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SIMULADO1 Língua Portuguesa para Agente de Pesquisas e Mapeamento (IBGE) 2023


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Prévia do material em texto

201) 
202) 
Língua Portuguesa para Agente de Pesquisas e Mapeamento (IBGE) 2023
https://www.tecconcursos.com.br/s/Q2oaW3
Ordenação: Por Matéria
www.tecconcursos.com.br/questoes/1285305
IBFC - Tec (EBSERH)/EBSERH/Análises Clínicas/2020
Língua Portuguesa (Português) - Conjugação. Reconhecimento e emprego dos
modos e tempos verbais
Leia atentamente as afirmativas abaixo e dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F).
 
( ) A conjugação do verbo "vir" no pretérito maisque- perfeito do indicativo é: eu viera, tu vieras,
ele viera, nós vieramos, vós viéreis, eles vieram.
 
( ) A conjugação do verbo "ir" no presente do indicativo é: eu vou, tu vais, ele vai, nós vamos, vós
ides, eles irão.
 
( ) A conjugação do verbo "associar" no futuro do presente do indicativo é: eu associarei, tu
associarás, ele associará, nós associaremos, vós associareis, eles associarão.
 
Assinale a alternativa abaixo que apresenta a sequência correta de cima para baixo.
a) F, V, F 
b) V, V, F 
c) F, V, V
d) F, F, V
e) V, F, F
www.tecconcursos.com.br/questoes/1112634
IBFC - Aux (Cruzeiro Sul)/Pref Cruzeiro do Sul/Administrativo/2019
Língua Portuguesa (Português) - Conjugação. Reconhecimento e emprego dos
modos e tempos verbais
Observe as frases a seguir e assinale a alternativa correta quanto à classificação de tempo e modo
dos verbos destacados.
a) Nós fôramos até a antiga casa de Juvêncio. (pretérito mais-que-perfeito do indicativo).
b) Quando tu vais ao encontro com Carminha? (futuro do presente do indicativo).
c) Vós iríeis procurar o emprego na nova loja. (pretérito imperfeito do indicativo).
d) Tu foste ao meu casamento sem ser convidado (pretérito imperfeito do indicativo).
www.tecconcursos.com.br/questoes/1113491
IBFC - Elet (Cruzeiro Sul)/Pref Cruzeiro do Sul/2019
https://www.tecconcursos.com.br/s/Q2oaW3
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1285305
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1112634
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1113491
203) 
204) 
Língua Portuguesa (Português) - Conjugação. Reconhecimento e emprego dos
modos e tempos verbais
Analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta.
 
I. As palavras “chegavam” e “saíam” são verbos e estão no pretérito imperfeito.
 
II. As palavras “chegavam” e “saíam” são verbos e estão no pretérito perfeito.
 
III. As palavras “chegavam” e “saíam” são verbos e estão no pretérito-mais-que-perfeito.
 
IV. As palavras “soubesse” e “pudesse” são verbos no modo subjuntivo.
 
a) Apenas a afirmativa II está correta.
b) Apenas as afirmativas I e IV estão corretas.
c) Apenas a afirmativa IV está correta.
d) Apenas as afirmativas III e IV estão corretas.
www.tecconcursos.com.br/questoes/1117071
IBFC - ATI (Pref Cuiabá)/Pref Cuiabá/Analista de Sistemas/2019
Língua Portuguesa (Português) - Conjugação. Reconhecimento e emprego dos
modos e tempos verbais
[...] "Retomemos a nossa investigação e procuremos determinar, à luz deste fato de que todo
conhecimento e todo trabalho visa a algum bem, quais afirmamos ser os objetivos da ciência política e
qual é o mais alto de todos os bens que se podem alcançar pela ação. Verbalmente, quase todos estão
de acordo, pois tanto o vulgo como os homens de cultura superior dizem ser esse fim a felicidade e
identificam o bem viver e o bem agir como o ser feliz. Diferem, porém, quanto ao que seja a felicidade, e
o vulgo não o concebe do mesmo modo que os sábios. Os primeiros pensam que seja alguma coisa
simples e óbvia, como o prazer, a riqueza ou as honras, muito embora discordem entre si.[...] Ora, alguns
têm pensado que, à parte esses numerosos bens, existe um outro que é autossubsistente e também é
causa da bondade de todos os demais. [...]
 
Chamamos de absoluto e incondicional aquilo que é sempre desejável em si mesmo e nunca no interesse
de outra coisa. Ora, esse é o conceito que preeminentemente fazemos da felicidade. É ela procurada
sempre por si mesma e nunca com vistas em outra coisa, ao passo que à honra, ao prazer, à razão e a
todas as virtudes nós de fato escolhemos por si mesmos (pois, ainda que nada resultasse daí,
continuaríamos a escolher cada um deles); mas também os escolhemos no interesse da felicidade,
pensando que a posse deles nos tornará felizes.
 
A felicidade, todavia, ninguém a escolhe tendo em vista algum destes, nem, em geral, qualquer coisa
que não seja ela própria. [...] Mas é preciso ajuntar 'numa vida completa'. Porquanto uma andorinha não
faz verão, nem um dia tampouco; e da mesma forma um dia, ou um breve espaço de tempo, não faz um
homem feliz e venturoso."
 
ARISTÓTELES. Ética a Nicônaco. São Paulo: Abril Cultural, 1973. p. 251, 254-6. 
(Coleção Os Pensadores). (acesso 18/07/2019)
 
Assinale a alternativa que apresenta o tempo e modo verbal utilizados, corretamente, na maior parte do
texto.
a) Presente do subjuntivo
b) Presente do imperativo
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1117071
205) 
206) 
207) 
c) Pretérito perfeito do subjuntivo
d) Presente do indicativo
www.tecconcursos.com.br/questoes/1118642
IBFC - Port (MGS)/MGS/Vigia/2019
Língua Portuguesa (Português) - Conjugação. Reconhecimento e emprego dos
modos e tempos verbais
Analise as afirmativas e dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F)
 
( ) “Ela voltou ao colégio de seu filho”. O verbo em destaque está no pretérito imperfeito do indicativo
 
( ) “Eu faria tudo outra vez”. O verbo em destaque está no futuro do presente do indicativo.
 
( ) “Todas as manhãs, o garoto passeava com seu cachorro”. (O verbo em destaque está no pretérito
imperfeito do indicativo).
 
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.
a) V, V, V. 
 
b) V, V, F. 
c) F, F, V. 
d) F, V, F. 
www.tecconcursos.com.br/questoes/1124491
IBFC - Ass (Pref Candeias)/Pref Candeias/Administrativo/2019
Língua Portuguesa (Português) - Conjugação. Reconhecimento e emprego dos
modos e tempos verbais
Observe os enunciados que expõem sobre os tempos verbais.
I. O Futuro do Pretérito é aquele que indica uma ação que acontecer.
II. O Pretérito Perfeito Simples indica uma ação iniciada e terminada no .
III. O Pretérito-Mais-Que-Perfeito indica uma ação que aconteceu de outra
já .
Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente as lacunas dos enunciados acima.
a) poderia / passado / antes / concluída.
b) poderá / passado / depois / começada.
c) pode / presente / antes / começada.
d) pôde / presente / ao mesmo tempo / concluída.
www.tecconcursos.com.br/questoes/1272015
IBFC - 1º Ten (PM BA)/PM BA/Médico/Cardiologia/2019
Língua Portuguesa (Português) - Conjugação. Reconhecimento e emprego dos
modos e tempos verbais
As crônicas da vila de Itaguaí dizem que em tempos remotos vivera ali um certo médico, o Dr.
Simão Bacamarte, filho da nobreza da terra e o maior dos médicos do Brasil [...]. Estudara em Coimbra e
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1118642
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1124491
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1272015
208) 
Pádua. Aos trinta e quatro anos regressou ao Brasil [...]
— A ciência, disse ele a Sua Majestade, é o meu emprego único; Itaguaí é o meu universo.
Dito isso, meteu-se em Itaguaí, e entregou-se de corpo e alma ao estudo da ciência [...]. Aos quarenta
anos casou com D. Evarista da Costa e Mascarenhas, senhora de vinte e cinco anos, viúva de um juiz de
fora, e não bonita nem simpática. [...] Ela reunia condições fisiológicas e anatômicas de primeira ordem,
digeria com facilidade [...]; estava assim apta para dar-lhe filhos robustos, sãos e inteligentes. Se além
dessas prendas, — únicas dignas da preocupação de um sábio, D. Evarista era mal composta de feições,
longe de lastimá-lo, agradecia-o a Deus, porquanto não corria o risco de preterir os interesses da ciência
na contemplação exclusiva, miúda e vulgar da consorte.
Ela mentiu às esperanças do Dr. Bacamarte, não lhe deu filhos robustos nem mofinos. A índole natural da
ciência é alonganimidade; o nosso médico esperou três anos, depois quatro, depois cinco. [...] e à sua
resistência (de D. Evarista), — explicável, mas inqualificável, — devemos a total extinção da dinastia dos
Bacamartes.[...]
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000012.pdfoalienistaacessoem02/12/2019(adaptado)
 
“As crônicas da vila de Itaguaí dizem que em tempos remotos vivera ali um certo médico, o Dr. Simão
Bacamarte, filho da nobreza da terra e o maior dos médicos do Brasil [...]. Estudara em Coimbra e
Pádua”. Quanto ao tempo empregado nos verbos em destaque, assinale a alternativa correta.
a) pretérito-mais-que-perfeito do indicativo.
b) pretérito imperfeito do subjuntivo.
c) pretérito perfeito do indicativo.
d) pretérito perfeito do subjuntivo.
e) pretérito imperfeito do indicativo.
www.tecconcursos.com.br/questoes/569952
IBFC - PEB (SEDUC MT)/SEDUC MT/Pedagogia/2017
Língua Portuguesa (Português) - Correlação verbal
A questão baseia no texto apresentado abaixo.
 
