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Capítulo 018

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Configurações básicas de transistores
Chegado o momento de selecionar uma configuração para um determinado circuito transistorizado temos que ter em conta tanto as condições de funcionamento extremas, requeridas por dito circuito, como a configuração mais idônea para ligar o transistor empregado. Embora o futuro do transistor, tal e como hoje o conhecemos, não esteja tão claro.
 Ao desenhar um circuito eletrônico que incorpore transistores e certa dose de complexidade não bastará os conhecimentos básicos sobre a polarização ou o cálculo associado a um circuito de transistor em modo emissor comum. Devemos, neste ponto, inclinar-nos também por um determinado encapsulamento - como já vimos associado intimamente à potência manejada pelo circuito onde trabalhe o citado transistor- e por um dos três tipos possíveis de configuração, a saber: Emissor comum(E.C.), base comum (B.C.) e coletor comum (C.C.). 
Como o transistor possui três terminais, o normal costuma ser que um deles receba o sinal de entrada, o outro o de saída e o terceiro seja comum a ambos os sinais. Cada uma destas configurações recebe um nome que dependerá do ponto em comum que guarde o sinal de entrada e o de saída. Cabe pois supor que na configuração de emissor comum o emissor é o terminal que está permanentemente em contato com o sinal de entrada e de saída, e de forma similar acontece com as restantes configurações tanto em base como em coletor comum, tomando o relevo em cada caso o terminal de base e o de coletor respectivamente. 
Parâmetros, vantagens e aplicações 
A utilização de um dos três tipos de configurações dependerá em grande medida do que cada uma delas nos mostre como vantajoso à hora de trabalhar, isto é, escolheremos de forma que aproveitemos as características mais destacadas de cada montagem. Vamos agora dar um breve repasse a estas características para raciocinar de forma clara o porquê das aplicações de uma ou outra montagem. Entre os parâmetros de interesse podemos destacar:
 Ganho de corrente em curto-circuito: Este termo se utiliza em circuitos amplificadores também como "ganho de sinal" e faz menção à relação existente na corrente de saída e na corrente de entrada perante muito pequenas variações nesta última (supõe-se que não existe resistência no circuito de saída e que a tensão Vce se mantém constante).
Impedância de entrada: Como o seu nome indica não representa mais que a resistência interna que oferece a montagem de transistor tratada ao sinal que aparece na sua entrada. 
Impedância de saída: Neste caso, trata-se da resistência interna nos terminais de saída do circuito transistorizado. 
Ganho ou amplificação de tensão:
Cifra a relação ou quociente entre a tensão de saída e a de entrada. 
Ganho ou amplificação de corrente: 
É, neste caso, a relação entre a intensidade de saída e a de entrada.
Ganho ou amplificação de potência: Reflete o quociente entre a potência disponível à saída do transistor e a de entrada. 
Devido às particularidades que podemos encontrar, dentro de cada uma das três configurações disponíveis, podemos deduzir dado que cada uma delas será algo mais adequada que as outras duas para uma aplicação determinada. A maneira de resumo, vamos comentar as aplicações mais usuais de cada uma das ligações possíveis. 
A configuração de emissor comum é, além da mais utilizada, a de melhor assimilação do ponto de vista teórico. Podemos destacar que as suas características médias são as melhores, tanto em amplificação de tensão como de corrente, o qual se traduz, por sua vez, numa amplificação de potência bastante aceitável. Outro ponto a ter em conta nesta configuração é o mínimo desequilíbrio existente entre as impedâncias de entrada e saída. Tudo isso implica que seja o circuito de mais simples adaptação a qualquer desenho e, portanto, o mais utilizado. Resulta especialmente adequado no acoplamento entre diferentes etapas. 
As ligações em modo de base comum guardam a sua principal vantagem na sua frequência máxima de operação, a qual é bastante elevada. Isto faz que o seu uso em amplificadores de alta frequência seja relativamente frequente. Outra aplicação típica para esta montagem é a sua utilização como adaptador de impedâncias. 
A montagem em coletor comum oferece duas características de relevo. Por um lado a sua distorção é baixa, e por outro resulta a configuração idônea para trabalhar como transformador de impedâncias, devido principalmente à relação entre a elevada impedância de entrada diante da reduzida impedância que oferece à sua saída.
