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Apostila de Gramática - Nanda_2020_1

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Português Instrumental 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fernanda Uchoa 
 
 
Fernanda Uchôa 2 
 
1. CONCEITO DE FONÉTICA 
 
 Fonética é a parte da Gramática que estuda o sistema fônico da língua: dos 
fonemas em si, da coexistência dos fonemas na sílaba, da sílaba dentro dos vocábulos, 
e destes, por sua vez, dentro das frases. 
 Por não ser muito clara a distinção entre FONOLOGIA e FONÉTICA, a 
Nomenclatura Gramatical Brasileira manteve o termo “Fonética”, ficando assim na 
linha tradicional. Modernamente, entretanto, prefere-se o nome “Fonologia”. 
 Inicia-se o estudo da fonética pela diferenciação entre letra, fonema e sílaba. 
 
2. LETRA, FONEMA E SÍLABA 
 
 LETRA 
 
 Na língua escrita, são utilizados determinados símbolos convencionais, que se 
denominam letras. O conjunto das letras, sinais gráficos, chama-se alfabeto, 
abecedário ou abecê. 
 O alfabeto português consta de 26 letras: a, b, c, d, e, f, g, h, i, j, k, l, m, n, o, p, 
q, r, s, t, u, v, w, x, y, z. 
 
 FONEMA 
 
 Fonema é a menor unidade sonora da fala. 
 É o som mais elementar da palavra: 
 frase: Eu o amo ! 
 palavras: “Eu” “o” “amo” ! 
 sílabas: Eu o a-mo ! 
 Fonemas: / E / u / / o / / a / m / o / ! 
 
 O fonema diferencia uma palavra da outra: 
 
 Bar Tão sAco 
 Mar São sOco 
 
SÍLABA 
 
 Sílaba é o som, ou o conjunto de sons, emitido num só impulso expiratório. É 
importante verificar que em cada sílaba deve existir obrigatoriamente uma vogal. A 
vogal é a alma da sílaba. 
 
CONCLUINDO: 
 
 FONEMA é um elemento sonoro; é realidade acústica; 
 SÍLABA é um fonema ou um conjunto de fonemas que se pronunciam num só 
esforço expiratório; 
 LETRA é representação gráfica; é realidade visual; é o desenho do som. 
 
Fernanda Uchôa 3 
 
Observe o Exemplo: 
 
1ª sílaba A uma letra e um fonema 
 T 
2ª sílaba R três letras e três fonemas 
 I 
3ª sílaba T duas letras e dois fonemas 
 O 
 
DÍGRAFO 
 
 Dígrafo é o emprego de duas letras para a representação gráfica de apenas um 
fonema. 
 
 São dígrafos: 
 1. CH: Chave 
 2. LH: gaLHo 
 3. NH: niNHO 
 4. RR: caRRo 
 5. SS: aSSim 
 6. QU: Quilo - 
 7. GU: Guerra - o “U” não é pronunciado 
 8. SC: naSCer 
 9. SÇ: deSÇa som de /S/ 
10. XC: eXCeção 
 
Dígrafos Vocálicos são os casos em que as letras “M” ou “N” servem de sinal de 
nasalidade: 
 AM: campo (cãpo) 
 EM: tempo (tepo) 
 IM: limpo (lipo) 
 OM: tombo (tõbo) 
 UM: jejum (jeju) 
 AN: tanto (tãto) 
 EN: venta (veta) 
 IN: linda (lida) 
 ON: onda (õda) 
 UN: mundo (mudo) 
 
Encontros Vocálicos 
 
É o encontro de vogais na mesma sílaba ou em sílaba diferente. 
 
1. Ditongo – é o encontro de uma vogal + uma semivogal, ou vice-versa, na 
mesma sílaba. 
 
 
Fernanda Uchôa 4 
 
a. Crescente – semivogal + vogal ( lí-rio – gló-ria – in-flu-ên-cia) 
b. Decrescente – vogal + semivogal ( pai – boi – he-rói ) 
c. Oral – quando a vogal é oral (má-goa – ré-gua) 
d. Nasal – quando a vogal é nasal ( mãe – fa-la-ram – bem) 
 
2. Hiato – é o encontro de duas vogais em sílabas diferentes. 
 
Sa-ú-de – te-a-tro – ra-i-nha 
 
3. Tritongo – é o encontro de uma semivogal + vogal + semivogal na mesma 
 Sílaba. 
 
a. orais – Paraguai, averigüei, enxaguou 
b. nasais – enxáguam, águam, enxágüem 
 
Encontros Consonantais 
 
 É o encontro de consoantes na mesma sílaba ou em sílaba diferentes. 
 
