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1) (XXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO – 27/11/16) A Pessoa Jurídica ABC verificou que possuía débitos de Imposto sobre a Renda (“IRPJ”) e decidiu aderir ao parcelamento por necessitar de certidão de regularidade fiscal para participar de licitação. Após regular adesão ao parcelamento e diante da inexistência de quaisquer outros débitos, a contribuinte apresentou requerimento para emissão da certidão. Com base nessas informações, o Fisco deverá Alternativa: Deferir O Pedido, Já Que O Parcelamento É Causa De Suspensão Da Exigibilidade Do Crédito Tributário. REVISÃO: Parcelamento: é a hipótese de suspensão da exigibilidade do crédito tributário incluída ao CTN em 2001. Constitui instituto que visa à recuperação do crédito vencido. Deve ser instituído, exclusivamente, por meio de lei, a fim de tentar recuperar os tributos que foram deixados de pagar. 2) Relativamente à fiscalização tributária, notadamente no que diz respeito aos impostos de competência das diversas pessoas jurídicas de direito público interno, o Código Tributário Nacional estabelece que às Fazendas Públicas é permitida a prestação de assistência mútua Alternativa: Apenas Para A Permuta De Informações, Desde Que Restrita Ao Âmbito Dos Estados E Do Distrito Federal, Relativamente Aos Impostos De Sua Competência Comum, E Ao Âmbito Dos Municípios E Do Distrito Federal, Relativamente Aos Impostos De Competência Comum Destes. REVISÃO: CTN, art. 199: “A Fazenda Pública da União e as dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios prestar-se-ão mutuamente assistência para a fiscalização dos tributos respectivos e permuta de informações, na forma estabelecida, em caráter geral ou específico, por lei ou convênio”. Vale ressaltar que a norma contida no artigo 199 do CTN possui eficácia limitada, já que necessita de lei ou convênio para regular a transferência dos dados entre as Fazendas Públicas. 3) (FGV – 11/2018 – EXAME DE ORDEM UNIFICADO XXVII) A sociedade empresária ABC, atuante na área de prestação de serviços de limpeza, em dificuldades financeiras, não estava conseguindo realizar o pagamento dos tributos federais. Diante disso, ela se ofereceu à Administração Pública Federal para realizar o pagamento dos tributos mediante prestação direta de serviços de limpeza em prédios públicos ou, alternativamente, transferir para o Fisco um imóvel de sua propriedade. A respeito desse cenário, assinale a afirmativa correta. Alternativa: A proposta de transferência de imóvel do contribuinte para a Fazenda Pública Federal para pagamento de tributo é admissível por expressa permissão legal. REVISÃO: Para às hipóteses de exclusão são apenas duas. Então, é só guardar: IA (isenção e anistia). Já para a suspensão da exigibilidade do crédito tributário há um bizu bem conhecido e extremamente eficiente: Morderlimpar (Moratória - depósito do montante integral - reclamações e recursos administrativos - liminares - parcelamento). No caso da questão, qual seja, extinção do crédito tributário, é só decorar o bizu "1RT3PC4D". E, para ajudar a decorar, a frase é “1 RATO e 3 PACAS em 4D” (1 RT - Remissão e Transação; 3 PC - Pagamento, Pagamento Antecipado e Prescrição / Compensação, Conversão em renda e Consignação em pagamento; 4D - Decadência, Decisão administrativa definitivas, Decisão judicial passada em julgado e Dação em pagamento). Assim, de acordo com CTN a extinção do crédito tributário se dará, nos termos do Art. 156. Extinguem o crédito tributário: I - o pagamento; II - a compensação; III - a transação; IV - remissão; V - a prescrição e a decadência; VI - a conversão de depósito em renda; VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no artigo 150 e seus §§ 1º e 4º; VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164; IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória; X - a decisão judicial passada em julgado. XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei. 4) (2018/Vunesp/Câmara de Indaiatuba-SP/Controlador Interno) De acordo com o que dispõe a Lei n° 6.830/80, a dívida ativa regularmente inscrita goza de presunção de certeza e liquidez. Quanto a tal presunção, é correto afirmar que Alternativa: É relativa. REVISÃO: Lei n° 6.830/80 Art. 3º - A Dívida Ativa regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez. Parágrafo Único - A presunção a que se refere este artigo é relativa e pode ser ilidida por prova inequívoca, a cargo do executado ou de terceiro, a quem aproveite. 