdade. Pelo contrário, as ‘raças’ e o racismo não têm nenhuma justificativa 
biológica e não passam de uma invenção muito recente na história da humanidade.”.
Internet: <www.uol.com.br> (com adaptações).
Acerca das ideias, dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o 
item a seguir.
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Sintaxe de Concordância – Parte II
GRAMÁTICA
A correção gramatical do texto seria mantida caso a forma “existirem” fosse substituída 
por existir.
Vamos reler o fragmento do texto em análise.
Já as pesquisas na área de psicologia experimental, que muitas vezes estudam o comportamento 
dos animais, poderiam encontrar uma explicação para o racismo de bases evolutivas — apesar de 
não existirem, nos animais, traços de preconceito ou discriminação propriamente dita.
Como vimos, quando o sujeito do infinitivo é diferente do sujeito da oração principal, a flexão 
é obrigatória.
A oração principal é “Já as pesquisas na área de psicologia experimental (...) poderiam encon-
trar uma explicação para o racismo (...)”
O sujeito da forma nominal existirem é traços de preconceito ou discriminação.
Observa-se, portanto, um caso de flexão obrigatória, não sendo possível a forma existir.
Errado.
010. (FCC/DPE-RS/TÉCNICO/2017) As regras de concordância estão plenamente respeita-
das na frase:
a) A exibição de gols na mídia poderiam render direitos autorais aos jogadores de futebol?
b) Um vídeo e uma testemunha são os trunfos com o qual conto para atestar o que digo.
c) Bermudões e chinelos eram o que usavam o juiz que apitou o jogo em que fiz o gol.
d) Se forem comparados os gols dos jogadores, será possível constatar uma semelhança.
e) O jogador inglês fez um belo gol, e talvez seja legítimo a cobrança dos direitos autorais.
�A partir de agora, podemos “acelerar” um pouco para verificar se você já está ficando craque 
neste assunto, ok?
�a) “A exibição de gols na mídia PODERIAM” (???) Se o núcleo do sujeito está no singular, por que 
foi flexionado o verbo? Não há justificativa.
�b) “Um vídeo e uma testemunha [sujeito composto anteposto ao verbo = concordância grama-
tical] são (ok!) os trunfos com o qual …”
�O pronome relativo se refere a qual elemento??? Resposta: “trunfos”, então deveria ser “com 
os quais”. Errou!
�c) “Bermudões e chinelos eram (ok!) o que usavam o juiz que apitou…”
�Se quem usou foi “o juiz”, o verbo USAR deveria estar no singular: “o que usou o juiz…”. Item 
errado.
�d) “Se forem comparados os gols dos jogadores, (até aqui, ok!) será possível constatar uma 
semelhança”.
�O sujeito de “será possível” está representado por uma ORAÇÃO, por isso o verbo e o adjetivo 
ficam no singular (ISSO será possível = Constatar uma semelhança será possível). Tudo certo! 
Essa é a resposta!
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Sintaxe de Concordância – Parte II
GRAMÁTICA
�e) “O jogador inglês fez um belo gol, e talvez seja legítimo a cobrança dos direitos autorais”.
�O que será “legítimo”?
�Resposta: a cobrança dos direitos autorais.
�Se o adjetivo “legítimo” se refere a “cobrança”, deve com este elemento concordar: “seja legíti-
ma a cobrança…”.
Letra d.
011. (FCC/DPE-RS/TÉCNICO/2017)
E, se também são solitárias a pintura e a escultura, ambas têm a vantagem de serem dinâmicas, 
físicas, performáticas, de um modo que as aproxima mais das artes coletivas, como a dança, a 
música, o teatro, o cinema. (1º parágrafo)
Analise se a afirmação a seguir foi escrita de acordo com a norma-padrão da língua:
As artes coletivas – pintura, escultura, dança, música, teatro e cinema – mantém em comum o 
fato de serem dinâmicas, físicas e performáticas.
Cuidado com os verbos TER, PÔR, VIR e seus derivados!
Cuidado com os verbos TER, PÔR, VIR e seus derivados!
Cuidado com os verbos TER, PÔR, VIR e seus derivados!
Está doida, professora?
Não, só repeti para que você nunca se esqueça de ter cuidado com os verbos TER, PÔR, VIR e 
seus derivados!
Esse alerta é feito porque esses verbos e seus derivados não possuem diferença fonética entre 
a forma do plural e a do singular. A diferença é apenas gráfica (escrita), e não fonética (som).
