Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Depósitos Tipo IOCG Depósitos Tipo IOA Iron Oxide-Copper-Gold Deposits Iron Oxide-Apatite (±REE) Depósitos tipo óxido de ferro-apatita (IOA) e depósitos tipo óxido de ferro-cobre-ouro (IOCG) são de interesse econômico devido aos seus volumes lavráveis de magnetita e/ou hematita e/ou volumes de Cu-Au-REE-P-U (Ag-Co) (Barton, 2014). Os depósitos tipo IOCG são os mais estudados e são considerados como formados por processos magmático-hidrotermais. Simon et al 2018 Depósitos de óxido de ferro cobre-ouro (IOCG) e óxido de ferro-apatita tipo Kiruna (IOA) são comumente associados espacial e temporalmente entre si e com magmatismo coevo. O modelo genético sugere depósitos IOCG e IOA como um continuum produzido por uma combinação de processos ígneos e magmático-hidrotermais. Simon et al 2018 Os depósitos tipo IOCG apresentam como características principais: A mineralização é representada por sulfetos de cobre e ouro que ocorrem associados a grandes concentrações de óxidos de ferro (em especial magnetita e hematita), e não a sulfetos de ferro. Os depósitos tipo IOCG são controlados principalmente por estruturas secundárias relacionadas a grandes sistemas de falhas de escala crustal, associados a ampla alteração hidrotermal. Os depósitos tipo IOCG apresentam feições de intensa substituição das rochas hospedeiras nas quais estão hospedados. Os depósitos tipo IOCG abrangem um amplo espectro de corpos de minério de ferro na forma de magnetita e/ou hematita, deficiente em sulfetos de ferro. São depósitos de origem hidrotermal com o minério ocorrendo na forma de zonas brechadas, veios, disseminações e lentes maciças, muitas vezes controlados por zonas de falhas em escala crustal. Os depósitos tipo IOCG podem representar depósitos polimetálicos (Cu, Au, Ag, U , REE, Bi, Co, Nb, P). Os depósitos tipo IOCG estão geneticamente associados em grande escala, quer distal quer mais proximal, a magmatismo do tipo A ou I. Os depósitos de óxido de ferro, cobre e ouro (IOCG) são concentrações importantes e valiosas de minérios de cobre, ouro (urânio) hospedados em conjuntos de ganga dominantes de óxido de ferro que compartilham uma origem genética comum. Os depósitos de óxido de ferro cobre e ouro podem ter outros elementos valiosos associados, como urânio, bismuto e REE, embora sempre subordinados a cobre e ouro em termos econômicos. Os depósitos são caracterizados por presença superior a 20% de óxidos de ferro. Os tipos de hospedeiras e as idades não são diagnósticas para o tipo de depósito. As zonas de alteração hidrotermal são características com alteração regional cálcico-sódica dominante e associada a alteração do tipo potássica e por óxidos de ferro. Os depósitos de magnetita-apatita ("tipo Kiruna") e os depósitos de óxido de ferro-Cu-Au formam membros finais de um continuum. Em geral, os depósitos de magnetita-apatita se formam antes dos depósitos de cobre em um determinado distrito. Enquanto os depósitos de magnetita-apatita exibem estilos muito semelhantes de alteração e de mineralização entre distritos e ao longo do tempo geológico, já os depósitos de óxido de ferro-Cu-Au são muito mais variados. Corriveau 2007 Corriveau 2005 Corriveau 2005 Os depósitos tipo IOCG podem ocorrer sob diferentes arranjos geológicos. Alguns dos maiores depósitos minerais conhecidos são IOCGs. Exemplos incluem Olympic Dam (IOCG - Austrália), com mais de 2600 Mt de minério com teores em torno de 1.2% cobre, 0.5g/t de ouro, 2.7g/t de prata e 0.4kg/t de óxido de urânio. Outro exemplo mundial importante é o depósito Kiruna (IOA - Suécia), com mais de 2000 Mt de magnetita. Ambientes geológicos Parece haver três ambientes tectônicos de "membros finais" que respondem pela vasta maioria desses depósitos: (A)colapso orogênico intracontinental; (B) magmatismo anorogênico intracontinental; e (C) extensão ao longo