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1 FACULDADE ÚNICA DE IPATINGA 2 Cibelle Machado Carvalho Bacharela em Gestão Ambiental (2013) pela Universidade Federal do Pampa. Especialista em Educação, com ênfase em educação ambiental não formal (2015), Mestra em Enge- nharia Ambiental (2015) e Doutora em Engenharia Civil - UFSM, com ênfase em Recursos Hídricos, Gestão e Saneamento Ambiental (2016-2020) pela Universidade Federal de Santa Maria. Possuo pós doutorado em disponibilidade hídrica e cenários de mudanças climáti- cas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais- INPE. Além disso, tem experiência como conteudista, validadora de materiais didáticos e e-books para universidades a distância, além de, experiências em tutorias a distância. Foi docente em universidade pública e pri- vada, nos níveis de graduação, pós-graduação e técnicos. POLUIÇÃO E SANEAMENTO AMBIENTAL 1ª edição Ipatinga – MG 2021 3 FACULDADE ÚNICA EDITORIAL Diretor Geral: Valdir Henrique Valério Diretor Executivo: William José Ferreira Ger. do Núcleo de Educação a Distância: Cristiane Lelis dos Santos Coord. Pedag. da Equipe Multidisciplinar: Gilvânia Barcelos Dias Teixeira Revisão Gramatical e Ortográfica: Izabel Cristina da Costa Revisão/Diagramação/Estruturação: Bárbara Carla Amorim O. Silva Carla Jordânia G. de Souza Rubens Henrique L. de Oliveira Design: Brayan Lazarino Santos Élen Cristina Teixeira Oliveira Maria Luiza Filgueiras © 2021, Faculdade Única. Este livro ou parte dele não podem ser reproduzidos por qualquer meio sem Autorização escrita do Editor. T314i Teodoro, Jorge Benedito de Freitas, 1986 - . Introdução à filosofia / Jorge Benedito de Freitas Teodoro. – 1. ed. Ipatinga, MG: Editora Única, 2020. 113 p. il. Inclui referências. ISBN: 978-65-990786-0-6 1. Filosofia. 2. Racionalidade. I. Teodoro, Jorge Benedito de Freitas. II. Título. CDD: 100 CDU: 101 Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária Melina Lacerda Vaz CRB – 6/2920. NEaD – Núcleo de Educação as Distancia FACULDADE ÚNICA Rua Salermo, 299 Anexo 03 – Bairro Bethânia – CEP: 35164-779 – Ipatinga/MG Tel (31) 2109 -2300 – 0800 724 2300 www.faculdadeunica.com.br 4 Menu de Ícones Com o intuito de facilitar o seu estudo e uma melhor compreensão do conteúdo apli- cado ao longo do livro didático, você irá encontrar ícones ao lado dos textos. Eles são para chamar a sua atenção para determinado trecho do conteúdo, cada um com uma função específica, mostradas a seguir: São sugestões de links para vídeos, documentos cientí- fico (artigos, monografias, dissertações e teses), sites ou links das Bibliotecas Virtuais (Minha Biblioteca e Biblio- teca Pearson) relacionados com o conteúdo abor- dado. Trata-se dos conceitos, definições ou afirmações im- portantes nas quais você deve ter um maior grau de atenção! São exercícios de fixação do conteúdo abordado em cada unidade do livro. São para o esclarecimento do significado de determi- nados termos/palavras mostradas ao longo do livro. Este espaço é destinado para a reflexão sobre ques- tões citadas em cada unidade, associando-o a suas ações, seja no ambiente profissional ou em seu cotidi- ano. 5 SUMÁRIO POLUIÇÃO AMBIENTAL E SOCIEDADE ..................................................... 8 1.1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 8 1.2 POLUIÇÃO E OS DANOS PROVOCADOS: RISCOS E VULNERABILIDADES ........... 9 1.3 IMPACTOS AMBIENTAIS E A POLUIÇÃO E SUAS CONSEQUÊNCIAS SOCIAIS, ECONÔMICAS E AMBIENTAIS .............................................................................. 13 1.4 IMPACTO AMBIENTAL, DEGRADAÇÃO AMBIENTAL, POLUIÇÃO AMBIENTAL E CONTAMINAÇÃO: DIFERENÇAS CONCEITUAIS ................................................. 16 FIXANDO O CONTEÚDO ...................................................................................... 18 POLUIÇÃO E OS SISTEMAS AMBIENTAIS ................................................. 24 2.1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 24 2.2 TIPOS DE POLUENTES ............................................................................................ 25 2.3 FONTES DE POLUIÇÃO ......................................................................................... 26 2.4 TIPOS DE POLUIÇÃO ............................................................................................. 28 2.4.1 Poluição atmosférica ................................................................................... 28 2.4.2 Poluição dos solos ......................................................................................... 30 2.4.3 Poluição radioativa ...................................................................................... 31 2.4.4 Poluição sonora............................................................................................. 34 FIXANDO O CONTEÚDO ...................................................................................... 37 SAÚDE E SOCIEDADE .............................................................................. 42 3.1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 42 3.2 SAÚDE PÚBLICA E AMBIENTAL ............................................................................. 42 3.3 EPIDEMIOLOGIA E PARASITOLOGIA ................................................................... 46 3.4 TÉCNICAS E LEGISLAÇÕES DE CONTROLE DE POLUIÇÃO ................................. 47 FIXANDO O CONTEÚDO ...................................................................................... 50 RECURSOS HÍDRICOS E POLUIÇÃO ........................................................ 54 4.1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 54 4.2 RECURSOS HÍDRICOS NO BRASIL ........................................................................ 55 4.3 POLUIÇÃO DA ÁGUA ........................................................................................... 59 4.4 INDICADORES DE QUALIDADE DA ÁGUA .......................................................... 61 FIXANDO O CONTEÚDO ...................................................................................... 65 SANEAMENTO AMBIENTAL ...................................................................... 70 5.1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 70 5.2 A IMPORTÂNCIA DO SANEAMENTO E SUAS LEIS E DIRETRIZES ......................... 71 5.3 TRATAMENTO DE ÁGUA E ESGOTO ..................................................................... 74 5.4 DRENAGEM URBANA ........................................................................................... 77 FIXANDO O CONTEÚDO ...................................................................................... 82 GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ............................................................. 87 6.1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 87 6.2 POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS E SEUS INSTRUMENTOS .............. 88 6.3 PLANO INTEGRADO E GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS .................... 90 6.4 FORMAS DE TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS ..... 93 FIXANDO O CONTEÚDO ...................................................................................... 96 RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO ............................................. 100 UNIDADE01 UNIDADE 02 UNIDADE 03 UNIDADE 04 UNIDADE 05 UNIDADE 06 6 REFERÊNCIAS ......................................................................................... 101 7 CONFIRA NO LIVRO Exploraremos o conceito de poluição, impacto ambiental, degra- dação ambiental e os seus danos provocados, a partir dos riscos e vulnerabilidades. Além disso, discutiremos a poluição e suas conse- quências sociais, econômicas e ambi-entais. Discutiremos a poluição e os sistemas ambientais, além dos concei- tos sobre poluentes, fontes e tipos de poluição, processos e classifi- cações. Buscaremos expor os conceitos sobre o que é saúde pública e am- biental. Além disso, retrataremos as doenças que surgem em con- sequência da falta de saneamento. Além disso, serão expostos as principais leis que regem a responsabilização da poluição do ar, água e solo. Entenderemos a poluição das águas e suas consequências para a sociedade. Além disso discutiremos a importância dos recursos hídri- cos para as diretrizes do saneamento ambiental e básico. E por fim compreenderemos os indicadores de qualidade de água bruta. Iremos compreender o que é saneamento ambiental seu conjunto estrutural, leis e diretrizes de saneamento básico. Além disso, estuda- remos as etapas do tratamento de água e esgoto e como isso inter- fere na saúde pública. E por fim es-tudaremos a drenagem urbana e sua importância ambiental e social. Estudaremos a Política Nacional de Resíduos Sólidos e seus Instru- mentos, plano integrado e gerenciamento de resíduos sólidos e suas diferenças. Além disso, vamos compreender as formas de trata- mento e disposição final. 