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CONTABILIDADE DE CUSTO parte 1

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Plano de Ensino 
 
Ementa 
A disciplina apresenta o conteúdo de forma estruturada com a utilização de conceitos básicos fundamentais e experiências 
do dia-a-dia de indústrias, dentro do contexto do objeto da Contabilidade (Patrimônio) e que venham demonstrar uma 
visão geral do papel da contabilidade nas empresas inserida na área de custos, bem como seus processos, abordando os 
conceitos e variações dos métodos de custeio e os de avaliação de custo e orçamento. 
 
Objetivos 
Mensurar a evolução dos custos e despesas auxiliando na tomada de decisão para empresas de pequeno, médio e grandes 
portes. 
Elaborar os lançamentos contábeis segundo o método de custos adotados pelas indústrias. 
Analisar as demonstrações financeiras e contábeis segundo o método de custeio definido pela empresa. 
Analisar as variações do orçamento anual e executar a comparabilidade entre as contas. 
 
Conteúdos 
Unidade 1 - Conceitos Introdutórios. 
Unidade 2 - Patrimônio. 
Unidade 3 - Demonstrações financeiras. 
Unidade 4 - Operações mercantis. 
Unidade 5 - Conceitos gerais de contabilidade de custos. 
Unidade 6 - Classificação de custos. 
Unidade 7 - Sistemas de acumulação de custos. 
Unidade 8 - Métodos de custeio. 
Unidade 9 - Orçamento. 
Unidade 10 - Análise das variações do orçamento." 
 
Recurso Didático 
Quadro Branco, Software MS PowerPoint, Computador com Projetor Multimídia e aparelho de vídeo ou DVD. 
Texto, aulas expositivas, debates e outros 
 
Metodologia 
São adotadas múltiplas metodologias, conforme o conteúdo a ser desenvolvido e o Projeto Pedagógico do curso. 
Abrangem aulas expositivas, atividades em grupo e individual, pesquisa, leitura e interpretação de textos, construção e 
análise de casos práticos, com incentivo à participação em palestras, exposição e seminários sobre temas de interesse 
do contador. Os alunos são incentivados a buscar o auto aprendizado e a auto avaliação. Esta metodologia vislumbra leva o 
discente a aprender, a construir e a por em prática as técnicas desenvolvidas. 
 
1 avaliação é composta por 3 notas AP1, AP2 (Trabalho em grupo com defesa 30%e Avaliação individual 70%) AP3 Avaliação 
institucional – Interdisciplinar. 
 
Básica: 
MAHER, Michael. Contabilidade de custos: criando valor para a administração. São Paulo: Atlas, 2001. 
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. São Paulo: Atlas, 2009. 
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos: inclui o ABC. São Paulo: Atlas, 2001. 
 
Complementar: 
LEONE, George Sebastião Guerra; LEONE, Rodrigo José Guerra. Curso de contabilidade de custos: contém critério do custeio 
ABC, aplicação de métodos quantitativos. São Paulo: Atlas, 2010. 
DATAR, Srikant; FOSTER, George; HORNGREN, Charles T . Contabillidade de custos. São Paulo: Pearson, 2004. 
HORNGREN, Charles T. Contabilidade de custos. Rio de Janeiro: JC, 2000. 
PADOVEZE, Clóvis Luís. Curso básico gerencial de custos: texto e exercício. São Paulo: Thomson, 2003. 
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de custos fácil. São Paulo: Saraiva, 1999. 
 