de uma margem continental relacionada à subducção. Todos esses ambientes têm atividade ígnea significativa, possivelmente mantélica, com alto fluxo de calor e rochas geradoras (basaltos, sedimentos e/ou magmas félsicos) relativamente oxidadas. Groves et al 2010 A B C Os depósitos de óxido de ferro-cobre-ouro (IOCG) são uma classe de depósitos minerais hidrotermais que podem ser economicamente muito significativos. Depósitos tipo IOCG se tornaram um alvo importante na exploração mineral. O número de depósitos classificados como IOCG aumentou na última década devido ao melhor entendimento dos mecanismos de formação desse tipo de depósito. Esses depósitos de óxido de ferro variam desde 10 Mt até > 4.000 Mt de minério contido: com teores de cobre entre 0,2% e 5% com teores de ouro entre 0,1 a 1,41 g/t. Os corpos de minério têm uma tendência geral a apresentarem formas de cones de brechas, formas tabulares em zonas de contato entre intrusivas e encaixantes e ao longo de estruturas, zonas brechadas na forma de corpos alongados como fitas, depósitos maciços em zonas de falhas. Há ligação genética entre IOCG e IOA ? Alguns modelos petrogenéticos levam em conta características geoquímicas observadas na formação de Mag em crosta profunda em ausência de alteração Na-K e podem apoiar uma possivel ligação genética entre depósitos IOA e IOCG. A concentração em Fe em um fluido aquoso rico em Cl diminui durante a descompressão (Simon et al., 2004) enquanto as concentrações de Na e K aumentam fortemente, permitindo que magnetita precipite sem precipitação simultânea de Na e K. No entanto, metais como Fe, Cu e Au apresentam uma solubilidade retrógrada em sistemas magmático- hidrotermais, com o fluido que precipita magnetita continuando a solubilizar e transportar quantidades significativas de Fe dissolvido (mais Cu, Au) após a deposição de IOA. A contínua ascensão e resfriamento dos fluidos promovem o precipitação de sulfetos de Cu em T <420 °C em níveis mais rasos da crosta, consistente com o que é observado para os depósitos IOCG. Isso é consistente com o modelo proposto em que depósitos IOA representam as raízes ou zonas mais profundas dos sistemas IOCG (Sillitoe, 2003) e podem ser um estágio precoce da formação de depósitos IOCG. Reich et al 2015 Hipóteses Devido a ausência de uma clara correlação ígnea entre ambos os tipos, e a gênese de depósitos do tipo Kiruna permanecer ainda controversa para alguns, a origem dos depósitos tipo IOA para vários autores pode têm uma origem: (1) hidrotermal que pode ser a partir de fluidos metassomáticos agindo sobre rochas básicas (Barton e Johnson, 2004; Sillitoe e Burrows, 2002), ou (2) a partir de fluidos magmático-hidrotermais que obtêm Fe diretamente de magmas (Pollard, 2006), ou (3) A partir de imiscibilidade existente entre um fundido rico em Fe e P com um fundido rico em Si, gerando coalescência, separação e cristalização de óxidos de Fe e de minerais de P formando depósitos tipo IOA (Naslund et al., 2002). A hipótese (2) permite entender a existência de uma conexão genética entre os depósitos IOA e IOCG, o que já foi observado para depósitos dos dois tipos que ocorrem dentro do mesmo distrito (Sillitoe, 2003). A terceira hipótese separa completamente os depósitos IOA dos depósitos IOCG sensu stricto. A combinação de dados de isótopos de Fe e de O com análises químicas de magnetita em depósitos IOA e IOCG de classe mundial (Kiruna-Suécia e Los Colorados-Chile) suporta a coexistência e a conexão genética entre os depósitos IOA e depósitos IOCG como sendo formados sob condições magmáticas e magmático-hidrotermal. Simon et al 2018 Alguns dados Os teores de [Al+Mn] e [Ti+V] são maiores em núcleos de magnetita e diminuem do núcleo para a borda, consistente com crescimento de núcleos de magnetita a partir de um fundido de silicatos evoluindo para um fluido magmático-hidrotermal durante o