Conceitos da vida cotidiana
 
A metáfora é, para a maioria das pessoas, um recurso da imaginação poética e um ornamento retórico –
é mais uma questão de linguagem extraordinária do que de linguagem ordinária. Mais do que isso, a
metáfora é usualmente vista como uma característica restrita à linguagem, uma questão mais de
palavras do que de pensamento ou ação. Por essa razão, a maioria das pessoas acha que pode viver
perfeitamente bem sem a metáfora. Nós descobrimos, ao contrário, que a metáfora está infiltrada na
vida cotidiana, não somente na linguagem, mas também no pensamento e na ação. Nosso sistema
conceptual ordinário, em termos do qual não só pensamos, mas também agimos, é fundamentalmente
metafórico por natureza.
 Os conceitos que governam nosso pensamento não são meras questões do intelecto. Eles governam
também a nossa atividade cotidiana até nos detalhes mais triviais. Eles estruturam o que percebemos, a
maneira como nos comportamos no mundo e o modo como nos relacionamos com outras pessoas. Tal
sistema conceptual desempenha, portanto, um papel central na definição de nossa realidade cotidiana.
 Para dar uma ideia de como um conceito pode ser metafórico e estruturar uma atividade cotidiana,
comecemos pelo conceito de DISCUSSÃO e pela metáfora conceitual DISCUSSÃO É GUERRA. Essa
metáfora está presente em nossa linguagem cotidiana numa grande variedade de expressões:
 Seus argumentos são indefensáveis.
 Ele atacou todos os pontos da minha argumentação.
 É importante perceber que não somente falamos sobre discussão em termos de guerra. Podemos
realmente ganhar ou perder uma discussão. Vemos as pessoas com quem discutimos como um
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/569952
209) 
210) 
adversário. Atacamos suas posições e defendemos as nossas. Planejamos e usamos estratégias. Se
achamos uma posição indefensável, podemos abandoná-la e colocar-nos numa linha de ataque. Muitas
das coisas que fazemos numa discussão são parcialmente estruturadas pelo conceito de guerra.
 Esse é um exemplo do que queremos dizer quando afirmamos que um conceito metafórico estrutura
(pelo menos parcialmente) o que fazemos quando discutimos, assim como a maneira pela qual
compreendemos o que fazemos.
 
(LAKOFF, G. & JOHNSON, M. Texto adaptado de Metáforas da vida cotidiana. Campinas: Mercado de Letras; São
Paulo: Educ, 2002, p. 45-47.)
 
O período “Se achamos uma posição indefensável, podemos abandoná-la e colocar-nos numa linha de
ataque.” (6º§) poderia ser reescrito sendo iniciado por “Se achássemos uma posição indefensável”.
Todavia, essa nova construção exigiria que o verbo “poder” estivesse flexionado da seguinte forma:
a) pudéssemos.
b) pudéramos.
c) poderíamos.
d) pudemos.
e) poderemos.
www.tecconcursos.com.br/questoes/332047
IBFC - Of Prom (MPE SP)/MPE SP/2011
Língua Portuguesa (Português) - Correlação verbal
Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas.
Se ele ___________de tudo, ___________ muito bravo.
a) souber – ficará
b) souber – ficaria
c) saber – ficará
d) saber – ficaria
www.tecconcursos.com.br/questoes/332055
IBFC - Of Prom (MPE SP)/MPE SP/2011
Língua Portuguesa (Português) - Correlação verbal
 Assinale a alternativa que completa a lacuna.
Ao acordar na madrugada, percebi que ela ainda não __________.
a) chegasse
b) tinha chegado
c) tinha chego
d) chegou
www.tecconcursos.com.br/questoes/332748
IBFC - AuxP MPE SP/MPE SP/Pedreiro/2011
Língua Portuguesa (Português) - Correlação verbal
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/332047
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/332055
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/332748
211) 
212) 
213) 
Assinale alternativa que completa corretamente a lacuna.
 
Ele tocava muito bem, conseguia fazer com que as pessoas dançassem. Elas só paravam quando ele
________ .
a) quer
b) queria
c) quiser
d) quis
www.tecconcursos.com.br/questoes/2265937
IBFC - Vig(MGS)/MGS/Motorizado/2022
Língua Portuguesa (Português) - Locução verbal
O texto abaixo é fragmento de um romance do
escritor brasileiro Carlos Heitor Cony.
III
 
Foi uma noite difícil. Nunca dormíramos separados, uma ou outra chateação dela ou minha não chegava
ao ponto banal de ir dormir no sofá ou no quarto ao lado. Sabíamos que uma noite juntos punha fim a
qualquer aborrecimento. Eu não a podia sentir perto de mim, logo a abraçava, não para protegêla, mas
para proteger-me, ter certeza de que ela estava ali e era minha.
 
E ela tinha um jeito de só dormir segurando a minha mão. Sem necessidade de palavras e muito menos
de explicações ou desculpas, terminávamos começando tudo de novo – e quanto maior e mais fundo
tinha sido o aborrecimento, mais funda e prolongada era a posse.
 
Apesar de tudo, havia constrangimento agora. Ela soubera, pelo pior caminho, do caso com Teresa.
Afinal, era um problema anterior, que acabara com o meu casamento, Sônia soubera daquele filho de
maneira mais digna, eu próprio lhe revelara não apenas a infidelidade mas sua consequência.
 
Em nenhum momento achei necessário comentar o mesmo episódio com Mona. Bastava que ela
soubesse por alto do meu passado, os pontos mais importantes, afinal, eu lhe prometera contar a
história do mundo e não exatamente a minha história.
 
(CONY, Carlos Heitor. A casa do poeta trágico. Rio de Janeiro: Objetiva, 2005, p.126)
 
A construção verbal destacada em “e quanto maior e mais fundo havia sido o aborrecimento” pode ser
substituída, sem prejuízo de sentido, por:
a) estava sendo.
b) podia sido.
c) fazia ser.
d) tinha sido.
www.tecconcursos.com.br/questoes/372210
IBFC - Tec (MGS)/MGS/Informática/2016
Língua Portuguesa (Português) - Locução verbal
Mundo interior
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2265937
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/372210
214) 
(Martha Medeiros)
 
A casa da gente é uma metáfora da nossa vida, é a representação exata e fiel do nosso mundo interior.
Li esta frase outro dia e achei perfeito. Poucas coisas traduzem tão bem nosso jeito de ser como nosso
jeito de morar. Isso não se aplica, logicamente, aos inquilinos da rua, que têm como teto um viaduto,
ainda que eu não duvide que até eles sejam capazes de ter seus códigos secretos de instalação.
 
No entanto, estamos falando de quem pode ter um endereço digno, seja seu ou de aluguel. Pode ser um
daqueles apartamentos amplos, com pé direito alto e preço mais alto ainda, ou um quarto-e-sala tão
compacto quanto seu salário: na verdade, isso determina apenas seu poder aquisitivo, não revela seu
mundo interior, que se manifesta por meio de outros valores.
 
Da porta da rua pra dentro, pouco importa a quantidade de metros quadrados e, sim, a maneira como
você os ocupa. Se é uma casa colorida ou monocrática. Se tem objetos obtidos com afeto ou se foi tudo
escolhido por um decorador profissional. Se há fotos das pessoas que amamos espalhadas por porta-
retratos ou se há paredes nuas.
 
Tudo pode ser revelador: se deixamos a comida estragar na geladeira, se temos a mania de deixar as
janelassempre fechadas, se há muitas coisas por consertar. Isso também é estilo de vida.
 
Luz direta ou indireta? Tudo combinadinho ou uma esquizofrenia saudável na junção das coisas? Tudo de
grife ou tudo de brinque? É um jogo lúdico tentar descobrir o quanto há de granito e o quanto há de
madeira na nossa personalidade. Qual o grau de importância das plantas no nosso habitat, que nota
daríamos para o quesito vista panorâmica? Quadros tortos nos enervam? Tapetes rotos nos comovem?
 
Há casas em que tudo o que é aparente está em ordem, mas reina a confusão dentro dos armários. Há
casas tão limpas, tão lindas, tão perfeitas que parecem cenários: faz falta um cheiro de comida e um
som vindo lá do quarto. Há casas escuras. Há casas feitas por fora e bonitas por dentro. Há casas
pequenas onde cabem toda a família e os amigos, há casas com lareira que se mantêm frias. Há casas
prontas para receber visitas e impróprias para receber a vida. Há casas com escadas, casas com
desníveis, casas divertidamente irregulares.
 
Pode aparecer apenas o lugar onde a gente dorme, come e vê televisão, mas nossa casa é muito mais
que isso. É a nossa caverna, o nosso castelo, o esconderijo secreto onde coabitamos com nossos defeitos
e virtudes.
 
Em "Li esta frase outro dia e achei perfeito." (1º §), os verbos destacados expressam uma noção de
tempo:
a) presente
b) passado
c) futuro
d) hipotético
www.tecconcursos.com.br/questoes/321105
IBFC - Moto (CM Franca)/CM Franca/2012
Língua Portuguesa (Português) - Locução verbal
Considere as orações abaixo.
I. Até hoje cedo, ele ainda não tinha chego.
II. Eu já tinha pagado aquela conta.
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/321105
215) 
216) 
De acordo com a norma culta
a) somente I está correta.
b) somente II está correta.
c) I e II estão corretas.
d) nenhuma está correta.
www.tecconcursos.com.br/questoes/2368468
IBFC - Of Jud (TJ MG)/TJ MG/Assistente Técnico de Controle Financeiro/2022
Língua Portuguesa (Português) - Questões Variadas de Verbo
Texto III
 
Fatores que podem atrair e tornar mais fácil a vida dos pedestres
 
Incentivar as caminhadas nos deslocamentos urbanos pode trazer efeitos sociais e econômicos relevantes
 
À medida que o processo de urbanização avança, o conceito de cidades inteligentes e sustentáveis ganha
força. Caminhar é um meio de transporte sustentável essencial. Incentivar o aumento da participação
das caminhadas na matriz de deslocamentos urbanos pode trazer, além de benefícios ambientais para as
cidades, efeitos sociais e econômicos bastante relevantes para a sociedade.
 
Mas quais aspectos influenciariam positivamente essa transformação? Para estimular o deslocamento de
pedestres, é fundamental aumentar a sua satisfação ao caminhar pela cidade. Portanto, para projetar
estruturas e estabelecer uma política para pedestres é necessário, em primeiro lugar, identificar os
fatores que afetam essa satisfação que pode ser traduzida pela segurança oferecida, pela comodidade e
pelo conforto no deslocamento.[...]
 
(Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/claudiobernardes/2022/09/fatores-que-podem-atrair-e-
tornar-mais-facil-a-vida-dos-pedestres.shtml. Acesso em 04/09/2022)
 
O verbo “tornar”, presente no título da matéria, é um marcador que introduz, ao leitor, o
seguinte conteúdo pressuposto:
a) a importância de caminhadas diárias.
b) o comportamento distraído das pessoas.
c) o avanço no processo de urbanização.
d) o alto custo de vida nos centros urbanos.
e) a existência de dificuldade na vida dos pedestres.
 
www.tecconcursos.com.br/questoes/822160
IBFC - Aux (MGS)/MGS/Administrativo/2019
Língua Portuguesa (Português) - Questões Variadas de Verbo
Alguns nomes e verbos regem seus complementos com o uso de preposições. A esse respeito,
atribua valor Verdadeiro (V) ou Falso (F) para as afirmativas abaixo.
 
