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EDUCAÇÃO FÍSICA PROJETO INTEGRADOR: PRÁTICA EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS SÃO PAULO 2022 EDUCAÇÃO FÍSICA TURMA 014204B06 - NOTURNO ALLAN ULRICH SACILOTTO RODRIGUES MARTINS | 2495136 TRABALHO APRESENTADO COMO EXIGÊNCIA PARA AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA DISCIPLINA DE PROJETO INTEGRADOR: PRÁTICA EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL – FMU, SOB ORIENTAÇÃO DA PROFAº FERNANDA GOMES FRANCOSO . ATIVIDADE 1: O estudante deverá realizar uma pesquisa sobre os principais critérios relacionados a sustentabilidade e selecionar as principais orientações que deveriam ser repassadas à população em geral. 1) Pesquisar em ambientes virtuais ou presenciais ações necessárias e pertinentes em sustentabilidade nos mais diversos ambientes do dia a dia. 2) Elaborar um Folheto/Manual orientativo para a população em geral. MANUAL DE ORIENTAÇÕES SUSTENTÁVEIS CONCEITO A expressão “desenvolvimento sustentável” surgiu em 1980, na “Estratégia mundial de preservação”, tendo recebido posição de destaque no relatório Brundtland na Comissão Mundial das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, a expressão foi consagrada em 1992 pela Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento – ECO 92, realizada no Rio de Janeiro. A definição oficial das Nações Unidas para o desenvolvimento sustentável é a seguinte: “um desenvolvimento que satisfaça as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazer as suas”. Dois instrumentos importantes para a implementação de “ações sustentáveis” são a Agenda 21 e a Carta da Terra. A expressão “Agenda” tem o sentido de planejar a participação de toda a sociedade civil, setor privado e governo, convocando-os para participar e assumir compromissos que visem solucionar problemas a curto, médio e longo prazo. A Agenda 21 prevê a implantação de uma Agenda 21 Nacional (em andamento), Estadual e municipais, além disso pode ser aplicada em escolas, empresas, bairros e comunidades sendo um ótimo instrumento para o enraizamento de práticas sustentáveis onde vivemos, estudamos e trabalhamos. Sustentabilidade Sustentabilidade significa “atender às necessidades do presente sem comprometer a capacidade de as gerações futuras atenderem também às suas”. Este conceito foi apresentado pelo Relatório Brundtland, também conhecido como “Nosso Futuro Comum”, elaborado em 1987 pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento da ONU. O documento foi um marco por apresentar fortes críticas ao modelo de desenvolvimento vigente, e defender o desenvolvimento sustentável, que deve ser economicamente viável, ecologicamente suportável e equitativo do ponto de vista ético e social. Sustentabilidade ambiental Assegura a compatibilidade do desenvolvimento com a manutenção dos processos ecológicos essenciais à diversidade dos recursos naturais. Sustentabilidade sociocultural Assegura que o desenvolvimento preserve a cultura local e os valores morais da população, fortaleça a identidade da comunidade, e contribua para o seu desenvolvimento. Sustentabilidade econômica Assegura que o desenvolvimento seja economicamente eficaz, garanta a equidade na distribuição dos benefícios advindos desse desenvolvimento e gere os recursos de modo que possam suportar as necessidades das gerações futuras. Sustentabilidade político-institucional Assegura a solidez e continuidade das parcerias e compromissos estabelecidos entre os diversos agentes e agências governamentais dos três níveis de governo e nas três esferas de poder, além dos atores situados no âmbito da sociedade civil. Princípios da sustentabilidade Sustentabilidade ambiental A sustentabilidade ambiental envolve o controle dos impactos ambientais e a conservação das áreas naturais e sua biodiversidade. Toda atividade socioeconômica, incluindo o turismo, está intimamente ligada ao meio ambiente. É necessário protegê-lo e usufruir de seus elementos com responsabilidade para a conservação do destino e da qualidade de vida da comunidade receptora. Uso racional da água A água, recurso natural essencial para a sobrevivência dos seres vivos, é também fator de produção de basicamente todos os bens de consumo, e elemento representativo de valores sociais e culturais. Sabe-se que 97,5% de toda a água na Terra está nos