 Blu-as – pla-to – ad-jun-to – pac-to 
 
Acentuação Gráfica 
 
Regras de acentuação gráfica: 
 
1. Proparoxítonas 
 
Todas as proparoxítonas são acentuadas: África, Física, Matemática, 
 
2. Paroxítonas 
 
 São acentuadas as paroxítonas terminadas em: 
 
 -i (-is) – júri, júris, íris, lápis 
-u (-us) – bônus, vírus 
-ã (-ãs) – órfã, órfãs, ímã 
-um (-uns) – médium, médiuns, álbum, álbuns 
Ditongos – glória, história, Márcia, régua, órgão 
-r, -x, -n, -l – mártir – revólver – fênix – pólen – fácil – amável 
-ps – bíceps – fórceps 
 
3. Oxítonas 
 
 São acentuadas todas as oxítonas terminadas em: 
 
Fernanda Uchôa 5 
 
Vogal [a(s), e(s), o(s)] – café, maracujá, dominó, paletós, amá-lo, dizê-la, repô-las. 
 -em, -ens – armazém, vintém, armazéns, parabéns 
 
4. Monossílabos Tônicos 
 
Terminados em: -a(s), -e(s), -o(s) – pá, pás, pé, pó, lá, dê, vê 
 
5. Ditongos Abertos 
 
 -éu, -éi, -ói : chapéu, céu, anéis, carretéis, herói, anzóis 
 
6. Acentuação dos Hiatos 
 
-i(-s), -u(-us): saída, saúde, caíste, país, balaústre. 
 
7. Plural dos verbos – Ter e Vir (e seus derivados) : ele tem – eles têm, ele vem – 
eles vêm 
 E recebem acento agudo no singular e circunflexo no plural: ele detém – eles detêm, 
ele intervém – eles intervêm. 
 
Ortografia 
O Emprego do h 
O h é uma letra que se mantém em algumas palavras em decorrência da etimologia ou 
da tradição ESCRITO do nosso idioma. Algumas regras, quanto ao seu emprego devem 
ser observadas: 
 
a) Emprega-se o h quando a etimologia ou a tradição escrita do nosso idioma assim 
determina. 
 homem, higiene, honra, hoje, herói. 
b) Emprega-se o h no final de algumas interjeições. 
 
Oh! Ah! 
 
c) No interior dos vocábulos não se usa h, exceto: 
- nos vocábulos compostos em que o segundo elemento com h se une por hífen ao 
primeiro. 
 super-homem, pré-história. 
 
- Quando ele faz parte dos dígrafos ch, lh, nh. Ex.: Passarinho, palha, chuva. 
http://www.brasilescola.com/gramatica/ortografia.htm
 
Fernanda Uchôa 6 
Emprego do s 
Emprega-se a letra s: 
- nos sufixos -ês, -esa e –isa, usados na formação de palavras que indicam 
nacionalidade, profissão, estado social, títulos honoríficos. 
Chinês, chinesa, burguês, burguesa, poetisa. 
 
- nos sufixos –oso e –osa (qua significa “cheio de”), usados na formação de adjetivos. 
 delicioso, gelatinosa. 
- depois de ditongos. 
 coisa, maisena, Neusa. 
- nas formas dos verbos pôr e querer e seus compostos. 
puser, repusesse, quis, quisemos. 
- nas palavras derivadas de uma primitiva grafada com s. 
análise: analisar, analisado / pesquisa: pesquisar, pesquisado. 
Emprego do z 
Emprega-se a letra z nos seguintes casos: 
- nos sufixos -ez e -eza, usados para formar substantivos abstratos derivados de 
adjetivos. 
 rigidez (rígido), riqueza (rico). 
- nas palavras derivadas de uma primitiva grafada com z. 
cruz: cruzeiro, cruzada. / deslize: deslizar, deslizante. 
Emprego dos sufixos –ar e –izar. 
 
