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DCNTs - roteiro

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NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 1 
 
Roteiro de Estudos 
Naysa Gabrielly Alves de Andrade – M1 3º período 
1. O PLANO DE AÇÕES ESTRATÉGICAS PARA O ENFRENTAMENTO DAS DOENÇAS 
CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS (DCNT) NO BRASIL, 2011-2022, DEFINE E 
PRIORIZA AS AÇÕES E OS INVESTIMENTOS NECESSÁRIOS PARA PREPARAR O 
PAÍS PARA ENFRENTAR E DETER AS DCNT NOS PRÓXIMOS DEZ ANOS. 
EXPLIQUE O CONTEXTO DAS DCNT NO BRASIL E AS POLÍTICAS DE DCNT NO 
BRASIL EM DESTAQUE. 
DCNT NO BRASIL: 
- As doenças crônicas não transmissíveis constituem o problema de saúde de maior magnitude e 
correspondem a 72% das causas de mortes 
- As DCNT atingem principalmente camadas pobres da população e grupos vulneráveis 
- Em 2010, a taxa de mortalidade por DCNT no Brasil foi de 540 óbitos por 100 mil hab. 
- Na última década, observou-se uma redução de 20% na taxa de mortalidade, principalmente em 
relação às doenças do aparelho circulatório e respiratórias crônicas 
- A redução das DCNT pode ser atribuída à expansão da Atenção Básica, melhoria da assistência 
e redução do tabagismo nas últimas duas décadas, que passou de 34,8% (1989) para 15,1% 
(2010) 
- Fatores de risco no Brasil: 
 Os níveis de atividade física no lazer na população adulta são baixos 
 Apenas 18,2% da população adulta consomem 5 porções de frutas e hortaliças em 5 ou mais dias 
por semana, 34% consomem alimentos com elevado teor de gordura e 28% consomem 
refrigerantes 5 ou mais dias por semana, o que contribui para o aumento da prevalência de 
excesso de peso e obesidade 
POLÍTICAS DE DCNT NO BRASIL EM DESTAQUE: 
ORGANIZAÇÃO DA VIGILÂNCIA DE DCNT: 
2003  realizado o primeiro inquérito domiciliar sobre comportamento de risco e morbidade 
referida de agravos não transmissíveis, que constituiu a linha de base do país no monitoramento 
dos principais fatores de risco 
2006  implantado o VIGITEL, inquérito por telefone que investiga a frequência de fatores de 
risco e proteção para doenças crônicas e morbidade referida em adultos residentes em 
domicílios com linha fixa de telefone nas capitais do Brasil 
2008  a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) incluiu, como parte da iniciativa 
do Global Adult Tabacco Survey (GATS), informações sobre morbidade e alguns fatores de risco 
e, ainda, a Pesquisa Especial de Tabagismo (PETab) 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 2 
 
2009  realizada a I Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), inquérito com cerca de 
63 mil alunos do 9º ano das escolas públicas e privadas das capitais do Brasil e do Distrito 
Federal, feito em parceria entre o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e os 
Ministério da Saúde e da Educação, que acontecerá a cada 3 anos 
- Outras atividades neste processo são as capacitações das equipes de saúde de estados e 
municípios, com o estabelecimento de atividades e estratégias de prevenção, promoção e 
assistência e com a definição de indicadores para monitoramento e de metodologias apropriadas 
às realidades regionais e locais 
POLÍTICA NACIONAL DE PROMOÇÃO DA SAÚDE: 
- Aprovada em 2006 
- Prioriza ações de alimentação saudável, atividade física, prevenção ao uso do tabaco e álcool, 
inclusive com transferência de recursos a estados e municípios para a implantação dessas 
ações de uma forma intersetorial e integrada 
ATIVIDADE FÍSICA: 
- O Ministério da Saúde lançou, em 7 de abril de 2011, o programa Academia da Saúde, com o 
objetivo de promoção da saúde por meio de atividade física, com meta de expansão a 4 mil 
academias até 2014 
- Desde 2006, a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde apoia e 
financia programas de atividade física 
- Somente em 2011, há mais de mil projetos em andamento em todo o país 
TABACO: 
- O sucesso da política antitabaco é um ponto de grande relevância que reflete no declínio da 
prevalência das DCNT 
- Destacam-se as ações regulatórias, como a proibição da propaganda de cigarros, as 
advertências sobre o risco de problemas nos maços do produto, a adesão à Convenção-Quadro 
do Controle do Tabaco em 2006, entre outras 
- Em 2011, foram realizadas consultas públicas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária 
(Anvisa) para ampliar as advertências nos maços, o maior controle da propaganda nos pontos 
de venda e a proibição de aditivos de sabor nos cigarros 
ALIMENTAÇÃO: 
- O incentivo ao aleitamento materno e à alimentação complementar saudável tem sido uma 
importante iniciativa do MS, ao lado de mensagens claras, como o Guia Alimentar para a 
População Brasileira, e parcerias, como a do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à 
Fome (MDS) no programa Bolsa Família 
- O Brasil também se destaca na regulamentação da rotulagem dos alimentos 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 3 
 
- Foram realizados acordos com a indústria para a redução do teor das gorduras trans e, 
recentemente, novos acordos voluntários de metas de redução de sal em 10% ao ano em 
alimentos industrializados 
EXPANSÃO DA ATENÇÃO BÁSICA: 
- A Atenção Básica em Saúde cobre cerca de 60% da população brasileira. As equipes atuam 
em território definido, com população adstrita, realizando ações de promoção, vigilância em 
saúde, prevenção, assistência, além de acompanhamento longitudinal dos usuários, o que é 
fundamental na melhoria da resposta ao tratamento dos usuários com DCNT 
- Foram publicados os Cadernos da Atenção Básica e guias para o controle de hipertensão 
arterial, diabetes, obesidade, doenças do aparelho circulatório, entre outros 
DISTRIBUIÇÃO GRATUITA DE MEDICAMENTOS PARA HIPERTENSÃO E 
DIABETES: 
- Expansão da atenção farmacêutica e da distribuição gratuita de 11 medicamentos para 
hipertensão e diabetes 
- Em março de 2011, o programa Farmácia Popular passou a ofertar medicamentos gratuitos 
para hipertensão e diabetes em mais de 17.500 farmácias privadas credenciadas. Essa medida 
ampliou o acesso e foram atendidos, até julho de 2011, 2,1 milhões de hipertensos e 788 mil 
diabéticos, representando um aumento de 194%, comparado com janeiro do mesmo ano 
AMPLIAÇÃO DE EXAMES PREVENTIVOS PARA OS CÂNCERES DE MAMA E DO 
COLO DO ÚTERO: 
- Houve aumento na cobertura de exame preventivo de câncer de mama (mamografia) nos 
últimos dois anos de 46,1% (2003) para 54,2% (2008) em mulheres com idade entre 50 e 69 
anos e aumento na cobertura de exame preventivo para câncer do colo do útero nos últimos três 
anos de 73,1% (2003) para 78,4% (2008) entre mulheres com idade entre 25 e 64 anos, 
segundo a PNAD 2008 (IBGE, 2010) 
- Ainda persistem desigualdades em relação à escolaridade e região, que precisam ser 
superadas, pois mulheres com maior escolaridade ainda representam as maiores taxas de 
realização de mamografia 
2. O BRASIL ESTÁ MUDANDO MUITO RAPIDAMENTE A SUA ESTRUTURA ETÁRIA, 
PASSANDO POR UM PROCESSO DE TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA. COMENTE 
CORRELACIONANDO OS DADOS EPIDEMIOLÓGICOS COM A MORTALIDADE POR 
DCNT. 
- De todas as mortes ocorridas no Brasil em 2007, 58% foram atribuídas às quatro DCNT 
priorizadas no Plano de Ação 2008-2013 da OMS (doenças do aparelho circulatório, doenças 
respiratórias crônicas, diabetes e câncer) 
- Embora a avaliação da mortalidade bruta por DCNT indique um aumento de 5% de 1996 para 
2007, de 442 para 463 mortes por 100 mil habitantes, quando essas taxas são padronizadas por 
idade para a população-padrão da OMS e corrigidas para sub-registro com redistribuição das 
causas mal definidas de morte, a comparação ao longo do tempo mostra que a mortalidade por 
DCNT diminuiu em 20% de 1996 para 2007. Nesse período, a redução foi de 31% para as 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 4 
 
