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METODOLOGIA CIENTÍFICA ÍNDICE 1. ATIVIDADES ACADÊMICAS .............................................................................................4 O que são atividades acadêmicas? ..............................................................................................................................4 Exemplos de atividades acadêmicas ..........................................................................................................................4 2. COMUNICAÇÃO, PUBLICAÇÃO E FONTES CIENTÍFICAS ..........................................6 Comunicação científica .....................................................................................................................................................6 Artigo científico .....................................................................................................................................................................6 Resenha crítica .....................................................................................................................................................................6 Onde achar fontes de pesquisa? ....................................................................................................................................7 3. PROJETO DE PESQUISA I - NOÇÕES, ESTRUTURA E PILOTO ..................................8 Noções essenciais ...............................................................................................................................................................8 Revisão e anteprojeto ........................................................................................................................................................8 Projeto de pesquisa ............................................................................................................................................................8 Pesquisa piloto ou pré-teste ...........................................................................................................................................9 4. PROJETO DE PESQUISA II - APRESENTAÇÃO ..........................................................10 5. PROJETO DE PESQUISA III - OBJETO .........................................................................11 Tema ......................................................................................................................................................................................... 11 Delimitação do objeto ....................................................................................................................................................... 11 Problema................................................................................................................................................................................. 11 Hipótese de solução ..........................................................................................................................................................12 6. PROJETO DE PESQUISA IV - OBJETIVOS E JUSTIFICATIVA .................................13 Objetivos ................................................................................................................................................................................ 13 Justificativa .......................................................................................................................................................................... 13 7. PROJETO DE PESQUISA V - METODOLOGIA ..............................................................14 Marco teórico ....................................................................................................................................................................... 14 Os métodos .......................................................................................................................................................................... 14 Definição dos termos e indicadores ........................................................................................................................... 14 Delimitação do universo .................................................................................................................................................. 14 8. PROJETO DE PESQUISA VI - CRONOGRAMA, ORÇAMENTO E REFERÊNCIAS ...15 Cronograma ......................................................................................................................................................................... 15 Orçamento ............................................................................................................................................................................ 15 Referências ........................................................................................................................................................................... 15 9. ABNT - CITAÇÕES ...........................................................................................................16 Citação direta curta ........................................................................................................................................................... 16 Citação direta longa .......................................................................................................................................................... 16 Citação indireta ....................................................................................................................................................................17 Citação da citação .............................................................................................................................................................17 Outras informações ........................................................................................................................................................... 18 10. ABNT - SISTEMAS DE CHAMADA .............................................................................. 19 Sistema autor-data ........................................................................................................................................................... 19 Sistema numérico ............................................................................................................................................................. 