 
 
 
 
CURSO: ADMINISTRAÇÃO e CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
 
DISCIPLINA: CONTABILIDADE DE CUSTO 
PERÍODO 3.º PERÍODO 2016-1 DATA: / /2016 
PROFESSORA: MARIA JOSÉ RODRIGUES DE ARAÚJO 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Determinar o custo em uma empresa comercial pode não ser uma tarefa tão difícil, tendo em vista que poderemos 
mensurar o custo a partir do valor pago pela aquisição da mercadoria a ser revendida, acrescentar as despesas 
operacionais, os impostos sobre as vendas e ainda definir o lucro desejado e logo teremos o controle completo. 
Nas industrias a determinação do custo não será tão simples. Osni Moura (2010, p. 26) define que o “Custo Industrial 
compreende a soma dos gastos com bens e serviços aplicados ou consumidos na produção de outros bens”, assim sempre 
que realizar uma transformação teremos um gasto que chamaremos de custos. É nessa transformação que se concentra a 
dificuldade de controle dos custos, onde deverá ser definido o custo do material utilizado para se fabricar o produto final, 
quanto pagaremos pelo possível desperdício deste material, quanto custará a folha de pagamento e os encargos da folha 
referentes aos operários da fábrica e outros gastos necessários para que esse produto final seja concluído e, finalmente 
seja possível determinar o custo unitário e posterior se decidir o preço de venda. 
 
Contabilidade de custos é entendida como o conjunto de modelos que subsidiam decisões e fazem a ligação entre as ações 
locais dos administradores e a lucratividade da empresa, pois mensura o impacto dessas decisões no desempenho da 
empresa em seu todo. Existem áreas da Contabilidade de Custos pouco exploradas, que podem ser aproveitadas em 
segmentos deficientes de outras áreas (administrativa, financeira e econômica), oferecendo melhores subsídios para uma 
boa administração. A exploração da evolução deste campo despertará em nossos acadêmicos a busca de novas pesquisas e 
a transformação do meio, tendo reflexos favoráveis em toda uma coletividade. A contabilidade de custos originou-se da 
contabilidade financeira, no início da idade média, chamada era dos artesãos. 
Com a Revolução Industrial, ocorrida no século XVIII, surgiu uma nova fase para a contabilidade de custos, que, para alguns, 
se estende até os dias atuais, caracterizada pelo sistema fabril. O sistema tradicional sofreu mudanças radicais, e, para 
acompanhar este processo, o grupo envolvido precisou atualizar-se. O que acontece hoje não é muito diferente, pois, para 
acompanharmos a era da globalização, em que o volume de informação cresce a cada instante, temos de nos esforçar 
muito. O custo é encontrado na DRE, e é por isso que sempre olhamos a contabilidade de custos como sendo aplicada 
somente neste setor. Ainda nesta mesma etapa, passaram a existir a exigências fiscais quanto à utilização dos 
procedimentos contábeis. Surgiu então a contabilidade de custos, que antes era considerada como avaliadora de estoques. 
Atualmente, temos passado por constantes crises mundiais, e adentrando no campo empresarial, onde reflexo dessa 
situação é inevitável, verificamos que algumas empresas que atingiram um elevado padrão de desempenho passaram por 
várias mudanças, que formaram fundamentais para transformação do seu modo de administrar. A contabilidade de custos 
sofreu reformulações no modo de utilizar suas ferramentas, para que gerasse melhores informações e que servisse de 
apoio a tomada de decisões, e isso se estendeu às empresas públicas, comerciais, serviços, instituições financeiras, 
administração, qualidade total dentre outras, todas fruto de uma deficiência na avaliação e controle. Em qualquer 
atividade, devem ser adotadas as funções gerenciais básicas: planejamento, coordenação, controle e comunicação, porque 
sem elas as informações tornam-se inúteis. O conhecimento dos preços praticados, o valor comercializado, informações 
sobre o produto – se é ou não rentável – podem tornar possível à redução dos custos. No setor público uma das metas de 
qualquer governo é tornar seus produtos e serviços mais competitivos, por meio da eficiência e da redução de custos. A 
administração pública já começa a trabalhar, embora de forma ainda tímida, com as ferramentas da contabilidade de 
custos. 
E neste processo dinâmico de transformações em que o Brasil se encontra, podemos imaginar o nosso país, daqui a 10 
anos, adotando as ferramentas de custos na avaliação das gestões públicas e mensurando seu desempenho. Certamente 
será radicalmente diferente do que hoje existe. 
 
