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Sumário INTRODUÇÃO À GESTÃO DE PROJETOS PARA A MELHORIA ........................................... 5 O que é um projeto Lean? ................................................................................................ 6 Perfil do líder do Projeto .................................................................................................. 7 A importância das Pessoas .............................................................................................. 8 Papéis de pessoas na equipe de melhoria ...................................................................... 9 Gestão Eficiente de Projetos .......................................................................................... 10 Evolução da gestão de projetos .................................................................................... 11 Gestão tradicional x adaptativa ..................................................................................... 12 Organizando o projeto .................................................................................................... 14 CONTRATO DE MELHORIA E PLANILHA RACI ................................................................. 15 Contrato de projeto ........................................................................................................ 16 Contrato do Projeto de Melhoria ................................................................................... 17 Cuidados com metas ..................................................................................................... 21 Planilha RACI .................................................................................................................. 23 DIAGRAMA DE AFINIDADES ............................................................................................. 25 Porque usar o D.A. .......................................................................................................... 27 Diagrama de Afinidades (Como?) .................................................................................. 28 Construção do Diagrama de Afinidades ....................................................................... 30 Avaliacão do sucesso ..................................................................................................... 32 ANÁLISE DE RISCOS ......................................................................................................... 33 Gestão de riscos do projeto ........................................................................................... 34 ROTEIROS DE MELHORIA ................................................................................................ 37 Como você faz melhorias? ............................................................................................. 38 Diferentes roteiros ......................................................................................................... 39 Mudança e melhoria ...................................................................................................... 40 Modelo de melhoria ....................................................................................................... 41 Metodologia Científica ................................................................................................... 42 Modelo de melhoria: PDSA ............................................................................................ 43 Usando PDSA em sequência .......................................................................................... 44 Modelo de melhoria ....................................................................................................... 45 Roteiros .......................................................................................................................... 46 Roteiro DMAIC ................................................................................................................ 47 8Ds - As 8 disciplinas para resolução de problemas .................................................... 48 PDSA vs. PDCA ................................................................................................................ 50 RELATÓRIO A3 .................................................................................................................. 53 Roteiro A3 de Projeto de Melhoria ................................................................................. 54 PLANO DE AÇÃO (5W2H) .................................................................................................. 57 5W2H ............................................................................................................................... 58 DIAGRAMA DIRECIONADOR ............................................................................................. 59 Que mudanças podemos fazer que resultarão em melhoria? ..................................... 60 Diagrama direcionador .................................................................................................. 61 Diagrama direcionador completo .................................................................................. 62 Conexão de resultados com o sistema ........................................................................... 63 Teoria para melhorar um sistema ................................................................................... 64 Uma teoria para perda de peso ...................................................................................... 65 Como construir um DD .................................................................................................... 66 KAIZEN .............................................................................................................................. 67 Definição de Kaizen ....................................................................................................... 68 Semana Kaizen ............................................................................................................... 70 KAMISHIBAI ...................................................................................................................... 73 Definição de Kamishibai ................................................................................................ 74 CADEIA DE AJUDA E GEMBA WALK .................................................................................. 75 O que é cadeia de ajuda? ............................................................................................... 76 Sistemática da cadeia de ajuda ..................................................................................... 77 Sistemática da cadeia de ajuda ..................................................................................... 78 GANHOS FINANCEIROS ................................................................................................... 79 Benefícios econômicos do projeto ................................................................................ 80 KPI’s vs. economias ........................................................................................................ 81 Economia Real ................................................................................................................. 83 KPI’s vs economia - Cálculo ............................................................................................. 84 Envolvidos ........................................................................................................................ 85 ESTUDO DE CASO – LIDERANDO UM PROJETO KAIZEN ................................................ 87 Kaizen Gestão visual e cadeia de ajuda ........................................................................ 88 O que é a gestão visual ................................................................................................... 89Objetivo do Projeto ......................................................................................................... 90 1° Semana Kaizen ............................................................................................................ 91 2° Semana Kaizen ............................................................................................................ 93 Resultados do Projeto Kaizen ......................................................................................... 