8 POLUIÇÃO AMBIENTAL E SOCIEDADE 1.1 INTRODUÇÃO A sociedade ao longo dos anos, vem modificando o meio ambiente. Por que você acha que isso acontece? Por que falar e discutir poluição apenas no século XXI? O progressivo esgotamento dos recursos naturais e a poluição vêm ganhando espaço para uma análise crítica e discussões reflexivas sobre a nossa sociedade. A poluição é a introdução de substâncias tóxicas ao meio ambiente. Quando discutimos porque conhecer os tipos, formas e as consequências da poluição é en- tender que estamos debatendo a sobrevivência das atuais e futuras gerações. A po- luição se intensificou no início da era industrial, meados dos séculos XVIII e XIX. Com o aumento da industrialização, houve também o da urbanização (as pessoas se mo- ravam perto do trabalho), que por consequência obteve pequenas cidades aglo- meradas com condições precárias de saneamento, devido ao rápido crescimento e falta de planejamento urbano. Este processo se deve ao êxodo das populações que residiam em áreas rurais, e foram trabalhar nas cidades, consequência da precariedade das zonas rurais e a revolução verde. Vale mencionar que este processo de “despejo rural” devido a re- volução agrícola (mudança da grande escala do trabalho humano pelas máquinas), as cidades transformaram-se em camponeses desesperados, marginalizados e uma grande reserva de mão de obra desempregada (RIBEIRO, 2020). Neste processo as consequências sociais e ambientais foram devastadoras para a humanidade, ou seja, a poluição e a falta de saneamento trouxeram doenças hídricas, sonoras, vírus, parasitas e pandemias mundiais. A sociedade se distanciou do meio ambiente, com isso a relação do homem e os recursos naturais tornaram-se apenas utilitarista. Destaca-se, que a preocupação com as questões ambientais estava ligada a padrões de produção e a insustentabilidade no consumo, e não nas consequências destes processos. Com o passar dos anos a sociedade e a legislação brasileira reco- nheceram que “meio ambiente é um conjunto de condições, leis, influências e inte- rações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em UNIDADE 9 todas as suas formas” (BRASIL, 1981, Art.º 3) e que degradar e poluir o meio ambiente é crime. Capra (1996) salienta que o pensamento sistêmico é um pensamento ambien- talista e a mudança das partes influência o todo. Reconhecer a existência da polui- ção e suas formas de combatê-la, além da precariedade do saneamento é uma questão de saúde pública, e, discutir políticas adequadas é fundamental para a sus- tentabilidade. Neste capítulo, você irá pensar a realidade da sociedade de modo mais complexo e multidisciplinar. Assim, irá compreender e entender como a polui- ção acontece, suas consequências e os impactos sociais, econômicos e ambientais. Bons estudos! 1.2 POLUIÇÃO E OS DANOS PROVOCADOS: RISCOS E VULNERABILIDADES Poluir vem do latim e significa “sujar a natureza” (SOUSA, 2019). O mesmo autor retrata que o ato de poluir é uma alteração natural, resultantes de ações antrópicas, que tem por consequência desfigurar as características físicas, químicas e biológicas por meio de uma adição ou remoção de alguma substância. Poluição é uma alteração no sistema ambiental. Derisio (2012) retrata que a poluição ambiental é a degradação do meio ambiente, resultado das atividades antrópicas. Além disso, o autor retrata como um processo que afeta a saúde, segu- rança e bem-estar da população e suas condições sanitárias. Poluir é liberar toxinas, no ar, nas águas, no solo; quantidades que estão em desacordo com as normas e padrões pré-estabelecidos pelas normativas. Vale a pena mencionar, que nem sempre uma alteração no meio ambiente é uma poluição. Um lançamento de uma pequena carga de esgoto sanitário em uma bacia hidrográfica, pode acarretar na diminuição de oxigênio, porém se o rio se auto depurar e não afetar a vida aquática e nem os seres que fazem parte da cadeia alimentar, o impacto não é considerado uma poluição. Quer um exemplo? Uma indústria tem por obrigação fazer o tratamento correto do seu esgoto e seus resíduos, liberar de forma inadequada e em grandes quantidades para nossas bacias hidrográficas, sem que a bacia consiga auto depurar a matéria orgânica, pode acar- retar consequências devastadoras, como a eutrofização (aumento de matéria orgâ- nica nos ambientes aquáticos). O processo de eutrofização aumenta a quantidade de algas e cianobactérias 10 nos rios ou lagos, assim, diminui o oxigênio na água e tem como resultância a mor- tandade de peixes (Figura 1). Vale a pena destacar que este processo pode também ser ocasionado pela liberação do esgoto in natura (sem tratamento) nos rios pela própria sociedade (Figura 2). Figura 1: Mortandade de peixes consequência da eutrofização a partir do lançamento de esgoto in natura (sem tratamento) nos rios Disponível em: https://bit.ly/3km1Wl6. Acesso em: 04 dez. 2020. Desta forma, esta poluição acarreta em impactos ambientais, sociais, econô- micos e culturais. Ambiental devido a destruição da flora e fauna dos rios pela exces- siva matéria orgânica. Social porque afeta a qualidade das águas e por consequên- cia as atividades dos seres humanos que necessitam de uma condição hídrica ade- quada para fins domésticos, comerciais, agrícolas, industriais, como retrata a legisla- ção. Econômico, porque o custo do tratamento da água se torna superior ao espe- rado, além disso, pode acarretar na falta do recurso hídrico, dependendo da quali- dade da água. Destaca-se que, o grande problema não é a falta da água, mas do recurso hídrico disponível, em quantidade e qualidade significativos para a vida hu- mana. E por fim, cultural, porque o grupo social ou a comunidade pode não desen- volver práticas que realizaram uma vida toda, como a pesca, extrações de frutas nativas, empecilhos de navegação e do turismo local, oriundos da beleza cênica da natureza. Figura 2: Lançamentode esgoto in natura (sem tratamento) nos rios 11 (UFMG -INCT Sustentáveis) Disponível em: https://bit.ly/3km1Wl6. Acesso em: 04 dez. 2020. Sabemos que o mundo é repleto de água (oceanos, ar, atmosfera, solos, rios), mas, o recurso hídrico em quantidade e qualidade adequada está se extinguindo. Nas diversas regiões do mundo, o recurso hídrico é considerado uma situação de escassez, devido, principalmente, por uma destruição quanti-qualitativa gradual no espaço e tempo de suas bacias hidrográficas (CARVALHO, 2020). O antagonismo, entre o meio ambiente e o desenvolvimento, obteve diversas discussões nas últimas décadas no Brasil, devido, principalmente, a grandes aciden- tes ambientais dos últimos anos acarretando em consequências de poluições incal- culáveis. Exemplo disso, é o caso de Mariana, o rompimento da barragem de rejeitos, denominado de Fundão, ocorreu em novembro de 2015, onde o vazamento dos re- jeitos teve mais de 60 milhões de metros cúbicos despejados ao Rio Doce, que abas- tecia mais de 230 municípios dos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo. Wanderley et al. (2016) salienta que este é um processo e símbolo do megaciclo das commodi- ties e da forma particular que o Brasil se inseriu nele, quando as importações globais de minério saltaram de US$38 bilhões para US$277 bilhões. Em 2019 (Figura 3), ocorreu novamente este cenário no Estado de Minas Ge- rais/Brasil, no dia 25 de janeiro, no município de Brumadinho, controlada pela Vale S.A. Vale destacar que essas ocorrências, foram uma das maiores catástrofes ambi- entais do mundo. Somando esses dois episódios especificamente, foram quase 400 mortos, e os impactos ambientais, sociais e econômicos são incalculáveis (ANGOTTI, 12 2018). Figura 3: Desastre Ambiental, com consequências sociais, ambientais, culturais e econômicas Fonte: Agência Senado (2019, online) Uma das formas de discutir danos é entender os riscos e vulnerabilidades. Risco está associado ao processo de acontecer os danos ambientais, ou seja, uma conse- quência indesejável (ROCHA, 2006). No entanto o mesmo autor retrata que a vulnerabilidade é uma condição prévia que se manifesta durante o desastre ao não se investir suficientemente em prevenção e ao aceitar níveis de riscos muito elevados. Exemplifica-se isso com os números de mortos e feridos em uma inundação, consequência de um desastre, as- sim, como o custo total da reposição ou manutenção da catástrofe. Desta forma é necessário entender que é fundamental reduzir a vulnerabilidade, mas salienta-se que não é possível enfrentar as forças naturais ou anulá-las, porém é possível respon- der à pergunta: O que ou quem é vulnerável? E por quê? Com isso, a noção de risco está associada ao dano causado pela poluição, ou seja, a meio ambiente que foi degradado em todas as magnitudes. Determinada atividade de produção pode acarretar em um risco para uma população ou grupo social que está intrinsicamente ligada, pelo lugar onde reside ou trabalha. A so- ciedade necessita reconhecer a poluição, os impactos ambientais e o crescimento desenfreado de um “pseudodesenvolvimento” inexistente, visto que, sem as medidas e licenças ambientais adequadas, ocorrerá as catástrofes em grandes magnitudes e mais perdas de vidas humanas. Questiona-se: A vida humana vale esse “desenvolvi- mento e progresso” capitalista? Desta forma, tomar decisões frente a estas ameaças; onde a necessidade de 13 maiores probabilidades de certezas e menores riscos, tornou-se primordial para uma sociedade do século XXI, que necessita desenvolver, mas com a certeza que as le- gislações estão sendo cumpridas, mas evitar a perda de mais vidas. 