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GRAMÁTICA Prof. MÁRCIO WESLEY www.facebook.com/Gênese-Concursos PORTUGUÊS: GRAMÁTICA PARA SEEDF Página 1 www.geneseinstituto.com.br Formosa-GO. Fone: 3642-4430 GRAMÁTICA APLICADA AO TEXTO – PARA CONCURSOS – TEORIA SELECIONADA E RESUMIDA COM 598 QUESTÕES Professor Márcio Wesley Professor no Instituto dos Magistrados do DF, instrutor na Escola Superior da Advocacia na OAB/DF, autor de material didático nas editoras Vestcon e Gran Cursos, professor na Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (ABERJE, São Paulo e Rio), atua em preparação para concursos desde 1997 em todo o Brasil. É conhecido pelas aulas claras e didáticas, descontraídas e práticas. Brasília, maio de 2019. GRAMÁTICA Prof. MÁRCIO WESLEY www.facebook.com/Gênese-Concursos PORTUGUÊS: GRAMÁTICA PARA SEEDF Página 2 SEDF: CONTEÚDO DOS ÚLTIMOS EDITAIS EDITAL CESPE DE 2016 (professor efetivo) 1 Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados. 2 Reconhecimento de tipos e gêneros textuais. 3 Domínio da ortografia oficial. 4 Domínio dos mecanismos de coesão textual. 4.1 Emprego de elementos de referenciação, substituição e repetição, de conectores e de outros elementos de sequenciação textual. 4.2 Emprego de tempos e modos verbais. 5 Domínio da estrutura morfossintática do período. 5.1 Emprego das classes de palavras. 5.2 Relações de coordenação entre orações e entre termos da oração. 5.3 Relações de subordinação entre orações e entre termos da oração. 5.4 Emprego dos sinais de pontuação. 5.5 Concordância verbal e nominal. 5.6 Regência verbal e nominal. 5.7 Emprego do sinal indicativo de crase. 5.8 Colocação dos pronomes átonos. 6 Reescrita de frases e parágrafos do texto. 6.1 Significação das palavras. 6.2 Substituição de palavras ou de trechos de texto. 6.3 Reorganização da estrutura de orações e de períodos do texto. 6.4 Reescrita de textos de diferentes gêneros e níveis de formalidade. 7 Correspondência oficial (conforme Manual de Redação da Presidência da República). 7.1 Aspectos gerais da redação oficial. 7.2 Finalidade dos expedientes oficiais. 7.3 Adequação da linguagem ao tipo de documento. 7.4 Adequação do formato do texto ao gênero. EDITAL QUADRIX DE 2018 (professor temporário) 1 Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados. 2 Domínio da ortografia oficial. 3 Reconhecimento de tipos e gêneros textuais. 4 Domínio da estrutura morfossintática do período. 4.1 Emprego das classes de palavras. 4.2 Relações de coordenação entre orações e entre termos da oração. 4.3 Relações de subordinação entre orações e entre termos da oração. 4.4 Emprego dos sinais de pontuação. 4.5 Concordância verbal e nominal. 4.6 Regência verbal e nominal. 4.7 Emprego do sinal indicativo de crase. 4.8 Colocação dos pronomes átonos. 5 Domínio dos mecanismos de coesão textual. 5.1 Emprego de elementos de referenciação, substituição e repetição, de conectores e de outros elementos de sequenciação textual. 5.2 Emprego de tempos e modos verbais. 6 Reescrita de frases e parágrafos do texto. 6.1 Significação das palavras. 6.2 Substituição de palavras ou de trechos de texto. 6.3 Reorganização da estrutura de orações e de períodos do texto. 6.4 Reescrita de textos de diferentes gêneros e níveis de formalidade. 7 Correspondência oficial (conforme Manual de Redação da Presidência da República). 7.1 Aspectos gerais da redação oficial. 7.2 Finalidade dos expedientes oficiais. 7.3 Adequação da linguagem ao tipo de documento. 7.4 Adequação do formato do texto ao gênero. GRAMÁTICA Prof. MÁRCIO WESLEY www.facebook.com/Gênese-Concursos PORTUGUÊS: GRAMÁTICA PARA SEEDF Página 3 ÍNDICE GERAL ASSUNTO PÁGINA EMPREGO DE PRONOMES 4 COLOCAÇÃO PRONOMINAL 9 TEMPOS E MODOS VERBAIS 10 VOZES VERBAIS 16 TERMOS DA ORAÇÃO 18 SINTAXE DE REGÊNCIA O CASO DO PARALELISMO VERBO PRONOMINAL 24 28 29 CRASE QUADRO-RESUMO DE CRASE 31 34 PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO EMPREGO E SUBSTITUIÇÃO DE CONECTIVOS 38 EMPREGO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO 48 CONCORDÂNCIA VERBAL 55 CONCORDÂNCIA NOMINAL 61 ACENTUAÇÃO GRÁFICA E ORTOGRAFIA OFICIAL (nova ortografia) 63 ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS 68 TÓPICO ESPECIAL: FUNÇÕES DO “SE” 71 GABARITO GERAL 73 GRAMÁTICA Prof. MÁRCIO WESLEY www.facebook.com/Gênese-Concursos PORTUGUÊS: GRAMÁTICA PARA SEEDF Página 4 Editais: Domínio dos mecanismos de coesão. Emprego de elementos de referenciação e substituição. Colocação de pronomes oblíquos átonos. ASSUNTO A ESTUDAR: EMPREGO DE PRONOMES DEFINIÇÃO: Pronome substitui e(ou) acompanha substantivo. PRONOME PESSOAL OBLÍQUO ÁTONO O/A/OS/AS só no lugar de trecho SEM preposição inicial. Ex.: Encontrei o relatório e O devolvi. (=devolvi O RELATÓRIO) Recebi as atas e arquivei-as. (arquivei AS ATAS) LHE/LHES só no lugar de trecho COM preposição inicial. Ex.: Encontrei o relatório e LHE enviei. (=enviei A ELE) Visitei um amigo e elogiei-LHE as ideias. (=elogiei as ideias DO AMIGO) Visitei um amigo e levei-LHE presentes. (=levei presentes PARA O AMIGO) QUESTÕES TEXTO: Menino ainda, assim que entrei para o colégio, alvidrei eu mesmo a conveniência desse costume, e daí avante o observei, sem cessar, toda a vida. 1. (CESPE, TJCE, 2014) Seriam mantidos o sentido original do texto e sua correção gramatical caso o pronome “o”, em “e daí avante o observei, sem cessar”, fosse substituído por lhe. TEXTO: Leu um tratado de psicologia e trocou-o em miúdo, isto é, reduziu-o a artigos, uns quarenta ou cinquenta, que projetou meter nas revistas e nos jornais e com o produto vestir-se, habitar uma casa diferente daquela e pagar ao barbeiro. 2. (CESPE, FUNPRESP, 2016) A substituição do pronome “o”, em “reduziu-o a artigos”, por lhe preservaria a correção gramatical do texto. TEXTO: Os pequenos te cercam, perguntam se você será o pai delas, disputam o teu colo ou a garupa como que implorando pelo toque físico, TE convidam para voltar, te perguntam se você irá passear com elas. 3. (SEJUS/DF) O pronome “te” destacado pode ser corretamente substituído por lhe. TEXTO: “ações que não emancipam os usuários.” 4. (SEJUS/DF) O fragmento ações que não lhes emancipam substitui corretamente o original. 5. (IADES, 2014, CONAB) Caso o autor resolvesse substituir o termo destacado, em “Dê alimentos orgânicos para seus filhos.”, por um pronome pessoal oblíquo, de acordo com a norma-padrão, o novo texto deveria ser a) Dê eles. b) Dê-lhes. c) Dê-lhe d) Dê-os. e) Dê-o. 6. (IADES, 2014, TRE-PA) De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, assinale a alternativa que apresenta a nova redação do período, caso o autor optasse por deslocar o complemento verbal destacado em “O nome ‘biometria’ ocorre do fato de coletarmos e armazenarmos dados físicos do eleitor”, para logo depois de “coletarmos”, e ainda resolvesse utilizar um pronome oblíquo depois de “armazenarmos”. a) O nome ‘biometria’ ocorre do fato de coletarmos dados físicos do eleitor e armazenarmo-lhes. b) O nome ‘biometria’ ocorre do fato de coletarmos dados físicos do eleitore armazenarmo-lhe. c) O nome ‘biometria’ ocorre do fato de coletarmos dados físicos do eleitor e armazenarmo-os. d) O nome ‘biometria’ ocorre do fato de coletarmos dados físicos do eleitor e armazenarmo-nos. e) O nome ‘biometria’ ocorre do fato de coletarmos dados físicos do eleitor e armazenarmo-los. REFERÊNCIA X CONCORDÂNCIA REFERÊNCIA de um pronome é o trecho que ele substitui. CONCORDÂNCIA de um pronome é a palavra que dá a forma que ele deve assumir (feminino, masculino, singular, plural). Veja: O imperador cunhou as moedas e distribuiu-as com sua imagem para garantir-lhes o valor. =>pronome “as” em “distribuiu-as”: referência = as moedas; concordância = as moedas; =>pronome “sua” em “sua imagem”: referência = do imperador (sua imagem = imagem do imperador); concordância = imagem (feminino combinando com feminino); =>pronome “lhes” em “garantir-lhes o valor”: referência = das moedas (garantir-lhes o valor = garantir o valor das moedas); concordância = das moedas (feminino com feminino, plural com plural). TEXTO: A polícia democrática não discrimina, não faz distinções arbitrárias: trata os barracos nas favelas como domicílios invioláveis, respeita os direitos individuais, independentemente de classe, etnia e orientação sexual, não só se atendo aos limites inerentes ao estado democrático de direito, mas entendendo que seu principal papel promovê-lo. 7. No trecho “que seu principal papel é promovê-lo”, o pronome “seu” refere-se a “polícia democrática” e a forma pronominal “lo” refere-se a “estado democrático de direito”. (CESPE, CAIXA, 2014) A moeda, como hoje é conhecida, é o resultado de uma longa evolução. No início, não havia moeda, praticava-se o escambo. Algumas mercadorias, pela sua utilidade, passaram a ser mais procuradas do que outras. Aceitas por todos, assumiram a função de moeda, circulando como elemento trocado por outros produtos e servindo para avaliar-lhes o valor. Eram as moedas- mercadorias. O gado, principalmente o bovino, foi dos mais utilizados. O sal foi outra moeda-mercadoria; de difícil obtenção, era muito utilizado na conservação de alimentos. 