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BIOSSEGURANÇA EM SAÚDE: PREVENÇÃO E COMBATE À INCÊNDIOS Acadêmicos Ingridi Silva de Araújo Jucy Éder Dias de Souza Rayra Santana Ribeiro Padilha Tutor Externo Adeilson Menezes INTRODUÇÃO A biossegurança vem se destacando nos últimos anos, é de suma importância sua discussão em pautas de diretores de hospitais e clinicas, pois trata-se de um conjunto de normas, procedimentos e boas práticas que determinam a segurança dos profissionais da saúde e também dos pacientes. Partindo dessa perspectiva, estaremos dando início a nosso trabalho sobre Biossegurança, cujo o subtema é Prevenção e Combate a Incêndios, onde segundo Marcondes, (2020) “a prevenção e combate a incêndio é o termo utilizado para se referir às medidas de segurança preventiva, utilizadas para evitar atos e condições inseguras, com potencial de gerar incêndio. Assim como, as medidas de enfrentamento e contenção do incêndio a serem adotadas”. Saber prevenir incêndios é tão importante quanto apagá-los, ou mesmo saber agir corretamente no momento que eles se iniciam evitando danos/perdas, sejam elas materiais ou imateriais. Os incêndios são bastantes comuns nas grandes cidades, pois existem muitos prédios irregulares, sem os devidos dispositivos de segurança, os quais podem fazer a prevenção. Prevenir e combater o desmatamento ilegal e os incêndios florestais num país em desenvolvimento e de dimensões continentais como o Brasil não é uma tarefa fácil, são necessárias medidas positivas que possam influenciar novas dinâmicas e modelos produtivos sustentáveis como alternativa à supressão da vegetação nativa, trazendo os diferentes setores da sociedade para atuar em conjunto no combate ao desmatamento ilegal. FORMULAÇÃO DO PROBLEMA E JUSTIFICATIVA DA PESQUISA Podemos afirmar que “a biossegurança é o conjunto de ações voltadas para a prevenção, e proteção do trabalhador, minimização de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, visando à saúde do homem, dos animais, a preservação do meio ambiente e a qualidade dos resultados” (TEIXEIRA; VALLE, 1996). A Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, define biossegurança como condição de segurança alcançada por um conjunto de ações com o objetivo de prevenir, controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes às atividades que possam comprometer a saúde humana, animal e o meio ambiente, onde a mesma utiliza- se de e métodos para reduzir riscos para aqueles que transitam no ambiente hospitalar, e possibilita também uma melhor preservação do meio ambiente através da descontaminação/eliminação dos riscos de exposição, tornando o local seguro e promovendo a coleta seletiva e o descarte adequado dos matérias utilizados, assim como, auxiliando na prevenção e proteção do trabalhador; minimização de riscos em atividades de pesquisa; minimização de riscos no desenvolvimento tecnológico; minimização de riscos na prestação de serviços; proteção da saúde dos homens; proteção da saúde dos animais; proteção do meio ambiente. A biossegurança só se constitui como área especifica no Brasil a partir dos anos de 1970 e 1980, resultante de um grande número de casos onde tiveram-se graves infecções em ambientes laboratoriais. Antes de utilizar qualquer reagente químico, os funcionários do laboratório devem familiarizar-se com os riscos potenciais de incêndio associados a esse reagente. Estas informações podem ser encontradas nas especificações do produto, onde devem incluir produtos de decomposição, temperaturas críticas e o tipo de equipamento mais indicado para conter o incêndio caso o reagente pegue fogo. Destacam-se os incêndios em a) combustíveis comuns como madeira, papel, tecidos, plásticos, etc; b) líquidos combustíveis e inflamáveis; e c) fogo em equipamentos elétricos. Os incêndios trazem danos irreparáveis ao meio ambiente, segundo Batista (2004) “os incêndios são uma das mais importantes fontes de dano aos ecossistemas florestais nas regiões em desenvolvimento”, o campo florestal tem grande impacto devido à necessidade de novas áreas destinadas à agricultura e agropecuária. Destacamos a agricultura e a pecuária como o principal