99 INTRODUÇÃO À GESTÃO DE PROJETOS PARA A MELHORIA 6 UM PROJETO se caracteriza por um esforço temporário para realizar algo novo ou modificar uma situação existente. Ele possui começo, meio e fim, por isso o projeto deve ter escopo e objetivos muito bem definidos. TIME DE PROJETO Normalmente possui um líder ou Project Owner* responsável por liderar o time de projeto. Tão importante quanto o líder, é o time do projeto ele deve ser composto por pessoas que possuem conhecimento/domínio do tema, porém não pode se limitar a esses. Muitas vezes incluímos no time do projeto profissionais de outras áreas de conhecimento ou que não possuam relação com a atividade para que tragam novas ideias “oxigenem o time”. O QUE É UM PROJETO LEAN? » O projeto Lean possui as mesmas características comentadas acima, apenas com a diferença que normalmente no seu escopo estarão a clara busca pela redução de custo ou aumento da produtividade. Esses são os objetivos que norteiam um projeto lean, e para atender a esses são utilizadas algumas ferramentas que veremos adiante. O formato de evento Kaizen é uma forma de intensificar o senso de urgência para a realização de um projeto. » Algo fundamental de ressaltar que o projeto é o meio para atingir o resultado, logo precisamos estar focados em medir constantemente a evolução do projeto para ver se estamos nos aproximando do alvo. » Proprietário do projeto 7 Introdução Perfil do líder do Projeto » É importante que o líder saiba fazer a tradução do resultados técnicos do projeto para a linguagem da diretoria (normalmente é a financeira). Por exemplo, traduzir uma redução do templo de ciclo de determinado produto, em quanto isso representa financeiramente, ou quantos produtos a mais serão capazes de produzir. » Essa “tradução” na linguagem as vezes não é fácil, mas é de grande importância para validar o projeto e conquistar recursos financeiros, se necessários. Indicadores como payback, são fundamentais para suportar a conquista de investimentos. » Além de fazer a comunicação com a diretoria e coordenar as atividades, o líder de projeto deve estar atento a motivação do time de projeto e a resistências a mudança dos membros do time ou ainda outros impactados com o projeto. Criar coalisão com as partes interessadas, celebrar os pequenos sucessos e manter uma comunicação ativa com os interessados do projeto são algumas dicas para diminuir a resistência as mudanças *Pessoas interessadas/impactadas pelo projeto. Podem ser clientes, fornecedores, outras áreas impactadas, sociedade. O LÍDER DO PROJETO Tem o objetivo de coordenar as atividades do time, além de fazer a comunicação do projeto com a direção e os demais stakeholders*. 8 A importância das Pessoas “Talento ganha jogos, mas trabalho em equipe e inteligência ganham campeonatos.” – Michael Jordan CONHECIMENTO ESPECÍFICO – devemos envolver as pessoas das áreas impactadas, que possuam conhecimento do processo a ser melhorado e cujo conhecimento específico seja necessário para o projeto. MOTIVAÇÃO – elas devem se convencer da importância do projeto e desejar participar porque acreditam no mesmo, não porque a liderança as obrigou. CONHECIMENTO DA CIÊNCIA DA MELHORIA – já dizia Abraham Maslow: “Para quem só sabe usar martelo, todo problema é um prego”. A equipe precisa conhecer as ferramentas de melhoria para poderem colaborar de forma mais eficiente. AS CARACTERÍSTICAS BÁSICAS QUE BUSCAMOS NA FORMAÇÃO DE NOSSA EQUIPE SÃO: ALGUMAS VEZES ESTES TIMES TAMBÉM CONHECIDOS COMO CIRCULO DE CONTROLE DE QUALIDADE (CCQ) 9 Introdução Papéis de pessoas na equipe de melhoria Entendemos por patrocinador aquele que ajuda a legitimar o trabaho da equipe; fornece tempo para trabalhar no projeto e recursos, quando necessário, e exerce o papel de revisor objetivo do progresso da equipe. Já por líder, entendemos que é aquele que conduz as iniciativas de melhoria e dedica metade de seu tempo para o projeto. Ele sempre é um gestor de projetos, especialista em processos, sabe sobre melhoria. O Proprietário do processo é aquele que atua diretamente no processo; sabe como as coisas realmente funcionam no processo; tem ideias de mudanças; teste as mudanças. O especialista domina o conhecimento específico; ajuda a desenvolver protocólos e mudanças baseadas em evidências; lidera mudança na cultura. E o facilitador é o que possui o conhecimento de ciência da melhoria, incluindo a medição. Presta consulta para a equipe. Seu papel no projeto se reduz à medida que a equipe progride com o projeto. PATROCINADOR LÍDER PROPRIETÁRIO DO PROCESSO ESPECIALISTAS FACILITADOR 10 Gestão Eficiente de Projetos Muitas vezes são necessários treinamentos para os membros do projeto. O conceito de sucesso para projetos deve ser considerado como extremamente relevante no planejamento e execução dos mesmos. Segundo alguns autores, adicionalmente ao conceito de sucesso tradicionalmente baseado no conjunto tempo, escopo e recursos dentro do planejado, especialmente cinco fatores são sugeridos: » Sucesso do projeto medido em termos de atender metas de prazo e orçamento; » Impacto no cliente em termos de satisfação, benefícios e lealdade; » Impacto no time de projeto em termos de crescimento pessoal, retenção e satisfação dos membros; » Resultados do negócio, medidos em termos de retorno do investimento, participação no mercado e crescimento; » Antecipação para o futuro para capacitar a empresa na análise e uso de novas tecnologias, atingir novos mercados e oferecer novos recursos. (Shenhar e Dvir, 2007) DENTRO DO PRAZO DENTRO DA ESPECIFICAÇÃO DENTRO DO ORÇAMENTO O QUE MAIS? 11 Introdução Evolução da gestão de projetos (adaptado de Shenhar e Dvir, 2007) Por abordagens de gestão, entendemos como sendo a dinâmica proposta no planejamento e execução das atividades de cada projeto. Existem diversas abordagens de gestão alternativas à “gestão tradicional de projetos”, normalmente sequencialmente ordenados, com indicadores padronizados e planejados da concepção à entrega do produto final. Laufer, et. al (2013) compara a evolução dos perfis gerenciais com o tempo. A tabela acima traz uma tradução livre desta comparação. Conceito Central Era Características Dominantes de Projeto Impulso Principal Metáfora Meios Programação (controle) Trabalho em Equipe (integração) Redução de Incertezas (flexibilidade) Simultaneida-de (dinamismo) 1960s 1970s 1980s 1990s Simples, pouca incerteza. Complexo, alta incerteza. Complexo, alta incerteza. Complexo, alta incerteza, rápido Coordenação Cooperação entre participantes Tomar decisões estáveis Orquestrar demandas levantadas Agendar voos regionais em uma companhia aérea Conduzir uma orquestra Explorar um país desconhecido Dirigir um circo de 3 picadeiros continuamente alternando os atos conforme a resposta do público Tecnologia de informação, especialistas em planejamento Facilitação de processo, definição de papéis Busca por informação, redundância seletiva Experiência, responsivida- de e adaptatividade 12 Gestão tradicional x adaptativa A classificação de projetos também deverá definir o chamado perfil de gestão, aqui tratado como a consolidação dos critérios de sucesso, nível de detalhamento, esforço, grau de flexibilidade e outros fatores que se aplicamaos gestores de diferentes abordagens gerenciais. Na tabela acima, adaptada de Shenhar e Dvir (2007), a abordagem tradicional é comparada com o que estes autores nomeiam de Abordagem Adaptativa ao Gerenciamento de Projetos. Característica Gestão Tradicional Gestão Adaptativa Meta do projeto Fazer com que o trabalho seja feito no tempo programado, dentro do orçamento e requisitos. Obter resultados de negócios, satisfazer critérios múltiplos. Plano do projeto Um conjunto de atividades que são executadas como planejadas para satisfazer a restrição tripla. Uma organização e um processo para alcançar as metas esperadas e os resultados de negócios. Planejamento Planejar uma única vez, no início do projeto. Planejar no início e replanejar quando necessário. Abordagem gerencial Rígida, focada no plano inicial. Flexível, mutável, adaptativa. Trabalho do projeto Previsível, certo, linear, simples. Imprevisível, incerto, não-linear, complexo. Efeito ambiental Mínimo, desvencilha-se após o lançamento do projeto. Afeta o projeto durante toda sua execução. Controle do projeto Identifica os desvios do plano e coloca as atividades de volta nos trilhos. Identifica as mudanças no ambiente e ajusta o plano de acordo com as mesmas. Distinção Todos os projetos são iguais. Projetos diferem. Estilo gerencial Tamanho único. Abordagem adaptativa. (adaptado de Shenhar e Dvir, 2007) 13 Introdução EXEMPLOS QUE PODEMOS CITAR DE ABORDAGENS ADAPTATIVAS: » Gestão de projetos em espiral, onde a cada espiral passamos por todas as etapas até que nosso grau de convicção na melhoria esteja alto o suficiente para que passemos para a implementação (último ciclo) » Gestão em ondas sucessivas que se baseia na definição de um plano básico menos detalhado como uma referência fixa para planos detalhados em ondas, progressivamente elaborados como resposta a condições de contorno dinâmicas (CARON, F., 2013). Diferentemente de processos repetitivos como o em espiral ou incremental, as fases de um projeto em ondas são interdependentes, permitindo um processo de decisão diferente da fase seguinte, como resultado do aprendizado na fase anterior, normalmente com algum nível de sobreposição entre as duas ondas. » Métodos Ágeis onde as etapas típicas de planejamento são repetidas em iterações com o intuito de evitar as desvantagens típicas do desenvolvimento em cascata como, descoberta tardia de falhas do produto do projeto, pouca flexibilidade em incorporar mudanças de requisitos do cliente e outras que resultam em baixas taxas de sucesso dos projetos (Goyal, 2008). Os projetos são subdivididos em pacotes de trabalho que são designados a equipes multidisciplinares com papéis específicos e que possuem intervalos regulares para cada entrega. O monitoramento do andamento do projeto ocorre de forma natural conforme os pacotes são entregues. » Plano de estudo (Learning Plans) que se baseia na identificação e priorização das incertezas que precisam ser resolvidas, definir premissas para explorá-las e continuamente rever o aprendizado acumulado comparado aos custos incorridos (Rice et. al). Os autores lembram como times de técnicos tendem a focar somente nas incertezas tecnológicas e negligenciar riscos no mercado, organização e recursos. Esta abordagem se assemelha bastante à dos ciclos PDSAs, que trataremos com mais detalhe neste curso. 