Emprega-se o sufixo –ar nos verbos derivados de palavras cujo radical contém –s, caso 
contrário, emprega-se –izar. 
 análise – analisar / eterno – eternizar 
Emprego das letras e e i. 
 
Algumas formas dos verbos terminados em –oar e –uar grafam-se com e. 
perdoem (perdoar), continue (continuar). 
 
 
Fernanda Uchôa 7 
 
Algumas formas dos verbos terminados em –air, -oer e –uir grafam-se com i. 
atrai (atrair), dói (doer), possui (possuir). 
Emprego do x e ch. 
Emprega-se a letra x nos seguintes casos: 
- depois de ditongo: caixa, peixe, trouxa. 
- depois de sílaba inicial en-: enxurrada, enxaqueca (exceções: encher, encharcar, 
enchumaçar e seus derivados). 
- depois de me- inicial: mexer, mexilhão (exceção: mecha e seus derivados). 
 
- palavras de origem indígena e africana: xavante, xangô. 
 
Emprego do g ou j 
 
Emprega-se a letra g 
 
- nas terminações –ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio: prestígio, refúgio. 
- nas terminações –agem, -igem, -ugem: garagem, ferrugem. 
 
Emprega-se a letra j em palavras de origem indígena e africana: 
pajé, canjica, jirau. 
Emprego de s, c, ç, sc, ss. 
- verbos grafados com ced originam substantivos e adjetivos grafados com cess. 
ceder – cessão. / conceder - concessão. / retroceder- retrocesso. / Exceção: exceder -
 exceção. 
 
- nos verbos grafados com nd originam substantivos e adjetivos grafados com ns. 
ascender – ascensão / expandir – expansão / pretender – pretensão. 
- verbos grafados com ter originam substantivos grafados com tenção. 
 deter – detenção / conter – contenção. 
Por Marina Cabral 
Especialista em Língua Portuguesa e Literatura Equipe Brasil 
 
 
 
Fernanda Uchôa 8 
 
NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO... 
 Novo Acordo Ortográfico DA Língua Portuguesa 
Por: Marília Mendes 
Alfabeto 
Nova Regra Regra Antiga Como Será 
O alfabeto é agora 
formado por 26 letras 
O 'k', 'w' e 'y' não eram 
consideradas letras do nosso 
alfabeto. 
Essas letras serão usadas 
em siglas, símbolos, nomes 
próprios, palavras 
estrangeiras e seus 
derivados. Exemplos: km, 
watt, Byron, byroniano 
Trema 
Nova Regra Regra Antiga Como Será 
Não existe mais o trema 
em língua portuguesa. 
Apenas em casos de 
nomes próprios e seus 
derivados, por exemplo: 
Müller, mülleriano 
agüentar, conseqüência, 
cinqüenta, qüinqüênio, 
frqüência, freqüente, 
eloqüência, eloqüente, 
argüição, delinqüir, pingüim, 
tranqüilo, lingüiça 
aguentar, consequência, 
cinquenta, quinquênio, 
frequência, frequente, 
eloquência, eloquente, 
arguição, delinquir, pinguim, 
tranquilo, linguiça. 
Acentuação 
Nova Regra Regra Antiga Como Será 
Ditongos abertos (ei, OI) 
não são mais acentuados 
em palavras paroxítonas 
assembléia, platéia, idéia, 
colméia, boléia, panacéia, 
Coréia, hebréia, bóia, 
paranóia, jibóia, apóio, 
heróico, paranóico 
assembleia, plateia, ideia, 
colmeia, boleia, panaceia, 
Coreia, hebreia, boia, 
paranoia, jiboia, apoio, 
heroico, paranoico 
Obs: nos ditongos abertos de palavras oxítonas e monossílabas o acento continua: 
herói, constrói, dói, anéis, papéis. 
Obs2: o acento no ditongo aberto 'eu' continua: chapéu, véu, céu, ilhéu. 
Nova Regra Regra Antiga Como Será 
O hiato 'oo' não é mais 
acentuado 
enjôo, vôo, corôo, perdôo, 
côo, môo, abençôo, povôo 
enjoo, voo, coroo, perdoo, 
coo, moo, abençoo, povoo 
O hiato 'ee' não é mais 
acentuado 
crêem, dêem, lêem, vêem, 
descrêem, relêem, revêem 
creem, deem, leem, veem, 
descreem, releem, reveem 
 