8. Em “servindo para avaliar-lhes o valor”, o pronome “lhes”, que retoma “outros produtos”, equivale, em sentido, ao pronome seu. (CESPE, ANTAQ, 2014) TEXTO: Um dos principais desafios para o Brasil é conhecer a Amazônia. Sua vocação eminentemente hídrica impõe, ao longo dos séculos, a necessidade do deslocamento de seus habitantes através dos rios. 9. O pronome “Sua” refere-se ao antecedente “Amazônia”. (CESPE, FUB, 2014) TEXTO: O jornalista está dentro de uma esfera que tem como foco a comunicação em si e não o que se comunica. O foco é uma linguagem acessível, interessante e que chame a atenção do público para comprar e consumir os textos e artigos que são escritos e, se for necessário, ele sacrifica o conteúdo em prol da atenção do público e da linguagem. Já o pesquisador está em uma esfera cujo foco é o conteúdo, o objeto de pesquisa e a pesquisa em si e, muitas vezes, ele sacrifica um grupo extenso de leitores ao empregar linguagem específica, científica e não acessível. Portanto, GRAMÁTICA Prof. MÁRCIO WESLEY www.facebook.com/Gênese-Concursos PORTUGUÊS: GRAMÁTICA PARA SEEDF Página 5 ao escrever, os dois profissionais têm de ter em mente que sua esfera de atividade humana e, por consequência, de comunicação, se torna mais complexa. 10. O pronome “sua” remete ao termo “os dois profissionais”, que, por sua vez, se refere conjuntamente a “O jornalista” e a “o pesquisador”. PRONOME DEMONSTRATIVO SITUAÇÃO 1: FALAR DE OBJETOS EM VOLTA DOS FALANTES. Esta casa onde moro. Essa casa onde você mora. Aquela casa onde ele mora. SITUAÇÃO 2: RESUMIR FRASE NO TEXTO. Quem estuda vence. Isso é importante. Isto é importante: Quem estuda vence. SITUAÇÃO 3: RETOMAR TRECHO DA FRASE ANTERIOR. Os direitos humanos surgem no contexto da Revolução Francesa. Depois desta, aqueles evoluem para direitos sociais. SITUAÇÃO 4: SITUAR FATO NO TEMPO. Este dia que estou vivendo passou logo. Esse dia que passou foi quente. Aquele dia quando nasci era sexta-feira. (CESPE, ICMBIO, 2014) “Ainda prevalece uma visão conservadora sobre o que é educação”, conta a professora. “A natureza possui uma dimensão formadora. Isso subverte a forma de se tratar a relação entre o ser humano e o meio ambiente no cerne de um processo educativo.” 11. O termo ‘Isso’ refere-se à expressão ‘visão conservadora’. (IEMA-ES, advogado) Texto: O destino dos compostos orgânicos no meio ambiente, dos mata-matos aos medicamentos, é largamente decidido pelos micróbios. Esses organismos quebram alguns compostos diretamente em dióxido de carbono (CO2), mas outros produtos químicos permanecem no meio ambiente por anos, absolutamente intocados. 12. O termo “Esses organismos” está empregado em referência a “mata-matos” e “medicamentos”, ambos na mesma linha. (CARIACICA, assistente social) Texto: Em alguns segmentos de nossa sociedade, o trabalho fora de casa é considerado inconveniente para o sexo feminino. É óbvio que a participação de um indivíduo em sua cultura depende de sua idade. Mas é necessário saber que essa afirmação permite dois tipos de explicações: uma de ordem cronológica e outra estritamente cultural. 13. A expressão “essa afirmação” retoma a ideia de que o trabalho fora de casa pode ser considerado inconveniente para as mulheres. (ADASA) TEXTO: Na história da humanidade, a formação de grandes comunidades, com a sobrecarga do meio natural que ela implica, priva cada vez mais os seres humanos de seu acesso livre aos recursos de subsistência de que eles necessitam e recai, necessariamente, sobre a sociedade enquanto sistema de convivência, a tarefa (responsabilidade) de proporcioná-los. Essa tarefa (responsabilidade) é frequentemente negada com algum argumento que põe o ser individual como contrário ao ser social. Isso é falacioso. A natureza é, para o ser humano, o reino de Deus, o âmbito em que encontra à mão tudo aquilo de que necessita, se convive adequadamente nela. 14. O pronome demonstrativo “Isso’ (linha 10) tem como referência anafórica o termo “ser social” (linhas 9 e 10) do período anterior. 15. (ESAF, AFRF) Em relação aos elementos que constituem a coesão do texto abaixo, assinale a opção correta. 1 4 O caráter ético das relações entre o cidadão e o poder está naquilo que limita este último e, mais que isso, o orienta. Os direitos humanos, em sua primeira versão, como direitos civis, limitavam a ação do Estado sobre o indivíduo, em especial na qualidade que este tivesse, de proprietário. Com a extensão dos direitos 7 10 humanos a direitos políticos e sobretudo sociais, aqueles passam – pelo menos idealmente – a fazer mais do que limitar o governante: devem orientar sua ação. Os fins de seus atos devem estar direcionados a um aumento da qualidade de vida, que não se esgota na linguagem dos direitos humanos, mas tem nela, ao menos, sua condição necessária, ainda que não suficiente. a) Em “o orienta” (l. 2), “o” refere-se a “cidadão” (l. 1). b) Em “este tivesse” (l. 5), “este” refere-se a “Estado” (l. 4). c) Em “aqueles passam” (l. 7), “aqueles” refere-se a “direitos políticos” (l. 6). d) “sua ação” (l. 8) e “seus atos” (l. 9) remetem ao mesmo referente: “proprietário” (l. 5). e) “sua condição” (l. 11) refere-se a “um aumento na qualidade de vida” (l. 9-10). TEXTO: Nisto não há nada de espantoso, visto que o discurso — como a psicanálise nos mostrou — não é simplesmente aquilo que manifesta (ou oculta) o desejo; é, também, aquilo que é objeto do desejo; e visto que — isto a história não cessa de nos ensinar — o discurso não é simplesmente aquiloque traduz as lutas ou os sistemas de dominação, mas aquilo por que, pelo que se luta, o poder do qual nos queremos apoderar. 16. O pronome “isto” (linha 14) recupera o sentido do trecho “visto que o discurso (…) desejo” . (linhas 11-13) TEXTO: Na pesquisa ― que envolveu o exame do rótulo de 3.449 alimentos industrializados à venda em uma rede de supermercados ―, Nishida comparou o teor de sódio de alimentos convencionais com o de alimentos com isenção ou redução de nutrientes (IR), incluindo-se aqueles com alegação diet e light. 17. (CESPE, TCE/PB, 2013) O vocábulo “aqueles” refere-se ao termo “alimentos convencionais”. CLASSIFICAÇÃO DA PALAVRA “QUE” PRONOME RELATIVO QUE = O QUAL, A QUAL, OS QUAIS, AS QUAIS: Li um livro QUE tratava de Geoquímica. = Li um livro O QUAL tratava de Geoquímica; CONJUNÇÃO INTEGRANTE QUE = ISSO: Descobrimos QUE havia corrupção = Descobrimos ISSO; PREPOSIÇÃO QUE = DE: Temos QUE estudar. = Temos DE estudar. PREPOSIÇÃO QUE = A: Ainda temos muito QUE estudar. = Ainda temos muito A estudar. TEXTO: A pesquisa revelou que a área do mercado que mais contrata é a construção. 18. (Cespe, STM) As duas ocorrências de “que” possuem a mesma classificação no texto. 19. (CESPE, TCDF, 2014) A palavra “que”, em todas as ocorrências no trecho “Direi somente que se há aqui páginas que parecem meros contos e outras que o não são”, pertence a uma mesma classe gramatical. 20. Os conectivos destacados abaixo pertencem todos à mesma classe de palavras, EXCETO um. Assinale-o. (A) Quem diz que vai para o escritório para trabalhar e não para fazer amigos está enganado. (B) Não estou falando da política “mantenha um sorriso no rosto porque o cliente tem sempre razão”, mas, sim, tentando mostrar que a facilidade em se expressar ou fazer relacionamentos tem peso tão importante quanto uma boa formação acadêmica. (C) O que a intuição de muitos profissionais de recursos humanos já indicava foi comprovado num estudo finalizado no primeiro semestre deste ano pela ISMA-BR (International Stress Management Association no Brasil), associação internacional que estuda o estresse e suas formas de prevenção. (D) Sabe-se que nos Estados Unidos o estresse profissional tem custo estimado em 300 bilhões de dólares ao ano (E) Por aqui, ainda não foi feito o cálculo desta conta, mas acredita-se que temos valores similares ao americano. GRAMÁTICA Prof. MÁRCIO WESLEY www.facebook.com/Gênese-Concursos PORTUGUÊS: GRAMÁTICA PARA SEEDF Página 6 21. (ELETRONUCLEAR) O valor gramatical do vocábulo que, no trecho “...fissão nuclear é a tecnologia que gerou as bombas de Hiroshima e Nagasaki...”, é o mesmo que ele apresenta em (A) “Apesar de hoje se saber que o acidente foi provocado por falhas humanas grosseiras...” (B) “Num mundo em que o aquecimento global é o grande problema” (C) “...uma alternativa menos danosa ao meio ambiente do que as fontes...” (D) “...com a ideia de que a Terra é um organismo vivo” (E) “E acho que o movimento ecológico também deveria atualizar sua visão sobre o tema” QUE => PRONOME INDEFINIDO Que alegrias um filho nos dá! (Quantas alegrias um filho nos dá! -> que = quantas => pronome adjetivo indefinido.) QUE => ADVÉRBIO => apenas advérbio de intensidade. Que inteligente ela é! (Ela é muito inteligente!) Que longe ele trabalha! (Ele trabalha muito longe!) QUE => PARTÍCULA DE REALCE (expletiva) => pode ser retirada da frase, sem causar erro. Que vida agitada que eles levam! (Que vida agitada eles levam!) Que felicidade que ela teve na formatura! (Que felicidade ela teve na formatura!) 22. (BNDES) Acho que foi o Hemingway quem disse que olhava cada coisa à sua volta como se a visse pela última vez. Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio do seu escritório. Quanto às classes de palavras, os elementos destacados nas passagens acima são, respectivamente: (A) conjunção e pronome relativo (B) pronome indefinido e conjunção (C) pronome relativo e advérbio (D) preposição e conjunção (E) partícula de realce e preposição PREPOSIÇÃO + PRONOME RELATIVO Observe: Vi um filme. Você se referiu ao filme. ao filme = a + o filme; vamos trocar “o filme” pelo pronome relativo “que”. Então, “ao filme” vira “a que”. Na frase, vamos escrever: Você se referiu a que. Agora, vamos juntar as duas frases em uma só: Vi um filme A QUE você se referiu. Agora, vamos fazer outra troca na frase: Vi um filme A QUE você se referiu. => Vamos trocar “QUE” por “O QUAL”. Então, vamos ter “A QUE” = “AO QUAL”. Na frase, vamos obter: Vi um filme AO QUAL você se referiu. IMPORTANTE: Preposição obrigatória, porque o verbo exigiu. TREINAMENTO. Transforme as duas frases em uma só, usando pronome relativo e lembrando-se de escrever a preposição. Observe o modelo: Li um livro. Elas gostam do livro. =>Li um livro de que elas gostam. Ou: =>Li um livro do qual elas gostam. a) Conheço um médico. Joana confia no médico. =>________________________________ Ou: =>________________________________ Obs.: médico é pessoa, gente. Então, existe mais uma opção. Veja: Conheço um médico em QUEM Joana confia. b) Conheço um médico. Joana se referiu ao médico. =>_________________________________ Ou: =>_________________________________ Ou: =>___________________________________ c) Era belo o rapaz. Ela dançou com o rapaz. =>______________________________________ Ou: =>______________________________________ Ou: =>________________________________________ d) Encontramos a cobra. Ele foi picado pela cobra. =>_____________________________________ Ou: =>_______________________________________ (BB I, escriturário) Texto: Em meio a uma crise da qual ainda não sabe como escapar, a União Europeia celebra os 50 anos do Tratado de Roma, pontapé inicial da integração no continente. 23. O emprego de preposição em “da qual” atende à regência do verbo “escapar”. TEXTO: A transitoriedade é apontada por Schacter (1999) como um dos “sete pecados” aos quais a memória humana está sujeita e envolve o esquecimento e o empobrecimento de nossas recordações. 24. (CESPE, TJCE, 2014) A correção gramatical do texto seria mantida caso a locução pronominal “aos quais” fosse substituída por que. (CESPE, MTE, 2014) TEXTO: Os aspectos que envolvem a gestão de pessoas têm de ser tratados como parte de uma política de valorização desse ativo, na qual gestores e RH são vasos comunicantes. 25. A expressão “na qual” poderia ser substituída pela expressão em que, sem prejuízo da correção gramatical do texto. TEXTO: Formado em Letras e em Artes Cênicas, Júlio César é o que se pode chamar de artista-docente, expressão utilizada para denominar educadores que trabalham com a linguagem artística em suas práticas pedagógicas. 26. (CESPE, SEE/AL, 2013) Preserva-se a correção gramatical do período ao se substituir o pronome “que” por dos quais como forma de explicitação da relação entre esse pronome e o antecedente “educadores”. (CESPE, MTE, 2014) TEXTO: A carteira de trabalho e previdência social (CTPS) está ligada à relação de trabalho subordinado que corresponde ao vínculo de emprego. 27. No trecho “está ligada à relação de trabalho subordinado que corresponde ao vinculo de emprego”, seria mantida a correção gramatical caso se substituísse o elemento “que” por a que, embora as relações entre os termos da oração fossem alteradas. (PMVTEC, analista) Texto: Na saúde, o município destaca o projeto MONICA — Monitoramento Cardiovascular —, em que se quantificou o risco de a população de Vitória na faixa de 25 a 64 anos ter problemas cardiovasculares. 28. Mantendo-se a correção gramatical do período,o trecho “em que se quantificou” poderia ser reescrito da seguinte maneira: por meio do qual se quantificou. CLASSIFICAÇÃO DA PALAVRA “ONDE” PRONOME RELATIVO “onde = no qual, na qual, nos quais, nas quais, em que”. ADVÉRBIO “onde” indica lugar para o verbo anterior na frase. VEJA: O grupo de teatro se apresentou na Praça do DI, onde o Detran registra mais ocorrências. Depois, o diretor indicou onde o grupo ia prosseguir sua atuação. =>Note que: ...Praça do DI, NA QUAL o Detran registra mais ocorrências então, “onde” é pronome relativo. ...o diretor indicou onde o grupo ia... =>COM VERBO ANTES então, “onde” é advérbio. SUBSTITUIÇÃO DO PRONOME RELATIVO “ONDE”. Observe: Visitei um museu. Existem obras raras no museu. Repare que “no museu” = “em + o museu”; Vamos trocar “o museu” pelo pronome “que”, e assim teremos “em que”; Vamos juntar as duas frases em uma só: GRAMÁTICA Prof. MÁRCIO WESLEY www.facebook.com/Gênese-Concursos PORTUGUÊS: GRAMÁTICA PARA SEEDF Página 7 Visitei um museu EM QUE existem obras raras. Agora vamos trocar “que” por “o qual”. Assim, “EM QUE” vai se tornar “EM + O QUAL”, e o resultado fica: Visitei um museu NO QUAL existem obras raras. Agora note que “museu” é lugar. Então, podemos escrever “onde” para substituir “no qual”. Vamos obter a frase: Visitei um museu ONDE existem obras raras. (CESPE, ICMBIO, 2014) “Fazemos a aproximação por meio de elementos do contexto onde as crianças estão inseridas.” 29. A substituição do vocábulo ‘onde’ pela expressão no qual não comprometeria nem a sintaxe nem a significação do período de que o referido vocábulo faz parte. TEXTO: A situação é mais séria na região Nordeste, especialmente nos estados de Alagoas e Pernambuco, onde a maior parte da floresta original foi substituída por plantações de cana-de-açúcar. Essa pequena ave de dezoito centímetros vive no estrato médio e dossel de florestas bem conservadas e ricas em bromélias, onde procura artrópodes dos quais se alimenta. 30. A correção gramatical e o sentido original do texto seriam preservados caso o vocábulo “onde”, nas duas ocorrências fosse substituído pela expressão em que. TEXTO: Jean Cocteau recebe uma carta de um jovem admirador, de 19 anos de idade, que acaba de fundar um cineclube, que vai estrear com a apresentação de Sangue de um Poeta. 31. (CESPE, TJCE, 2014) Sem prejuízo da correção gramatical e do sentido original do texto, o pronome “que”, em “que vai estrear com a apresentação”, poderia ser substituído por onde. (PMDF, médico) Texto: 1 4 7 10 13 16 Notaria apenas que, em nossos dias, as regiões onde essa grade é mais cerrada, onde os buracos negros se multiplicam, são as regiões da sexualidade e as da política: como se o discurso, longe de ser elemento transparente ou neutro no qual a sexualidade se desarma e a política se pacifica, fosse um dos lugares onde elas exercem, de modo privilegiado, alguns de seus mais temíveis poderes. Por mais que o discurso seja aparentemente bem pouca coisa, as interdições que o atingem revelam logo, rapidamente, sua ligação com o desejo e com o poder. Nisto não há nada de espantoso, visto que o discurso — como a psicanálise nos mostrou — não é simplesmente aquilo que manifesta (ou oculta) o desejo; é, também, aquilo que é objeto do desejo; e visto que — isto a história não cessa de nos ensinar — o discurso não é simplesmente aquilo que traduz as lutas ou os sistemas de dominação, mas aquilo por que, pelo que se luta, o poder do qual nos queremos apoderar. Julgue os itens, relativos às estruturas linguísticas do texto. 32. Preservam-se a correção gramatical e o sentido do texto se o pronome “onde” (L. 1-2) for substituído por as quais. 33. A expressão “no qual” (L. 5) tem como referente a expressão “elemento transparente ou neutro” . ATENÇÃO! A palavra “onde” só pode ser empregada para se referir a lugar. Veja: O sentimento onde ela estava trouxe confusão. “sentimento” não é lugar. Então, incorreto escrever “sentimento onde...” Troque “onde” por “em que” ou “no qual”: O sentimento em que ela estava trouxe confusão. O sentimento no qual ela estava trouxe confusão. (TCE-AC, analista) Há umas ocasiões oportunas e fugitivas, em que o acaso nos inflige duas ou três primas de Sapucaia; outras vezes, ao contrário, as primas de Sapucaia são antes um benefício do que um infortúnio. Era à porta de uma igreja. Eu esperava que as minhas primas Claudina e Rosa tomassem água benta, para conduzi-las à nossa casa, onde estavam hospedadas. 34. Na oração “em que o acaso nos inflige duas ou três primas de Sapucaia”, a substituição de “em que” por onde manteria o sentido original e a correção gramatical do texto. ONDE versus AONDE Observe: Visitei o bairro onde você mora. (Quem mora, mora em...) Visitei o bairro aonde você foi. (Quem foi, foi a...) ENTÃO: AONDE = A + ONDE. CERTO OU ERRADO? 35. A condição onde o país se encontra é tranquila. 36. A condição em que o país se encontra é tranquila. 37. A condição na qual o país se encontra é tranquila. 38. A condição aonde o país se encontra é tranquila. 39. Aonde você mora? 40. Onde você mora? 41. Aonde você foi morar? 42. Onde você foi morar? 43. Diga aonde você vai. 44. Diga onde você vai. 45. O prédio aonde ele fica é novo. 46. O prédio onde ele fica é novo. 47. O prédio o qual ele fica é novo. 48. O prédio no qual ele fica é novo. 49. O prédio em que ele fica é novo. 50. O prédio que ele fica é novo. 51. O prédio cujo ele fica é novo. PRONOME RELATIVO “CUJO, CUJA, CUJOS, CUJAS” SENTIDO DE POSSE: o dono cuja coisa, ou a coisa cujo dono. Observe: Vi um filme. Você elogiou o diretor do filme. Veja: o diretor do filme (posse) o filme cujo diretor. Então, a frase toda fica: Vi um filme CUJO diretor você elogiou. Sem artigo definido. Vi um filme cujas as cenas eram violentas. Vi um filme cujas cenas eram violentas. Referência x Concordância Vi um filme cujas cenas eram violentas. =>um filme -> referência do pronome “cujas” (lembre-se: referência de um pronome é o trecho que ele substituiu) =>cenas -> concordância (variação). Sem substituto culto. Vi um filme que as cenas eram violentas. Vi um filme cujas cenas eram violentas. Vi um filme do qual as cenas eram violentas. Admitido como estrutura correta e com sentido de posse, mas no nível informal. 