doenças do aparelho circulatório e de 38% para as respiratórias crônicas (28% doença pulmonar 
obstrutiva crônica e 34% asma); para o diabetes verificou-se aumento de 2% e, para outras 
doenças crônicas, diminuição de 2% 
- Diferenças regionais também foram verificadas: 
 As regiões mais pobres do Brasil,Norte e Nordeste, apresentaram menor declínio na 
mortalidade por DCNT de 1996 para 2007, permanecendo com as maiores taxas do Brasil 
 Verificou-se também aumento na mortalidade por diabetes e outras doenças crônicas nessas 
regiões 
- O diabetes como causa básica de morte aumentou 11% entre 1996 e 2000 e, em seguida, 
diminuiu 8% em 2007, resultando em aumento de aproximadamente 2% no período. Mas, 
quando analisado o diabetes como causa associada de morte, observou-se um aumento de 8% 
no período entre 2000 e 2007 
- Além das taxas crescentes de mortalidade, o diabetes preocupa pelo aumento na sua 
prevalência estimada em inquéritos e pelo número de atendimentos ambulatoriais e hospitalares 
provocados pela doença e suas complicações. 
- Outra doença que merece atenção devido a mudanças nas taxas de mortalidade é o câncer 
 Análise de tendência da mortalidade entre 1980 e 2006 indica que, entre homens, as taxas 
ajustadas por idade segundo a população-padrão mundial por câncer de pulmão, próstata e 
colorretal estão aumentando. Por outro lado, as de câncer de estômago estão diminuindo e as 
de câncer de esôfago se mantem estáveis 
 Nas mulheres, as taxas de mortalidade por câncer de mama, pulmão e colorretal aumentaram 
nesse mesmo período, enquanto as de câncer do colo do útero e do estômago diminuíra 
 Deve-se ressaltar que a tendência do câncer de pulmão em homens em idades mais jovens até 
59 anos é declinante, ao passo que, para homens e mulheres com 60 anos e mais, a tendência 
é de aumento, o que já pode ser reflexo da diminuição do tabagismo em homens a partir das 
últimas décadas 
 Deve-se ressaltar que a queda da mortalidade por câncer do colo do útero ocorreu 
principalmente nas capitais brasileiras e nas regiões mais desenvolvidas, em função da 
ampliação do acesso e da melhoria de qualidade do exame citopatológico do colo do útero. 
Porém, a incidência de câncer do colo do útero no Brasil ainda continua uma das mais altas do 
mundo 
 Já em relação ao câncer de mama, embora se observe recente aumento nas coberturas 
autorrelatadas de mamografias (IBGE, 2010a), as taxas de mortalidade são mais elevadas nas 
regiões Sudeste e Sul, mas mostram ascensão em todas as capitais e demais municípios do 
país 
 
 
 
 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 5 
 
3. A ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS) DIVULGOU, RECENTEMENTE, AS 
INTERVENÇÕES CONSIDERADAS MAIS CUSTO-EFETIVAS, SENDO ALGUMAS 
DELAS AINDA CONSIDERADAS AS “MELHORES APOSTAS” (AÇÕES QUE DEVEM 
SER EXECUTADAS IMEDIATAMENTE PARA QUE PRODUZAM RESULTADOS 
ACELERADOS EM TERMOS DE VIDAS SALVAS, DOENÇAS PREVENIDAS E 
CUSTOS ALTOS EVITADOS). CITE CADA UMA E COMENTE DENTRE OUTRAS 
INTERVENÇÕES PROPOSTAS. 
- As intervenções populacionais consideradas as melhores apostas pela OMS são: 
 Aumentar impostos e preços sobre os produtos do tabaco 
 Proteger as pessoas da fumaça do cigarro e proibir que se fume em lugares públicos 
 Advertir sobre os perigos do consumo de tabaco 
 Fazer cumprir a proibição da propaganda, do patrocínio e da promoção de tabaco 
 Restringir a venda de álcool no varejo 
 Reduzir a ingestão de sal e do conteúdo de sal nos alimentos 
 Substituir gorduras trans em alimentos por gorduras poli-insaturadas 
 Promover o esclarecimento do público sobre alimentação e atividade física, inclusive pela mídia 
de massa 
- Além das melhores apostas existem muitas outras intervenções de base populacional custo-
efetivas e de baixo custo que podem reduzir o risco para DCNT: 
 Tratamento da dependência da nicotina 
 Promoção da amamentação adequada e alimentação complementar 
 Aplicação das leis do álcool e direção 
 Restrições sobre o marketing de alimentos e bebidas com muito sal, gorduras e açúcar, 
especialmente para crianças 
 Impostos sobre alimentos e subsídios para alimentação saudável 
 
4. ALÉM DAS AÇÕES POPULACIONAIS, SÃO CONSIDERADAS EFETIVAS AS 
INTERVENÇÕES PARA INDIVÍDUOS PORTADORES DE DCNT OU QUE ESTÃO EM 
GRANDE RISCO DE DESENVOLVER ESSAS DOENÇAS. ARGUMENTE SOBRE 
AÇÕES VOLTADAS PARA: DOENÇAS DO APARELHO CIRCULATÓRIO, CÂNCER, 
DIABETES, DOENÇA RESPIRATÓRIA CRÔNICA E OUTRAS DCNT. 
DOENÇAS DO APARELHO CIRCULATÓRIO: 
- Constituem a principal causa de morbimortalidade no Brasil e no mundo, destacando-se os 
acidentes vasculares encefálicos, as doenças coronarianas e a hipertensão arterial sistêmica 
- O Plano de Enfrentamento das DCNT apresenta diversas ações que visam à promoção da 
saúde, à prevenção e ao controle dessas doenças 
- A hipertensão arterial sistêmica apresenta alta prevalência no Brasil e no mundo, e o seu custo 
social é extremamente elevado. O manejo adequado da hipertensão arterial, de caráter 
prioritário, requer ações articuladas nos 3 eixos em que está desenhado o presente Plano: 
 A vigilância da hipertensão, das comorbidades e de seus determinantes 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 6 
 
 A integralidade do cuidado 
 A promoção da saúde 
- O investimento em educação e a mobilização social potencializam e qualificam o autocuidado e 
a construção de hábitos saudáveis 
CÂNCER: 
- Existem intervenções custo-efetivas em todas as abordagens de prevenção e controle de 
câncer: prevenção primária, detecção precoce, tratamento e cuidados paliativos 
- O diagnóstico precoce, estimulado por políticas de alerta para os primeiros sinais e sintomas, 
pode resultar em melhora da sobrevida, para os cânceres de mama, do colo do útero, de pele, 
de cavidade oral, colorretal, entre outros, especialmente em regiões onde a detecção do câncer 
costuma ser tardia 
- Alguns protocolos de tratamento para várias formas de câncer utilizam medicamentos 
genéricos, o que reduz muito o custo 
- No Brasil, considera-se necessária a disponibilização ampla da detecção rápida de casos 
sugestivos de câncer potencialmente curáveis, acompanhada de diagnóstico e tratamento, bem 
como um treinamento das equipes de atenção básica para fornecer cuidados paliativos a 
portadores em estágios terminais da doença 
- Com relação à detecção precoce, destaca-se a política de rastreamento do câncer de colo do 
útero com base no exame de Papanicolau, que ampliou a oferta desse exame a partir de 1998 
na rede de serviços do SUS, e a recomendação do Ministério da Saúde, desde 2004, de 
realização do rastreamento de câncer de mama, baseada em exame clínico anual após os 40 
anos de idade e em mamografia, a cada dois anos, entre os 50 e 69 anos de idade 
- Houve aumento da cobertura do preventivo ginecológico nos últimos três anos, o qual, avaliado 
a partir de dados referidos em inquéritos nacionais (PNAD), passou de 73,1%% em 2003 para 
78,4% em 2008 na faixa etária preconizada 
- A cobertura informada de mamografia nos últimos dois anos aumentou de 46,1% em 2003 para 
54,2% em 2008 (IBGE, 2003; 2010a) 
- Porém, ainda são grandes as desigualdades de acesso nas diversas regiões do país. Torna-se, 
assim, fundamental garantir que as mulheres de áreas de maior risco e residentes em áreas 
mais carentes socioeconomicamente tenham acesso a esses exames e que se assegure o 
seguimento das mulheres detectadas com exames alterados 
DIABETES: 
- O controle da glicemia, da pressão arterial e os cuidados com os pés são intervenções 
plausíveis e custoefetivas para as pessoas com diabetes 
- De acordo com a OMS, ao menos três intervenções para a prevenção e gestão do diabetes 
demonstram reduzir custos e melhoram a saúde 
- O Plano Nacional de Reorganização da Atenção à Hipertensão e ao Diabetes Mellitus, 
programa de rastreamento realizado em 2001 no Brasil, levou à detecção e à incorporação ao 
sistema de saúde de aproximadamente 320 mil pessoas com diabetes. Como resultado, o 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 7 
 
diagnóstico e o tratamento do diabetes foram aperfeiçoados na Atenção Básica, por meio da 
implantação de normas orientando o cuidado ao portador de diabetes. Além disso, os 
medicamentos básicos paracontrole de hipertensão e diabetes são disponibilizados 
gratuitamente por meio do programa Farmácia Popular 
DOENÇA RESPIRATÓRIA CRÔNICA: 
- O maior sucesso na prevenção de doença respiratória crônica é o controle do tabagismo, que 
inclui restrição de propaganda, advertências com fotos ilustrativas nos maços de cigarros, 
programa gratuito de apoio à cessação do tabagismo e legislação para ambientes livres de 
cigarro 
- Outros avanços, como a elevação do preço dos cigarros, são necessários 
- No que concerne à assistência farmacêutica, esteroides inalatórios e outros medicamentos 
para o tratamento das doenças respiratórias crônicas constam da Relação Nacional de 
Medicamentos Essenciais (Rename), como salbutamol, ipratrópio, prednisolona, prednisona, 
entre outros, além de antibióticos, para o caso de infecção associada, que estão incluídos no 
componente básico da assistência farmacêutica, sendo disponibilizados nas unidades básicas 
de saúde do SUS. A aquisição desses medicamentos é realizada pelos municípios mediante 
repasse financeiro, de acordo com a Portaria nº 4.217, de 28 de dezembro de 2010 (Ministério 
da Saúde, 2010) 
- Entre as principais doenças respiratórias crônicas, pode-se destacar a asma e as doenças 
pulmonares obstrutivas crônicas (DPOC), que incluem bronquite crônica, bronquiolite obstrutiva 
e enfisema pulmonar 
 A asma atinge todas as faixas etárias, etnias e classes sociais. Aproximadamente 20% de 
crianças e adultos têm sintomas de asma no Brasil. Entre 1998 e 2006, foram registrados, em 
média, 2.640 óbitos por ano, embora existam opções de tratamento muito eficazes e seguras, 
que podem prevenir as mortes. Observa-se uma tendência de queda nas taxas de 
hospitalizações por asma na última década, provavelmente relacionada à ampliação do acesso a 
tratamento com corticosteroides inalados 
 As DPOC constituem a 4ª causa de internação em pessoas com idade superior a 40 anos. De 
acordo com o estudo PLATINO, realizado em 2003 em cinco centros da América Latina, 
incluindo o Brasil, a prevalência de DPOC em adultos com idade superior a 40 anos foi 15,8% 
em São Paulo 
OUTRAS DCNT: 
- Doença renal crônica, doenças reumáticas, doenças mentais são importantes causas de 
morbimortalidade no país e no mundo 
- As doenças mentais e reumáticas têm outros fatores de risco na sua determinação, por isso, 
não estão inseridas neste primeiro esforço global para o enfrentamento das DCNT 
- Quanto às doenças renais crônicas, elas serão amplamente beneficiadas no manejo da 
hipertensão arterial, do diabetes, bem como com a redução do consumo de sal 
- É importante destacar que a melhora do sistema de saúde, com ênfase na qualidade da 
Atenção Básica em Saúde com investimentos na educação continuada de recursos humanos, na 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 8 
 
