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PROER: Programa de Estímulo à Reestruturação do Sistema Financeiro Nacional

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Fundação Getulio Vargas
Escola de Administração de Empresas de São Paulo
Administração Pública
Política Econômica da Regulação
Professores Francisco Fonseca e José Rego
Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Sistema Financeiro Nacional
Caio Cansian, Caio Occhini e Lucas Pimentel
São Paulo
2011
O PROER
Após o Plano Real e a estabilização da moeda brasileira, várias instituições que antes ganhavam por meio da inflação tiveram dificuldades em manter suas operações - como o país passava, antes do Plano Real, por períodos de hiperinflação, muitas instituições do mercado financeiro se especializaram em especular com títulos da dívida pública.
O PROER fez parte do programa de reestruturação do setor financeiro brasileiro, fiscalizando fusões e incorporações de bancos, sendo criado após a crise do Banco Econômico, e é um exemplo de intervenção governamental, já que, para evitar um colapso no sistema financeiro nacional devido aos motivos apresentados, houve intervenção do Banco Central por meio de recursos públicos. Foram destinados de 1995 a 2000 mais de R$ 30 bilhões a bancos brasileiros.
A maior justificativa do Banco Central para a existência do PROER consiste na prevenção de desastres no sistema financeiro, devido ao fato de, por meio do programa, garantir-se a credibilidade da indústria bancária.
O programa terminou em 2001, quando surgiu a LRF, proibindo o uso de dinheiro público para auxiliar o Sistema Financeiro Nacional. Apesar disso, a discussão sobre a legitimidade do programa ainda perdura, especialmente como caso de estudo, de certa forma análogo ao ocorrido em 2008. A crise do subprime demandou um forte aporte governamental, o que gerou consequências posteriores (esse segundo momento de crise pelo qual passamos, a crise dos déficits públicos). Assim como em 2008, o PROER levanta a questão sobre a legitimidade de salvar o sistema financeiro de seus próprios erros, e ainda com dinheiro público.
Necessidade do PROER
O programa se fez necessário após o 22º banco privado sofre intervenção desde a criação do Real. Em vista desta situação, aonde bancos arriscavam para ganhar dinheiro com a hiperinflação, o Bacen viu que era necessário um mecanismo prévio de controle, já que isto acarretaria em menores custos para a sociedade, tendo como foco as instituições que tinham que realizar depósitos compulsórios. 
Desta forma, caso algum banco necessitasse de intervenção, o dinheiro sairia do próprio Banco Central, não onerando de forma bruta outra parte do Sistema Econômico Nacional; desta forma, diferentemente de como foi a crise do Subprime, e outras, não seria o imposto do contribuinte a recuperar e financeira o sistema bancário privado.
Outro argumento que se utiliza a favor do PROER, contudo, é o fato de que sua existência foi em grande parte responsável pela rápida passagem do Brasil pela crise de 2008. 
O argumento é o de que antes do PROER a desregulamentação do país era muito maior. A estabilização da inflação advinda do Plano Real contribuiu para que fossem evidenciadas práticas prejudiciais dos bancos, que acabaram levando ao PROER para financiar o buraco deixado por tais práticas e evitar o colapso do sistema financeiro. A fim de evitar com que outra crise parecida ocorresse, foi aumentada a regulamentação do setor, impedindo que práticas similares às que levaram à crise em primeiro lugar ocorressem novamente. 
Assim sendo, quando a crise de 2008 ocorreu o país já se encontrava protegido contra o tipo de erro que levou à crise, fazendo com que ela só afetasse o Brasil de fora para dentro, não de dentro para fora e, portanto de forma muito mais amena.
Desta forma, podemos concluir que, apesar de se estar utilizando dinheiro público para manter o funcionamento de instituições bancarias privadas, este dinheiro não vinha diretamente do contribuinte, mas sim das próprias instituições que pagavam taxas ao Bacen, o que desonerava a população e em caso de quebra de alguma instituição, esta não seria em cadeia. Podemos também ver que o Programa teve seu funcionamento com êxito, uma vez que foi possível manter a estabilidade financeira das instituições no Brasil, além de provar que os resultados de tal programa ainda puderam ser observados na crise de 2008, quando o Brasil foi um dos países menos afetado, devido à estabilidade de seu setor financeiro.
Vale ressaltar que, apesar de várias visões contrárias, como o setor financeiro é muito sensível, e os participantes do mesmo estão sempre arriscando cada vez mais e cada vez mais dependentes um do outro, a possibilidade no mundo atual de se deixar algum banco quebrar por completo pode acarretar numa falência total do sistema, o que sem dúvida viria a prejudicar a população como um todo, sem distinção.
Bibliografia
A Crise Economica Mundial. Site Alma Carioca.
<http://www.almacarioca.net/a-crise-economica-mundial-gutierritos-sp/>. Acesso em 02/10/11
PROER, um bem para os bancos ou para os banqueiros. Blog Economia sem Mito.
<http://economiasemmito.blogspot.com/2010/05/proer-um-bem-para-os-bancos-ou-para-os.html>. Acesso em 01/10/11.
Escandalos da Era FHC – PROER. Blog Dilma Presidente
<http://dilmapresidente.wordpress.com/2010/02/12/escandalos-da-era-fhc-%E2%80%93-proer/>. Acesso em 01/10/11.
PROER. Banco Central do Brasil
<http://www.bcb.gov.br/?PROER>. Acesso em 30/09/11.
PROER – Wikipedia.
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Programa_de_Est%C3%ADmulo_%C3%A0_Reestrutura%C3%A7%C3%A3o_e_ao_Fortalecimento_do_Sistema_Financeiro_Nacional>. Acesso em 30/09/11.

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