mares e oceanos, e dos 2,5% restantes, sob forma de água doce, apenas uma pequena parte está disponível para consumo. Um sexto da população mundial, mais de um bilhão de pessoas, não tem acesso à água potável, e, segundo a ONU, até 2025, se os atuais padrões de consumo se mantiverem, duas em cada três pessoas no mundo vão sofrer de escassez moderada ou grave de água. Em poucos anos, o nível de importantes reservatórios de abastecimento caiu de maneira assustadora, deixando milhões de brasileiros sem água. Mais que uma questão econômica, o uso consciente da água é uma questão de sobrevivência. Simples mudanças no comportamento dos consumidores, como a redução do desperdício ao realizar os afazeres do dia-a-dia e a aquisição de produtos mais eficientes são importantes e devem ser incentivadas. Eficiência Energética Todas as atividades da sociedade moderna requerem o uso de uma ou mais fontes de energia. As medidas de conservação de energia proporcionam ganhos ambientais imediatos e trazem grande economia de custos. Dentre as iniciativas ligadas à eficiência energética estão os sistemas de certificação e etiquetagem que avaliam o desempenho de produtos, como o Selo Procel de Economia de Energia. Este selo é uma ferramenta simples e eficaz, criada pelo Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica – Procel, que permite ao consumidor conhecer, entre os equipamentos e eletrodomésticos à disposição no mercado, os mais eficientes quanto ao consumo de energia. Ao adquirir um novo equipamento, procure sempre pelo selo e opte pelo que indicar o menor consumo de energia! Resíduos sólidos Resíduos sólidos representam tudo o que antigamente era denominado lixo, e que, embora não sirvam mais para sua finalidade inicial, podem virar insumos para outras atividades. Para qualquer resíduo gerado sempre haverá uma destinação mais apropriada do que o simples descarte no ambiente. Da reutilização à reciclagem, tudo tem valor, e pode inclusive tornar-se uma fonte de renda. Existem diversos tipos de classificação para os resíduos sólidos, de acordo com sua origem, natureza ou periculosidade. No âmbito dos empreendimentos turísticos, os resíduos sólidos urbanos são predominantes e podem ser divididos segundo a composição química em: Orgânicos (lixo úmido): alimentos e outros materiais que se decompõe com certa facilidade na natureza, tais como cascas e bagaços de frutas, verduras, material de podas de jardins e fezes de animais. Inorgânicos (lixo seco): Produtos manufaturados, tais como metais, tecidos, papéis, plásticos e vidros. A Política Nacional de Resíduos Sólidos: A Lei nº 12.305/10, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) contém instrumentos importantes para permitir o avanço necessário ao País no enfrentamento dos principais problemas ambientais, sociais e econômicos decorrentes do manejo inadequado dos resíduos sólidos, dentre eles: A educação ambiental; A responsabilidade compartilhada pela destinação correta dos resíduos através da logística reversa, processo de coleta das embalagens após o consumo para serem reaproveitadas nas indústrias, no mesmo ou em outros ciclos produtivos; O incentivo à criação e ao desenvolvimento de cooperativas ou de outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis. Os 5 r´s da gestão de resíduos sólidos 1. Reduzir: O primeiro passo para diminuir a produção de lixo é reduzir o consumo. Faça escolhas conscientes: adquira produtos com pouca ou nenhuma embalagem, substitua o uso de sacolas de plástico por ecobags, compre equipamentos de qualidade para que não precisemser trocados constantemente. 2. Repensar: Pense duas vezes antes de adquirir um produto, não tome decisões por impulso. Há necessidade da aquisição? Pondere sobre o que é fundamental e o que é desnecessário. 3. Reaproveitar: Vários produtos, após utilizados para sua finalidade original, podem ser reaproveitados para outros propósitos, sem que passem pelo processo de reciclagem, como potes de vidros, garrafas pet, etc. 4. Reciclar: Significa transformar objetos e materiais usados - como metais, papéis e papelões, plástico, etc. - em novos produtos, envolvendo a alteração de suas propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas. Lembrando que esta ação está intimamente ligada à coleta seletiva! 