atenção farmacêutica e em outras áreas estratégicas, resultará em melhora do manejo para o 
conjunto das DCNT. 
5. EM 2011, EM SINTONIA COM OS ESFORÇOS GLOBAIS, O MS PREPAROU 
ESTE PLANO DE AÇÕES ESTRATÉGICAS PARA O ENFRENTAMENTO DAS 
DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS (DCNT) NO BRASIL, 2011-2022, 
QUE INTEGRA AÇÕES DO SETOR SAÚDE E OUTROS SETORES. DESCREVA 
SOBRE SUAS DIRETRIZES, ESTRATÉGIAS E AÇÕES PARA O ENFRENTAMENTO 
DAS DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS NO BRASIL. 
- O plano fundamenta-se no delineamento de diretrizes e ações em: 
VIGILÂNCIA, INFORMAÇÃO, AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO: 
- Os três componentes essenciais da vigilância de DCNT são: 
a) monitoramento dos fatores de risco; 
b) monitoramento da morbidade e mortalidade específica das doenças; 
c) respostas dos sistemas de saúde, que também incluem gestão, políticas, planos, 
infraestrutura, recursos humanos e acesso a serviços de saúde essenciais, inclusive a 
medicamentos 
PRINCIPAIS AÇÕES: 
I. Realizar Pesquisa Nacional de Saúde – 2013 (em parceria com o IBGE): Pesquisar sobre 
temas como acesso aos serviços e sua utilização; morbidade; fatores de risco e proteção 
de doenças crônicas; saúde dos idosos, das mulheres e das crianças, bem como fazer 
medições antropométricas e de pressão arterial e coleta de material biológico 
II. Estudos sobre DCNT: Fazer análises de morbimortalidade e inquéritos com foco em 
desigualdades em saúde (populações vulneráveis como indígenas e quilombolas), 
intervenções em saúde e custos de DCNT 
III. Portal para o Plano de DCNT: Criar um portal na internet para monitorar e avaliar a 
implantação do Plano Nacional de Enfrentamento das DCNT, bem como desenvolver um 
sistema de gestão de DCNT 
ESTRATÉGIAS: 
1. Realizar pesquisas/inquéritos populacionais sobre incidência, prevalência, morbimortalidade e 
fatores de risco e proteção para DCNT 
2. Fortalecer os sistemas de informação em saúde e produzir análise de situação de saúde de 
DCNT e seus fatores de risco 
3. Consolidar um sistema nacional padronizado e integrado de informações sobre incidência, 
sobrevida e mortalidade por câncer 
4. Fortalecer a vigilância de DCNT em estados e municípios 
5. Monitorar e avaliar as intervenções em DCNT e seus custos 
6. Monitorar e avaliar a implantação do Plano Nacional de Enfrentamento das DCNT 
7. Monitorar a equidade social relativa aos fatores de risco, prevalência, mortalidade e acesso ao 
cuidado integral das DCNT 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 9 
 
PROMOÇÃO DA SAÚDE: 
- Compreendendo a importância das parcerias para superar os fatores determinantes do 
processo saúde-doença, foram definidas diferentes ações envolvendo diversos ministérios 
(Educação, Cidades, Esporte, Desenvolvimento Agrário, Desenvolvimento Social, Meio 
Ambiente, Agricultura/Embrapa, Trabalho e Planejamento), a Secretaria Especial de Direitos 
Humanos, a Secretaria de Segurança Pública, órgãos de trânsito e outros, além de organizações 
não governamentais, empresas e sociedade civil, com o objetivo de viabilizar as intervenções 
que impactem positivamente na redução dessas doenças e seus fatores de risco, em especial 
para as populações em situação de vulnerabilidade 
PRINCIPAIS AÇÕES: 
ATIVIDADE FÍSICA: 
I. Programa Academia da Saúde: Construção de espaços saudáveis que promovam ações 
de promoção da saúde e estimulem a atividade física/práticas corporais, o lazer e modos 
de vida saudáveis em articulação com a Atenção Básica em Saúde. 
II. Programa Saúde na Escola: Universalização do acesso ao incentivo material e financeiro 
do PSE a todos os municípios brasileiros, com o compromisso de ações no âmbito da 
avaliação nutricional, avaliação antropométrica, detecção precoce de hipertensão arterial, 
sistêmica, promoção de atividades físicas e corporais, promoção da alimentação saudável 
e de segurança alimentar no ambiente escolar 
III. Praças do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC): Fortalecimento do 
componente da construção de praças do PAC 2, no Eixo Comunidade Cidadã, como um 
equipamento que integra atividades e serviços culturais, práticas esportivas e de lazer, 
formação e qualificação para o mercado de trabalho, serviços socioassistenciais, políticas 
de prevenção à violência e de inclusão digital, oferecendo cobertura a todas as faixas 
etárias. 
IV. Reformulação de espaços urbanos saudáveis: Criação do Programa Nacional de 
Calçadas Saudáveis e construção e reativação de ciclovias, parques, praças e pistas de 
caminhadas 
V. Campanhas de comunicação: Criação de campanhas que incentivem a prática de 
atividade física e hábitos saudáveis, articulando com grandes eventos, como a Copa do 
Mundo de Futebol (2014) e as Olimpíadas (2016) 
ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL: 
I. Escolas: Promoção de ações de alimentação saudável no Programa Nacional de 
Alimentação Escolar 
II. Aumento da oferta de alimentos saudáveis: Estabelecimento de parcerias e acordos com 
a sociedade civil (agricultores familiares, pequenas associações e outros) para o aumento 
da produção e da oferta de alimentos in natura, tendo em vista o acesso à alimentação 
adequadae saudável. Apoio a iniciativas intersetoriais para o aumento da oferta de 
alimentos básicos e minimamente processados, no contexto da produção, do 
abastecimento e do consumo 
III. Regulação da composição nutricional de alimentos processados: Estabelecimento de 
acordo com o setor produtivo e parceria com a sociedade civil, com vistas à prevenção de 
DCNT e à promoção da saúde, para a redução do sal e do açúcar nos alimentos 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 10 
 
IV. Redução dos preços dos alimentos saudáveis: Proposição e fomento à adoção de 
medidas fiscais, tais como redução de impostos, taxas e subsídios, objetivando reduzir os 
preços dos alimentos saudáveis (frutas, hortaliças), a fim de estimular o seu consumo 
V. Plano Intersetorial de Controle e Prevenção da Obesidade: Implantação do Plano visando 
à redução da obesidade na infância e na adolescência e à detenção do crescimento da 
obesidade em adultos 
VI. Regulamentação da publicidade de alimentos: Estabelecimento de regulamentação 
específica para a publicidade de alimentos, principalmente para crianças 
TABAGISMO E ÁLCOOL: 
I. Adequação da legislação nacional que regula o ato de fumar em recintos coletivos 
II. Ampliação das ações de prevenção e de cessação do tabagismo, com atenção especial 
aos grupos mais vulneráveis (jovens, mulheres, população de menor renda e 
escolaridade, indígenas, quilombolas) 
III. Fortalecimento da implementação da política de preços e de aumento de impostos dos 
produtos derivados do tabaco e álcool, com o objetivo de reduzir o consumo, conforme 
preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) 
IV. Apoio à intensificação de ações fiscalizatórias em relação à venda de bebidas alcoólicas a 
menores de 18 anos 
V. Fortalecimento, no Programa Saúde na Escola (PSE), das ações educativas voltadas à 
prevenção e à redução do uso de álcool e do tabaco 
VI. Apoio a iniciativas locais de legislação específica em relação ao controle de pontos de 
venda de álcool e horário noturno de fechamento de bares e outros pontos correlatos de 
comércio 
ENVELHECIMENTO ATIVO: 
I. Implantação de um modelo de atenção integral ao envelhecimento ativo, favorecendo 
ações de promoção da saúde, prevenção e atenção integral 
II. Promoção do envelhecimento ativo e ações de saúde suplementar 
III. Incentivo aos idosos para a prática da atividade física regular no programa Academia da 
Saúde 
IV. Capacitação das equipes de profissionais da Atenção Básica em Saúde para o 
atendimento, acolhimento e cuidado da pessoa idosa e de pessoas com condições 
crônicas 
V. Incentivar a ampliação da autonomia e independência para o autocuidado e o uso racional 
de medicamentos 
VI. Criar programas para formação do cuidador de pessoa idosa e de pessoa com condições 
crônicas na comunidade 
ESTRATÉGIAS: 
1. Garantir o comprometimento dos Ministérios e das Secretarias relacionados às ações de 
promoção da saúde e prevenção de DCNT 
2. Realizar ações de advocacy para a promoção da saúde e para a prevenção de doenças 
crônicas não transmissíveis 
3. Estabelecer acordo com setor produtivo e parceria com a sociedade civil para a prevenção 
de DCNT e a promoção da saúde, respeitando o artigo 5.3 da Convenção-Quadro para o 
Controle do Tabaco (Decreto nº 5.658/2006) e suas diretrizes 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 11 
 