resfriamento. Os valores de δ18O na magnetita estão na faixa de 0 a 5‰, e os valores de δ56Fe na magnetita estão na faixa de 0 a 0,8‰ em isótopos deFe. Ambos os valores indicam fonte magmática para O e Fe. Os valores de δ18O e δD em actinolita, em paragênese com magnetita são respectivamente 6,46±0,56 e −59,3±1,7‰, indicativos de fonte mantélica. As razões Co/Ni na pirita excedem a unidade e são compatíveis com fluidos evoluídos de um magma intermediário a máfico. A razão inicial de 187Os/188Os (Osi) para magnetita de Los Colorados é de 1,2 compatível com os valores de Osi em depósitos de cobre pórfiro chilenos e consistente com uma origem magmática juvenil. Simon et al 2018 Os dados são consistentes com um modelo geológico em que: (1) Micrólitos de magnetita cristalizam como uma fase inicial em fundido de silicatos máfico a intermediário. (2) Micrólitos de magnetita atuam como suporte para nucleação de borbulhas de fluidos gerando saturação de voláteis do fundido silicatado. (3) A fase fluida se aglutina e envolve micrólitos de magnetita gerando a suspensão de um fluido rico em magnetita. (4) A suspensão remove Fe, Cu, Au, S, Cl, P e REE do fundido. (5) O material em suspensão sobe ao longo magma hospedeiro durante extensão regional. (6) A ascensão do material em suspensão gera o crescimento de micrólitos de magnetita originalmente ígnea incorporando mais Fe de um fluido magmático-hidrotermal gerado durante o resfriamento. (7) Ao longo de estruturas mais profunadas, cristais de magnetita são depositados para formar depósitos tipo IOA como Kiruna por descompressão do fluido em suspensão rico em magnetita. (8) O fluido adicional magmático-hidrotermal gerado durante o resfriamento segue ascendente e transporta Fe, Cu, Au, S para níveis mais rasos das estruturas ou para zonas distais laterais do sistema onde hematita, magnetita e sulfetos precipitam formamando os depósitos IOCG. O modelo explica a relação temporal e espacial observada entre o magmatismo e os depósitos IOA e IOCG e fornece uma estrutura conceitual para definir estratégias de exploração. Simon et al 2018 Knipping et al 2019 Modelo proposto para a formação precoce (magmática) e tardia (magmática-hidrotermal) de Mag Processo de formação/segregação de Mag magmática e magmática-hidrotermal: (A) Nucleação da borbulhas de fluidos magmáticos e de magnetita ígnea primária. (B) Ascensão de pares borbulhas-magnetita por flutuabilidade positiva. (C) Subida adicional e coalescência de magnetita primária também por imiscibilização de Fe em fluidos de alta salinidade. (D) geração de fraturamento hidráulico em crosta menos profunda permitindo aumento na segregação de magnetita magmática-hidrotermal. Reich et al 2015 Knipping et al 2019 Dados experimentais Knipping et al 2019 Knipping et al 2019 Warren et al 2016 Zonalidade entre IOA e IOCG Barra et al 2017 Corriveau et al 2016 Zonalidades de alteração hidrotermal em IOCG e IOA Barton 2009 Zonalidades de alteração hidrotermal em IOCG Barton 2009 Fluidos envolvidos na zonalidade de tipos de alteração Os depósitos de óxido de ferro, cobre e ouro (IOCG) são resultantes de alteração hidrotermal em grande escala de um segmento da crosta gerada por uma intrusão. Esse tipo de depósito foi proposto pelo melhor entendimento do depósito supergigante de cobre-ouro-urânio de Olympic Dam (Austrália) e alguns depósitos sul-americanos. Os depósitos IOCG foram originalmente classificados como uma variante de depósitos do tipo cobre pórfiro. No entanto são diferentes dos pórfiros por suas grandes concentrações de óxido de ferro, sua associação preferencial com intrusivas de composição intermediário félsica (granitóides ricos em Na-Ca), ausência de zonalidades hidrotermais complexas com minerais de alteração como descritas em depósitos de pórfiro. O minério relativamente simples com óxidos de ferro, cobre e ouro (+/- urânio) também é diferente