14 Organizando o projeto PLANO • CONTRATO • CRONOGRAMA DE MARCOS – POR EXEMPLO, ATRAVÉS DE UM DIAGRAMA DE AFINIDADES • ANÁLISE DE RISCOS EXECUÇÃO • REVISÕES DO PLANO • REAÇÕES ÀS ADVERSIDADES » Para uma organização adequada do projeto, estes cinco itens básicos nos auxiliam. Falaremos nos próximos capítulos com mais detalhes sobre contrato e análise de risco. » Para o cronograma de marcos (milestones), busca-se resumir as principais entregas necessárias dentro de seu projeto. Como em geral estamos buscando metas desafiadoras, que nos levem a fazer uma mudança relevante em um indicador de desempenho, não conseguimos normalmente em um projeto de melhoria definir com precisão todas as atividades necessárias e seus prazos. Este documento é ,naturalmente, em qualquer projeto, um documento vivo. Durante a execução do projeto é necessário revisitar sistematicamente o plano e ajustá-lo conforme seu conhecimento sobre o processo evolui. Da mesma forma, é necessário definir como serão tomadas as providências em caso de adversidades como, por exemplo: escalar tópicos, forças tarefa, etc. » Em projetos de melhoria, conseguimos planejar os primeiros ciclos e temos em geral um prazo máximo para alcançar a melhoria. Os ciclos seguintes são então mais bem definidos com base nos ciclos anteriores. Uma ferramenta que pode nos auxiliar na definição das ações e dos marcos em um projeto completamente novo e/ou desafiador, é o Diagrama de Afinidades. O time de melhoria pode listar as atividades necessárias em post-its, agrupá-las conforme a similaridade entre elas e definir títulos para os grupos criados. Estes títulos são então os marcos do projeto. CONTRATO DE MELHORIA E PLANILHA RACI 16 Contrato de projeto O QUE É? Contrato é um acordo entre o patrocinador e o time de melhoria sobre o que é esperado do projeto. Deve conter uma descrição clara do incômodo que se pretende aliviar. Tem o objetivo de alinhar o escopo do projeto. Todo projeto Lean Six-Sigma deve ter um contrato. O contrato é um acordo entre o patrocinador e o time de melhoria sobre o que é esperado do projeto. Ele deve conter uma descrição clara do incômodo que se pretende aliviar. O contrato ajuda nos seguintes aspectos: » Esclarecer o que se espera de você, da equipe, e, em última instância, do Gestor do Processo; » Manter a equipe focada; » Abordar questões que são críticas para o sucesso do projeto; » Levantar possíveis problemas ou dificuldades; » Iniciar o diálogo sobre questões e responsabilidades compartilhadas; » Transferir o projeto do patrocinador para a equipe. O contrato evolui. Lembre-se, poucos projetos se encerram sem alterações no contrato. » O escopo muda; » Os recursos mudam; » Relação custo/benefício se torna aparente e ajuda a focar os esforços; » Eventos externos “acontecem”. O contrato é importante para detalhar o projeto estabelecendo claramente: » Qual é o incômodo ou a oportunidade que o projeto deve atacar; » Em quais indicadores se pretende causar impacto e as respectivas metas; » As restrições; » O time de melhoria; » Evita retrabalho, surpresas e frustrações no meio do projeto. 17 Contrato de Melhoria e Planilha RACI Contrato do Projeto de Melhoria Apresentamos, a seguir, um formulário de contrato do projeto: Patrocinador: 1 por projeto. Traz a visão de negócios e ajuda na superação dos obstáculos políticos organizacionais, além de disponibilizar recursos para a equipe. Geralmente é uma pessoa da alta gerência. Líder da equipe: 1 por projeto. Alguém formado nas ferramentas de melhoria (normalmente um Green Belt ou Black Belt). Integrantes da equipe: entre 2 a 3 pessoas. Considere incluir pessoas com conhecimento sobre o problema. Contexto: descreva o incômodo (ou oportunidade) que existe na organização e que motivou a escolha desse projeto. Não deve conter causa ou solução do problema. Problema: qual é o incômodo? Q1. O que estamos tentando realizar? O objetivo deve ser declarado da seguinte forma: Verbo no infinitivo + complemento Exemplo: reduzir tempo de ciclo da operação X em 50% em 3 meses a partir do início do projeto. Q2. Como sabemos que a mudança é uma melhoria? Nessa etapa, colocamos nosso indicador, o seu desempenho atual e a meta que queremos realizar. Business case: deve ser realizado o cálculo do ganho esperado com este projeto. É o momento de vender o projeto para a alta liderança. Atividades iniciais: liste as atividades que darão início ao projeto. Por exemplo: coletar dados do indicador, mapear o processo, entrevistarum cliente etc. Restrições para as atividades: quais as fronteiras a que o projeto deve se limitar. Fronteira de pessoas, investimento, áreas, etc. PATROCINADOR: LÍDER DA EQUIPE: DEMAIS INTEGRANTES: CONTEXTO / DESCRIÇÃO: PROBLEMA: BUSINESS CASE: ATIVIDADES INICIAIS DO PROJETO: RESTRIÇÕES PARA AS ATIVIDADES: Q1. O que estamos tentando realizar? Objetivos (O que, onde, quanto, quando) Indicadores Desempenho atual Meta Q2. Como sabemos que a mudança é uma melhoria? 18 Contrato do Projeto de Melhoria AQUI APRESENTAMOS COMO ESTRUTURAR O BUSINESS CASE, ALÉM DE UM EXEMPL O DE UM PROJETO REAL: 64 Contrato do Projeto de Melhoria Descrição Do Problema (O que está errado?) meta (Quanto deve ser o impacto?) business case (Qual é o benefício do impacto do negócio?) Aqui aPresentamos como estruturar o Business case, aLém de um exemPLo de um Projeto reaL: ExemPLo: A redução de entregas atrasadas de 15% para 3% irá aumentar a satisfação dos clientes e reduzirá custos de multas contratuais em R$350.000,00 em um ano. 64 Contrato do Projeto de Melhoria Descrição Do Problema (O que está errado?) meta (Quanto deve ser o impacto?) business case (Qual é o benefício do impacto do negócio?) Aqui aPresentamos como estruturar o Business case, aLém de um exemPLo de um Projeto reaL: ExemPLo: A redução de entregas atrasadas de 15% para 3% irá aumentar a satisfação dos clientes e reduzirá custos de multas contratuais em R$350.000,00 em um ano. DESCRIÇÃO DO PROBLEMA (O que está errado?) META (Quanto deve ser o impacto?) BUSINESS CASE (Qual é o benefício do impacto do negócio?) EXEMPLO: A redução de entregas atrasadas de 15% para 3% irá aumentar a satisfação dos clientes e reduzirá custos de multas contratuais em R$350.000,00 em um ano. 19 Contrato de Melhoria e Planilha RACI Contrato do Projeto de Melhoria APRESENTAREMOS, A SEGUIR, UM FORMULÁRIO DE CONTRATO DO PROJETO Patrocinador: Roberto Meireles Líder da Equipe: Paulo Eduardo Souza Demais integrantes: Gabriel da Silva, Junior Rodrigues Contexto / Descrição: Nossa empresa possui 42 máquinas injetoras que precisam realizar setup para trocar o molde de injeção. Problema: O tempo de máquina parada é considerado excessivamente alto. Business case: Com um custo de R$ 140,00 por hora de máquina parada, a redução desse tempo de 500 horas semanais para 250 horas semanais irá reduzir os custos a aproximadamente R$ 35.000,00 por semana ou R$ 140.000,000 por mês. Q3. Atividades iniciais do projeto • Preparar um SIPOC do processo de troca de molde. • Coletar dados de tempo de parada estratificados. (Aguardando liberação, aguardando equipe de setup, aguardando OS etc.) Restrições para as atividades Não será possível nenhum investimento (máquinas novas, contratações etc.). Q1. O que estamos tentando realizar? Objetivos (O que, onde, quanto, quando) Reduzir o tempo de máquina parada para setup, na linha de injeção plástica, em 50% até janeiro de 2015. Tempo (em horas por semana) de máquina parada para setup. 500 horas semanais (média). 250 horas semanais. Indicadores Desempenho atual Meta Q2. Como sabemos que a mudança é uma melhoria? 20 Contrato do Projeto de Melhoria CUIDADOS COM METAS Estreitamento do foco Comportamento antiético Diminuição da motivação intrínseca. Diminuição da cooperação Aumento de assunção de riscosTENHA CUIDADO AO APL ICAR METAS NA SUA ORGANIZAÇÃO! Algumas possíveis consequências do uso inadequado de metas numéricas são: » Falsificar dados ou distorcer o sistema de medição. » Atingir a meta em detrimento do sistema. Para estabelecer metas devemos considerar se elas são DESAFIADORAS, mas POSSÍVEIS! É importante ter em mente que, para realizar um projeto de melhoria com sucesso, a equipe deve ter domínio de um método e a organização deve fornecer uma estrutura adequada (recursos). Segundo Deming, “Atribuir uma meta para alguém sem fornecer um método é uma crueldade!”. 21 Contrato de Melhoria e Planilha RACI Cuidados com metas Uma questão também importante diz respeito a como erros ou falhas são tratados. A Toyota, por exemplo, baseia-se nos resultados da experimentação para aprender o que funciona e o que não funciona, mas esse processo não terá êxito se os funcionários sentirem que têm de ocultar notícias desfavoráveis ou fabricar resultados positivos. A definição de objetivos arrojados e aparentemente impossíveis funciona pari passu com a cultura da experimentação, em que a recompensa real não é o êxito ou o fracasso, mas sim o conhecimento acumulado a partir de diversas experiências de aprendizagem de alta qualidade. ALGUMAS FRASES INTERESSANTES SOBRE METAS DO Ex-CEO DA TOYOTA: KATSUAKI WATANABE, EX-CEO DA TOYOTA “Os funcionários podem melhorar facilmente de 5% a 10%. Por isso eu não gosto de objetivos que podem ser medidos como 100%, tendo eles sido completos ou não. Prefiro definir metas desafiadoras, em que as pessoas atingem menos, e avaliar a estratégia utilizada, ainda que eles não tenham conseguido realizá-las a tempo.” “Desenvolver um carro dos sonhos, que limpa o ar, evita acidentes, torna mais saudáveis e mais felizes todos os que o dirigem e atravessa o globo com um tanque de combustível.” 