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INFECCOES VIRAIS E DOENCAS AUTOIMUNES - REVISAO PROP 1 PARTE 2

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Luana Guedes Diniz Odontologia - UNIME
Infecções Virais e Doenças Autoimunes
Revisão 2 PROP 1
Infecções Virais
1. HERPES VÍRUS SIMPLES (HSV)
- Vírus DNA
- Membro da família Herpesviridae
- HSV-1 e HSV-2
HSV-1 HSV-2
Disseminação através da saliva
infectada e lesões periorais ativas.
Transmissão através do contato
sexual.
Faringe, região intra-oral, lábios,
olhos e pele acima da cintura.
Genitália e pele abaixo da cintura.
- HSV-1 e HSV-2: São semelhantes. As lesões clínicas e alterações
teciduais são idênticas.
- Período de incubação: 3 a 9 dias.
- Exposição inicial, indivíduo sem anticorpos: infecção primária,
assintomática.
- Vírus permanece em estado latente dentro dos gânglios. Gânglio trigêmeo.
1
Luana Guedes Diniz Odontologia - UNIME
- Transmissão ocorre facilmente durante período de liberação
assintomática ou a partir de lesões ativas
- Cerca de 90% de uma população terá herpes até os 60 anos.
1.1. HERPES VÍRUS SIMPLES - GENGIVOESTOMATITE HERPÉTICA
PRIMÁRIA AGUDA
- Padrão mais comum de infecção primária sintomática pelo HSV
- 90% dos casos resultantes da infecção pelo HVS-1
- Comum em crianças (6 meses - 5 anos) ⟶ pico de 2 a 3 anos de idade.
- Início abrupto
- SINTOMAS: Linfadenopatia cervical
anterior, calafrios, febre, náusea,
lesões orais dolorosas.
2
Luana Guedes Diniz Odontologia - UNIME
- Vesículas puntiformes se rompem e formam diversas lesões pequenas e
vermelhas
- Lesões desenvolvem áreas centrais de
ulceração, recobertas por fibrina amarela.
- Ulcerações menores podem coalescer e
formar úlceras maiores.
- Gengiva aumentada, dolorosa e muito eritematosa
- Acometimento do vermelhão do lábio e pele peri-oral
- Resolução de 5 a 7 dias (casos leves) ou até 2 semanas (casos graves).
3
Luana Guedes Diniz Odontologia - UNIME
1.2. HERPES SIMPLES - FARINGOTONSILITE
- Infecção primária do HSV em adultos
- Mais comum com a infecção pelo HSV-1
- Sintomas: Dor de garganta, febre, mal-estar e cefaleia
- Vesículas nas amígdalas e parede posterior da faringe, rompem e formam
ulcerações.
- Exsudato amarelo-acinzentado sobre as úlceras
1.3. HERPES VÍRUS SIMPLES - INFECÇÕES RECORRENTES
- Podem ocorrer em áreas de superfície epitelial supridas pelo gânglio
envolvido.
- Vermelhão do lábio e pele adjacente aos lábios são os locais comuns de
recidiva
- Geralmente conhecida como herpes labial
- Fatores desencadeadores de recidivas
- 6 a 24h antes das lesões: dor, prurido, ardência, eritema e formigamento.
4
Luana Guedes Diniz Odontologia - UNIME
- Múltiplas pápulas pequenas e
eritematosas geram vesículas
preenchidas por líquido
- Vesículas se rompem e formam
crostas
- Cicatrização de 7 a 10 dias
- Rompimento de vesículas
(liberação de líquido contendo
vírus) mais lesões.
5
Luana Guedes Diniz Odontologia - UNIME
- Recidivas também podem afetar a mucosa intra-oral⟶ Gengiva e
palato duro
- Alterações sutis, sintomas menos intensos
- Vesículas de 1 a 3 mm que rompem e formam máculas eritematosas
- Epitélio afetado pode ser perdido e gerar ulceração central
- Manifestações menos comuns: panarício
herpético⟶ infecção nos dedos
- Pode ocorrer após auto-inoculação em
crianças com herpes orofacial
- Comum em dentistas e médicos
antes da utilização de luvas
- Pode resultar em parestesia e
cicatriz permanente.
6
Luana Guedes Diniz Odontologia - UNIME
- Recidiva em pacientes imunocomprometidos é significativa
- HSV persiste e pode disseminar
- Mucosa oral afetada em associação com o herpes labial
- Áreas de epitélio necrótico acastanhadas e elevadas.