52. (Cespe, Anatel) Estaria mantida a correção gramatical do trecho “a Internet tem potencial cuja dimensão não deve ser superdimensionada” caso se empregasse o artigo “a” antes do substantivo “dimensão”. TEXTO: Na tentativa de acabar com o inaceitável financiamento privado de pessoas jurídicas para campanhas eleitorais, a Ordem dos Advogados do Brasil entrou no Supremo Tribunal Federal, em 2011, com uma ação direta de inconstitucionalidade contra a legislação que permite a doação de pessoas jurídicas a partidos políticos, para qualquer fim. O argumento é simples e irrefutável: a cidadania é exercida por indivíduos, pessoas físicas, que têm o direito (no Brasil, a obrigação) exclusivo de influir no processo político, por meio do voto. Um cidadão, um voto. Empresa é pessoa jurídica, não vota e não deve interferir no processo eleitoral. (O Estado de S.Paulo, 4/3/2014).QUÃO (CESPE, TJCE, 2014) Considerando que cada uma das opções abaixo apresenta trecho do texto acima — indicado entre aspas —, seguida de uma proposta de reescrita desse trecho, julgue os itens em que a GRAMÁTICA Prof. MÁRCIO WESLEY www.facebook.com/Gênese-Concursos PORTUGUÊS: GRAMÁTICA PARA SEEDFPágina 8 reescrita, além de manter o sentido da informação originalmente apresentada, também preserva a correção gramatical. 53. “que permite a doação” / cuja permite a doação 54. “O argumento” / Aquele argumento TEXTO: Quando se pensa em educação popular, logo se recorre às ideias do educador e escritor Paulo Freire, que, durante toda a sua vida, se dedicou à questão do educar para a vida. 55. (CESPE, SEE/AL, 2013) Na linha 2, o termo “que” poderia ser substituído por cujo, haja vista se tratar de pronome relativo referente ao educador e escritor Paulo Freire. (PREFRB, adm) Texto: À semelhança do Brasil, o Acre compõe-se de uma grande diversidade de povos indígenas, cujas situações frente à sociedade nacional também são muito variadas. 56. A substituição de “cujas” por as quais mantém a correção gramatical do período e as relações lógicas originais. (PMVSEMUS, médico) TEXTO: Preocupam-se mais com a AIDS do que os meninos e as meninas da África do Sul, onde a contaminação segue em ritmo alarmante. Chegam até a se apavorar mais com a gripe do frango do que as crianças chinesas, que conviveram com a epidemia. Esses dados constam de uma pesquisa inédita que ouviu 2.800 crianças com idade entre 8 e 15 anos das classes A e C em catorze países. 57. Preservam-se as ideias e a correção gramatical do texto ao se substituir o pronome “onde” por cuja, apesar de o texto tornar-se menos formal. TEXTO: É preciso sublinhar o fato de que todas as posições existenciais necessitam de pelo menos duas pessoas cujos papéis combinem entre si. O algoz, por exemplo, não pode continuar a sê-lo sem ao menos uma vítima. A vítima procurará seu salvador e este último, uma vítima para salvar. 58. O pronome “cujos” atribui a “pessoas” a posse de uma característica que também pode ser expressa da seguinte maneira: com papéis que combinem entre si. (TRT-1ªR, analista) A raça humana é o cristal de lágrima / Da lavra da solidão / Da mina, cujo mapa / Traz na palma da mão. 59. A respeito do emprego dos pronomes relativos, assinale a opção CORRETA. (A) É correto colocar artigo após o pronome relativo cujo (cujo o mapa, por exemplo). (B) O relativo cujo expressa lugar, motivo pelo qual aparece no texto ligado ao substantivo mapa na expressão “cujo mapa”. (C) O pronome cujo é invariável, ou seja, não apresenta flexões de gênero e número. (D) O pronome relativo quem, assim como o relativo que, tanto pode referir-se a pessoas quanto a coisas em geral. (E) O pronome relativo que admite ser substituído por o qual e suas flexões de gênero e número. (TRT 9R, analista) Texto: Relação é uma coisa que não pode existir, que não pode ser, sem que haja uma outra coisa para completá-la. Mas essa “outra coisa” fica sendo essencial dela. Passa a pertencer à sua definição específica. Muitas vezes ficamos com a impressão, principalmente devido aos exemplos que são dados, de que relação seja algo que “une”, que “liga” duas coisas. 60. Os pronomes “essa” e “dela” são flexionados no feminino porque remetem ao mesmo referente do pronome em “completá- la”. 61. Preservam-se a correção gramatical e a coerência textual, ao se retirar do texto a expressão “que são”. FORMA REDUZIDA DE PRONOME DEMONSTRATIVO O(S) = AQUELE(S): O livro que você trouxe não é o que pedi. => o que pedi = aquele que pedi. O = AQUILO: Não sei o que aconteceu. => o que aconteceu = aquilo que aconteceu. A(S) = AQUELA(S): As revistas que você trouxe não são as que pedi. => as que pedi = aquelas que pedi. (MS, agente) Texto: “Tempo é Vida” é o bordão da campanha, que expressa o apelo daqueles que estão à espera de um transplante. 62. A substituição de “daqueles” por dos prejudica a correção gramatical e a informação original do período. TEXTO: Nisto não há nada de espantoso, visto que o discurso — como a psicanálise nos mostrou — não é simplesmente aquilo que manifesta (ou oculta) o desejo; é, também, aquilo que é objeto do desejo; e visto que — isto a história não cessa de nos ensinar — o discurso não é simplesmente aquilo que traduz as lutas ou os sistemas de dominação, mas aquilo por que, pelo que se luta, o poder do qual nos queremos apoderar. 63. O pronome “aquilo” pode ser substituído por o, sem prejuízo do sentido original e de correção gramatical. 64. (CESPE, TJCE, 2014) O elemento “que” recebe a mesma classificação em “não recolhas tudo o que escrever esta pena vadia” e em “podem cuidar que te confio cuidados de amor”. 65. (IADES, 2016, CRESS-MG) No que se refere ao emprego de pronomes no texto, assinale a alternativa correta. a) Na linha 4, o pronome relativo “cujo” remete ao termo antecedente “Plan International Brasil” (linha 1), com o qual concorda em gênero e número. b) Na linha 13, a expressão “em que”, constituída pela preposição “em” seguida pelo pronome relativo “que”, remete ao antecedente “sonhos e superações” (linhas 12 e 13). c) Na linha 14, o termo “no qual” poderia ser substituído corretamente por em que, sem alteração de sentido e sem prejuízo gramatical para o texto. d) Na linha 18, o pronome “que” se refere ao substantivo “gênero”, termo que leva a forma verbal “acaba” a ser empregada no singular. e) Na linha 24, o pronome relativo “que” (em “que já sofreu”) remete ao termo antecedente “uma” (linha 23) (em “uma conhece”). GRAMÁTICA Prof. MÁRCIO WESLEY www.facebook.com/Gênese-Concursos PORTUGUÊS: GRAMÁTICA PARA SEEDF Página 9 COLOCAÇÃO DOS PRONOMES OBLÍQUOS ÁTONOS: me, te, se, nos, vos, o, a, lhe. Não iniciar oração: Lhe fiz uma pergunta. Fiz-lhe uma pergunta. Se prepare para a prova. Prepare-se para a prova. Me contaram essa notícia. Contaram-me essa notícia. Não escrever após verbo no futuro: Farei-lhe uma pergunta. Far-lhe-ei uma pergunta. Teria-nos dado uma ajuda. Ter-nos-ia dado uma ajuda. Não escrever após verbo no particípio (-ado/-ido/-to/-so): Ela havia chamado-me. Ela havia-me chamado. OU: Ela havia me chamado. Pronome antes do verbo: PRÓCLISE. Ex.: Eu te amo. Pronomes depois do verbo: ÊNCLISE. Ex.: Eu amo-te. Pronome no meio do verbo: MESÓCLISE. Ex.: Ajudar-te-ei. PRÓCLISE OBRIGATÓRIA: LISTA DE PALAVRAS ATRATIVAS D Pronomes demonstrativos. N Negações (nada, nem, jamais, ninguém, nunca, não...) A Advérbios (aqui, agora, muito, bem, sempre...) R Pronomes relativos I Interrogação, pronomes indefinidos (tudo, todos, algo, qualquer...) S Subordinação (que, se, quando, como...) E Exclamação, em + pronome + gerúndio) TREINAMENTO. Julgue quanto à colocação pronominal. 66. ( ) Jamais devolver-te-ei aquela fita. 67. ( ) Deus pague-lhe esta caridade! 68. ( ) Tenho dedicado-me ao estudo das plantas. 69. ( ) Ali fazem-se docinhos e salgadinhos. 70. ( ) Te amo, Maria! 71. ( ) Algo vos perturba? COLOCANDO PRONOMES NA LOCUÇÃO VERBAL COM PALAVRA ATRATIVA: Eu sei que te vou ajudar. Eu sei que vou te ajudar. Ei sei que vou ajudar-te. SEM PALAVRA ATRATIVA: Eu te vou ajudar. Eu vou te ajudar. Eu vou ajudar-te. QUESTÕES DE COLOCAÇÃO PRONOMINAL TEXTO: Então, poderíamos aprender a construir coisas que realmente duram — ou que se decompõem de uma forma “verde”. Com as técnicas de simulação em laboratórios de que dispomos atualmente, por exemplo, não se pode prever como será o desempenho da bateria de um carro elétrico nos próximos quinze anos. 72. (CESPE, ICMBIO, 2014) Em “se decompõem” e “se pode”, o pronome “se” poderia ser posposto à forma verbal — decompõem-se e pode-se —, sem prejuízo para a correção gramatical do texto. (CESPE, ICMBIO, 2014) “Não se trata de educar o ser humano para o domínio e a apropriaçãoda natureza, mas de educar a humanidade para ser capaz de trocar e de aprender com ela”. 