22 Cuidado com metas ALGUMAS FORMAS DE ESTABELECER METAS: Observar outras organizações que tenham realizado objetivos similares é uma forma de estabelecer metas. Os próprios participantes do projeto podem extrair perguntas, tais como: “O que seria necessário para obter uma redução de 50% no tempo de enviar uma encomenda?” Isso auxilia na definição das metas. Benchmark Ideias dos participantes 23 Contrato de Melhoria e Planilha RACI Planilha RACI » Em alguns projetos pode ser necessário esclarecer os papéis e as responsabilidades de todos os envolvidos na iniciativa, incluindo os patrocinadores. A planilha RACI (Responsible-Accountable- Must be Consulted-Must be Informed) ajuda a organizar este processo. » “Responsible” ou o “R” deste acrônimo representa a pessoa responsável pela execução da atividade. Não há mais do que um responsável por ação. » “Accountable” é quem em última instância garante o resultado da ação. Normalmente é o gestor de quem executa ou é alguém que certifica o resultado. » “Consulted” é quem deve ser consultado antes da realização da ação, seja por obter um conhecimento necessário para sua realização adequada ou porque o impacto da mesma em sua área de influência é relevante. 24 » “Informed” é quem deve ser informado após a decisão final da ação. Em geral são pessoas que impactam ou são impactadas pela ação. » Em algumas organizações usa-se o RASIC, que adiciona um grupo de pessoas listadas como “suporte” para a atividade em questão. Esta quinta dimensão é menos usada mas representa pessoas que se comprometerão com recursos como seu tempo e esforço para que a atividade possa ser realizada. Planilha RACI DIAGRAMA DE AFINIDADES 26 Diagrama de Afinidade Porque usar o D.Averbais/escritos). » Usa a afinidade entre dados verbais para ajudar no entendimento da estrutura de um problema. » Para criar um diagrama de afinidades, os membros da equipe • geram um grande número de ideias sobre uma questão específica • organizam as ideias em grupos e dão nomes aos grupos. » Durante o processo de colocar em ordem um conjunto de dados aparentemente não relacionados a equipe poderá começar a identificar e focar as áreas para melhoria. » O diagrama de afinidades é uma ferramenta para organizar e resumir dados qualitativos (geralmente verbais/escritos). » Esses dados podem ser originados de uma variedade de fontes incluindo brainstorming, feedback do cliente, análise de reclamações, problemas de produção e etc. 27 Porque usar o D.A. Diagrama de Afinidades » Esclarece uma situação confusa » Incentiva conexões não-tradicionais entre ideias e questões » Incentiva a criatividade de todos da equipe » Quebra barreiras de comunicação e ideiaspré-concebidas sobre um assunto » Permite o surgimento natural de tópicos a serem explorados » Facilita o conhecimento do contexto » Ajuda a superar a imobilidade da equipe, que pode ser gerada pela quantidade excessiva de dados e pela existência de consenso » Ajuda a equipe a chegar a um consenso e oferece uma oportunidade de direcionar as iniciativas da equipe de maneira mais eficaz. BENEFÍCIOS 28 Usos típicos Diagrama de Afinidades (Como?) Analisar perguntas abertas em Pesquisas Esclarecer temas ou situações confusas Elaborar um Plano de Ações Obter apoio de um grupo para a implementação de mudanças Coletar dados qualitativos Agrupar dados afins Dar nome aos agrupamentos 29 Preparação Diagrama de Afinidades Exemplo » Um facilitador para a equipe. (Essa ferramenta é mais útil quando for utilizada em grupo.) » Notas adesivas tipo post-it (2-3 pacotes) » Flip-chart ou quadro branco para fixar as notas » Marcadores » Fita adesiva transparente Antes de começar, você vai precisar de: fatores que prejudicam as vendas de café Falta um local para as pessoas santarem do lado de fora Café jogado fora porque não foi vendido Materiais de leitura desatualizado desmotiva os clientes em ficar Melhorar a aparência da loja Fica sem suprimentos Não fica aberto tempo suficiente Os preços não são apropriados Não há variedade suficiente de tipos de café 30 Construção do Diagrama de Afinidades » Escreva a questão que está sendo discutida no flip-chart » Todos os membros da equipe devem concordar com a questão » Obtenha pelo menos 20 ideias ou questões » Registre cada ideia em uma nota adesiva » Evite usar uma palavra só, 4 a 7 palavras funcionam bem. » Uma afinidade “típica” contém 40 a 60 itens dependendo da questão » Sei lá existirem dados como feedback de clientes ou problemas de produção, use os dados em lugar de fazer um brainstorming de novas ideias. » Em silêncio, os membros da equipe classificam simultaneamente as ideias em grupos relacionados, colocando as notas adesivas em blocos distintos. Cada pessoa deverá mover as notas adesivas para o local que considera mais adequado. Não faça perguntas, apenas mova as notas que, em sua opinião, pertencem a um grupo diferente. » Os blocos poderão conter qualquer número de ideias - até uma só. » As notas adesivas poderão ser movidas tantas vezes quantas forem necessárias até que o grupo esteja satisfeito com o resultado. » O ritmo da classificaçnao diminuirá e, em seguida, cessará, quando todos os membros da equipe estiverem satisfeitos com os agrupamentos. » Fatores que prejudicam as vendas de café 1. Identifique a questão Dicas: 2. Faça um brainstorming Dicas: 3. Agrupe os resultados Dicas: Exemplo: 31 Diagrama de Afinidades Construção do Diagrama de Afinidades » A equipe então discute o relacionamento entre os itens de cada bloco e escolhe um título para cada um dos blocos. » Consiga um rápido consenso da equipe em relação a uma palavra ou frase capaz de capturar a iedia/tema central de cada bloco. » Divida os blocos maiores em subgrupos, se necessário 4. Analise os dados Dicas: Exemplo Planejamento Ambiente Recicl. Cliente 32 Avaliacão do sucesso » Os membros da equipe compreenderam com clareza a questão em discussão? » Os membros conseguem definir com facilidade qual é o tema comum que relaciona os itens em cada categoria? » O diagrama final exibe informações suficientes a serem utilizadas pela equipe na próxima etapa? Para medir o sucesso quanto à utilização desta ferramenta, reveja as seguintes perguntas: ANÁLISE DE RISCOS 34 Gestão de riscos do projeto Avaliação do risco OS RISCOS DO PROJETO PRECISAM SER IDENTIFICADOS, AVALIADOS E GERENCIADOS PARA MINIMIZAR SEU POSSÍVEL EFEITO NO PROJETO OS RISCOS PODEM SER RELACIONADOS A: • DE MARKETING • TÉCNICOS • FÍSICOS » Listas de verificação ajudam a identificar riscos potenciais » Opções para remover ou reduzir riscos devem ser identificadas e avaliadas » Devemos criar um registro de riscos e periodicamente revisá-lo Os riscos podem ser classificados, por exemplo, em probabilidade de ocorrência e severidade / impacto da ocorrência. Dependendo da combinação destas duas dimensões, uma matriz de classificação de risco pode ser utilizada para definir a criticidade do risco. Probabilidade Se ve ri da de 35 Análise de Riscos Gestão do Risco NÍVEL DE RISCO MUITO ALTO: ação urgente para reduzir o nível ALTO: planos de ação detalhados para reduzir o nível TOLERÁVEL: gerencie por revisão BAIXO: gerencie através de boas práticas MUITO BAIXO: nenhuma ação QUATRO OPÇÕES EM GERENCIAMENTO DE RISCOS • ELIMINAR – remover completamente o risco através de melhorias • CONTROLAR – reduzir o impacto do risco (severidade e/ou probabilidade) • TRANSFERIR – transferir o risco para terceiros (ex. seguro) • ASSUMIR – risco muito pequeno ou difícil de tratar Ra ro Im pr ov áv el M od er ad o Pr ov áv el Co m um Probabilidade de ocorrência Se ve rid ad e de o co rr ên ci a Ca tás tro fe Re lev ant e Mo der ada Me nor Ins ign ific ant e ROTEIROS DE MELHORIA 38 Como você faz melhorias? TRABALHAR MAIS HORAS? PRESTAR MAIS ATENÇÃO? TER MAIS RECURSOS? CONTRATAR MAIS PESSOAL? PODER E CONTROLE? ESPERANÇA & SORTE? TRABALHAR DURO? CRIAR MAIS REGRAS? ATENÇÃO AOS DETALHES? USAR UM MÉTODO DESENVOLVER HABILIDADES EM MELHORIA? AUMENTAR O CONHECIMENTO SOBRE O SISTEMA? PROJETAR UM ESTUDO? COLETAR DADOS? REDESENHAR O SISTEMA Existem diversas formas de trabalharmos para tentar realizar mudanças que resultarão em melhorias. Algumas delas serão mais eficientes que outras. Existem também métodos comprovadamente eficazes para organizar nossas atividades e as diversas ferramentas que conhecemos para que possamos delas tirar o maior proveito, complementando suas funções, informações e vantagens para aumentar as nossas oportunidades de obter resultados mais relevantes. 39 Roteiros de Melhoria Diferentes roteiros DefineControl Improve Analyse Measure the Problem Define and Contain of Improvement Measure the Problem Standardize and Control Perform Root Cause Analysis Realize and Reflect Plan and Implement Improvement 1 2 3 4 5 6 7 1.Define 2. Measure 3. Analyse 4. Improve5.Check 6. Control 7. Standardise 8.Close Define Process Map Process Define Process Meas. Se t P ro ce ss Ta rge ts Im pr ov e t he Pr oc es s Manage the Process Analyse the Process Além do DMAIC, existem outros roteiros para se realizar melhorias. Todos com o mesmo objetivo: estruturar os passos de projeto. Para o Seis Sigma, o roteiro DMAIC ficou estabelecido como padrão. Alguns roteiros de projeto famosos geralmente encontrados em empresas são: • Roteiro de projetos PDCA (Plan, Do, Check, Act), não confundir com PDSA! • Roteiro Kaizen de acompanhamento e processos,8 passos da Toyota para resolver problemas. • Roteiro EDTI. 40 Mudança e melhoria MUDANÇA MELHORIA REQUER NEM SEMPRE RESULTA EM: Conceito fundamental: O primeiro passo para realizar melhorias é reconhecer que nem toda mudança resulta em melhoria. Apesar disso, para melhorar, é necessário alterar o processo ou o sistema. Com isso em mente, levantamos a seguir três considerações: • Para propor qualquer mudança, precisamos ter um objetivo para o projeto claramente definido (precisamos saber o que queremos melhorar e por quê). • Como nem toda mudança pode gerar uma melhoria, precisamos de indicadores para comprovarmos quando nossa ação foi efetiva, é preciso estabelecer critérios (metas) para saber quando uma mudança é uma melhoria para o propósito especificado.