 
 
 
Fernanda Uchôa 9 
 
 
Nova Regra Regra Antiga Como Será 
Não existe mais o acento 
diferencial em palavras 
homógrafas 
pára (verbo), péla 
(substantivo e verbo), pêlo 
(substantivo) , pêra 
(substantivo) , péra 
(substantivo) , pólo 
(substantivo) 
para (verbo), pela 
(substantivo e verbo), pelo 
(substantivo) , pera 
(substantivo) , pera 
(substantivo) , polo 
(substantivo) 
Obs: o acento diferencial ainda permanece no verbo 'poder' (3ª pessoa do Pretérito 
Perfeito do Indicativo - 'pôde') e no verbo 'pôr' para diferenciar DA preposição 'por' 
 
Nova Regra Regra Antiga Como Será 
Não se acentua mais a 
letra 'u' nas formas 
verbais rizotônicas, 
quando precedido de 'g' 
ou 'q' e antes de 'e' ou 'I 
(gue, que, GUI, qui) 
argúi, apazigúe, averigúe, 
enxagúe, enxagúemos, 
obliqúe 
argui, apazigue,averigue, 
enxague, ensaguemos, 
oblique 
Não se acentua mais 'I e 
'u' tônicos em paroxítonas 
quando precedidos de 
ditongo 
baiúca, boiúna, cheiínho, 
saiínha, feiúra, feiúme 
baiuca, boiuna, cheiinho, 
saiinha, feiura, feiume 
 
Hífen 
Nova Regra Regra Antiga Como Será 
O hífen não é mais 
utilizado em palavras 
formadas de prefixos (ou 
falsos prefixos) 
terminados em vogal + 
palavras iniciadas por 'r' 
ou 's', sendo que essas 
devem ser dobradas 
ante-sala, ante-sacristia, 
auto-retrato, anti-social, anti-
rugas, arqui-romântico, 
arqui-rivalidae, auto-
regulamentaçã o, auto-
sugestão, contra-senso, 
contra-regra, contra-senha, 
extra-regimento, extra-
sístole, extra-seco, infra-
som, ultra-sonografia, semi-
real, semi-sintético, supra-
renal, supra-sensível 
antessala, antessacristia, 
autorretrato, antissocial, 
antirrugas, arquirromântico, 
arquirrivalidade, 
autorregulamentaçã o, 
contrassenha, 
extrarregimento, 
extrassístole, extrasseco, 
infrassom, infrarrenal, 
ultrarromântico, 
ultrassonografia, 
suprarrenal, suprassensível 
Obs: em prefixos terminados por 'r', permanece o hífen se a palavra seguinte for 
iniciada pela mesma letra: hiper-realista, hiper-requintado, hiper-requisitado, inter-racial, 
inter-regional, inter-relação, super-racional, super-realista, super-resistente etc. 
 
Fernanda Uchôa 10 
 
 
 