20 Outras considerações ..................................................................................................................................................... 20 11. ABNT REFERÊNCIAS - LIVROS, CAPÍTULOS E TRABALHOS ACADÊMICOS ......21 Livros ........................................................................................................................................................................................21 Elementos Complementares ........................................................................................................................................22 Capítulo de livro ..................................................................................................................................................................23 Teses de doutorado, dissertação de mestrado, TCC e outros ........................................................................23 12. ABNT REFERÊNCIAS - PERIÓDICOS E EVENTOS .................................................. 24 Periódicos ..............................................................................................................................................................................24 Eventos ...................................................................................................................................................................................26 13. ABNT REFERÊNCIAS - LEGISLAÇÃO E JURISPRUDÊNCIA ................................. 28 Referência legislativa .......................................................................................................................................................28 Jurisprudência: acórdãos, decisões e sentenças de cortes ou tribunais .................................................29 14. TCC - ESTRUTURA E APRESENTAÇÃO ....................................................................31 Parte Externa: Capa ...........................................................................................................................................................31 Parte Interna .........................................................................................................................................................................31 Introdução, desenvolvimento e conclusão .............................................................................................................32 www.trilhante.com.br 4 1. Atividades Acadêmicas O que são atividades acadêmicas? Aqui a palavra “academia” será utilizada como um sinônimo de ensino superior, ou seja, de universidade. As atividades acadêmicas são as que estão relacionadas com o desenvolvimento acadêmico e pedagógico do aluno, estimulando os estudos, a autonomia intelectual, a preparação e o aperfeiçoamento profissional. Exemplos clássicos são a leitura, o seminário e a iniciação científica, que vamos explorar mais a frente. De modo geral, as atividades acadêmicas estão relacionadas ao tripé que sustenta a universidade: ensino, pesquisa e extensão. Imagem 1 Vejamos o significado de cada pilar separadamente: • Ensino: corresponde à transmissão de conhecimento e de técnicas práticas de determinada área. Costuma ser de um docente a seus alunos, visando também à criação de novos docentes, além do ponto central de disseminar o conhecimento; • Pesquisa: criação e desenvolvimento de novos conceitos, processos e tecnologias a partir das bases construídas pelo ensino. Projetos de pesquisa visam inovações de conhecimento e normal- mente se ligam à pós-graduação; • Extensão: aplicação do conhecimento adquirido pelo ensino e pela pesquisa à comunidade em que se insere a academia. Os projetos de extensão visam à melhoria da sociedade e fornecem rica experiência aos participantes. Exemplos de atividades acadêmicas LEITURA A leitura pode ser realizada a partir de diferentes técnicas, de acordo com a necessidade de aprofundamento de cada matéria. A escolha da técnica adequada permite a otimização do tempo de estudo. Algumas delas são: • Leitura por scanning; é aquela feita por tópicos, por meio do sumário e de palavras-chave; fre- quentemente utilizada para explanar o pensamento de determinado autor sobre um tema específico • Leitura por skimming: realizada para extrair a essência da obra, para explanar o pensamento do autor como um todo, sem se atentar para detalhes; • Leitura de estudo: tem o objetivo de absorver completamente o conteúdo e compreender verda- deiramente seu significado; • Leitura crítica: visa à formação de um ponto de vista sobre o texto, comparando com outros dados, analisando metodologia, argumentação e atualização. www.trilhante.com.br 5 SEMINÁRIO Técnica de estudo que inclui pesquisa, discussão e debate em grupo. Realizada com especialização em diferentes temas de conhecimento, em busca de novas ideias e trocas de experiências acadêmicas. Tem por objetivos: • Ensinar pesquisando • Revelar tendências e aptidões para pesquisa • Dominar uma metodologia científica • Ensinar metodologias de pesquisa • Avançar o debate científico • Expor resultados • Ensinar a trabalhar em grupo e a desenvolver o sentido de comunidade intelectual entre os partici- pantes INICIAÇÃO CIENTÍFICA É uma modalidade de pesquisa acadêmica desenvolvida por alunos de graduação, com pouca ou nenhuma experiência científica. Pode ser utilizada como base teórica para o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). O desenvolvimento deste trabalho é acompanhado por um professor orientador e pode ser financiado por alguma agência de fomento, como por exemplo, CNPQ, FAPESP, FAPERJ, FAPEMIG, entre outras. www.trilhante.com.br 6 2. Comunicação, Publicação e Fontes Científicas Comunicação científica A comunicação científica consiste em informar os resultados de uma pesquisa original e inédita por apresentações em eventos como congressos, simpósios seminários, semanas de eventos, reuniões, encontros, jornadas, palestras, conferências, etc. O objetivo final é informar a outras pessoas os frutos dessa pesquisa, contribuindo no progresso científico e servindo como fonte para outras pesquisas. Afinal, ninguém faz uma pesquisa para escondê-la ou deixar trancada em uma gaveta - o seu propósito é ter publicidade. Geralmente é feita de forma oral (embora deva ser previamente escrita) e deve ser limitada em sua extensão. Por esse motivo, deve ter precisão e fundamentação. Sua estrutura pode ser dividida em: • Introdução: formulação simples do tema e apresentação de objetivos, justificativa e metodologia; • Desenvolvimento: texto ou corpo do trabalho. Fundamentação lógica com exposição dos argu- mentos de forma detalhada; • Conclusão: síntese completa dos resultados ou resumo das principais informações ou argumen- tos apresentados. Artigo científico Os artigos científicos são estudos científicos pequenos (entre 20 e 30 laudas), que tratam sobre um assunto específico com profundidade e servem como fonte de pesquisa. São uma forma de comunicação científica mais formal. Costumam ser publicados em revistas, periódicos ou livros especializados e indexados em bases de dados. Permitem ao leitor repetir a experiência intelectual que o autor presenciou, por meio da descrição detalhada da metodologia empregada. Devem conter obrigatoriamente autoria, apoiadores, introdução, desenvolvimento, conclusão, referências e apêndice (se for o caso). Resenha crítica A resenha crítica é um texto acadêmico e jornalístico (feito por um especialista) que consiste em resumo e crítica da obra ou de um conceito de valor de determinado livro, a partir de sua leitura. O objetivo é informar o leitor de maneira objetiva sobre o assunto tratado no livro, inclusive sobre novas abordagens, conhecimentos, teorias, falhas e méritos da obra. É útil para economizar tempo do pesquisador, já que ele não terá que ler toda a obra para descobrir seus pontos de interesse, uma vez que a resenha já gera uma noção sobre os rumos do texto, fontes, métodos, assunto, pertinência, etc. www.trilhante.com.br 7 Onde achar fontes de pesquisa? Internet é fundamental. Google e Wikipédia são ferramentas válidas para uma primeira busca, mais ampla e genérica; para dar ao pesquisador uma ideia geral sobre o que é abrangido pelo tema. Contudo, sempre lembrando que sua utilização deve ser de maneira cuidadosa e responsável, sem basear o que será escrito na pesquisa apenas sobre o que for obtido em tais buscas. Em um segundo momento, é interessante utilizar referências de obras consultadas e revistas e livros especializados no tema de análise. Nesta fase, obtém-se maior aprofundamento sobre o tema e é possível começar a elaborar o corpo da pesquisa com embasamento. Outro instrumento importante são os buscadores de artigos, tais como, Web of Science, Google acadêmico, Spell, Scielo, BDTD (Biblioteca Digital, Brasileira de Teses e Dissertações), Redalyc, Highbeam Research, Portal da CAPES (http;//www.periodicos.capes.gov.br). Os artigos científicos poderão fornecer dados mais específicos sobre o objeto de estudo, guiando a pesquisa para o seu propósito. www.trilhante.com.br 8 3. Projeto de Pesquisa I - Noções, Estrutura e Piloto O projeto de pesquisa é requisito para iniciar uma pesquisa mais extensa, como o trabalho de conclusão de curso, a iniciação científica, a pós-graduação, e a submissão de um trabalho para uma agência de fomento. Uma boa pesquisa precisa de um bom projeto de pesquisa. Para isso, iremos seguir os seguintes passos: Ideia ---> Revisão ---> Anteprojeto ---> Projeto ---> Piloto ---> Pesquisa Noções essenciais A pesquisa vem da curiosidade despertada em um pesquisador frente algum tema,sendo importante, então, organizar as suas condições de elaboração. Sendo assim, para começar a elaborar o projeto de pesquisa, é interessante responder algumas perguntas: • Quem vai pesquisar? Apenas eu ou uma equipe? • O que será pesquisado? Ou seja, qual é o objeto? • Para que e por que pesquisar? Quais os objetivos? • Como, onde, quanto e com o quê pesquisar? • Quando pesquisar? Quanto tempo vai demorar? • Quanto vai custar? Revisão e anteprojeto Após responder às perguntas iniciais, é necessário fazer um estudo preliminar, a fim de determinar até onde essa matéria já avançou. Precisamos entender o que já foi escrito sobre o tema, para não fazer pesquisa repetida ou explorar um tema sob uma perspectiva que já foi abordada diversas vezes. Para isso iremos realizar uma revisão bibliográfica, que consiste em revisitar estudos anteriores para compreender o que já foi escrito sobre o assunto. A partir dai, começa-se a fazer um anteprojeto, isto é, um esboço de quais tópicos são importantes para construir um todo coerente e profundo sobre o tema escolhido. Projeto de pesquisa As perguntas iniciais estão conectadas diretamente aos elementos essenciais da sua pesquisa e irão auxiliar a confecção do seu projeto. Vejamos: • Apresentação: quem vai pesquisar? • Objeto: o que pesquisar? • Objetivos: para que pesquisar? • Justificativa: por que pesquisar? www.trilhante.com.br 9 • Metodologia: como, onde, quanto e com o que pesquisar? • Cronograma: quando pesquisar? • Orçamento: quanto vai custar? Pesquisa piloto ou pré-teste Especialmente para pesquisas empíricas é importante fazer um pré-teste ou projeto piloto para testar o instrumento de coleta de dados, revelando as dificuldades fáticas que se apresentarão na execução da pesquisa. Dessa forma, será possível avaliar qual a metodologia adequada para se utilizar na persecução dos objetivos propostos e reformulá-la segundo as dificuldades identificadas. www.trilhante.com.br 10 4. Projeto de Pesquisa II - Apresentação O projeto definitivo será mais detalhado, com precisão metodológica. Quanto mais bem elaborado ele for, menos suscetível a erros será a execução da pesquisa, tornando-a mais fácil e sólida. O primeiro elemento essencial da pesquisa é a apresentação, que será composta pela capa, relação de pessoal técnico (para pesquisas em equipe), Vejamos as principais informações que devem constar na capa: • Autor/coordenador • Local (cidade sede da entidade) e data (ano de apresentação) • Título (e subtítulo, se houver) - emana dos objetivos • Entidade (instituição, organização, empresa etc.) O título deve estar relacionado aos seus objetivos e não apenas simplesmente ao seu tema. Isto é, o título deve ser bastante específico. Para pesquisas realizadas em equipe é necessário informar a relação de pessoal técnico, nos seguintes termos: • Entidade (nome, endereço contato) • Coordenador(es) (nome, endereço, contato) • Pessoal técnico (cargo, endereço, contato) A seguir, vamos conferir um exemplo de capa: FACULDADE DE DIREITO DE SÃO PAULO O princípio da proporcionalidade no pensamento de Robert Alexy Marcelo Bidoia dos Santos São Paulo 2019 www.trilhante.com.br 11 5. Projeto de Pesquisa III - Objeto O objeto é aquilo que será pesquisado e deverá atender a quatro quesitos: tema, delimitação do objeto, problema e hipótese de solução. Tema O tema pode ser sugerido pelo orientador ou por alguma entidade, ser encomendado, surgir da curiosidade do pesquisador ou ser decorrente de algum dificuldade identificada em outra pesquisa. Em uma primeira fase, o tema deve ser amplo, tendo precisão apenas quanto ao assunto geral que será pesquisado. Delimitação do objeto Em um trabalho científico é preferível o aprofundamento à extensão. Por isso, é necessário delimitar o tema a partir do tempo, do espaço, de um instituto ou pensamento de autor ou corrente de pensamento específica. Vejamos alguns exemplos: • Fundamentos da prisão preventiva na cidade de Limeira entre 2010 e 2018; • O preço do dano moral por erro médico no Tribunal de Justiça do Piauí após 2002; • Direito previdenciário comparado: pensão por morte entre Brasil e Itália; • Pricípio constitucional da igualdade à luz de John Rawls; • Acidente de trabalho dos garis: as causas mais comuns no TRT-2 entre 2005 e 2010. Problema O problema é a questão que se pretende resolver, devendo ser passível de um tratamento científico. Ou seja, devendo ser investigável de forma controlada e crítica. É recomendável formular uma pergunta-problema, transformando-o num questionamento. Vejamos as perguntas que decorrem dos exemplos citados: • Qual o valor médio indenizado em decorrência de erro medico no Estado do Piauí desde a vigência do novo Código Civil? • Quais são as principais semelhanças e diferença no instituto da pensão por morte no Brasil e na Itália? • Quais foram as principais causas para condenação do empregador em reclamações trabalhistas por acidente de trabalho de garis julgadas no TRT-2 entre 2005 e 2010. www.trilhante.com.br 12 Hipótese de solução A hipótese é uma resposta supostamente provável, sempre provisória e que poderá ou não ser confirmada ao final da pesquisa. As hipóteses dos nossos exemplos seriam: • O valor do dano moral é de R$ 10.000,00. • A falta de equipamento de proteção individual (EPI) e falta de treinamento É possível que ao final da pesquisa seja comprovado que a hipótese inicial estava equivocada e não há problema algum nisso. O único comportamento que não poderá ser admitido é a omissão ou distorção de informações para que o resultado da pesquisa seja artificialmente compatível com a hipótese de solução. www.trilhante.com.br 13 6. Projeto de Pesquisa IV - Objetivos e Justificativa Objetivos Os objetivos são metas que se pretende atingir ao final da pesquisa, respondendo à pergunta problema. Eles podem ser divididos em duas categorias: geral (visão global e abrangente do tema, ligado diretamente ao tema explorado) e específico (pequenos objetivos que contribuem para a concretização do objetivo geral). Vejamos o exemplo do tema “Acidente de trabalho dos garis: as causas mais comuns no TRT-2 entre 2005 e 2010”. • Objetivo geral: Determinar percentualmente as três principais causas relacionadas a acidente de trabalho da categoria profissional de gari ocorridas na área geográfica sob jurisdição do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2), através da análise de seus julgados ocorridos entre 2005 e 2010. • Objetivos específicos: • Determinar o número absoluto ou aproximado do total de julgados existentes relacionados a acidente de trabalho da categoria profissional de gari; • Categorizar as distintas causas de acidente de trabalho de gari julgadas com condenação do empregador e trânsito em julgado; • Elencar, dentre as causas identificadas, as três que possuam maior ocorrência. Justificativa A justificativa é o motivo pelo qual aquela pesquisa deve ser realizada. Por que ela é importante? A resposta a essa pergunta contribui diretamente para a aceitação da pesquisa por entidades de financiamento. Deve conter os motivos de ordem teórica e prática, demonstrando como a pesquisa contribui para o progresso da sociedade, da ciência, para solucionar problemas, confirmar ou negar teorias ou mudar a realidade sobre o tema. A justificativa para o nosso exemplo poderia ser a seguinte: Limpeza e conservação do espaço público são indispensáveis à saúde coletiva e a dignidade humana, sobretudo em um país que produz 200 toneladas de lixo diariamente. Para ajudar nessa missão, o profissional gari tornou-se essencial no Brasil. Mas essa profissão suporta diversos riscos, como insalubridade e acidente de trabalho, expondo os garis à perigo e encarecendo o serviço à medida em que esses riscos se concretizam. Assim, identificar os fatores que mais causam acidentes de trabalho entre os garis é fundamental para diminuir os riscos humanos e financeiros. Para realização da pesquisa,o TRT-2 fornece bom lugar de coleta de material, já que sua jurisdição (Grande São Paulo e região) abrange uma das maiores áreas de concentração populacional – e portanto, de produção de lixo – do país, necessitando de grande número de garis. www.trilhante.com.br 14 7. Projeto de Pesquisa V - Metodologia A metodologia é o caminho que deverá ser traçado para se atingir o objetivo da pesquisa e responder à pergunta do problema, responder como, onde, quanto e com o que pesquisar. A partir da revisão bibliográfica, embasamento teórico, necessário escolher os métodos em sentido estrito, definição dos termos e indicadores utilizados, delimitação do universo. Marco teórico Marco ou referencial teórico é o conjunto de ideias ou teorias que guiarão a pesquisa e sua interpretação. Pode ser o pensamento de um autor ou uma teoria ou uma corrente de pensamento. Recomenda-se apoiar-se no trabalho do autor como um todo e não apenas uma obra. Lembrando que outros autores podem ser adotados, desde que dialoguem com seu marco teórico. A conclusão do trabalho deve estar alinhada com o viés teórico. Os métodos O método ou metodologia em sentido amplo será dividido em três aspectos: 1. Técnicas de pesquisa (geralmente voltadas para coleta de dados) 2. Método de procedimento (relacionado a análise dos dados) 3. Método de abordagem (ligado ao modo de conclusão da pesquisa) Um exemplo seria a técnica de pesquisa por meio de questionário, o método do procedimento estatístico e por comparação e o método de abordagem por indução. Definição dos termos e indicadores Também é preciso definir os termos essenciais para o desenvolvimento do trabalho. Por exemplo, ao investigar a relação entre nível de escolaridade, pobreza e criminalidade a partir do perfil dos detentos, deve-se definir primeiramente o que