• Como toda melhoria requer mudança, precisamos buscar por mudanças durante a execução da iniciativa de melhoria, desenvolvê-las, testá-las e implementá-las. 41 Roteiros de Melhoria Modelo de melhoria O que estamos tentando realizar? Que mudanças podemos fazer que resultarão em melhoria? Como saberemos se uma mudança é uma melhoria? Q1 Q2 Q3 Sabemos que cada consideração leva à formulação de uma questão que deve ser respondida pelo projeto de melhoria. Q1. O que estamos tentando realizar? (OBJETIVO) Todo esforço de melhoria deve ter um propósito bem definido. As pessoas se motivam e se comprometem com uma iniciativa de melhoria se elas têm um foco claro. Além disso, as pessoas devem entender a importância do trabalho desenvolvido. A resposta à primeira questão estabelece objetivos para uma iniciativa de melhoria. Os objetivos devem ser declarados de forma breve e concisa, para orientar a iniciativa e para manter o foco. Q2. Como saberemos se uma mudança é uma melhoria? (INDICADORES) Nem toda mudança resulta em melhoria. É preciso estabelecer critérios para saber quando atingimos o objetivo. Para saber se uma mudança é uma melhoria quase sempre necessitamos de dados, sejam eles observados ou formalmente coletados em pesquisa. O impacto das mudanças será medido baseado no indicador escolhido para o projeto. Q3. Que mudanças podemos fazer que resultarão em melhoria? (MUDANÇAS) Toda melhoria requer mudança. Se estamos interessados em obter melhoria precisamos alterar o processo/sistema. Esta questão chama a atenção para a necessidade de se desenvolver, testar e implementar mudanças para obter melhoria. Devemos sempre usar as três questões fundamentais. Em um projeto formal de melhoria, é apropriado responder às duas primeiras questões no início do projeto. A terceira questão é respondida durante a realização do projeto, com novas propostas de mudanças para serem testadas. 42 Metodologia Científica A Metodologia Científica foi elaborado por Frederick Taylor. Esta metodologia é o berço dos ciclos de melhoria, como PDCA, PDSA, DMAIC, entre outros: Pode ser definido como a coordenação da teoria e de evidência, por meio da qual encontramos novas informações, as interpretamos e, se necessário, revisamos nossa compreensão (interação e reflexão com os resultados obtidos). É um processo que lida constantemente com incertezas. Na verdade, aprendemos mais quando explicitamente declaramos o que esperamos e comparamos com o que realmente acontece. Permite que haja uma melhoria sustentável, adaptabilidade e inovação em uma organização. Visa o desenvolvimento de pessoas. 43 Modelo de melhoria: PDSA Roteiros de Melhoria O que estamos tentando realizar? Que mudanças podemos fazer que resultarão em melhoria? Como saberemos se uma mudança é uma melhoria? ACT PLAN STUDY DO Executar ações em função dos resultados Outro ciclo? Objetivo Questões e predições Plano para coletar dados (O que, Onde, Quando) Executar o plano Observar e anotar eventos não planejados Iniciar a análise dos dados Completar a análise dos dados Comparar resultados com as predições Resumir o aprendizado Adaptado do livro The Improvement Guide Para ajudar as pessoas a organizar essas etapas nos estudos de melhoria dentro das organizações, é importante utilizar ciclos PDSAs. Em cada fase do ciclo, temos tarefas que nos levam na direção do aprendizado. Essas tarefas estão descritas no ciclo PDSA acima. No PLAN é o momento de definirmos o objetivo deste ciclo de estudo, quais questões queremos responder e para cada questão colocar uma predição. Essa predição é muito importante para aprender com as suposições que haviam antes do estudo. Neste momento também é a hora de definir como será o plano de coleta de dados, caso faça parte do plano. No DO é a hora de entrar em ação! Executar um plano, a coleta de dados e observar eventos que não eram planejados. No STUDY é a hora de analisar os dados e tirar conclusões do ciclo de acordo com as questões estruturadas no PLAN. No ACT é o momento de executar as ações aprendidas e planejar a partir destes resultados quais seriam os próximos ciclos de estudo. As formas mais comuns de se usar um ciclo PDSA como parte de um esforço de melhoria são: • Coletar dados para construir conhecimento para ajudar a responder qualquer uma das três questões fundamentais. (Atenção: neste caso garanta que a etapa A do ciclo seja feita. É preciso que alguma ação concreta ocorra após o ganho de conhecimento.) • Testar uma mudança. • Implementar uma mudança. 44 Usando PDSA em sequência Ferramentas básicas para melhoria ACT PLAN STUDY DO ACT PLAN STUDY DO ACT PLAN STUDY DO ACT PLAN STUDY DO A pr en di za do Suposições Teorias Intuições Tempo Mudanças que resultam em melhoria Em uma iniciativa de melhoria, ciclos PDSA são utilizados para entender a situação atual de um processo, além de desenvolver, testar e implementar mudanças (um ciclo “puxa” o outro). Esse conceito é chamado de rampa de PDSAs. Conforme os PDSAs são realizados, o conhecimento aumenta em direção às mudanças que resultam em melhoria. A figura a seguir ilustra esse conceito. FERRAMENTAS BÁSICAS PARA MELHORIA: » Formulário de coleta de dados. » Definição operacional. » Histograma. » Gráfico de Pareto. » Gráfico de tendência. » Gráfico de controle. » Mapeamento de processos. » Diagrama de causa e efeito. » Planejamento de experimentos. 45 Modelo de melhoria Roteiros de Melhoria O que estamos tentando realizar? Que mudanças podemos fazer que resultarão em melhoria? Como saberemos se uma mudança é uma melhoria? ACT PLAN STUDY DO O modelo de melhoria é um método eficiente e eficaz de realizar melhorias nas organizações. Ele é composto pelas três questões fundamentais e pelo ciclo PDSA. FLEXIBILIDADE DO MODELO DE MELHORIA: » É adaptável para diferentes níveis de formalidade. » É útil tanto para melhoria de produtos e serviços quanto para melhoria de processo. » É aplicável em qualquer tipo de organização. » É aplicável em quaisquer processos ou sistemas de uma organização. 46 Roteiros EDTI DMAIC PDCA A3 8Ds Entender Define Plan Esclarecer o problema Formação de Equipe Measure Decompor o problema Descrever o Problema Determinar a meta Definição de Causa Raiz Desenvolver Analyze Analisar a causa raiz Análise de Causa Raiz Desenvolver ações de contramedida Definição das ações Corretivas Testar Improve Do Planejar as ações Estabelecer ações preventivas Implementar Control Check Verificar resultados Implementação do Plano de Ação Act Padronizar os processos com base nos resultados Estabelecer um método de reconhecimento à equipe Os roteiros de projeto são estruturas que utilizamos para organizar as atividades de melhoria. Eles são análogos e suas fases podem ser facilmente correlacionadas. Podemos ver que todos seguem a mesma lógica da abordagem organizada com o início em planejamento e entendimento do problema, passando por fases de análises e testes, e finalizando com atividades para a garantia de que os resultados serão mantidos. 47 Roteiros de Melhoria Roteiro DMAIC » Mapear o processo atual » Quantificar o desempenho do processo » Avaliar o SM » Desenvolver e testar mudanças » Analisar os riscos » Selecionar mudanças » Implementar mudanças » Documentar » Monitorar » Treinar » Criticar o processo » Identificar e analisar as causas » Contrato » VOC » SIPOC 48 8Ds - As 8 disciplinas para resolução de problemas 1D • Formação de Equipe 2D • Descrever o Problema 3D • Definição de Causa Raiz 4D • Análise de Causa Raiz 5D • Definição das ações Corretivas 6D • Estabelecer ações preventivas 7D • Implementação do Plano de Ação 8D • Estabelecer um método de reconhecimento à equipe O ROTEIRO DOS 8D´S SEGUE A SEGUINTE ORDEM: 1D (Formação de Equipe): É importantereunir pessoas que tenham conhecimento técnico e gerencial a respeito da área onde o problema foi encontrado. Ou seja, tem por objetivo formar o time com todas as pessoas capacitadas para resolver o problema. 2D (Descrever o Problema): Definição do problema que deverá ser tratado. É importante enxergar o problema da mesma forma que o cliente externo ou interno. 49 Modelo de Melhoria: PDSA 3D (Definição de Causa Raiz): É necessário conter o problema. Desenvolvimento de uma ação provisória. 4D (Análise de Causa Raiz): Análise da causa e efeito. Identificar as causas que impactam o processo. 5D (Definição das ações Corretivas): Realização de Brainstorming em equipe. Determinar ações corretivas para o problema. 6D (Estabelecer ações preventivas): Utilização de ferramentas para prevenção. 7D (Implementação do Plano de Ação): Utilização de 5W2H e teste de mudança em campo. Avaliação do resultado. 8D (Estabelecer um método de reconhecimento à equipe): Celebração dos resultados e reconhecimento da equipe além da formalização do encerramento do projeto 50 PDSA vs. PDCA 1 Entender Desenvolver Testar Implementar Measure Define Plan Analyze Improve Control Do Check Act 2 3 4 FASE EDTI DMAIC PDCA Devido à grande popularização do ciclo PDCA, existem dúvidas em relação ao ciclo PDSA. O PDSA é um roteiro de aprendizado. Vários PDSAs são realizados durante um projeto. Utilizado para organizar as atividades (coleta de dados, teste e implementação de mudanças). O PDCA é um roteiro de projeto, alternativo ao DMAIC e útil em projetos de baixa complexidade (solução de problemas). Geralmente o ciclo PDCA é utilizado em um tipo de projeto chamado solução de problemas (problemas focados, impacto de curto prazo), enquanto o DMAIC é utilizado em projetos de melhoria (mudanças sistêmicas, médio/ longo prazo). As etapas do PDCA são as seguintes: Plan: defina um problema e levante possíveis hipóteses para as causas e as soluções. Do: implemente a solução. Check: avalie os resultados Act: volte à etapa de planejamento se os resultados forem insatisfatórios ou padronize a solução se os resultados forem satisfatórios. Muitas pessoas atribuem o desenvolvimento do PDCA ao Deming, mas ele fazia questão de diferenciá-lo do PDSA. Em uma carta a Ronal Moen, Deming disse “não se esqueça de chamá-lo PDSA, não o corrompido PDCA” (Moen & Norman, 2010). 