A CONTABILIDADE DE CUSTOS, A CONTABILIDADE FINANCEIRA E A CONTABILIDADE GERENCIAL 
 
A Contabilidade Financeira tem por objetivo controlar o patrimônio das empresas e apurar o resultado (variação do 
patrimônio). 
A contabilidade Financeira se concentra nos demonstrativos guiados pelos princípios contábeis geralmente aceitos pela 
resolução 750/93 alterada pela resolução 1.282/2010. Engloba todosos fatos ocorridos na entidade e prepara informações 
para o âmbito interno (administradores, diretores, gerentes etc.) quanto externo à entidade (acionistas, governo, 
fornecedores etc.), com os quais concentra seus esforços. 
A contabilidade financeira pode ser estendida como contabilidade tradicional regida pela lei das sociedades por ações Lei 
6.404/76, alterada pelas leis 11.638/07 e 11.041/09. Podemos citar também a legislação do imposto de renda das pessoas 
jurídicas (decreto-lei n.º 1.598/77), a qual obriga a empresa a manter um sistema de custos integrado e coordenado com o 
restante da escrituração. Se isto não ocorrer, o fisco poderá arbitrar o valor dos estoques para efeito do cálculo do imposto 
de renda e da contribuição social, desconsiderando a escrituração contábil. 
A contabilidade financeira está voltada ao registro contábil, controle patrimonial e apresentação das demonstrações 
obrigatórias, tais como o Balanço Patrimonial, a demonstração do Resultado do Exercício, o Fluxo de Caixa e outros. 
 
A Contabilidade de custos surge da própria contabilidade financeira (MARTINS 201, p. 23) a partir da necessidade de avaliar 
estoques na indústria. 
A contabilidade de custos mensura e relata informações financeiras e não financeiras relacionadas à aquisição e ao 
consumo de recursos pela organização. 
 
 
 
Cabe a contabilidade de custos: 
 Registrar os fatos ocorridos. 
 Controlar as operações industriais e solucionar problemas típicos. 
 Realizar comparação do custo ocorrido com o padrões e orçamentos. 
 Mensurar as perdas e os desperdícios do sistema produtivo. 
 Lucratividade e rentabilidade de produtos. 
 Fabricar ou comprar 
 Formação e decisão do preço de venda do produto. 
 
A Contabilidade Gerencial tem por objetivo fornecer informações extraídas dos dados contábeis, que ajudem os 
administradores das empresas no processo de tomada de decisões 
 
Mensura e relata informações que ajudam os gerentes a atingirem as metas da organização. Determina as estratégias 
gerais e dos planos de longo prazo. Define decisões de alocação de recursos com ênfase no produto e no cliente. Traça 
planejamento para controle de recursos das operações de cada uma das alternativas. É a contabilidade de custos que 
fornece informação tanto para a contabilidade gerencial quanto para a contabilidade financeira, que desempenha 
importante papel no auxílio à tomada de decisão, com os quais podemos citar algumas ações de apoio ao controle, 
conforme quadro comparativo entre contabilidade financeira, contabilidade de custos e contabilidade gerencial conforme 
abaixo. 
Paralelo entre a contabilidade Financeira, de Custo e Gerencial 
 Contabilidade Financeira Contabilidade de Custos Contabilidade Gerencial 
Usuários Atende ao público interno e 
externo. 
Apenas aos usuários internos. Apenas aos usuários internos. 
Avalição Avalia desempenho com 
informações passadas. 
Avalia e Controla as atividades 
correntes. 
Comprara o ocorrido para 
planejar o futuro. 
Restrições Obrigatória, padronizada e 
sujeita à legislação. 
Parte obrigatória e parte com 
medias de controle e apoio. 
Não está sujeita à legislação, 
atende aos usuários. 
Foco Nas normas e imposições legais Atender a Contabilidade 
financeira e Gerencial. 
Na decisão e no cliente 
Finalidade Registro Controle e apoio à decisão Decisão. 
Fonte:(Tarifa, 2009, p.14) 
 
Estágio atual da Contabilidade de Custo, desempenha duas funções relevantes: 
 
Auxilio ao controle: fornecer dados para os estabelecimentos de padrões, orçamentos e outras formas de previsão. 
Tomadas de decisões: acompanhar o efetivamente acontecido para comparação com os valores anteriormente definidos. 
 
