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Comportamento Felino MSc Pillar Gomide do Valle História Cerca de 4000 anos, os primeiros gatos “domésticos”, começaram a existir no Antigo Egipto História Acredita-se que o Gato Selvagem Africano (Felis silvestris lybica) e, possivelmente, o Gato da Floresta (Felis chaus), formem a base do gato doméstico atual (Felis silvestris catus) GATO SELVAGEM AFRICANO (Felis silvestris libyca) • Comprimento (mm) - 470-690 • Peso (kg) - 3-7 • Ninhada - 3-6 filhotes • Longevidade - 15 anos • Status – Não ameaçado Pensa-se que seja o parente mais próximo do gato doméstico (F. silvestris catus). •Frequentemente é associado a habitats próximos às habitações humanas, embora seja em geral um animal solitário GATO SELVAGEM EUROPEU (Felis silvestris silvestris) • Comp. (mm) - 450-750 • Peso (kg) - 3-8 • Ninhada - 1-8 filhotes • Longevidade - 15 anos • Maturidade - 14 meses É considerado por alguns a forma mais antiga da espécie •Escassos fósseis indicam uma ligação com o Gato Selvagem de Martelli, datando do início do Pleistoceno GATO SELVAGEM EUROPEU (Felis silvestris silvestris) • A dieta consiste basicamente de pequenos roedores • As aves são uma fonte secundária de alimentação •Pequenos mamíferos, pequenos répteis e insetos suplementam a dieta •Embora os gatos domésticos gostem de peixe, os gatos selvagens raramente pescam na natureza. GATO DA FLORESTA (Felis chaus) • Tamanho (mm) -500-750 • Peso médio (kg) - 7-15 • Ninhada - 1-6 filhotes • Maturidade – 18 meses • Longevidade - 14 anos GATO DA FLORESTA (Felis chaus) • Habitat: Pradarias e alagados ao longo dos rios (peixes) • Não é particularmente tímido, podendo ser encontrado perto de habitações humanas, caçando nos campos plantados Domesticação • Necessidades nutricionais: – Carne crua – Disponibilidade ao longo da história – Manutenção do instinto predatório e agressividade – Introdução das rações comerciais Caça • Gatos vadios caçam em ciclos de aproximadamente 30 min (Turner and Meister, 1988) • A retro-alimentação positiva do estímulo lúdico (ou predatório) dura ± 15-30 min. Padrão social • Dependendo da distribuição e abundância de comida o gato doméstico vive sozinho ou em grupos • As fêmeas com os seus filhotes formam o núcleo do grupo, enquanto que os machos se ligam fracamente ao grupo, indo de grupo em grupo Razões para ter mais de 1 gato • Espaço suficiente • Bem-estar dos animais: • Evitar a solidão • Companheiro para brincadeiras • Alegria de possuir vários gatos • Trabalhar fora (não deixar o animal sozinho) Condições para ter mais de 1 gato 1) Espaço suficiente: Necessidades da espécie 2) Ter condições de dar atenção e cuidar dos animais 3) Compatibilidade dos animais Território Gato selvagem < 2,59 km2 Tigre Siberiano macho – 906 km2 • Fatores que modificam o tamanho do território: – Alta densidade de presas – território menor – Invernos rigorosos – território maior Território • Em todas as espécies de gato, a territorialidade tem um papel central na maneira como eles organizam a sua vida • Com algumas exceções os felinos selvagens são solitários, permanecendo juntos apenas para cruzar e em alguns casos para caçar • Território (home range) – é a área aonde o gato caça e vive. • Para maximizar a população de presas desta área é importante que o gato patrulhe e proteja o seu espaço de outros gatos. • Para fazer isto o gato usa um sistema de marcação territorial, que serve para notificar os outros gatos da sua presença. Território • A marcação odorífera é a forma mais comum (borrifando em pedras e árvores, ou depositando as fezes nas trilhas, o gato deixa a sua marca que avisa os outros da sua presença e da propriedade do território • Muitas vezes deixam marcas mais visuais (pequenas pilhas de folhas, arranhadura