51 Modelo de Melhoria: PDSA PDSA X PDCA Há também outros ciclos com acrônimos similares ao PDCA e algumas vezes confundidos com o mesmo. O SDCA, por exemplo, traz um ciclo muito útil para a padronização dos processos, garantindo a estabilidade dos resultados obtidos através das melhorias. RELATÓRIO A3 54 Roteiro A3 de Projeto de Melhoria » O relatório A3 serve para difundir a melhoria e servir de base de registro do aprendizado. » Seu nome vem da folha de papel tamanho A3 (297 x 210) mm. » A ideia é sintetizar a comunicação e fazê-la de forma eficiente. » É um relatório completo que documenta um processo. Um relatório A3 para solução de um problema aponta sucintamente a questão, documenta a situação atual, determina sua causa, sugere alternativas de solução, indica a solução recomendada e apresenta uma análise de custos e benefícios. Utiliza-se de gráficos e figuras. » Objetiva obter uma compreensão compartilhada de uma questão importante em análise. » Deve constar todas as etapas para análise e solução, desde a identificação do problema até a definição da causa raiz. Representação gráfica resumida de todas as ações na execução de um ciclo PDCA. Definição do Problema Análise Mudanças Propostas Resultados 55 Relatório A3 » O Relatório A3 é utilizado como suporte para todos os planejamentos estratégicos, por meio de indicadores contidos no mesmo. » Caso não haja Relatório A3, não há onde a equipe possa basear suas decisões, contribuindo para o surgimento de “achismos” ao invés de análises precisas. » Sem o Relatório A3, maior é o tempo gasto com reuniões e planejamentos 10987654321 900 800 700 600 500 400 300 200 100 Ob servação Va lo r In di vi du al _ X= 501, 0 LSC= 861, 2 LIC= 140, 8 Carta I de H oras p aradas p or semana 1715131197531 900 800 700 600 500 400 300 200 100 0 Ob servação V al or In di vi d ua l _ X= 501, 0 _ X= 237, 5 LSC= 861, 2 LSC= 437, 0 LIC= 140, 8 LIC= 38, 1 An tesD ep oi s Carta I de H oras p aradas p or semana incremento F ase 56 987654321 16000 14000 12000 10000 8000 6000 400 0 2000 0 Observação Va lo r In di vi du al _ X= 8209 LSC= 1496 8 LIC= 1451 Carta I de Estoque M ensal 1715131197531 16000 1400 0 12000 10000 8000 600 0 4000 2000 0 Ob servação V al or In di vi du al _ X= 8209 _ X= 5429 LSC=1 4968 LSC=7 042 LIC=1 451 LIC=3 816 an tesd ep oi s Carta I de Estoque M ensal incremento F ase PLANO DE AÇÃO (5W2H) 58 5W2H O quê? (What) Quem? (Who) Quando? (When) Onde? (Where) Por quê? (Why) Como? (How) Quanto? (How much) Um método relativamente simples de gerenciamento de atividades de um projeto » O plano de implementação deve ser documentado de forma que toda a equipe saiba quais atividades devem ser realizadas para que as mudanças ocorram e sejam controladas. » A documentação pode ser escrita, feita em uma planilha ou com outras ferramentas, como a mostrada no exemplo, o 5W2H. » O 5W2H apresenta sete informações que ajudam a organizar a atividade (0 “O quê?”). Uma boa prática é colocar as atividades já em ordem cronológica, e, sempre que for finalizada, pode ser marcada como tal. » Não é necessário forçar o preenchimento de todas as colunas, apenas as que mais importarem e forem capazae de ser preenchidas. (Ex: Por muitas vezes não é possível ou demandaria muito tempo analisar o custo de uma atividade.) A ideia é simplificar e deixar claras as responsabilidades de cada pessoa responsável por uma atividade; e não complicar e gastar muito tempo pensando na melhor maneira de preencher a tabela » O 5W2H, apresentado apenas na etapa Control, é uma ferramenta extremamente útil em diversos contextos e pode auxiliar não só o plano de implementação, mas também, por exemplo, o ínicio de cada PDSA, principalmente nas etapas Do e Study, deixando claro quem realizará as atividades necessárias para que os dados sejam coletados e analisados. » O plano de implementação pode contemplar etapas relacionadas com todas as seguintes do Control. DIAGRAMA DIRECIONADOR 60 Que mudanças podemos fazer que resultarão em melhoria? Teorias que fundamentam a proposta de mudança Uma teoria representa o nosso conhecimento atual sobre como alguns aspectos do sistema funcionam. Teoria que fundamenta a proposta Proposta de Mudança Melhoria Predição Se queremos desenvolver mudanças fundamentais que alterem positivamente o desempenho do nosso sistema atual, precisamos enumerar as teorias-hipótese sobre o motivo pelo qual pensamos que a nossa proposta será uma boa mudança. 61 Diagrama Direcionador Diagrama direcionador Como explicitar as teorias que fundamentam as propostas de mudanças? » Sabemos que o diagrama direcionador comunica a todos as suas teorias sobre as mudanças que conduzirão a uma melhoria. Ele é uma importante ferramenta que auxilia na tradução das maiores metas de um projeto de melhoria em um subconjunto lógico de objetivos subjacentes. O diagrama direcionador também nos mostra a teoria sobre o que deve ser feito em um sistema para que se alcance o objetivo. » Em um projeto de melhoria, podemos utilizar um diagrama de árvore para organizar os esforços da equipe. E esse tipo de comunicação é uma função importante de uma equipe de melhoria efetiva. Sem uma compreensão comum, a equipe pode ter diferentes entendimentos sobre o projeto. A explicitação da teoria ajuda todos a articularem os fundamentos da predição de que a mudança resultará em melhoria. Nível de detalheProblema ou oportunidade » O diagrama de árvore é uma técnica que organiza a “teoria de mudança” para atingir um objetivo específico, que é a melhoria. Ele conecta o objetivo com as intervenções no sistema (estrutura, processos, cultura e normas) para criar uma estrutura de aprendizagem, além disso fornece um modelo mental comum para a equipe e um documento vital para o trabalho de melhoria que é continuamente atualizado e conta a história da melhoria (aliado aos gráficos). 62 Diagrama direcionador completo Ideia de mudança Ideia de mudança Ideia de mudança Ideia de mudança Ideia de mudança Ideia de mudança Ideia de mudança Conceito de mudança Conceito de mudança Conceito de mudança Conceito de mudança Conceito de mudança Direcionador Direcionador Direcionador Direcionador Direcionador Objetivo Ideias de mudança Conceitos de mudança Direcionadores secundários Direcionadores primários O diagrama direcionador pode ser composto por direcionadores primários e direcionadores secundários, a seguir descritos. » Direcionadores primários • Os direcionadores primários mostram as GRANDES categorias a serem trabalhadas para que se alcance o objetivo. São elas: estruturas, processos, ou normas e culturas que contribuem com os resultados desejados. » Direcionadores secundários • Os direcionadores secundários apresentam-se em grupos com recursos compartilhados, gerência, equipamentos, pacientes etc. » Conceitos de mudanças • Noção geral e abstrata executada por meio de uma ideia específica. » Ideias de mudanças • Aquilo que na verdade precisamos fazer para que as atingir o objetivo. 63 Diagrama Direcionador Conexão de resultados com o sistema Estrutura + Processos + Cultura + Normas = Resultado » Os direcionadores estão associados às alterações na estrutura, nos processos, na cultura e nas normas. Ele ilustra quais mudanças são exigidas no sistema, bem como a forma como elas podem ser alteradas através da aplicação de ideias específicas de mudança. 64 Teoria para melhorar um sistema Observamos que os drivers primários e secundários pretendem identificar os elementos dentro do sistema que são necessários e suficientes para alcançar o resultado pretendido. Eles incluem quatro elementos: estruturas que compõem o sistema, a cultura da organização, processos que representam o trabalho do sistema, normas operacionais que demonstram a cultura explícita e tácita do sistema. » Os drivers primários são elementos de alto nível dentro do sistema que se acredita que precisa mudar para alcançar o resultado desejado. » Abaixo deles, estão os drivers secundários, que são abordagens, lugares ou oportunidades mais acionáveis dentro do sistema, onde uma mudança pode ocorrer. Por exemplo, um processo abrangente é identificado no nível primário, e as etapas individuais desse processo são descritas no nível secundário. O nível secundário articula os lugares físicos, os momentos com limite de tempo e/ou as normas que podem ser usadas ao introduzir novas maneiras de fazer as coisas, seja substituindo uma ferramenta, introduzindo uma nova etapa, reordenando uma sequência de eventos ou mantendo um comportamento benéfico. » Os drivers podem ser vistos como os comutadores dentro do sistema que precisam ser ativados ou desativados para atingir o resultado de interesse. Direcionador S11 Direcionador S12 Direcionador S21 Direcionador S31 Direcionador S32 Direcionador S33 Direcionador P1 Direcionador P2 Direcionador P3 Ideia de mudança Objetivo Ideia de mudança Ideia de mudança Ideia de mudança Ideia de mudança Ideia de mudança Ideia de mudança Ideia de mudança Ideia de mudança Normas, processos, estrutura, cultura 65 Diagrama Direcionador Uma teoria para perda de peso Ideias de mudanças ResultadoDirecionadores primários Objetivo Exercício no escritório Ir de bike para o trabalho Exercício 5 dias/semana Não beber refrigerante Planejar refeições Reduzir ingestão de calorias Aumentar gasto de calorias Perder x kg em x meses “Todo sistema é perfeitamente projetado para alcançar os resultados que obtém.” 