dos depósitos de pórfiro Cu-Au-Ag-Mo-W-Bi. Muitos dos depósitos tipo IOCG não apresentam zonalidades de metais. Os depósitos de IOCG mostram uma tendência de que o minério seja condicionado por zonas de falhas em posição mais distal em relação a intrusão. As mineralizações em pórfiros têm uma tendência a serem mais proximais em relação aos corpos intrusivos. Características gerais dos depósitos tipo IOCG Os depósitos de óxido de ferro - cobre - ouro exibem uma associação com extensa alteração sódica com albita, magnetita, clorita ou actinolita, em geral com escapolita, hematita, epidoto, calcita e titanita associados. A albita em geral com escapolita, é predominante na alteração. Em distritos mineiros de óxido de ferro - cobre - ouro a alteração sódica é mais característica e está mais intensamente desenvolvida em grandes zonas de falhas e em contatos litológicos. A alteração com albita tardia pode ser generalizada e tem sua natureza relativamente oxidada na associação com depósitos de óxido de ferro - cobre - ouro. Raju & Kumar 2020 Raju & Kumar 2020 Groves et al 2010 Alguns exemplos Warren 2016 Australia Olympic Dam: 8,330 Mt @ 0.8% Cu, 280 ppm U3O8, 0.76g/t Au e 3.95 g/t Ag + 151 Mt e 1.0 g/t Au Carapateena Mine: 203Mt @ 1.31% Cu, 0.56g/t Au Hillside: 170Mt @ 0.7% Cu e 0.2 g/t Au Prominent Hill Mine: 152.8 Mt @ 1.18% Cu, 0.48 g/t Au, 2.92 g/t Ag + 38.3 Mt com 1.17 g/t Au Wilcherry Hill: +60Mt @ 31% Fe, com Cu e Au associado Mt. Elliott : 475 Mt @ 0.5% Cu, 0.3 g/t Au Ernest Henry : 122 Mt @ 1.18% Cu, 0.55 g/t Au Chile La Candelaria, Chile Cu-Au-Ag Deposit: 600 Mt @ 0.95% Cu, 0.2 g/t Au, 3 g/t Ag. Mantos Blancos Deposit: Reserva >500 Mt @ 1.0% Cu. Mantoverde Cu-Au Deposit: Cu oxidado 180 Mt @ 0.5% Cu capeando reserva de sulfeto >400 Mt @ 0.52% Cu. Peru Marcona Mine: 1400 Mt Fe Pampa de Pongo: 1000 Mt 75% magnetita O depósito de Olympic Dam está localizado dentro de zona de brecha hidrotermal rica em hematita, com forma de funil entre 7 e 5 km em planta (Reeve et al 1990). O complexo de brecha hidrotermal compreende um núcleo de hematita-brecha de quartzo e uma brecha de hematita-granito periférica com um halo de granito com fraca alteração e brechação. As brechas foram geradas próximas da superfície como brechas hidráulicas de origem hidrotermal. As são polifásicas progressivas com alteração sobre o granito Roxby Downs do tipo A (Haynes et al 1995; Reynolds 2000). A alteração potássica com hematita, sericita, clorita, carbonato ± sulfetos Fe-Cu ± uraninita, minerais REE, com uma alteração magnetita-biotita sobreposta (Reynolds, 2000; Skirrow et al 2002). Olympic Dam Krneta et al 2017 Mazurov & Bondarenko 1997 Garcia 2018 Distrito Carajás Craveiro et al 2019 Estilos de mineralização de Cu-Au e associações de minerais de minério O exemplo do Cristalino A mineralização Cu-Au no depósito Cristalino é dominada por rochas vulcânicas do Grupo Grão Pará e com base em seus modos de ocorrência podem ser agrupados nos seguintes tipos: disseminado; brechas (magnetita-calcopirita e calcopirita-hematita-rica); veios contendo sulfeto. Tipo disseminado A mineralização disseminada ocorre ao longo de zonas de cisalhamento, próximos aos contatos entre as Formações Parauapebas e Carajás, comumente envolvida por zonas de alteração cálcico-férrica e potássica. Dois tipos de minério disseminado podem ser distinguidos: Com calcopirita, pirita e magnetita (até 50%) com pequenas quantidades de milerita e galena, e raras inclusões de ouro em sulfetos. Localmente, este tipo de minério é encontrado em rochas vulcânicas félsicas afetadas por alteração potássica com biotita. Com calcopirita (80%) com menor pirita e quase livre de magnetita, presente nas rochas vulcânicas félsicas afetadas por alteração potássica e alteração propilítica. Quando presente, a magnetita é parcialmente substituída por hematita (martita). Brechas As brechas mineralizadas