1.3 IMPACTOS AMBIENTAIS E A POLUIÇÃO E SUAS CONSEQUÊNCIAS SOCIAIS, ECONÔMICAS E AMBIENTAIS As repercussões de um impacto seguida de uma poluição ambiental podem ir além de consequências ecológicas. Estas ações refletem no campo econômico, social, cultural, ambiental entre outros. Você quer um exemplo? Um reassentamento de um grupo social (comuni- dade) deslocado devido a um acidente ambiental (Figura 4), ou desmoronamento de terra, estes processos podem desfazer de toda uma rede de relações comunitá- rias, desaparecimentos de pontos de encontros familiares ou de amigos, referências de memória, manifestações e festas culturais, modificações do modo de vida popu- lar; e a grande maioria das vezes a sociedade não está preparada para essas mu- danças (SÁNCHEZ, 2013). Figura 4: Vazamento de óleo no nordeste brasileiro no ano de 2019 Fonte: Steckelberg (2019, online) Outro exemplo, foi o impacto do vazamento de óleo do nordeste brasileiro no O livro “Acidentes Ambientais e Planos de Contingências” (2014), de Henrique Chupil re- trata os efeitos dos acidentes ambientais, além de noções básicas de legislações pertinen- tes. Vale a pena ler! Disponível em: https://bit.ly/3pV6L64. Acesso em: 13 jan. 2021. 14 ano de 2019, com prejuízos incalculáveis para a sociedade. A magnitude da polui- ção é ainda desconhecida, mas as consequências são imediatas, como as dos pes- cadores, que não puderam mais trabalhar em virtude da poluição e da morte dos peixes. O óleo vazado barra a entrada de luz solar impedindo a fotossíntese das plan- tas e o deslocamento de peixes e fauna marítima (Figura 5). Além disso, há comunidades inteiras que sobrevivem do turismo local e dos alimentos como pei- xes e frutos do mar, estes são um dos impactos sociais, ecológicos e econômicos de difícil mensuração. Impacto cultural é entender que a cultura é a herança de valores e objetos compartilhados por uma sociedade relativamente coesa (MORIN; KERN, 1993). Sánchez (2013) retrata a cultura como um complemento da natureza. Desta forma, discutir poluição ambiental é entender que pode acarretar em impactos na cultura local, porque poluir é modificar o sistema original. A Constituição de 1988, retrata que o patrimônio cultural é o modo de criar, fazer e viver, conjuntos ecológicos, urbanos e paisagísticos e destaca que combater a poluição é proteger o meio ambiente (BRASIL, 1988). Descrito de outra forma, a partir de momento que o conceito de ambiente foi compreendido na legislação, a ideia de qualidade de vida foi inserida; e não somente o meio ambiente como re- curso. Figura 5: Fauna marítima sofrendo as consequências do vazamento de óleo no nordeste brasileiro Fonte: Souza (2019, online) 15 A Política Nacional do Meio Ambiente, Lei 6.938/1981 afirma que poluir é de- gradar a qualidade ambiental, resultante de atividades que direta ou indiretamente (BRASIL, 1981): a) Prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população; b) Criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; c) Afetem desfavoravelmente a biota; d) Afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; e) Lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambi- entais estabelecidos; IV - Poluidor, a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de de- gradação ambiental; V - Recursos ambientais: a atmosfera, as águas interiores, superficiais e subterrâneas, os estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo, os elemen- tos da biosfera, a fauna e a flora (BRASIL, 1981, Art. 3º). Além disso, a Lei 6.938/1981, discuti padrões de qualidade ambiental como instrumento da Política Nacional do Meio Ambiente, que tem por intuito estabelecer normas, resoluções, enquadramentos, diretrizes de controle de poluição. Outro instrumento bastante discutido na lei é a avaliação de impactos ambi- entais, que tem por discernimento revisar as atividades potencialmente poluidoras, ou seja, afirma a necessidade de normatizar,avaliar, planejar e organizar a produ- ção, instalação de processos altamente poluidores a sociedade. A capacidade de estabelecer padrões e normas permitiu que os órgãos públicos tivessem parâmetros e pudessem responsabilizar o poluidor de maneira correta e em todas as magnitudes (social, econômica, ambiental e cultural), ou seja, de todas as formas em que a soci- edade pode ser afetada. Poluir é introduzir a matéria ou energia que possa degradar o meio ambiente e afetar a sociedade e os seres vivos. Mas destaca-se que a degradação ambiental ou impacto ambiental não tem o como finalidade a poluição ambiental. A poluição ambiental é um processo que deve estar visualmente modificado ou sujo e que afete direta ou indiretamente a sociedade. Um exemplo disso, são os impactos ambientais que as construções de pontes, estradas, prédios, acabam de- senvolvendo ao longo da sua construção, ou seja, são processos que pode não existir poluição, caso haja o cumprimento correto das normas, resolução, diretrizes e legis- lações vigentes. 16 1.4 IMPACTO AMBIENTAL, DEGRADAÇÃO AMBIENTAL, POLUIÇÃO AMBIENTAL E CONTAMINAÇÃO: DIFERENÇAS CONCEITUAIS Segundo a Resolução CONAMA Nº 001 (1986), Impacto Ambiental é: [...] qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológi- cas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indireta- mente, afetam: I - a saúde, a segurança e o bem estar da população; II - as atividades sociais e econômicas; III - a biota; IV - as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; V - a qualidade dos recursos ambientais (CONAMA,1986, Art. 1º). Degradar é a alteração adversa das características do meio ambiente (LEITE, 2000; GUIMARÃES, 2002; ZANDONA, 2004; CHIUVITE, 2006). Vale destacar, que a polu- ição é um conceito previsto na Lei nº. 6.938/81, que salienta que poluição é um pro- cesso que afete e desfavoreça a biota, a condições estéticas e sanitárias e lança- mento em desacordo com as normas e padrões estabelecidos (BRASIL, 1981). Poluir é qualquer processo ou fator que possa modificar direta ou indiretamente o sistema ambiental original. Mas salienta-se que nem toda alteração no meio ambiente é con- sidera poluição ambiental. Pode ser exemplificado por um pequeno lançamento de esgoto doméstico em uma bacia hidrográfica, no qual, pode haver uma diminuição de oxigênio momentaneamente, mas que não afete a flora e fauna do local. No entanto, caso haja uma grande carga de esgoto, e o rio não consiga se auto depurar 17 é considerada poluição. Diversas vezes, o conceito de contaminação é descrito de forma equivocada. Contaminar é o ato de liberar ao meio ambiente substâncias, doenças e/ou patóge- nos que afete negativamente o ecossistema, que provoque mudanças no funciona- mento e estrutura da flora, fauna e ecossistemas como um todo (ACADEMIA DE CIÊNCIAS DO ESTADO DE SÃO PAULO, 1987). A contaminação modifica as características do ambiente (CIA. DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL, 2001). As águas dos rios podem estar po- luídas com sólidos em suspensão, ou seja, “barrenta”, mas pode não estar contami- nada. Mas caso, a água esteja com algum contaminante químico como mercúrio ou bactérias, a água estará contaminada. Vale a pena mencionar, que pode ocor- rer poluição de forma natural, um exemplo prático, é um rio lixiviado por rochas, ou por assoreamento dos rios, vegetais em decomposição etc. Muitas vezes a água com coloração acentuada, malcheirosa ou espumante pode ser no- civa a saúde dos seres humanos. No entanto, pode ocorrer de uma água ser límpida e inodora, existir vírus e patógenos, desta forma, consequentemente, fazer mal à saúde! En- tão nem sempre uma água poluída é ruim, mas uma água contaminada é sempre peri- gosa! 18 FIXANDO O CONTEÚDO 1. “Os efeitos ambientais estão associados, de modo geral, às diversas fases de exploração dos bens minerais, como à abertura da cava, (retirada da vegetação, escavações, movimentação de terra e modificação da paisa- gem local), ao uso de explosivos no desmonte de rocha (sobre pressão at- mosférica, vibração do terreno, ultra lançamento de fragmentos, fumos, gases, poeira, ruído), ao transporte e beneficiamento do minério (geração de poeira e ruído), afetando os meios como água, solo e ar, além da po- pulação local.” BACCI, Denise de La Corte; LANDIM, Paulo Milton Barbosa; ESTON, Sérgio Médici de. Aspectos e im- pactos ambientais de pedreira em área urbana. Rem: Revista Escola de Minas, v. 59, n. 1, p. 47-54, 2006. O texto faz referência sobre o modelo de exploração de atividades mine- rais, e salientando que como resultado como haver impactar nos recursos naturais. A partir do que foi apresentado acima, considere as seguintes afir- mações: I. Poluir é a mudança do sistema original. II. Todo o meio ambiente poluído, automaticamente, está contaminado. III. O acidente de Mariana, o rompimento da barragem de água, foi um processo que apenas causou impacto ambiental. É correto o que se afirma em: a) II, apenas. b) I, apenas. c) I e III. d) I e II. e) III, apenas. 19 2. (UFTM - Adaptado) Agência Nacional de Águas disse que água está den- tro dos parâmetros. Lama inundou rio após rompimento de barragem de rejeitos em Mariana. Disponível em http://g1.globo.com. Acesso em 13/11/2015. A tragédia em Mariana-MG provocada pelo rompimento da barragem de rejeitos pode trazer, além das consequências imediatas, outras futuras rela- cionadas principalmente a contaminação e poluição, analise as afirmati- vas. a) Agência Nacional das Águas está afirmando que a água está apenas po- luída e não contaminada, visto que está dentro dos parâmetros previstos. b) Agência Nacional das Águas está afirmando que a água apesar de con- taminada não está poluída. c) Agência Nacional das Águas está apenas considerando parâmetros ine- rentes a impactos econômicos para o tratamento de água. d) Agência Nacional das Águas, que o acidente de Mariana -MG, não teve impactos significativos aos recursos naturais. e) Agência Nacional das Águas está retratando que o importante é a água está dentro dos padrões exigidos, que a mineração tem impactos insignifi- cantes. 