E as bancas, sabendo disso, distanciam o sujeito do verbo, empregando este em uma forma 
incorreta (se o sujeito é singular, emprega o verbo no plural, e vice-versa). Para dificultar ainda 
mais as coisas para o lado do candidato, insere nesse intervalo elementos em número diferen-
te do que seria correto, para “contaminar” e fazer o candidato errar. Se quiser piorar ainda mais, 
basta inverter a ordem dos termos, ou seja, apresenta logo o verbo (com erro de concordância), 
insere vários elementos de intercalação e, em seguida, apresenta o sujeito em número diverso 
do que foi flexionado o verbo (que está, agora, bem longe de seus olhos), rs…
Veja se não foi isso o que aconteceu nessa questão:
“As artes coletivas – pintura, escultura, dança, música, teatro e cinema – mantém …”
Seu ouvido não distingue a forma singular (mantém) da forma plural (mantêm), por isso aquela 
insistência toda no início do comentário.
Como o núcleo é “artes”, o verbo deveria ser “mantêm”.
Errado.
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GRAMÁTICA
012. (CESPE/SEFAZ-DF/AUDITOR-FISCAL DA RECEITA DO DF/2020)
Texto CG1A1-I
Grandes companhias globais falam muito em sustentabilidade ambiental e descarbonização 
de sua produção, mas o que fazem na prática é insuficiente. A implementação de programas 
de sustentabilidade corporativa tem sido lenta, conforme estudo de dois professores do Inter-
national Institute for Management Development (IMD), instituto de administração sediado na 
cidade suíça de Lausanne.
Dos executivos consultados em outra pesquisa realizada pelo IMD, 62% consideram estraté-
gias de sustentabilidade necessárias para serem competitivos atualmente, e outros 22% di-
zem que isso será importante no futuro. Sustentabilidade é vista como uma abordagem de 
negócios para criar valor a longo prazo, levando-se em conta como uma companhia opera nos 
ambientes ecológico, social e econômico.
Em pesquisa com dez setores industriais ao longo de três anos, os dois professores do IMD 
concluíram que, ao contrário do otimismo gerado pelo Acordo de Paris para combater a mudan-
ça climática e pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, as inicia-
tivas nas empresas deixam a desejar. Na pesquisa, eles constataram que menos de um terço 
das companhias desenvolveram casos de negócios claros ou proposições de valor apoiadas 
em sustentabilidade. Além disso, apenas 10% das empresasestão conseguindo captar o valor 
total da sustentabilidade, enquanto muitas companhias restam presas na “divulgação”. Alguns 
setores têm melhores resultados na implementação de programas de sustentabilidade, como o 
setor de material de construção, em comparação ao de telecomunicações.
Os professores alertam que o tempo está esgotando. Estudos mostram que a poluição de 
carbono precisa ser cortada quase pela metade até 2030 para evitar 1,5 grau de aquecimento 
do planeta. Isso requer revisões ainda mais drásticas das indústrias globais e dos governos.
Os dois professores destacam que os investidores reconhecem cada vez mais o impacto, para 
a sociedade, das empresas nas quais investem. Eles notam que a necessidade de desenvolver 
modelos de negócios mais sustentáveis está aumentando tão rapidamente quanto os níveis 
de dióxido de carbono na atmosfera. E sugerem um forte senso de foco que chamam de “veto-
rização”, que inclui programas de sustentabilidade corporativa mais acelerados.
Os pesquisadores alertam que companhias que trabalham em boas causas sem relação com 
seus negócios centrais tendem a ser menos efetivas.
Assis Moreira. Valor econômico, 18/3/2019. Internet: <valor.globo.com> (com adaptações).
Considerando os aspectos linguísticos do texto CG1A1-I, julgue o item a seguir.
A substituição da forma verbal “desenvolveram” por desenvolveu manteria a correção grama-
tical do texto.
Vamos tratar agora da concordância com termos partitivos, percentuais e fracionários.
CONCORDÂNCIA COM NÚMEROS PERCENTUAIS OU FRACIONÁRIOS
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Sintaxe de Concordância – Parte II
GRAMÁTICA
“Na pesquisa, eles constataram que menos de um terço das companhias desenvolveram casos 
de negócios”
Para começar, a concordância com expressões “mais de”/“menos de” deve se dar com 
o numeral:
Mais de vinte pessoas ESTIVERAM.
Menos de dez pessoas ESTIVERAM.
Menos de dois alunos ESTIVERAM.
É nesse momento em que a Língua Portuguesa se distancia da lógica. A expressão “menos de 
dois alunos” significa UM ALUNO, contudo o verbo deve realizar a concordância com o numeral 
(dois), por isso o verbo vai para o plural!!!