meio de subsistência para muitas famílias que vivem no interior. As queimadas acontecem para que possam plantar e preparar a terra para o cultivo e criação de animais, no entanto, essa ação faz com que a terra fique enfraquecida. Temos também as fogueiras, onde sem os devidos cuidados podem ocasionar em incêndios; os balões; as queimas de lixos; as causas acidentais, como por exemplo aqueles causados por rompimentos de cabos de eletricidade; as causas naturais, como os raios; e vale ressaltar também o Cerrado, o qual ocupa boa parte do território nacional. A saúde humana é afetada pelas queimadas porque a fumaça proveniente dela contém diversos elementos tóxicos. O mais perigoso material é formado por misturas de compostos químicos, ao serem inaladas percorrem todo o sistema respiratório, atingindo os alvéolos pulmonares durante as trocas gasosas e chegando à corrente sanguínea. Partículas de 1 a 5µm, geralmente depositam- se por sedimentação na traqueia, nos brônquios e nos bronquíolos. Partículas com menos de 1µm de diâmetro, em geral depositam-se por difusão nos pequenos bronquíolos e alvéolos (WHO, 1979). Estudos feitos nos EUA sobre envenenamento por monóxido de carbono demonstraram que a segunda causa de envenenamento por CO naquele país provém de inalação de fumaça causada por incêndios, dentre eles os incêndios florestais (Varon et al., 1999). A Organização Mundial da Saúde de 1946 destaca que a “saúde é o estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não meramente a ausência de doenças” (Ribeiro, 2001). Diferente de Audy (1971), o autor vê a saúde como “propriedade contínua, potencialmente mensurável, da habilidade de um indivíduo reagir a insultos químicos, físicos, infecciosos, psicológicos ou sociais”. Na figura abaixo (figura 1) podemos observar as consequências que as queimadas trazem à saúde da população. Desse modo, quanto mais sério o desfecho, menor será a população atingida. Figura 1: Pirâmide dos efeitos à saúde segundo a OMS. A Organização Mundial da Saúde nos indica quatro abordagens para tratar dos riscos à saúde devido a emissões de queimadas, sendo elas: a caracterização da magnitude e da composição das emissões e suas transformações durante o transporte; a quantificação de concentrações resultantes de poluentes tóxicos na atmosfera de áreas povoadas; a avaliação de cenários prováveis da exposição para populações afetadas (ambientes fechados e abertos); e a avaliação de riscos de saúde para as exposições humanas. Incêndios residenciais são causados pela interação de fatores sociais, ambientais e econômicos. Avanços tecnológicos como as lâmpadas elétrica e o aquecedor a gás trouxeram benefícios, mas também criaram fontes de ignição para o fogo dentro das residências. JENNINGS (1999, p.8). O crescimento desordenado das cidades proporciona a diminuição da qualidade da infraestrutura e proporciona o aumento do número de incêndios, alguns dos métodos utilizados para combater este foram: as instalações de mangueiras nos edifícios, construção de elevadores fechados para evitar a propagação de fumaça, instalação de um sistema de abastecimento de água separado e as instalações de hidrantes em frente à prédios altos onde existam reservatórios de água. Estudos de caso mostram que os incêndios residenciais estão ligados à pobreza, excesso de pessoas em residências, supervisão inadequada de crianças, abuso de álcool e drogas, falta de detectores de fumaça e descuido por parte de adultos. Fonte: google, 2021. O combate de incêndios segue a ordem da utilização de técnicas e equipamentos adequados de extinção de incêndio, abastecimentoe comunicação. Um importante aliado aos controles de incêndios e queimadas é o Sistemas de Informações Geográficas – SIG. Os SIG são equipamentos e meios tecnológicos para se estudar o espaço terrestre, utilizados por pesquisadores, empresas, ONGs, governos, serviços de inteligência, entre outros. Ele consiste na utilização de satélites e radares, para a captação de informações e imagens acerca da superfície terrestre, podendo oferecer informações importantes, como a extensão de uma área agrícola, o tamanho de uma determinada cobertura vegetal, localizar