Contabilidade de Custo reveste-se de suma importância: 
Valores relevantes e ás consequência de curto e longo prazo; 
Medidas de introdução ou cortes de produção; 
Administração de preços de venda, opção de compra ou produção etc. 
 
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA CONTABILIDADE DE CUSTOS INDUSTRIAL 
 
O valor do Estoque dos produtos existentes na empresa, fabricados por ela, deveria então corresponder ao montante que 
seria o equivalente ao valor de "Compras" na empresa comercial. Portanto, passaram a compor o custo do produto os 
valores dos fatores de produção utilizados para sua obtenção, deixando-se de atribuir aqueles outros que na empresa 
comercial já eram considerados como despesas no período de sua incorrência: despesas administrativas, de vendas e 
financeiras. 
Esta forma de avaliação tem sido seguida ao longo dos anos em quase todos os países, continuando em vigor com a mesma 
estrutura principalmente por duas razões: 
 
Primeira: Com o desenvolvimento do Mercado de Capitais nos EUA e em alguns países europeus, fazendo com que 
milhares de pessoas se tornassem acionistas de grandes empresas, interessadas agora na análise de seus balanços e 
resultados, e também com o aumento da complexidade do sistema bancário e distanciamento do banqueiro com relação à 
pessoa do proprietário ou administrador da companhia necessitada do crédito, surgiu a figura da Auditoria Independente. E 
esta, no desempenho de seu papel, acabou por fumar e às vezes criar princípios básicos de Contabilidade de tal modo que 
pudesse ter critérios relativamente homogêneos para comparar as demonstrações contábeis de empresas diferentes (além 
de comparar os da mesma empresa, feitos em datas diferentes). Ao deparar a Auditoria independente (ou Externa) com 
essa forma de avaliação de estoques, em que o valor de compra é substituído pelo valor de fabricação, acabou por 
consagrá-la, já que atendia a diversos outros princípios mais genéricos, tais como: Custo como Base de Valor, 
Conservadorismo (ou Prudência), Realização etc. 
 
 
 
Essa consagração por parte dos Auditores Externos foi a responsável, então, pela manutenção dos princípios básicos da 
Contabilidade de Custos até hoje, no que diz respeito a sua finalidade de avaliação de estoques. 
 
Segunda: Com o advento do Imposto de Renda, provavelmente em função da influência dos próprios princípios de 
Contabilidade já então disseminados, houve a adoção do mesmo critério fundamental para a medida do lucro tributável; no 
cálculo do resultado de cada período, os estoques industrializados deviam ser avaliados sob aquelas regras. Apesar de 
algumas pequenas alterações e opções, na grande maioria dos países o Fisco tem adotado essa tradicional forma de 
mensuração (há exceções, como a Holanda, por exemplo). 
 
 
FUNDAMENTOS LEGAIS DA CONTABILIDADE DE CUSTO 
 
A NBC T20 é uma norma brasileira de contabilidade intitulada CONTABILIDADE DE CUSTOS. Esta norma estabelece os 
critérios e os procedimentos para cálculo, apuração e registro dos custos. 
 
OBJETIVOS DA CONTABILIDADE DE CUSTOS 
 
Essencialmente a contabilidade de custos foi desenvolvida para atender a legislação fiscal, especialmente na mensuração e 
avaliação dos estoques, segundo os princípios fundamentais de contabilidade. 
 
Em termos amplos é possível relatar o objetivo da Contabilidade de Custo como: 
A apreensão, classificação, registro, análise e interpretação dos valores físicos e monetários das variações patrimoniais – 
ocorridas, projetadas ou simuladas – pertencentes ao ciclo operacional da entidade, com vistas à tomada de decisões de 
cunho administrativo, nos seus diversos níveis de comando. 
 