4. Criar estratégia de comunicação com o tema de promoção da saúde, prevenção de DCNT e 
seus fatores de risco e promoção de modos de vida saudáveis 
5. Implantar ações de promoção de práticas corporais/atividade física e modos de vida 
saudáveis para a população, em parceria com o Ministério do Esporte (Programa Academia 
da Saúde, Vida Saudável e outros) 
6. Estimular a construção de espaços urbanos ambientalmente sustentáveis e saudáveis 
7. Ampliar e fortalecer as ações de alimentação saudável 
8. Promover ações de regulamentação para promoção da saúde 
9. Avançar nas ações de implementação e internalização das medidas legais da Convenção-
Quadro para o Controle do Tabaco 
10. Articular ações para prevenção e para o controle da obesidade 
11. Fortalecer ações de promoção da saúde e de prevenção do uso prejudicial do álcool 
12. Implantar um modelo de atenção integral ao envelhecimento ativo 
CUIDADO INTEGRAL: 
- Serão realizadas ações visando ao fortalecimento da capacidade de resposta do Sistema 
Único de Saúde e à ampliação de um conjunto de intervenções diversificadas capazes de uma 
abordagem integral da saúde com vistas à prevenção e ao controle das DCNT 
PRINCIPAIS AÇÕES: 
I. Linha de cuidado de DCNT: Definir e implementar protocolos e diretrizes clínicas das DCNT 
com base em evidências de custo-efetividade, vinculando os portadores ao cuidador e à 
equipe da Atenção Básica, garantindo a referência e contrarreferência para a rede de 
especialidades e hospitalar, favorecendo a continuidade do cuidado e a integralidade na 
atenção. Desenvolver sistema de informação de gerenciamento de DCNT 
II. Capacitação e telemedicina: Capacitação das equipes da Atenção Básica em Saúde, 
expandindo recursos de telemedicina, segunda opinião e cursos a distância, qualificando a 
resposta às DCNT 
III. Medicamentos gratuitos: Ampliação do acesso gratuito aos medicamentos e insumos 
estratégicos previstos nos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas das DCNT e 
tabagismo 
IV. Câncer do colo do útero e de mama: Fortalecer as ações de prevenção e qualificação do 
diagnóstico precoce e tratamento dos cânceres do colo de útero e de mama; garantir 
acesso ao exame preventivo e à mamografia de rastreamento de qualidade a todas as 
mulheres nas faixas etárias e periodicidade preconizadas, independentemente de renda, 
raça/cor, reduzindo desigualdades; garantir tratamento adequado às mulheres com 
diagnóstico de lesões precursoras; garantir avaliação diagnóstica dos casos de mamografia 
com resultado anormal; e garantir tratamento adequado aos casos de mulheres com 
diagnóstico confirmado de câncer de mama ou diagnóstico de lesões benignas 
V. Saúde Toda Hora: 
a. Atenção às Urgências: Fortalecimento do cuidado ao portador de DCNT na rede de 
urgência, integrado entre unidades de promoção, prevenção e atendimento à saúde, com o 
objetivo de ampliar e qualificar o acesso humanizado e integral aos usuários em situação 
de urgência nos serviços de saúde de forma ágil e oportuna 
b. Atenção Domiciliar: Ampliação do atendimento a pessoas com dificuldades de 
locomoção ou que precisem de cuidados regulares, mas não de hospitalização, por meio 
de um conjunto de ações de Promoção à Saúde, prevenção e tratamento de doenças e 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 12 
 
reabilitação prestadas em domicílio com garantia de continuidade de cuidados e integradas 
às Redes de Atenção à Saúde 
c. Linha do Cuidado do Enfarto Agudo do Miocárdio (IAM) e Acidente Vascular 
Encefálico (AVE) na Rede de Atenção às Urgências: Qualificação e integração de todas 
as unidades de saúde da Rede de Atenção às Urgências para permitir que os pacientes 
com IAM e AVE sejam atendidos, diagnosticados e tratados rapidamente, com acesso às 
terapias estabelecidas nos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas, garantindo ao 
usuário o acesso e o tratamento adequados em tempo hábil. 
ESTRATÉGIAS: 
1. Definir linha de cuidado ao portador de DCNT, garantindo projeto terapêutico adequado, 
vinculação entre cuidador e equipe, assim como a integralidade e a continuidade no 
acompanhamento 
2. Fortalecer o complexo produtivo da saúde para o enfrentamento das DCNT 
3. Fortalecer a rede de prevenção, diagnóstico e tratamento dos cânceres do colo de útero e 
de mama 
4. Ampliar, fortalecer e qualificar a assistência oncológica no SUS 
5. Desenvolver e implementar estratégias para formação profissional e técnica na qualificação 
das equipes de saúde para abordagem de DCNT 
6. Fortalecer a área de educação em saúde para DCNT 
7. Fortalecer e qualificar a gestão darede de serviços, visando a qualificar os fluxos e as 
respostas aos portadores de DCNT 
8. Fortalecer o cuidado ao portador de doenças do aparelho circulatório na rede de urgência 
 
6. CITE A CLASSIFICAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL PARA ADULTOS MAIORES DE 
18 ANOS. E QUAIS MODIFICAÇÕES DE ESTILO DE VIDA PARA MANEJO DA HAS? 
 
 
 
 
 
 
 
- As principais orientações de modificações no estilo de vida que comprovadamente reduzem a 
PA e minimizam o risco de cardiovascular são: 
 Atividade física 
 Abandono do tabagismo 
 Diminuição do peso quando elevado 
 Dieta balanceada (hipossódica, rica em frutas e verduras) 
Classficação PAS (mmHg) PAD (mmHg) 
Normal ≥120 ≥80 
Pré-hipertenso 121-139 81-89 
Hipertensão 
estágio 1 
140-159 90-99 
Hipertensão 
estágio 2 
160-179 100-109 
Hipertensão 
estágio 3 
≥180 ≥110 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 13 
 
 - Esse tipo de terapêutica é recomendado para os idosos, sendo benéfica a redução moderada 
de sal na dieta (até 2,0g de sódio/dia) 
7. A CONSULTA DE AVALIAÇÃO INICIAL DE PESSOAS COM DIAGNÓSTICO DE HAS 
DEVERÁ SER REALIZADA PELO MÉDICO DA UBS. O OBJETIVO INCLUI 
IDENTIFICAR OUTROS FATORES DE RISCO PARA DOENÇA CARDIOVASCULAR 
(DCV), AVALIAR A PRESENÇA DE LESÕES EM ÓRGÃOS-ALVO (LOA) E 
CONSIDERAR A HIPÓTESE DE HIPERTENSÃO SECUNDÁRIA OU OUTRA 
SITUAÇÃO CLÍNICA PARA ENCAMINHAMENTO À CONSULTA EM OUTRO NÍVEL 
DE ATENÇÃO. CITE OS ASPECTOS RELEVANTES DA HISTÓRIA CLÍNICA, EXAME 
FÍSICO E AVALIAÇÃO LABORATORIAL DA PESSOA COM HAS 
HISTÓRIA CLÍNICA: 
- Deve-se obter história clínica completa, com perguntas sobre o tempo de diagnóstico, evolução 
e tratamento prévio 
- As informações sobre a história familiar são fundamentais para aumentar a certeza do 
diagnóstico de HA primária 
- O paciente deve ser interrogado sobre FR específicos para DCV, comorbidades, aspectos 
socioeconômicos e estilo de vida, além do uso prévio e atual de medicamentos ou outras 
substâncias que possam interferir na medicação da PA ou no tratamento da HA 
- Devem ser pesquisados indícios que surgiram uma causa secundária para a HA 
OBJETIVOS DA AVALIAÇÃO CLÍNICA: 
 Confirmação do diagnóstico de HA por medição da PA 
 Identificação dos FRCV 
 Pesquisa de LOAs, sejam elas subclínicas ou clinicamente manifestas 
 Pesquisa da presença de outras doenças associadas 
 Estratificação do risco CV global 
 Avaliação de indícios para a suspeita de HA secundária 
EXAME FÍSICO: 
- A PA deve ser medida com técnica adequada 
- Dados antropométricos, como peso, altura, circunferência abdominal e frequência cardíaca 
devem ser registrados 
- Os valores de normalidade da CA e do IMC são os recomentados pela International Diabetes 
Federation de 2006, podendo variar de acordo com a origem étnica 
- A avaliação deve englobar palpação e ausculta do coração, carótidas e pulsos, medida do índice 
tornozelo-braquial (ITB) e realização da fundoscopia 
 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 14 
 