estão localizadas nas porções centrais das zonas disseminadas ou ao longo dos contatos litológicos e estruturas. Dois tipos de brecha podem ser distinguidos: Corpos de calcopirita-pirita-magnetita Corpos de calcopirita± pirita ± corpos de hematita. Veios contendo sulfeto A maioria dos veios contendo sulfeto são discordantes dos contatos litológicos e da foliação milonítica em zonas de cisalhamento de alta deformação no depósito Cristalino. Podem ser divididas em três tipos principais de acordo com sua composição mineral predominante: Veios ricos em K-feldspato Veios ricos em calcita Veios ricos em calcopirita Os veios ricos em calcita são os mais abundantes. Veios ricos em K-feldspato preenchem fraturas e falhas e podem representar o estágio tardio da alteração potássica. Além do K-feldspato K e da calcopirita contêm hematita fina, quartzo, alanita, epidoto, titanita, albita e calcita. Veios ricos em calcita são estágios finais de propilitização/carbonatização e preenchem estruturas dilatantes. Outros minerais incluem calcopirita e pirita, com hematita e mosketovita e alanita. Veios ricos em calcopirita têm distribuição espacial não uniforme e são compostos de calcopirita. Alteração hidrotermal Rochas vulcânicas máficas e félsicas, correlacionadas à Formação Parauapebas, são as principais hospedeiras da mineralização cobre-ouro no depósito Cristalino. Essas rochas foram submetidas a intensa alteração hidrotermal que inclui alteração sódica precoce caracterizada pela formação de albita e ocorrência de escapolita que foi afetada por alteração superposta cálcico-férrica com actinolita, alanita e magnetita. A alteração potássica que segue é estruturalmente controlada e observada especialmente em zonas de cisalhamento dúcteis-rúpteis. É composta por K-feldspato, biotita, magnetita e hematita. A alteração propilítica é caracterizada por clorita, epidoto e calcita, ocorre sob condições frágeis, sobrepondo-se às assembléias anteriores. Sossego O depósito Sossego Cu-Au é formado por um granito granofírico, gabro e rochas metavulcânicas félsicas (Monteiro et al., 2008a, b; Xavier et al., 2012). É constituído pelos corpos de minério Sequeirinho-Pista-Baiano e Sossego-Curral, caracterizados por alteração magmático-hidrotermal de alta temperatura (Na)-Ca-Fe (magnetita+actinolita+albita±apatita) e hidrotermal de alta temperatura K-Fe (biotita+K-feldspato+magnetita (Monteiro et al. 2008). A formação dos corpos Sequeirinho-Pista-Baiano está relacionada ao magmatismo de ~2,7 Ga, enquanto em Sossego-Curral a mineralização paleoproterozóica está associada a granitos do tipo A de ~1,88 Ga (Moreto et al. 2015). (Fig. 1A) magnetita, calcopirita, apatita, actinolita, quartzo e calcita. (Fig. 1B) magnetita, calcopirita, ilmenita, apatita, clorita, calcita e talco. (Fig. 1B) ilmenita euédrica associada a magnetita ou como lamelas de exsolução dentro da magnetita (Fig. 1C) magnetita, apatita, actinolita, quartzo e calcopirita. Huang & Beaudoin 2019 Igarapé Bahia O depósito Igarapé Bahia Cu-Au é hospedado por rochas metavulcano-sedimentares arqueanas de grau baixo (Tazava e de Oliveira, 2000). A alteração hidrotermal no Igarapé Bahia inclui metassomatismo representado por grunerita, fayalita, magnetita e/ou hematita e alteração carbonática com siderita dominante (Tazava e De Oliveira, 2000; Tallarico et al., 2005; Dreher et al., 2008). Sulfetos de cobre, REE e minerais de U com formação tardia na alteração hidrotermal. O depósito é derivado de fluidos magmático-hidrotermais associados a granitos arqueanos do tipo A (Tallarico et al., 2005). A mistura entre fluidos magmáticos de alta temperatura e alta salinidade com fluidos meteóricos é o principal mecanismo para a mineralização de Cu-Au (Tallarico et al., 2005). (Fig. 1D) assembléia mineral com magnetita, calcopirita, siderita e clorita. Huang & Beaudoin 2019 Alemão O depósito Alemao