 
Nova Regra Regra Antiga Como Será 
O hífen não é mais utilizado 
em palavras formadas de 
prefixos (ou falsos prefixos) 
terminados em vogal + 
palavras iniciadas por outra 
vogal 
auto-afirmação, auto-ajuda, 
auto-aprendizagem, auto-
escola, auto-estrada, auto-
instrução, contra-exemplo, 
contra-indicaçã o, contra-
ordem, extra-escolar, extra-
oficial, infra-estrutura, intra-
ocular, intra-uterino, neo-
expressionista, neo-imperialista, 
semi-aberto, semi-árido, semi-
automático, semi-embriagado, 
semi-obscuridade, supra-ocular, 
ultra-elevado 
autoafirmação, autoajuda, 
autoaprendizabem, 
autoescola, autoestrada, 
autoinstrução, contraexemplo, 
contraindicaçã o, contraordem, 
extraescolar, extraoficial, 
infraestrutura, intraocular, 
intrauterino, 
neoexpressionista, 
neoimperialista, semiaberto, 
semiautomático, semiárido, 
semiembriagado, 
semiobscuridade, supraocular, 
ultraelevado. 
Obs: esta nova regra vai uniformizar algumas exceções já existentes antes: antiaéreo, 
antiamericano, socioeconômico etc. 
Obs2: esta regra não se encaixa quando a palavra seguinte iniciar por 'h': anti-herói, 
anti-higiênico, extra-humano, semi-herbáceo etc. 
Nova Regra Regra Antiga Como Será 
Agora utiliza-se hífen 
quando a palavra é formada 
por um prefixo (ou falso 
prefixo) terminado em vogal 
+ palavra iniciada pela 
mesma vogal. 
antiibérico, antiinflamató rio, 
antiinflacioná rio, 
antiimperialista, arquiinimigo, 
arquiirmandade, microondas, 
microônibus, microorgânico 
anti-ibérico, anti-inflamató rio, 
anti-inflacioná rio, anti-
imperialista, arqui-inimigo, 
arqui-irmandade, micro-ondas, 
micro-ônibus, micro-orgânico 
Obs: esta regra foi alterada por conta da regra anterior: prefixo termina com vogal + 
palavra inicia com vogal diferente = não tem hífen; prefixo termina com vogal + palavra 
inicia com mesma vogal = com hífen 
Obs2: uma exceção é o prefixo 'co'. Mesmo se a outra palavra inicia-se com a vogal 'o', 
NÃO utiliza-se hífen. 
Nova Regra Regra Antiga Como Será 
Não usamos mais hífen em 
compostos que, pelo uso, 
perdeu-se a noção de 
composição 
manda-chuva, pára-quedas, 
pára-quedista, pára-lama, pára-
brisa, pára-choque, pára-vento 
mandachuva, paraquedas, 
paraquedista, paralama, 
parabrisa, pára-choque, 
paravento 
 
Fernanda Uchôa 11 
Obs: o uso do hífen permanece em palavras compostas que não contêm elemento de 
ligação e constitui unidade sintagmática e semântica, mantendo o acento próprio, bem 
como naquelas que designam espécies botânicas e zoológicas: ano-luz, azul-escuro, 
médico-cirurgiã o, conta-gotas, guarda-chuva, segunda-feira, tenente-coronel, beija-flor, 
couve-flor, erva-doce, mal-me-quer, bem-te-vi etc. 
 
Observações Gerais 
O uso do hífen 
permanece 
Exemplos 
Em palavras formadas por 
prefixos 'ex', 'vice', 'soto' 
Ex-marido, vice-presidente, soto-mestre 
Em palavras formadas por 
prefixos 'circum' e 'pan' + 
palavras iniciadas em 
vogal, M ou N 
pan-americano, circum-navegação 
Em palavras formadas 
com prefixos 'pré', 'pró' e 
'pós' + palavras que tem 
significado próprio 
pré-natal, pró-desarmamento, pós-graduação 
Em palavras formadas 
pelas palavras 'além', 
'aquém', 'recém', 'sem' 
além-mar, além-fronteiras, aquém-oceano, recém-
nascidos, recém-casados, sem-número, sem-teto 
Não existe mais hífen Exemplos Exceções 
Em locuções de qualquer 
tipo (substantivas, 
adjetivas, pronominais, 
verbais,adverbiais, 
prepositivas ou 
conjuncionais) 
cão de guarda, fim de 
semana, café com leite, pão 
de mel, sala de jantar, cartão 
de visita, cor de vinho, à 
vontade, abaixo de, acerca 
de etc. 
água-de-colônia, arco-da-
velha, cor-de-rosa, mais-
que-perfeito, pé-de-meia, 
ao-deus-dará, à queima-
roupa 
 
 
PARÔNIMOS e HOMÔNIMOS 
 Parônimos são palavras diferentes no sentido, mas com muita semelhança na escrita 
e na pronúncia. 
Exemplos : 
Infligir infrigir 
Retificar ratificar 
Vultoso vultuoso 
 