( ) Em “HAMLET observa a Horácio que há mais cousas no céu e na terra do que sonha a nossa
filosofia.”, o verbo em destaque não rege preposição e sim o artigo a.
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2368468
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/822160
217) 
218) 
( ) Em “Os homens são assim, não acreditam em nada.”, o verbo destacado rege a preposição em
e seu complemento funciona como adjunto adnominal.
 
( ) Em “Descansa; eu não sou maluca.”, o verbo em destaque é de ligação, portanto não rege
preposição.
 
( ) Em “[...] diante do mistério, contentou-se em levantar os ombros, e foi andando.”, o verbo em
destaque rege a preposição em e trará uma expressão que complementará seu significado.
 
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.
a) V, V, F, F.
b) F, V, F, V.
c) F, F, V, V.
d) V, F, V, F.
www.tecconcursos.com.br/questoes/1113494
IBFC - Elet (Cruzeiro Sul)/Pref Cruzeiro do Sul/2019
Língua Portuguesa (Português) - Questões Variadas de Verbo
Leia a tirinha abaixo para responder a questão.
 
(Fonte: Adão Iturrusgarai)
 
Quanto aos enunciados, assinale a alternativa incorreta.
a) O enunciado a seguir está na 1ª pessoa do singular: “A vovó dormiu na frente da TV!”.
b) O enunciado a seguir está na 1ª pessoa do plural: “Podemos mudar de canal!”
c) O enunciado a seguir está no pretérito perfeito: “Você não entendeu!”
d) O enunciado a seguir está na 2ª pessoa do singular: “Você não entendeu!”
www.tecconcursos.com.br/questoes/641669
IBFC - PAAFEF (Divinópolis)/Pref Divinópolis/Linguistica e Letras/Língua
Portuguesa/2018
Língua Portuguesa (Português) - Questões Variadas de Verbo
Texto 
 
Inibição
(Cecília Meireles)
 
Vou cantar uma cantiga,
vou cantar – e me detenho:
porque sempre alguma coisa
minha voz está prendendo
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1113494
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/641669
219) 
220) 
 
Pergunto à secreta Música
porque falha o meu desejo,
porque a voz é proibida
ao gosto do meu intento.
 
E em perguntar me resigno,
me submeto e me convenço.
Será tardia, a cantiga?
Ou ainda não será tempo...
 
O Presente do Indicativo é, normalmente, empregado para indicar uma ação que ocorre no momento da
enunciação. Considerando os valores semânticos dos tempos verbais, assinale a opção em que se tem
para o Presente um sentido diferente dos demais.
a) “Pergunto à secreta Música” (v.5).
b) “vou cantar uma cantiga” (v.1).
c) “porque falha o meu desejo” (v.6).
d) “me submeto e me convenço.” (v. 10)
www.tecconcursos.com.br/questoes/544578
IBFC - Ass San (EMBASA)/EMBASA/Agente Administrativo/2017
Língua Portuguesa (Português) - Questões Variadas de Verbo
Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas.
I. Mesmo tendo ________________ a conta, o cliente teve a sua assinatura cancelada.
II. Até ontem à noite, as mercadorias não tinham ________________.
III. Eu deveria ter ____________ o pen drive.
a) pagado - chegado - trazido.
b) pagado - chego - trazido.
c) pago - chego- trago.
d) pago - chegado - trago.
www.tecconcursos.com.br/questoes/327038
IBFC - Aud Int (CGE MG)/CGE MG/2012
Língua Portuguesa (Português) - Questões Variadas de Verbo
Para a questão, leia a letra da música abaixo.
Flor da Pele
Zeca Baleiro
Ando tão à flor da pele
Qualquer beijo de novela
Me faz chorar
Ando tão à flor da pele
Que teu olhar "flor na janela"
Me faz morrer
Ando tão à flor da pele
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/544578
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/327038
221) 
222) 
Meu desejo se confunde
Com a vontade de não ser
Ando tão à flor da pele
Que a minha pele
Tem o fogo
Do juízo final...(2x)
 
Barco sem porto
Sem rumo, sem vela
Cavalo sem sela
Bicho solto
Um cão sem dono
Um menino, um bandido
Às vezes me preservo
Noutras, suicido!
 
Na música, o verbo “suicidar” aparece como
a) intransitivo
b) transitivo direto
c) transitivo indireto
d) reflexivo
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IBFC - Tec IE (INEP)/INEP/Área II/2012
Língua Portuguesa (Português) - Questões Variadas de Verbo
Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, aslacunas.
 
Se ele ______________ no processo, _______________ um resultado melhor.
a) intervier - obteríamos
b) interviesse - obteríamos
c) intervim - obteremos
d) intervir - obteríamos
e) intervir - obteremos
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IBFC - Proc (FJPO)/Pref Campinas/2011
Língua Portuguesa (Português) - Questões Variadas de Verbo
Considere o período abaixo e as afirmações que seguem.
A maioria das pessoas que vivem em cidades pequenas é mais conservadora e preferem programas
tradicionais do que novidades.
I. Há um problema de concordância verbal.
II. O sujeito da primeira oração é composto.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/371010
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/326754
223) 
224) 
III.Há um problema de regência do verbo “preferir”.
Está correto o que se afirma em
a) somente I
b) somente III
c) somente I e III
d) somente I e II
e) todas
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IBFC - Deleg (PC BA)/PC BA/2022
Língua Portuguesa (Português) - Pronomes pessoais
Texto
 
Eu tinha uns quatro anos no dia em que minha mãe morreu. Dormia no meu quarto, quando pela manhã
me acordei com um enorme barulho na casa toda. Eram gritos e gente correndo para todos os cantos. O
quarto de dormir de meu pai estava cheio de pessoas que eu não conhecia. Corri para lá, e vi minha mãe
estendida no chão e meu pai caído em cima dela como um louco. A gente toda que estava ali olhava
para o quadro como se estivesse em um espetáculo. Vi então que minha mãe estava toda banhada em
sangue, e corri para beijá-la, quando me pegaram pelo braço com força. Chorei, fiz o possível para livrar-
me. Mas não me deixaram fazer nada. Um homem que chegou com uns soldados mandou então que
todos saíssem, que só podia ficar ali a polícia e mais ninguém.
 
Levaram-me para o fundo da casa, onde os comentários sobre o fato eram os mais variados. O criado,
pálido, contava que ainda dormia quando ouvira uns tiros no primeiro andar. E, correndo para cima, vira
meu pai com o revólver na mão e minha mãe ensanguentada. “O doutor matou a dona Clarisse!” Por
quê? Ninguém sabia compreender.
 
(REGO, José Lins do. Menino de Engenho. São Paulo: Global Editora, 2020.)
 
Em “quando pela manhã me acordei com um enorme barulho na casa toda.” (1º§), o pronome destacado
faz parte de uma construção que provoca certo estranhamento no leitor. Seu uso sugere um sentido:
a) passivo.
b) recíproco.
c) reflexivo.
d) indeterminado.
e) interrogativo.
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IBFC - TAT (DETRAN DF)/DETRAN DF/2022
Língua Portuguesa (Português) - Pronomes pessoais
Texto
 
Meu reino por um pente
(Paulo Mendes Campos)
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https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2241643
225) 
Filhos – diz o poeta – melhor não tê-los. Já o Professor Anibal Machado me confiou gravemente que a
vida pode ter muito sofrimento, o mundo pode não ter explicação alguma, mas, filhos, era melhor tê-los.
A conclusão parece simples, mas não era; Anibal tinha ido às raízes da vida, e de lá arrancara a certeza
imperativa de que a procriação é uma verdade animal, uma coisa que não se discute, fora do alcance do
radar filosófico. “Eu não sei por que, Paulo, mas fazer filhos é o que há de mais importante.”
Engraçado é que, depois dessa conversa, fui descobrindo devagar a melancólica impostura daquelas
palavras corrosivas do final de Memórias Póstumas1: “não transmiti a nenhuma criatura o legado da
nossa miséria”.
Filhos, melhor tê-los, aliás, o mesmo poeta corrige antiteticamente o pessimismo daquele verso, quando
pergunta: mas, se não os temos, como sabê-lo? Resumindo: filhos, melhor não tê-los, mas é de todo
indispensável tê-los para sabê-lo; logo, melhor tê-los.
Você vai se rir de mim ao saber que comecei a crônica desse jeito depois de procurar em vão meu bloco
de papel. Pois se ria a valer: o desaparecimento de certos objetos tem o dom de conclamar, por um
rápido edital, todas as brigadas neuróticas alojadas nas províncias de meu corpo.
Sobretudo instrumentos de trabalho. Vai-se-me por água a baixo o comedimento quando não acho minha
caneta, meu lápis-tinta, meu papel, minha cola... Quando isso acontece (sempre) até taquicardia
costumo ter; vem-me a tentação de demitir-me do emprego, de ir para uma praia deserta, de voltar para
Minas Gerais, renunciar...
Ridículo? Sim, ridículo, mas nada posso fazer. Creio que seria capaz (talvez seja presunção) de aguentar
com relativa indiferença uma hecatombe2 que destruísse de vez todos os meus pertences. O que não
suporto é a repetição indefinida do desaparecimento desses objetos sem nenhum valor, mas sem os
quais, a gente não pode seguir adiante, tem de parar, tem de resolver primeiro. [...]
1 Refere-se ao romance Memórias Póstumas de Brás Cubas, publicado em 1881.
2 desastre, catástrofe
 
Nas orações “Filhos, melhor não tê-los” e “como sabê-lo” (4º§), notam-se pronomes oblíquos átonos que
apresentam semelhanças e distinções entre si. Quanto a eles, é correto afirmar que:
a) o primeiro está enclítico ao verbo e o segundo em posição proclítica.
b) o primeiro exerce a função de objeto direto e o segundo, de objeto indireto.
c) o primeiro faz uma referência anafórica e o segundo, catafórica.
d) o primeiro tem um substantivo como referente e o segundo, uma ideia ou oração.
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IBFC - AJ (TJ MG)/TJ MG/Revisor Judiciário/2022
Língua Portuguesa (Português) - Pronomes pessoais
Os dois parágrafos jurídicos a seguir foram escritos pelo professor Vicente Greco Filho.
Considere-os para responder à questão.
 