- Principais efeitos do vírus são nas células epiteliais
- Acantólise (células de Tzanck), núcleo claro e aumentado, degeneração
balonizante
- Formação de vesícula intra-epitelial.
TRATAMENTO - HSV
- Medicamentos antivirais
- Gengivoestomatite Herpética: Tratamento também para alívio dos
sintomas
- Restringir contato com lesões ativas para prevenir disseminação
- A administração sistêmica profilática de antivirais ajuda na prevenção de
recidiva (pacientes imunocomprometidos).
2. VARICELA-ZOSTER
- O vírus Varicela-Zoster também pertence à família Herpetoviridae
- Catapora é infecção primária pelo VZV
- PERÍODO DE LATÊNCIA e RECIDIVA possível como herpes-zoster
7
Luana Guedes Diniz Odontologia - UNIME
- Disseminação por gotículas de ar ou contato direto com lesões ativas.
2.1. VARICELA-ZOSTER - CATAPORA
- Maioria dos casos entre 5 a 9 anos de idade
- Maioria dos casos é sintomática
- PERÍODO DE INCUBAÇÃO: Cerca de 15 dias
- SINTOMAS: Mal-estar, faringite, rinite, intenso exantema pruriginoso.
Erupções em face, tronco e extremidades.
- Eritema⇒ Vesícula⇒ Pústula⇒ Crosta endurecida
- Indivíduos SÃO infectantes ATÉ fase de crosta.
8
Luana Guedes Diniz Odontologia - UNIME
- Estágio vesicular é a
manifestação mais clássica da
doença
- Vesícula circunda por zona de
eritema ⟶ “gota de orvalho
numa pétala de rosa”
- As manifestações orais e
periorais são comuns.
- LESÕES ORAIS podem preceder lesões cutâneas
- LESÕES ORAIS (ÁREAS AFETADAS): Vermelhão do lábio, palato e
mucosa jugal.
- LESÕES ORAIS aparecem como vesículas branco-opacas que se rompem e
formam ulcerações (1-3 mm)
- Prevalência, número e
gravidade de lesões
orais depende da
infecção extra-oral.
- Características
histológicas similares ao
HSV
TRATAMENTO - VZV
- Medicamentos antivirais
- Tratamento para alívio do prurido
- Vacina: O vírus VZV vivo atenuado. Indicada para crianças de 12 meses a
12 anos ou adultos que não tiveram varicela.
- O VZV é transportado por nervos sensitivos e tem latência no gânglio
espinhal dorsal.
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Luana Guedes Diniz Odontologia - UNIME
2.2. VARICELA-ZOSTER ⟶ HERPES-ZOSTER (COBREIRO)
- Herpes-zoster clinicamente evidente: reativação do VZV. (Catapora
primeiro e no período de reativação do vírus aparece na forma de
Varicela-Zoster)
- Envolvimento da distribuição do nervo sensitivo afetado
- Fica no gânglio dorsal. O cobreiro só acontece em um lado, onde o nervo inerva.
- Ocorre em 10 a 20% dos portadores de VZV
- Prevalência aumenta com a idade
- Apenas UMA recidiva é esperada
- FATORES DESENCADEANTES: Envelhecimento, câncer,
imunossupressão.
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS: Fase prodrômica, Fase aguda e Fase
crônica
● FASE PRODRÔMICA
- Ganglionite ativa⇒ necrose neural⇒ neuralgia grave (DOR)
- Queimação, formigamento, coceira, incômodo pontiagudo
(vírus movimentando no nervo)
- Dor acomete área inervada pelo nervo sensitivo afetado
- Um (mais comum) ou mais dermátomos acometidos
- Dermátomos torácicos acometidos ⅔ dos casos
- Dor precede erupções cutâneas (1 a 4 dias)
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Luana Guedes Diniz Odontologia - UNIME
● FASE AGUDA
- Vesículas com base eritematosa na pele envolvida
- 3 a 4 dias⇒ pústulas e úlceras
- 7 a 10 dias⇒ formação de crostas
- Lesões seguem o trajeto do nervo afetado e não ultrapassam
a linha média
- Regressão de 2 a 3 semanas, pode deixar cicatriz.
- LESÕES ORAIS ocorrem com
envolvimento do trigêmeo.