de árvores, etc.) • Podem combinar as duas formas de marcação para um efeito maior Território Fêmeas: – geralmente menor que o do macho; – Mais agressivamente defendido, principalmente a região central onde fica a toca; – Raramente se sobrepõe. Como em muitas espécies de felinos o macho cruza com várias fêmeas, é comum que o território do macho abranja o de várias fêmeas. Marcação x território: O território ou lar, geralmente inclui áreas de caça, áreas de referência, água, pontos de vigia favoritos e pontos de repouso. Em geral, um gato não aceitará a presença de outro do mesmo sexo dentro do seu território. Grupo social: Gatos 59,2% Gatos e cães 20,4% Gatos e outros 2,2% Gatos, cães e outros 18,2% Hierarquia • Pouco estabelecida • Poucos mecanismos para evitar brigas • Disputa de fontes •Sem mecanismos pós-agressão (reconciliação) Mecanismos pós-agressão 1. Evitar: – distribuição espacial – padrões horários 2. Tolerância M a r c a ç ã o Estes mecanismos podem não funcionar ou não serem realizados perfeitamente em confinamento o que pode levar certos gatos a situações de incontrolabilidade . Ao confrontarmos gatos com eventos ou estímulos (sociais ou não sociais) não esperados e/ou não controláveis de curta duração (p.ex. contenção), que ativam o sistema de estresse, induzimos padrões comportamentais de toilete arranhadura e balançar de cabeça. Estes padrões comportamentais parecem ser os marcadores comportamentais do estresse agudo. Conflitos Ambientes limitados Mecanismos pós-agressão Ambiente incontrolável ESTRESSE S O N O 1-Acaso: 61 77 Vizinho/amigo 43 28 Rua/abrigo 18 49 2-Desejo consciente de aquisição 14 14 3-Solidão 9 - 4-Substituição de falecido 9 - 5-Desejo da família 7 9 Origem (%) Experiências anteriores • Durante a infância: – Predominantemente agradáveis - 72% – Boas e más - 14% – Predominantemente desagradáveis – 0% • Sem experiência na infância – 14% Sexo: Raça: Macho 59 54 Fêmea 41 46 Mestiços 94 68 Raça 6 32 Idade Menor 2 anos 20 50 3 a 5 anos 20 20 6 a 9 anos 13 27 10 anos ou mais 45 3 Não especificaram 2 - Desvantagens de ser dono de um animal Gato Outro animal Custos 10 26 Perda liberdade 23 51 Sujeira em casa 18 41 Transmissão de doenças 9 29 Problemas c/ vizinhos 16 39 Dificuldades com conjugue 8 23 Problemas em caso de doença do proprietário 12 35 Casa desarrumada 14 49 E nas férias Viaja junto 3 Um amigo vem cuidar do gato 39 Deixo na casa de amigos 28 Hotel para animais 3 Nunca saiu de férias 27 Características positivas • Independência, individualismo • Natureza afetuosa, amorosa e sensual • Espírito brincalhão • Atraentes • Elegância na aparência e movimentação Características positivas • Efeito calmante e sensação de segurança • Verdadeiros • Rapidez e segurança nas respostas e reações • Facilidade de manutenção • Hábitos higiênicos • Inteligência, esperteza e receptividade Comportamento ¨Conjunto de ações que os organismos exercem sobre o seu meio exterior para modificar as condições ou para modificar a sua própria situação em benefício próprio¨. (PIAGET) Comportamento Indivíduo Meio Comportamento Outros autores trabalham com a noção de estratégia. Nas fases preliminares, o animal analisa as condições do meio e as suas modificações, assim como as possíveis respostas. Conforme a sua experiência passada , ele decide uma estratégia e a coloca em prática: é a sua resposta comportamental. Situação Análise Condições do meio Modificações do meio Respostas possíveis Experiências passadas Comportamento Mecanismos neurofisiológicos Mecanismos endócrinos Regras sociais Adaptação biológica Manutenção da vidaInstinto x Aprendizado Instinto • Controla respostas inatas a estímulos específicos • Resultam de fatores genéticos • São moduladas pelo meio Aprendizado • Maioria dos comportamentos • Adquiridos ao longo da vida • Processo cognitivo • Experiência Aprendizado Processo cognitivo que permite ao animal, a partir da sua experiência passada: 1. Assenhorar-se da organização do seu meio 2. Assimilar as conseqüências de suas próprias ações comportamentais (memória) Processo central de análise Comportamento ligados à noção de permanência do objeto • O gato é capaz de encontrar um objeto escondido pelo pesquisador • O jovem gato é capaz de recolher informações e de as reorganizar para chegar a um conhecimento do real e da sua estrutura Comportamentos redirecionados Vacinação Médico Veterinário Proprietário Dor Comportamento agressivo Comportamentos ¨supersticiosos¨ recompensa recompensa recompensa recompensa Comportamento B Comportamento A Comportamento C Comportamento D Comportamento E Ontogênese do comportamento Aprendizado Mãe Socialização Aprendizado Condicionamento Clássico (Pavlov, 1827) Alimento Salivação Som + Alimento Salivação Som Salivação Tentativa e Erro (Thorndike) Abertura de gaiola Variação do mecanismo de abertura Rapidez na abertura Aprendizado instrumental ou operante (Skinner) Rato alavanca + luz apagada nada Rato alavanca + luz acesa ração Aprendizado instrumental ou operante (Skinner) • Estímulo: mudança no ambiente que origina uma atividade nervosa e conseqüente resposta comportamental. • Extinção: desaparecimento de um comportamento que não é mais reforçado. Aprendizado instrumental ou operante (Skinner) • Reforço: é todo o elemento capaz de estimular o animal a repetir o comportamento: – Positivo – permite obter um objeto de natureza agradável – Negativo – quando a resposta do animal permite evitar uma situação desagradável Generalização • Gato + Lata de comida úmida Salivação • Gato + Lata de sardinhas Salivação • Gato + Lata de ervilhas Salivação Outras formas de aprendizado Por imitação: o gato reproduz o comportamento de outro gato, após presenciar o mesmo realizando-o Outras formas de aprendizado Vicariante: o gato testemunha outro gato resolvendo um problema complicado sem ter acesso ao mecanismo. Quando colocado na situação do gato anterior ele consegue resolver o problema mais rapidamente Papel da Mãe Impressão maternal (¨imprinting¨) : 1. Só ocorre durante um período crítico (10o e 21o dia). 2. Há preferência por espécie. 3. Influencia o comportamento filial, mas também todos os comportamentos do adulto. Papel da Mãe Impressão maternal: 4. Os efeitos são irreversíveis. 5. Permite a aquisição de caracteres gerais da espécie a que pertence o filhote. Socialização Aquisição expressões corporais, vocais, posturas e comportamentos que irão permitir a comunicação com os membros da sua própria espécie. (2-3a semana até 7-9a semana) Socialização (2-3a semana até 7-9a semana) •Adaptação a espécies diferentes, durante a qual cada uma decodifica os sinais da outra ao mesmo tempo que modula os próprios. Socialização • Aprende a discernir o que são: 1. Presas 2. Espécies perigosas 3. Espécies amigas Socialização • Ligação com o ser humano. • Habituação e a homeostasia sensorial. • Os resultados da socialização não são irreversíveis. Emoções “Estados psicofisiológicos provocados por uma modificação do ambiente, e que resultam em alterações de ordem fisiológica e comportamental.” (CHAURAND, 1993) Emoções “ impulso, energia ou estímulo para agir (do latim emotio, e - fora + movere – mover) ou um estado de motivação , despertar ou tendência à ação, como o medo, raiva ou alegria, acompanhados por certas atividades fisiológicas e comportamentais”. (FRANK; DEHASSE, 2003) Emoções Medo Satisfação Excitação Ansiedade Cólera ? Emoções x Hierarquia • Dominante – expressa as suas emoções sem grande alarde • Submisso – precisa de grande aparato para expressar as suas emoções Comportamento