73. O pronome átono ‘se’, em ‘não se trata’, poderia, opcionalmente, ocorrer após o verbo, escrevendo-se não trata- se, sem comprometer a fidelidade do texto à norma da língua na modalidade escrita formal. TEXTO: A ANATEL anunciou novas regras para os serviços de telefonia fixa e móvel, banda larga e televisão por assinatura, que buscam melhorar a transparência das empresas com seus clientes e ampliar os direitos dos últimos em relação à oferta de serviços. O item abaixo apresenta uma proposta de reescrita de trecho do texto. Julgue-o com relação à correção gramatical e à preservação da informação prestada no texto original. 74. “que buscam (...) serviços”: as quais visam melhorar a transparência das empresas com seus clientes e ampliar os seus direitos no que refere-se à oferta de serviços. 75. (CESPE, ICMBIO, 2014) Na oração “ele se destacou entre os colegas”, é obrigatório o uso do pronome “se” em posição pré- verbal, devido ao fator atrativo exercido pelo elemento que o antecede. TEXTO: Venezuela e Argentina, por sua vez, começam a se parecer com casos econômicos sem solução. 76. (CESPE, CADE, 2013) Em “começam a se parecer”, o pronome “se” poderia ser deslocado para imediatamente após a forma verbal “parecer”, escrevendo-se começam a parecer-se. TEXTO: E motivação política, isso então nem se fala. A missão Shenzhou VII, por exemplo, aproveitou a onda ufanista da Olimpíada. 77. (CESPE, TJSE, 2014) No segmento “isso então nem se fala”, a posição do pronome “se” justifica-se pela presença de palavra de sentido negativo. TEXTO: O malogro da educação liberal-capitalista nos aflige como, em outro contexto, nos teria afligido um projeto de educação totalitária. 78. (CESPE, CADE, 2013) No trecho “nos teria afligido um projeto de educação totalitária”, o pronome “nos” poderia ser corretamente empregado imediatamente após a forma verbal “teria”, escrevendo-se teria-nos. TEXTO: Podemos perceber que a ideia de polícia está intimamente ligada à noção de política. Não há como dissociá-las. 79. (CESPE, CÂMARA, 2014) O trecho “Não há como dissociá-las” poderia ser corretamente reescrito de diferentes maneiras, a exemplo das seguintes: É impossível separá-las; Não há forma de as dissociar; Não separam-se. TEXTO: Apenas se coloca uma questão: os riscos de acidente aumentam. 80. (CESPE, PRF, 2013) Devido à presença do advérbio “apenas”, o pronome “se” poderia ser deslocado para imediatamente após a forma verbal “coloca” da seguinte forma: coloca-se. TEXTO: Não por menos, tal massa de compradores se converteu na locomotiva da economia brasileira. 81. (CESPE, MTE, 2014) Na linha 12, o pronome “se” poderia ser deslocado para imediatamente após a forma verbal “converteu”, escrevendo-se converteu-se, sem prejuízo da correção gramatical do texto. TEXTO: É o medo que engendra a omissão, o não importar-se com o que ocorra, ou o não assumir-se em nada. 82. (CESPE, STF, 2013) No trecho “o não importar-se com o que ocorra”, é opcional a colocação do pronome “se” antes de “importar-se”: o não se importar com o que ocorra. TEXTO: A vida do Brasil colonial era regida pelas Ordenações Filipinas, um código legal que se aplicava a Portugal e seus territórios ultramarinos. Com todas as letras, as Ordenações Filipinas asseguravam ao marido o direito de matar a mulher caso a apanhasse em adultério. 83. (CESPE, TJSE, 2014) Não haveria prejuízo para a correção gramatical do texto caso os pronomes “se” e “a” fossem deslocados para imediatamente após as formas verbais “aplicava” e “apanhasse”, escrevendo-se que aplicava-se e caso apanhasse-a, respectivamente. GRAMÁTICA Prof. MÁRCIO WESLEY www.facebook.com/Gênese-Concursos PORTUGUÊS: GRAMÁTICA PARA SEEDF Página 10 84. (CESPE, TCU, 2015) A posição da partícula “se” em relação às formas verbais “relaciona” (L.7) e “inter-relaciona” (L.11) é explicada com base na mesma regra de colocação pronominal. 85. (IADES, 2014, SEAP-DF) De acordo com a norma-padrão e as questões gramaticais que envolvem o trecho “Frustrei-me por não ver o Escola”, é correto afirmar que a) “me” poderia ser deslocado para antes do verbo que acompanha. b) “me” deveria obrigatoriamente ser deslocado para antes do verbo que acompanha. c) a ênclise em “Frustrei-me” e´ facultativa. d) a inclusão do advérbio “Não”, no início da oração “Frustrei-me”, tornaria a próclise obrigatória. e) a ênclise em “Frustrei-me” e´ obrigatória. 86. (IADES, 2016, CEITEC S.A.) Assinale a alternativa que apresenta outra redação para o período “O problema é que essa determinação quase nunca é cumprida” (linhas 18 e 19), que está de acordo com as regras de colocação pronominal prescritas pela norma-padrão. a) O problema é que entende-se que essa determinação quase nunca é cumprida. b) O problema é que quase nunca se cumpre essa determinação. c) Me ocorre que o problema é que essa determinação quase nunca é cumprida. d) Aqui acha-se que o problema é que essa determinação quase nunca é cumprida. e) Se sabe que o problema é que essa determinação quase nunca é cumprida. 87. (IADES, 2014, TRE-PA) Considerando a oração destacada no período “Chegam, sentam-se por poucos minutos, rabiscam códigos indecifráveis em seus cadernos e saem.”, assinale a alternativa correta, com relação à norma padrão. a) A próclise é facultativo. b) A mesóclise é obrigatório. c) A ênclise é facultativo. d) A próclise é proibido. e) A ênclise é proibido. ============================================== Editais: Emprego / correlação de tempos e modos verbais. Vozes verbais e palavra “se”. Coerência textual. ASSUNTO A ESTUDAR: TEMPOS E MODOS VERBAIS VERBO é palavra variável que expressa ação (estudar), posse (ter, possuir), fato (ocorrer), estado (ser, estar) ou fenômeno (chover, ventar), situados no tempo: chove agora, choveu ontem, choverá amanhã. CONJUGAÇÃO é a distribuição dos verbos em sistemas conforme a terminação do infinitivo: -ar cantar, estudar: primeira conjugação; -er ver, crer: segunda conjugação; -ir dirigir, sorrir: terceira conjugação. As vogais “a, e, i” dessas terminações chamam-se vogais temáticas. Somente “pôr” e derivados (compor, repor) ficam sem vogal temática no infinito, mas têm nas conjugações: põe, pusera etc. RADICAL é a parte invariável do verbo no infinitivo, retirada a vogal temática e a desinência “-r”: cant-, cr-, dirig- TEMA é a junção da vogal temática ao radical: canta-, cre-, dirigi- RIZOTÔNICA é a forma verbal com vogal tônica no radical: estUda, vIvo, vImos. ARRIZOTÔNICA é a forma verbal com vogal tônica fora do radical: estudAmos, vivEis, virIam. FLEXÃO VERBAL pode ser de número (singular e plural), de pessoa (primeira, segunda, terceira) ou de tempo e modo. Flexão de número: no singular, eu aprendo, ele chega; no plural, nós aprendemos, eles chegam. Flexão de pessoa: na primeira pessoa, ou emissor da mensagem, eu canto, nós cantamos; eu venho, nós vimos. Na segunda pessoa, o receptor da mensagem, tu cantas, vós cantais; tu vens, vós viestes. Obs.: Quando “vós” se refere a uma só pessoa, indica singular apesar de tomar a flexão plural: Senhor, Vós que sois todo poderoso, ouvi minha prece. FLEXÃO DE TEMPO situa o momento do fato: presente, pretérito e futuro. São três TEMPOS PRIMITIVOS: infinitivo impessoal, presente do indicativo e pretérito perfeito simples do indicativo. DERIVAÇÕES: 1) Do infinitivo impessoal, surge o pretérito imperfeito do indicativo, o futuro do presente do indicativo, o futuro do pretérito do indicativo, o infinitivo pessoal, ogerúndio e o particípio. 2) Da primeira pessoa do singular (eu) do presente do indicativo, temos o presente do subjuntivo. 3) Da terceira pessoa do plural do pretérito perfeito simples do indicativo, obtemos o pretérito mais que perfeito do indicativo, o pretérito imperfeito do subjuntivo e o futuro do subjuntivo. Os tempos podem assumir duas formas: a) Simples: um só verbo: Estudo Francês. Terminamos o livro. Faremos revisão. b) Composto: verbos “ter” ou “haver” com particípio: tenho estudado, tínhamos estudado, haveremos feito. FLEXÃO DE MODO MODO indica atitude do falante e condições do fato: GRAMÁTICA Prof. MÁRCIO WESLEY www.facebook.com/Gênese-Concursos PORTUGUÊS: GRAMÁTICA PARA SEEDF Página 11 MODO INDICATIVO traduz geralmente a segurança: Estudei. Não agi mal. Amanhã chegarão os convites. TEMPOS DO MODO INDICATIVO a) Presente: basicamente significa o fato realizado no momento da fala. Ex.: Ele estuda Francês. A prova está fácil. Pode significar também: 1. Permanência: O Sol nasce no Leste. José é pai de Jesus. A Constituição exige isonomia. 2. Hábito: Márcio leciona Português. Vou ao cinema todos os domingos. 3. Passado histórico: Cabral chega ao Brasil em 1500. Militares governam o Brasil por 20 anos. 4. Futuro próximo: Amanhã eu descanso. No próximo ano, o país tem eleições. 5. Pedido: Você me envia os pedidos do memorando amanhã. O presente dos verbos regulares se forma com adição ao radical das terminações: 1. a conjugação: -o, -as, -a, -amos, -ais, -am. Canto, cantas, canta, cantamos, cantais, cantam. 2. a conjugação: -o, -es, -e, -emos, -eis, -em. Vivo, vives, vive, vivemos, viveis, vivem. 3. a conjugação: -o, -es, -e, -imos, -is, -em. Parto, partes, parte, partimos, partis, partem. b) Pretérito imperfeito: Passado em relação ao momento da fala, mas simultâneo em relação a outro fato passado. Pode significar: 1. Hábitos no passado: Quando jogava no Santos, Pelé fazia gols espetaculares. 2. Descrição no passado: Ela parecia satisfeita. A estrada fazia uma curva fechada. 3. Época: Era tempo da seca quando Fabiano emigrou. 