66 Como construir um DD Para criar diagrama direcionador: objetivo inicial » 1. Inicie com objetivos claramente definidos. Use a estrutura: • O quê? • Onde? • Quanto? • Quando? » 2. Faça um brainstorm com um grupo de pessoas que entendam diferentes aspectos da mudança a ser alcançada, isto é, pessoas com conhecimentos distintos. Junte um conjunto de ideias • As ideias de mudança são tangíveis e específicas por natureza. Elas articulam o modo como uma mudança tangível e específica deve acontecer dentro do sistema. A ideia de mudança precisa incorporar detalhes, como a descrição de um novo processo projetado para permitir que o sistema complete a avaliação de uma determinada ferramenta com segurança. Pode ser apropriado incluir um link de apêndice a um mapa de processo ou diagrama de fluxo que possa ser testado, refinado e, finalmente, concluída uma parte permanente dos negócios como de costume. » 3. Agrupe esse conjunto de ideias para criar um conjunto de direcionadores Reduzir o custo com descarte de resíduos em 50% até dezembro de 2018 Reduzir o custo com descarte de resíduos em 50% até dezembro de 2018 Aproveitar retalhos de panos. Realizar campanha de separação para reciclagem. Utilizar secador de mãos nos banheiros. Aproveitar retalhos de panos. Evitar produção de resíduos Realizar campanha de separação para reciclagem. Reciclagem Utilizar secador de mãos nos banheiros. KAIZEN 68 Definição de Kaizen Grupo Kaizen » Filosofia de Controle e Melhoria de Processos, que consiste em fazer melhorias simples, pequenas, rápidas e contínuas em práticas já existentes (Quick Wins). » Ações diárias que fazem parte da cultura. » Não necessariamente precisa de muitos investimentos para gerar melhorias. » Contribui para motivação e geração de conhecimento dos colaboradores, que se sentem mais produtivos e interessados em participar. » Desenvolve valores como união, determinação, parceria, compreensão e comprometimento. » Projetos com duração aproximada de 1 semana (entre 3 à 5 dias). » Incentiva Criatividade » Kaizen faz-se uso do trabalho em equipe para solução de problemas, documentando e melhorando processos, coletando e analisando dados. » Metodologia de melhoria contínua de curto prazo e 100% focada. » Deve reunir pessoas, retirando-os de seus respectivos postos de trabalho, focando na implementação de planos de ação de forma rápida. » Utilização de, no máximo, 15 pessoas. Método Kaizen Kaizen pontual / de processo Eventos Kaizen / Kaizen de fluxo Kaizen de sistema Escopo dos Problemas Pequeno Médio Grande Duração Horas ou dias Uma semana(algumas vezes mais, incluindo planejamento) 9-18 semanas Exemplos Uso de princípios 5S para reorganizar uma ferramentaria; resolvendo o problema de tempos de parada de um equipamento Redução do tempo de setup; padronização de estoque automatizado entre unidades Redesenho de layout e processo de um departamento, fábrica ou processo de atendimento ao cliente Kaikaku Kaiaku 69 Kaizen » São mudanças radicais e lentas, muitas vezes com a utilização de novos conceitos, tecnologias ou práticas. » Utilizado quando for necessário eliminar desperdícios significativos. » Faz-se modificações substanciais no processo. Realização de grandes modificações. Metas colocadas pelo mercado são tão desafiadores que não podem ser atingidas pelo processo existente. Investimentos elevados. » São mudanças realizadas que geram resultados piores. Se uma mudança resultar em Kaiaku, retifique imediatamente. Não volte para o que era, mas tente alguma coisa diferente. Comparação entre ciclos curtos de Melhoria (Kaizen) e ciclos drásticos de melhoria (Kaikaku). A melhoria incremental é realizada durante atividadesdiárias de produção, através de eventos Kaizen ou dentro de projetos de melhoria estruturados. Em projetos onde o indicador de resultado é influenciado por um grande número de variáveis (ex. custos de produção, defeitos, produtividade, etc.), implementamos normalmente diversos ciclos de melhoria incremental que geram diferentes ações e podemos assim observar a evolução do indicador do projeto mesmo antes de sua conclusão. Kaizen Kaizen Melhoria disruptiva Tempo De se m pe nh o 70 Semana Kaizen PRÉ KAIZEN: » Identificar possíveis melhorias por meio de Gemba Walk. » Definir claramente o escopo e determinar o ponto de partida que dará início ao projeto. Determinar o produto final a ser entregue para o cliente. » Esclarecer o objetivo do projeto. » Elaborar um mapa preliminar do estado atual antes do evento. » Coletar todos os documentos relevantes. » Afixar o mapa do estado atual na sala de equipe. INÍCIO DA SEMANA KAIZEN: » Convocar e reunir a equipe de trabalhadores, tirando-os de seus respectivos postos de trabalho, focando na implementação de planos de ação de forma rápida. Ocorre uma cerimônia de abertura. PRIMEIRO DIA: » Tem por objetivo fazer com que todos estejam engajados na filosofia Lean. Treinamento de equipe Kaizen para a utilização de ferramentas e equipamentos. Manter a produção alinhado com o Takt Time. SEGUNDO DIA: » Analisar o estado atual e desenvolver métricas (Cálculo do Takt Time, Tempo de Ciclo e Produtividade). Utilização de Brainstorming para formalização de ideias de melhoria. » Os participantes caminham ao longo do processo (sempre que possível) para fins de Gemba. Depois da caminhada, a equipe pode começar uma análise detalhada do mapa preliminar do estado atual. Com base nos dados coletados na caminhada e no conhecimento da equipe, os passos do processamento são modificados e/ou acrescentados como for necessário. 71 Kaizen TERCEIRO DIA: » Delinear o mapa do estado futuro a partir das ideias de melhoria originada dos colaboradores. Promover um Brainstorm entre os participantes. » Neste estágio, a visão do estado futuro é apresentado para a alta administração e para os proprietários de outros processos afetados para aprovação imediata. Quando todos estiverem concordando quanto a visão do estado futuro, a equipe pode prosseguir para a implementação. » Utilização de ferramentas para desenho do estado futuro: POP, 5S, SMED, Heijunka, Jidoka, Kanban, Células Unitárias, entre outros. QUARTO DIA: » O Mapa do Estado Futuro é dividido em segmentos e os participantes são distribuídos em subgrupos para trabalhar em cada segmento. » Começar a tornar a visão do estado futuro em uma realidade. QUINTO DIA: » Estabelecer mensurações que mapearam o progresso para o estado futuro e que garantirão que os ganhos alcançados durante o seminário sejam de fato sustentados ao longo do tempo. É necessário que implemente um sistema de mapeamento que idealmente deve ser baseado na coleta de dados das mensurações atuais. » Estabelecer um plano de acompanhamento. Apresentar o resultado e comemorar com a equipe. KAMISHIBAI 74 Definição de Kamishibai Ferramenta de gerenciamento para realizar auditorias dentro de um processo de fabricação. Como parte do STP, as placas Kamishibai são usadas como controle visual para realizar auditorias dentro de um processo de fabricação. Uma série de cartões são colocados em uma placa e selecionados aleatoriamente ou de acordo com a programação por supervisores e gerentes da área. Isso garante que a segurança e a limpeza do local de trabalho sejam mantidos e que sejam realizadas a verificação de qualidade. CADEIA DE AJUDA E GEMBA WALK 76 O que é cadeia de ajuda? » A cadeia de ajuda é uma das ferramentas implementadas nesse kaizen, junto com a gestão visual para tornar os problemas visíveis e terem uma rápida resolução, ela consiste em: » Ser uma rotina de interação e envolvimento entre as pessoas para se resolver um problema quando ele surge. » Exige das pessoas a tolerância “zero”aos probelmas que geram desperdícios, num ambiente onde não é “quem é o responsável”, e sim, “qual é o problema”. » Iniciando-se pelo líder da produção e que envolve as lideranças imediatas e os responsáveis de todas as áreas de apoio, eliminando as instabilidades do processo. 77 Sistemática da cadeia de ajuda Cadeia de Ajuda e Gemba Walk PARA A CADEIA DE AJUDA FUNCIONAR, BASICAMENTE SÃO NECESSÁRIOS 5 PASSOS, SÃO ELES: 1. O Problema é detectado – normalmente a detecção é feita pelo próprio operador ou colaborador que está diretamente executando a atividade; 2. Aciona-se a sinalização (Andon) – Esse aciona o Andon local ou aciona a liderança através de algum sinal visual ou sonoro; 3. A liderança chega rapidamente ao local – o líder ou responsável pela área chega rapidamente para identificar o problema e dar o primeiro combate, não restabelecendo a linha e então passa ao acionamento da cadeia de ajuda; 4. O Problema é anotado no quadro – quando se faz necessário acionar a cadeia de ajuda o problema é registrado no quadro de gestão visual; 5. O líder convoca o pessoal dos setores de apoio para a resolução do problema – o líder convoca os demais membros da cadeia de ajuda para realizar o combate. Normalmente esse acionamento é via algum sistema de sonoro. 