Texto IV
 
Definida a competência de um juiz, a qual se determina no momento em que a ação é proposta,
permanece ela até o julgamento definitivo da causa. Este princípio é chamado da ‘perpetuação da
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2368400
226) 
227) 
jurisdição’ – ‘perpetuatiojurisdictionis’, e tem por finalidade impedir modificações, que sempre é possível
que ocorram, depois de proposta a demanda, interfiram no juízo competente para sua decisão. (sic)
 
A disposição legal que consagra essa ideia tem por fim evitar que uma causa iniciada numa comarca e
num juízo seja deslocada para outro por razões de fato ou de direito ocorridas posteriormente. Uma vez
proposta a demanda, a situação de fato e de direito a ser examinada para a determinação da
competência é a desse momento, sendo irrelevantes as alterações do estado de fato ou de direito que
ocorrem posteriormente.
(VIANA, Joseval Martins. Manual de Redação Forense e Prática Jurídica. São Paulo: Método, 2010, p.144)
 
Na passagem “permanece ela até o julgamento definitivo da causa” (1º§), o emprego do
pronome pessoal do caso reto deve ser entendido, de acordo com a gramática, como:
a) o uso de um pronome reto como objeto direto
b) a inversão do sujeito na ordem direta da oração
c) a personificação de um referente inanimado
d) um agente da construção passiva que o antecede
e) um recurso genérico de interlocução
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IBFC - Almo (MGS)/MGS/2022
Língua Portuguesa (Português) - Pronomes pessoais
Atente à palavra que está sublinhada. Ele é um veículo que desempenha diversas funções, como
arar, cultivar e semear os campos. Assinale a alternativa que corresponde ao sujeito da oração,
representado pelo pronome pessoal Ele.
a) Arar.
b) Trator.
c) Cultivar.
d) Semear.
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IBFC - Ag (MGS)/MGS/Serviço de Parque/Completo/2022
Língua Portuguesa (Português) - Pronomes pessoais
Atente à palavra que está em destaque: “As bananas são fáceis de se cultivar, especialmente em
climas tropicais. Elas são um dos principais produtos de exportação de nosso país“. Assinale a alternativa
que corresponde ao sujeito da oração, representado pelo pronome pessoal Elas.
a) Principais.
b) Bananas.
c) Produto.
d) Exportação.
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https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2410698
228) 
www.tecconcursos.com.br/questoes/1526983IBFC - Sup Pesq (IBGE)/IBGE/Geral/2021
Língua Portuguesa (Português) - Pronomes pessoais
Para responder a questão a seguir, leia o fragmento do texto abaixo do romance A Metamorfose,
de Franz Kafka.
 
Aqueles foram bons tempos, mas que não se repetiram – ao menos, não com a mesma intensidade –,
embora, de toda forma, Gregor ganhasse o suficiente para arcar sozinho com as necessidades
domésticas. À medida que tudo isso foi se tornando costumeiro, a surpresa e a alegria inicial arrefeceram
e, assim, Gregor entregava o dinheiro com prazer espontâneo e a família, de bom grado, recebia. Apenas
a irmã permanecia mais próxima e afetuosa e, como ela, ao contrário de Gregor, era amante da música e
sabia tocar violino com muita graça, ele tinha planos de enviá-la para o Conservatório no ano seguinte,
sem importar-se com os gastos extras que isso acarretaria. Em conversas com a irmã, nos curtos
períodos em que ficava sem viajar, sempre mencionava o projeto (que ela considerava lindo, mas
impossível de se concretizar), enquanto os pais demonstravam não aprovar nem um pouco a ideia.
Contudo, Gregor pensava muito seriamente nisso e pretendia anunciá-lo solenemente na noite de Natal.
 
Todos esses pensamentos, agora inúteis, fervilhavam em sua cabeça, enquanto ele escutava as
conversas, colado à porta. De vez em quando o cansaço obrigava-o a desligar-se, apoiando pesadamente
a cabeça na porta, mas logo recuperava a prontidão, pois sabia que qualquer ruído era ouvido na sala e
fazia com que todos se calassem. “Novamente aprontando alguma coisa”, dizia o pai instantes depois,
certamente olhando para a porta. Passado algum tempo, eles continuavam a trocar palavras entre si.
 
Na conversa sobre as finanças da família, o pai redundava nas explicações – seja porque há tempos não
se ocupava disso, seja porque a mãe tinha dificuldades para entender –, e Gregor, com satisfação, tomou
conhecimento de que, a despeito da desgraça que haviam sofrido, restava-lhes algum capital, que, se
não era muito, ao menos tinha crescido nos últimos anos por conta dos rendimentos de juros
acumulados. Além disso, o dinheiro que Gregor entregava (retinha apenas uma pequeníssima parte) não
era gasto integralmente, e pouco a pouco ampliava o montante economizado. De onde estava, ele
aprovou, com a cabeça, o procedimento, contente com a inesperada provisão feita pelo pai. Era verdade
que aquele dinheiro poderia ter paulatinamente saldado a dívida que o pai tinha com seu patrão,
livrando-o daquele constrangimento. Não obstante, ele julgou que pai havia procedido corretamente.
 
(KAFKA, Franz. A Metamorfose. Trad. Lourival Holt
Albuquerque. São Paulo: Abril, 2010, p.40-41)
 
 
O pronome destacado, em “a despeito da desgraça que haviam sofrido, restava-lhes algum capital”
(3º§), foi empregado em função:
a) de uma relação com a regência verbal.
b) da adequação ao gênero do referente.
c) da concordância com o verbo “restar”.
d) do seu sentido de indefinição contextual.
e) de sua referência à primeira pessoa do discurso.
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IBFC - Ana San (EMBASA)/EMBASA/Enfermeiro do Trabalho/2015
Língua Portuguesa (Português) - Pronomes pessoais
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1526983
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/335201
229) 
230) 
Não quer ajudar, não atrapalha
 (Gregório Duvivier)
É sempre a mesma coisa. Primeiro todo o mundo põe um filtro arco-íris no avatar. Depois vem uma onda
de gente criticando quem trocou o avatar. Depois vem a onda criticando quem criticou. Em seguida
começam a criticar quem criticou os que criticaram. Nesse momento já começaram as ofensas pessoais e
já se esqueceu o porquê de ter trocado o avatar, ou trocado o nome para guarani kayowá, ou abraçado
qualquer outra causa.
Toda batalha pode ser ridicularizada. Você é contra a homofobia: essa bandeira é fácil, quero ver levantar
bandeira contra a transfobia. Você é contra a transfobia: estatisticamente a transfobia afeta muito pouca
gente se comparada ao machismo. Você é contra o machismo: mas a mulher está muito mais incluída na
sociedade do que os negros. E por aí vai. Você é de esquerda, mas não doa pros pobres? Hipócrita. Ah,
você doa pros pobres? Populista. Culpado. Assistencialista.
Cintia Suzuki resumiu bem: “Você coloca um avatar coloridinho, aí não pode porque tem gente passando
fome. Aí o governo faz um programa pras pessoas não passarem mais fome, e aí não pode porque é
sustentar vagabundo (...). Moral da história: deixa os outros ajudarem quem bem entenderem, já que
você não vai ajudar ninguém".
Todo vegetariano diz que a parte difícil de não comer carne não é não comer carne. Chato mesmo é
aguentar a reação dos carnívoros: “De onde você tira a proteína? Você tem pena de bicho? Mas de rúcula
você não tem pena? E das pessoas que colhem a rúcula, você não tem pena? E dos peruanos que não
podem mais comprar quinoa e estão morrendo de fome?"
O estranho é que, independentemente da sua orientação em relação à carne, não há quem não concorde
que o vegetarianismo seria melhor para o mundo, seja do ponto de vista dos animais, ou do meio
ambiente, ou da saúde, ou de tudo junto. O problema é exatamente esse: alguém fazendo alguma coisa
lembra a gente de que a gente não está fazendo nada. Quando o vizinho separa o lixo, você se sente mal
por não separar. A solução? Xingar o vizinho, esse hipócrita que separa o lixo, mas fuma cigarro. Assim é
fácil, vizinho.
Quem não faz nada pra mudar o mundo está sempre muito empenhado em provar que a pessoa que faz
alguma coisa está errada — melhor seria se usasse essa energia para tentar mudar, de fato, alguma
coisa. Como diria minha avó: não quer ajudar, não atrapalha.
(Disponível em: http://www1 .folha.uol.com.br/colunas/ areaorioduvivier/2015/07/1654941-nao-auer-aiudar-nao-
atrapalha.shtml. Acesso em: 10/09/15)
 
Sobre o emprego do pronome “você", no segundo parágrafo, assinale a única opção INCORRETA:
a) revela um tratamento informal.
b) tem apenas o autor como interlocutor.
c) está seguido de um verbo flexionado em 3ª pessoa.
d) faz referência à segunda pessoa do discurso.
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IBFC - Ass Leg (CM Franca)/CM Franca/2012
Língua Portuguesa (Português) - Pronomes pessoais
Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas.
 
I. Não há mais nada entre _____ e ele.
II. Os alunos pediram para ____ fazer o discurso.
a) eu – eu
b) eu – mim
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231) 
c) mim – eu
d) mim – mim
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IBFC - Moto (CM Franca)/CM Franca/2012
Língua Portuguesa (Português) - Pronomes pessoais
Para a questão, leia o texto abaixo, de Luis Fernando Verissimo.
Papos
—Me disseram...
—Disseram-me.
—Hein?
—O correto é "disseram-me". Não "me disseram".
—Eu falo como quero. E te digo mais... Ou é "digo-te"?
—O quê?
—Digo-te que você...
—O "te" e o "você" não combinam.
—Lhe digo?
—Também não. O que você ia me dizer?
—Que você está sendo grosseiro, pedante e chato. E que eu vou te partir a cara. Lhe partir a cara. Partir
a sua cara. Como é que se diz?
—Partir-te a cara.
—Pois é. Parti-la hei de, se você não parar de me corrigir. Ou corrigir-me.
—É para o seu bem.
—Dispenso as suas correções. Vê se esquece-me. Falo como bem entender. Mais uma correção e eu...
—O quê?
—O mato.
—Que mato?
—Mato-o. Mato-lhe. Mato você. Matar-lhe-ei-te. Ouviu bem?
—Eu só estava querendo...
—Pois esqueça-o e para-te. Pronome no lugar certo é elitismo!
—Se você prefere falar errado...
—Falo como todo mundo fala. O importante é me entenderem. Ou entenderem-me?
—No caso... Não sei.
—Ah, não sabe?
—Não o sabes? Sabes-lo não?
—Esquece.
—Não. Como "esquece"? Você prefere falar errado? E o certo é "esquece" ou "esqueça"? Ilumine-me. Me
diga. Ensines-lo-me, vamos.
—Depende.
—Depende. Perfeito. Não o sabes. Ensinar-me-lo-ias se o soubesses, mas não sabes-o.
—Está bem, está bem. Desculpe. Fale como quiser.
—Agradeço-lhe a permissão para falar errado que me dás.Mas não posso mais dizer-lo-te o que dizer-te-
ia.
—Por quê?
—Porque, com todo este papo, esqueci-lo.
 