3. (CISPAR - PR - Adaptado) “De todos os fenômenos poluidores da água, a eutrofização é aquele que apresenta as mais complexas características, em função de sua base essencialmente biológica. O conceito de eutrofiza- ção relaciona-se com uma superfertilização do ambiente aquático, em de- corrência da presença de nutrientes. A eutrofização é, portanto, o fenô- meno que transforma um corpo d’água em um ambiente bastante fertili- zado ou bastante alimentado, o que implica um crescimento excessivo de plantas aquáticas”. 20 O texto demonstra que uma das consequências da poluição e o processo de eutrofização. Neste sentido, poluir pode causar e resultar em catástrofes e mortandades da flora e fauna. Assinale com V as alternativas verdadeiras e com F as alternativas falsas sobre Eutrofização. (X) O processo de eutrofização diminui a quantidade de algas e cianobac- térias nos rios. (X) O resultado da mortandade dos peixes é devido a entrada de muito luz solar nos rios, consequência da poluição. (X) A eutrofização é um processo que acarreta a diminui o oxigênio na água e tem como resultância a mortandade de peixes. (X) A eutrofização aumenta a matéria orgânica nos rios, lagos e/ou bacias hidrográficas. Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de respos- tas. a) V, F, V, F. b) V, V, V, V. c) V, V, F, F. d) F, F, V, V. e) F, V, F, V. 4. (ITAME)- Por poluição entende-se que seja a introdução pelo homem, di- reta ou indiretamente, de substâncias ou energia no ambiente, provo- cando um efeito negativo no seu equilíbrio, causando assim danos à saúde humana, aos seres vivos e aos ecossistemas. Sobre este conceito marque a alternativa incorreta: 21 a) As chuvas ácidas são um tipo de poluição, constituem em precipitações na forma de água e neblina que contêm ácido nítrico e sulfúrico. Elas decor- rem da queima de enormes quantidades de combustíveis fósseis, como pe- tróleo e carvão, utilizados para a produção de energia nas refinarias e usi- nas termoelétricas. b) Poluição luminosa é o tipo de poluição ocasionada pela luz excessiva ou obstrutiva criada por humanos. A poluição luminosa interfere nos ecossiste- mas, causa efeitos negativos à saúde, ilumina a atmosfera das cidades, re- duzindo a visibilidade das estrelas. c) A poluição térmica da água ocorre quando a temperatura de um meio de suporte de algum ecossistema aquático é aumentada ou diminuída, cau- sando um impacto direto na população desse ecossistema. d) Poluição é toda e qualquer forma de lançamento de matérias ou energia de acordo com os padrões ambientais estabelecidos. e) Poluição é um conceito generalista, previsto em lei, no qual retrata que a existência de vida humana tem por consequência poluir 5. (FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) - Os processos industriais são essenciais para o desenvolvimento da sociedade, mas atrelado e este desenvolvi- mento causam uma perda ambiental (em maior ou menor grau), depen- dendo das tecnologias e controles aplicados. Esta perda ambiental é descrita como: a) degradação dos efluentes. b) ilhas de calor. c) poluição. d) degradação da camada de ozônio. e) sustentabilidade. 6. (FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) - Os efeitos da crise ambiental são sentidos no cotidiano dos seres humanos, configurando-se o risco e vulnerabilidade 22 ambiental a que determinados grupos sociais são submetidos, deman- dando dessa forma, o que se denomina justiça ambiental. Desta forma, como se é definido o risco ambiental? a) Um mecanismo pelo qual a sociedade destina a maior carga dos danos ambientais do desenvolvimento a grupos sociais de trabalhadores, popu- lações de baixa renda e populações mais vulneráveis. b) O risco está associado ao dano causado pela poluição. c) Conjunto de princípios que asseguram que nenhum grupo de pessoas su- porte uma parcela desproporcional das consequências ambientais nega- tivas de operações econômicas. d) Um princípio em que os custos ambientais devem ser plenamente assumi- dos por programas federais e) Nenhuma das alternativas. 7. A degradação ambiental é uma realidade. A partir de seu conhecimento em degradação ambiental e os impactos causadores, pode-se afirmar que o principal responsável pelo meio ambiente brasileiro e suas alterações é (são): a) Os carros. b) Ação antrópica. c) Ação da flora e fauna e suas resiliências. d) Localização das bacias hidrográficas (oferta e demanda). e) As legislações. 8. (CONSESP) “A poluição das águas é caracterizada pela introdução de qualquer matéria ou energia responsável pela alteração das propriedades físico-químicas de um corpo d'água. Isso compromete a qualidade das águas superficiais e subterrâneas, afetando a saúde de espécies animais e vegetais em vários pontos do Planeta." 23 Nesse sentido, são consideradas medidas para minimizar a poluição hí- drica, com exceção de uma das alternativas. Indique-a. a) Educação ambiental para a população em geral, principalmente nas es- colas. b) Utilizar produtos químicos menos agressivos ao meio ambiente. c) Promover a eutrofização da água com a presença de nutrientes oriundos de produtos químicos e orgânicos, provocando a proliferação de algas, que reduzem a entrada de luz nos ambientes fluviais e reduzem, assim, a oxigenação da água. d) Intensificar fiscalização de indústrias. e) nenhuma das alternativas anteriores. 24 POLUIÇÃO E OS SISTEMAS AMBIENTAIS 2.1 INTRODUÇÃO A sociedade nas últimas décadas, atravessou impactos ambientais com con- sequências desastrosas. A Agenda 21 e a Rio 92 foram marcos históricos para um caminho de desenvolvimento sustentável. No entanto, foi barrado por países desen- volvidos que não compreenderam, que estabelecer padrões de emissão de gases e todos os processos e normas que objetivam a sustentabilidade é um caminho exequí- vel para a sobrevivência e qualidade ambiental da humanidade. As legislações, resoluções e normas ambientais foram criadas para um controle de poluição nos sistemas ambientais. Vale mencionar, que as cidades ainda crescem de forma descontrolada, ocupações indevidas e sem políticas públicas efetivas, com isso, há um demasiado descontrole no saneamento, e por consequência ocorrem as doenças como febres tifoide, hepatite, leptospirose, amebíase, giardíase, entre ou- tros. Sabe-se que todos os seres vivos reagem com seu ambiente e por consequên- cia produz resíduos. O meio ambiente pode dispô-lo pela autodepuração se os ma- nejar de forma adequadas e nas normas preestabelecidas. Mas você já imaginou uma sociedade, participando e entendendo porque defender o meio ambiente? Es- tes fatos só irão ocorrer se a população compreender que a poluição pode ser re- gredida com políticas públicas adequadas e fiscalizações das legislações vigentes. Os seres humanos têm desenvolvidos resíduos e poluentes em larga escala em forma de matéria e energia. O sistema atual tem um alto impacto sanitário, social, econômico, ambiental e cultural (DERISIO, 2012) e que afetam a saúde ambiental e A Agenda 21- É um documento assinado por 179 países para criar soluções para os pro- blemas ambientais do mundo e tem como objetivo desenvolver um compromisso político. Esta agenda foi criada na RIO 92 -Conferência das Nações Unidas, também conhecida como ECO 92, que foi realizada no Rio de Janeiro/Brasil. UNIDADE 25 os recursos naturais. Assim as interferências adequadas são fundamentais para segu- ridade da humanidade. Por conseguinte, para entender estes fatos, vamos estudar o que são poluen- tes, tipos de poluição e suas fontes. Bons estudos! 2.2 TIPOS DE POLUENTES Há dois tipos de poluentes: os que existem na natureza e os que não existem na natureza. O quadro 1, explica essas definições. Quadro 1: Tipos de poluentes Existem na natureza Não existem na natureza São poluentes que existem, mas tiveram seu teor agravado por ações antrópicas (ação do homem). Por exemplo: Dióxido de carbono (CO2): emitido em queimadas de florestas e a uti- lização de combustíveis fósseis. Metano: Encontrado em lixões, lugares de criadouros de gado etc. Os poluentes que se acumulam e provocam efeitos danosos. Por exemplo: O diclorodifeniltricloroetano (DDT) um dos pesticidas mais utilizados em monocultu- ras de larga escala no século passado. Clorofluorcarbono (CFCs) que eram utilizados em industrias de refrigeração. Fonte: Adaptado de Kluczkowski (2015) Outro processo de classificação bastante mencionado na literatura são os ti- pos de poluentes: primários e secundários. Os Poluentes primários têm como carac- terística a emissão direta para a atmosfera, ou seja, chaminés das fábricas, escapa- mentos veiculares, partículas em suspensão. Os poluentes secundários são emissões que não tem existência de uma fonte de forma direta, mas são processos físicos e químicos no meio ambiente (DERISIO, 2012; KLUCZKOVSKI, 2015). Um exemplo de po- luente secundário é o ozônio, que são reações fotoquímicas da atmosfera resultante da liberação no monóxido de carbono, óxidos de nitrogênio e/ou outros compostos voláteis. As classificações dospoluentes, podem ser pela presença a natureza (que existem e se acumularam e as que foram construídas pelo homem); pelas emissões (primário e secundário). No entanto, essas classificações segue as características fí- sicas, químicas e biológicas, de acordo coma Figura 6. Figura 6: Características físicas, químicas e biológicas 26 Fonte: Adaptado de Kluczkowski (2015) Vale mencionar, que os poluentes podem ser considerados conservativos, que são caracterizados pelos resíduos que não são dissipados pelo meio ambiente, pela sua difícil degradação. Um exemplo típico, são os metais, chumbo, zinco que podem se acumulados no solo ou na água, e por consequência podem passar pela cadeia alimentar, ou seja, ir para as algas, peixes até chegar aos seres humanos; se acumu- lando ao longo da vida. E não conservativos são poluentes que podem ser degradados por microrga- nismos, ou podem reagir com outras substâncias, um exemplo característico são os efluentes domésticos que podem modificar sua concentração ao longo do tempo, com a autodepuração dos rios, são processos que podem modificar no consumo da cadeia trófica. 