será entendido por detento, quais são e como se medem os níveis de escolaridade, o que se entende por pobreza e quais os crimes a investigar. Delimitação do universo O universo sobre o qual a pesquisa irá se debruçar deve ser definido de forma geográfica, temporal, gênero, natureza do ato investigado, entre outros. www.trilhante.com.br 15 8. Projeto de Pesquisa VI - Cronograma, Orçamento e Referências O cronograma vai responder a pergunta “por quanto tempo eu vou pesquisar?” e o orçamento “quanto irá custar para realizar essa pesquisa”. Cronograma O cronograma é comumente exigido por agências financiadoras, para apresentação do Trabalho de Conclusão de Curso e tem a função de demonstrar a viabilidade do projeto de pesquisa. Para tornar a informação mais direta e clara, o cronograma pode ser apresentado em um quadro demonstrativo, da seguinte maneira: imagem 8 O cronograma divide a pesquisa em partes, ainda que algumas possam ser desenvolvidas simultaneamente, para a preparação e organização do projeto. Orçamento O orçamento é necessário para prever os gastos da pesquisa, se houver. O documento deve incluir o custo com mão de obra humana (como pagamento a título de serviço) e com material (caneta, papel, livros, placa de identificação de pesquisadores, custos com deslocamentos, licenças de softwares), entre outros. Pode ser apresentado da seguinte forma: imagem 9 Referências As referências são uma lista das obras que foram utilizadas na elaboração do projeto, desde biografias (livros, revistas, jornais, periódicos, teses, dissertações) até webgrafia (endereços pesquisados na internet) e também filmes, fotos, vídeos, imagens, tabelas, fontes legislativas, documentais, entre outros. www.trilhante.com.br 16 9. ABNT - Citações A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é um órgão que cria padrões para diversos tipos de normas de caráter técnico, incluindo técnico científico. Assim, para realizar uma boa pesquisa científica é necessário conhecer um pouco das normativas da ABNT. Vamos lá? As citações são informações retiradas de outras fontes e trazidas ao trabalho, usadas em todo trabalho científico mas especialmente importantes às pesquisas de Direito. Podem ser feitas de três modos, são eles: • Citação direta: reprodução rigorosa das palavras do autor • Citação indireta: paráfrase (isto é, reprodução geral das ideias do autor citado, mas com palavas próprias) que pode ser sobre um assunto específico ou uma obra/pensamento como um todo • Citação de citação: citação direta ou indireta de um texto em que não se teve acesso ao origi- nal (acompanha a expressão apud) Citação direta curta Neste tópico, serão exploradas as diferentes citações em mais detalhes. Se a citação ocupa até 3 linhas, ela deve vir entre aspas e dentro do mesmo parágrafo. Por exemplo: Conforme afirma Bobbio: “A democracia é idealmente o governo do poder invisível [...]” (2015, p. 29). Ou ainda: Deve-se observar que: “Normalmente, porém, as exigências de proporcionalidade, razoabilidade e proibição de excesso são definidas como princípios” (ÁVILA, 2014, p. 105) Quando o nome do autor for informado antes do texto a ser citado não é necessário colocá- lo entre parênteses. Algumas expressões que podem ser utilizadas para introduzir o nome do autor são “conforme afirma X”, “de acordo com Y”, “consoante o pensamento de Z”, “acompanhando W”. Citação direta longa Se a citação ocupar mais de 3 linhas, ela deve vir em parágrafo próprio, com recuo de 4 cm da margem esquerda. Deve ser transcrita em fonte menor do que a do texto principal, com espaçamento simples e sem aspas. www.trilhante.com.br 17 Confira-se o exemplo: A democracia pode ser tida como o governo do poder invisível. Nesse sentido, é a lição de Bobbio: Como ideal do governo invisível, a democracia sempre foi contraposta a qualquer forma de governo em que o sumo poder é exercitado de modo a ser subtraído na maior medida possível dos olhos dos súditos. O senhor que manda nos escravos ou o monarca de direito divino não têm obrigação alguma de revelar aos que estão a eles submetidos o segredo de suas decisões. (BOBBIO, 2015, p. 29) Citação indireta É a paráfrase de um assunto ou obra como um todo. Vejamos alguns exemplos: A terceira revolução industrial mudou os paradigmas da economia, cultura e política, criando uma sociedade em rede. (CASTELLS, 2016). Aqui não é necessário colocar o número da página, porque a referência é sobre a sua obra como um todo. Para Tartuce a Emenda Constitucional 66/2010 extinguiu a figura jurídica da separação judicial e extrajudicial, subsistindo apenas o divórcio (2014, p. 203). Ou, no mesmo caso, mas sem mencionar o autor: Existe quem entenda que a EC 66/2010 extinguiu a figura jurídica da separação judicial e extrajudicial, subsistindo apenas o divórcio (TARTUCE, 2014, p. 203). Citação da citação Quando é necessário citar uma obra a qual o pesquisador não deve acesso. Vejamos um exemplo em que o pesquisador leu na obra de Rudio um trecho da obra de Whitney e deseja citá-lo: Um ato completo do pensamento reflexivo compõe-se então das seguintes fases: (a) uma dificuldade sentida; (b) procura-se então compreender e definir essa dificuldade; (c) dá-se para a mesma uma solução provisória (WHITNEY apud RUDIO, 2014, p. 18) www.trilhante.com.br 18 Outras informações Se houver dois ou mais autores, deve-se escrever o sobrenome em caixa alta seguido de ponto e vírgula (;). Da seguinte maneira: • (SANTOS; FREITAS, 2016, p. 26) • (BARBOSA; SOUZA; ARAGÃO, 2010, p. 15) Para mais de três autores, o sobrenome do primeiro virá acompanhado da expressão latina et al. Vejamos: (BOBBIO et al., 2010, p. 100) Se a referência for a várias obras de diferentes autores, os sobrenomes são separados por ponto e vírgula, seguindo-se a ordem alfabética: Alguns civilistas brasileiros se filiam a essa corrente (GONÇALVEZ, 2014; MIRANDA, 1970, TARTUCE 2015; VENOSA, 2010). www.trilhante.com.br 19 10. ABNT - Sistemas de Chamada A chamada oferece as informações necessárias para que o leitor possa buscar a obra citada e encontrar exatamente a passagem ou a ideia que foi atribuída aoautor citado. Para isso, é possível escolher entre dois sistemas, são eles: autor-data e numérico. É obrigatório utilizar o mesmo sistema durante todo o trabalho, sendo vedada a mistura entre os dois. Sistema autor-data No sistema autor-data utilizamos como referência para a citação: • o sobrenome do autor; • a data da publicação; e • a