5) (FGV – 03/2019 – EXAME DE ORDEM UNIFICADO XXVIII) O médico João da Silva está há 4 (quatro) anos sem pagar a anuidade cobrada pelo Conselho Regional de Medicina (CRM). Diante desse cenário, o CRM poderá Alternativa: Inscrever O Débito Em Dívida Ativa De Natureza Tributária, Depois Promovendo A Competente Ação De Execução Fiscal, Regida Pela Lei Nº 6.830/80, Para Cobrança. REVISÃO: Conselho profissionais são consideradas autarquias, portanto, suas anuidades são tributos da espécie contribuição profissional ou corporativa (art. 149, CF). No caso de inadimplemento, o valor devido (desde que referente ao valor de 4 anuidades ou mais - Lei nº 12.514/11, art. 8º) será cobrado seguindo o rito da Lei de Execução Fiscal (Lei 6.830/80), após a inscrição do débito em dívida ativa de natureza tributária. Observação: A exceção se aplica apenas à OAB, que é considerada instituição sui generis e suas anuidades, portanto, não são consideradas tributos, sendo título executivo extrajudicial seguindo o rito do CPC Art. 149 da CF, art. 2º, § 3º, da Lei 6.830/80 e art. 8º da Lei 12.514/11. 6) João da Silva, servidor da Administração Tributária do Município Y, recebeu propina de José Pereira, adquirente de um imóvel, para, em conluio com este, emitir uma certidão que atestava falsamente a quitação de débito do Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) incidente sobre a transferência de propriedade. A certidão seria apresentada ao tabelião para lavrar-se a escritura pública de compra e venda imobiliária e para posterior registro. Considerando-se que, nesse Município, o contribuinte de ITBI é o adquirente de imóvel, assinale a afirmativa correta. Alternativa: O servidor João da Silva poderá ser responsabilizado pessoalmente pelo crédito tributário e juros de mora acrescidos. REVISÃO: Nos moldes do art. 208, caput e parágrafo único do CTN, a certidão negativa expedida com dolo ou fraude, que contenha erro contra a Fazenda Pública, será responsabilizado pessoalmente o funcionário que a expedir, pelo crédito tributário e juros de mora acrescidos. Art. 208. A certidão negativa expedida com dolo ou fraude, que contenha erro contra a FP, responsabiliza pessoalmente o funcionário que a expedir, pelo crédito tributário e juros de mora acrescidos. 7) 018/FGV/Câmara de Salvador-BA/Advogado Legislativo) Um contribuinte questiona judicialmente, através de uma ação ordinária, três créditos tributários. Caso esse contribuinte venha a requerer certidão sobre sua situação fiscal, ela será: Alternativa: Positiva Com Efeitos De Negativa, Caso Tenha Sido Concedida A Antecipação Dos Efeitos Da Tutela. REVISÃO: Como há créditos ativos não seria possível a expedição de certidão negativa de débito. Todavia, restando suspensa a exigibilidade de tais créditos, é possível a expedição de certidão positiva com efeitos negativos. Contudo, é importante observar que a suspensão se opera de acordo com o rol taxativo disposto no art. 151 do CTN, vejamos: Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário: I - moratória; II - o depósito do seu montante integral; III - as reclamaçõese os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo; IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança. V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial; (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001) VI – o parcelamento. (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001) Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das obrigações assessórios dependentes da obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou dela consequentes. 8) (FGV – 08/2018 – EXAME DE ORDEM UNIFICADO XXVI) Em execução fiscal ajuizada pela União, a contribuinte ABC ofereceu seguro-garantia para garantir a execução, correspondente ao valor da dívida, acrescido de juros, multa de mora e encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa. Por meio de publicação no órgão oficial, a União foi instada a se manifestar quanto à garantia oferecida pela executada, deixando de se manifestar no prazo que lhe foi assinalado. Diante disso, assinale a afirmativa correta. Alternativa: É possível o oferecimento de seguro-garantia para garantir a execução fiscal, porém, na execução fiscal, qualquer intimação ao representante judicial da Fazenda Pública será feita pessoalmente. REVISÃO: Quanto ao seguro-garantia: Os artigos 15, I e 9º, §3º, da lei de Execução Fiscal (6.830/80): "Art. 15 - Em qualquer fase do processo, será deferida pelo Juiz: I - ao executado, a substituição da penhora por depósito em dinheiro, fiança bancária ou seguro garantia; e" "Art. 9º - Em garantia da execução, pelo valor da dívida, juros e multa de mora e encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa, o executado poderá: I - efetuar depósito em dinheiro, à ordem do Juízo em estabelecimento oficial de crédito, que assegure atualização monetária; II - oferecer fiança bancária ou seguro garantia; (...) § 3 A garantia da execução, por meio de depósito em dinheiro, fiança bancária ou seguro garantia, produz os mesmos efeitos da penhora". Quanto a intimação: O art. 25 da LEF cuida das intimações dos representantes da Fazenda Pública: Art. 25 - Na execução fiscal, qualquer intimação ao representante judicial da Fazenda Pública será feita pessoalmente. Parágrafo Único - A intimação de que trata este artigo poderá ser feita mediante vista dos autos, com imediata remessa ao representante judicial da Fazenda Pública, pelo cartório ou secretaria. 9) (FGV – 08/2018 – EXAME DE ORDEM UNIFICADO XXVI) João, empresário, inconformado com a notificação de que a Administração Pública Fazendária teria acesso às informações de sua movimentação bancária para instruir processo administrativo fiscal, decidiu procurar o Escritório Alfa de advocacia para uma consulta a respeito do caso. João busca saber se a medida configura quebra de sigilo fiscal e se o procedimento da Administração Pública está correto. Com base na hipótese apresentada, assinale a opção que indica a orientação a ser dada pelo Escritório Alfa, considerando a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) acerca do acesso a dados bancários sigilosos pela Administração Pública Fazendária. Alternativa: Não se trata de quebra de sigilo, mas de transferência de sigilo para finalidades de natureza eminentemente fiscal, pois a legislação aplicável garante a preservação da confidencialidade dos dados, vedado seu repasse a terceiros estranhos ao próprio Estado, sob pena de responsabilização dos agentes que eventualmente pratiquem essa infração. REVISÃO: CTN Art. 198. Sem prejuízo do disposto na legislação criminal, é vedada a divulgação, por parte da Fazenda Pública ou de seus servidores, de informação obtida em razão do ofício sobre a situação econômica ou financeira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre a natureza e o estado de seus negócios ou atividades. § 1o Excetuam-se do disposto neste artigo, além dos casos previstos no art. 199, os seguintes: I – requisição de autoridade judiciária no interesse da justiça; (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001) II – solicitações de autoridade administrativa no interesse da Administração Pública, desde que seja comprovada a instauração regular de processo administrativo, no órgão ou na entidade respectiva, com o objetivo de investigar o sujeito passivo a que se refere a informação, por prática de infração administrativa. § 2° O intercâmbio de informação sigilosa, no âmbito da Administração Pública, será realizado mediante processo regularmente instaurado, e a entrega será feita pessoalmente à autoridade solicitante, mediante recibo, que formalize a transferência e assegure a preservação do sigilo. § 3° Não é vedada a divulgação de informações relativas a: I – representações fiscais para fins penais; II – inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública; III – parcelamento ou moratória. 10) (2018/Consulplan/Câmara de Belo Horizonte-MG/Consultor Legislativo) A respeito de Tributação (Sistema Tributário Nacional, Administração Tributária e Tributos municipais), assinale a alternativa INCORRETA, tendo por base o disposto na Lei nº 5.172/1966, que dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional e institui normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, Estados e Municípios. Alternativa: Para efeitos de instituição e cobrança do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana, a lei municipal deve considerar como base do cálculo do imposto o valor venal do imóvel, sendo que na determinação de referida base de cálculo, deve ser levado em consideração o valor dos bens móveis mantidos, em caráter permanente ou temporário, no imóvel. 