2.3 FONTES DE POLUIÇÃO As fontes de poluição podem ser caracterizadas pela sua natureza e a área que ocupa, este processo se divides em quatro grandes magnitudes: fontes fixas, móveis, pontuais e difusas. 27 As fontes fixas podem ser pontuais ou difusas, as pontuais, se consegue facil- mente identificar o foco da poluição, exemplo são pontos de liberação do esgoto doméstico a céu aberto para uma bacia hidrográfica ou para o mar. As fontes pon- tuais tem uma classificação de acordo com o Relatório n0 40.674 (COMITÊ DA BACIA HIDROGRÁFICA DO TIETÊ-JACARÉ, 2000) realizado pelo Comitê de Bacia Hidrográfica do Tietê/Jacaré. Foi pontuado quatro fontes pontuais em maior magnitude: 1) car- gas domésticas, 2) origem industrial e 3) resíduos sólidos domésticos, 4) disposição dos resíduos industriais. As fontes difusas não se encontram um ponto de poluição exato, ou seja, a origem não é encontrada facilmente, pode ser transportada de diversas maneiras, são de difícil controle e identificação. Além do que, podem ser geradas por áreas extensas, e associadas a chuva, escoamento superficial, lixivia- ção de compostos do solo, drenagens de água, entre outros. Desta forma, as fontes difusas têm a necessidade de numerosos pontos de monitoramento e cuidadosos métodos de amostragem (KLUCZKOVSKI, 2015). Exem- plos são as infiltrações de agrotóxicos no solo, que por consequência poluem os aquíferos, bacias hidrográficas e solo. Estes processos podem ocorrer de diversas ma- neiras, como deflúvios superficiais, irrigação, erosão dos solos, infiltração etc. As fontes móveis podem ser através das emissões de gases (Figura 7), no qual, possa não existir, um foco único, e não saber quem é, o que está sendo liberado. Destaca- se que muitas vezes não tem como descobrir quais são as fontes, visto que os gases podem se diluir e ir para lugares distantes. Figura 7: Poluição por emissão de gases Fonte: Revista Exame (2014, online) 28 Para finalizarmos esse subitem, vamos ressaltar, que as fontes de poluentes po- dem ser caracterizadas pelas condições físicas, químicas, biológicas, microbiológi- cas, e serem transportados pelo ar, água, solo, organismos individuais, entre outros. Salienta-se que as principais fontes de poluentes do ar, da água e do solo são: o local aonde os resíduos são depositados, pátios de estocagem, industriais, curtu- mes, efluentes industriais, mineração, dejetos humanos, bovinos, suínos e criatórios de animais em confinamento com um todo. A disposição de forma incorreta de pestici- das e fertilizantes tem se definido uma problemática bem atual como fonte de polu- entes. 2.4 TIPOS DE POLUIÇÃO Há diversos tipos de poluição e nesse subitem iremos discutir a poluição do ar (atmosférica), dos solos, a radioativa, sonora. 2.4.1 Poluição atmosférica A poluição atmosférica também conceituada como poluição do ar, consiste na presença de toxidades na atmosfera. Esta poluição decorre de concentrações de substâncias liberadas por ações antrópicas ao meio ambiente, e que afeta direta ou indiretamente a saúde dos seres humanos. O ar tem como objetivo básico manter a vida, sua manutenção deve ser nor- matizada e fiscalizada através das políticas públicas e sua qualidade a níveis tolerá- veis. Vale destacar, que a atmosfera regula a temperatura terrestre, e são uma mis- tura de gases incolores e inodoras. Na poluição atmosférica, há poluentes primários que estão presentes no ar de- vido a algum processo antropogênico e os poluentes secundários que são produzidos pela atmosfera, ou seja, é a reação de dois ou mais poluentes primários (Figura 8). Como na figura a seguir, o ozônio (03) e o PAN (peroxiacetilnitrato) são oxidantes fotoquímicos, ou seja, poluentes secundários. 29 Figura 8: Poluentes Primários e Secundários Fonte: Lisboa (2014, p. 08) As principais fontes de poluição do ar são as fontes industriais, queima de resí- duos e combustíveis, fontes de radiação, evaporação de produtos, queimadas flo- restais, fundições, entre outros. Vale destacar, que há poluição por fontes naturais, originárias de fenômenos biológicos e geoquímicos, como por exemplo, vulcões e descargas elétricas. Em 1991, foi um exemplo típico de poluição natural, o monte Pinatubo nas Fili- pinas, entrou em erupção, por consequência, lançou 15 milhões de toneladas de SO2, que formaram aerossóis ácidos na estratosfera. Poluir o ar é um processo químico e físico que causa a sua instabilidade, em função, das concentrações dos reagentes. Desta forma, tem como consequência, a disfunção dos processos meteorológicos e umidade relativa do ar. Na atmosfera há processos que permanentemente ocorrem reações quími- cas, porém absorve diversas variáveis de condimentos líquidos, sólidos e gasosos, tanto de forma natural como antrópica, que tem por consequência uma reação com outras substâncias presentes e/ou ocorre sua dispersão na atmosfera. Há duas fontes de poluição do ar: As fontes específicas e fontes múltiplas. As fontes es- pecíficas são fixas, ou seja, está em um determinado lugar ou território, ocupam uma cidade, distrito, é limitado e se tem propriedade em reconhecer a fonte da poluição. 30 As fontes múltiplas podem ser fixas ou móveis, são processos que dispersam e há difi- culdade de se encontrar a fonte poluidora, ou seja, depende da propriedade quí- mica, que tem poder de dispersão. A poluição atmosférica é uma poluição de diversas fontes, formas e processos. Vale destacar, que apenas em produtos químicos provenientes de atividades antró- picas industriais, se encontra na estratosfera, aproximadamente 65 mil substâncias (LISBOA, 2014). Os efeitos da poluição começam pelo material particulado, logo que, interferem na visibilidade humana e está associado com a produção de corrosão e sujeiras em superfícies. Os tamanhos das partículas têm papel importante sobre o efeito da saúde, as “chamadas partículas finas” penetram profundamente nos alvéolos pulmonares, causando danos irreparáveis (DERISIO, 2012). 2.4.2 Poluição dos solos O solo é a consequência das interações biológicas, físicas e químicas sobre as rochas na superfície terrestre (PIRES et al., 2008). O solo é importante em diversas mag- nitudes para a sociedade, como por exemplo: agricultura, fundações de edifica- ções, armazenamento de combustíveis fósseis e água, elementos diversos extraídos, como ouro e minério, entre outros. Porém, cada um desses usos, se não houver controle e legislações vigentes cumpridas com rigor, haverá alterações no solo. Há consequências comoerosões no solo, desertificação, assoreamento em rios, retirada fértil do solo, riscos a obras civis. As fontes de poluição do solo, são divididas em duas formas natural e antró- pica. A poluição de forma natural está associada as catástrofes ambientais como por exemplo os terremotos. A poluição antrópica, são processos decorrentes da má disposição dos resíduos sólidos, urbanização, uso do solo, atividades extrativas, etc. Acesso o vídeo do Canal Futura “Poluição do ar causa riscos à saúde das crianças no mundo”. Um relatório da OMS apontou que o ar poluído aumenta a probabilidade de doenças respiratórias nas crianças e prejudica o desenvolvimento do cérebro. Veja como a poluição do ar causa riscos à saúde das crianças no mundo! Fica a dica! Disponível em: https://bit.ly/3uvDzpS. Acesso em 12 jan. 2021. 