Na construção original, o complemento vem sob forma fracionária. Nesse caso, o termo com 
o qual o verbo deverá realizar a concordância será o numerador da fração:
Um terço ESTEVE.
Dois terços ESTIVERAM.
Só que o numeral fracionário também está acompanhado de um determinante:
Menos de um terço das companhias
Nesse caso, a concordância é facultativa.
Pode se realizar:
• com o numerador da fração (um), mantendo-se no singular = essa é a concordância 
gramatical, ou
• com o complemento (companhias), que está no plural = esse é um caso de concordân-
cia ideológica, pois não se realiza com o núcleo do sujeito, mas com outro elemento.
Quanta coisa em apenas uma questão!!!
Aliás, o texto nos dá exemplos de casos de concordância com número percentual também, que 
segue o mesmo raciocínio da concordância com números fracionários: é facultativa, podendo 
se realizar com o número inteiro da forma percentual ou com o complemento.
Isso se observa na seguinte passagem:
“apenas 10% das empresas estão conseguindo captar” = nesse caso, tanto o número inteiro 
(10) quanto o complemento (empresas) são termos no plural, não restando outra opção ao 
verbo (estão).
Considere, agora, se a parte inteira do número fosse 0 ou 1, acompanhado de complemento 
no plural:
“1,2% dos eleitores” = como a parte inteira é 1, o verbo pode ficar no singular, mas pode tam-
bém se flexionar no plural, em acordo com o complemento (eleitores).
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Sintaxe de Concordância – Parte II
GRAMÁTICA
1,2% dos eleitores escolheu/escolheram
Essa dupla possibilidade de concordância também ocorre no caso de a parte inteira do nume-
ral for maior de 1 e o complemento se apresentar no singular:
“20% do eleitorado” = pode se flexionar no plural (20) ou ficar no singular (eleitorado).
20% do eleitorado escolheram/escolheu
Contudo, essa flexibilidade só ocorre no caso de haver um complemento. Também extraído 
do texto, o seguinte exemplo nos mostra que o verbo não teve outra opção a não ser realizar a 
concordância com o numeral:
“62% consideram estratégias...”
Certo.
013. (FCC/METRÔ-SP/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/2014) As regras de concordância 
estão completamente respeitadas em:
a) A entrada das motocicletas no trânsito brasileiro fez com que aumentasse os acidentes 
envolvendo esse tipo de veículo.
b) As medidas de restrição ao tráfego afetam diretamente as necessidades sociais das pessoas.
c) Em todo o mundo, busca-se soluções capazes de combater o problema da fluidez do trânsito.
d) Na década de 1990, a produção, a aquisição e o uso da motocicleta cresceu exponencialmente.
e) Grande parte das novas motocicletas foi inicialmente utilizado no serviço de entrega de pe-
quenas mercadorias.
�a) “A entrada das motocicletas no trânsito brasileiro fez (ok!) com que aumentasse OS ACI-
DENTES…”.
�O que aumentou?
�Resposta: OS ACIDENTES (plural).
�Logo, “fez com que AUMENTASSEM os ACIDENTES…”
�Item errado.
�b) “As medidas de restrição ao tráfego aéreo afetam diretamente as necessidades sociais das 
pessoas.”
�Acertou a concordância, e tinha tudo para colocar o erro ali, porque distanciou do verbo o 
núcleo do sujeito, inserindo entre esses elementos termos no singular, mas o examinador foi 
bonzinho e essa foi a resposta!
�c) “Em todo o mundo, busca-se soluções…”
Pronome “se” com verbo – Cuidado‼!
• Verifique a transitividade do verbo: buscar = transitivo direto (buscar algo)
• Ideia passiva? Sim (algo é buscado).
• Respeita a concordância? O que se busca?
“soluções”.
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Sintaxe de Concordância – Parte II
GRAMÁTICA
Então, o verbo deve ser flexionado no plural: “… BUSCAM-SE soluções…”. Item errado.
�d) “Na década de 1990, a produção, a aquisição e o uso da motocicleta CRESCEU…”
�São três os núcleos do sujeito e estão todos antepostos ao verbo, logo a concordância obriga-
tória é GRAMATICAL.
�O correto seria “a produção, a aquisição e o uso da motocicleta CRESCERAM …”.
�e) “Grande parte das novas motocicletas…”
�CONCORDÂNCIA COM TERMOS PARTITIVOS
�Esta é uma expressão que indica uma parte de um todo. Chama-se “termo partitivo”, e esse 
tipo de construção tem um tratamento especial em relação à sintaxe de concordância.