Considere as afirmações abaixo.
I. O personagem diz que "te" e "você" não combinam porque, na frase, não há uniformidade no
tratamento.
II. "Pedante" pode ser substituído, sem alteração de sentido, por "culto".
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/321090
232) 
233) 
Está correto o que se afirma em
a) somente I
b) somente II
c) I e II
d) nenhuma
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IBFC - Pesq TIAE/INEP/Área IV/2012
Língua Portuguesa (Português) - Pronomes pessoais
Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas.
 
I. O diretor pediu para _____ fazer o projeto.
 
II. Não há mais nada entre _____ e o Paulo.
 
III. Não ___ disse a verdade.
 
a) mim – mim – lhe
b) mim – eu – o
c) eu – eu – lhe
d) eu – mim – lhe
e) eu – mim – o
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IBFC - AuxP MPE SP/MPE SP/Pedreiro/2011
Língua Portuguesa (Português) - Pronomes pessoais
Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas.
 
I. O chefe pediu para _________ fazer a entrega logo.
 
II. Ele não ____ disse nada.
 
a) mim - mim
b) mim - me
c) eu - me
d) eu - mim
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/369683
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/332744
234) 
235) 
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IBFC - PCMEB (SEED RR)/SEED RR/Ciências Biológicas/2021
Língua Portuguesa (Português) - Pronomes possessivos
O trecho abaixo é um fragmento de uma das entradas do diário de Carolina Maria de Jesus,
importante escritora nacional. Na edição de seu livro, foi completamente respeitado o registro de
linguagem por ela empregado ainda que, por vezes, contrariasse a tradição gramatical. Leia-o, com
atenção, para responder à questão.
Texto I
 
29 DE MAIO Até que enfim parou de chover. As nuvens deslisa-se para o poente. Apenas o frio nos
fustiga. E varias pessoas da favela não tem agasalhos. Quando uns tem sapatos, não tem palitol. E eu
fico condoida vendo as crianças pisar na lama. (...) Percebi que chegaram novas pessoas para a favela.
Estão maltrapilhas e as faces desnutridas. Improvisaram um barracão. Condoí-me de ver tantas agruras
reservadas aos proletarios. Fitei a nova companheira de infortunio. Ela olhava a favela, suas lamas e suas
crianças pauperrimas. Foi o olhar mais triste que eu já presenciei. Talvez ela não mais tem ilusão.
Entregou sua vida aos cuidados da vida.
 
... Há de existir alguém que lendo o que eu escrevo dirá... isto é mentira! Mas, as miserias são reais.
... O que eu revolto é contra a ganancia dos homens que espremem uns aos outros como se espremesse
uma laranja.
 
(JESUS, Carolina Maria de. Quarto de despejo, diário de uma favelada. São Paulo: Ática, 1993, p.41)
 
Em “Ela olhava a favela, suas lamas e suas crianças pauperrimas.”, o pronome destacado indica uma
relação de posse entre os substantivos “lamas/crianças” e:
a) a nova moradora.
b) a favela.
c) o leitor.
d) Carolina
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IBFC - PCMEB (SEED RR)/SEED RR/Língua Portuguesa/2021
Língua Portuguesa (Português) - Pronomes possessivos
Texto VI
O texto abaixo é da poeta Amélia Rodrigues, escritora baiana do século XIX. Considere-o para responder
à questão.
Almas irmãs
Que são irmãs as nossas almas, dizes:
Têm o mesmo Ideal, sagrado, imenso,
E se equilibram pelo azul extenso
Do céu, ébrias de luz, ternas, felizes...
Tens razão! Nossas almas se parecem!
- Aves que só procuram nas alturas,
No cimo dos rochedos, águas puras
P’ra matar-lhes a sede e nunca descem
A beber sobre o lodo, elas sonhando,
Vão pelo espaço intérmino cantando,
Em busca sempre da Incriada Luz...
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https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2249117
236) 
A diferença é só – que a tua goza
E a minha chora, pálida, saudosa...
Como um goivo pendido aos pés da cruz.
 
No verso “P’ra matar-lhes a sede e nunca descem”, o pronome átono destacado cumpre papel coesivo,
no entanto, percebe-se que ele apresenta também um valor de:
a) indefinição
b) afetividade
c) localização
d) posse
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IBFC - Ag Adm (DIVIPREV)/DIVIPREV/2018
Língua Portuguesa (Português) - Pronomes indefinidos
A questão baseia no texto apresentado abaixo.
 
Um pé de milho
Os americanos, através do radar, entraram em contato com a lua, o que não deixa de ser emocionante.
Mas o fato mais importante da semana aconteceu com meu pé de milho. 
 Aconteceu que no meu quintal, em um monte de terra trazido pelo jardineiro, nasceu alguma coisa que
podia ser um pé de capim – mas descobri que era um pé de milho. Transplantei-o para o exíguo canteiro
na frente da casa. Secaram as pequenas folhas, pensei que fosse morrer. Mas ele reagiu. Quando estava
do tamanho de um palmo veio um amigo e declarou desdenhosamente que na verdade aquilo era capim.
Quando estava com dois palmos veio outro amigo e afirmou que era cana. 
 Sou um ignorante, um pobre homem da cidade. Mas eu tinha razão. Ele cresceu, está com dois
metros, lança as suas folhas além do muro – e é um esplêndido pé de milho. Já viu o leitor um pé de
milho? Eu nunca tinha visto. Tinha visto centenas de milharais – mas é diferente. Um pé de milho
sozinho, em um canteiro, espremido, junto do portão, numa esquina de rua – não é um número numa
lavoura, é um ser vivo e independente. Suas raízes roxas se agarram no chão e suas folhas longas e
verdes nunca estão imóveis. Detesto comparações surrealistas – mas na glória de seu crescimento, tal
como o vi numa noite de luar, o pé de milho parecia um cavalo empinado, as crinas ao vento – e em
outra madrugada parecia um galo cantando.
 Anteontem aconteceu o que era inevitável, mas que nos encantou como se fosse inesperado: meu pé
de milho pendoou. Há muitas flores belas no mundo, e a flor de milho não será a mais linda. Mas aquele
pendão firme, vertical, beijado pelo vento do mar, veio enriquecer nosso canteirinho vulgar com uma
força e uma alegria que fazem bem. É alguma coisa de vivo que se afirma com ímpeto e certeza. Meu pé
de milho é um belo gesto da terra. E eu não sou mais um medíocre homem que vive atrás de uma chata
máquina de escrever: sou um rico lavrador da Rua Júlio de Castilhos.
(BRAGA, Rubem. 200 crônicas escolhidas. 27. Ed. Rio de Janeiro: Record, 2007. p.77)
 
O vocábulo destacado em “Há muitas flores belas no mundo” (4º§) flexiona-se em função de sua
classificação morfológica. Assinale a alternativa em que se destaca um vocábulo que tenha essa mesma
classificação.
a) Todos acordaram muito preocupados.
b) Ele tomou muito remédio ontem.
c) O responsável passou muito mal.
d) Queria ter dançado muito na festa. 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/633611
237) 
www.tecconcursos.com.br/questoes/604637
IBFC - Med (EBSERH-HUGG)/EBSERH-HUGG/Acupuntura/2017
Língua Portuguesa (Português) - Pronomes indefinidos
Texto
Há algum tempo venho afinando certa mania. Nos começos chutava tudo o que achava. [...] Não sei
quando começou em mim o gosto sutil. [...]
Chutar tampinhas que encontro no caminho. É só ver a tampinha. Posso diferenciar ao longe que
tampinha é aquela ou aquela outra. Qual a marca (se estiver de cortiça para baixo) e qual a força que
devo empregar no chute. Dou uma gingada, e quase já controlei tudo. [...] Errei muitos, ainda erro. É
plenamente aceitável a ideia de que para acertar, necessário pequenas erradas. Mas é muito
desagradável, o entusiasmo desaparecer antes do chute. Sem graça.
Meu irmão, tino sério, responsabilidades. Ele, a camisa; eu, o avesso. Meio burguês, metido a sensato.
Noivo... - Você é um largado. Onde se viu essa, agora! [...]
Cá no bairro minha fama andava péssima. Aluado, farrista, uma porção de coisas que sou e que não sou.
Depois que arrumei ocupação à noite, há senhoras mães de família que já me cumprimentaram. Às
vezes, aparecem nos rostos sorrisos de confiança. Acham, sem dúvida, que estou melhorando.
- Bom rapaz. Bom rapaz.
Como seisso estivesse me interessando...
Faço serão, fico até tarde. Números, carimbos, coisas chatas. Dez, onze horas. De quando em vez levo
cerveja preta e Huxley. (Li duas vezes o “Contraponto” e leio sempre.) [...]
Dia desses, no lotação. A tal estava a meu lado querendo prosa. [...] Um enorme anel de grau no dedo.
Ostentação boba, é moça como qualquer outra. Igualzinho às outras, sem diferença. E eu me casar com
um troço daquele? [...] Quase respondi...
- Olhe: sou um cara que trabalha muito mal. Assobia sambas de Noel com alguma bossa. Agora, minha
especialidade, meu gosto, meu jeito mesmo, é chutar tampinhas da rua. Não conheço chutador mais
fino.
(ANTONIO, João. Afinação da arte de chutar tampinhas. In: Patuleia: gentes de rua. São Paulo: Ática, 1996)
Vocabulário:
Huxley: Aldous Huxley, escritor britânico mais conhecido por seus livros de ficção científica.
Contraponto: obra de ficção de Huxley que narra a destruição de valores do pós-guerra na Inglaterra, em
que o trabalho e a ciência retiraram dos indivíduos qualquer sentimento e vontade de revolução.
 
Em “Há algum tempo venho afinando certa mania.”, nota-se que o termo destacado pertence à seguinte
classe gramatical:
a) substantivo.
b) adjetivo.
c) pronome.
d) advérbio.
e) interjeição.
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238) 
239) 
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IBFC - Asst (CM Aqa)/CM Araraquara/Departamento Pessoal/2016
Língua Portuguesa (Português) - Pronomes indefinidos
COMUNIDADES - DAS PRIMEIRAS ÀS NOVAS LEITURAS DO CONCEITO
 
(...)
 