- LESÕES ORAIS: Vesículas
branco-opacas (1-4mm), que rompem e formam
úlceras rasas.
- Menos comum: necrose óssea com
perda de dentes.
- Pode acontecer envolvimento ocular, com morbidade significante
- Paralisiafacial (síndrome de Ramsay Hunt) = lesões cutâneas do canal
auditivo externo e envolvimento ipsilateral da
face.
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Luana Guedes Diniz Odontologia - UNIME
● FASE CRÔNICA
- 15% dos pacientes
- Dor (neuralgia pós herpética) que persiste por meses após fase aguda
- Incomum abaixo dos 50 anos
- SINTOMAS: Queimação pulsátil contínua com prurido ou lancinante
- Pode haver vermelhidão por leve toque da região
- Geralmente regressão em 1 ano.
- Características similares ao HSV
TRATAMENTO - HERPES-ZOSTER
- Medicamentos antivirais
- Tratamento para alívio dos sintomas
- Diversas medicações para alívio da dor, especialmente a neuralgia
pós-herpética
- Vacina: O vírus VZV vivo atenuado. Indicada para adultos com mais de 60
anos de idade.
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Luana Guedes Diniz Odontologia - UNIME
3. MONONUCLEOSE INFECCIOSA (DOENÇA DO BEIJO)
- Doença sintomática resultante da exposição a o Epstein-Barr (EBV)
- Infecção normalmente ocorre pelo contato íntimo
- EBV permanece no hospedeiro por toda a vida
- Exposição ao vírus em crianças normalmente assintomática
- Infecções sintomáticas - adultos jovens
- SINTOMAS em adultos jovens: Febre, linfadenopatia, faringite,
tonsilite.
- Também pode ocorrer hepatoesplenomegalia.
- Fadiga prodrômica, mal-estar até 15 dias antes da febre
- Aumento de volume das amígdalas com exsudato- difuso na superfície
- Petéquias transitórias no palato duro e/ou mole.
- Regressão dentro de 4 a 6 semanas
TRATAMENTO - MONONUCLEOSE
INFECCIOSA
- Antipiréticos, AINES
- Antivirais não tem tanto efeito nas
manifestações clínicas da doença
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Luana Guedes Diniz Odontologia - UNIME
4. HERPAGINA
- Coxsackievírus A, acomete principalmente crianças de 1 a 4 anos.
- Maioria dos casos leve ou subclínica
- SINTOMAS: Dor de garganta, disfagia, febre, tosse, vômitos,
diarréia, cefaléia
- LESÕES ORAIS na forma de
vesículas que rompem e formam
ulcerações em palato mole
- Os sintomas regridem em poucos
dias.
5. DOENÇA DOS PÉS, MÃOS E BOCA
- Coxsackievírus A, acomete principalmente crianças de 1 a 4 anos
- SINTOMAS: Erupções cutâneas e lesões orais associadas a sintomas
semelhantes à gripe (dor de garganta, disfagia, febre) e tosse, cefaléia,
vômito e diarreia
- Lesões orais precedem as lesões cutâneas
- Manchas vermelhas e vesículas dolorosas em orofaringe, boca e pele
- Bolhas nas mãos, pele e pés
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Luana Guedes Diniz Odontologia - UNIME
6. SARAMPO
- Infecção causada pelo
Paramixovírus do grupo
Morbilivírus
- Prevalência depende do grau de
utilização da vacina
- Transmissão por aerossóis
- Manchas de Koplik: Máculas
pequenas branco-azuladas na
mucosa oral
- O sarampo grave, no início da infância,
pode afetar a odontogênese e resultar
em hipoplasia do esmalte e defeitos nos
dentes permanentes em
desenvolvimento.
- Complicações mais comuns em crianças
de baixa idade: otite média, pneumonia,
bronquite e diarréia
- Também pode ocorrer encefalite com
dano cerebral
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Luana Guedes Diniz Odontologia - UNIME
- A doença pode ser prevenida por vacinação (tríplice viral)
- Vacina: vírus vivo atenuado
- Normalmente a vacina é administrada no primeiro ano de vida
7. PAPILOMAVÍRUS HUMANO (HPV)
- DNA vírus com mais de 200 tipos descritos
- Responsável por diversas lesões orais e faciais
- Transmissão por contato sexual - DST mais comum
- Tipos de baixo risco oncogênico e alto risco oncogênico
7.1. PAPILOMA ESCAMOSO (HPV)
- Proliferação benigna do epitélio escamoso estratificado, que resulta numa
massa papilar verrucosa, com aspecto de couve-flor.