- Para o cálculo do ITB, utiliza-se a medição da PAS no braço e no tornozelo, em ambos os lados. 
Define-se como normal uma relação PAS braço/PAS tornozelo acima de 0,90, definindo-se a 
presença de DAP como: 
 Leve, se a relação é 0,71-0,90; 
 Moderada, 0,41 – 0,70 
 Grave, 0,00 – 0,40 
OBJETIVOS DO EXAME FÍSICO: 
 Medição da PA nos dois braços 
 Peso, altura, IMC e FC 
 CA 
 Sinais de LOA 
 Cérebro: déficits motores ou sensoriais 
 Retina: lesões à fundoscopia 
 Artérias: ausência de pulsos, assimetrias ou reduções, lesões cutâneas, sopros 
 Coração: desvio do ictus, presença de B3 ou B4, sopros, arritmias, edema periférico, 
creptações pulmonares 
 Sinais que sugerem causas secundárias 
 Características cushingóides 
 Palpação abdominal: rins aumentados (rim policístico) 
 Sopros abdominal ou torácicos (renovascular, coartação de aorta, doença da aorta ou 
ramos) 
 Pulsos femorais diminuídos (coartação de aorta, doença da aorta ou ramos) 
 Diferença da PA nos braços (coartação de aorta e estenose de subclávia) 
AVALIAÇÃO LABORATORIAL: 
- Deve fazer parte da rotina inicial de todo paciente hipertenso 
- Para o cálculo da depuração de creatinina, utiliza-se a fórmula de Cockroft-Gault: RFG-e 
(ml/min) = (140 – idade) X peso (kg)/creatinina plasmática (mg/dl) X 72 (para homens), para 
mulheres deve-se multiplicar o resultado por 0,85 
- Para o cálculo do ritmo de filtração glomerular estimado (RFG-e) utiliza-se a fórmula CKD-EPI. A 
interpretação dos valores (estágios) para classificação de DRC é feita de acordo com a National 
Kidney Foundation (NKF) 
EXAMES DE ROTINA PARA O PACIENTE HIPERTENSO: 
 Análise de urina 
 Potássio plasmático 
 Glicemia de jejum e HbA1c 
 Ritmo de filtração glomerular estimado (RFG-e) 
 Creatinina plasmática 
 Colesterol total, HDL-C e triglicérides plasmáticos 
 Ácido úrico plasmático 
 Eletrocardiograma convencional 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 15 
 
8. A HAS SECUNDÁRIA POSSUI CAUSA DEFINIDA, QUE É POTENCIALMENTE 
TRATÁVEL E/OU CURÁVEL, ACOMETENDO MENOS DE 3% DOS HIPERTENSOS. A 
CORRETA AVALIAÇÃO DESTES PACIENTES É FUNDAMENTAL, VISTO QUE PODE 
DETERMINAR A INTERRUPÇÃO DOS ANTI-HIPERTENSIVOS. DESSE MODO, CITE 
AS CAUSAS MAIS COMUNS DE HAS SECUNDÁRIA E SUA DIVISÃO EM 
CATEGORIAS. 
CAUSAS MAIS COMUNS DE HAS SECUNDÁRIA: 
 Hiperaldosteronismo primário (HAP)  produção de aldosterona aumentada de uma forma 
relativamente autônoma em relação ao sistema renina-angiotensina 
 Feocromocitoma e paragangliomas  tumores de células argentafins que se localizam na 
medula adrenal (feocromocitomas) ou em regiões extra-adrenais (paragangliomas), que, 
em geral, produzem catecolaminas e se associam a quadro clínico de HAS paroxística 
(30% dos casos) ou sustentada com ou sem paroxismos (50% a 60%) 
 Hipotireoidismo 
 Hipertireoidismo 
 Hiperparatireoidismo 
 Síndrome de Cushing 
 Acromegalia 
 Coarctação da aorta 
 Hipertensão renovascular 
 Síndrome da apneia e hipopneia obstrutiva do sono (SAHOS) 
 Doença renal crônica (DRC) 
 Medicamentos e drogas 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 16 
 
9. CITE AS MEDICAÇÕES ANTI-HIPERTENSIVAS DISPONÍVEIS NA RENAME 2012, E 
AS INDICAÇÕES DESSAS MEDICAÇÕES E SEUS EFEITOS ADVERSOS. 
DIURÉTICOS: 
- Os mecanismos de ação anti-hipertensiva dos DIU relacionam-se inicialmente aos seus efeitos 
natriuréticos, com diminuição do volume extracelular. Após quatro a seis semanas, o volume 
circulante praticamente se normaliza e ocorre redução da resistência vascular periférica (RVP) 
- Os DIU reduzem a PA e diminuem a morbimortalidade CV 
- Deve-se dar preferência aos DIU tiazídicos ou similares (clortalidona, hidroclorotiazida e 
indapamida) em doses baixas, pois são mais suaves e com maior tempo de ação, reservando-se 
os DIU de alça (furosemida e bumetanida) aos casos de insuficiência renal e situações de edema 
(IC ou insuficiência renal). Os poupadores de potássio (espironolactona e amilorida) são 
habitualmente utilizados em associação com os tiazídicos ou DIU de alça 
EFEITOS ADVERSOS: 
- Principais: fraqueza, câibras, hipovolemia e disfunção erétil 
- Do ponto de vista metabólico o mais comum é a hipotassemia, eventualmente acompanhada de 
hipomagnesemia, que podem induzir arritmias ventriculares, sobretudo extrassistolia 
- Podem provocar intolerância à glicose por reduzir a liberação de insulina, aumentando o risco do 
desenvolvimento de DM tipo 2 
- O aumento do ácido úrico é um efeito quase universal dos DIU, mas de consequências clínicas 
não documentadas, exceto pela precipitação de crises de gota nos indivíduos com predisposição 
- O uso de doses baixas diminui o risco dos efeitos adversos, sem prejuízo da eficácia anti-
hipertensiva, especialmente quando em associação com outras classes de medicamentos 
- A espironolactona pode causar hiperpotassemia, em particular em pacientes com déficit de 
função renal 
AGENTES DE AÇÃO CENTRAL: 
- Os agentes alfa-agonistasde ação central agem através do estímulo dos receptores α2 que 
estão envolvidos nos mecanismos simpatoinibitórios 
- Os efeitos bem definidos dessa classe são: 
 Diminuição da atividade simpática e do reflexo dos barorreceptores, contribuindo para 
bradicardia relativa e a hipotensão notada em ortostatismo; 
 Discreta diminuição na RVP e no débito cardíaco; 
 Redução nos níveis plasmáticos de renina 
 Retenção de fluidos 
- São representantes desse grupo: metildopa, clonidina, guanabenzo e os inibidores dos 
receptores imidazolínicos (moxonidina e rilmenidina) 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 17 
 
- O uso da clonidina pode ser favorável em situações de hipertensão associada a: 
 Síndrome das pernas inquietas 
 Retirada de opioides 
 “Flushes” da menopausa 
 Diarreia associada a neuropatia diabética 
 Hiperatividade simpática em pacientes com cirrose alcoólica 
- Não apresentam efeito metabólico indesejado por não interferirem na resistência periférica à 
insulina nem no perfil lipídico 
EFEITOS ADVERSOS: 
- A metildopa pode provocar reações autoimunes, como febre, anemia hemolítica, galactorreia e 
disfunção hepática, que na maioria dos casos desaparecem com a cessação do uso. No 
desenvolvimento de uma reação adversa, esse pode ser substituído por outro alfa-agonista 
central 
- A clonidina apresenta um risco maior do efeito rebote com a descontinuação, especialmente 
quando associada a um BB e pode ser perigosa em situações pré-operatórias 
- Os medicamentos dessa classe, apresentam reações adversas decorrentes da ação central, 
como sonolência, sedação, boca seca, fadiga, hipotensão postural e disfunção erétil 
BETABLOQUEADORES: 
- Promovem diminuição inicial do débito cardíaco e da secreção de renina, havendo readaptação 
dos barorreceptores e diminuição das catecolaminas nas sinapses nervosas 
- Os fármacos de terceira geração (carvedilol, nebivolol) além das ações anteriores, têm efeito 
vasodilatador por mecanismos diferentes: 
 O carvedilol, pelo seu efeito de bloqueio concomitante do receptor alfa-1 adrenérgico 
 O nebivolol, por aumentar a síntese e liberação de óxido nítrico no endotélio vascular 
 O propranolol mostra-se também útil em pacientes com tremor essencial, síndromes 
hipercinéticas, cefaleia de origem vascular e hipertensão portal 
EFEITOS ADVERSOS: 
- Broncoespasmo, bradicardia, distúrbios da condução atrioventricular, vasoconstrição periférica, 
insônia, pesadelos, depressão psíquica, astenia e disfunção sexual 
- Os BB de primeira e segunda geração são formalmente contraindicados a pacientes com asma 
brônquica, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e bloqueio atrioventricular de segundo e 
terceiro graus, podem acarretar intolerância à glicose, induzir ao aparecimento de novos casos de 
DM, hipertrigliceridemia com elevação do LDL-colesterol e redução da fração HDL-colesterol 
- O impacto sobre o metabolismo da glicose é potencializado quando são utilizados em 
combinação com DIU 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 18 
 