Fernanda Uchôa 12 
 Homônimos são palavras 
diferentes no sentido, mas que têm a mesma pronúncia. Dividem-se em homônimos 
perfeitos e homônimos imperfeitos. 
 Homônimos perfeitos são palavras diferentes no sentido, mas idênticas 
na escrita e na pronúncia. 
Exemplos : 
Homem são (adj.) São João São várias as causas 
Como vais ? Eu como feijão 
 Homônimos imperfeitos, que se dividem em : 
1. Homônimos homógrafos, quando têm a mesma escrita e a mesma pronúncia, 
exceto a abertura da vogal tônica. 
Exemplos: Almoço (verbo) / Almoço (substantivo) 
2. Homônimos homófonos, quando têm a mesma pronúncia mas escrita 
diferente. 
Exemplos : 
Apreçar apressar 
Sessão seção Cessão 
 
 Exemplos de Parônimos e Homônimos: 
 Parônimos ( emprego do e ou do i ) 
 
Arrear Pôr arreios a Arriar Abaixar 
Deferimento Concessão Diferimento Adiamento 
Deferir Conceder Diferir Adiar 
Delatar Denunciar Dilatar Retardar, estender 
Descrição Representação Discrição Reserva 
Descriminar Inocentar Discriminar Distinguir 
Despensa Compartimento Dispensa Desobriga 
Destratar Insultar Distratar Desfazer (contrato) 
Emergir Vir à tona Imergir Mergulhar 
 
Fernanda Uchôa 13 
Emigrante O que sai do próprio país Imigrante O que entra em país estranho 
Eminência Altura; excelência Iminência Proximidade de ocorrência 
Eminente Alto; excelente Iminente Que ameaça cair ou ocorrer 
Emitir Lançar fora de si Imitir Fazer entrar 
Enfestar Dobrar ao meio na sua 
largura 
Infestar Assolar 
Enformar Meter em fôrma, 
incorporar 
Informar Avisar 
Entender Compreender Intender Exercer vigilância 
Lenimento Suavizante Linimento Medicamento para fricções 
Peão Que anda a pé Pião Espécie de brinquedo 
Recrear Divertir Recriar Criar de novo 
Se Pronome átono; 
conjunção 
Si Pronome tônico; nota musical 
Vadear Passar a vau Vadiar Passar vida ociosa 
Venoso Relativo a veias Vinoso Que produz vinho 
 
 Parônimos (emprego do o ou do u ) 
 
Açodar Instigar Açudar Construir açudes 
Assoar Limpar (o nariz) Assuar Vaiar 
Bocal Embocadura Bucal Relativo à boca 
Comprido Longo Cumprido Executado 
Comprimento Extensão Cumprimento Saudação 
Costear Navegar junto à costa Custear Prover as despesas de 
Cutícula Película Cutícola Que vive na pele 
Insolação Exposição ao sol Insulação Isolamento 
Insolar Expor ao sol Insular Isolar 
Ovular Semelhante a ovo Uvular Relativo à úvula 
Pontoar Marcar com ponto Pontuar Empregar a pontuação em 
Roborizar Fortalecer Ruborizar Corar; envergonhar-se 
Soar Dar ou produzir som; 
ecoar 
Suar Transpirar 
Soporativo Que produz sopor Supurativo Que produz supuração 
 
Fernanda Uchôa 14 
(modorra) 
Sortir Abastecer Surtir Originar 
Torvar Tornar-se carrancudo Turvar Tornar turvo (opaco); toldar 
Torvo Iracundo, enfurecido Turvo Opaco; toldado 
Vultoso Volumoso Vultuoso Atacado de vultuosidade 
(congestão na face) 
 Homônimos e parônimos (emprego do grupo sc ) 
 
Acender Pôr fogo a Ascender Subir 
Decente Decoroso; limpo Descente Que desce; vazante 
Discente Relativo a alunos Docente Relativo a professores 
 Acético Relativo ao vinagre Ascético Relativo ao 
ascetismo 
Asséptico Relativo à assepsia 
 
Homônimos e parônimos (emprego do c, ç, s e ss ) 
 