�Como vimos, em alguns casos, a concordância pode se dar em função da “ideia”, em detrimen-
to do aspecto gramatical.
Assim, quando termos partitivos (a maior parte, a maioria, grande parte, boa parte etc.) estão 
acompanhados de complementos, devemos observar a seguinte regra:
• O verbo pode concordar com o núcleo dessa expressão;
• O verbo pode concordar com o complemento.
Em alguns casos, quando o núcleo da expressão estiver em um número (singular ou plural) e o 
complemento em número diverso, a concordância passa a ser FACULTATIVA.
“Boa parte dos alunos saiu [concorda com “parte”]/saíram [concorda com o complemento 
“alunos”]”
Se tanto o núcleo quanto o complementoestiverem no mesmo número, não há o que se duvi-
dar: só existe uma forma de concordância.
Voltemos, agora, à questão:
“Grande parte [termo partitivo = singular] das novas motocicletas [complemento = feminino 
plural] foi …” = se o verbo ficou no singular, a concordância está sendo feita com o vocábulo 
“parte”. Logo, deveria ser:
“Grande parte (…) foi inicialmente utilizada” = a flexão no feminino é por força da concordância 
com a palavra “parte”.
A outra opção de concordância seria com o complemento:
“Grande parte das novas motocicletas [nesse caso, o verbo concorda com “motocicletas”] fo-
ram inicialmente utilizadas” = agora, além de o verbo estar no plural, o adjetivo realiza a concor-
dância com “motocicletas”, devendo ser flexionado no feminino plural.
Acontece que o examinador não fez nem uma coisa, nem outra. Ele deixou o verbo no singular, 
mas o adjetivo não realizou a concordância com nenhum dos elementos. Item errado.
Letra b.
014. (FCC/TST/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2017) A frase redigida com clareza e correção 
encontra-se em:
a) Baseados nos anseios de uma arquitetura moderna, o projeto de Marina previa áreas de 
lazer e uma ligação efetiva de seus habitantes com a natureza circundante.
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GRAMÁTICA
b) Grande parte das estruturas previstas pelo plano diretor de Marina estava relacionada ao 
bem-estar e a uma concepção de vida mais humana.
c) Faziam quase dois anos que Niemeyer tinha lançado o projeto de Marina e então participara 
do júri da comissão que escolheria o projeto de Brasília.
d) O jornal Estado de Minas, reproduz um trecho do projeto de Niemeyer, atentando para a pre-
ocupação de que existisse em Marina áreas verdes para a população.
�a) “Baseados nos anseios de uma arquitetura moderna, o projeto de Marina…” – O adjetivo “ba-
seados” está no plural, contudo seu referente (projeto) está no singular. Há um erro de concor-
dância nessa passagem.
�b) “Grande parte [termo partitivo no singular] das estruturas [complemento no plural] previstas 
pelo plano diretor de Marina estava relacionada …” – tanto o verbo quanto o adjetivo estavam 
corretamente em concordância com “grande parte” – Item certo! Esta é a resposta.
�c) “Faziam quase dois anos…”
�Os verbos que indicam “tempo decorrido” sempre permanecem no singular: “Faz quase dois 
anos”/Há quase dois anos/Vai para quase dois anos…
�Item errado.
�d) “… atentando para a preocupação de que existisse em Marina áreas verdes para a população”.
�Como vimos, o verbo EXISTIR é pessoal, ou seja, possui sujeito e deve realizar a concordância 
com seu núcleo.
�O que “deveria existir” em Marina? Resposta: “áreas verdes”.
�Por isso, o verbo EXISTIR deve ser flexionado no plural, para concordar com “áreas”: “a preocu-
pação de que existissem em Marina áreas verdes…”.
Letra b.
015. (FCC/SEFAZ-RJ/AUDITOR/2014)
Analise o seguinte comentário a respeito de elementos do texto:
Em a maioria desses 1.445 verbetes são de artigos sobre “ironia em...”, a concordância foge às 
orientações da gramática normativa, que não prevê outra possibilidade que não seja a de o 
verbo vir no singular, concordando com a expressão partitiva.
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GRAMÁTICA
Vimos que, com termos partitivos, o verbo pode realizar a concordância com este termo ou 
com o complemento, facultativamente.
Por isso, na construção “a maioria desses 1.445 verbetes”, o verbo SER poderia ter realizado a 
concordância com “maioria”, permanecendo no singular, ou com o complemento “verbetes”, 
flexionando-se no plural. As duas formas estariam certas e, por isso, a afirmação está errada.
Errado.
016. (FGV/SASDH NITERÓI/2018)
“96% das empresas que participaram da campanha taxa zero por 100 dias ficaram com a nos-
sa empresa”.
