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RESUMO AV2 FILOSOFIA

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AV2 Revisão Filosofia
História da Filosofia Antiga
A filosofia surge na Grécia aproximadamente no século VII a.C. e procura formular questões e respondê-las apenas com auxílio da razão, voltando-se contra o mito, os preconceitos e o senso comum. Nessa busca pelo conhecimento do mundo e do homem, ela se constitui, em sua origem, como uma cosmologia racional de tendência monista. Isso significa que a filosofia surge não propondo uma concepção mítica da ordem cósmica e buscando um princípio múltiplo originário. Não reforçando o testemunho dos sentidos; nem afirmando a multiplicidade e a transitoriedade de todas as coisas. Também não como um conhecimento alimentado pela codificação mítica e que procuraria elucidar os mistérios dos tempos primordiais por meio de uma verdade revelada. É propondo uma concepção racional da ordem cósmica e buscando um princípio único originário, bem como, um diálogo da razão com ela mesma, se interessando inicialmente por questões referente ao cosmo, sendo sua preocupação primordial natureza.
Para Nietzsche, a filosofia Grega parece começar com uma ideia absurda, com a proposição: a água é a origem e a matriz de todas as coisas. Será mesmo necessário deter-nos nela e levá-la a sério? Sim, e por três razões: em primeiro lugar, porque essa proposição enuncia algo sobre a origem das coisas; em segundo lugar, porque faz sem imagem e fabulação; enfim, em terceiro lugar, porque nela, embora apenas em estado crisálida, está contido o pensamento: tudo é um. Nietzsche caracteriza o surgimento da filosofia entre os gregos não como uma tentativa de justificar, a partir de elementos empíricos, o que existe no real. Ele afirmou a necessidade de buscar, de forma racional, a causa primeira das coisas existentes. Sem a ambição de expor, de maneira metódica, as diferenças entre as coisas, sem o desejo de explicar, usando metáforas, a origem dos seres e das coisas. Sem o impulso para transformar, mediante justificativas, os elementos sensíveis em verdades racionais. 
História da Filosofia Medieval
O primeiro movimento da patrística era composto pelos primeiros professadores da fé cristã e pelos padres apologistas, que tinham a missão de fazer uma defesa do pensamento cristão. Para Agostinho entre a sabedoria que cria e a sabedoria criada, e entre a justiça que justifica e a justiça que vem da justificação, existe a mesma diferença que há entre a luz que ilumina e a luz refletida. Santo Agostinho afirma como característica da Patrística não uma renascença religiosa ou um contratualismo cristão, também não exalta a humildade de pensamento, tão pouco busca o romantismo da igreja católica. Para ele é a racionalização da fé a característica da patrística.
A filosofia de Agostinho (354 - 430) é estreitamente devedora do platonismo cristão milanês: foi nas traduções de Mário Vitorino que leu os textos de Plotino e de Porfírio, cujo espiritualismo devia aproximá-lo do cristianismo. Ouvindo sermões de Ambrósio, influenciados por Plotino, que Agostinho venceu suas últimas resistências (de tornar-se cristão). Apesar de ter sido influenciado pela filosofia de Platão, por meio dos escritos de Plotino, o pensamento de Agostinho apresenta muitas diferenças se comparado ao pensamento de Platão. Para Agostinho, a alma não é imortal, enquanto para Platão a alma é imortal, já que é a essência do corpo. Para Platão, a verdadeira realidade encontra-se no mundo das Ideias, enquanto para Agostinho existe uma realidade além do mundo natural em que vivemos, a divina. Para Agostinho, é possível ao ser humano obter o conhecimento verdadeiro, assim como para Platão, a verdade a respeito do mundo é acessível ao ser humano. Para Platão, o conhecimento é, na verdade, reminiscência, a alma reconhece as Ideias que ela contemplou antes de nascer; Agostinho diz que o conhecimento é resultado da Iluminação divina, a centelha de Deus que existe em cada um.