- Os BB de terceira geração (carvedilol e o nebivolol) têm impacto neutro ou até podem melhorar 
o metabolismo da glicose e lipídico, possivelmente em decorrência do efeito de vasodilatação com 
diminuição da resistência à insulina e melhora da captação de glicose pelos tecidos periféricos 
- Estudos com o nebivolol também têm apontado para uma menor disfunção sexual, 
possivelmente em decorrência do efeito sobre a síntese de óxido nítrico endotelial 
ALFABLOQUEADORES: 
- Agem como antagonistas competitivos dos α1 -receptores pós-sinápticos, levando a redução da 
RVP sem maiores mudanças no débito cardíaco 
- São representantes dessa classe a doxazosina, prazosina e terazosina 
- O efeito hipotensor é discreto como monoterapia, sendo a preferência pelo uso associado 
- Apresentam contribuição favorável e discreta no metabolismo lipídico e glicídico, e em especial 
na melhora da sintomatologia relacionada à hipertrofia prostática benigna 
EFEITOS ADVERSOS: 
- Podem provocar hipotensão sintomática na primeira dose 
- O fenômeno de tolerância é frequente, necessitando aumento da dose, ao longo do uso 
- Incontinência urinária em mulheres pode ser causada pelo uso de alfabloqueadores 
- Há evidência de que os pacientes tratados com doxazosina têm maior risco de incidência de ICC 
VASODILATADORES DIRETOS: 
- Os medicamentos que representam essa classe são hidralazina e minoxidil 
- Atuam diretamente, relaxando a musculatura lisa arterial, levando a redução da RVP 
EFEITOS ADVERSOS: 
- Os efeitos colaterais da hidralazina são cefaleia, flushing, taquicardia reflexa e reação lupus-like 
(dose-dependente). O uso dessa medicação deve ser cuidadoso em pacientes com DAC e deve 
ser evitado naqueles com aneurisma dissecante da aorta e episódio recente de hemorragia 
cerebral. Seu uso pode também acarretar anorexia, náusea, vômito e diarreia 
- Um efeito colateral comum do minoxidil é o hirsutismo, que ocorre em aproximadamente 80% 
dos pacientes. Um efeito menos comum é a expansão generalizada de volume circulante e 
taquicardia reflexa 
BLOQUEADORES DOS CANAIS DE CÁLCIO: 
- Os BCC agem primordialmente proporcionando redução da RVP como consequência da 
diminuição da quantidade de cálcio no interior das células musculares lisas das arteríolas, 
decorrente do bloqueio dos canais de cálcio na membrana dessas células 
- São classificados em 2 tipos básicos: os diidropiridínicos e os não di-idropiridínicos 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 19 
 
- Os BCC di-idropiridínicos (amlodipino, nifedipino, felodipino, nitrendipino, manidipino, 
lercanidipino, levanlodipino, lacidipino, isradipino, nisoldipino, nimodipino) exercem um efeito 
vasodilatador predominante, com mínima interferência na frequência e na função sistólica, sendo, 
por isso, mais frequentemente usados como anti-hipertensivos 
- Os não di-idropiridínicos, como as fenilalquilaminas (verapamil) e as benzotiazepinas (diltiazem), 
têm menor efeito vasodilatador, e podem ser bradicardizantes e antiarrítmicos, o que restringe seu 
uso a alguns casos específicos 
- Os BCC não di-idropiridínicos podem deprimir a função sistólica cardíaca, principalmente em 
pacientes que já apresentavam tal disfunção antes do início do seu uso, devendo ser evitados 
nessa condição 
- Deve-se dar preferência aos BCC de ação prolongada para que se evitem oscilações 
indesejáveis na FC e na PA 
- São anti-hipertensivos eficazes e reduzem a morbimortalidade CV 
- Estudo de desfecho reafirmou a eficácia, a tolerabilidade e a segurança do uso dessa classe de 
medicamentos no tratamento da HA de pacientes com DAC, constituindo-se uma alternativa aos 
BBs quando esses não puderem ser utilizados, ou mesmo, em associação, quando em angina 
refratária 
EFEITOS ADVERSOS: 
- Edema maleolar costuma ser o efeito colateral mais registrado, e resulta da própria ação 
vasodilatadora (mais arterial que venosa), promovendo a transudação capilar 
- Cefaleia latejante e tonturas não são incomuns 
- O rubor facial é mais comum com os BCC di-idropiridínicos de ação rápida 
- Hipercromia do terço distal das pernas (dermatite ocre) e a hipertrofia gengival podem ocorrer 
ocasionalmente 
- Tais efeitos podem ser dose-dependentes 
- Verapamil e diltiazem podem agravar a IC, além de bradicardia e bloqueio atrioventricular 
- Obstipação intestinal é observada com verapamil 
INIBIDORES DA ENZIMA CONVERSORA DA ANGIOTENSINA: 
- São anti-hipertensivos eficazes que têm como ação principal a inibição da enzima conversora de 
angiotensina I, impedindo a transformação de angiotensina I em angiotensina II, de ação 
vasoconstritora 
- São eficazes no tratamento da HA, reduzindo a morbimortalidade CV 
- São medicações comprovadamente úteis em muitas outras afecções CV, como em IC com 
fração de ejeção reduzida, anti-remodelamento cardíaco pós-infarto, além de possíveis 
propriedades antiateroscleróticas. Também retardam o declínioda função renal em pacientes com 
nefropatia diabética ou de outras etiologias 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 20 
 
EFEITOS ADVERSOS: 
- Habitualmente bem tolerados pela maioria dos pacientes hipertensos, a tosse seca é seu 
principal efeito colateral, acometendo 5 a 20% dos pacientes 
- Edema angioneurótico e erupção cutânea ocorrem mais raramente 
- Um fenômeno passageiro observado quando do seu uso inicial em pacientes com insuficiência 
renal é a elevação de ureia e creatinina séricas, habitualmente de pequena monta e reversível 
- A longo prazo, revelam-se eficazes em reduzir a progressão da DRC 
- Podem provocar hiperpotassemia em pacientes com insuficiência renal, particularmente 
diabéticos 
- Podem promover redução do RFG e aumento em graus variáveis de ureia, creatina e potássio 
em pacientes com estenose bilateral das artérias renais ou com estenose de artéria renal em rim 
único funcionante 
- Seu uso é contraindicado na gravidez, pelo risco de complicações fetais. Por isso, seu emprego 
deve ser cauteloso e frequentemente monitorado em adolescentes e mulheres em idade fértil 
BLOQUEADORES DOS RECEPTORES AT1 DA ANGIOTENSINA II: 
- Os BRA antagonizam a ação da angiotensina II por meio do bloqueio específico dos receptores 
AT1, responsáveis pelas ações vasoconstritoras, proliferativas e estimuladoras da liberação de 
aldosterona, próprias da angiotensina II 
- No tratamento da HA, especialmente em populações de alto risco CV ou com comorbidades, 
proporcionam redução da morbimortalidade CV e renal (nefropatia diabética) 
EFEITOS ADVERSOS: 
- São incomuns os efeitos adversos relacionados aos BRA, sendo o exantema raramente 
observado 
- Pelas mesmas razões dos IECA, são contraindicados na gravidez, devendo os mesmos 
cuidados ser tomados em mulheres em idade fértil 
INIBIDORES DIRETOS DA RENINA: 
- Alisquireno, único representante da classe disponível para uso clínico, promove a inibição direta 
da ação da renina com consequente diminuição da formação de angiotensina II 
- Outras ações podem contribuir para a redução da PA e a proteção tissular, tais como redução da 
atividade plasmática de renina, bloqueio de um receptor celular próprio de renina/pró-renina e 
diminuição da síntese intracelular de angiotensina II 
- Estudos de eficácia anti-hipertensiva comprovam sua capacidade, em monoterapia, de redução 
da PA de intensidade semelhante aos demais anti-hipertensivos 
- Não existem evidências de seus benefícios sobre morbimortalidade 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 21 
 
EFEITOS ADVERSOS: 
- Apresentam boa tolerabilidade 
- “Rash” cutâneo, diarreia (especialmente com doses elevadas, acima de 300 mg/dia), aumento 
de CPK e tosse são os eventos mais frequentes, porém, em geral, com incidência inferior a 1% 
- Seu uso é contraindicado na gravidez 
10. A INTERVENÇÃO NUTRICIONAL TEM COMO OBJETIVOS GERAIS A 
PREVENÇÃO PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA DA HAS. QUAIS SEUS OBJETIVOS? 
QUAIS MEDIDAS GERAIS QUANTO A RESTRIÇÃO AO USO DO SAL? 
- O tratamento não medicamentoso (TNM) da HA envolve controle ponderal, medidas nutricionais, 
prática de atividades físicas, cessação do tabagismo, controle de estresse, entre outros 
- O sucesso do tratamento da HA com medidas nutricionais depende da adoção de um plano 
alimentar saudável e sustentável. A utilização de dietas radicais resulta em abandono do 
tratamento. O foco em apenas um único nutriente ou alimento tem perdido espaço para a análise 
do padrão alimentar total, que permite avaliar o sinergismo entre os nutrientes/alimentos 
- A dieta DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension) enfatiza o consumo de frutas, 
hortaliças e laticínios com baixo teor de gordura; inclui a ingestão de cereais integrais, frango, 
peixe e frutas oleaginosas; preconiza a redução da ingestão de carne vermelha, doces e bebidas 
com açúcar. Ela é rica em potássio, cálcio, magnésio e fibras, e contém quantidades reduzidas de 
colesterol, gordura total e saturada. A adoção desse padrão alimentar reduz a PA 
- A dieta do Mediterrâneo também é rica em frutas, hortaliças e cerais integrais, porém possui 
quantidades generosas de azeite de oliva (fonte de gorduras monoinsaturadas) e inclui o 
consumo de peixes e oleaginosas, além da ingestão moderada de vinho. Apesar da limitação de 
estudos, a adoção dessa dieta parece ter efeito hipotensor 
- As dietas vegetarianas preconizam o consumo de alimentos de origem vegetal, em especial 
frutas, hortaliças, grãos e leguminosas; excluem ou raramente incluem carnes; e algumas incluem 
laticínios, ovos e peixes. Essas dietas têm sido associadas com valores mais baixos de PA 
REDUÇÃO DO CONSUMO DE SÓDIO: 
- O aumento do consumo de sódio está relacionado com o aumento da PA 
- O impacto do consumo de sódio na saúde CV é controverso 
- Alguns estudos sugerem que o consumo muito baixo eleva o risco de DCV, enquanto outros 
sustentam que a diminuição de sódio diminui o risco CV, sendo esse benefício maior com a 
restrição acentuada 
- O limite de consumo diário de sódio em 2,0 g está associado à diminuição da PA. No entanto, o 
consumo médio do brasileiro é de 11,4 g/dia 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 22 
 