Trecho publicitário de uma empresa de segurança que mostra, no segmento sublinhado, um 
caso correto de concordância.
A frase abaixo que mostra um erro em tipo semelhante de frase é:
a) 3% da população emigrou para a Europa;
b) 1% do grupo saíram em viagem;
c) 1,5% da turma viajou no final de semana;
d) 5% dos alunos lamentaram a falta do professor;
e) 22% dos eleitores acreditam nas pesquisas.
Lembre-se de que havendo termo partitivo/ numeral percentual/numeral fracionário + com-
plemento, o verbo pode realizar a concordância com qualquer dos elementos.
Devemos procurar a construção com erro nessa flexão:
�a) 3% (plural) da população (singular) emigrou... certa
�b) 1% (singular) do grupo (singular) saíram.... errou, pois todos os elementos estão no singular, 
por isso o verbo não pode ir para o plural.
�c) 1,5% (singular) da turma (singular) viajou: acertou
�d) 5% (plural) dos alunos (plural) lamentaram: acertou
�e) 22% (plural) dos eleitores (plural) acreditam... acertou
Letra b.
017. (FGV/ALE-RO/ADVOGADO/2018)
No primeiro semestre deste ano, 80 mil alunos deixaram de ingressar em faculdades parti-
culares de todo o país, o que representa uma queda de 5% em relação ao mesmo período de 
2017. Desde 2015, a fuga de ingressantes é de 20%. Juntos, Rio, Minas e Espírito Santo tiveram 
redução de 25,7% no número de calouros. O levantamento foi feito pelo Sindicato das Mante-
nedoras de Ensino Superior (Semesp) com 99 instituições. Desemprego, queda de renda, crise 
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econômica, redução dos programas de financiamento estudantil são as razões apontadas pelo 
Semesp para a diminuição de matrículas. No Rio, a violência agrava o problema, porque deses-
timula quem estuda à noite. (adaptado)
O Globo, 24/07/2018
Assinale a frase a seguir em que a concordância verbal com porcentagens está incorreta.
a) 25,7% do total de calouros se matricularam.
b) 30% da imprensa mostraram esse mesmo dado.
c) 1,7% do jornal se ocuparam dessa notícia.
d) 5,8% do público leitor comentou os dados fornecidos.
e) 1,3% dos leitores se interessaram pela notícia.
Questão idêntica à anterior!!!! Vamos lá!
�a) 25, 7% (plural) do total (singular) de calouros se matricularam = certo
�b) 30% (plural) da imprensa (singular) mostraram = acertou
�c) 1,7% (singular) do jornal (singular) se ocuparam = errou, porque devemos considerar o nú-
mero inteiro (1) e só vai para o plural se esse número for maior de 2.
�d) 5,8% (plural) do público leitor (singular) comentou = acertou
�e) 1,3% (singular) dos leitores (plural) se interessaram = certo
Letra c.
018. (CESPE/PREFEITURA DE SÃO CRISTÓVÃO/2019) A leitura feita pelo aluno talvez seja a 
modalidade que atualmente mais precise de investimento na escola. É comum ouvirmos dizer 
que o computador, a televisão e o video game são os maiores concorrentes da leitura, e que 
estão ganhando a disputa. Há uma queixa recorrente dos professores de que os alunos leem 
pouco, não leem bem, não entendem o que leem, ou seja, não são leitores fluentes. Mas o que 
é ler bem? O que significa fluência leitora?
Ler fluentemente não significa compreender o que se lê, pois é possível ler rapidamentesem 
entender o assunto de que trata o texto. A leitura de um texto requer conhecimento de seu pro-
pósito pelos alunos, já que fluência também tem a ver com a intenção da leitura: para que ler, 
quais estratégias poderão ser utilizadas e o que se espera ao final. E é importante expor aos 
alunos esses propósitos em cada atividade. Costumamos “tomar” um texto sempre com uma 
intenção, e esta não necessariamente está vinculada ao gênero. Dessa forma, nem sempre 
vou ler obras literárias apenas para apreciá-las. Também posso ler para fazer um estudo so-
bre a época em que se passa um romance, ou para analisar o estilo empregado pelo autor, ou 
ainda para traçar um perfil das personagens. Lemos notícias com intuitos variados, além de 
nos informarmos. Podemos ler para conhecer mais sobre outro país, para ampliar nosso co-
nhecimento sobre um assunto específico, para estudar para uma prova etc. Essa intenção irá 
determinar minha leitura e a compreensão que tenho do assunto abordado por aquele texto.