Por meio dos autores reunidos por Fernandes, percebese que a ideia de comunidade remete ao
sentimento de vida em comum fundado nas relações de parentesco e vizinhança, baseado na
reciprocidade, norteado por laços afetivos que ligam indivíduos que convivem em um mesmo espaço
físico e nele adquirem os recursos básicos para a sua subsistência. Cada um dos autores apresentados
por Fernandes atribui valor a um ou outro dos atributos. Mas, se pudéssemos identificar um tipo ideal de
comunidade, no sentido weberiano do termo, a partir dos diversos autores reunidos por Fernandes, esta
teria: base territorial comum, fortes laços afetivos, reciprocidade, autonomia política e econômica e
subordinação do individual ao social.
 
Já uma sociedade seria definida por relações voluntárias e contratuais. Na medida em que compartilham
determinado interesse, indivíduos podem se associar para alcançar objetivos relacionados ao mesmo,
embora não necessariamente tenham outros aspectos de suas vidas compartilhados, tais como relações
de parentesco, interdependências econômicas ou convivam numa mesma base territorial. Portanto, o
conceito de sociedade é mais amplo e inclui o de comunidade.
 
Essa diferenciação conceituai vem à tona a partir do aprofundamento do processo da divisão social do
trabalho. A fragmentação das atividades laborais, a prevalência do contrato sobre o status, a
multiplicação dos grupos formais, a passagem da família para o Estado como forma de organização social
predominante e a ampliação e internacionalização das trocas comerciais são algumas condições sociais
que promovem modos de vida societários e fundamentam a separação conceituai entre comunidade e
sociedade; e, mesmo, sugerem a passagem da primeira forma à segunda como modo predominante de
agrupamento social, embora a bibliografia seja quase unânime em afirmar a coexistência entre as duas
formas sociais ao longo da História. (...)
 
http://www.revistas.usp.br/comueduc/article/view/78561/83089 - acesso em 02/05/2016.
 
Com base na leitura do texto, especificamente do trecho citado, indique a alternativa que somente
apresenta pronomes. Assinale a alternativa correta.
 
Cada um dos autores apresentados por Fernandes atribui valor a um ou outro dos atributos.
a) Cada, dos, a
b) Cada, outro
c) Cada, outro, das
d) Cada, dos
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IBFC - Per Crim (PC RJ)/PC RJ/Biologia/2013
Língua Portuguesa (Português) - Pronomes interrogativos
Texto I
O silêncio é um grande tagarela
 
Acredite se quiser. O silêncio tem voz. O silêncio fala. O que é perfeitamente normal no universo
humano. Ou você pensa que só ou nosso falar, comunica? O silêncio também comunica. E muito. O
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silêncio pode dizer muita coisa sobre um líder, uma organização, uma crise, uma relação.
 
Mesmo que a nudez seja uma ação estratégica, não adianta. Logo mais, alguém vai criar uma versão
sobre aquele silêncio. Interpretá-lo e formar uma opinião. As percepções serão múltiplas. As
interpretações vão correr soltas. As opiniões formarão novas opiniões e multiplicarão comentários. O
silêncio, coitado, que só queria se preservar acabou alimentando uma rede de conversas a seu respeito.
Porque não adianta fingir que ninguém viu, que passou despercebido. Não passou. Nada passa
despercebido - nem o silêncio.
 
A rádio corredor então, é imediata. Na roda do café, no almoço, no happy-hour. Todos os empregados
vão comentar o que perceberam com aquele silêncio oficial, com o que ficou sem uma resposta. Com o
que ficou no ar. Com a falta da comunicação interna.
 
E as redes sociais, com suas vastidões de blogs, chats, comunidades e demais canais vão falar, vão
comentar e construir uma imagem a respeito do silêncio. Porque o silêncio, que não se defende porque
não emite sua versão oficial - perde uma grande oportunidade de esclarecer, de dar volta por cima e
mudar percepções, influenciar. Porque se a palavra liberta, conecta, use; o silêncio perde, esconde,
confunde, sonega.
 
Afinal, não existem relações humanas sem comunicação. Sem conversa. São as pessoas que dão vida e
voz às empresas, aos governos e às organizações. Mesmo dois mudos se comunicam por sinais e gestos.
Portanto, o silêncio também fala. Mesmo que não queira dizer nada.
 
Por isso, é preciso conversar. Sabe o quê, quando, como falar. Sabe ouvir. Saber responder. Interagir. Este
é um mundo que clama por diálogo. Que demanda transparência. Assim como os mercados, os clientes e
os consumidores. Assim como os cidadãos e os eleitores, mais do que nunca! E o silêncio é uma voz
ruidosa. nunca foi bom conselheiro. Desde a briga de namorados. Até as suspeitas de escândalos
financeiros, fraudes, desastres ambientais, acidentes de trabalho.
 
O silêncio é um canto de sereia. Só parece uma boa solução, por que a voz do silêncio é um grito com
enorme poder de eco. E se você não gosta do que está ouvindo, preste atenção no que está emitindo.
Pois de qualquer maneira, sempre vai comunicar alguma coisa. Quer queira, quer não. De maneira
planejada, sendo previdente. Ou apagando incêndios, com enormes custos para a organização, o valor
da marca, a motivação dos empregados e o próprio futuro do negócio.
 
Enfim, o silêncio nem parece, mas é um grande tagarela.
 
(Luiz Antônio Gaulia) Disponível em http://www.aberje.com.br/acervo_colunas_veasp?
ID_COLUNA=96&ID_COLUNISTA=27 Acesso em 19/07/2013
 
Texto II
Para Ver as Meninas
 
Silêncio por favor
Enquanto esqueço um pouco
a dor no peito
Não diga nada
sobre meus defeitos
Eu não me lembro mais
Quem me deixou assim
Hoje eu quero apenas
Uma pausa de mil compassos
Para ver as meninas
E anda mais nos braços
Só este amor
Assim descontraído
Quem sabe de tudo não fale
240) 
Quem sabe nada se cale
Se for preciso eu repito
Porque hoje eu vou fazer
Ao meu jeito eu vou fazer
Um samba sobre o infinito
Porque hoje eu vou fazer
Ao meu jeito eu vou fazer
Um samba sobre o infinito
 
(Marisa Monte) Disponível em http://letras.mus.br/marisa-monte/47291/Acesso em 19/07/2013
 
No texto I, a frase “Ou você pensa que só o nosso falar, comunica?” apresenta o pronome você que não
faz referência a uma interlocutor específico. O mesmo procedimento é adotado, pelo vocábulo em
destaque, no seguinte verso do texto II:
a) “Enquanto esqueço um pouco!”
b) “ Eu não me lembro mais”
c) “ quem me deixou assim”
d) “ Quem não sabe nada se cale”
e) “Ao meujeito eu vou fazer”
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IBFC - Tec (EBSERH UNIFAP)/EBSERH HU-UNIFAP/Segurança do Trabalho/2022
Língua Portuguesa (Português) - Pronomes demonstrativos
Texto I
O conto do vigário
(Joseli Dias)
 
Um conto de réis. Foi esta quantia, enorme para a época, que o velho pároco de Cantanzal perdeu para
Pedro Lulu, boa vida cuja única ocupação, além de levar à perdição as mocinhas do lugar, era tocar viola
para garantir, de uma casa em outra, o almoço de todos os dias. Nenhum vendeiro, por maior esforço de
memória que fizesse, lembraria o dia em que Pedro Lulu tirou do bolso uma nota qualquer para comprar
alguma coisa. Sempre vinha com uma conversa maneira, uma lábia enroladora e no final terminava por
comprar o que queria, deixando fiado e desaparecendo por vários meses, até achar que o dono do
boteco tinha esquecido a dívida, para fazer uma nova por cima.
 
A vida de Pedro Lulu era relativamente boa. Tocava nas festas, ganhava roupas usadas dos amigos e
juras de amor de moças solteironas de Cantanzal. A vida mansa, no entanto, terminou quando o Padre
Bastião chegou por ali. Homem sisudo, pregava o trabalho como meio único para progredir na vida. Ele
mesmo dava exemplo, pegando no batente de manhã cedo, preparando massa de cimento e assentando
tijolos da igreja em construção. Quando deu com Pedro Lulu, que só queria sombra e água fresca, iniciou
uma verdadeira campanha contra ele. Nos sermões, pregava o trabalho árduo. Pedro Lulu era o exemplo
mais formidável que dava aos fiéis. “Não tem família, não tem dinheiro, veste o que lhe dão, vive a
cantar e a mendigar comida na mesa alheia”, pregava o padre, diante do rebanho.
 
Aos poucos Pedro Lulu foi perdendo amizades valiosas, os almoços oferecidos foram escasseando e até
mesmo nas rodas de cantoria era olhado de lado por alguns.
 
“Isso tem que acabar”, disse consigo.
 
Naquele dia foi até a igreja e prostou-se diante do confessionário. Fingindo ser outra pessoa, pediu ao
padre o mais absoluto segredo do que iria contar, porque havia prometido a um amigo que não faria o
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241) 
mesmo diante das maiores dificuldades, mas que vê-lo em tamanha necessidade, tinha resolvido
confessar-se passando o segredo adiante.
 
O Padre, cujo único defeito era interessar-se pela vida alheia, ficou todo ouvidos. E foi assim que a
misteriosa figura contou que Pedro Lulu era, na verdade, riquíssimo, mas que por uma aposta que fez,
não podia usufruir de seus bens na capital, que somavam milhares de contos de réis. [...]
 
Considere a passagem abaixo para responder à questão.
 
“Ele mesmo dava exemplo, pegando no batente de manhã cedo, preparando massa de cimento e
assentando tijolos da igreja em construção.”
 
Destaca-se, na passagem, o vocábulo “mesmo” que cumpre um papel de reforço em relação ao pronome
“Ele”. Entendendo “mesmo” também como pronome, deve ser classificado morfologicamente como:
a) relativo.
b) indefinido.
c) demonstrativo.
d) possessivo.
e) interrogativo.
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IBFC - Deleg (PC BA)/PC BA/2022
Língua Portuguesa (Português) - Pronomes demonstrativos
Texto I
 
Inverno
 
A família estava reunida em torno do fogo, Fabiano sentado no pilão caído, sinhá Vitória de pernas
cruzadas, as coxas servindo de travesseiros aos filhos. A cachorra Baleia, com o traseiro no chão e o
resto do corpo levantado, olhava as brasas que se cobriam de cinza.
 
Estava um frio medonho, as goteiras pingavam lá fora, o vento sacudia os ramos das catingueiras, e o
barulho do rio era como um trovão distante.
 
