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OBJETIVO PORTUGUÊS – DESAFIO – 9.o ANO1 Texto para as questões 1 e 2. (Dick Browne. O melhor de Hagar: o Horrível. Porto Alegre: L&PM Pocket, 2006. v. 2, p. 75.) QUESTÃO 1 No contexto desses quadrinhos, a finalidade do autor foi mostrar a) a falta de cultura dos povos bárbaros. b) a competência dos construtores da muralha. c) a relatividade da visão que as pessoas têm dos outros. d) a superioridade da visão que as pessoas têm dos outros. e) o espanto dos personagens em relação ao tamanho da muralha. RESOLUÇÃO Visto que os personagens são Vikings (povo bárbaro), a tira mostra a relatividade de visão que estes têm de si mesmos e dos outros. Resposta: C QUESTÃO 2 Em “...construída para manter os povos bárbaros afastados”, o trecho destacado não pode, por implicar alteração de sentido da frase em que aparece, ser substituído por: a) conforme deseja manter. b) com o objetivo de manter. c) a fim de manter. d) com a intenção de manter. e) tendo em vista manter. Colégio Nome: _____________________________________________________________________ N.º: __________ Endereço: ______________________________________________________________ Data: __________ Telefone:_________________ E-mail: _________________________________________________________ Disciplina: PORTUGUÊS NOTA: PARA QUEM CURSA O 9.O ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL EM 2018 Prova: DESAFIO OBJETIVO PORTUGUÊS – DESAFIO – 9.o ANO2 RESOLUÇÃO O trecho destacado indica a finalidade do que se declara na oração anterior. Entre as alternativas, a única que não indica finalidade é a a. O conectivo conforme serve para indicar a concordância entre os fatos expressos nas duas orações unidas por ele. Resposta: A Texto para as questões de 3 a 11. TER OU NÃO TER NAMORADO? EIS A QUESTÃO Quem não tem namorado é alguém que tirou férias remuneradas de si mesmo. Namorado é a coisa mais difícil das conquistas. Difícil porque namorado de verdade é muito raro. Necessita de adivinhação, de pele, de saliva, lágrimas, nuvem, quindim, brisa ou filosofia. Paquera, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão, é fácil. Mas namorado mesmo é muito mais difícil. Namorado não precisa ser o mais bonito, mas ser aquele a quem se quer proteger e quando se chega ao lado dele a gente treme, sua frio e quase desmaia pedindo proteção. Esta não precisa ser parruda, decidida ou bandoleira: basta um olhar de compreensão ou mesmo de aflição. Quem não tem namorado não é quem não tem um amor: é quem não sabe o gosto de namorar. Se você tem três pretendentes, dois paqueras, um envolvimento e dois amantes, mesmo assim pode não ter nenhum namorado. Não tem namorado quem não sabe o gosto da chuva, cinema sessão das duas, medo do pai, sanduíche de padaria ou drible no trabalho. Não tem namorado quem faz pactos de amor apenas com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com a felicidade, ainda que rápida, escondida, fugida ou impossível de curar. Não tem namorado quem não sabe o valor das mãos dadas, de carinho escondido na hora em que passa o filme, e de flor catada no jardim da vizinha e entregue de repente, de poesia de Fernando Pessoa, de Vinícius de Moraes ou Chico Buarque lida bem devagar, de gargalhada quando fala junto ou descobre a meia rasgada, de ânsia enorme de viajar para a Escócia ou mesmo de metrô, bonde, nuvem, cavalo alado, tapete mágico ou foguete interplanetário. Não tem namorado quem não gosta de falar do próprio amor, nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro dentro dos olhos, quem não gosta de dormir agarrado, fazer a sesta abraçado, fazer compra junto, ficar abobalhados pela lucidez do amor. Não tem namorado quem não redescobre a criança própria e a do amado e sai com ela para parques, fliperamas, beira d’água, show do Milton Nascimento, bosques enluarados, ruas de sonhos ou musical da Metro. Não tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem não dedica livros, quem não recorta artigos, quem não se chateia do fato do seu bem ser paquerado, quem ama sem gostar, quem gosta sem curtir, quem curte sem aprofundar, quem nunca sentiu o gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na madrugada ou meio-dia de sol em plena praia cheia de rivais. Não tem namorado quem confunde solidão com ficar sozinho e em paz, quem não fala sozinho, não ri de si mesmo e quem tem medo de ser afetivo, carinhoso. Se você não tem namorado é porque não descobriu que o amor é alegre e vive pesando duzentos quilos de grilos e de medos. Ponha a saia mais leve, aquela de chita, e passeie de mãos dadas com o ar. Enfeite-se com margaridas e ternuras e escove a alma de leve fricções de esperança. De alma escovada e coração aberto, saia do quintal, da janela, de si mesmo e descubra o próprio jardim. Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua janela. Ponha intenções de sinceridade em seus olhos e beba o licor de contos de fadas. Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteio. Se você não tem namorado é porque ainda não enlouqueceu aquele pouquinho necessário a fazer a vida parar e de repente parecer que faz sentido. Enlou-cresça!!!!! (Arthur Távola. In: Joaquim Ferreira dos Santos (Org.). As cem melhores crônicas brasileiras. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007, p. 244-245.) QUESTÃO 3 No trecho “Quem não tem namorado é alguém que tirou férias remuneradas de si mesmo”, o sentido da expressão em destaque só não se aplica a: a) privar-se de férias não pagas. b) abdicar gratuitamente de si mesmo. c) renunciar em vão a si mesmo. d)despojar-se inutilmente de si mesmo. e)esvaziar-se a troco de nada. RESOLUÇÃO A única opção que não se aplica à expressão tirar férias é privar-se de férias. Privar-se significa renunciar. No caso, renunciar às férias seria o oposto do que indica a expressão. Resposta: A QUESTÃO 4 De acordo com o texto, para conseguir namorar alguém, é necessário: a) pedir autorização aos pais. b) fazer pactos de amor com a infelicidade. c) temer o afeto e o carinho. d) escovar a alma de leves fricções de esperança e abrir o coração. e) esquecer-se de sua criança própria. RESOLUÇÃO Pela leitura do texto, percebe-se que, segundo o autor, para namorar alguém é necessário escovar a alma de leves fricções de esperança e abrir o coração. Resposta: D OBJETIVO PORTUGUÊS – DESAFIO – 9.o ANO3 QUESTÃO 5 O trecho “Não tem namorado quem não sabe o gosto da chuva, cinema sessão das duas, medo do pai, sanduíche de padaria ou drible no trabalho.” aponta um indício para dizer que ter namorado é a) em tempo algum ter lanchado numa padaria. b) jamais ter temido o pai. c) nunca ter ido ao cinema à tarde. d) não ter tomado chuva. e) “decretar feriado” por conta própria. RESOLUÇÃO Dar drible no trabalho tem o mesmo significado de decretar feriado por conta própria. As demais opções apontam o oposto do que informa o trecho apresentado. Resposta: E QUESTÃO 6 Em “Namorar é fazer pactos com a felicidade, ainda que rápida, escondida, fugida ou impossível de curar.”, o conectivo em destaque expressa ideia de a) condição. b) concessão. c) comparação. d) causa. e) consequência. RESOLUÇÃO Ainda que é uma locução conjuncional constituída pelo advérbio ainda e a conjunção que. Essa expressão introduz orações subordinadas adverbiais concessivas, exprimindo oposição ou restrição ao que é dito na frase subordinante. Resposta: B QUESTÃO 7 Em “Não tem namorado quem não redescobre a criança própria e a do amado e sai com ela para parques (...)”, as palavras sublinhadas no período referem-se ao antecedente: a) “mistério”. b) “criança”. c) “namorado”. d) “amado”. e) “parques”. RESOLUÇÃO As pronomes oblíquo – a e reto – ela referem-se ao mesmo antecedente – criança. Resposta:B OBJETIVO PORTUGUÊS – DESAFIO – 9.o ANO4 QUESTÃO 8 No trecho “Ponha a saia mais leve, aquela de chita, e passeie de mãos dadas com o ar. Enfeite-se com margaridas e ternuras e escove a alma de leve fricções de esperança. (...) saia do quintal, da janela, de si mesmo e descubra o próprio jardim. Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua janela”, a sequência de formas verbais no imperativo denota a) uma ordem. b) uma solicitação. c) uma ponderação. d) um aconselhamento. e) um treinamento. RESOLUÇÃO A sequência de verbos no modo imperativo, nesse trecho, denota um aconselhamento. É uma forma de mostrar o que é melhor para o(a) leitor(a). Resposta: D QUESTÃO 9 Hipérbole é uma figura de linguagem que consiste em usar uma expressão exagerada, a fim de realçar a ideia. Há exemplo de hipérbole em: a) “Se você não tem namorado é porque não descobriu que o amor é alegre...”. b) “Enfeite-se com margaridas e ternuras”. c) “Se você não tem namorado é porque (...) vive pesando duzentos quilos de grilos e de medos”. d) “Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta...”