5. Recusar: Recuse produtos que causem danos ao meio ambiente, prefira aqueles que são feitos de materiais recicláveis ou biodegradáveis. Dê preferência as mercadorias de empresas que tenham compromisso com a sustentabilidade. A Reciclagem O Brasil alcança índices expressivos quanto ao retorno de embalagens, como latas de alumínio e das garrafas PET. Projeções com base em dados públicos do IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada e de associações empresariais mostram que, atualmente, mais de 30% dos resíduos recicláveis coletados nas cidades são efetivamente recuperados – ou seja, são desviados dos lixões e aterros, retornando à atividade produtiva. No caso específico das embalagens, o índice de recuperação passa de 65%, sendo que, no caso do alumínio, o índice passa dos 98%.14 Ainda de acordo com dados do IPEA, considerando os atuais índices de reciclagem do país, essa atividade gera benefícios entre R$ 1,4 bilhão e R$ 3,3 bilhões anuais. Redução do Desperdício Um terço dos alimentos produzidos no mundo é perdido ou desperdiçado no caminho entre ocampo e a mesa do consumidor, de acordo com estimativas da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura - FAO.15 Enquanto mais de 870 milhões de pessoas no mundo passam fome todos os dias, o desperdício de alimentos chega a 1,3 bilhões de toneladas por ano. O Brasil é considerado um dos 10 países que mais desperdiçam comida em todo o mundo, com cerca de 30% da produção praticamente jogados fora.16 São inúmeras as suas causas, desde o manejo incorreto durante a colheita e armazenagem, até o mal aproveitamento do produto pelos consumidores. A destinação correta para o óleo utilizado na cozinha também é essencial. Quando despejado na pia, um litro de óleo pode entupir o encanamento e contaminar até 20 mil litros d’água. Em muitas regiões, existem empresas que coletam o óleo de cozinha usado e,inclusive, disponibilizam recipientes para o seu armazenamento. Outra alternativa é encaminhar o material para pontos de coleta. Procure saber qual o procedimento na sua cidade. Sustentabilidade sociocultural Essa dimensão da sustentabilidade é particularmente importante para o desenvolvimento do turismo em âmbito regional, à medida que preza pela dignidade dos trabalhadores e comunidades envolvidas, pela valorização das pessoas, do patrimônio cultural e histórico, pela preservação dos costumes locais e incentivo ao resgate das tradições, incluindo manifestações artísticas, como a música, o folclore, as danças, o teatro e o artesanato. . Sustentabilidade Econômica A Organização Mundial do Turismo – OMT define sustentabilidade econômica como a garantia de um crescimento turístico eficiente: a conciliação entre a criação de postos de trabalho com níveis satisfatórios de renda e o controle sobre os custos e benefícios dos recursos, o que garante sua continuidade para as gerações futuras. A atividade turística possui características que a tornam única dentre as atividades econômicas, especialmente em um país com tamanha diversidade como o Brasil. É uma ferramenta de inclusão social, geração de renda e oportunidades para o surgimento de pequenos negócios, que são a principal forma de desenvolvimento de uma comunidade. Sustentabilidade Político - Institucional A sustentabilidade político-institucional é o princípio que assegura a solidez e continuidade das parcerias e compromissos estabelecidos entre o governo e a sociedade civil. Vive-se um momento em que o poder público e a sociedade civil percebem no diálogo e na cooperação a oportunidade de solucionar problemas sociais e de desenvolvimento com maior efetividade. A recomendação do Ministério do Turismo é a de planejar e gerenciar o desenvolvimento turístico a partir de Instâncias de Governança Regionais, que resultem da participação social e da cooperação entre as várias esferas de governo envolvidas com o desenvolvimento turístico e os atores locais, de modo que a responsabilidade pela elaboração, controle e, em alguns casos, execução de políticas públicas seja compartilhada. BIBLIOGRAFIA BRASÍLIA. Ministério do Turismo. ORIENTAÇÕES PARA PRESTADORES DE SERVIÇOS TURÍSTICOS. Brasília, 2016. ENLAZADOR, Thomas. ALMANAQUE PARA PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS. 2ª edição - revisada e ampliada. SÃO PAULO 2022 EDUCAÇÃO FÍSICA TURMA 014204B06 - NOTURNO
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