de 0 a 6 meses • Recém-nascido: – Olfato (+gradiente de calor) - reconhecimento da mãe e da teta preferida – Paladar (30oC) - salgado, doce e amargo Comportamento de 0 a 6 meses – Toque – propriedades calmantes. • < 3 semanas – tenta mamar em qualquer gata • > 3 semanas – apenas mama em gatas lactantes • Superfícies frias – acordado • Superfícies quentes - adormecido 7 a 15 dias • Abertura dos olhos e ouvidos • 3 a 4 dias depois – noção de profundidade •Desde os 5 dias os filhotes respondem aos sons, mas apenas aos 14 dias ele é capaz de se orientar por um som. 7 a 15 dias Desde os 5 dias os filhotes respondem aos sons, mas apenas aos 14 dias ele é capaz de se orientar por um som. Com 1 mês a audição é similar à de um adulto. Desenvolvimento muscular 1a fase Musculatura abdominal dominante (balançar conduzido pela cabeça). Massagem na teta (sapatear). Desenvolvimento muscular 2a fase Musculatura abdominal continua dominante mas os membros começam a ser utilizados para suporte e equilíbrio. Desenvolvimento muscular 3a fase Membros independentes do corpo. A marcha coordenada começa +/- 17 dias Reflexos De enterramento: do nascimento até o 16o dia. Reflexos Auriculonasocefálico – ao nascer. O filhote vira a cabeça quando se toca atrás da nuca (ipsilateral). Reflexos De Galant: -ao nascer. O filhote vira a cabeça e curva o tronco para o lado do flanco que for tocado. Reflexos • De sucção – até a 4a semana. • De raspar – do 2o dia ao final da 4a semana. • Palpebral – desde o 3o dia, completo a partir do 9o dia. O filhote faz o movimento de raspagem com os membros traseiros quando se esfrega a parede torácica ou o pescoço. Reflexos • Posicionamento tátil – desde o 5o dia, e superado pelo de posicionamento visual a partir do primeiro mês. • Imobilização – desde o 6o dia. Reflexos • Pupilar – 24 horas após a abertura dos olhos. • Posicionamento visual – 22o ao 28o dia. O atraso, o exagero, permanência ou ausência destes reflexos são um sinal de problema neurológico. Brincar Barriga para cima: – Decúbito dorsal, prende com os membros anteriores e pedala com os posteriores, boca aberta como para morder. – Aparece aos 21-23 dias. – É específica do jogo social. Brincar Ficar por cima: – Um dos gatinhos fica de pé sobre um outro de barriga para cima. Estando os corpos orientados na mesma direção tentam se morder e unhar. – Aparece aos 21-23 dias. – É específica do jogo social. Brincar Passo ao lado: – Um dos gatinhos se apresenta lateralmente, ligeiramente arqueado, com a cauda elevada, se dirigindo ao outro lateralmente ou fica andando em volta do outro. - Aparece aos 32 dias. No adulto é usado na comunicação à distância. Brincar Escaramuça: – Um dos gatinhos se apresenta deitado com o ventre colado no chão e os membros posteriores dobrados sob o mesmo, a cauda levantada ou abaixada, rasteja e recua com as patas traseiras, desferindo ataques de surpresa. Brincar Em guarda: – Um dos gatinhos fica em posição bípede, pronto para atacar. – Presente a partir dos 35 dias, porém só completamente utilizada depois dos 3 meses Brincar Caça: – Um conjunto de perseguições e saltos. A brincadeira termina quando o perseguidor interrompe a perseguição. – Aparece entre os 38 e 41 dias. Brincar Afrontamento: – Os gatinhos se encaram,aproximam as suas cabeças, e simultaneamente desferem patadas contra o focinho do oponente. Segue-se uma séries de ataques e fugas. Brincar • O jogo do “rato”: –Pequenos saltos sucessivos sobre um pequeno objeto móvel, com retenção e impulsão, do mesmo, com as patas dianteiras. Brincar • O jogo do pássaro: Consiste em interceptar pequenos objetos que estejam no ar e os prender com a boca. Brincar • O jogo do coelho: Evolução do jogo do pássaro Consiste em caçar e prender o objeto de encontro ao chão