focos de incêndios e desmatamentos. Essa ferramenta nos possibilita através das imagens de satélites identificar os focos de incêndios, sejam eles nos núcleos urbanos, quanto nos ambientes florestais. OBJETIVO GERAL Apresentar técnicas de prevenção contra incêndios, como detectores de fumaça, os quais são capazes de detectar e reconhecer, tanto fumaça quanto um princípio de incêndio em uma determinada área. A prevenção e combate a incêndio tem o objetivo de salvar a vida, que é o patrimônio mais valioso que existe, permitindo que as pessoas daquele local voltem para casa e seus entes queridos, e também preservar o valor patrimonial do estabelecimento e toda a edificação. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ❖ Discutir a importância da biossegurança na sociedade; ❖ Porque acontecem os incêndios; ❖ Danos causados à saúde; ❖ Prevenção e combate a incêndios. CONCLUSÃO Em virtude dos fatos mencionados, ficou claro a importância da biossegurança na vida tanto dos profissionais da saúde quanto na vida da população. A partir do conceito trabalhado pela ANVISA, onde trabalha a condição de segurança alcançada por um conjunto de ações com o objetivo de prevenir, controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes às atividades que possam comprometer a saúde humana, animal e o meio ambiente, trazemos uma problemática que está em destaque na atualidade, a prevenção e o combate aos incêndios. Além de ser um grande problema ambiental, as queimadas acarretam em uma série de prejuízos à saúde humana. É de suma importância destacar as queixas por problemas respiratórios provindos de queimas e fumaças, onde prejudicam a saúde da população. Uma das soluções para evitar esse cenário caótico, é trabalhar a educação ambiental, a partir de uma política que estimule o fim das queimadas, com a conscientização sobre os perigos e as consequências dessa prática, tanto para a saúde quanto para o meio ambiente, em curto e longo prazo. Uma importante ferramenta no monitoramento de incêndios, sejam eles em núcleos urbanos ou em zonas florestais são os chamados SIG’s, eles nos auxiliam, através de imagens de satélites e produções de materiais cartográficos, nas descobertas de incêndios e nos ajudam pensar a em estratégias que possamos desenvolver para a prevenção e combate de incêndios. REFERÊNCIAS Organização Mundial de Saúde (OMS). Indicadores para o estabelecimento de políticas e a tomada de decisão em saúde ambiental [mimeo]. Genebra: OMS; 1998. AUDY, J.R. Measurement and diagnosis of health. In Shepard, P. & McKinley, D.(eds.) Environ/mental. essays on the planet as a home. New York, Houghton Mifflin,1971 Varon, J., Marik, PE, Fromm, RE e Gueler, A. (1999) Carbon Monoxide Poisoning: A Review for Clinicians. The Journal of Emergency Medicine, 17, 87-93. https://doi.org/10.1016/S0736-4679(98)00128-0 WHO. World Health Organisation. Sulfur oxides and suspended particulate matter.Environmental Health Criteria, 8, Genève, 1979 PENA, Rodolfo F. Alves. "SIG"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/sig.htm. Acesso em 17 de junho de 2021. https://www.gov.br/anvisa/pt-br Teixeira, P. & Valle,S. Biossegurança: uma abordagem multidisciplinar. Rio de Janeiro: Ed. FIOCRUZ, 1996. JENNINGS, Herbert Spencer. Heredity, variation and evolution in Protozoa I. The Journal of Experimental Zoology 5 (4): 577-632, 1908a. MARCONDES, José Sérgio (22 de setembro de 2020). Prevenção e Combate a Incêndios. O que é, principais medidas preventivas. Disponível em Blog Gestão de Segurança Privada: https/gestaodesegurancaprivada.com.br/prevenção-e-combate-a- incendio-principaois-medidas-metodos/-Acessado em (17-06-2021). RIBEIRO, Vera Masagão, JOIA, Orlando, PIERRO, Maria Clara Di. Visões da educação de Jovens e Adultos no Brasil. Cadernos Cedes, ano XXI, nº 55, novembro/2001. Disponível em: www.scielo.be/pdf/ccedes/v21n55/5541.pdf>. Acesso em 17-06-2021. BATISTA, Emerson de Oliveira. Sistema de Informação: o uso consciente da tecnologia para o gerenciamento. São Paulo: Saraiva, 2004. https://doi.org/10.1016/S0736-4679(98)00128-0 https://www.gov.br/anvisa/pt-br
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