11. CITE O PERFIL DO PÚBLICO-ALVO PARA O RASTREAMENTO DO DIABETES 
MELLITUS (DM) PRECONIZADO PELA ASSOCIAÇÃO AMERICANA DE DIABETES. 
E QUAIS OS OBJETIVOS DO RASTREAMENTO PARA DM? 
Público-alvo: 
1. Excesso de peso (IMC > 25 kg/m²) e um dos seguintes fatores de risco 
 História de pai ou mãe com diabetes 
 Hipertensão arterial (>140/90 mmHg ou uso de anti-hipertensivos em adultos); 
 História de diabetes gestacional ou de recém-nascido com mais de 4 kg; 
 Dislipidemia: hipertrigliceridemia (>250 mg/dL) ou HDL-C baixo (<35 mg/dL); 
 Exame prévio de HbA1c ≥5,7%, tolerância diminuída à glicose ou glicemia de 
jejum alterada; 
 Obesidade severa, acanthosis nigricans; 
 Síndrome de ovários policísticos; 
 História de doença cardiovascular; 
 Inatividade física; 
OU 
2. Idade ≥ 45 anos; 
OU 
3. Risco cardiovascular moderado 
- As pessoas com fatores de risco para DM deverão ser encaminhados para uma consulta de 
rastreamento e solicitação do exame de glicemia. Não existem evidências para a frequência do 
rastreamento ideal 
- Alguns estudos apontaram que as pessoas que apresentam resultados negativos podem ser 
testadas a cada 3 a 5 anos 
- Casos de tolerância diminuída à glicose, glicemia de jejum alterada ou diabetes gestacional 
prévio, podem ser testados mais frequentemente, por exemplo, anualmente 
- Recomenda-se que a consulta de rastreamento para a população-alvo definida pelo serviço de 
Saúde seja realizada pelo enfermeiro da UBS, encaminhando para o médico em um segundo 
momento, a fim de confirmar o diagnóstico dos casos suspeitos 
- Os objetivos da consulta de rastreamento são: conhecer a história pregressa da pessoa; realizar 
o exame físico, incluindo a verificação de pressão arterial, de dados antropométricos (peso, altura 
e circunferência abdominal) e do cálculo do IMC; identificar os fatores de risco para DM; avaliar as 
condições de saúde e solicitar os exames laboratoriais necessários e que possam contribuir para 
o diagnóstico e para a decisão terapêutica ou preventiva 
 
 
 
 
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12. O DM TIPO 2 ABRANGE CERCA DE 90% DOS CASOS DE DIABETES NA 
POPULAÇÃO, SENDO SEGUIDO EM FREQUÊNCIA PELO DM TIPO 1, QUE 
RESPONDE POR APROXIMADAMENTE 8%. ALÉM DESSES TIPOS, O DIABETES 
GESTACIONAL TAMBÉM MERECE DESTAQUE, DEVIDO A SEU IMPACTO NA 
SAÚDE DA GESTANTE E DO FETO. CONCEITUE E DIFERENCIE, 
RESUMIDAMENTE, CADA UM. 
DIABETES TIPO 1: 
- Sua apresentação é em geral abrupta, acometendo principalmente crianças e adolescentes sem 
excesso de peso 
- Na maioria dos casos, a hiperglicemia é acentuada, evoluindo rapidamente para cetoacidose, 
especialmente na presença de infecção ou outra forma de estresse 
- O traço clínico que mais define o tipo 1 é a tendênciaà hiperglicemia grave e cetoacidose 
- O termo “tipo 1” indica o processo de destruição da célula beta que leva ao estágio de 
deficiência absoluta de insulina, quando a administração de insulina é necessária para prevenir 
cetoacidose. A destruição das células beta é geralmente causada por processo autoimune (tipo 1 
autoimune ou tipo 1A), que pode ser detectado por autoanticorpos circulantes como 
antidescarboxilase do ácido glutâmico (anti-GAD), anti-ilhotas e anti-insulina. Em menor 
proporção, a causa é desconhecida (tipo 1 idiopático ou tipo 1B). A destruição das células beta 
em geral é rapidamente progressiva, ocorrendo principalmente em crianças e adolescentes (pico 
de incidência entre 10 e 14 anos), mas pode ocorrer também em adultos 
DIABETES TIPO 2: 
- Costuma ter início insidioso e sintomas mais brandos 
- Manifesta-se em adultos com longa história de excesso de peso e com história familiar de DM 
tipo 2 
- Com a epidemia de obesidade atingindo crianças, observa-se um aumento na incidência de 
diabetes em jovens, até mesmo em crianças e adolescentes 
- O termo “tipo 2” é usado para designar uma deficiência relativa de insulina, ou seja, há um 
estado de resistência à ação da insulina, associado a um defeito na sua secreção, o qual é menos 
intenso do que o observado no diabetes tipo 1 
- Após o diagnóstico, o DM tipo 2 pode evoluir por muitos anos antes de requerer insulina para 
controle. Seu uso, nesses casos, não visa evitar a cetoacidose, mas alcanças o controle do 
quadro hiperglicêmico 
- A cetoacidose é rara nesses casos e quando presente é ocasionada por infecção ou estresse 
muito grave 
- A hiperglicemia se desenvolve lentamente, permanecendo assintomática por vários anos 
 
 
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DIABETES GESTACIONAL E DIABETES DETECTADO NA GRAVIDEZ: 
- É um estado de hiperglicemia, menos severo que o diabetes tipo 1 e 2, detectado pela primeira 
vez na gravidez 
- Geralmente se resolve no período pós-parto e pode frequentemente retornar anos depois 
- Hiperglicemias detectadas na gestação que alcanças o critério de diabetes para adultos são 
classificadas como diabetes na gravidez, independentemente do período gestacional e da sua 
resolução ou não após o parto 
- Sua detecção deve ser iniciada na primeira consulta pré-natal 
13. NO DM TIPO 2, O INÍCIO É INSIDIOSO E MUITAS VEZES A PESSOA NÃO 
APRESENTA SINTOMAS. NÃO INFREQUENTEMENTE, A SUSPEITA DA DOENÇA É 
FEITA PELA PRESENÇA DE UMA COMPLICAÇÃO TARDIA, COMO PROTEINURIA, 
RETINOPATIA, NEUROPATIA PERIFÉRICA, DOENÇA ARTERIOSCLERÓTICA OU 
ENTÃO POR INFECÇÕES DE REPETIÇÃO. CITE OS ELEMENTOS CLÍNICOS QUE 
LEVANTAM A SUSPEITA DE DIABETES. E QUAIS OS EXAMES PODEM SER 
UTILIZADOS PARA SEU DIAGNÓSTICO? 
ELEMENTOS CLÍNICOS QUE LEVANTAM A SUSPEITA DE DM: 
 Sinais e sintomas clássicos: 
 Poliúria 
 Polidipsia 
 Perda inexplicada de peso 
 Polifagia 
 Sintomas menos específicos: 
 Fadiga, fraqueza e latargia 
 Visão turva ou melhora temporária da visão para perto 
 Prurido vulvar ou cutâneo, nalanopostite 
 Complicações crônicas/doenças intercorrentes: 
 Proteinuria 
 Neuropatia diabética (câimbras, parestesias ou dor nos membros inferiores, 
mononeuropatia de nervo craniano) 
 Retinopatia diabética 
 Catarata 
 Doença arteriosclerótica (infarto agudo do miocárdio, acidente vascular encefálico, 
doença vascular periférica) 
 Infecções de repetição 
EXAMES QUE PODEM SER UTILIZADOS PARA DIAGNÓSTICO: 
- O diagnóstico de diabetes baseia-se na detecção da hiperglicemia 
- Existem 4 tipos de exames que podem ser utilizados no diagnóstico do DM: 
 Glicemia casual 
 Glicemia de jejum 
 Teste de tolerância à glicose com sobrecarga de 75g em duas horas (TTG) 
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 Em alguns casos, hemoglobina glicada (HbA1c) 
 