Acento Inflexão da voz; sinal 
gráfico 
Assento Lugar onde a gente se 
assenta 
Acessório Que não é fundamental Assessório Relativo ao assessor 
Anticé(p)tico Oposto aos céticos Antissé(p)tico Desinfetante 
Apreçar Marcar ou ver o preço de Apressar Tornar rápido 
Caçar Perseguir a caça Cassar Anular 
Cé(p)tico Que ou quem duvida Sé(p)tico Que causa infecção 
Cegar Fazer perder a vista a Segar Ceifar; cortar 
Cela Aposento de religiosos Sela Arreio de cavalgadura 
Celeiro Depósito de provisões Seleiro Fabricante de selas 
Cenário Decoração de teatro Senário Que consta de seis unidades 
Censo Recenseamento Senso Juízo claro 
Censual Relativo ao censo Sensual Relativo aos sentidos 
Cerração Nevoeiro espesso Serração Ato de serrar 
Cerrar Fechar Serrar Cortar 
Cervo Veado Servo Servente 
Cessação Ato de cessar Sessação Ato de sessar 
 
Fernanda Uchôa 15 
Cessar Interromper Sessar Peneirar 
Ciclo Período Siclo Moeda judaica 
Cilício Cinto para penitências Silício Elemento químico 
Cinemático Relativo ao movimento 
mecânico 
Sinemático Relativo aos estames 
Círio Vela grande de cera Sírio da Síria 
Concertar Harmonizar; combinar Consertar Remendar; reparar 
Corço Cabrito selvagem Corso Natural da Córsega 
Decertar Lutar Dissertar Discorrer 
Empoçar Formar poça Empossar Dar posse a 
Incerto Duvidoso Inserto Inserido, incluído 
Incipiente Principiante Insipiente Ignorante 
Intenção ou 
tenção 
Propósito Intensão ou 
tensão 
Intensidade 
Intercessão Rogo, súplica Interse(c)ção Ponto em que duas linhas se 
cortam 
Laço Laçada Lasso Cansado 
Maça Clava Massa Pasta 
Maçudo Indigesto; monótono Massudo Volumoso 
Paço Palácio Passo Passada 
Ruço Pardacento; grisalho Russo Natural da Rússia 
 Cessão Doação; anuência Secção ou 
seção 
Corte; divisão Sessão Reunião 
Cesta Utensílio de vara, 
com asas 
Sexta Ordinal feminino de 
seis 
Sesta Hora de 
descanso 
Indefesso Incansável Indefeso Sem defesa Infenso Contrário 
 
Homônimos e parônimos (emprego do s ou do z) 
 
Asado Que tem asas Azado Oportuno 
Asar Guarnecer com asas Azar Dar azo a; má sorte 
Coser Costurar Cozer Cozinhar 
Revezar Substituir 
alternadamente 
Revisar Rever; corrigir 
 
Fernanda Uchôa 16 
Vês Forma do verbo ver Vez Ocasião 
 
Fúsil Que se pode fundir Fuzil Carabina Fusível Resistência de fusibilidade 
calibrada 
 
Homônimos (emprego do s ou do x ) 
 
Espiar Espreitar Expiar Sofrer pena ou castigo 
Espirar Soprar; respirar; estar vivo Expirar Expelir (o ar); morrer 
Estrato Camada sedimentar; tipo de 
nuvem 
Extrato O que foi tirado de dentro; 
fragmento 
 
Esterno Osso do peito Externo Exterior Hesterno Relativo ao dia de 
ontem 
 
Homônimos e parônimos (emprego do ch ou do x ) 
 
Brocha Prego curto de cabeça larga e chata Broxa Pincel 
Bucho Estômago de animais Buxo Arbusto ornamental 
Cachão Borbotão; fervura Caixão Caixa grande; féretro 
Cachola Cabeça; bestunto Caixola Pequena caixa 
Cartucho Canudo de papel Cartuxo Pertencente à ordem da 
Cartuxa 
Chá Arbusto; infusão Xá Título de soberano no Oriente 
Chácara Quinta Xácara Narrativa popular em verso 
Chalé Casa campestre em estilo suíço Xale Cobertura para os ombros 
Cheque Ordem de pagamento Xeque Incidente no jogo de xadrez; 
contratempo 
Cocha Gamela Coxa Parte da perna 
 