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GRAMÁTICA
Falamos, portanto, da fluência leitora para alunos que já conquistaram a base alfabética do 
sistema de escrita, aqueles que já dominam a escrita e estabelecem relações entre grafemas 
e fonemas.
O leitor que ainda está preso à decifração dificilmente consegue entender o que aborda o texto 
lido, pois não utiliza as estratégias mais adequadas para a compreensão. É necessário um 
trabalho que o ajude a ir além da leitura palavra a palavra ou sílaba a sílaba, para buscar outros 
meios de identificação que permitam tornar a leitura mais fluente, utilizando paralelamente os 
processos de decifração e compreensão.
Valquiria Pereira. O que significa fluência leitora? In: Revista Nova Escola. jul./2013 (com adaptações).
Com relação às propriedades linguísticas do texto anterior, julgue o item a seguir.
A forma verbal “utiliza” concorda com “leitor”.
SUJEITO OCULTO
O trecho em análise é:
O leitor que ainda está preso à decifração dificilmente consegue entender o que aborda o texto 
lido, pois não utiliza as estratégias mais adequadas para a compreensão.
Note que temos um longo período, composto por várias orações, mas o que nos interessa nes-
se momento é que o sujeito do verbo UTILIZAR não está expresso de forma literal na oração, 
mas pode ser identificado a partir do contexto: é leitor.
Esse é um caso de SUJEITO OCULTO, ou seja, a ação é praticada por alguém que não se en-
contra expresso, mas pode ser subentendido pelo contexto ou pela desinência verbal (Estive 
sozinha = sujeito: eu).
Certo.
019. (FCC/ALE-PE/ANALISTA/2014) Está correta a seguinte flexão para o plural:
a) se extraiu o substantivo: se extraíram os substantivos.
b) Trata-se de um vocábulo: Tratam-se de vocábulos.
c) o meio digital privilegia as mensagens diretas e não tem tempo a perder: os meios digitais 
privilegiam as mensagens diretas e não tem tempo a perder.
d) é casca-grossa por natureza: são casca-grossas por natureza.
e) o substantivo [...] existe acima de qualquer dúvida: os substantivos existem acima de qual-
quer dúvidas.
Vamos analisar cada uma das propostas.
�a) Em “se extraiu o substantivo”, o pronome “SE” acompanhar um verbo transitivo direto (al-
guém extrai alguma coisa). O substantivo que exerce a função de núcleo do sujeito paciente 
está no singular, por isso o verbo está corretamente no singular também. A flexão proposta 
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pelo examinador procede, pois houve alteração do número em que se encontra tal substantivo: 
“se extraíram os substantivos”. Item certo.
�b) O verbo TRATAR é transitivo indireto (seu complemento exige preposição obrigatória), por isso 
o pronome SE não é apassivador, mas índice de indeterminação do sujeito. Nesse caso, o verbo 
fica na 3ª pessoa do singular, sem flexão (pois não se sabe quem é o seu sujeito). Item errado.
�c) Em “o meio digital privilegia as mensagens diretas”, o sujeito está representado por “o meio 
digital” (núcleo: “meio” = singular). Na segunda oração do período, o verbo “tem”, em função do 
contexto, também se flexiona para concordar com “meio digital” – é o que chamamos de “SU-
JEITO OCULTO”. Se houver a flexão no plural do substantivo “meios”, ambos os verbos devem 
realizar a concordância, flexionando-se também no plural, e não apenas o primeiro: “Os meios 
digitais privilegiam as mensagens diretas e não têm tempo a perder.” Item errado.
�d) Os substantivos compostos que se apresentem na forma de “substantivo + adjetivo” flexio-
nam, no plural, os dois elementos. Assim, o plural de “casca-grossa” é “cascas-grossas”.
�e) O pronome “qualquer” é especial, pois é o único vocábulo da língua portuguesa que se flexio-
na “no meio”: qualquer = quaisquer. Isso se deve ao fato de que, na aglutinação, somente varia 
o pronome “qual”, mantendo-se inalterado a forma verbal “quer”.
Letra a.
020. (FCC/TST/ANALISTA TAQUÍGRAFO/2017) Julgue a correção do comentário associado 
à frase indicada:
Vossa Excelência deve estar orgulhoso da homenagem recebida./O adjetivo destacado con-
corda não com a forma gramatical da expressão, mas com o ser a que remete; no caso, esse 
fenômeno incide sobre concordância de número.
Em uma leitura desatenta, o candidato diria que o comentário à frase está certo, pois essa 
concordância ideológica é possível, sim. O nome dessa figura é SILEPSE.