 Onde é que se utilizam os transistores?
Pode parecer ilógico definir na era que vivemos os campos de aplicação de um componente eletrônico tão consolidado como é o transistor mas, de qualquer forma, não será demais que demos um repasso à evolução do mesmo. A utilização das uniões NP em formato duplo, isto é, bem PNP ou NPN, nasce no mesmo momento em que as antigas válvulas de vácuo se tornam insuficientes para levar a cabo com sucesso certas tarefas. Apesar disso não devemos esquecer tanto o papel desempenhado por aquelas como a defesa férrea que, ainda hoje, mantêm certos peritos sobre as melhores qualidades das válvulas para certas aplicações. Com a válvula eletrônica se conseguiu controlar um fluxo de elétrons, talvez fosse o passo definitivo para o nascimento da eletrônica como tal, e constituir os primeiros circuitos retificadores, receptores de rádio, amplificadores, televisores e até televisão a cores. Mas tinha chegado o começo da era da miniaturização. Os circuitos começaram a complicar-se em excesso para poderem ser implementados por meio de válvulas sem levar acrescentadas desvantagens tais como o peso, excessivo espaço, custo, aquecimento e consumo, fragilidade, etc. 
A aplicação das uniões PNP e NPN (transistores) surgiu como solução à hora de resolver estes problemas. A aplicação massiva deste tipo de componente veio a reduzir, sem dúvida, um dos "problemas" fundamentais das suas antecessoras as válvulas: o elevado custo de fabricação. Bem é certo que certos transistores de uso específico e pouco comum podem ter um custo elevado mas com os de grande consumo o assunto se inverte e o seu custo é cada dia menor. Respeito ao problema de espaço, pouco temos que dizer aqui. A era da miniaturização se encarregou de gerar dispositivos transistorizados nos que as uniões semicondutoras ocupam um espaço mínimo. Isto redunda, também, numa diminuição dos custos de fabricação. Tão só os dispositivos que precisam manipulação de potências de certa envergadura se vêem obrigados a crescer e oferecer um encapsulamento de dimensões algo maiores. De qualquer forma, as novas tecnologias de fabricação se estão encarregando de reduzir o aumento de dimensões em função da potência requerida. Com relação à fragilidade dos componentes há que mencionar aqui a vantagem que supõe a utilização dos transistores em vez das obsoletas válvulas, fabricadas de vidro, as quais resultavam claramente 
"frágeis". Mas a investigação avança e o papel do transistor não está já tão claro. Este é um componente que, como tal, está condenado a desaparecer ou, pelo menos, sendo relegado a um lugar mínimo dentro das futuras e não muito longínquas aplicações eletrônicas. Devemos fixar-nos em que falamos da desaparição do transistor como tal mas não do fim da utilização das uniões PN. Estas se continuarão utilizando dentro das pastilhas ou "chips", os quais são capazes de integrar no seu interior o equivalente (em uniões PN) a milhões de transistores. Com isto sobram mais comentários. 
SUMÁRIO			
1.A impedância de entrada representa a resistência interna da montagem ao sinal que aparece na sua entrada. 
2.A configuração de emissor comum é a mais utilizada. 
3.O transistor, tal e como hoje se conhece, está condenado a desaparecer. 
Adaptado do “curso de eletrônica” da Editora F&G S.A (1995)
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Este pequeno esquema nos pode dar uma idéia rápida e intuitiva das três formas possíveis que existem de ligar um transistor. 
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A impedância de entrada é um fator onde a conexão de transistores é feita em modo de coletor comum.
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Além de possuir as características "médias" mais destacáveis, o modo emissor comum oferece a melhor opção quanto a ganho de potência.
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Dentro dos acoplamentos entre etapas de transistores destaca-se o tipo "Darlington". Podemos encontrar transistores que incorporam este par dentro de um único encapsulamento.
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A conexão de um circuito de transistor em modo base comum possui as melhores características do ponto de vista da Z de saída.
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Um dos parâmetros que têm de ter-se em conta à hora de comparar as diversas configurações é a denominada "ganho em curto-circuito".
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Todo equipamento eletrônico do setor "consumo" incorpora nos seus circuitos transistores. Estes podem encontrar-se em diversos tamanhos e encapsulamentos.

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