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PROGRAMAS PÚBLICOS DE CONTROLE DAS DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS (DCNT) Prática Gerencial em Saúde Coletiva - Aula 03 Prof. Especialista Aline Caldeira Epidemiologia As DCNT são as principais causas de morte no mundo, correspondendo a 63% dos óbitos em 2008. Aproximadamente 80% das mortes por DCNT ocorrem em países de baixa e média renda. Um terço dessas mortes ocorre em pessoas com idade inferior a 60 anos. A maioria dos óbitos por DCNT são atribuíveis às doenças do aparelho circulatório (DAC), ao câncer, à diabetes e às doenças respiratórias crônicas. Epidemiologia As principais causas dessas doenças incluem fatores de risco modificáveis, como tabagismo, consumo nocivo de bebida alcoólica, inatividade física e alimentação inadequada. No Brasil, as DCNT constituem o problema de saúde de maior magnitude e correspondem a 72% das causas de mortes. Da mesma forma como ocorre no cenário mundial, no país as DCNT atingem fortemente as camadas mais pobres da população e grupos vulneráveis Epidemiologia Os três componentes essenciais da vigilância de DCNT são: monitoramento dos fatores de risco; monitoramento da morbidade e mortalidade específica das doenças; e respostas dos sistemas de saúde, que também incluem gestão, ou políticas, planos, infraestrutura, recursos humanos e acesso a serviços de saúde essenciais, inclusive a medicamentos. Abordando doenças crônicas As abordagens e metodologias compreensivas podem ser utilizadas com vistas à obtenção de resultados satisfatórios quando as equipes de ESF almejam que as pessoas se empoderem da capacidade sobre sua condição de saúde para realizar o autocuidado. Abordando doenças crônicas As abordagens compreensivas: Método clínico centrado na pessoa; Abordagem cognitivo comportamental; Entrevista motivacional; Problematização; Abordagem familiar; Educação para o autocuidado; Técnicas educativas; Consulta coletiva; Consultas multidisciplinares. Abordando doenças crônicas A prescrição de Enfermagem na Atenção Básica é o planejamento e implementação do cuidado, necessitando para sua descrição pactuar com o usuário as metas a serem alcançadas por ele. Ela não deve ser algo passivo e unidirecional, pois quanto mais consciência o usuário tiver do objetivo a ser alcançado e compactuar as metas, melhores serão os resultados. Registro Clínico Orientado por Problemas (RCOP) S – Subjetivo: anotam-se informações recolhidas na entrevista clínica sobre o motivo da consulta ou o problema/necessidade de saúde em questão; inclui as impressões subjetivas do profissional de saúde e as expressas pelo usuário. O – Objetivo: anotam-se dados positivos e negativos do exame físico e dos exames complementares. Registro Clínico Orientado por Problemas (RCOP) A – Avaliação: após a coleta e o registro organizado dos dados e informações subjetivas (S) e objetivas (O), o profissional faz uma avaliação (A) mais precisa em relação ao problema, queixa ou necessidade de saúde, definindo-o e denominando- o. P – Plano: é a parte final da nota de evolução, consiste em determinar os cuidados ou condutas que serão tomados em relação ao problema ou necessidade avaliada. Passo 1 Reconhecimento do Problema Passo 2 Estabelecimento de uma meta Passo 3 Colocando a meta em prática e autoavaliação Passo 4 Auto recompensa Estratégia de Formação Autoeficácia Barreiras Esforços Recursos Gestão de Casos Caso gerencial: abordando Doenças Crônicas Não Transmissíveis – DCNT Principais DCNT: Acidente Vascular Encefálico, Infarto, Hipertensão Arterial – 31,3%, Câncer – 16,3%, Diabetes - 5,6%, e Doenças Respiratórias – 5,8% Abordaremos: ✓ Diabetes ✓ Hipertensão Caso gerencial: abordando Doenças Crônicas Não Transmissíveis – DCNT Intervenções Efetivas nas DCNT: aumentar impostos/preços dos produtos do tabaco; proteger pessoas da fumaça do