Fabiano esfregou as mãos satisfeito e empurrou os lições com a ponta da alpercata. As brasas estalaram,
a cinza caiu, um círculo de luz espalhou-se em redor da trempe de pedra, clareando vagamente os pés
do vaqueiro, os joelhos da mulher e os meninos deitados. De quando em quando estes se mexiam,
porque o lume era fraco e apenas aquecia pedaços deles. Outros pedaços esfriavam recebendo o ar que
entrava pela rachadura das paredes e pelas e gretas da janela. Por isso não podiam dormir. Quando iam
pegando no sono, arrepiavam-se, tinham precisão de virar-se, chegavam-se à trempe e ouviam a
conversa dos pais. Não era propriamente conversa eram frases soltas, espaçadas, com repetições e
incongruências. As vezes uma interjeição gutural dava energia ao discurso ambíguo. Na verdade nenhum
deles prestava atenção às palavras do outro: iam exibindo as imagens que lhes vinham ao espírito, e as
imagens sucediam-se, deformavam-se, se não havia meio de dominá-las. Como os recursos de expressão
eram minguados, tentavam remediar a deficiência falando alto. [...]
 
(RAMOS, Graciliano. Vidas Secas. Rio de Janeiro; Record, 2009, p. 63-64)
 
Considerando-se o contexto, verifica-se que o pronome demonstrativo destacado em “De quando em
quando estes se mexiam, porque o lume era fraco e apenas aquecia pedaços deles.” (3º§), foi
empregado em uma referência:
a) espacial, indicando a proximidade entre os personagens.
b) espacial, indicando a proximidade do narrador.
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242) 
c) temporal, aproximando o leitor da ação descrita.
d) textual, apontando uma ideia que ainda será apresentada.
e) textual, retomando o último elemento de uma sequência.
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IBFC - AAT (DETRAN DF)/DETRAN DF/2022
Língua Portuguesa (Português) - Pronomes demonstrativos
Texto
 
Eu deveria cantar.
Rolar de rir ou chorar, eu deveria, mas tinha desaprendido essas coisas. Talvez então pudesse acender
uma vela, correr até a igreja da Consolação, rezar um Pai Nosso, uma Ave Maria e uma Glória ao Pai,
tudo que eu lembrava, depois enfiar algum trocado, se tivesse, e nos últimos meses nunca, na caixa de
metal “Para as Almas do Purgatório”. Agradecer, pedir luz, como nos tempos em que tinha fé.
Bons tempos aqueles, pensei. Acendi um cigarro. E não tomei nenhuma dessas atitudes, dramáticas
como se em algum canto houvesse sempre uma câmera cinematográfica à minha espreita. Ou Deus.
Sem juiz nem plateia, sem close nem zoom, fiquei ali parado no começo da tarde escaldante de
fevereiro, olhando o telefone que acabara de desligar. Nem sequer fiz o sinal da cruz ou levantei os olhos
para o céu. O mínimo, suponho, que um sujeito tem a obrigação de fazer nesses casos, mesmo sem
nenhuma fé, como se reagisse a uma espécie de reflexo condicionado místico.
Acontecera um milagre. Um milagre à toa, mas básico para quem, como eu, não tinha pais ricos,
dinheiro aplicado, imóveis, nem herança e apenas tentava viver sozinho numa cidade infernal como
aquela que trepidava lá fora, além da janela ainda fechada do apartamento. Nada muito sensacional, tipo
recuperar de súbito a visão ou erguer-se da cadeira de rodas com o semblante beatificado e a leveza de
quem pisa sobre as águas. Embora a miopia ficasse cada vez mais aguda e os joelhos tremessem com
frequência, não sabia se fome crônica ou pura tristeza, meus olhos e pernas ainda funcionavam
razoavelmente. Outros órgãos, verdade, bem menos.
Toquei o pescoço. E o cérebro, por exemplo.
Já chega, disse para mim mesmo, parado nu no meio da penumbra gosmenta do meio-dia. Pense nesse
milagre, homem. Singelo, quase insignificante na sua simplicidade, o pequeno milagre capaz de trazer
alguma paz àquela série de solavancos sem rumo nem ritmo que eu, com certa complacência e nenhuma
originalidade, estava habituado a chamar de minha vida, tinha um nome. Chamava-se – um emprego.
(ABREU, Caio Fernando. Onde andará Dulce Veiga? São Paulo: Planeta De Agostini, 2003, p.11-12).
 
Considere a passagem “Acendi um cigarro. E não tomei nenhuma dessas atitudes” (3º§).
 
O emprego do pronome demonstrativo presente em “dessas atitudes” é justificado pelo seguinte papel
coesivo:
a) proximidade espacial em relação ao interlocutor.
b) referência a elementos já apresentados no texto.
c) referência antecipada a elementos pouco específicos.
d) proximidade de tempo entre a enunciação e a referência.
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IBFC - ASoc (SESACRE)/SESACRE/2022
Língua Portuguesa (Português) - Pronomes demonstrativos
Leia o fragmento abaixo do conto “Felicidade Clandestina”, de Clarice Lispector.
 
Texto I
 
Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, meio arruivados. Tinha um busto
enorme, enquanto nós todas ainda éramos achatadas. Como se não bastasse enchia os dois bolsos da
blusa, por cima do busto, com balas. Mas possuía o que qualquer criança devoradora de histórias
gostaria de ter: um pai dono de livraria.
 
Pouco aproveitava. E nós menos ainda: até para aniversário, em vez de pelo menos um livrinho barato,
ela nos entregava em mãos um cartão-postal da loja do pai. Ainda por cima era de paisagem do Recife
mesmo, onde morávamos, com suas pontes mais do que vistas. Atrás escrevia com letra bordadíssima
palavras como “data natalícia” e “saudade”.
 
Mas que talento tinha para a crueldade. Ela toda era pura vingança, chupando balas com barulho. Como
essa menina devia nos odiar, nós que éramos imperdoavelmente bonitinhas, esguias, altinhas, de cabelos
livres. Comigo exerceu com calma ferocidade o seu sadismo. Na minha ânsia de ler, eu nem notava as
humilhações a que ela me submetia: continuava a implorar-lhe emprestados os livros que ela não lia.
 
Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim uma tortura chinesa. Como
casualmente, informou-me que possuía “As reinações de Narizinho’’, de Monteiro Lobato.
 
Era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o. E
completamente acima de minhas posses. Disse-me que eu passasse pela sua casa no dia seguinte e que
ela o emprestaria.
 
Até o dia seguinte eu me transformei na própria esperança da alegria: eu não vivia, eu nadava devagar
num mar suave, as ondas me levavam e me traziam.
 
No dia seguinte fui à sua casa, literalmente correndo. Ela não morava num sobrado como eu, e sim numa
casa. Não me mandou entrar. Olhando bem para meus olhos, disse-me que havia emprestado o livro a
outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo. Boquiaberta, saí devagar, mas em breve a
esperança de novo me tomava toda e eu recomeçava na rua a andar pulando, que era o meu modo
estranho de andar pelas ruas de Recife. Dessa vez nem caí: guiava-me a promessa do livro, o dia
seguinte viria, os dias seguintes seriam mais tarde a minha vida inteira, o amor pelo mundo me
esperava, andei pulando pelas ruas como sempre e não caí nenhuma vez.
 
Mas não ficou simplesmente nisso. O plano secreto da filha do dono de livraria era tranquilo e diabólico.
No dia seguinte lá estava eu à porta de sua casa, com um sorriso e o coração batendo. Para ouvir a
resposta calma: o livro ainda não estava em seu poder, que eu voltasse no dia seguinte. Mal sabia eu
como mais tarde, no decorrer da vida, o drama do “dia seguinte” com ela ia se repetir com meu coração
batendo.
 
E assim continuou. Quanto tempo? Não sei. Ela sabia que era tempo indefinido, enquanto o fel não
escorresse todo de seu corpo grosso. Eu já começara a adivinhar que ela me escolhera para eu sofrer, às
vezes adivinho. Mas, adivinhando mesmo, às vezes aceito: como se quem quer me fazer sofrer esteja
precisando danadamente que eu sofra.
 
Quanto tempo? Eu ia diariamente à sua casa, sem faltar um dia sequer. Às vezes ela dizia: pois o livro
esteve comigo ontem de tarde, mas você só veio de manhã, de modo que o emprestei a outra menina. E
eu, que não era dada a olheiras, sentia as olheiras se cavando sob os meus olhos espantados. [...]
 
(LISPECTOR, Clarice. Felicidade Clandestina. Rio de Janeiro: Nova
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2289536
244) 
245) 
Fronteira, 1987)
Em “Mas possuía o que qualquer criança” (1º§), o vocábulo destacado cumpre um papel importante na
produção de sentido. Morfologicamente, deve ser classificado como pronome:
a) pessoal do caso reto.
b) demonstrativo.
c) pessoal do caso oblíquo.
d) indefinido.
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IBFC - AJ (TJ MG)/TJ MG/Revisor Judiciário/2022
Língua Portuguesa (Português) - Pronomes demonstrativos
Os dois parágrafos jurídicos a seguir foram escritos pelo professor Vicente Greco Filho.
Considere-os para responder à questão.
 
Texto IV
 
Definida a competência de um juiz, a qual se determina no momento em que a ação é proposta,
permanece ela até o julgamento definitivo da causa. Este princípio é chamado da ‘perpetuação da
jurisdição’ – ‘perpetuatiojurisdictionis’, e tem por finalidade impedir modificações, que sempre é possível
que ocorram, depois de proposta a demanda, interfiram no juízo competente para sua decisão. (sic)
 
A disposição legal que consagra essa ideia tem por fim evitar que uma causa iniciada numa comarca e
num juízo seja deslocada para outro por razões de fato ou de direito ocorridas posteriormente. Uma vez
proposta a demanda, a situação de fato e de direito a ser examinada para a determinação da
competência é a desse momento, sendo irrelevantes as alterações do estado de fato ou de direito que
ocorrem posteriormente.
(VIANA, Joseval Martins. Manual de Redação Forense e Prática Jurídica. São Paulo: Método, 2010, p.144)
 
Em relação ao emprego do pronome demonstrativo em “Este princípio é chamado de”, pode-
se afirmar que, de acordo com a Norma Padrão, está:
a) correto, pois indica uma referência ao próprio texto
b) errado, pois aponta para uma ação do passado
c) correto, pois sinaliza proximidade em relação ao leitor
d) correto, pois expressa uma ação que ocorre no presente
e) errado, pois se refere a uma informação já mencionada
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IBFC - Tec Info (CM Aqa)/CM Araraquara/2018
Língua Portuguesa (Português) - Pronomes demonstrativos
“De fato, (...) ‘há conflito entre a ideia convencional de uma literatura que eleva e edifica (segundo
os padrões oficiais) e a sua poderosa força indiscriminada de iniciação na vida, com uma variada
complexidade nem sempre desejada pelos educadores. Ela não corrompe nem edifica, portanto; mas,
trazendo livremente em si o que chamamos o bem e o que chamamos o mal, humaniza em sentido
profundo, porque faz viver’.
 
