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Amplificador operacional (Amp-op) Vamos agora centrar-nos numa das aplicações específicas deste que, dentro da experiência prática eletrônica, se mostra de uma grande utilidade. Trata-se do comparador. O amplificador operacional nasce como um conjunto específico de transistores e componentes periféricos que se integram num só circuito integrado para realizar uma função específica. O amp-op, além disso, foi um dos primeiros circuitos integrados que se fabricaram como tais. Há que retroceder um pouco na história da eletrônica para raciocinar o porquê da denominação "amplificador operacional" para os circuitos que agora nos ocupam. O tipo de amplificador integrado no chip se utilizou nos princípios da era da integração eletrônica mas em dispositivos de cálculo analógico. Ditas máquinas realizavam cálculos matemáticos mediante funções eletrônico-matemáticas, tais como a "integração" e a "diferenciação". Daqui provém a denominação histórica destes circuitos. Posteriormente, devido às suas excelentes características - como conjunto de componentes discretos - se começaram a fabricar em forma contínua e integrada, até chegar à época atual na que comprar um amp-op é tão simples como adquirir, por exemplo, um transistor. Ambos podem contemplar-se como um componente compacto e diferenciado dentro do desenho eletrônico (com a exceção de que o primeiro contém um bom número dos segundos). Vantagens do uso dos amp-op Pode parecer um pouco presumido da nossa parte designar aos operacionais um papel estelar dentro da eletrônica mas realmente, é um dos mais importantes dentro do que denominamos "eletrônica analógica". Fica claro que qualquer circuito que contenha um operacional pode também desenhar-se sem ele. Para isso teríamos que utilizar componentes discretos e não um integrado específico. Agora bem, o uso de um operacional ao invés dos componentes aos que este substitui redunda em umas quantas vantagens que o desenhador, ou o simples amador, não pode passar por alto. Entre estas podemos destacar as seguintes: - Poupança na etapa de desenho: o amp-op se contempla como uma "caixa negra" ideal à que só há que alimentar corretamente e ligar os seus terminais de entrada e saída. - Simplicidade de substituição em caso de avaria: tendo seu conteúdo num "chip", o operacional pode ser substituído de forma rápida. Para isso só temos que colocá-lo no circuito sobre uma base adequada. - Fiabilidade: o fato de que um bom número de transistores da nossa montagem venha contida num único chip, o qual é verificado em fábrica, evita a possibilidade de erros se tiverem sido montados de forma discreta os transistores contidos no amp-op. - Poupança econômica: não há que ser um perito em finanças para apreciar a diferença de custo que representaria adquirir os componentes integrados num operacional, em vez de comprar diretamente este chip. - Poupança de espaço: apesar de que nos empenhemos em vê-lo assim, a preocupação pela miniaturização eletrônica não é tão só uma "obsessão japonesa". Só temos que pensar que o custo de um circuito dado também se incrementa com o aumento do circuito impresso (suporte para soldar os componentes). Ou, dito de outra forma: quanto menor seja a superfície de circuito menor será o custo do mesmo. Aplicações dos amp-op É significativo o auge que teve a aplicação dos operacionais no mercado eletrônico atual. De constituir um elemento de cálculo (operacional) nas aplicações de computação eletrônica passou a formar parte de um bom número de circuitos eletrônicos do campo analógico. Vamos enumerar à continuação algum dos circuitos de aplicação dos operacionais: - Circuitos detetores de tensão - Circuitos comparadores - Circuitos retificadores - Circuitos limitadores - Geradores de sinal - Osciladores - Filtros ativos - Conversores V/f e V/I - Circuitos aritméticos. - Circuitos de amplificação - Circuitos integradores e diferenciadores Fica claro que o campo dos operacionais não tem limite e que