Especificamente a Contabilidade de Custos objetiva a (o): 
a) avaliação de estoques; 
b) atendimento das exigências ficais; 
c) determinação do resultado; 
d) planejamento; 
e) formação do preço de venda; 
f) controle gerencial; 
g) avaliação de desempenho; 
h) controle operacional; 
i) análise de alternativas; 
j) estabelecimento de parâmetros; 
k) obtenção de dados para orçamentos; 
l) tomada de decisão. 
 
 
Os objetivos da contabilidade de custos consistem em “resolver os problemas mais complexos de estoques e em registrar 
detalhada e convenientemente as informações sobre as operações realizadas pela empresa, para oportuna composição 
dessas informaçõessob diversas formas objetivando: proceder à operação detalhada dos resultados, auxiliar o controle dos 
gastos, subsidiar a tomada de decisões”. 
A contabilidade de custo tem uma finalidade contábil quanto ao cumprimento da legislação e aos princípios de 
contabilidade. Tem a finalidade administrativa e comerciais, através de relatórios específicos. Também possui finalidade 
gerencial quanto à tomada de decisão, tendo como base o cálculo do custo atual, do custo futuro, do custo de reposição, 
estabelecendo metas, preço de venda e estratégias, por meio do planejamento estratégico. 
 
FINALIDADES DA CONTABILIDADE DE CUSTOS 
 
A Contabilidade de Custos tem vários objetivos básicos, como visto no tópico anterior. Por sua vez, a aplicação do 
pensamento sistêmico explora e procura demonstrar a ligação entre os objetivos ideais e os reais de uma organização, 
podendo em alguns casos tais objetivos serem determinados por ações e não o contrário, como imagina-se ser ideal. 
Assim, é possível interpretar que muitos objetivos são estabelecidos de acordo com a finalidade a que se propõem a 
entidade ou seja, quais as necessidades que este sistema tenderá a anular, podendo serem elas genericamente de três 
ordens: 
 
1 Finalidade Contábil – o sistema de custos tem sua estrutura formulada para encontrar o custo do estoque a ser 
contabilizado e como consequência o CMV ou CPV ou CSP, determinantes na apuração do rédito. Para atender esta 
finalidade é importante frisar que todos os procedimentos devem ser efetivados segundo os Princípios Fundamentais de 
Contabilidade. 
 
 
 
 
2 Finalidade Administrativa – o sistema de custos que procura atender a finalidade administrativa tem com intuito principal 
estabelecer maneiras de controle, utilizando na grande maioria dos casos o sistema de custo padrão, podendo o 
administrador gerenciar seu sistema operativo. 
 
3 Finalidade Gerencial – o sistema tem como base o cálculo do custo atual, do custo futuro, do custo de reposição, entre 
outros, buscando subsídios para gerenciar seu sistema produtivo, na visão de curto e longo prazo, estabelecendo metas, 
preços de venda e estratégias. 
 
Os objetivos principais do sistema de custo gerencial são: 
 
 Suprir a administração de informação para a tomada de decisão. 
 Servir como ponto de orientação quanto a medidas de correção. 
 Acompanhar distorções de valores, níveis de eficiência de produção e qualidade dos padrões estabelecidos. 
 Identificar, entre outros aspectos, contribuição por produto, linhas deficitárias... 
 
POTENCIALIDADES DA CONTABILIDADE DE CUSTOS 
 
São grandes as potencialidades da Contabilidade de Custos, pois é possível por meio do sistema de custos elaborar uma 
série de relatórios, capazes de anularem as necessidades informativas de cada usuário. 
Estes sistemas fazem isto coletando e conjugando dados físicos e monetários, produzindo, assim, relatórios para os 
diversos níveis. Relatórios estes que poderão ser baseados em dados históricos, estimados, padronizados e produzidos, 
auxiliando sobremaneira no processo de controle, análise, planejamento e tomada de decisão. 
 