4. Simultaneidade: Paulo estudava quando cheguei. Estava conversando quando a criança caiu. 5. Frequência, causa e consequência: Eu sorria quando ela chegava. 6. Ação planejada, mas não feita: Eu ia estudar, mas chegou visita. Pretendíamos chegar cedo, mas houve congestionamento. 7. Fábulas, lendas: Era uma vez um professor que cantava... 8. Fato preciso, exato: Duas horas depois da prova, o gabarito saía no site da banca. O imperfeito se forma com adição ao radical das terminações a seguir (exceto ser, ter, vir e pôr): 1. a conjugação: -ava, -avas, -ava, -ávamos, -áveis, -avam. Cantava, cantavas, cantava, cantávamos, cantáveis, cantavam. 2. a e 3. a conjugação: -ia, -ias, -ia, -íamos, -íreis, -iam. Vivia, vivias, vivia, vivíamos, vivíeis, viviam. c) Pretérito perfeito simples: Ação passada terminada antes da fala. Forma-se, nos verbos regulares, com adição ao radical das terminações: 1. a conjugação: -ei, -aste, -ou, -amos, -astes, -aram. Cantei, cantaste, cantou, cantamos, cantastes, cantaram. 2. a conjugação: -i, -este, -eu, -emos, -estes, -eram. Vivi, viveste, viveu, vivemos, vivestes, viveram. 3. a conjugação: -i, -iste, -iu, -imos, -istes, -iram. Parti, partiste, partiu, partimos, partistes, partiram. d) Pretérito perfeito composto: Indica repetição ou continuidade do passado até o presente: Tenho feito o melhor possível. Não temos nos prejudicado. Forma-se com o presente do indicativo de TER (ou HAVER) mais o particípio. e) Pretérito mais que perfeito simples: Fato concluído antes de outro no passado. Usa-se: 1. Em situações formais na escrita: Já explicara o conteúdo na aula anterior. 2. Para substituir o imperfeito do subjuntivo: Comportou-se como se fora (=fosse) senhora das terras. 3. Em frases exclamativas: Quem me dera trabalhar no Senado. Forma-se trocando o final –ram (cantaram, viveram, partiram) por: - ra, -ras, -ra, -ramos, -reis, -ram. Cantara, cantaras, cantara, cantáramos, cantáreis, cantaram. Vivera, viveras, vivera, vivêramos, vivêreis, viveram. Partira, partiras, partira, partíramos, partíreis, partiram. f) Pretérito mais que perfeito composto: O mesmo sentido da forma simples. Usado na língua falada e também na escrita, sem causar erro, nem diminuir o nível culto: Já tinha explicado o conteúdo na aula anterior. Forma-se com o imperfeito de TER ou HAVER mais o particípio: havia explicado, tinha vivido (=vivera), havia partido (partira). g) Futuro do presente simples: Fato posterior em relação à fala: Trabalharei no Senado em dois anos. E também: 1. Fatos prováveis, condicionados: Se os juros caírem, existirá mais consumo. 2. Incerteza, dúvida: Será possível uma coisa dessas? Por que estarei aqui? Forma-se com adição ao infinitivo das seguintes terminações: -ei, -ás, -á, -emos, -eis, -ão. Cantarei, cantarás, cantará, cantaremos, cantareis, cantarão. Viverei, viverás, viverá, viveremos, vivereis, viverão. Partirei, partirás, partirá, partiremos, partireis, partirão. (Exceto fazer, dizer e trazer, que mudam o “z” em “r”.) Obs.: Locuções verbais substituem o futuro do presente simples. Veja: Com ideia de intenção: Hei de falar com ele até domingo. Com ideia de obrigação: Tenho que falar com ele até domingo. Com ideia de futuro próximo ou imediato: verbo “ir” mais infinitivo (exceto ir e vir): Que fome! Vou almoçar. Corre, que o carro vai sair. (vou ir, vou vir – erros) h) Futuro do presente composto: Indica: 1. Futuro realizado antes de outro futuro: Já teremos lido o livro quando o professor perguntar. 2. Possibilidade: Já terão chegado? Forma-se com o futuro do presente de ter (ou haver) mais o particípio: teremos lido, haveremos lido. i) Futuro do pretérito simples: 1. Futuro em relação a um passado: Ele me disse que estaria aqui até as 17h. 2. Hipóteses, suposições: Iríamos se ele permitisse. 3. Incerteza sobre o passado: Quem poderia com isso? Ele teria 25 anos quando se formou. 4. Surpresa ou indignação: Nunca aceitaríamos tal humilhação! Seria possível uma crise assim? 5. Desejo presente de modo educado: Gostariam de sair conosco? Poderia me ajudar? Forma-se com adição ao infinitivo de: -ia, -ias, -ia, -íamos, -íeis, -iam. Cantaria, cantarias, cantaria, cantaríamos, cantaríeis, cantariam. Viveria, viverias, viveria, viveríamos, viveríeis, viveriam. (Exceto fazer, dizer, trazer, que trocam “z” por “r”: faria, diria, traria.) Futuro do pretérito composto: suposição no passado: Se os juros caíssem, o consumo teria aumentado. Incerteza no passado: Quando teriam entregado as notas? Possibilidade no passado: Teria sido melhor ficar. Forma-se com o futuro do pretérito simples de ter (ou haver) mais o particípio: teria aumentado, teriam entregado. MODO SUBJUNTIVO traduz Incerteza, dúvida, possibilidade. Usado sobretudo em orações subordinadas: Quero que ele venha logo. Gostaria que ele viesse logo. Será melhor se ele vier a pé. GRAMÁTICA Prof. MÁRCIO WESLEY www.facebook.com/Gênese-Concursos PORTUGUÊS: GRAMÁTICA PARA SEEDF Página 12 TEMPOS DO MODO SUJUNTIVO a) Presente: indica presente ou futuro: É pena que o país esteja em crise.(presente) Espero que os empregos voltem.(futuro) Forma-se trocando o final “-o” do presente (canto, vivo, parto) por: 1. a conjugação: -e, -es, -e, -emos, -eis, -em. Cante, cantes, cante, cantemos, canteis, cantem. 2. a e 3. a conjugação: -a, -as, -a, -amos, -ais, -am. Viva, vivas, viva, vivamos, vivais, vivam. EXCEÇÃO:dar, ir, ser, estar, querer, saber, haver. Dê, dês, dê, demos, deis, deem; vá, vás, vá, vamos, vais, vão; seja...; queira...; saiba...; haja... b) Pretérito imperfeito: ação simultânea ou futura: Duvidei que ele viesse. Eu queria que ele fosse logo. Gostaríamos que eles trouxessem os livros. Forma-se trocando o final “-ram” do perfeito simples do indicativo (cantaram, viveram, partiram) por: -sse, -sses, -sse, -ssemos, -sseis, - ssem. Cantasse, cantasses, cantasse, cantássemos, cantásseis, cantassem; vivesse...; partisse... Pretérito perfeito: suposta conclusão antes do tempo da fala: Talvez ele tenha chegado. Duvido que ela tenha saído sozinha. Suposta conclusão antes de um futuro: É possível que ele já tenha chegado quando vocês voltarem. Forma-se com o presente do subjuntivo de ter (ou haver) mais o particípio: tenha chegado, tenha saído. c) Pretérito mais que perfeito: passado suposto antes de outro passado: Se tivessem lido o aviso, não se atrasariam. Forma-se com o imperfeito do subjuntivo de ter (ou haver) mais o particípio: tivessem lido. d) Futuro simples: suposição no futuro: Posso aprender o que quiser. Poderei aprender o que quiser. Forma-se trocando o final “-ram” do perfeito do indicativo (cantaram, viveram, partiram) por: r, res, r, rmos, rdes, rem. Quando/que/se cantar, cantares, cantar, cantarmos, cantardes, cantarem. Quando/que/se viver, viveres, viver, vivermos, viverdes, viverem. e) Futuro composto: futuro suposto antes de outro: Isso será resolvido depois que tivermos recebido a verba. Forma-se com o futuro simples do subjuntivo de ter (ou haver) mais o particípio: tivermos recebido. MODO IMPERATIVO expressa ordem, conselho, convite, súplica, pedido, a depender da entonação da voz. Dirige-se aos ouvintes apenas: tu, você, vós, vocês. Quando o falante se junta ao ouvinte, usa-se a primeira pessoa plural (nós): cantemos, vivamos. O imperativo pode ser suavizado com: a) Presente do indicativo: Você me ajuda amanhã. b) Futuro do presente: Não matarás, não furtarás. c) Pretérito imperfeito do subjuntivo: Se você falasse baixo! d) Locução com imperativo de ir mais infinitivo: Felipe rasgou a roupa; não vá brigar com ele. e) Expressões de polidez (por favor, por gentileza etc.): Feche a porta, por favor. f) Querer no presente ou imperfeito (interrogação), ou imperativo, mais infinitivo: Quer calar a boca? Queria calar a boca? Queira calar a boca. g) Infinitivo (tom impessoal): Preencher as lacunas com a forma verbal adequada. O imperativo pode ser reforçado: a) Com repetição: Saia, saia já daqui! b) Advérbio e expressões: Venha aqui! Repito outra vez, fique quieto! Suma-se, seu covarde! O imperativo pode ser: a) Afirmativo 1. Tu e vós vêm do presente do indicativo, retirando-se “-s” final: deixa (tu), deixai (vós). Exceção: “ser” forma sê (tu) e sede (vós). Verbo “dizer” e terminados em “-azer” e “-uzir” podem perder “- es” ou só “-s”: diz/dize (tu), traz/traze (tu), traduz/traduze (tu). 2. Você, nós e vocês vêm do presente do subjuntivo: deixe (você), deixemos (nós), deixem (vocês). Verbos sem a pessoa “eu” no presente indicativo terão apenas tu e vós: abole (tu), aboli (vós). b) Negativo Copia exatamente o presente do subjuntivo: não deixes tu, não deixe você, não deixemos nós, não deixeis vós, não deixem vocês. Verbos sem “eu” no presente indicativo não possuem imperativo negativo. FORMAS NOMINAIS não exprimem tempo nem modo. Valores de substantivo ou adjetivo. São: infinitivo, gerúndio e particípio. a) INFINITIVO é a pura ideia da ação. 1. Infinitivo impessoal: não se refere a uma pessoa, nenhum sujeito próprio. Ex.: É agradável viajar. Posso falar com João. Usos: Como sujeito: Navegar é preciso, viver não é preciso. Como predicativo: Seu maior sonho é cantar. Objeto direto: Admiro o cantar dos pássaros. Objeto indireto: Gosto de viajar. Adjunto adnominal: Comprei livros de desenhar. Complemento nominal: Este livro é bom de ler. Em lugar do gerúndio: Estou a pensar (=Estou pensando). Valor passivo: O dano é fácil de reparar. Frutas boas de comer. Tom imperativo: O que nos falta é estudar. DUAS FORMAS DO INFINITIVO IMPESSOAL: SIMPLES (valor de presente). Ações de aspecto não concluído: Estudar Português ajuda em todas as provas. Perder o jogo irrita. COMPOSTO (passado). Ações de aspecto concluído: Ter estudado Português ajuda nas provas. Ter perdido o jogo irrita. 