História da Filosofia Moderna
A filosofia moderna é marcada pela necessidade de afirmar a importância de um método para a investigação, fato que não afeta apenas as preocupações dos filósofos, mas também dos cientistas que começavam a esboçar, de forma mais metódica, produção de conhecimento. O método mais celebrado entre os filósofos da época foi aquele desenvolvido por René Descartes, conhecido como o pai do Racionalismo moderno. Contudo, o filósofo Francis Bacon colocou importantes críticas a respeito da validade do método de Descartes. A contribuição de Descartes foi o método cartesiano que propõe colocar em dúvida tudo aquilo que pode conter erros, até atingir verdades fundamentais que possuam absoluta evidência racional. 
A contribuição de Bacon, parte do reconhecimento de que a ciência da época não progredia em função de uma lógica que não era adequada ao conhecimento do mundo empírico, e apenas este conhecimento deveria importar em detrimento de raciocínios metafísicos. Descartes não divide seu método em fases e diz que precisamos conhecer primeiro a única lógica racional para depois aplicá-las ao conhecimento da verdade. Bacon lembra o caráter empírico da própria lógica aristotélica preponderante no conhecimento elaborado pela ciência, até então. Descartes propunha que se desconfiasse das verdades estabelecidas, uma vez que só a verdade racional é possível para o intelecto humano, e Bacon propunha buscar a verdade apenas no mundo empírico, mas que se deveria também considerar argumentos racionais. 
Uma frase emblemática de Descartes é "não há nada no intelecto que não tenha passado antes pelos sentidos", e seu método consiste numa filtragem das sensações que nos enganam, depois de filtradas pela razão dão origem a um conceito. Já Bacon é conhecido por ser o pai do método científico, que preconiza que a investigação deve ser realizada através da experimentação. O método cartesiano consistia em defender sistematicamente a lógica racional e não acreditar na evidência da verdade na mente subjetiva. Já o de Bacon tratava de estudar o mundo empírico em busca de verdades racionais.
Hobbes afirma ainda que natureza humana é egoísta, ou seja, quer satisfazer seus desejos, mesmo que aquilo que queira pertença a outro homem. É nessa situação em que compreendemos a famosa frase "homini lupus homini" (o homem é o lobo do homem), justamente por que, pelo fato de sermos egoístas e entrarmos em conflito uns com os outros, somos uma ameaça constante uns ao outros. Dessa forma, inevitavelmente, a guerra se torna geral. Todos são ameaça a todos o tempo todo. A chamada "guerra de todos contra todos" (bellum omnia omnes) 
‌Sob essa definição, o filósofo Thomas Hobbes desenvolveu sua teoria contratualista baseada na máxima "O homem é o lobo do homem". O homem é mau tanto no Estado da Natureza como dentro do Estado. A ideia de que o homem é mau em seu estado de natureza por ter desenvolvido as habilidades racionais, diferente dos animais. A ideia de que o homem é mau em seu estado de natureza, sem precisar analisar a essência de cada um quando estão em sociedade. A ideia de que o homem é mau em seu estado de natureza e consegue se aperfeiçoar à medida que se desenvolve em sociedade. A ideia de que o homem é mau em seu estado de natureza e necessita do contrato social para viver harmonicamente em sociedade.
Immanuel Kant foi responsável por unir duas categorias diferentes ao olhar para o processo legislativo político. As associações dos imperativos categóricos (moral e racional) e hipotéticos (jurídico e emocional). 
Modernidade Líquida
O conceito de modernidade líquida foi desenvolvido pelo sociólogo polonês Zygmunt Bauman e diz respeito a uma nova época em que as relações sociais, econômicas e de produção são frágeis, fugazes e maleáveis, como os líquidos. as características do conceito de Modernidade Sólida em oposição a Modernidade Liquida, tal como compreendido por Bauman, e que estão presentes no entendimento do que seja o Estado, o trabalho e a família. Na modernidade sólida ocorre a aceitação da violência para garantir a estabilidade a regra e a ordem, tanto na vida socialquanto nas instituições sociais, divisão social do trabalho e organização familiares rígidas e duradouras são características da modernidade sólida.