 
TERMINOLOGIA. COMPONENTES, CLASSIFICAÇOES E NOMECLATURA EM CUSTOS 
 
No meio desse emaranhado todo de nomes e ideias, normalmente o principiante se vê perdido, e às vezes o experiente, 
embaraçado; por isso, passamos a utilizar a seguinte nomenclatura: 
 
a) Gasto — Compra de um produto ou serviço qualquer, que gera sacrifício financeiro para a entidade (desembolso), 
sacrifício esse representado por entrega ou promessa de entrega de ativos, independente da condição de pagamento. 
Conceito extremamente amplo e que se aplica a todos os bens e serviços adquiridos; assim, temos Gastos com a compra de 
matérias-primas, Gastos com mão-de-obra, tanto na produção como na distribuição, Gastos com honorários da diretoria, 
Gastos na compra de um imobilizado etc. Só existe gasto no ato da passagem para a propriedade da empresa do bem ou 
serviço, ou seja, no momento em que existe o reconhecimento contábil da dívida assumida ou da redução do ativo dado 
em pagamento. 
Não estão aqui incluídos todos os sacrifícios com que a entidade acaba por arcar, já que não são incluídos o custo de 
oportunidade ou os juros sobre o capital próprio, uma vez que estes não implicam a entrega de ativos. 
 
Note que o gasto implica desembolso, mas são conceitos distintos. 
 
b) Desembolso — Pagamento resultante da aquisição do bem ou serviço. Pode ocorrer antes, durante ou após a entrada da 
utilidade comprada, portanto defasada ou não do momento do gasto. 
 
c) Investimento — Gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a futuro (s) período (s). 
Todos os sacrifícios havidos pela aquisição de bens ou serviços (gastos) que são “estocados” nos Ativos da empresa para 
baixa ou amortização quando de sua venda, de seu consumo, de seu desaparecimento ou de sua desvalorização são 
especificamente chamados de investimentos. 
Podem ser de diversas naturezas e de períodos de ativação variados: a matéria-prima é um gasto contabilizado 
temporariamente como investimento circulante; a máquina é um gasto que se transforma num investimento permanente; 
as ações adquiridas de outras empresas são gastos classificados como investimentos circulantes ou permanentes, 
dependendo da intenção que levou a sociedade à aquisição. 
 
d) Custo — Gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços. 
O Custo é também um gasto, só que reconhecido como tal, isto é, como custo, no momento da utilização dos fatores de 
produção (bens e serviços), para a fabricação de um produto ou execução de um serviço. 
Exemplos: a matéria-prima foi um gasto em sua aquisição que imediatamente se tornou investimento, e assim ficou 
durante o tempo de sua Estocagem; no momento de sua utilização na fabricação de um bem, surge o Custo da matéria-
prima como parte integrante do bem elaborado. Este, por sua vez, é de novo um investimento, já que fica ativado até sua 
venda. 
A energia elétrica é um gasto, no ato da aquisição, que passa imediatamente para custo (por sua utilização) sem transitar 
pela fase de investimento. A máquina provocou um gasto em sua entrada, tornado investimento (ativo) e parceladamente 
transformado em custo, via Depreciação, à medida que é utilizada no processo de produção de utilidades. 
 
 
 