cigarro/proibir o fumo em lugares públicos; advertir sobre perigos do consumo do tabaco; fazer cumprir proibição da propaganda/patrocínio/promoção de tabaco; restringir venda de álcool no varejo; reduzir ingestão de sal/conteúdo nos alimentos; substituir gorduras trans por gorduras poli-insaturadas; promover esclarecimento público sobre alimentação/atividade física. Diabetes O termo diabetes mellitus (DM) refere-se a um transtorno metabólico de etiologias heterogêneas, caracterizado por hiperglicemia e distúrbios no metabolismo de carboidratos, proteínas e gorduras, resultantes de defeitos da secreção e/ou da ação da insulina. Diabetes Classificação: ✓ Tipo I ✓ Tipo II ✓ Gestacional Sinais e Sintomas Clássicos: ✓ Poliúria ✓ Polidipsia ✓ Perda Inexplicada de Peso ✓ Polifagia Diabetes Diabetes Diabetes Fluxograma de Atendimento Complicações Entre as complicações crônicas do DM, as úlceras de pés e a amputação de extremidades são as mais graves e de maior impacto socioeconômico. As úlceras nos pés apresentam uma incidência anual de 2%, tendo a pessoa com diabetes um risco de 25% de desenvolver úlceras nos pés ao longo da vida. 40% a 70% das amputações não traumáticas de membros inferiores. Avaliação do Pé diabético Avaliação do Pé diabético Avaliação do Pé diabético Avaliar a pele: hidratação, coloração, temperatura, distribuição dos pelos, integridade de unhas e pele Avaliação do Pé diabético Avaliação musculoesquelética: inspeção de deformidades. – Artropatia de Charcot Avaliação do Pé diabético Avaliação vascular: a palpação dos pulsos pediosos e tibial posterior deve ser registrada como presente ou ausente. Avaliação do Pé diabético Avaliação neurológica: sensibilidade – tátil, vibratória (com diapasão de 128 Hz) e reflexo. Avaliação do Pé diabético Avaliação da sensibilidade tátil: utilizando o teste com monofilamento de 10 gramas de Semmes-Weinstem. O tempo total entre o toque para encurvar o monofilamento e sua remoção não deve exceder 2 segundos. Serão pesquisados quatro pontos, em ambos os pés. Avaliação do Pé diabético Método de avaliação do reflexo tendíneo Aquileu: resposta esperada é a flexão plantar reflexa do pé, consequente à percussão do tendão. Tratamento da lesão Abordagem educativa Prevenção de ocorrências de ulcerações nos pés Cuidados pessoais e orientações para o autoexame dos pés. Exame diário do pé. Atenção aos sapatos. Cuidados com as unhas e o risco com a remoção de pele e cutículas. Cuidados com traumas externos, evitar caminhar descalço. Lembrar o potencial de queimaduras – verificar temperatura da água. Hipertensão A Hipertensão Arterial (HA) é condição clínica multifatorial caracterizada por elevação nos níveis pressóricos ≥ 140 e/ou 90 mmHg. Frequentemente associada a distúrbios metabólicos, alterações funcionais e/ou estruturais de órgãos-alvo, sendo agravada pela presença de outros fatores de risco (FR), como dislipidemia, obesidade abdominal, intolerância à glicose e DM Hipertensão Hipertensão Hipertensão Hipertensão Hipertensão Hipertensão Hipertensão Hipertensão Construção do Plano Conjunto de Cuidado Construção do Plano Conjunto de Cuidado Legenda: CC* = cognitivo-comportamental, C** = compreensivo, AF*** = abordagem familiar, A**** = Autonomia. Construção do Plano Conjunto de Cuidado Legenda: CC* = cognitivo-comportamental, C** = compreensivo, AF*** = abordagem familiar, A**** = Autonomia. Construção do Plano Conjunto de Cuidado Legenda: CC* = cognitivo-comportamental, C** = compreensivo, AF*** = abordagem familiar, A**** = Autonomia. Construção do Plano Conjunto de Cuidado Legenda: CC* = cognitivo-comportamental, C** = compreensivo, AF*** = abordagem familiar, A**** = Autonomia. Construção do Plano Conjunto de Cuidado Legenda: CC* = cognitivo-comportamental, C** = compreensivo, AF*** = abordagem familiar, A****= Autonomia.
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