31 Destaca-se que o grande problema da poluição no solo, são os resíduos, do- mésticos, industriais e de saúde, que por diversas vezes são diretamente dispostos no solo de forma inadequada. Grande parte dos municípios do Brasil, ainda dispõe de lixões e não há aterros sanitários adequados, e muitas vezes não há um plano de gerenciamento de resíduo municipal, para a criação de políticas públicas de forma correta para cada resíduo. O dano no solo ocorre pela sua percolação, ou seja, as águas que estão con- taminadas percorrem o solo, levando os poluentes durante este processo, mistu- rando-se há lugares saturados e aquíferos. Há técnicas de controle de poluição dos solos e consiste em engenharias apropriadas, além de, um planejamento de preven- ção de contaminação, controle de alterações na declividade e curvas de nível, ma- nutenção das vegetações, entre outros. Por fim, a poluição do solo é um processo que merece uma atenção governa- mental e a sociedade necessita entender sua importância, com políticas adequadas de educação ambiental. Poluir o solo é compreender que outros recursos podem estar em processo de degradação, como a vegetação e a água. O processo para a construção de um planejamento de “não poluição” do solo é complexo e multidisciplinar. É necessário construir uma rede de apoio com diversas áreas, com o objetivo da não escassez de solos férteis e de uso e ocupação adequados. Em vista disso, ao longo dos anos foram criadas diversas políticas públicas, em áreas distintas com o objetivo de não uso e ocupação do solo de forma correta, como exemplo temos: os instrumentos de gestão de zoneamento urbano, plano de resíduos, aterros sanitários, logística reversa, políticas de educação ambiental, áreas de preservação permanentes, desmatamento como crime ambiental, cumprimento de padrões e técnicas corretas de agricultura, entre outros que objetivam uma qua- lidade do solo. 2.4.3 Poluição radioativa As ondas são radiações ultravioletas, infravermelhos, radiofrequências estão presentes em todos os lugares do mundo. A poluição radioativa são os efeitos dessas ondas eletromagnéticas, que podem ser provenientes de forma natural ou antró- pica. O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (Intergovernmental 32 Panel on Climate Change – IPCC), afirma, que de acordo com o crescimento popu- lacional atual, em 2050, haveria necessidade de quintuplicar o fornecimento de energia. Com isso, a comunidade retomou a discussão de opção a energia nuclear, porém, há problemas de aceitação pública e sustentabilidade socioambiental, de- vido a segurança e rejeitos radioativos. Um dos principais passivos ambientais da energia nuclear são os seus rejeitos, que necessitam de planejamento a longo prazo, ou seja, q transferência de respon- sabilidade para as futuras gerações. Confinar rejeitos é única alternativa, e com o passar do tempo sua radioatividade diminui, ou seja, a radiação e calor gerado tor- nam-se menores ao longo do tempo. Mas destaca-se que em todo o seu processo de vida útil ou ciclo de vida é fundamental seu confinamento, e que neste processo não pode haver falhas. Pergunta-se: Quão de exposição seria necessário para que a sociedade tenha problemas graves? Ou quais falhas no depósito pode ocorrer consequências devastadoras? São perguntas, corriqueiras, e que necessita de aten- ção. Entender os riscos, incertezas e vulnerabilidades da energia nuclear e sua radi- oatividade é de suma importância, no entanto, o projeto e a localização dos rejeitos, já buscam minimizar as consequências de possíveis falhas. Apesar que estatisticamente é impossível ocorrer falhas, destaca-se que a manipulação e o planejamento são humanos, e que 0,01% de vulnerabilidade ou risco, pode ser devastador para a comunidade local. Carvalho (2012) afirma que a probabilidade de acidentes graves e com fugas de radionuclídeos para meio ambiente e da ordem de milionésimos, visto que as usinas são ocupas por com reatores a água leve e pressurizada. Desta forma, qual- quer instalação industrial, há riscos, incertezas e vulnerabilidades e usinas nucleares não seria diferente. No entanto, o grande problema dos rejeitos nucleares, é que não há formas efetivas para se descontaminar, ou seja, quando uma área é conta- minada, a única solução possível é isolar a área e não a habitar. Mas destaca-se que a radiação não ocorre apenas como consequência de O documentário “Chernobyl: A História Completa”, retrata o maior desastre nuclear do mundo. O reator número 4 da Usina Nuclear de Chernobyl explodiu, no dia 26 de abril de 1986. Vale a pena assistir! Disponível em: https://bit.ly/2ZMPwJG. Acesso em: 10 jan. 2021. 33 resíduos da energia nuclear, há também, oriundas de outras práticas, como a reali- zação de radiografias, conservação de alimentos, produção de bombas nucleares. As radiações, podem ser oriundos de fontes naturais e antrópicas. As fontes artificiais ou causadas pelos seres humanos (antrópicas), geralmente não são de ori- gem radioativa, mas as reações são provocadas, como raio x e raios gama (utiliza- das na área médica), além disso, há os reatores nucleares usados para a criação de energia e indústria bélica (desenvolvimento de armas nucleares). As fontes naturais podem ser encontradas no solo, como minerais radioativos, petróleo e carvão, e também, há radiação cósmica que provém da luz sol. Vale a pena mencionar, que no Brasil, existe energia nuclear e corresponde a 3% em sua totalidade em energia, suas instalações localizam-se em Angra dos Reis no Estado do Rio de Janeiro. E com- posto por três unidades Angra 1, Angra 2 e Angra 3, o qual o último ainda não está em funcionamento. Há bastante estudos e evidencias científicas sobre os efeitos colaterais a saúde humana com altas doses de radiação. Estes processos foram sendo evidenciados através de experiências em laboratórios e acidentes, além de acompanhamento de sobreviventes das bombas atômicas da segunda guerra mundial (Hiroshima e Na- gasaki), assim conclui-se que doses acima de 4 Sv são fatais. No Brasil, há um caso de poluição radioativa, que ocorreu em 1987 em Goiânia e ficou conhecido mundialmente como o acidente do Césio-137 e o maior do mundo ocorrido fora de usinas nucleares. Catadores de papel encontraram um dispositivo de radioterapia, em seu interior foi encontrado um isótopo Césio-137, dentro de uma cápsula. O aparelho foi desmontado e repassado a um ferro velho, a radiação foi espalhada imediatamente, houveram 11 mortes e 600 pessoas contaminadas. antieconômicas para o Brasil, pois podemos gerar energia sustentável com um sistema integrado de hidroeólico. E o urânio, podemos estrategicamente enriquecê-lo e exportar! 34 2.4.4 Poluição sonora A poluição sonora é um problema da atualidade e ocorre devido ao grande “barulho” de centros urbanos, meios de transportes e industrias. As ondas sonoras po- demcausar danos à saúde, caso exposto de maneira incorreta e a longo prazo. Os danos podem ocorrer de forma física e psicológica aos seres humanos e isso se deve, a pressão que as ondas sonoras fazem através do ar. Na sociedade moderna o “ba- rulho” faz parte de vários setores do trabalho e também, locais de lazer. Há diversos estudos que mostram perdas auditivas e estresses em trabalhadores da indústria, além disso, mostram que um o ruído de tráfego de 66 dB (decibel) é considerado o limite para um dano à saúde humana (BELOJEVIĆ; JAKOVLJEVIĆ; ALEKSIĆ, 1997; MASCHKE; HECHT; BALZER, 1999). Estudos comprovam que o “barulho” afeta a eficiência do indivíduo e dá uma sensação de “noite mal dormida” e por consequência acidentes de trabalho au- mentam. Zannin et al. (2002) afirmam que diariamente em vias de tráfego os níveis de ruídos chegam 75dB, tornam-se uma poluição preocupante para a saúde e quali- dade e vida dos seres humanos. Exposições acima de 120 dB (na faixa de 1.500 a 4.000 Hz), provocam distúrbios nervosos, perda auditiva e insônia. A NR-15 da Portaria 3.214/78 do Ministério do Trabalho retrata que o ser humano pode ficar exposto a no máximo 85 dB em até 8 horas de trabalho (Tabela 1). Além disso, salienta que caso o protocolo não seja cumprido, pode ocasionar ao trabalhador, neurose, ansiedade desvio da atenção além de perda auditiva. Tabela 1: Limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente de acordo com a NR-15 da Portaria 3.214/78 do Ministério do Trabalho NÍVEL DE RUÍDO DB (A) MÁXIMA EXPOSIÇÃO DIÁRIA PERMISSÍVEL 85 8 horas 86 7 horas 87 6 horas 88 5 horas 89 4 horas e 30 minutos 90 4 horas 91 3 horas e 30 minutos 92 3 horas 93 2 horas e 40 minutos 94 2 horas e 15 minutos 95 2 horas 35 96 1 hora e 45 minutos 98 1 hora e 15 minutos 100 1 hora 102 45 minutos 104 35 minutos 105 30 minutos 106 25 minutos 108 20 minutos 110 15 minutos 112 10 minutos 114 8 minutos 115 7 minutos Fonte: Anexo I - Limites de Tolerância para Ruído Contínuo ou Intermitente - NR 15 - NORMA RE- GULAMENTADORA DE ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES. Disponível em: http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr15_anexoI.htm > Acesso em: 15/12/2020. O nível sonoro adequado é realizado através de uma avaliação do barulho, ou seja, do nível físico (som), além disso, vale mencionar que depende do nível de pressão recomendável e da produção de atividades sonoras. Acima de 120 dB, o som provoca uma sensação de dor, ou seja, é o limite fisiológico humano. Países desenvolvidos e avançados, mantem o controle da poluição sonora, visto que, é um processo que causa danos psicológicos a população e ao trabalha- dor. A Organização Mundial de Saúde -OMS, salientou que a poluição sonora é uma das prioridades para a próxima década. Por fim, para uma qualidade sonora efetiva é necessário um monitoramento contínuo a que tipo de som a sociedade está sendo exposta, assim, poderá ser cons- truído intervenções possíveis e plausíveis. Ambientes que excedem níveis de ruídos (já normatizado e padronizado pela legislação), requerem fiscalizações menos brandas e mais eficazes, para que assim seja alcançada um controle e atenuação acústica. 36 Você quer ler? Temos o livro intitulado: A introdução ao Estudo de Poluição dos Ecossiste- mas (2015), de Alana Kluczkovski! Vale muito a pena! Disponível em: https://bit.ly/3uxEAOo. Disponível em: 18 jan. 2021. 