indicação da página Não serão usadas as expressões latinas idem, ibidem, op. cit. e etc. Vejamos os exemplos: Segundo José Afonso da Silva: “.......” (2014, p. 50). Ou, no mesmo caso: “.....................” (SILVA, 2014, p. 50). Caso o trabalho utilize duas ou mais referências com autores de mesmo sobrenome, deve-se acrescentar as iniciais do prenome. Por exemplo, um trabalho usa obras dos autores fictícios José Afonso da Silva e Raimundo Silva. A referência do Raimundo Silva deve ser a seguinte: Os princípios possuem maior abertura (SILVA, R., 2008, p. 15). Se as abreviaturas de prenome (primeiro nome) dos autores também forem iguais, coloca-se por extenso. Vejamos o exemplo dos autores fictícios José Afonso da Silva e João da Silva: Segundo João da Silva: “.....” (2010, p. 86). “...........” (SILVA, José, 2014, p. 50). www.trilhante.com.br 20 Sistema numérico No sistema numérico indica-se a fonte consultada por meio de numeração consecutiva em algarismos arábicos. Esses números remetem à lista de referências que pode se localizar ao final da obra, ao final do capítulo ou no rodapé da página. A numeração pode ser feita de duas formas: ou colocando o número referente à nota entre parênteses, ou elevando o número, como se fosse um expoente. Vejamos os exemplos: Segundo Maria Garcia a desobediência civil é uma forma de garantir as prerrogativas da cidadania. (1) Ou: Conforme explica Maria Garcia: A desobediência civil pode-se conceituar como a forma particular de contraposição, ativa ou passiva, do cidadão à lei ou ato de autoridade, quando ofensivos à ordem constitucional ou aos direitos e garantias fundamentais, objetivando-se a proteção das prerrogativas inerentes à cidadania. ¹ Na nota de rodapé, no fim da obra ou do capítulo, deve ser colocado: ¹ GARCIA, Maria. Desobediência civil: direito fundamental. 2° ed. rev., atual e ampl. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2004, p. 317. Outras considerações Se utilizado sistema autor-data, não se utiliza nota de rodapé para referências. No entanto é possível utilizar notas informativas ou de explicação (no rodapé). Citações subsequentes da mesma obra podem ser referenciadas de forma abreviada, com ibidem (mesma obra), ou outras expressões latinas cabíveis. www.trilhante.com.br 21 11. ABNT Referências - Livros, Capítulos e Trabalhos Acadêmicos Há várias normas que estabelecem regras para as referências bibliográficas. No Brasil é usada a ABNT, em que as informações podem ser divididas em: • essenciais (indispensáveis à identificação do documento) ou • complementares (permitem melhor caracterização do documento). As referências vêm ao final de um capítulo ou de uma obra e estarão dispostas em ordem alfabética ou numérica (quando em nota de rodapé). Livros ELEMENTOS ESSENCIAIS Os elementos essenciais para a referência de livros são: • Autor(es) • Título • Edição • Local • Editora • Data de publicação Vejamos o seguinte exemplo: DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de Teoria Geral do Estado. 25ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2005. Se o autor da obra for uma entidade, a autoria virá com o próprio nome da entidade ou associação governamental ou não. (Exemplo: BRASIL; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS; IBCCRIM e etc.). O título pode vir em itálico ou negrito. A edição só é descrita a partir da 2ª acompanhada da abreviatura “Ed”. Se o local não puder ser identificado, abrevia-se por S.I. entre colchetes [S.I.]. www.trilhante.com.br 22 Se houver mais de uma editora, eles aparecem separados com dois pontos (exemplo - São Paulo: Cultrix: Edusp). Se houver mais de um local, eles também aparecem separados com dois pontos (exemplo - São Paulo: Edusp: Campinas: Papirus). Elementos Complementares Os elementos complementares para a referência de livros são: • Subtítulo • Tradutor • Organizador • Diretor • Ilustrador • Número de páginas • Dimensões • Coleção • Série • ISBN Vejamos o seguintes exemplos: SGRECCIA, Elio. Manual de Bioética. Fundamentos e ética biomédica I. Trad.: Orlando Soares Moreira. 3ª Ed. Ver. E atual. São Paulo: Edições Loyola, 2009. SAMPIERI, Roberto Hernández; COLLADO, Carlos Fernández; LÚCIO, Maria del Pilar. Metodologia de pesquisa. Trad.: Daisy Vaz Moraes. 5º Ed. Porto Alegre: Penso, 2013. 624p. 28cm, ISBN: 978-85-65848-28-2. O destaque tipográfico (negrito ou itálico) é utilizado no título, mas não no subtítulo se houver. O nome dos periódicos (jornais e revistas) também são destacados assim. Para referências de obras diferentes do mesmo autor, pode-se utilizar o underline (_), seguindo a ordem alfabética dos títulos e sem repetir nomes. Veja o exemplo: DEMO, Pedro. Pesquisa e informação qualitativa. 5ª Ed. Campinas: papiros, 2012. ___________. Praticar ciência: metodologias do conhecimento científico. São Paulo: Saraiva, 2011. www.trilhante.com.br 23 Capítulo de livro Para citação de capítulo de livro composto por vários autores. Observe que o título do capítulo não é grafado com itálico ou negrito, e que em seguida deve aparecer a expressão latina “in:” (com dois pontos), antecedendo o nome do autor ou organizador da obra. Veja o exemplo: GOMES, Romeu. Análise e interpretação de dados de pesquisa qualitativa. In: MINAYO, Maria Cecília de Souza (Org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 34ª Ed. São Petrópolis: Vozes, 2015. P. 79-108. Se o autor do capítulo for o mesmo de todo o livro utiliza-se o underline (_) seguindo a ordem alfabética dos títulos. RUDIO, Franz Victor. Pesquisa descritiva e pesquisa experimental. In: _________. Introdução ao projeto de pesquisa científica. 42ª Ed. Petrópolis: Vozes, 2014. p. 69-86. Observar que o nome do autor é substituído por underline (____) para evitar repetições. O título da obra vem em destaque e o número de página inicial e final do capítulo vem ao final. Teses de doutorado, dissertação de mestrado, TCC e outros Nas teses, dissertações ou outros trabalhos acadêmicos devem ser indicados em nota: • o tipo de trabalho (tese, dissertação, TCC, livre-docência, etc.) • o grau • a vinculação acadêmica • o número de folhas • o local • a data da defesa (mencionada na folha de aprovação, se houver) Veja os exemplos: SANTOS, Marcelo Bidoia dos. Do Estado Virtual ao Estado Penal: transformações no Estado de Bem-Estar Social na Era da Informação. 2017. 239 f. Dissertação (Mestrado em Direito) – Faculdade de Direito de Ribeirão Preto, USP – Ribeirão Preto, 2017. LAKATOS, Eva Maria.O trabalho temporário: nova forma de relações sociais. São Paulo, 1979. 