mordendo . Brincar • Jogo alucinatório: –O gatinho parece estar brincando com objetos imaginários, podendo envolver todas as brincadeiras anteriores. A visão • Visão noturna – 6 x homem • Acuidade visual < homem • Acomodação < homem • Campo visual binocular 90o a 130o. • Campo visual panorâmico 200o a 280o. • Visão colorida: verde e azul • Velocidade de deslocamento e luminosidade O Toque • Coxins plantares • Pêlos • Vibrissas O Olfato • Macrósmico • 200x106 receptores • Orgão vomero-nasal (orgão de Jacobson) • Marcação (glândulas sebáceas dos coxins plantares, do mento, dos lábios e do dorso da cauda, fezes e borrifo) . O Paladar • Aminoácidos • Preferências individuais A Audição • 20 Hz a 60 kHz. • Homem - 20 Hz a 20 kHz • Cão – 20 Hz a 40 Hz • Os camundongos se comunicam na faixa dos 20 kHz A comunicação sonora • 16 vocalises, no adulto. • 9 vocalises, no filhote, • Múrmurios – boca fechada. • Vogais – boca aberta, fechando progressivamente. • Gritos – boca aberta. Vocalises • Grito de estresse do filhote – 1,3 kHz • Pedido de comida – 1,0 kHz • Dor – 1,0 kHz • A ameaça – 0,8 kHz • Chamado pela mãe -1,3 kHz Vocalises • Excitação – séries de vocalises com pequeno intervalo entre os vocalises. • Estresse – vocalises curtas com grandes intervalos entre eles. Múrmurios • O ronronar (‘hrnhrnhrnhrn.....) • O pedido ou recepção (‘mhrn ou mhrn’hr’hr....hrn) • O chamado (‘: mhrn) • A confirmação, adesão (‘mhrn) As vogais • O pedido (‘mhrn-a :ou) • A súplica (‘mhrn-a:ou:) • O espanto (‘maou:) • A queixa (mhn j a:ou) • As vocalises de cópula (mhrn a-:ou) • Gemidos de protesto (wa :ou) Gritos • O rosnar (grr...) • O rugido (‘ae:o) • O grito de cópula (‘O/-O/:e) • A repulsa (‘aez’aez’ae) • O sibilar/cuspir (fft!) • O sofrimento (ae!), (E!), (i!) Linguagem corporal amigável neutro cólera ofensivo defensivo cio irritado concentrado Linguagem corporal neutro ofensivo defensivo defensivo-ofensivo S O N O Posturas amigáveis Aproximação amigável O gato se aproxima de frente a cauda erguida verticalmente ou ligeiramente curvada na extremidade. Entre gatos, segue-se um contato ou uma brincadeira. Posturas amigáveis • Entre gatos confiantes e que se conhecem pouco, esta aproximação é mais lenta, sendo que o contato é estabelecido primeiro pelas vibrissas, focinho contra focinho, depois cada gato examina com as vibrissas toda a linha dorsal do outro até a região ano- genital. É o gesto que o homem repete quando passa a mão desde a cabeça até à cauda de um gato. • O esfregar da cabeça é um sinal de familiaridade, enquanto que o esfregar do tronco pode ser realizado com aqueles com quem o gato não tem muita intimidade. Posturas amigáveis O convite Prolonga a aproximação amigável ou é realizada independentemente. O gato se deita de lado, com a cabeça erguida, olhado para o dono ou o outro gato. É um convite para brincar ou um pedido de carícias. Posturas amigáveis O convite Pode adotar o decúbito dorsal com as patas dianteiras ligeiramente flexionadas sobre o tórax Posturas de ameaça Ameaça defensiva O gato se apresenta lateralmente , o dorso arqueado, com pilo-ereção, a cauda em escova. Posturas de ameaça Ameaça defensiva Geralmente acompanhado de sibilos possantes e cuspidas, boca aberta e orelhas baixadas lateralmente. Posturas de ameaça Ameaça ofensiva próxima O corpo fica em posição de repouso, e somente os sinais faciais mostram a ameaça. Posturas de ameaça Geralmente os gatos estão sentados, face a face, a cabeça inclinada ligeiramente, as pupilas estão em miose, as orelhas “coladas” lateralmente, e os bigodes virados para o opositor. Posturas de ameaça Ameaça ofensiva próxima Depois levantam muito lentamente a pata em direção à nuca do opositor. Quando ocorre o contato, começa a briga. Postura de defesa extrema Deitado sobre