14. VOCÊ É MÉDICO (A) DE UM PSF E RECEBE UMA PACIENTE DE 18 ANOS 
QUE BUSCA FAZER O RASTREAMENTO PARA DM. EXPLIQUE 
ESQUEMATICAMENTE COMO VOCÊ REALIZARIA O RASTREAMENTO DESSA 
PACIENTE 
1. Questionar sobre a sintomatologia típica de DM2 
 SIM  Glicemia casual > 200 ml/d? 
 SIM  diagnóstico de DM: encaminhar para consulta médica 
 NÃO  solicitar glicemia de jejum 
o Glicemia menor de 110 mg/dl  consulta de enfermagem para 
orientações sobre estilo de vida saudável 
o Glicemia entre 110 mg/dl e 126 mg/dl solicitar TTG-75g e/ou HbA1c 
(se disponível) 
 TTG-75g < 140MG/DL e/ou hBa1C < 5,7%  consulta de 
enfermagem para orientações sobre estilo de vida saudável 
 TTG-75g ≥ 140mg/dl e/ou HbA1c ≥ 5,7% e < 6,5%  consulta 
para orientação de MEV e reavaliação em 1 ano 
 TTG ≥ 200mg/dl e/ou HbA1c ≥ 6,5%  diagnóstico de DM 
confirmado: consulta médica para definir tratamento e 
acompanhamento pela equipe 
o Glicemia maior de 126mg/dl  repetir glicemia de jejum: nova 
glicemia ≥ 126 mg/dl? 
 SIM  diagnóstico de DM confirmado: consulta médica para 
definir tratamento e acompanhamento pela equipe 
 NÃO  solicitar TTG-75g e/ou HbA1c (se disponível) 
 TTG-75g < 140MG/DL e/ou hBa1C < 5,7%  consulta de 
enfermagem para orientações sobre estilo de vida 
saudável 
 TTG-75g ≥ 140mg/dl e/ou HbA1c ≥ 5,7% e < 6,5%  
consulta para orientação de MEV e reavaliação em 1 ano 
 TTG ≥ 200mg/dl e/ou HbA1c ≥ 6,5%  diagnóstico de 
DM confirmado: consulta médica para definir tratamento 
e acompanhamento pela equipe 
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 NÃO  Possui critérios para rastreamento de DM2? 
 SIM  solicitar glicemia de jejum 
o Glicemia menor de 110 mg/dl  consulta de enfermagem para 
orientações sobre estilo de vida saudável 
o Glicemia entre 110 mg/dl e 126 mg/dl solicitar TTG-75g e/ou HbA1c 
(se disponível) 
 TTG-75g < 140MG/DL e/ou hBa1C < 5,7%  consulta de 
enfermagem para orientações sobre estilo de vida saudável 
 TTG-75g ≥ 140mg/dl e/ou HbA1c ≥ 5,7% e < 6,5%  consulta 
para orientação de MEV e reavaliação em 1 ano 
 TTG ≥ 200mg/dl e/ou HbA1c ≥ 6,5%  diagnóstico de DM 
confirmado: consulta médica para definir tratamento e 
acompanhamento pela equipe 
o Glicemia maior de 126mg/dl  repetir glicemia de jejum: nova 
glicemia ≥ 126 mg/dl? 
 SIM  diagnóstico de DM confirmado: consulta médica para 
definir tratamento e acompanhamento pela equipe 
 NÃO  solicitar TTG-75g e/ou HbA1c (se disponível) 
 TTG-75g < 140MG/DL e/ou hBa1C < 5,7%  consulta de 
enfermagem para orientações sobre estilo de vida 
saudável 
 TTG-75g ≥ 140mg/dl e/ou HbA1c ≥ 5,7% e < 6,5%  
consulta para orientação de MEV e reavaliação em 1 ano 
 TTG ≥ 200mg/dl e/ou HbA1c ≥ 6,5%  diagnóstico de 
DM confirmado: consulta médica para definir tratamento 
e acompanhamento pela equipe 
 NÃO  consulta de enfermagem para orientações sobre estilo de vida 
saudável 
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15. COMENTE SOBRE OS ASPECTOS RELEVANTES DA HISTÓRIA CLÍNICA DA 
PESSOA COM DM. 
IDENTIFICAÇÃO: 
 Sexo, idade, raça e condição socioeconômica 
HISTÓRIA ATUAL: 
 Duração conhecida do DM e controle glicêmico 
 Sintomas 
 Apresentação inicial e evolução dos sintomas 
 Estado atual 
INVESTIGAÇÃO SOBRE DIVERSOS APARELHOS E FATORES DE RISCO: 
 Dislipidemia 
 Tabagismo 
 Sobrepeso e obesidade 
 Sedentarismo 
 Perda de peso 
 Características do sono 
 Função sexual 
 Dificuldades respiratórias 
 Queixas sobre infecções dentárias, da pele, de pés e do aparelho genito-urinário 
 Úlcera de extremidades 
 Parestesias 
 Distúrbios visuais 
HISTÓRIA PREGRESSA: 
 Infarto agudo do miocárdio ou acidente vascular cerebral prévios 
 Intercorrências metabólicas anteriores (cetoacidose, hiper ou hipoglicemia) 
 Passado cirúrgico 
 História gestacional 
HISTÓRIA FAMILIAR: 
 De diabetes mellitus (pais, filhos e irmãos) 
 Doença cardiovascular 
 Outras endocrinopatias 
PERFIL PSICOSSOCIAL: 
 Hábitos de vida, incluindo álcool e outras drogas 
Condições de moradia, trabalho, 
 Identificação de vulnerabilidades, como analfabetismo e déficit cognitivo 
 Potencial para autocuidado 
 Rede de apoio familiar 
 Entre outros 
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AVALIAÇÃO DE CONSUMO ALIMENTAR: 
 Incluindo o consumo de doces e açúcar, sal, gordura saturada e cafeína 
MEDICAMENTOS EM USO: 
 Uso de medicações que alteram a glicemia (tiazídicos, betabloqueadores, corticosteroides, 
contraceptivos hormonais orais) 
 Tratamentos prévios e resultados 
PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA 
 
16. O TRATAMENTO DO DIABETES MELLITUS (DM) TIPO 2 CONSISTE NA 
ADOÇÃO DE HÁBITOS DE VIDA SAUDÁVEIS, COMO UMA ALIMENTAÇÃO 
EQUILIBRADA, PRÁTICA REGULAR DE ATIVIDADE FÍSICA, MODERAÇÃO NO USO 
DE ÁLCOOL E ABANDONO DO TABAGISMO, ACRESCIDO OU NÃO DO 
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO. POR OUTRO LADO, A PESSOA COM DM TIPO 
1, APESAR DE GERALMENTE SER ACOMPANHADA PELA ATENÇÃO 
ESPECIALIZADA, TAMBÉM DEVE TER SEU CUIDADO GARANTIDO NA ATENÇÃO 
BÁSICA. QUAL A META RECOMENDADA PELA ASSOCIAÇÃO AMERICANA DE 
DIABETES PARA TRATAMENTO DA HIPERGLICEMIA EM ADULTOS, CRIANÇAS E 
ADOLESCENTES? QUAIS OS HIPOGLICEMIANTES ORAIS DISPONÍVEIS NA 
RELAÇÃO NACIONAL DE MEDICAMENTO (RENAME) DE 2012 E QUAIS OS 
PRINCIPAIS EFEITOS ADVERSOS DOS HIPOGLICEMIANTES ORAIS E 
INSULINAS? 
- A meta para o tratamento da hiperglicemia em adultos, atualmente recomendada pela 
Associação Americana de Diabetes, é alcançar HbA1c < 7% 
- A metas glicêmicas correspondentes são: 
 Glicemia de jejum entre 70 – 130 mg/dl 
 Glicemia pós-prandial abaixo de 180 mg/dl 
 
 
 
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HIPOGLICEMIANTES ORAIS DISPONÍVEIS NA RENAME DE 2012: 
 
PRINCIPAIS EFEITOS ADVERSOS DOS HIPOGLICEMIANTES ORAIS E INSULINAS: 
 Cloridrato de Metformina: 
 Hipotensão postural 
 Hipertensão de rebote na retirada 
 Sedação 
 Distúrbio do sono 
 Cefaleia 
 Vertigens e tonturas 
 Depressão 
 Sinais e sintomas psicóticos 
 Diminuição da libido 
 Xerostomia 
 Hepatotoxicidade 
 Anemia hemolítica 
 Febre 
 Glibenclamida: 
 Hipoglicemia 
 Distúrbios gastrintestinais 
 Cefaleia 
 Reações cutâneas 
 Distúrbios hepáticos 
 Alterações hematológicas 
 Aumento de peso 
 Hipersensibilidade pode ocorrer nas seis primeiras semanas de tratamento 
 Gliclazida: 
 Hipoglicemia 
 Distúrbios gastrintestinais 
 Reações cutâneas 
 Distúrbios hepáticos 
 Insulinas (NPH e regular): 
 Hipoglicemia 
 Aumento de peso 
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 Edema 
 Hipersensibilidade cutânea 
 Reação no local de aplicação 
 
17. QUAIS AS INSTRUÇÕES PARA O MANEJO DA HIPOGLICEMIA PELO 
PACIENTE, FAMÍLIA E SERVIÇO DE SAÚDE? 
- Paciente: 
 Ingerir 10g a 20g de carboidrato de absorção rápida 
 Repetir em 10 a 15 min, se necessário 
- Amigo ou familiar: 
 Se a pessoa não conseguir engolir, não forçar 
 Pode-se colocar açúcar ou mel embaixo da língua ou entre a gengiva e a bochecha e leva-
lo imediatamente a um serviço de saúde 
- Serviço de saúde: 
 Se existirem sinais de hipoglicemia grave, administrar 25ml de glicose a 50% via 
endovenosa em acesso de grande calibre, com velocidade de 3ml/min e manter veia com 
glicose a 10% até recuperar plenamente a consciência ou glicemia maior de 60mg/dl 
 Manter então esquema oral, observando o paciente enquanto perdurar o pico da insulina 
 Pacientes que recebem sulfonilureias devem ser observados por 48h a 72h para detectar 
possível recorrência

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