e) Despesa — Bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para a obtenção de receitas. 
A comissão do vendedor, por exemplo, é um gasto que se torna imediatamente uma despesa. 
O equipamento usado na fábrica, que fora gasto transformado em investimento e posteriormente considerado 
parcialmente como custo, torna-se, na venda do produto feito, uma despesa. O microcomputador da secretária do diretor 
financeiro, que fora transformado em investimento, tem uma parcela reconhecida como despesa (depreciação), sem 
transitar por custo. 
As despesas são itens que reduzem o Patrimônio Líquido e que têm essa característica de representar sacrifícios no 
processo de obtenção de receitas. 
Todo produto vendido e todo serviço ou utilidade transferidos provocam despesa. Costumamos chamá-lo Custo do Produto 
Vendido e assim fazemo-lo aparecer na Demonstração de Resultados; o significado mais correto seria: Despesa que é o 
somatório dos itens que compuseram o custo de fabricação do produto ora vendido. Cada componente que fora custo no 
processo de produção agora, na baixa, toma-se despesa. (No Resultado existem Receitas e Despesas — às vezes Ganhos e 
Perdas — mas não Custos.) A mercadoria adquirida pela loja comercial provoca um gasto (genericamente), um 
investimento (especificamente), que se transforma numa despesa no momento do reconhecimento da receita trazida pela 
venda, sem passar pela fase de custo. Logo, o nome Custo das Mercadorias Vendidas não é, em termos técnicos, rigorosa- 
mente correto. 
Logo, todas as despesas são ou foram gastas. Porém, alguns gastos muitas vezes não se transformam em despesas (por 
exemplo, terrenos,que não são depreciados) ou só se transformam quando de sua venda. 
Todos os custos que são ou foram gastos se transformam em despesas quando da entrega dos bens ou serviços a que se 
referem. Muitos gastos são automaticamente transformados em despesas, outros passam primeiro pela fase de custos e 
outros ainda fazem a via-sacra completa, passando por investimento, custo e despesa. 
 
f) Perda — Bem ou serviço consumidos de forma anormal e involuntária. 
Não se confunde com a despesa (muito menos com o custo), exatamente por sua característica de anormalidade e 
involuntariedade; não é um sacrifício feito com intenção de obtenção de receita. Exemplos comuns: perdas com incêndios, 
obsoletismo de estoques etc. 
 
São itens que vão diretamente à conta de Resultado, assim como as despesas, mas não representam sacrifícios normais ou 
derivados de forma voluntária das atividades destinadas à obtenção da receita. E muito comum o uso da expressão Perdas 
de material na produção de inúmeros bens e serviços; entretanto, a quase totalidade dessas “perdas” é, na realidade, um 
custo, já que são valores sacrificados de maneira normal no processo de produção, fazendo parte de um sacrifício já 
conhecido até por antecipação para a obtenção do produto ou serviço e da receita almejada. 
O gasto com mão-de-obra durante um período de greve, por exemplo, é uma perda, não um custo de produção. O material 
deteriorado por um defeito anormal e raro de um equipamento provoca uma perda, e não um custo; aliás, não haveria 
mesmo lógica em apropriar-se como custo essas anormalidades e, portanto, acabar por ativar um valor dessa natureza. 
Cabe aqui ressaltar que inúmeras perdas de pequeníssimo valor são, na prática, comumente consideradas dentro dos 
custos ou das despesas, sem sua separação; e isso é permitido devido à irrelevância do valor envolvido. No caso de 
montantes apreciáveis, esse tratamento não é correto. 
 
Perda versus desperdício 
Todo processo produtivo pode gerar resto decorrentes da atividade desenvolvida, estes são considerados normais à 
atividade, portanto devem englobar o custo do produto fabricado. 
Portanto perda são consumo de bem ou serviços de forma involuntária, ou seja, aconteceu sem a empresa desejar ou sem 
que pudesse prever. 
Segundo Eliseu Martins (2010, p.26) “Não se confunde com a despesa nem com o custo. Exatamente pela sua característica 
de anormalidade, não é um sacrifício feito com intenção de obtenção de receita. ” 
 O contrário da perda acontece o desperdício que nada mais é que o gasto por retrabalho, falta de planejamento da 
administração, negligência ou falta de atenção de operários. 
 
Quadro Resumo 
Gasto Representa todas as aquisições da entidade 
Custo Compõe o produto; vai para o estoque e aumenta o ativo circulante 
Despesa São gastos ocorridos na Administração e na Venda para se obter Receitas. 
A despesa reduz o lucro; vai para o Resultado e reduz o Patrimônio Líquido. 
Investimento Gasto registrado no Ativo para benefícios futuros 
Perda Gasto anormal de forma involuntária 
Desperdício Gasto de forma voluntária 
Desembolso Representa o pagamento das aquisições

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