37 FIXANDO O CONTEÚDO 1. (FADESP - adaptado) Desde a década de 1970, os problemas ambientais têm sido alvos de frequentes discussões mundiais. O buraco na camada de ozônio, entre outros, está entre as maiores preocupações ambientais da humanidade. Sobre as características da camada de ozônio, é correto afirmar que: a) a camada de ozônio são reações fotoquímicas da atmosfera resultante da libera- ção no monóxido de carbono, óxidos de nitrogênio e/ou outros compostos volá- teis. b) na atualidade o nível de poluição atmosférica tem se intensificado mais em áreas rurais do que nas urbanas, devido à presença de grandes aglomerações popula- cionais e atividades agroindustriais. c) o desmatamento e a construção de hidrelétricas têm contribuído para o aumento do buraco da camada de ozônio, devido à liberação dos clorofluorcarbonos (CFCs). d) o SO2 é um poluente primário responsável também pela chuva ácida, e sua maior produção natural ocorre por meio da queima do carvão. e) a concentração de gases ácidos, como o ácido sulfúrico e nitroso, e a expansão de áreas agrícolas decorrentes sobretudo de atividades humanas é o principal fa- tor responsável da camada de ozônio. 2. (CONSULPLAN) Se, por um lado, a agricultura moderna vem sendo justificada pela necessidade de se produzir grandes quantidades de alimentos para a população mundial, por outro lado ela vem causando graves problemas ambientais. Com base nessa afirmação, analise as alternativas a seguir: I. Intensificação da erosão e perda da qualidade do solo. II. Compactação do solo pelo uso intensivo de pesadas máquinas agrícolas. III. Poluição do solo, dos rios e das águas subterrâneas e envenenamento das plan- tas, podendo provocar danos aos animais e à saúde humana. IV. Assoreamento dos rios. V. Desmatamento de vegetações nativas. 38 Após a análise dos itens anteriores, pode-se afirmar que são graves problemas cau- sados pela agricultura moderna em: a) I, II e IV, apenas. b) I, II, III, apenas. c) I, II, III, IV e V. d) II, III e IV. e) nenhuma das alternativas. 3. (IBFC – adaptado) A poluição e/ou contaminação ambiental pode ocorrer atra- vés de diversas formas. Seus principais agentes contaminantes são: agentes quími- cos, biológicos ou físicos. Sobre poluição com características física, assinale a al- ternativa correta. a) A poluição física resulta da presença de microrganismos patogênicos (bactérias, vírus, protozoários, vermes), especialmente na água potável. Esses seres podem causar doenças ou lesões, em graus variados, aos seres humanos ou a outros or- ganismos. São poluentes que não modificam quimicamente, mas interferem no funcionamento do sistema b) O solo é um poluente físico, visto que pode conter agentes neutralizadores de do- enças, seja através do próprio solo, da água ou das plantas forrageiras. c) Características físicas são agentes biodegradáveis, poluentes que permanecem no meio ambiente, como por exemplo: detergentes, petróleo, fertilizante, poluen- tes orgânicos persistentes. d) São contaminantes que causam qualquer doença por falta de saneamento. e) Nenhuma das alternativas anteriores 4. (IADES - Companhia do Metropolitano do Distrito Federal - DF Adaptado) - A qua- lidade da água está associada diretamente à ocupação e ao uso do solo, tendo em vista que a bacia hidrográfica está exposta a fontes de poluição distintas. Entre as bacias mais impactadas no que se refere à qualidade da água, estão aquelas que sofrem processo de ocupação do solo acelerada e desordenadamente. Com relação às fontes de poluição, assinale a alternativa correta. 39 a) As fontes pontuais, se consegue facilmente identificar o foco da poluição. b) O lançamento de esgoto in natura no corpo hídrico é uma fonte de poluição mó- vel. c) A fonte de poluição difusa resulta de descargas em locais específicos e facilmente identificáveis. d) A fonte de poluição pontual é aquela que se origina de múltiplos pontos de des- carga. e) As fontes difusas são e fácil controle e monitoramento 5. (CONSULPLAN – adaptado) - Poluição ambiental é qualquer alteração ambiental resultante da introdução de produtos poluentes, na forma de matéria ou energia, passível de causar prejuízos ao homem ou a outras formas de vida. É um exemplode fonte de poluição do solo: a) Disponibilidade de nutrientes no solo b) Pesticidas c) Plantação orgânica d) Meios de transporte e) Animais fora do se habitat natural 6. (Fundação Carlos Chagas -FCC) Qualquer ocupação urbana gera impactos so- bre o meio de diferentes formas e graus, que se refletem na poluição do ar, das águas e dos solos. Em particular, como se observa nas Regiões Metropolitanas das grandes capitais brasileiras, a combinação das atividades típicas de cidades, como moradia, indústria e comércio, demanda facilidades de energia, transporte, vias de acesso etc., que acentuam os problemas de contaminação dos solos, en- chentes, doenças respiratórias e outros. O gerenciamento das grandes metrópoles exige da engenharia o conhecimento dos fatores causadores destes problemas, das tecnologias disponíveis para prevenção, manejo e remediação e ainda a exis- tência de um arcabouço legal e institucional para sua efetivação. Numa grande região metropolitana, com forte predominância de comércios e serviços, pode-se indicar como uma das principais fontes de contaminação do solo. a) Comércio. 40 b) Casas urbanas. c) Aterros sanitários. d) Hospitais. e) Lixões. 7. (UFPE) - Os poluentes atmosféricos podem ser classificados em primários e secun- dários. Nesse sentido, é correto afirmar que: a) os poluentes atmosféricos primários formam-se na atmosfera, por meio de reações que ocorrem em razão da presença de certas substâncias químicas e de deter- minadas condições físicas. b) a chuva ácida é consequência do encontro dos poluentes primários com as nu- vens carregadas com vapor de água, sem que seja necessária qualquer reação química. c) os poluentes primários se transformam em secundários após 10 anos na atmosfera. d) os poluentes primários são aqueles lançados diretamente no ar. e) os poluentes primários são os que primeiro desaparecem na atmosfera. 8. (FGV - Adaptado) A Lei Complementar n° 206, de 09 de maio de 2011, dispõe sobre a ordenação da paisagem e controle sonoro no meio ambiente urbano do Município de Osasco. Considerando que os problemas dos níveis excessivos de ru- ídos estão incluídos entre os sujeitos ao controle da poluição do meio ambiente, analise as afirmativas a seguir: I. Ruído é qualquer som que cause ou possa causar perturbações ao sossego pú- blico ou produzir efeitos psicológicos ou fisiológicos negativos em seres huma- nos. II. Poluição sonora é toda emissão de som que, direta ou indiretamente, seja ofen- siva ou nociva à saúde, à segurança e ao bem-estar da coletividade. III. As ondas sonoras podem causar danos à saúde, caso exposto de maneira in- correta e a longo prazo. a) Apenas a afirmativa I está correta. b) Todas as afirmativas estão corretas. 41 c) Apenas a afirmativa II está correta. d) As afirmativas II e III estão corretas. e) Apenas a afirmativa III estiver correta. 42 SAÚDE E SOCIEDADE 3.1 INTRODUÇÃO A vida atual é complexa devido as mudanças ambientais contínuas, somada a transição demográfica, hábitos e padrões de comportamento dos seres humanos. A sociedade e a sua cultura são um amplo conjunto de valores, ideias, símbolos que diferem de um grupo social para o outro (MOSCOVICI, 2011), e mudar, também re- flete na transição epidemiológica brasileira, logo que, envolve novos aspectos de agir e compreender as gerações atuais e futuras do seu grupo social. A saúde é um componente da qualidade de vida, e as doenças são compre- endidas como processos orgânicos, conflitantes, históricos, sociais com base nas dis- cussões de saúde, cultura e sociedade atual (GARCIA, 2014). As doenças emergem e/ou reemergem de forma direta ou indireta de acordo com o conhecimento e as mudanças da sociedade. Além disso, há doenças que só existem devido à falta de políticas públicas adequadas, ou seja, doenças associa- das a falta de saneamento e condições básicas de higiene. Assim mudanças de hábitos, costumes e valores direcionam do combate ao agravo de qualidade e me- lhoria da saúde na sociedade (BASTOS, 2012). Assim, é necessário respeitar a cultura, e compreender seus aspectos, visto que são processos que caracterizam o grupo social. Desta forma, este capítulo tem por objetivo discutir a saúde pública e ambiental e a seguridade da sociedade. Além disso, iremos entender as doenças causadas pela falta de saneamento e seus impactos e por sim, quais normas, técnicas para o controle da poluição. Bons estudos! 3.2 SAÚDE PÚBLICA E AMBIENTAL A saúde virou prioridade no governo brasileiro em meados do século XX, com a implantação da economia exportadora de café, na região do sudeste (FINKELMAN, 2002). Este processo ocorreu devido as condições de saneamento que UNIDADE 43 eram componente básico do controle de endemias, que significava garantia de su- cesso das políticas exportadoras. Em contrapartida, no brasil, a história da saúde para a população se deu de forma filantrópica religiosa e caridades; paralelamente o Estado fazia algumas pou- cas ações de vacinação e/ou saneamento básico (CARVALHO, 2013). Desta forma, umas das problemáticas centenárias entre os brasileiros é a falta de saneamento ambiental que automaticamente reflete na saúde pública. Segundo a Organização Mundial da Saúde, saúde não é apenas a ausência de doença, mas uma situação perfeita de bem estar físico, mental, social e qualidade ambiental da população. Last (1988) afirma que a serviço de saúde pública é modificado ao longo dos anos, devido as inovações tecnológicas e os valores da sociedade (aspectos sociais, ambientais, culturais), mas os objetivos permanecem os mesmos, diminuir ao máximo as doenças da população, mortes prematuras, desconforto e incapacidades de criar as doenças. As áreas vulneráveis (carentes) são as que mais sofrem com falta de sanea- mento básico (Figura 9) e isso reflete na qualidade de vida da população. A falta de saneamento reflete em áreas insalubres, pela precariedade de abastecimento de água e esgoto e a ausência de gestão de resíduos sólidos. A manutenção do ambiente seria a forma mais lógica para corrigir os impac- tos ambientais recorrentes da atualidade. No entanto, poderia causar regressão no progresso capitalista atual, que vê o recurso natural apenas como extrativismo e não como qualidade de vida. Assim, o desenvolvimento sustentável, trouxe uma lógica nova para a sociedade, revendo todos os segmentos e processos em que a socie- dade estava a caminho. Porém as intervenções dos seres humanos alteram drasticamente as caracte- rísticas físicas, químicas e biológicas do ambiente, causando sérios riscos à saúde pú- blica e dos ecossistemas. A evolução dos modelos capitalistas atuais são responsáveis pelos impactos nos recursos naturais e na saúde pública (SOUZA et al., 2017). 