78 Sistemática da cadeia de ajuda O principal fator para que a Cadeia de Ajuda funcione é a disciplina. Assim, garante-se a estabilidade básica da cadeia de ajuda. » Algo fundamental para que a cadeia de ajude funcione é a disciplina dos participantes para que quando chamados atendam com presteza a área solicitante. » Para tornar o acionamento padronizado e com regras claras, é definida a estrutura da cadeia de ajuda, você pode ver um exemplo na figura a direita do slide. Onde são definidos os responsáveis de cada área para atender, assim como o tempo o qual cada nível tem para solucionar o problema. Gemba Walk O GEMBA WALK QUE CONSISTE NA RONDA DIÁRIA DA GESTÃO NA FÁBRICA, TEM O OBJETIVO DE: » Auxiliar os líderes de produção a identificar e resolver os problemas que prejudicam o desempenho da área rapidamente; » Aproximar a cadeia de ajuda (áreas de suporte) do chão-de-fábrica; » Incentivar a resolução de problemas no Gemba. O GEMBA WALK DEVE SEGUIR OS PASSOS ABAIXO: » O responsável pela área deve “puxar” o Gemba walk; » Problemas que não afetam o atingimento da meta não devem ser tratados; » Todas as áreas que fazem parte da cadeia de ajuda devem estar presentes; » Não perdr foco, dispersar .. » Explicar não atingimento da meta com dados e fatos. CADEIA DE AJUDA - 42B/L QUALIDADE ABASTECIMENTO SUSTAINING MANUTENÇÃO PCP ENGENHARIA INDUSTRIAL ENGENHARIA PRODUÇÃO MASS GANHOS FINANCEIROS 80 Benefícios econômicos do projeto VAMOS DISCUTIR DE FORMA RESUMIDA ESTES ITENS.. » Porque abordar este tema? » O que o indicador técnico tem a ver com o economia? » Economia Real X Economia Teórica; » Exemplos de cálculo; » Quem é o responsável pelo cálculo? » Quem é o responsável pela revisão? » Quem é o responsável por reportar os resultados? » Informações gerais. » Discussão de indicadores. Origem Todo projeto de melhoria, quando nasce é concebido com base em algumas premissas básicas, tais como, aplicabilidade das ferramentas Lean e 6 Sigma, tempo para conclusão, entre outras. Uma das principais premissas de um projeto de melhoria é a economia que o mesmo trará para a empresa. Nenhum projeto de melhoria nasce sem a estimativa de economia!!! 81 KPI’s vs. economias Ganhos Financeiros Sem a estimativa de economia, não há razão em iniciar e/ou prosseguir com um projeto!!! ENTÃO, O QUE FAZER!? » O primeiro passo, seria identificar o KPI (indicador) do seu projeto, junto ao seu Patrocinador. » Só com o KPI definido é que será possível esboçar o cálculo do economia. » Um detalhe importante é que o KPIesteja de acordo com a proposta do projeto, e ainda, que sempre seja avaliado. » Este KPI está realmente refletindo o trabalho do meu projeto!? Caso o mesmo não esteja de acordo com o projeto, sugira ao(s) Champion uma revisão do mesmo!!! » Uma das dificuldades encontrada no decorrer dos projetos é transformar KPI’s (Key Performance Indicators ou Indicadores de Performance Chave) em economias (Economia). » Isso ocorre porque alguns indicadores (KPI’s) estão diretamente relacionados à informações financeiras (ex. R$/pç, R$/ton, etc.), e outros indicadores são puramente técnicos (ex. PPM, tempo de ciclo, etc.). INDICADORES TÉCNICOS A economia do projeto é calculada diretamente sobre as ações que contribuíram para a melhoria efetiva do Indicador técnico. Este tipo de indicador facilita o acompanhamento da economia do projeto. INDICADORES FINANCEIROS A economia do projeto é calculada não apenas pela evolução do indicador. Neste caso temos que estar atentos às flutuações que podem ocorrer em função de variações normais do mercado (ex. preço de matéria-prima, variação cambial, etc.). Ajustes de baseline e meta neste tipo de indicador são mais freqüentes. 82 KPI’s vs. economias Dessa forma, nos projetos onde o acompanhamento é feito através de um indicador financeiro, não necessariamente a economia está em função da flutuação do mesmo (flutuação de valores do mercado). O líder de projeto deve ter em mente que a economia do projeto está diretamente ligada as melhorias e ações implementadas. Sendo assim, sempre que possível o líder de projeto deve buscar uma forma de acompanhamento através de indicadores técnicos. KPI’s vs. economias - exemplos 1- PROJETO DE REDUÇÃO DE CUSTOS COM ÓLEOS/LUBRIFICANTES Neste tipo de projeto o acompanhamento se dá com um indicador financeiro (ex. R$/pç, R$/ton, etc.), porém, como já citado anteriormente este tipo de indicador sofre variações normais de mercado. Se medirmos os ganhos das ações por um indicador técnico (ex. Lt/pç, Lt/ton, etc.), estas variações serão minimizadas. 2- PROJETO DE AUMENTO DE RENTABILIDADE Indicador Financeiro – RO (Resultado Operacional / Rentabilidade dos Produtos); Indicadores Técnicos – Para obter uma melhora de rentabilidade, entre outras, podem ser trabalhadas características que envolvem melhorias no processo (ex. produção horária, tempo de set-up, PPM, etc.) 3- PROJETO DE AUMENTO DE PRODUTIVIDADE Os ganhos relacionados à produtividade são oriundos basicamente do: » OEE (Eficiência Global do Equipamento); » Tempo da Linha (Cycle time); » Mão-de-obra. Desta forma, quanto maior for o OEE (ou seja, quanto mais eficiente for a máquina/equipamento), quanto menor for o Tempo da Linha (ou seja, quanto mais rápido for o tempo de processamento); e quanto menor for o custo com Mão-de-obra, melhor será a Produtividade. 83 Economia Real Ganhos Financeiros Muitas vezes dentro de projetos ações são implementadas, indicadores (KPI’s) são melhorados, porém não há um ganho efetivo para a empresa, mas sim, ganhos potenciais... não há uma redução efetiva nos custos!!! PORQUE ISSO OCORRE!? Porque estas ações são implementadas sem uma análise prévia dos pontos de atuação que proporcionariam ganhos efetivos / economia real. À seguir veremos alguns exemplos de indicadores (KPI’s) mais comuns, relacionados à Economia Real de projetos. Uma forma de aumento do OEE por exemplo, seria a implantação de ações relativas à diminuição de quebras, diminuição de tempo e quantidade de set-ups, aumento de vida útil de ferramentas, entre outras. Basicamente, trata-se de uma transformação de horas improdutivas em horas produtivas. Porém algumas considerações devem ser feitas, antes da implementação de ações. Se imaginamos uma redução no tempo e na quantidade de set-ups, o resultado seria um aumento da quantidade de horas disponíveis. Porém o ganho efetivo seria o preenchimento destas horas com volume adicional de produção e/ou diminuição do custo da mão-de-obra, ou seja, melhora com relação ao fator peça / hora / homem. Uma forma de aumento do OEE por exemplo, seria a implantação de ações relativas à diminuição de quebras, diminuição de tempo e quantidade de set-ups, aumento de vida útil de ferramentas, entre outras. Basicamente, trata-se de uma transformação de horas improdutivas em horas produtivas. Porém algumas considerações devem ser feitas, antes da implementação de ações. Se imaginamos uma redução no tempo e na quantidade de set-ups, o resultado seria um aumento da quantidade de horas disponíveis. Porém o ganho efetivo seria o preenchimento destas horas com volume adicional de produção e/ou diminuição do custo da mão-de-obra, ou seja, melhora com relação ao fator peça / hora / homem. 84 KPI’s vs economia - Cálculo PROJETO PARA REDUÇÃO TEMPO DE SET-UP E OU AUMENTO DA PRODUÇÃO HORÁRIA Como já comentado anteriormente este tipo de projeto irá gerar mais horas disponíveis para produzir. Se houver um volume adicional de produção, o cálculo será diretamente sobre a margem de contribuição do produto. Considerando-se um ganho de 10 horas no mês, e um tempo de processamento de 1min/pç, estamos gerando a oportunidade de produzir um volume adicional de 600 peças/mês. Sendo assim, para um produto com MC=100,00 R$/pç o ganho seria de 60.000R$/Mês. Porém neste caso, temos que lembrar dos conceitos de economia real. Caso não haja volume adicional, o ganho poderá ocorrer através da redução de turnos de trabalho por exemplo. Se não forem identificados outros pontos de redução de custos, teremos o problema de não transformar melhorias implementadas em ganhos reais. Teremos apenas o que chamamos de ganhos potenciais. PROJETO PARA MELHORIAS DOS ÍNDICES DE REFUGOS E RETRABALHOS: Tomemos um projeto cuja meta seja baixar os índices de refugos de 10.000 para 5.000 PPM, o ganho ocorrerá com 2 critérios diferentes: 1º- Se a linha opera entre 1 e 3 turnos, o ganho será calculado diretamente sobre o custo do produto, ou seja; Custo fabricação = 200 R$/pç Ganho de 50 peças/mês no índice de refugos. Ganho projeto = 10.000 R$/Mês. 2º - Se a linha está operando em regime de 4 turnos, cada produto que deixamos de refugar, será um produto a mais vendido, neste caso o ganho será calculado sobre o preço de venda do produto. Preço de venda = 400R$/pç Ganho de 50 peças/mês no índice de refugos. Ganho projeto = 20.000R$/Mês. 85 Envolvidos Ganhos Financeiros O grande responsável pela identificação e avaliação dos indicadores, pelas transformações de indicadores financeiros em técnicos ou técnicos em financeiros, e ainda pelo cálculo do economia, sempre será o responsável pelo projeto. Porém, como a maioria dos responsáveis pelos projetos são normalmente oriundos de áreas técnicas, uma revisão e aprovação dos cálculos deverá sempre ser efetuada pela área financeira. Finalmente, também é função do responsável pelo projeto, reportar os resultados (técnicos e principalmente financeiros) à todos os envolvidos e à organização. Informações Gerais » Sempre procure indicadores que realmente expressam a realidade do seu processo; » Monitore outros indicadores (muitas vezes eles serão afetados por melhorias no processo, e os ganhos não serão efetivos); » Sempre evidencie os ganhos efetivos; » Planeje sempre como e onde atuar com base nos potenciais financeiros; » Busque sempre a área financeira da sua empresa para consolidação dos ganhos; » Nunca deixe de reportar ganhos efetivos obtidos pelo seu projeto; ESTUDO DE CASO – LIDERANDO UM PROJETO KAIZEN 88 Kaizen Gestão visual e cadeia de ajuda Para apresentarmos de forma prática alguns temas que falamos até o momento, vamos abordar um caso prática de aplicação de Kaizen para melhorar a gestão da visual de fábrica e intensificar a comunicação para
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