A função da literatura está ligada à complexidade da sua natureza, que explica inclusive o papel
contraditório mas humanizador (talvez humanizador porque contraditório). Analisando-a, podemos
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2368402
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/768535
246) 
distinguir pelo menos três faces: (1) ela é uma construção de objetos autônomos como estrutura e
significado; (2) ela é uma forma de expressão, isto é, manifesta emoções e a visão do mundo dos
indivíduos e dos grupos; (3) ela é uma forma de conhecimento, inclusive como incorporação difusa e
inconsciente.”
 
Segundo a gramática normativa, assinale a alternativa em que o termo destacado é um pronome:
a) trazendo livremente em si o que chamamos
b) o papel contraditório mas humanizador.
c) manifesta emoções e a visão do mundo
d) há conflito entre a ideia convencional
e) podemos distinguir pelo menos três faces
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IBFC - Sold (CBM PB)/CBM PB/Combatente/2014
Língua Portuguesa (Português) - Pronomes demonstrativos
Aí pelas Três da Tarde
Raduan Nassar
Nesta sala atulhada de mesas, máquinas e papéis, onde invejáveis escreventes dividiram entre si o bom
senso do mundo, aplicando-se em idéias claras apesar do ruído e do mormaço, seguros ao se
pronunciarem sobre problemas que afligem o homem moderno (espécie da qual você, milenarmente
cansado, talvez se sinta um tanto excluído), largue tudo de repente sob os olhares a sua volta,
componha uma cara de louco quieto e perigoso, faça os gestos mais calmos quanto os tais escribas mais
severos, dê um largo "ciao" ao trabalho do dia, assim como quem se despede da vida, e surpreenda
pouco mais tarde, com sua presença em hora tão insólita, os que estiveram em casa ocupados na
limpeza dos armários, que você não sabia antes como era conduzida.Convém não responder aos olhares
interrogativos, deixando crescer, por instantes, a intensa expectativa que se instala. Mas não exagere na
medida e suba sem demora ao quarto, libertando aí os pés das meias e dos sapatos, tirando a roupa do
corpo como se retirasse a importância das coisas, pondo-se enfim em vestes mínimas, quem sabe até em
pêlo, mas sem ferir o decoro (o seu decoro, está claro), e aceitando ao mesmo tempo, como boa
verdade provisória, toda mudança de comportamento. Feito um banhista incerto, assome em seguida no
trampolim do patamar e avance dois passos como se fosse beirar um salto, silenciando de vez, embaixo,
o surto abafado dos comentários. Nada de grandes lances. Desça, sem pressa, degrau por degrau, sendo
tolerante com o espanto (coitados!) dos pobres familiares, que cobrem a boca com a mão enquanto se
comprimem ao pé da escada. Passe por eles calado, circule pela casa toda como se andasse numa praia
deserta (mas sempre com a mesma cara de louco ainda não precipitado) e se achegue depois, com
cuidado e ternura, junto à rede languidamente envergada entre plantas lá no terraço. Largue-se nela
como quem se larga na vida, e vá ao fundo nesse mergulho: cerre as abas da rede sobre os olhos e, com
um impulso do pé (já não importa em que apoio), goze a fantasia de se sentir embalado pelo mundo.
 
O texto começa com a expressão "Nesta sala". Sobre o emprego do pronome demonstrativo "esta" que
se encontra contraído em tal expressão, é correto afirmar que:
a) indica que uma ideia citada anteriormente está sendo retomada.
b) revela proximidade entre o enunciador e o espaço narrado.
c) indica que o leitor encontra-se no espaço narrado.
d) revela distanciamento entre o enunciador e o espaço narrado.
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247) 
248) 
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IBFC - Deleg (PC BA)/PC BA/2022
Língua Portuguesa (Português) - Pronomes relativos
Texto
 
Eu tinha uns quatro anos no dia em que minha mãe morreu. Dormia no meu quarto, quando pela manhã
me acordei com um enorme barulho na casa toda. Eram gritos e gente correndo para todos os cantos. O
quarto de dormir de meu pai estava cheio de pessoas que eu não conhecia. Corri para lá, e vi minha mãe
estendida no chão e meu pai caído em cima dela como um louco. A gente toda que estava ali olhava
para o quadro como se estivesse em um espetáculo. Vi então que minha mãe estava toda banhada em
sangue, e corri para beijá-la, quando me pegaram pelo braço com força. Chorei, fiz o possível para livrar-
me. Mas não me deixaram fazer nada. Um homem que chegou com uns soldados mandou então que
todos saíssem, que só podia ficar ali a polícia e mais ninguém.
 
Levaram-me para o fundo da casa, onde os comentários sobre o fato eram os mais variados. O criado,
pálido, contava que ainda dormia quando ouvira uns tiros no primeiro andar. E, correndo para cima, vira
meu pai com o revólver na mão e minha mãe ensanguentada. “O doutor matou a dona Clarisse!” Por
quê? Ninguém sabia compreender.
 
(REGO, José Lins do. Menino de Engenho. São Paulo: Global Editora, 2020.)
 
O pronome relativo destacado, em “Levaram-me para o fundo da casa, onde os comentários sobre o fato
eram os mais variados.” (2º§), tem seu emprego em conformidade com a Norma Padrão. No entanto,
comumente, esse pronome é empregado de modo equivocado nos mais variados textos. Assinale a
alternativa que apresenta um exemplo desse equívoco.
a) A adolescência é sempre aquela fase onde mudanças destacam-se.
b) Levou-me até uma região onde todos se sentiam um pouco mais seguros.
c) Faltam medidas suficientes para os moradores do bairro onde resido.
d) Custaram a se lembrar da casa onde ficavam nas férias anuais.
e) Deixaram as ferramentas na sala onde estávamos anteriormente.
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IBFC - AJ (TJ MG)/TJ MG/Revisor Judiciário/2022
Língua Portuguesa (Português) - Pronomes relativos
Os dois parágrafos jurídicos a seguir foram escritos pelo professor Vicente Greco Filho.
Considere-os para responder à questão.
 
Texto IV
 
Definida a competência de um juiz, a qual se determina no momento em que a ação é proposta,
permanece ela até o julgamento definitivo da causa. Este princípio é chamado da ‘perpetuação da
jurisdição’ – ‘perpetuatiojurisdictionis’, e tem por finalidade impedir modificações, que sempre é possível
que ocorram, depois de proposta a demanda, interfiram no juízo competente para sua decisão. (sic)
 
A disposição legal que consagra essa ideia tem por fim evitar que uma causa iniciada numa comarca e
num juízo seja deslocada para outro por razões de fato ou de direito ocorridas posteriormente. Uma vez
proposta a demanda, a situação de fato e de direito a ser examinada para a determinação da
competência é a desse momento, sendo irrelevantes as alterações do estado de fato ou de direito que
ocorrem posteriormente.
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249) 
(VIANA, Joseval Martins. Manual de Redação Forense e Prática Jurídica. São Paulo: Método, 2010, p.144)
 
O pronome relativo é uma ferramenta eficiente para a coesão textual. Dentre os fragmentos
transcritos abaixo, não se destaca um pronome desse tipo em:
a) “no momento em que a ação é proposta” (1º§)
b) “que sempre é possível” (1º§)
c) “que consagra essa ideia” (2º§)
d) “evitar que uma causa iniciada” (2º§)
e) “que ocorrem posteriormente” (2º§)
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IBFC - Esp Reg (AGERBA)/AGERBA/2017
Língua Portuguesa (Português) - Pronomes relativos
Texto I
Entre palavras
Entre coisas e palavras – principalmente palavras – circulamos. A maioria delas não figura nos dicionários
de há trinta anos, ou figura com outras acepções. A todo momento impõe-se tornar conhecimento de
novas palavras e combinações de.
Você que me lê, preste atenção. Não deixe passar nenhuma palavra ou locução atual, pelo seu ouvido,
sem registrá-la. Amanhã, pode precisar dela. E cuidado ao conversar com seu avô; talvez ele não
entenda o que você diz. O malote, o cassete, o spray, o fuscão, o copião, a Vemaguet, a chacrete, o
linóleo, o nylon, o nycron, o diafone, a informática, a dublagem, o sinteco, o telex... Existiam em 1940?
Ponha aí o computador, os anticoncepcionais, os mísseis, a motoneta, a Velosolex, o biquíni, o módulo
lunar, o antibiótico, o enfarte, a acupuntura, a biônica, o acrílico, o tá legal, o apartheid, o som pop, a
arte pop, as estruturas e a infraestrutura. Não esqueça também (seria imperdoável) o Terceiro Mundo, a
descapitalização, o desenvolvimento, o unissex, o bandeirinha, o mass media, o Ibope, a renda per
capita, a mixagem.
Só? Não. Tem seu lugar ao sol a metalinguagem, o servomecanismo, as algias, a coca-cola, o superego,
a Futurologia, a homeostasia, a Adecif, a Transamazônica, a Sudene, o Incra, a Unesco, o Isop, a OEA, e
a ONU. Estão reclamando, porque não citei a conotação, o conglomerado, a diagramação, o ideologema,
idioleto, o ICM, a IBM, o falou, as operações triangulares, o zoom, e a guitarra elétrica.
Olhe aí na fila – quem? Embreagem, defasagem, barra tensora, vela de ignição, engarrafamento, Detran,
poliéster, filhotes de bonificação, letra imobiliária, conservacionismo, carnet da girafa, poluição. Fundos
de investimento, e daí? Também os incentivos fiscais. Know-how. Barbeador elétrico de noventa
microrranhuras. FenoliteBaquelite, LP e compacto. Alimentos super congelados. Viagens pelo crediário,
Circuito fechado de TV Rodoviária. Argh! Pow! Click!
Não havia nada disso no Jornal do tempo do Venceslau Brás, ou mesmo, de Washington Luís. Algumas
coisas começam a aparecer sob Getúlio Vargas. Hoje estão ali na esquina, para consumo geral A
enumeração caótica não é uma invenção crítica de Leo Spitzer. Está aí, na vida de todos os dias. Entre
palavras circulamos, vivemos, morremos, e palavras somos, finalmente, mas com que significado?
(Carlos Drummond de
Andrade, Poesia e prosa, Rio de Janeiro, Nova Aguiar, 1988)
 
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