2. Infinitivo pessoal: refere-se a um sujeito próprio. Ex.: Não estudou para errar. Não estudei para errar. Não estudamos para errarmos. Não estudaram para errarem. Usos: Mesmo sujeito: Para nós sermos pássaros, precisamos de imaginação. Sujeitos diferentes: (Eu) Ouvi os pássaros cantarem. (eu x os pássaros) Preposicionado: Nós lhes dissemos isso por sermos amigos. Nós lhes dissemos por serem amigos. Sujeito indeterminado: Naquela hora ouvi chegarem. Duas formas do infinitivo pessoal: SIMPLES (presente). Aspecto não concluído: Por chegarmos cedo, estamos em dia. Por chegarmos cedo, obtivemos uma vaga. COMPOSTO (passado). Aspecto concluído: Por termos chegado cedo, estamos em dia. Por termos chegado cedo, obtivemos uma vaga. b) GERÚNDIO é processo em ação. Papel de adjetivo ou de advérbio: Chegou com os olhos lacrimejando. Vi-o cantando. Usos: 1. Início da frase para: I) ação anterior encerrada (Jurando vingança, atacou o ladrão.); II) ação anterior e continuada (Fechando os olhos, começou a imaginar a festa.). 2. Após um verbo, para ação simultânea: Saí cantando. Morreu jurando inocência. 3. Ação posterior: Os juros subiram, reduzindo o consumo. DUAS FORMAS DE GERÚNDIO: SIMPLES (presente): aspecto não concluído. Ex.: Sorrindo, olha para o pai. Ignorando os perigos, continuou na estrada. => Forma-se trocando o “-r” do infinitivo por “-ndo”. GRAMÁTICA Prof. MÁRCIO WESLEY www.facebook.com/Gênese-Concursos PORTUGUÊS: GRAMÁTICA PARA SEEDF Página 13 COMPOSTO (passado): aspecto de ação concluída. Ex.: Tendo sorrido, olhou para o pai. Tendo compreendido os perigos, abandonou a estrada. c) PARTICÍPIO Com verbo auxiliar: 1. Ter ou haver, locução verbal chamada tempo composto (não varia em gênero e número): A polícia tem prendido mais traficantes. Já havíamos chegado quando você veio. 2. Ser ou estar, locução verbal (varia em gênero e número): Muitos ladrões foram presos pela milícia. Os corruptos estão presos. Sem verbo auxiliar: Estado resultante de ação encerrada: Derrotados, os soldados não ofereceram resistência. Forma-se trocando o “-r” do infinitivo por “-do”: beber=>bebido, aparecer=> aparecido, cantar=>cantado. ATENÇÃO! Vir e derivados têm a mesma forma no gerúndio e no particípio: Tenho vindo aqui todo dia. (particípio) Estou vindo aqui todo dia. (gerúndio) Se apenas estado, trata-se de adjetivo: A criança assustada não dorme. Pode ser substantivado: A morta era inocente. Muitos mortos são enterrados como indigentes. VOZ VERBAL Verbos que indicam ação admitem voz ativa, voz passiva, voz reflexiva. A voz verbal consiste em uma atitude do sujeito em relação à ação do verbo. LEMBRETE! Sujeito é o assunto da oração. Não precisa ser o praticante da ação. 1. Voz ativa: o sujeito só pratica ação. O governo aumentou os juros. 2. Voz passiva: o sujeito só recebe ação. Os juros foram aumentados pelo governo. NOTE que o sentido se mantém nas duas frases acima. Há dois tipos de voz passiva: a) Passiva analítica: com verbo ser (passiva de ação) ou estar (passiva de estado): Os juros foram aumentados pelo governo. O ladrão foi preso pelos guardas. O ladrão está preso. REPARE: O agente da voz passiva (pelo governo, pelos guardas) indica o ser quepratica a ação sofrida pelo sujeito. Preposição “por” ou “de”: Ele é querido de todos. Locuções na voz passiva analítica: temos sido amados. Tenho sido amado. Estou sendo amado. b) Passiva sintética: a partícula apassivadora “se” com verbo transitivo direto (não pede preposição): Não se revisou o relatório = O relatório não foi revisado. 3. Voz reflexiva: o sujeito pratica e recebe ação. Ocorre pronome oblíquo reflexivo (me, te, se, nos, vos): Eu me lavei. Ele se feriu com facas. Nós nos arrependemos tarde. CLASSIFICANDO VERBOS VERBOS CONFORME A FUNÇÃO: a) Principal é sempre o último verbo de uma locução (verbos com o mesmo sujeito): Devo estudar. Comecei a sorrir. b) Auxiliares são os verbos anteriores na locução. Servem para matizar aspectos da ação do verbo principal: ser, estar, ter, haver, ir, vir, andar. Devo estudar. Comecei a sorrir. O carro foi lavado. Temos vivido. Ando estudando. Vou lavar. 1. SER: forma a voz passiva de ação. O livro será aberto pelo escolhido. 2. ESTAR: Na voz passiva de estado: O livro está aberto. Com gerúndio, ação duradoura num momento preciso: Estou escrevendo um livro. 3. TER e HAVER Nos tempos compostos com particípio: Já tinham (ou haviam) aberto o livro. Se tivesse (ou houvesse) ficado, não perderia o trem. Com preposição “de” e infinitivo, sentido de obrigação (ter) ou de promessa (haver): Tenho de estudar mais. Hei de chegar cedo amanhã. 4. IR Com gerúndio, indicando: – ação duradoura: O professor ia entrando devagar. – ação em etapas sucessivas: Os alunos iam chegando a pé. No presente do indicativo mais infinitivo, indicando intenção firme ou certeza no futuro próximo: Vou encerrar a reunião. Corra! O avião vai decolar! 5. VIR Com gerúndio, indica: – ação gradual: Venho estudando este fenômeno há tempo. – duração rumo à nossa época ou lugar: Os alunos vinham chegando, quando o sinal tocou. Com infinitivo, sentido de resultado final: Viemos a descobrir o culpado mais tarde. 6. ANDAR, com gerúndio, sentido de duração, continuidade: Ando estudando muito. Ele anda escrevendo livros. VERBOS CONFORME A FLEXÃO: regular, irregular, defectivo e abundante. a) REGULAR: o radical e as terminações do padrão de cada conjugação não mudam letra e som. Pode até mudar letra, mas o som permanece: agir=>ajo, agi, agirei; ficar=>fico, fiquei, ficarei; tecer=>teço, teci, tecerei. b) IRREGULAR: o radical e ou as terminações mudam letra e som. Não basta mudar letra. Deve mudar também o som: fazer=>faço, fiz, farei. Obs.: Fazer é capaz de substituir outro verbo na sequência de frases. Veja: Gostaríamos de reverter o quadro do país como fez (=reverteu) o governo anterior. (verbo vicário) c) DEFECTIVO: não possui certas formas, em razão de eufonia ou homofonia. Grupo 1: impessoais e unipessoais, conjugados apenas na terceira pessoa. Indicam fenômenos da natureza, vozes de animais, ruídos, ou pelo sentido não admitem certas pessoas. Ex.: chover, zurrar, zunir. Grupo 2: verbos sem a primeira pessoa do singular no presente do indicativo e suas derivadas: abolir, jungir, puir, soer, demolir, explodir, colorir. Grupo 3: adequar, doer, prazer, precaver, reaver, urgir, viger, falir. d) ABUNDANTE: possui mais de uma forma correta. Diz/dize, faz/faze, traz/traze, requer/requere, tu destruis/destróis, tu construis/constróis, nós hemos/havemos. A maioria possui duplo particípio: Tinha expulsado os invasores. Os invasores foram expulsos. A gráfica havia imprimido o livro. O livro está impresso. Tínhamos entregado a encomenda. A encomenda será entregue. Como regra: ter e haver pedem o particípio regular (-ado/-ido); ser e estar pedem o particípio irregular. QUESTÕES – VERBOS: TEMPOS E MODOS VERBAIS 88. (IADES, 2014, CAU/RJ) Considerando o trecho “criou uma planta única, inovadora, que destoava de todos os palácios”, assinale a alternativa que indica, respectivamente, o tempo/modo em que cada verbo se encontra conjugado. a) Presente do subjuntivo e pretérito imperfeito do indicativo. GRAMÁTICA Prof. MÁRCIO WESLEY www.facebook.com/Gênese-Concursos PORTUGUÊS: GRAMÁTICA PARA SEEDF Página 14 b) Pretérito perfeito do indicativo e pretérito imperfeito do indicativo. c) Pretérito imperfeito do subjuntivo e pretérito mais- que-perfeito do indicativo. d) Pretérito perfeito do indicativo e pretérito imperfeito do subjuntivo. e) Pretérito imperfeito do subjuntivo e pretérito perfeito do indicativo. (CESPE, CADE, 2013) TEXTO: Tínhamos, além disso, algumas doenças comuns a todo o grupo, ou quase todo: a bibliomania mais crônica que se possa imaginar, uma paixão neurótico-delinquencial por textos antigos, que nos levava frequentemente a visitas subservientes a párocos, conventos, igrejas e colégios. Procurávamos criar relacionamentos que facilitassem o acesso a qualquer velharia escrita. Que poderia estar esperando por nós, por que não?, desde séculos, ou décadas. Conhecíamos armários, sótãos, porões e cofres de sacristias, bibliotecas, batistérios ou cenáculos, bem melhor do que seus proprietários ou curadores. 89. O emprego de formas verbais no pretérito imperfeito, como, por exemplo, “Procurávamos” e “Conhecíamos”, está associado à ideia de habitualidade, continuidade ou duração. TEXTO: Assim, afasta-se a necessidade de uma discussão geral e mudança social em relação a esses crimes, como se algo entre os dois justificasse a violência, a tortura, o assassinato. Lavamos as mãos e fingimos que, se nos aproximarmos, estaremos invadindo a privacidade alheia. 90. (CESPE, TCE/ES, 2013) As formas verbais “Lavamos” e “estaremos” poderiam ser substituídas, respectivamente, por Lavemos e estaríamos, sem prejuízo da correção gramatical e do sentido original do período. TEXTO: Num dia de 1911, Georges Courteline, escritor e dramaturgo francês, recebeu um bilhete escrito por um menino que gostara muito de um texto dele e até dizia ter tentado, em vão, traduzir o tal texto para o alemão, a fim de que a babá dele, alemã, o entendesse e apreciasse. 