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Luana Guedes Diniz Odontologia - UNIME
7.2. VERRUGA VULGAR (VERRUGA COMUM)
- Hiperplasia benigna focal do epitélio escamoso estratificado que
pode se espalhar para outras partes da pele e mucosas por
auto-inoculação. Raro na mucosa oral.
7.3. CONDILOMA
ACUMINADO (VERRUGA
VENÉREA)
- DST que consiste na
proliferação do epitélio
escamoso estratificado da
genitália, região perianal,
boca e laringe. Múltiplas
pápulas de aspecto
corrugado.
7.4. HIPERPLASIA EPITELIAL
FOCAL
- Proliferação do epitélio
escamoso oral, múltiplas pápulas
planas ou arredondadas,
normalmente agrupadas e com
coloração da mucosa normal.
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Luana Guedes Diniz Odontologia - UNIME
7.5. CARCINOMA
ESCAMOCELULAR ORAL
- Neoplasia epitelial de
caráter invasivo e agressivo
que corresponde a mais de
95% dos casos de câncer de
boca.
7.6. CARCINOMA VERRUCOSO
- Variações de baixo grau do
carcinoma de células
escamosas. Placa espessa,
difusa, com projeções
superficiais papilares ou
verruciformes.
● Vacina contra o HPV
- Meninas e mulheres de 9 a 45 anos
- Meninos de 9 a 26 anos
- Pessoas que vivem com HIV
- Pessoa transplantada de 9 a 26 anos
Doenças Autoimunes
1. PÊNFIGO VULGAR
- Doença muco-dermatológica
- Manifestação bucal
normalmente é a primeira da
doença.
- Doença bolhosa (bolha intraepitelial)
- Não tem caráter hereditário e
etiologia é desconhecida
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Luana Guedes Diniz Odontologia - UNIME
- Auto-anticorpos ⟶ fenda dentro do epitélio ⟶ bolha intra-epitelial
- Adultos, 50 anos
- As lesões bucais são as primeiras a surgirem e últimas a desaparecerem
- Erosões e ulcerações irregulares distribuídas pela mucosa bucal
(Raro identificação de bolhas e/ou vesículas - ruptura precoce do teto fino e
friável)
● Sinal de Nikolsky positivo
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Luana Guedes Diniz Odontologia - UNIME
- Tecido perilesional
- Separação intra-epitelial
- Células basais (“fileira de pedras de sepulturas”)
- Acantólise
- Células soltas e arredondadas (células de Tzanck)
- IF (detecção de anticorpos)
TRATAMENTO- PÊNFIGO VULGAR
- Tratamento com corticóides sistêmicos e outros imunossupressores
- Efeitos colaterais associados
ao uso prolongado de
corticoides
- Mensuração dos anticorpos
para acompanhamento
- Não tratamento leva a óbito
por infecções e desequilíbrios
eletrolíticos.
2. PENFIGÓIDE CICATRICIAL ou BENIGNO DAS MEMBRANAS
MUCOSAS
- Grupo de doenças bolhosas muco-cutâneas crônicas, de origem auto-imune.
(Bolha abaixo do epitélio)
- Auto-anticorpos contra componentes da membrana basal
- Mais comum que o pênfigo vulgar
- Adultos, sexo feminino, 50-60 anos de idade
- Lesões bucais (maioria) e acometimento de outras mucosas
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Luana Guedes Diniz Odontologia - UNIME
- Vesículas e/ou bolhas são detectáveis
clinicamente
- Ulcerações e áreas desnudas de
mucosa
- Padrão difuso ou localizado (gengivite
descamativa)
- Envolvimento ocular
- Formação de cicatriz resulta em aderências (simbléfaros)
- Entrópio, triquíase
- O Entrópio é uma condição onde as margens palpebrais apresentam-se invertidas, em
direção ao globo ocular. O atrito dos cílios e também da pele sobre a córnea e conjuntiva
provoca sintomas irritativos e lacrimejamento, podendo chegar a quadros graves de
úlceras perfuradas, inclusive com perda do globo ocular.Triquíase é o alinhamento
incorreto dos cílios, que roçam o globo ocular sendo que pessoa não é portadora de
entrópio. (inflamação das bordas palpebrais) ou de lesão ou dano à pálpebra ou conjuntiva.