Quando realizamos a concordância com pronome de tratamento, sendo uma autoridade mas-
culina, podemos empregar o adjetivo no masculino.
Silepse é a figura pela qual a concordância das palavras se faz logicamente, pelo significado, e 
não de acordo com as regras gramaticais.
Pode haver SILEPSE:
• de número: “Muita gente aqui, pelo menos sabem se comportar adequadamente.”. No 
lugar da 3ª pessoa do singular (concordando com o vocábulo “gente”), empregou-se o 
verbo na 3ª pessoa do plural. Por isso, houve incidência sobre o número.
• de gênero: “Vossa Excelência deve estar orgulhoso.” – A forma de tratamento requer 
emprego de adjetivo no feminino (concordando com “Excelência”), mas empregou-se o 
gênero masculino para indicar que o interlocutor era UM HOMEM.
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GRAMÁTICA
• de pessoa: “Todos somos brasileiros.” – Agora, no lugar da 3ª pessoa do plural, que o pro-
nome “todos” exigiria (todos são), foi usada a 1ª pessoa do plural, de modo a incluir o autor 
da frase na ação verbal. Como mudou de 3ª para 1ª, chamamos de “silepse de pessoa”.
O erro da questão está no fato de que, em “orgulhoso”, houve silepse de gênero (masculino no 
lugar do feminino), e não de número (singular/plural).
Errado.
021. (FCC/TST/ANALISTA TAQUÍGRAFO/2017)
A sala do administrador ficava naquela casa para onde tinha sido levado. Sentiu medo. Ele 
nunca admitia que empregado tivesse razão... E reagia com porrada. Isso era certo. À porta 
encheu-se de coragem. Aquela seria a oportunidade de peitar o cão de guarda do usurpador da 
grana.Malditos, todos eles. Não iria se arrepender. Sua família apoiaria, já tinham dito. Por que 
não acreditar? Eles, sim, cumpriam o que prometiam.
(SILVIA, Maria, inédito)
Avalie se é legítimo o seguinte comentário:
Nada há que justifique o emprego do plural destacado em Sua família apoiaria, já tinham dito, 
por isso, considerada a norma-padrão da língua, essa concordância é equivocada.
Mais uma vez, a concordância se dá com a ideia, e não com o aspecto gramatical. Agora, na 
passagem “Sua família apoiaria, já tinham dito”, a flexão no plural (tinham dito) indica que a 
família é composta de vários membros, assim a concordância se realiza com a ideia de plura-
lidade que “família” representa, e não com o substantivo “família”.
Enfatiza-se, assim, um grande número de pessoas, e essa concordância ideológica é perfeita-
mente válida.
Errado.
022. (CESPE/DPF/ESCRIVÃO DE POLÍCIA FEDERAL/2018)
Como se pode imaginar, não foi o latim clássico, dos grandes escritores romanos e latinos e fa-
lado pelas classes romanas mais abastadas, que penetrou na Península Ibérica e nos demais 
espaços conquistados pelo Império Romano. Foi o latim popular, falado pelas tropas invaso-
ras, que fez esse papel. Essa variante vulgar sobrepôs-se às línguas dos povos dominados e 
com elas caldeou-se, dando origem aos dialetos que viriam a se chamar genericamente de 
romanços ou romances (do latim romanice, isto é, à moda dos romanos).
No século V d.C., o Império Romano ruiu e os romanços passaram a diferenciar-se cada vez 
mais, dando origem às chamadas línguas neolatinas ou românicas: francês, provençal, espa-
nhol, português, catalão, romeno, rético, sardo etc.
Séculos mais tarde, Portugal fundou-se como nação, ao mesmo tempo em que o português 
ganhou seu estatuto de língua, da seguinte forma: enquanto Portugal estabelecia as suas fron-
teiras no século XIII, o galego– português patenteava-se em forma literária.
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GRAMÁTICA
Cerca de três séculos depois, Portugal lançou-se em uma expansão de conquistas que, à ima-
gem do que Roma fizera, levou a língua portuguesa a remotas regiões: Guiné-Bissau, Angola, 
Moçambique, Cingapura, Índia e Brasil, para citar uns poucos exemplos em três continentes.
Muito mais tarde, essas colônias tornaram-se independentes — o Brasil no século XIX, as de-
mais no século XX —, mas a língua de comunicação foi mantida e é hoje oficial em oito nações 
independentes: Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e 
Príncipe e Timor-Leste.
Instituto Antônio Houaiss. José Carlos de Azevedo (Coord.). Escrevendo pela nova ortografia: como usar as regras do 
Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. São Paulo: Publifolha, 2008, p. 16-7 (com adaptações).
Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item seguinte.
A correção gramatical e a coerência do texto seriam preservadas caso a forma verbal “levou” 
fosse substituída por levaram.
Vamos reler o fragmento a ser analisado:
Cerca de três séculos depois, Portugal lançou-se em uma expansão de conquistas que, à imagem 
do que Roma fizera, levou a língua portuguesa a remotas regiões: Guiné-Bissau, Angola, Moçambi-
que, Cingapura, Índia e Brasil, para citar uns poucos exemplos em três continentes.
O verbo LEVAR tem como sujeito o pronome relativo “que”, o qual, por sua vez, retoma o subs-
tantivo expansão, da expressão expansão de conquistas (a expansão levou a língua portuguesa 
a remotas regiões).
Também é possível, sob aspecto gramatical e semântico, realizar essa concordância com o 
substantivo conquistas (as conquistas levaram a língua portuguesa a remotas regiões).
Ainda que haja mudança de sentido, a coerência é mantida com essa nova flexão verbal.
Por isso, está correta a proposta da banca.
Certo.
023. (CESPE/IPHAN/TÉCNICO I/2018)
Texto CB3A1-II
A construção da ideia de patrimônio cultural se deu no bojo de dois processos históricos mui-
to importantes para o Ocidente: a constituição dos Estados-nações europeus e a instituição 
da história como um campo específico de conhecimento. Não é difícil entender essa relação 
íntima entre eles. Para unificar populações, culturas, territórios, foi preciso elaborar a própria 
ideia de nação, que se fundamenta em alguns elementos estruturantes: um conjunto de pes-
soas que partilha uma cultura, uma língua, uma origem comum, uma única identidade. Nesse 
contexto, a história foi um poderoso elemento de legitimação dessa ideia de nação, pois era 
preciso buscar suas origens no passado, evidenciando a continuidade, o caráter e a força do 
povo que a constituía.
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GRAMÁTICA
A concepção do passado como “herança da nação” está dada como fundamento mesmo da 
possibilidade de futuro — e, nesse sentido, é necessário preservá-lo, garantir a existência de 
seus vestígios e sinais, para usufruto das gerações que virão. O Estado, como poder legítimo 
instituído, que zela pelo bem da coletividade, torna-se o principal agente nesse processo de 
guarda da memória. Com isso, voltamos à ideia de patrimônio: tudo aquilo que “restou” do 
passado, que constitui vestígio das experiências vividas e do potencial de criação de um povo, 
pode vir a se tornar patrimônio da nação.
Mônia Silvestrin. Tratando de conceitos. In: Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Patrimônio 
imaterial: fortalecendo o Sistema Nacional. Brasília: IPHAN, 2014, p. 21-2 (com adaptações).
Julgue o seguinte item, a respeito de aspectos linguísticos do texto CB3A1-II.
A substituição da forma verbal “partilha” por partilham preservaria a correção gramati-
cal do texto.
Vamos ao trecho em análise.
“um conjunto de pessoas que partilha uma cultura, uma língua, uma origem comum, uma única 
identidade.”
O verbo PARTILHAR está na 3ª pessoa do singular para concordar com o termo “conjunto”, da 
estrutura um conjunto de pessoas (o conjunto partilha uma cultura...)
Só que também é possível, sintática e semanticamente, realizar a concordância com o comple-
mento pessoas (as pessoas partilham uma cultura...).
Note que o examinador menciona apenas a manutenção da correção gramatical, e essa seria 
preservada com a alteração.
Certo.
024. (CESPE/IFF/ASSISTENTE/2018)
Texto
O desenvolvimento de salas de aula virtuais avança a passos largos, e a interatividade é o 
ponto-chave das pesquisas na área. A criação de programas de computador voltados para a 
educação a distância facilita o surgimento de novos cursos, mas é preciso preparar os alunos 
para o uso das tecnologias.
De acordo com Claudete Paganucci, pedagoga, a integração da equipe responsável por admi-
nistrar os cursos é crucial para o sucesso da educação a distância. “Tanto professores quanto 
alunos precisam de oficinas de capacitação para que o acesso às novas tecnologias seja um 
facilitador do ensino e não gere frustração na hora de aprender ou ensinar”, ela esclarece.
Além de participar das oficinas, é preciso ter dedicação. A pedagoga acrescenta que a maioria 
dos alunos é composta por adultos, que, diferentemente das crianças, têm maior capacidade 
de concentração ao estudar em casa. Apesar das exigências, o método de ensino permite que 
o aluno organize seu próprio horário de estudos e concilie a graduação com um emprego.
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