. e) “...saia do quintal, da janela, de si mesmo e descubra o próprio jardim”. RESOLUÇÃO Ao afirmar que quem não tem namorado vive pesando duzentos quilos de grilos e de medos, o autor exagera intencionalmente para realçar uma determinada ideia. Resposta: C QUESTÃO 10 No trecho “Se você ainda não tem namorado, é porque ainda não enlouqueceu aquele pouquinho necessário a fazer a vida parar e de repente parecer que faz sentido.”, a “loucura” é associada a: a) paixão. b) coragem. c) esquisitice. d) desequilíbrio. e) alegria. OBJETIVO PORTUGUÊS – DESAFIO – 9.o ANO5 RESOLUÇÃO No trecho indicado no enunciado da questão, sugere-se que a loucura está associada à paixão. Resposta: A QUESTÃO 11 Ainda no trecho “Se você ainda não tem namorado, é porque ainda não enlouqueceu aquele pouquinho necessário a fazer a vida parar e de repente parecer que faz sentido.”, considerando-se o contexto apresentado, o uso do vocábulo em destaque, sugere que: a) por enquanto, o(a) leitor(a) deve se preocupar para namorar. b) qualquer momento da vida é propício ao amor. c) todo(a) leitor(a) pode vir a ter um namorado. d) no momento, não há maturidade para amar. e) certas pessoas não merecem ser amadas. RESOLUÇÃO No contexto apresentado, o termo ainda se refere a um momento de imaturidade que pode ser vencido a qualquer momento, basta que se enlouqueça um pouquinho. Resposta: D QUESTÃO 12 Dos slogans publicitários indicados nos itens a seguir, apenas um mantém o padrão culto da língua. Indique-o. a) “Não pague pra ver.” (UOL – Propaganda). b) “Olha quem anda dormindo com a sua filha.” (Eletrolux – Propaganda). c) “O que importa é que você pode contar com nossa transparência e nossas soluções de bom senso.” (HSBC – Propaganda). d) “O Seguro de Acidentes Pessoais que traz toda proteção e sorte que você precisa.” (Unibanco Seguros – Propaganda). e) “Nada mais natural: é a mesma língua, a mesma cultura e o mesmo jeito que fazem elas se sentirem em casa...” (Varig – Propaganda). RESOLUÇÃO Erros: a) para ver; b) Olhe; d) de que você precisa; e) que as fazem se sentirem em casa. Resposta: C OBJETIVO PORTUGUÊS – DESAFIO – 9.o ANO6 Texto para a questão 13. NAMORO A CAVALO (...) Dei ao diabo os namoros. Escovado Meu chapéu que sofrera no pagode Dei de pernas corrido e cabisbaixo E berrando de raiva como um bode. (...) (Álvares de Azevedo. Disponível em: <http://www.algumapoesia.com.br/poesia/poesianet094.htm>. Acesso em: 5 abr. 2018.) QUESTÃO 13 A relação semântica expressa pelo termo como em “E berrando de raiva como um bode”, ocorre igualmente em: a) “Como são cheirosas as primeiras rosas!” (Alphonsus de Guimaraens). b) “Como tocássemos, casualmente, nuns amores ilegítimos, meio secretos meio divulgados, vi-a falar com desdém...” (Machado de Assis). c) “Como terá conseguido vencer, se tudo lhe eram obstáculos?” (Aurélio). d) “Como segurava a boca do saco e a coronha da espingarda, não pôde realizar o desejo.” (Graciliano Ramos). e) “E disse que Dito falava com cada pessoa como se ela fosse uma diferente, mas que gostava de todas como se fossem iguais.” (Guimarães Rosa). RESOLUÇÃO Tanto no enunciado quanto na alternativa e, como é uma conjunção subordinativa comparativa e estabelece entre as orações do período relação de comparação. Resposta: E Nas questões 14 e 15, assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas das frases. QUESTÃO 14 I. Se ele ____________ aqui e você o ___________, é bom avisá-lo da reunião. II. Quando _______________ nossos objetivos em primeiro lugar, conseguiremos melhorar de vida. III. Quem ____________ algum privilégio deve fazer por merecê-lo. a) I. vier e ver; II. pormos; III. querer. b) I. vier e vir; II. pusermos; III. quiser. c) I. vir e ver; II. pormos; III. quizer. d) I. vir e ver; II. pusermos; III. quizer. e) I. vir e vir; II. pormos; III. quiser. OBJETIVO PORTUGUÊS – DESAFIO – 9.o ANO7 RESOLUÇÃO A frase I deve ser completada com a terceira pessoa do singular do futuro do subjuntivo – vier e vir, respectivamente; a II, com a primeira pessoa do plural do futuro do subjuntivo – pusermos; e a III, com a terceira pessoa do singular do futuro do subjuntivo – quiser. Resposta: B QUESTÃO 15 I. Neste estado, ______________ moradores pedem a renúncia do governador, __________ várias irregularidades nas contas públicas. II. Nunca ________________ tantos boatos falsos. III.Os políticos ____________ conhecem os motivos __________ foram afastados dos cargos. a) I. em que, houve; II. se propagaram; III. mau, porque. b) I. onde os, houveram; II. propagaram-se; III. mal, por que. c) I. que os, houveram; II. propagaram-se; III. mal, porque. d) I. cujos, houve; II. se propagaram; III. mau, porque. e) I. cujos, houve; II. se propagaram; III. mal, por que. RESOLUÇÃO Em I, cujos se refere aos moradores e equivale a de que, retomando estado: moradores do estado. O verbo haver, no sentido de “existir”, é impessoal, isto é, mantém-se sempre na terceira pessoa do singular, não apresentando sujeito (várias irregularidades é objeto de há). Em II, não deve haver ênclise (propagaram-se), e sim próclise (se propagaram) depois de palavra de sentido negativo. Em III, mal é advérbio referente a conhecem, precede a palavra a que se refere e é o contrário de bem; e usa-se por que em orações interrogativas (diretas, terminadas com o ponto de interrogação, ou indiretas, como no texto, com ponto de interrogação implícito). Resposta: E OBJETIVO PORTUGUÊS – DESAFIO – 9.o ANO8