será a evolução tecnológica a que motive a aparição de outras aplicações. À continuação vamos entrar numa das aplicações destes. O amp-op como comparador Acontece, em várias ocasiões, que desejemos comparar uma tensão com outra para ver qual das duas é maior. Para isso se pode utilizar um circuito implementado a partir de amp-op e que responde ao nome de comparador. Para utilizar como comparador um amplificador operacional só temos que colocar certa tensão, por exemplo, na entrada inversora (V-) a qual realizará função de tensão de referência. Se, à continuação, colocamos uma tensão na entrada não inversora (V+) do mesmo operacional obteremos um sinal de saída (Vs) que será função do resultado da comparação de ambos os sinais. Como resumo do comportamento de ditas montagem podemos estabelecer a seguinte lógica: - Se a tensão V+ é maior que V- Vs será de nível alto. - Se a tensão V+ é menor que V- Vs será de nível baixo. A forma mais simples de constituir um comparador com um amp-op. consiste em ligar o mesmo - sem resistores de realimentação- de forma que a entrada não inversora faça as funções de entrada de sinal a comparar, enquanto que o terminal da inversora se liga à massa. A operatividade deste circuito é bastante simples: ao apresentar-se uma tensão muito pequena (uns poucos mili-volts) na entrada não inversora o operacional passa a saturar-se, com o que a saída do mesmo,(terminal Vs) oferece uma tensão próxima à da alimentação positiva (o que nós denominamos nível alto ou "H"). Se, pelo contrário, se apresenta no terminal não inversora (V+) uma tensão inferior ligeiramente a zero volts, a saída do operacional passa a um nível baixo (L). Outro modo de obter um circuito comparador é mediante a utilização de um amplificador operacional de alimentação simples. Tal e como podemos ver na ilustração correspondente, a tensão a comparar se faz chegar também ao terminal da não inversora (V+), enquanto que a inversora recebe outra tensão que provém do divisor de tensão formado por R1 e R2. Dita tensão constitui a tensão de referência (Vref). Se acontece, tal e como vemos na ilustração, que o resistor R1 é do tipo regulável poderemos levar o ponto de referência (Vref.) à margem que desejemos. Neste caso a saída do operacional se comporta da maneira que podemos observar no gráfico (denominada função de transferência) também representada junto à montagem. Comparadores específicos Existem no mercado circuitos integrados que foram desenhados especificamente para realizar funções de comparação. Entre estes podemos citar, por exemplo, o LM311, o LM339 e o NE 529. Estes circuitos possuem uma saída em modo coletor aberto, pelo que deve ligar-se a mesma a um resistor de "pully-up" e em positivo. Adaptado do “curso de eletrônica” da Editora F&G S.A (1995) � EMBED PowerPoint.Show.8 ��� � EMBED PowerPoint.Show.8 ��� � EMBED PowerPoint.Show.8 ��� � EMBED PowerPoint.Show.8 ��� � EMBED PowerPoint.Show.8 ��� � EMBED PowerPoint.Show.8 ��� � EMBED PowerPoint.Show.8 ��� �PAGE �1� �PAGE �8� _1204780278.ppt * * * A comodidade de utilizar um A.O. fica patente quando pensamos que com um só movimento podemos ligar 15 ou 20 transistores. _1204780480.ppt * * * Nesta ilustração podemos ver a "lógica" de funcionamento de um operacional de um ponto de vista "prático". _1204780709.ppt * * * Mediante um circuito divisor obtemos uma eficaz "referência" para o operacional alimentado por meio de uma fonte simples. _1204780821.ppt * * * Dentro dos integrados específicos estão já os comparadores. Aqui vemos o caso do LM311, um comparador de uso bastante comum. _1204780594.ppt * * * Se utilizamos um operacionalque opere com alimentação simétrica obteremos uma resposta de saída como a indicada. _1204780365.ppt * * * As aplicações dos operacionais passaram do cálculo aritmético a toda uma gama de utilidades. _1204780193.ppt * * * Os operacionais devem o seu nome a que no princípio se utilizaram no cálculo eletrônico-matemático.
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