Bauman desenvolveu, no final do século XX, a ideia de Modernidade Líquida. Trata-se de uma leitura sociológica da contemporaneidade, que, a seu ver, seria marcada pela fluidez. Acerca da obra de Bauman e sua compreensão sobre o nosso mundo atual, a modernidade sólida não era marcada pela transitoriedade e pela desordem, ao contrário da modernidade líquida. A ideia de modernidade ainda ajuda a explicar o presente, mas é preciso descrevê-la a partir das características instáveis que as relações sociais assumem em nossos dias. Na atualidade, a família, a classe e o bairro não são mais importantes, desempenhando um papel secundário em nossas vidas. A noção de pós-modernidade não é suficiente para explicar o nosso mundo, pois ainda nos identificamos com os ideais modernos em novos arranjos. A modernidade líquida não é caracterizada pela ordem e pela segurança, em contraste com a modernidade sólida.
Em 1963, o sociólogo polonês Zygmunt Bauman foi censurado e afastado da Universidade de Varsóvia por causa de suas ideias, tidas como subversivas no comunismo. Porém, após o fim da União Soviética pode apresentar ao mundo suas ideias sobre a modernidade. Segundo ele durante toda a era moderna, nossos ancestrais viveram voltados para o futuro. Eles avaliavam a virtude de suas realizações pelo modelo da sociedade que queriam estabelecer. A visão do futuro guiava o presente. Nossos contemporâneos vivem sem esse futuro. Estamos mais descuidados, ignorantes e negligentes quanto ao que virá. Bauman se questionou se os jovens podem mudar e salvar o mundo? Ou nem os jovens podem fazer algo para alterar a história? Bauman responde que confio que os jovens possam consertar o estrago que os mais velhos fizeram. Mas, para isso, precisam recuperar a consciência da responsabilidade compartilhada para o futuro do planeta e seus habitantes. Também precisam trocar o mundo virtual pelo real. Os jovens não têm se mostrado tão negligentes com o futuro quanto seus ancestrais, e isso fará recrudescer o declínio da civilização. O planeta e seus habitantes estão ameaçados, mas podemos acreditar que os jovens desenvolvam uma postura responsável quanto ao seu futuro. Os jovens poderão alterar positivamente o curso da história, com a condição de passarem a se dedicar às relações da vida real. O futuro do planeta depende de um diálogo mais saudável entre os jovens e os mais velhos, o qual deve prescindir da interação virtual. O declínio da sociedade atual não é resultado da postura negligente que os jovens têm com relação ao fortalecimento de ideias comunistas.
Os novos arranjos, líquidos, em diferentes esferas da sociedade, trouxeram mudanças, desde os aspectos macro até os aspectos micro. A partir disso, considera-se que a família acompanha o fluxo do mercado e passa por um processo de desinstitucionalização. Com a perda de tais estruturas, o indivíduo é incapaz de exercer uma maior autonomia em suas relações. Em relação à burguesia, o capitalismo não permanece atado à perspectiva domiciliar. O indivíduo passa por um processo de perda de referências que se inicia com o desmantelamento da organização familiar e se estende até a realidade escolar, mediada pela lógica do lucro.
Ao pensar e analisar a Modernidade, Zygmunt Bauman tocou em vários temas que interessam a maior parte das sociedades ocidentais, como o trabalho, a desigualdade, o individualismo, as relações humanas, o consumismo, a ética, a urbanidade, a vigilância, o medo e a educação. Sobre as relações familiares Bauman afirma que os laços familiares se afastaram na medida em que novos arranjos familiares passaram a existir, com o enfraquecimento do lar como referência coletiva. Os laços familiares se afrouxaram, a família não é mais a base da vida dos indivíduos, preponderando os objetivos individuais. Os laços familiares, diante das adversidades e desafios da modernidade líquida, da desvalorização do lar como local de refúgio, para o qual os indivíduos queriam sempre voltar, fortaleceram e a realização individual, mas, não como forma de agradar e promover o aprimoramento das relações familiares. O que de fato ocorreu foi que os laços familiares se afrouxaram e a realização individual ganhou um papel de maior relevância do que os objetivos coletivos.