91. (CESPE, TJCE, 2014) O sentido original do texto seria preservado caso a forma verbal “gostara” fosse substituída por gostava. TEXTO: Previa-se um único caso de punição: sendo o marido traído um “peão” e o amante de sua mulher uma “pessoa de maior qualidade”, o assassino poderia ser condenado a três anos de desterro na África. 92. (CESPE, TJSE, 2014) O emprego do futuro do pretérito em “poderia” indica que a situação apresentada na oração é não factual, ou seja, é hipotética. TEXTO: Por quase três décadas a comunidade científica tem buscado decifrar o fenômeno das falsas memórias, ou seja, circunstâncias em que pessoas normais se lembram de fatos específicos como se tivessem ocorrido durante determinados episódios de suas vidas, quando, de fato, não ocorreram naquele momento ou jamais ocorreram. Em virtude de suas implicações na área legal, tal fenômeno tem sido mais conhecido pela comunidade forense. 93. (CESPE, TJCE, 2014) O emprego do particípio em “tem buscado”, “tivessem ocorrido” e “tem sido mais conhecido” indica que a ação expressa nesses trechos foi concluída em tempo anterior ao da escritura do texto. 94. (CESPE, CÂMARA, 2014) Estariam mantidas a coerência e a correção gramatical do texto caso o trecho “Além de disputas (...) passado recente” fosse reescrito da seguinte forma: Para além de questões características à própria lógica do conhecimento, é da formação política dos brasileiros de que ocupamo-nos, aspecto de relevância particular no nosso caso, haja visto o enorme contingente que não têm conhecimento do passado recente. TEXTO: Pedi ao antropólogo Eduardo Viveiros de Castro que falasse sobre a ideia que o projetou. A síntese da metafísicados povos “exóticos” surgiu em 1996 e ganhou o nome de “perspectivismo ameríndio”. 95. (CESPE, CÂMARA, 2014) As formas verbais “surgiu” e “ganhou”, ambas na linha 3, poderiam, sem prejuízo dos sentidos do texto, ser substituídas por surgira e ganhara, respectivamente, pois indicam ações anteriores àquelas referidas no primeiro período do texto. TEXTO: A vida do Brasil colonial era regida pelas Ordenações Filipinas, um código legal que se aplicava a Portugal e seus territórios ultramarinos. Com todas as letras, as Ordenações Filipinas asseguravam ao marido o direito de matar a mulher caso a apanhasse em adultério. Também podia matá-la por meramente suspeitar de traição. Previa-se um único caso de punição: sendo o marido traído um “peão” e o amante de sua mulher uma “pessoa de maior qualidade”, o assassino poderia ser condenado a três anos de desterro na África. 96. (CESPE, TJSE, 2014) Sem prejuízo da correção gramatical e do sentido original do texto, o terceiro período do primeiro parágrafo poderia ser reescrito da seguinte forma: Também era possível que o marido matasse a esposa pela mera suspeita de traição da parte dela. 97. (CESPE, TELEBRAS, 2015) Haveria prejuízo da correção e da coerência do texto caso, no primeiro parágrafo, as formas verbais “poderá” (L.3) e “será” (L.5) fossem substituídas por pode e é, respectivamente. 98. (CESPE, TELEBRAS, 2015) Seriam mantidas a correção gramatical e as relações de sentido do texto caso a forma verbal “diminuiria” (L.5) fosse substituída por poderia diminuir. GRAMÁTICA Prof. MÁRCIO WESLEY www.facebook.com/Gênese-Concursos PORTUGUÊS: GRAMÁTICA PARA SEEDF Página 15 99. (CESPE, TCU, 2015) O presente foi empregado nas formas verbais “atinge” (L.10), “marca” (R.14), “exige” (L.17) e “passa” (R.18) para indicar uma ação habitual, iniciada no passado e que se estende ao momento em que o texto foi escrito. 100. (CESPE, 2017, SEDF) No que se refere às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir. No terceiro período, “for” e “vir” são formas flexionadas no modo subjuntivo dos verbos de movimento ir e vir, empregadas em um jogo de palavras que aproxima o campo semântico do movimento com o campo semântico do transporte. 101. (CESPE, 2016, DPU) Julgue o item subsequente, relativo às ideias e aos aspectos linguísticos da tirinha apresentada, da personagem Mafalda. As formas verbais empregadas na tirinha, embora flexionadas na terceira pessoa do singular, indicam ações praticadas por Mafalda e por ela relatadas no momento de sua realização, o que justifica o emprego do presente do indicativo. 102. (CESPE, 2015, FUB) No trecho “A sustentabilidade (...) ambientais” (l.10 a 13),para expressar um fato ocorrido em momento anterior ao atual, que foi totalmente terminado, a forma verbal “requer” deveria ser substituída por requereu. Nesse caso, mesmo após a alteração do tempo verbal, a referência à pessoa do discurso seria mantida. GRAMÁTICA Prof. MÁRCIO WESLEY www.facebook.com/Gênese-Concursos PORTUGUÊS: GRAMÁTICA PARA SEEDF Página 16 103. (CESPE, 2015, TRE/GO) Com relação às estruturas linguísticas do texto I, julgue o item seguinte. O tempo empregado nas formas verbais “enviaria” (l.4), “seria transformado” (l.6), “ficaria” (l.7) e “seriam instituídas” (l.8) dá a entender que as ações correspondentes a essas formas verbais não se concretizaram, de fato, no ano de 1880. VOZES VERBAIS 104. (CESPE, 2016, SÃO PAULO) Assinale a opção com um trecho do texto que contém uma oração na voz passiva. a) “A história do grafite no Brasil iniciou-se na década de 70 do século XX” (l. 1 e 2). b) “a arte de grafitar se transformou em um importante veículo de comunicação urbano” (l. 11 e 12). c) “o grafite, inicialmente, foi uma arte caracterizada pela autoria anônima” (l. 15 e 16). d) “os ditos ‘cânones’ são retirados de sua posição central e imperativa” (l. 21 e 22). e) “a arte se funde com a vida do cidadão da metrópole” (l. 25 e 26). 105. (CESPE, TCE/PB, 2013) Em “Uma astuta análise, com os mais modernos métodos, é feita sem sucesso”, verifica-se o emprego da voz ativa. TEXTO: Sobre o Polo Norte, existe o que os cientistas chamam de vórtice polar. É um ciclone permanente que fica ali, girando. Em sua força normal, ele segura as frentes frias nessas altas latitudes. Entretanto, com a temperatura da Terra cada vez mais alta, existe uma tendência de que o vórtice polar se enfraqueça. Assim, as frentes frias, antes fortemente presas naquela região, dissipam-se para latitudes mais baixas, o que faz com que o frio polar chegue aos Estados Unidos da América. 106. (CESPE, 2014) No trecho “dissipam-se para latitudes mais baixas”, a partícula “se” tem função apassivadora. TEXTO: Assim, afasta-se a necessidade de uma discussão geral e mudança social em relação a esses crimes 107. (CESPE, TCE/ES, 2013) A forma verbal “afasta-se” pode ser substituída, com correção gramatical, por é afastado. (CESPE, ANATEL, 2014) TEXTO: Desde a Idade Média, os seres humanos vinham tentando resolver o problema da escuridão com velas e outros artefatos. Nesse período, eram usadas tochas com fibras torcidas e impregnadas com material inflamável. 108. O trecho “eram usadas tochas” poderia ser corretamente reescrito como usavam-se tochas. (CESPE, ANTAQ, 2014) TEXTO: A partir do século XI, com a instituição do casamento pela Igreja, a maternidade e o papel da boa esposa passaram a ser exaltados. Criou-se uma forma de salvação feminina a partir basicamente de três modelos femininos: Eva (a pecadora), Maria (o modelo de perfeição e santidade) e Maria Madalena (a pecadora arrependida). O matrimônio vinha para saciar e controlar as pulsões femininas. 109. O trecho “Criou-se uma forma de salvação feminina a partir basicamente de três modelos femininos” poderia ser reescrito, com correção gramatical e sem prejuízo da informação prestada, da seguinte forma: Uma forma de salvação feminina foi criada a partir, basicamente, de três modelos femininos. (CESPE, MEC, 2014) O aumento do número de alunos no ensino integral é atribuído ao Programa Mais Educação 110. Mantendo-se o sentido original e a correção gramatical do texto, a expressão “é atribuído” poderia ser substituída por atribuem-se. (CESPE, FUB, 2014) Mesmo com todo o aparato tecnológico, que tem possibilitado o acesso praticamente instantâneo à informação, questionam-se tanto aspectos quantitativos como qualitativos dos conteúdos sobre ciência veiculados pelos meios de comunicação de massa. O item abaixo apresenta uma proposta de reescrita de trecho do texto — entre aspas —, que deve ser julgada certa se, ao mesmo tempo, estiver gramaticalmente correta e não acarretar prejuízo ao sentido original do texto, ou errada, em caso contrário. 111. “Mesmo com todo (...) meios de comunicação de massa”: Questiona-se tanto aspectos quantitativos como qualitativos dos conteúdos sobre ciência veiculados pelos meios de comunicação de massa, apesar de todo o aparato tecnológico que tem tornado possível o acesso quase instantâneo à informação. 112. (QUADRIX, 2014, COBRA) Observe a oração: "Algumas de suas obras foram duramente criticadas pelos proprietários das casas." Na voz ativa, escreveríamos: a) Os proprietários das casas criticaram duramente algumas de suas obras. b) Os proprietários das casas criticam duramente algumas de suas obras. c) Os proprietários das casas criticavam duramente algumas de suas obras. d) Os proprietários das casas criticarão duramente algumas de suas obras. e) Criticava-se duramente algumas de
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