o flanco, inicialmente e depois sobre o dorso, sibilando, com todas as garras e presas para fora Ataque O gato tocado pelo membro anterior do oponente, rola com todas as garras expostas, abraçado por seu adversário. Os gatos atingem o ventre do opositor com as patas traseiras e com as dianteiras tentam segurar a nuca do mesmo. Organização social • As noções de dominância são perfeitamente efêmeras, sem nenhum sentido a não ser no instante. Geralmente o que vale é a política do primeiro a chegar é que se serve primeiro, salvo na esfera reprodutiva. • As áreas de repouso, de alimentação, de eliminação e de brincadeira, nos gatos de apartamento estão intimamente ligadas. A falta de espaço pode ser a origem de problemas quando se tem mais de um gato em casa. Geralmente eles dividem a mesma área de alimentação e eliminação sem problemas, porém o mesmo não se verifica para as áreas de repouso, que costumam ser bem específicas para cada indivíduo. Organização social • Animal social • A dominância em geral é pontual e efêmera. • Áreas de repouso, de alimentação, de eliminação e de brincadeira. Temperamento O sociável Privilegia todos os comportamentos de contato (lambedura recíproca, roçar, brincadeiras sociais), tendo a iniciativa. Anda na frente dos outros. Não é um gato agressor nem agredido. Temperamentos O desconfiado Sempre alerta, na defensiva, com pouco comportamento exploratório em território estranho, não interagindo espontaneamente com os seus congêneres. O equilibrado Temperamento intermediário, que tem respostas comportamentais equilibradas quando na presença de um gato social ou em situações novas, mas que não é um comunicador ativo. AGRESSIVIDADE contra HUMANOS Agressividade Qualquer comportamento ou conduta (seqüência de atos) que ameacem levar ou levem a um contato físico/psicológico nocivo ou a um prejuízo. (FRANK; DEHASSE, 2003) Agressividade • Os comportamentos agressivos entre indivíduos socializados são comportamentos agonísticos e são um meio de resolver problemas de comunicação relacionados com partilhar de recursos ou segurança. Agressividade Entre indivíduos socializados são comportamentos agonísticos e um meio de resolver problemas de comunicação relacionados com o partilhar de recursos ou a segurança. Desenvolvimento Desenvolvimento da agressividade contra humanos tem relação com dois aspectos do desenvolvimento dos filhotes: Socialização – quanto mais precocemente for manipulado o filhote melhor. Infelizmente mais ou menos 15% dos filhotes são resistentes à socialização (hereditariedade particularmente para temperamentos excitáveis e hiper-ativos). O processo de socialização para com humanos precisa de manutenção (contatos positivos repetidos). Aprendizado da modulação das respostas (autocontrole) – pensa-se que a gata ensina aos filhotes o comportamento adequado, sendo que dois comportamentos específicos (corretivos) parecem ter influência no processo de ensinar aos gatinhos autocontrole: 1. As batidas no focinho 2. O bater e arranhar a barriga do filhote com os membrospélvicos Desenvolvimento • Socialização • Aprendizado da modulação das respostas (auto-controle): – As batidas no focinho – O bater e arranhar a barriga do filhote com os membros pélvicos – hereditariedade Atividade diária SONO CAÇA TOALETE OUTROS Porque escolhemos os felinos como animais de estimação? Por que dão vontade de agarrar Por que são curiosos Por que são espirituosos Por que são limpinhos Por que são inteligentes Por que são graciosos Por que fazem coisas que até Deus duvida Por que são independentes Por que são brincalhões Por que são sinceros Por que sabem curtir a vida EMOÇÕES PERSAS Linguagem corporal neutro ofensivo defensivo defensivo-ofensivo OBRIGADA
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