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Luana Guedes Diniz Odontologia - UNIME
● Sinal de Nikolsky positivo
3. ERITEMA MULTIFORME
- Condição muco-cutânea bolhosa e ulcerativa
- Relação com infecçõesprévias e/ou medicamentos
- Adultos jovens, 20 a 30 anos
- Erosões e ulcerações irregulares, crostas hemorrágicas no lábio
- Anéis eritematosos circulares e concêntricos (lesões em alvo ou olho de
boi)
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Luana Guedes Diniz Odontologia - UNIME
- Vesículas subepiteliais ou intra-epiteliais
- Necrose dos ceratinócitos basais
- Histopatológico não é específico
3.1. ERITEMA MULTIFORME MAIOR ou SÍNDROME DE
STEVENS-JOHNSON
- Uma das formas mais graves do EM
- Desencadeada principalmente por medicamentos
- Acometimento da mucosa ocular e genital, além de boca e pele
TRATAMENTO - ERITEMA MULTIFORME
- Retirar medicamento que possa estar relacionado
4. ERITEMA MIGRATÓRIO ou LÍNGUA
GEOGRÁFICA
- Condição benigna comum. Associada ao
estresse.
- Afeta principalmente a língua
- Predileção pelo sexo feminino
- Etiologia desconhecida
- ⅔ anteriores da língua, áreas de eritema
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Luana Guedes Diniz Odontologia - UNIME
- Ponta e bordas laterais da língua são mais afetadas
- Atrofia das papilas filiformes
- Bordas sinuosas branco-amareladas e elevadas
- Lesões assintomáticas (ou ardência/sensibilidade)
- Hiperparaceratose, espongiose, acantose, alongamento das cristas
epiteliais
- Coleções de neutrófilos dentro do epitélio
- Características histológicas semelhantes à psoríase = mucosite
psoriasiforme
TRATAMENTO - ERITEMA MIGRATÓRIO ou LÍNGUA GEOGRÁFICA
- Tratamento geralmente não é necessário
- Corticóide tópico em raros casos, quando ardência for acentuada
5. LÍQUEN PLANO
- Doença mucocutânea comum
- Frequente acometimento da mucosa bucal
- Predileção por mulheres de meia-idade
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Luana Guedes Diniz Odontologia - UNIME
- Lesões de pele: Pápulas poligonais, púrpuras e pruriginosas
- Estrias de Wickham: rede de finas linhas brancas entrelaçadas.
- Lesões bucais: reticular e erosiva
5.1. LÍQUEN PLANO RETICULAR
- Forma mais comum
- Geralmente assintomática
- Predileção pela mucosa jugal posterior, bilateralmente
- Padrão característico = Estrias de Wickham
- Dorso da língua: placas ceratóticas e atrofia de papilas
25
Luana Guedes Diniz Odontologia - UNIME
5.2. LÍQUEN PLANO EROSIVO
- Forma menos comum
- Lesões sintomáticas
- Áreas eritematosas,
atróficas, com ulceração
central
- Periferia das lesões = finas
estrias brancas irradiadas
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Luana Guedes Diniz Odontologia - UNIME
- Padrão gengivite descamativa = atrofia e ulceração na mucosa gengival
LÍQUEN PLANO
- Cristas epiteliais pontiagudas ou em forma de “dentes de serra”
- Destruição da camada de células basais do epitélio (degeneração
hidrópica)
- Intenso infiltrado inflamatório semelhante a uma faixa subjacente ao
epitélio
- Ceratinócitos em degeneração = corpos de Civatte
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Luana Guedes Diniz Odontologia - UNIME
- Líquen plano reticular geralmente NÃO requer nenhum tipo de tratamento
- Em casos de infecção secundária (candidíase), terapia antifúngica
- Líquen plano erosivo = tratamento com corticoides tópico e/ou
sistêmico
- Potencial de transformação maligna?
6. ESTOMATITE/ ULCERAÇÃO AFTOSA RECORRENTE
- Uma das patologias mais comuns da mucosa oral
- Etiologia desconhecida
- Destruição da mucosa = reação imunológica mediada por células T
- Outros fatores: trauma,
alterações hormonais.