11) A prerrogativa das autoridades fazendárias para requisitar informações sobre bens, negócios ou atividades de terceiros prevalece inclusive quanto a fatos sobre os quais o informante esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão. Alternativa: Falso 12) Em razão do interesse público, é permitida a divulgação, por parte da Fazenda Pública ou de seus servidores, de informação obtida em razão do ofício sobre a situação econômica ou financeira do sujeito passivo ou de terceiros. Alternativa: Falso REVISÃO: Art. 198. Sem prejuízo do disposto na legislação criminal, é vedada a divulgação, por parte da Fazenda Pública ou de seus servidores, de informação obtida em razão do ofício sobre a situação econômica ou financeira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre a natureza e o estado de seus negócios ou atividades. 13) (QP/DT/ADM) JULGUE: A quebra de sigilo distingue-se da transferência de sigilo porque, no primeiro caso, uma informação antes sigilosa torna-se pública; enquanto que, na quebra de sigilo, a informação sigilosa é apenas transferida de uma autoridade para outra, mantendo esta última o dever de guardar sigilo. Alternativa: Verdadeiro REVISÃO: Quebra de sigilo é a divulgação de informações fiscais sigilosas. Pode ser lícita (nos casos e formas lei) ou ilícita (neste caso configura crime). CTN: Art. 198, § 1º Excetuam-se do disposto neste artigo, além dos casos previstos no art. 199, os seguintes (LC 104/2001).I – requisição de autoridade judiciária (ou CPI) no interesse da justiça; (LC 104/2001). II – solicitações de autoridade administrativa no interesse da Administração Pública, desde que sejacomprovada a instauração regular de processo administrativo, no órgão ou na entidade respectiva, com oobjetivo de investigar o sujeito passivo a que se refere a informação, por prática de infração administrativa. (LC104/2001). 14) (QP/DT/ADM) JULGUE: O sigilo comercial prevalece contra os particulares, mas não contra as autoridades fazendárias. Alternativa: Verdadeiro 15) (QP/DT/ADM) JULGUE: Segundo a jurisprudência do STF, o MinistérioPúblico não pode requerer diretamente informações junto as instituições financeiras, mesmo quando se tratar de envolvimento de dinheiro ou verbas públicas. Alternativa: Falso 16) As disposições do Código Civil brasileiro que restringem o exame da escrituração das empresas aplicam-se indistintamente aos particulares e às autoridades fazendárias. Alternativa: Falso 17) O contribuinte que possui débito inscrito na dívida ativa e em fase de cobrança judicial (execução fiscal) não tem direito a certidão de regularidade fiscal, independentemente da existência ou não de penhora já formalizada nos autos executivos. Alternativa: Falso REVISÃO: Certidão Positiva com Efeitos de Negativa (art. 206, CTN) - Débito constituído, porém não vencido; - Débito com exigibilidade suspensa; - Débito em execução com garantia-penhora formalizada. 18) As autoridades administrativas fazendárias não possuem prerrogativa para requisitar informações junto a outras instituições com relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros. Caso precisem desses dados, devem provocar a intermediação do Poder Judiciário. Alternativa: Falso 19) (ENADE 2009) Um contador orientou vários clientes a elaborarem declarações de imposto de renda de pessoa física com informações falsas, capazes de ensejar a supressão parcial de tributos. Essas declarações efetivamente não coincidiam com a realidade e o intuito era, evidentemente, fraudar o fisco, o que ocorreu. Todavia, a fiscalização da Receita Federal descobriu o esquema e identificou os contribuintes, os quais foram intimados a apresentar explicações. Todos reconheceram a fraude, declararam que tinham sido orientados pelo mesmo contador e realizaram o pagamento do tributo. Considerando o cenário acima, é CORRETO afirmar que Alternativa: Nem Os Contribuintes Nem O Contador Serão Submetidos A Processo Criminal, Já Que A Punibilidade Do Crime De Sonegação Fiscal (O Qual Fora Praticado Por Cada Contribuinte Em Concurso Com O Contador) Foi Extinta Pelo Pagamento Do Tributo. 20) (SIMULADO ENADE UNINOVAFAPI 2021) Setores como educação, saúde, previdência e assistência social assumem especial relevo dentre os serviços públicos e políticas públicas garantidas pela Estado brasileiro, exigindo elevada soma de receitas orçamentários. Para fazer frente a estas despesas, a Constituição Federal outorgou à União e demais entes federados competência tributária especial para instituir e cobrar as contribuições sociais. Com relação a estes tributos, assinale a alternativa CORRETA: Alternativa: No caso de instituição de contribuições residuais, deve a União transferir aos Estados 20% do valor arrecadado.
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