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UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL CAMPUS REALEZA CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA FELIPE LAZARIN RESUMO REALEZA 2021 ESCALA DE GLASGOW ADAPTADA PARA CÃES E GATOS A dor sempre foi motivo de estudo, tanto na medicina humana como na medicina veterinária. Porem, este tema nunca foi tão investigado como nos dias atuais. A procura de uma escala para dor, ou uma forma de mensura-la tem sido o objetivo de muitas pesquisas. Em seres humanos, escalas numéricas ou questionários já estão disponíveis, porém, quando se trata de animas, avaliar a dor ou tentar mensura-la, ainda é muito difícil, pois é realizada subjetivamente. Na medicina humana em meados da década de 70 foi desenvolvida uma escala que mesurava o nível de consciência dos pacientes com danos cerebrais, a escala de Glasgow, escala essa que é usada até hoje, pois é de fácil aplicação e compreensão. Na medicina veterinária esta escala foi adaptada para pequenos animais, tendo como base a Escala de Glasgow pediátrica. Possibilitando então avaliar alterações fisiológicas, objetivas, e comportamentais, ou subjetivas, através de um modelo matemático, pode ser um indicador na avaliação da dor nos animais de companhia. Para tanto, alguns termos utilizados como critérios a serem avaliados na escala de Glasgow pediátrica, convenientes ao humano, foram substituídos por outros mais adequados a medicina veterinária. Os indicadores e os escores não foram alterados, contudo foi acrescido um critério, estímulo verbal comando ao grito, ao indicador abertura ocular. A resposta associada à vocalização, quando presente de forma coerente, indica o mais alto grau de integração do sistema nervoso central. Os cães não verbalizam com linguagem, mas com sons específicos. Dessa maneira, a escala de coma de Glasgow pediátrica modificada para cães comprova quanto à necessidade de uma alteração da escala de coma de Glasgow, no sentido de avaliar o nível de consciência em pacientes que não falam, visando à enunciação do pensamento, utilizando-se, assim, a escala de coma de Glasgow pediátrica. E ela baseia-se em sinais comportamentais considerados como relacionados com a dor nos cães e gatos Os comportamentos incluídos nesta escala são o resultado de um questionário respondido por veterinários, em que os termos utilizados para a descrição da dor foram filtrados e reduzidos a palavras específicas e expressões, sendo validados por métodos estatísticos e testadas quanto à sua validade. Nesta escala, a interpretação e a variabilidade, por parte do observador, estão mais limitadas, promovendo um aumento da sua precisão, isto é, o observador é questionado no sentido de verificar se determinado comportamento se encontra ou não presente no momento da avaliação do paciente. Não são incluídos dados fisiológicos, tornando a sua utilização mais simples. Por outro lado, esta escala carece de um sistema de pontuação que permita de forma simples, acompanhar a evolução do paciente. Conclui-se que a escala de coma de Glasgow pediátrica modificada para animais de companhia é uma ferramenta segura para avaliação da consciência na rotina ambulatorial, tendo sua validade construída por meio da análise fatorial.
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