- Diversos estímulos antigênicos
podem ser o fator inicial da
destruição imunomediada
- Possui 3 variantes clínicas:
● Menor (aftas de Mikulicz):
mais comuns
● Maior (doença de Sutton ou
periadenite mucosa necrosante recorrente)
● Herpetiforme
- Principal sintoma: dor
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Luana Guedes Diniz Odontologia - UNIME
- Mais comum em crianças e adultos jovens
- Mais frequente na mucosa oral não queratinizada.
6.1. ESTOMATITE/ULCERAÇÃO AFTOSA RECORRENTE MENOR
- Duração da lesão é mais curta e existem menos recidivas
- Ulceração com halo eritematoso, pseudomembrana no centro da lesão
- 3-10mm de diâmetro, curam em 7 a 14 dias sem deixar cicatriz
- Podem estar presentes de 1 a 5 lesões
- Dor desproporcional ao tamanho da lesão
6.2. ESTOMATITE/ULCERAÇÃO AFTOSA RECORRENTE MAIOR
- Maiores e com maior tempo de duração
- Ulcerações mais profundas, de 1 a 3cm de diâmetro e bem dolorosas
- Curam em 2 a 6 semanas e podem deixar cicatriz
6.3. ESTOMATITE/ULCERAÇÃO AFTOSA RECORRENTE HERPETIFORME
- Maior número de lesões e maior frequência de recidiva
- Lesões individuais pequenas (1-3mm de diâmetro), podendo chegar a
100 lesões
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Luana Guedes Diniz Odontologia - UNIME
- Pequeno tamanho e grande número = semelhança à infecção primária pelo
HSV
- Lesões individuais podem coalescer em
ulcerações maiores
- Cicatrizam em 7 a 10 dias
DIAGNÓSTICO CLÍNICO - E/UAR
- Exclusão de outras doenças que
produzem ulcerações
- Avaliar desencadeantes
TRATAMENTO - E/UAR
- Tratamento com corticóides tópicos e/ou sistêmicos (casos mais graves)
7. ESTOMATITE ULCERATIVA CRÔNICA
- Auto-anticorpos contra proteína nuclear semelhante a p63 e apresenta
função no crescimento e diferenciação epitelial
- Semelhança clínica com o líquen plano erosivo
- Afeta mulheres adultas, 6ª década de vida
- Úlceras circundadas por áreas de eritema e camadas de ceratose
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Luana Guedes Diniz Odontologia - UNIME
- Características histopatológicas semelhantes ao líquen plano
- Epitélio mais atrófico
- Infiltrado inflamatório com muitos plasmócitos
TRATAMENTO - ESTOMATITE ULCERATIVA CRÔNICA
- Não respondem à terapia com corticóides tópicos e/ou sistêmicos
- Tratamento com drogas anti-maláricas
8. SÍNDROME DE SJOGREN
- Doença autoimune crônica sistêmica
- Envolve principalmente as glândulas salivares e lacrimais
- Síndrome sicca: xeroftalmia e xerostomia
- Predileção por mulheres de meia idade
- Intensidade da xerostomia
varia a cada paciente
- Saliva pode ficar espumosa,
perda do reservatório habitual
no soalho de boca
- Dificuldade de deglutição,
alterações no paladar,
dificuldade de usar prótese
- Língua fissurada e com atrofia de papilas
- Predisposição a cáries e infecções oportunistas
- Pode causar mucosite
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Luana Guedes Diniz Odontologia - UNIME
TRATAMENTO - SÍNDROME DE SJOGREN
- Tratamento para alívio dos sintomas
- Lágrima artificial/colírio
- Saliva artificial
- Aplicação de flúor
9. LÚPUS ERITEMATOSO
- Exemplo clássico de condição mediada imunologicamente
● Lúpus eritematoso sistêmico
● Lúpus eritematoso cutâneo crônico
● Lúpus eritematoso cutâneo subagudo: manifestações clínicas
intermediárias
9.1. LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO
- Estágio inicial inespecífico, com períodos de inatividade da doença
- Predileção pelo sexo feminino, 3ª década de vida
- SINTOMAS: Febre, perda de peso, fadiga, artrite
- Exantema característico em padrão de borboleta sobre a região malar e
nasal
- Envolvimento renal e cardíaco
- LESÕES BUCAIS: Graus variáveis de ulceração, dor, eritema e
hiperceratose
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