44 Figura 9: Precarização do saneamento básico Fonte: Portal de Saneamento Básico. (2020, online) Desta forma, o brasil, criou políticas públicas, legislações e normas, pouca efe- tivas, visto que há necessidade de compreensão da sociedade e das organizações, através da conscientização ambiental, sobre a verdadeira importância do meio am- biente. Com o meio ambiente degradado os riscos são profundos a saúde humana. Um exemplo são os agrotóxicos que propagam no solo, água e na vegetação, pois tem um potencial de volatização e atinge a atmosfera (BULL, 1986). O mesmo autor salientou que com o incentivo governamental na década de 70, ocorreu a intensificação do uso dos agrotóxicos no Brasil. O referido Programa Nacional de Defensivos Agrícolas (PNDA), com a isenção de impostos e crédito sub- sidiado. Em 2008, o Brasil, tornou-se o principal consumidor mundialde agrotóxicos. Assim este cenário trouxe preocupações nas questões ambientais e de saúde pú- blica. A demasiada utilização de defensivos agrícolas, há décadas, trouxe como consequências intoxicação humana, patologias de pele, efeitos na reprodução hu- mana, desregulação endócrina, neurotoxicidade, sistema imunológico entre outros. Desta forma, o simples fato de respirar pode ser um problema (PIGNATTI; MACHADO; CABRAL, 2007). A partir desta problemática, atualmente, se discuti o conceito de saúde ambi- ental, que compreende os aspectos da saúde humana, incluindo a qualidade de vida da sociedade nos aspectos físicos, químicos, biológicos, sociais e psicológicos do meio ambiente. Além do que, a saúde ambiental concerne a correção, controle e prevenção das características que estão presentes no ambiente e podem afetar a sociedade. 45 Segundo o Ministério da Saúde, a saúde ambiental é uma área da saúde pú- blica que afeta o conhecimento científico e a construção de políticas públicas refe- rente a saúde da população e as condições do meio ambiente que possa assim, influenciar e condicionar a qualidade de vida dos seres humanos, sob o ponto de vista do desenvolvimento sustentável (2005). Desta forma, foi criado a Política Nacio- nal de Saúde Ambiental, que tem por objetivo: Proteger e promover a saúde humana e colaborar na proteção do meio ambiente, por meio de um conjunto de ações específicas e in- tegradas com instâncias de governo e da sociedade civil organizada, para fortalecer sujeitos e organizações governamentais e não-gover- namentais no enfrentamento dos determinantes socioambientais e na prevenção dos agravos decorrentes da exposição humana a ambi- entes adversos, de modo a contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população sob a ótica da sustentabilidade (RADICCHI; LEMOS, 2009, p. 28). Por fim, as ocupações inadequadas em que a sociedade se expõe por falta de políticas públicas, aumentam os riscos ambientais e a falta de saneamento. Assim, construir políticas públicas de saúde pública e ambiental torna-se cada vez mais im- portante devido a precariedade de outros setores, deste modo, a saúde pública e ambiental deve ter um tratamento transdisciplinar e uma articulação interinstitucio- nal. Assista ao documentário “Meio Ambiente por Inteiro - Poluição do Ar, da Água e do Solo” da Tv Justiça sobre a poluição do ar, água e solo. Segundo a Organização Mundial da Saúde, nove em cada dez pessoas respiram ar contaminado. Vale a pena assistir . Dispo- nível em: https://bit.ly/2P3fIgW. Acesso em: 12 jan. 2021. 46 3.3 EPIDEMIOLOGIA E PARASITOLOGIA O saneamento básico é um dos motivos determinantes para uma saúde ade- quada para a sociedade (TEIXEIRA; FELTES; SANTANA, 2008). Com as condições ina- dequadas a população sofre com doenças que poderiam estar extintas. A infraes- trutura sanitária precária torna as condições de qualidade ambiental frágeis. A saúde é resultado entre diversas variáveis: ambientais, econômicas, sociais, culturais e psicológicas e necessitam estar em concordância e conectadas, para uma sociedade saudável. Estima-se que mais de 80 milhões de latinos - americanos não tem acesso a água potável, e 100 milhões não tem tratamento de esgoto (UNICEF, 2006). Em contraponto, a epidemiologia tem como princípio entender os eventos re- lacionados a saúde, como se distribuem entre as pessoas. As doenças por falta de saneamento, reflete em uma comunidade ou grupo social e não é distribuído de ma- neira igualitária, visto que, as características ambientais, sociais, econômicas e cultu- rais são diferentes, e por consequência as doenças se dão de formas diferentes. Desenvolver o diagnóstico da situação da população consiste em coletar os dados sobre a saúde do grupo social e suas informações básicas, para que assim sirva de base para compor os indicadores de saúde. A Organização Mundial da Sa- úde estima que mais de 25 milhões de pessoas morrem de doenças como cólera e diarreias, ou seja, por falta de saneamento básico. Os recursos hídricos disponíveis para abastecimento devem apresentar carac- terísticas adequadas e isenta de patógenos e toxidades para prevenir a saúde da sociedade. Diversas doenças estão associadas a deficiência e inadequabilidade do tratamento de água, esgoto e resíduos sólidos, além de precárias moradias. Desta forma, a presença dessas condições aumenta o risco de doenças infec- ciosas, como as parasitoses intestinais que causam desnutrição, anorexia, fraqueza e dor abdominal causados pelos helmintos e protozoários. Além disso, temos doenças como a febre tifoide, a febre paratifoide, as shigeloses, a cólera, a hepatite A, ame- bíase, giardíase, leptospirose, poliomelite, a ancilostomíase (amarelão), a ascaridíase (lombriga), a teníase, a cisticercose, a filariose (elefantíase) e a esquistossomose (SENADO FEDERAL, 2016). 47 Por fim, conclui-se que doenças que são extintas e controláveis em alguns lu- gares do mundo, devido a um saneamento básico, tratamento de água e esgoto adequados e um manejo de resíduos sólidos eficaz, pode matar em lugares aonde este processo é totalmente negligenciado. 3.4 TÉCNICAS E LEGISLAÇÕES DE CONTROLE DE POLUIÇÃO Há diversas legislações, portarias, normas, resoluções sobre a responsabiliza- ção penal perante as poluições atmosféricas, do solo e da água. Nessa unidade ire- mos discutir as principais delas. A primeira norma que regulamenta a poluição como crime ambiental no Brasil, é a Lei 9.605/98 – Lei de Crimes Ambientais (que tem por intuito estabelecer sansões penais a pessoas jurídicas ou físicas que prejudiquem o meio ambiente) regulamentada pelo artigo 225 da Constituição Federal de 1988, que trata o meio ambiente como um direito coletivo, cuja preservação é dever do poder público e da coletividade (BRASIL, 1998). Perante tal, a Lei de Crimes Ambientais retrata em seu artigo 54, que causar poluição de qualquer natureza em níveis que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais e destruição signifi- cativa da flora. Além disso, retrata como crime, tornar uma área imprópria para ocu- pação humana, causar poluição atmosférica (que provoque a retirada de habitan- tes da área, mesmo que momentaneamente), danos à saúde dos seres humanos, poluição hídrica e erosão do solo. Anos antes da lei de crimes ambientais, mais pre- cisamente em 1975, foi sancionada o Decreto-lei n 1413, que regulamentava a qua- lidade ambiental sobre a poluição do ar, água e solo, desta forma, foi criado um regulamento sobre o controle de poluição provocado por atividades industriais e di- retrizes básicas de zoneamento industrial (BRASIL, 1975a). Administrativamente, a Lei 9.605/1998 retrata, sanções penais derivadas a ati- vidades lesivas ao meio ambiente. Salienta-se que os danos ambientais podem ser retratados juridicamente de responsabilidade administrativa, civil e penal (BRASIL, https://bit.ly/2NWaNOq. 48 1998). O ano de 1981, como resposta, as pressões internacionais, foi criada a Política Nacional do Meio Ambiente -PNMA. Vale destacar, Banco Mundial (BIRD) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), começaram a exigir a viabilidade ambi- ental nos seus empreendimentos. A Lei nº 6.938/1981 -PNMA definiu a poluição como a degradação da quali- dade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente possam afetar o meio ambiente (BRASIL, 1981). A resolução do CONAMA- Conselho Nacional do Meio Ambiente, No 420/2009 – dispõe sobre valores orientadores de qualidade do solo quanto à presença de substâncias químicas e diretrizes para o gerenciamento ambi- ental de áreas contaminadas (CONAMA, 2009). Além disso, a Lei 6.225/1975 que dispõe sobre
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