 Sociedade em Rede
Criador do conceito de Sociedade em rede, Castells discute pontos interessantes sobre o que significa estar em rede e qual a interferência do desenvolvimento tecnológico nas nossas formas de sociabilidade. Para tanto, o pensador estabelece um esclarecimento sobre os conceitos de rede e tecnologia. Apresenta o modelo econômico que propiciou o aumento da tecnologia no nosso cotidiano social como sendo o capitalismo. 
A tecnologia não é apenas um canal para se comunicar, cuja comunicação traz o significado de ação recíproca que ocorre entre emissor e receptor da mensagem, mas sim faz parte do ato comunicativo, estando integrada a ele. É uma nova maneira de aprender e agir, é construir novos alicerces na forma de comunicar e conhecer. Com isso, a lógica da atual sociedade consolida-se para a lógica das redes. A integração da tecnologia com a construção das sociedades e do espaço geográfico, a história atual assinala o conceito de meio técnico-científico informacional segundo Castells.
Estamos testemunhando o reverso da tendência histórica da assalariação do trabalho e socialização da produção, que foi característica predominante na era industrial. A nova organização social e econômica baseada nas tecnologias da informação visa à administração descentralizadora, ao trabalho individualizante e aos mercados personalizados. As novas tecnologias da informação possibilitam, ao mesmo tempo, a descentralização das tarefas e sua coordenação em uma rede interativa de comunicação em tempo real, seja entre continentes, seja entre os andares de um mesmo edifício. No contexto descrito, as sociedades vivenciam mudanças constantes nas ferramentas de comunicação que afetam os processos produtivos nas empresas. Na esfera do trabalho, tais mudanças têm provocado o enfraquecimento do diálogo entre operários, gerentes, executivos e clientes sem a garantia de harmonização das relações de trabalho. O avanço do trabalho flexível e da terceirização como respostas às demandas por inovação e com vistas à mobilidade dos investimentos. A autonomização crescente das máquinas e computadores só restando emprego para quem trabalha como especialistas técnicos e gestores. O aumento das formas de teletrabalho não é a solução de larga escala para o problema do desemprego crônico. O enfraquecimento dos vínculos dos operários com as linhas de montagem sob influência dos modelos orientais de gestão.
 Estamos vivenciando uma nova forma na expressão dos movimentos sociais, realizados com a combinação de ciberespaço e espaço público. É uma mudança da democracia de baixo para cima, as pessoas começam a crer que não precisam delegar seu poder de escolha a uma pessoa, podendo então, juntar-se para expressar uma determinada opinião em comum. Dois exemplos recentes de dois movimentos que foram organizados pelo Facebook: a primavera árabe - a qual derrubou dois líderes que estavam a tempo no poder (Mubarak e Ben Ali) - e as revoltas do povo brasileiro - que causaram um grande impacto na política e efetivaram a diminuição da passagem do transporte público. 
Porque, consoante as ideias de Manuel Castells, o processo de globalização encontra reflexo na sociedade em rede. As ações políticas e econômicas têm seu alcance ampliado, já que os limites das próprias corporações se expandiram a nível global, e a demanda por informação torna-se tão ampla quanto forem os espaços de atuação do capitalismo contemporâneo.
Para Milton Santos devemos considerar a existência de pelo menos três mundos num só. O primeiro seria o mundo tal qual nos fazem vê-lo: a globalização como fábula; o segundo seria o mundo tal como ele é: a globalizaçãocomo perversidade; e o terceiro, o mundo como ele poderia ser: uma outra globalização. A proposta de Milton Santos é que a possibilidade de mudanças do quadro global é a enorme mistura de povos e filosofias, possibilitada pelos progressos da informação, em detrimento da hegemonia do racionalismo europeu.

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