450 f. Tese (Livre- docência em Sociologia) - Escolda de Sociologia e Política de São Paulo, São paulo, 1979. www.trilhante.com.br 24 12. ABNT Referências - Periódicos e Eventos Periódicos Periódicos são fascículos ou números de revistas, números de jornal na íntegra ou matérias existentes em um número, artigos científicos, editoriais ou artigos jornalísticos. Confira a ordem dos elementos: • Título do periódico, título do fascículo, em maiúscula ou versal; • Local da publicação; • Volume; • Número do mês abreviado; • Editora (se não constar do título); • Data (ano); • Notas especiais; • Número especial da revista; • Número do ISSN. PARTES DE UMA PUBLICAÇÃO PERIÓDICA Para fazer referência a uma parte de uma publicação periódica, são elementos essenciais: • título da publicação • título da parte (se houver) • local da publicação • editora • numeração do ano e/ou do volume • numeração do fascículo • informação da periodicidade • datas de publicação • particularidades de identificação Como no exemplo: CONJUNTURA ECONÔMICA. As 500 maiores empresas do Brasil. Riode Janeiro: FGV, v.38, n.9, set. 1984. p. Edição Especial. www.trilhante.com.br 25 ARTIGO OU MATÉRIA DE REVISTA Para fazer referência a um artigo ou matéria de revista são elementos essenciais: • autor • título do artigo ou matéria • local de publicação • número do volume e/ou ano • fascículo ou número da paginação inicial e final do artigo ou matéria • informações de período e data de publicação Exemplo: CARMONA, Carlos Alberto. Arbitragem e jurisdição. Revista de Processo. São Paulo, v. 15, n. 38, p. 33-40, abri/ jun. 1990. ARTIGO OU MATÉRIA DE JORNAL (ASSINADO) Para referenciar artigo ou matéria de jornal assinado são elementos essenciais: • autor (se houver) • título do artigo ou matéria • nome do jornal • local da publicação • data de sua publicação • seção, caderno ou parte do jornal • paginação correspondente Veja o exemplo: ALMEIDA, Ricardo. As facções de São Paulo. Estadão: São Paulo, 20 set. 2005, Caderno D, p. 28. ARTIGO OU MATÉRIA DE JORNAL (NÃO ASSINADO) Colocar diretamente o título da publicação, destacando em maiúscula. BIBLIOTECA climatiza seu acervo. O Globo. Rio de Janeiro, 4 mar. 1989, p. 11. www.trilhante.com.br 26 ARTIGO OU MATÉRIA DE JORNAL ELETRÔNICO As referências seguem os mesmo padrões acima, mas acompanham o endereço digital entre <...> e a data de acesso. TORQUATO, Gaudêncio. A liturgia no brejo. Folha de S. Paulo. São Paulo, 11 mar. 2019. Disponível em: <https:// www1.folha.uol.com.br/opiniao/2019/03/a-liturgia-no-brejo.shtml>. Acesso em: 11 mar. 2019. Eventos Na categoria de “eventos acadêmicos” podemos incluir congressos, seminários, simpósios, conferências, semanas especiais e afins. TEXTO IMPRESSO Para referenciar texto impresso os elementos essenciais são: • nome do evento • numeração (se houver) • ano e local (cidade) de realização • título do documento (anais, atas, tópico temático e etc.) • local de publicação • editora • data de publicação Exemplo: SEMANA DE SERVIÇO SOCIAL, 3 25-29 abr. 1983, Franca. Anais.... Franca: Unesp – IHSS, 1984. Se necessário, adicionamos os elementos complementares, como por exemplo: PESSOA, Rodrigo. O direito à desconexão do trabalho no contexto chileno: reflexões e dificuldades. In: SEMANA JURÍDICA, 15-17 ago. 2018, Ribeirão Preto: FDRP/USP, 2018. TEXTO EM MEIO ELETRÔNICO Identificar a data de acesso e o endereço digital da seguinte maneira: www.trilhante.com.br 27 CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFPE, 4, 1996, Recife. Anais eletrônicos... Recife: UFPe, 1996. Disponível em: <http://www.propesq.ufpe.br/anais/anais.htm>. Acesso 30 jan. 1997. www.trilhante.com.br 28 13. ABNT Referências - Legislação e Jurisprudência Referência legislativa Para referenciar constituição, emendas, leis, medida provisória, decretos, portarias, ordem de serviço, aviso, circulares, dentre outros, são elementos essenciais: • jurisdição ou cabeçalho de entidade • título, numeração e data • ementa • dados de publicação Ao final pode-se acrescentar notas de outros dados necessários à identificação do documento. Por exemplo: SÃO PAULO (Estado). Decreto n. 33.161, 2 abr. 1991. Introduz alterações na legislação do imposto de circulação de mercadorias e prestação de serviços. São Paulo Legislação: coletânea de leis e decretos, São Paulo, v. 27, n. 4, p. 42, abr. 1991. Neste caso, a existência de município e de estado com mesmo nome (chamados “São Paulo”) traz a necessidade de especificar entre parênteses o referenciado aqui. Veja outro exemplo: BRASIL. Consolidação das leis do trabalho. Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943. Aprova a consolidação das leis do trabalho. In: Coletânea de Legislação. 104ª Ed. São Paulo: Atlas, 2000. Se a referência for eletrônica utiliza-se a referência do meio eletrônico e a data de acesso do documento, conforme os exemplos: BRASIL. Lei 9.434, de 4 de Fevereiro de 1997. Dispõe sobre a remoção de órgão, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento e dá outras providências. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 5, Fev. de 1997. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9434.htm.> Acesso em: 27 set. 2017. BRASIL. Presidência da República, Ministério da Saúde. Portaria GM/MS 2.600, de 21 de Outubro de 2009. Aprova o Regulamento Técnico do Sistema Nacional de Transplantes. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 21 de Outubro de 2009. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2009/prt2600_21_10_2009.html>. Acesso em: 05 out. 2017. www.trilhante.com.br 29 Neste caso, por se tratar de uma portaria do Ministério da Saúde, primeiro deve-se colocar a jurisdição ou entidade (no caso, a entidade Brasil, pela instituição específica da Presidência da República no Ministério da Saúde). Jurisprudência: acórdãos, decisões e sentenças de cortes ou tribunais Os elementos essenciais para referenciar jurisprudência são: • jurisdição (em letras maiúsculas) • nome da corte ou tribunal • turma e/ou região (entre parênteses, se houver) • tipo de documento (agravo, despacho etc.) • número do processo (se houver) • ementa (se houver) • unidade do tribunal (vara, ofício, cartório, câmara ou outra) • nome do relator (precedido da palavra Relator, se houver) • data do julgamento (se houver) • dados da publicação. Ao final da referência, como notas, podem ser acrescentados elementos complementares para melhor identificar o documento, como: decisão por unanimidade, voto vencedor e voto vencido. BRASIL. Supremo Tribunal Federal (2. Turma). Recurso Extraordinário 313060/SP. Leis 10.927/91 e 11.262 do município de São Paulo. Seguro obrigatório contra furto e roubo de automóveis. Shopping centers, lojas de departamento, supermercados e empresas com estacionamento para mais de cinquenta veículos. Inconstitucionalidade. Recorrente: Banco do Estado de São Paulo S/A – BANESPA. Recorrido: Município de São Paulo. Relatora: Min. Ellen Gracie, 29 de novembro de 2005. Lex: jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, São Paulo, v. 28, n. 327, p. 226-230, 2006. BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Súmula nº 333. Cabe mandado de segurança contra ato praticado em licitação promovida por sociedade de economia mista ou empresa pública. Diário da Justiça: seção 1, Brasília, DF, ano 82, n. 32, p. 246, 14 fev. 2007. Para fazer referência a jurisprudência em meio eletrônico basta acrescentar o endereço eletrônico e a data de acesso, destacando a jurisdição em si em vez do livro da qual ela foi retirada: www.trilhante.com.br 30 BRASIL. Supremo Tribunal Federal (2. Turma). Recurso Extraordinário 313060/SP. Leis 10.927/91 e 11.262 do município de São Paulo. Seguro obrigatório contra furto e roubo de automóveis. Shopping centers, lojas de departamento, supermercados e empresas com estacionamento para mais de cinquenta veículos. Inconstitucionalidade. Recorrente: Banco do Estado de São Paulo S/A – BANESPA. Recorrido: Município de São Paulo. Relatora: Min. Ellen Gracie, 29 de novembro de 2005. Disponível em: <http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/ paginador.jsp?dpcTPACdocID260670>. Acesso em: 19 ago. 2011. BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Súmula nº 333. Cabe mandado de segurança contra ato praticado em licitação promovida por sociedade de economia mista ou empresa pública. Brasília, DF: Superior Tribunal de Justiça, [2007]. Disponível em: <http://www.stj.jus.br/SCON/sumanot/toc.jsp?b=TEMAp=true=0TIT333TEMA0>. Acesso em: 19 ago. 2011. www.trilhante.com.br 31 14. TCC - Estrutura e Apresentação A apresentação final do TCC, feita após o desenvolvimento da pesquisa, deve levar em consideração as diretrizes da instituição em que se realizou a monografia/dissertação ou tese. No entanto os padrões seguem as normas da ABNT e podem ser divididos em parte interna e externa, composta por elementos obrigatórios e opcionais. Para ter uma ideia geral do seu trabalho observe o esquema abaixo: imagem 10 Parte Externa: Capa A capa é elemento obrigatório e constitui proteção externa do trabalhosobre a qual se imprimem as informações indispensáveis à sua identificação. As informações são transcritas na seguinte ordem: • Nome da instituição (opcional); • Nome completo do(a) autor(a); • Título: em letras minúsculas, com exceção da primeira letra, nomes próprios e/ou científicos; • Subtítulo: ser houver, deve ser precedido de dois pontos; • Local (cidade); • Ano de depósito (da entrega). Parte Interna FOLHA DE ROSTO A folha de rosto é elemento obrigatório que contém as seguintes informações: • Nome completo do(a) autor(a); • Título (em letras minúsculas, com exceção da primeira letra, nomes próprios e/ou científicos); • Subtítulo (se houver, deve ser precedido de dois pontos); • Natureza (tipo de trabalho, dissertação ou tese, e objetivo, aprovação em disciplina, grau pretendi- do e outros, nome da instituição a que é submetido e área de concentração; • Nome do orientador e, se houver, coorientador; • Local (cidade); • Ano de depósito (da entrega). www.trilhante.com.br 32 SUMÁRIO O sumário é elemento obrigatório que consiste na enumeração das divisões, seções e outras partes do trabalho, na mesma ordem e grafia que aparecem no mesmo, acompanhadas do respectivo número da folha ou página. Havendo mais de um volume, cada um deve conter o sumário completo do trabalho, conforme a ABNT. O tipo de fonte do sumário deve ser a mesma do restante do trabalho. As diretrizes da instituição de ensino costumas trazer modelo próprio para elaboração do sumário. O importante é diferenciar o estilo dos capítulos e subcapítulos, mantendo-se a sequência do sumário. Normalmente os capítulos vêm em letras maiúsculas e negrito, os subcapítulos em maiúsculo sem negrito, o terceiro nível vem em minúsculo e negrito, o quarto nível em letras minúsculas e sem negrito e o quinto nível em minúscula e itálico. Vejamos o exemplo: imagem 11 Só os capítulos tem numeração, os elementos pré-textuais e pós-textuais não tem numeração. Observe que introdução, conclusão, referência, resumo, não tem número. Introdução, desenvolvimento e conclusão A introdução inicia o leitor no texto, trazendo breve contextualização do assunto que será tratado no trabalho e explicação dos objetivos, problemática, metodologia e uma síntese do que foi abordado em cada capítulo de modo geral. Já o desenvolvimento é o trabalho propriamente dito, com todo o percurso do estudo. Por fim, a conclusão ou considerações finais é a demonstração de resultados alcançados. Não se trata de um resumo dos capítulos anteriores, mas sim de um fechamento das ideias e da pesquisa como um todo. REFERÊNCIAS As referências vêm ao final do trabalho, listando os documentos utilizados no desenvolvimento do TCC e deve seguir ordem alfabética e os padrões da ABNT. Da seguinte forma: ACEMOGLU, Daron. Technical Change, Inequality and the Labor Market. Jorunal of Economics Literature. Vol XL. MArch, 2002. pp. 7-72. ALTHUSSER, Louis. Ideologia e Aparelhos Ideológicos de Estado. Lisboa: Editorial Presença/Martins Fontes, 1980. www.trilhante.com.br 33 BAUMAN, Zygmunt. Globalização: as consequências humanas. Trad.: Marcus Penchel. Rio de Janeiro: Zahar, 1999. CASTELLS, Manuel. A Era da Informação: Economia, Sociedade e Cultura. Vol. 1. A Sociedade em Rede. 17° Ed. Trad.: Roneide Venâncio Majer. São Paulo: Paz e Terra, 2016. PAINE, Thomas. The First Welfare State? In: PIERSON, Christopher; CASTLES, Francis G.; NAUMANN, Ingela K. (Ed.). The Welfare State Reader. 3° Ed. Cambridge: Polity Press, 2014. SANTOS, Boaventura de Sousa. Pela Mão de Alice. O Social e o Político na Pós Modernidade. 7° Ed. Porto: Edições Afrontamento, 1999. www.trilhante.com.br /trilhante /trilhante /trilhante Metodologia Científica
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