Cu-Au está hospedado em rochas metavulcano-sedimentares arqueanas similares ao Igarapé Bahia. O corpo de minério está posicionado concordante na interface entre as rochas vulcânicas e sedimentares sobrejacentes (Ronzê et al., 2000). A alteração hidrotermal e a mineralização são semelhantes às do Igarapé Bahia, com cloritização, biotitização e sulfetação. Carbonatação e silicificação são tardias pós formação do minério O depósito é interpretado como formado por sistema magmático-hidrotermal similar aos que formaram os demais depósitos de IOCG na província mineral de Carajás (Ronzê et al., 2000). (Fig. 1E, F) assembléia mineral com magnetita, apatita, quartzo, calcita±clorita, com magnetita em textura zonada núcleo-borda com núcleos ricos em inclusões e bordas pobres em inclusões. Inclusões comuns de calcopirita na magnetita. Huang & Beaudoin 2019 Soares et al 2000 Corpo Alemão - Carajás Soares et al 2000 Corpo Alemão - Carajás Salobo O depósito Salobo Cu-Au-Ag está hospedado em rochas metavulcano-sedimentares arqueanas com anfibolito, metagraywackes, BIF e quartzitos (Requia e Fontboté, 2000). A mineralização de Cu-Au é associada à alteração K-Fe de alta temperatura (550°C -650°C) reequilibrada por alteração clorítica a temperaturas mais baixas (<370°C) (Lindenmayer e Teixeira, 1999; Requia et al, 2003; Xavier et al, 2012). Os principais minerais de Cu-Au são formados por fluidos oxidados de alta temperatura, alta salinidade, pobres em enxofre, com pH quase neutro (Requia, 2002) e relacionados ao magmatismo granítico arqueano (~2,57 Ga) (Requia et al, 2003). A mineralização principal de Cu-Au tem idade ~2,45 Ga associada a atividade hidrotermal (Melo et al, 2017). TH em inclusões fluidas de alta salinidade em quartzo variam entre 173°C e 485°C e geotermometria em clorita pós formação do minério indica temperatura de 350°C (Réquia e Xavier, 1995). (Fig. 1G) magnetita, calcopirita, grunerita e quartzo (Fig. 1H) magnetita, calcopirita, clorita e quartzo Huang & Beaudoin 2019 Candelaria O depósito Candelaria Cu-Au-Ag no Chile (Marschik e Fontboté, 2001) está hospedado por rochas vulcânicas do Cretáceo Inferior. A alteração em Candelaria é de alta temperatura do tipo K-Fe (biotita, K-feldspato, magnetita), cálcica local (anfibólio) e epidoto (Marschik e Fontboté, 2001; Marschik et al, 2003). A magnetita domina na alteração potássica e hematita na alteração sódica, interpretadas como produtos de um sistema hidrotermal que evolui de condições profundas de alta temperatura para mais rasas de baixa temperatura (Marschik e Fontboté, 2001). A magnetita é formada entre 500°C e 600°C, seguida pela precipitação de pirita e calcopirita em temperaturas entre 470°C e 328°C (Marschik e Fontboté, 2001). (Fig. 1I) magnetita, feldspato K, actinolita, albita, biotita. (Fig. 1J) magnetita, calcopirita, clorita, biotita, monazita (Fig. 1K) magnetita, calcopirita, feldspato K, actinolita, clorita e apatita El Romeral O depósito El Romeral (Rojas et al., 2018) de ~110 Ma é um dos vários depósitos IOA (assim como Cerro Negro Norte, Los Algarrobos, Los Colorados) que formam o cinturão de ferro chileno. O depósito é hospedado por metassedimentos do final do Paleozóico cortados por pórfiros (dioritos e andesitos do Cretáceo Inferior) (Bookstrom, 1977). A actinolita é a principal mineral de alteração hidrotermal associada ao minério de ferro, formada a temperaturas entre 475°C e 550°C (Bookstrom, 1977). Cloritização e formação de aplitos são pós minério e relacionadas a injeção de diques graníticos e dioríticos. Argilização e martitização generalizadas estão associadas a falhas pós-minério (Bookstrom, 1977). O depósito é associado a fluidos magmático-hidrotermais derivados do diorito Romeral (Bookstrom 1977; Rojas et al 2018) e a fluidos bacinais (Mathur et al 2002). (Fig. 1L) magnetita, actinolita, clorita, biotita Huang & Beaudoin 2019
Compartilhar