Fernanda Uchôa 17 
Cocho Vasilha feita com um tronco de 
madeira escavada 
Coxo Aquele que manca 
Luchar Sujar Luxar Deslocar; desconjuntar 
Tacha Brocha; pequeno prego Taxa Imposto; preço 
Tachar Censurar; notar defeito em Taxar Estabelecer o preço ou o 
imposto 
Referência Bibliográfica: 
ANDRÉ, Hildebrando A. de, Gramática ilustrada. São Paulo : Moderna, 1990. 
 
 
 
Estrutura das Palavras 
Elementos Mórficos ou Morfemas 
 
Elementos Função 
Radical Identifica o significado básico da palavra 
Afixos 
 
Morfemas responsáveis pela formação de palavras novas, a parir de um 
radical. Podem ser Prefixos - colocado antes do radical e Sufixos – 
colocado depois do radical 
Desinências Morfemas caracterizadores das palavras. Indicam gênero e número (nos 
nomes); número e pessoa, tempo e modo (nos verbos) 
Vogal temáticaNos verbos, identifica uma das três conjugações; nos nomes, forma grupos 
com características comuns. 
Tema É a união do radical à vogal temática. 
Vogal (ou 
consoante) de 
ligação 
É facilitar a pronúncia para que se consiga juntar sufixos a radicais ou um 
radical a outro. Não fazem parte dos morfemas 
 
Exemplos: 
 
Prefixos - feliz – infeliz Sufixos – feliz – felizmente 
 fazer - refazer pedra – pedreiro 
 
Cognatas – são palavras que possuem o mesmo radical. 
 
Feliz = infeliz, felizmente, felicidade, infelizmente 
Jornal = jornaleiro, jornalista, jornais 
Pedra = pedreiro, pedrada, pedraria 
 
Desinências 
 
Fernanda Uchôa 18 
 menin-o menin-o-s 
menin-a-s (nominal) 
 Cantar canta-va-mos canta-sse-s (verbal) 
 
Vogal Temática 
 
Fal-a-r – Cant-a-r - Vend-e-r 
Tema Tema Tema 
 
Vogal ( ou Consoante) de ligação 
 
Gas-ô-metro – pau-l-ada – cafe-t-eira 
Formação das Palavras 
 
1- Derivação 
 
 Prefixal – colocação de um prefixo ao Radical. 
 
Infeliz desleal 
 
 Sufixal – colocação de um sufixo ao Radical. 
 
Felizmente Lealdade 
 
 Prefixo-sufixal – colocação de um prefixo e um sufixo ao radical. 
 
Infelizmente deslealdade 
 
 Parassíntese (Parassintética) – Colocação ao mesmo tempo de um prefixo e um 
sufixo. 
Entristecer desalmado 
 
 Regressiva – a palavra nova é obtida pela redução da palavra primitiva. 
 
Botequim – boteco / Português – portuga / Combater – combate / Pescar – 
pesca / Jantar - janta 
 
 Imprópria – mudança de classe gramatical, vai depender do contexto. 
 
 Ainda não fiz o jantar. (substantivo) 
 
 Como será o amanhã. (substantivo) 
 
 A mulher aranha. (adjetivo) 
 
2- Composição 
 
Fernanda Uchôa 19 
 
 (Dois ou mais radicais se juntam para formar uma palavra) 
 
 Justaposição – Colocação de dois radicais ou mais sem a perda de elementos. 
 
Couve-flor / Passatempo / Girassol / salário-família 
 
 Aglutinação - Colocação de dois radicais ou mais com a perda de elementos. 
 
Aguardente Planalto 
Pernalta Petróleo 
 
Outros processos 
 
3- Hibridismo – são palavras formadas por radicais de línguas diferentes. 
 
Automóvel (auto: grego / móvel: latim) 
Sociologia (sócio: latim / logia: grego) 
Alcoômetro (álcool: árabe / metro: grego) 
Burocracia (buro: de bureau francês / cracia: grego ) 
Sambódromo (samba: língua africana / dromo: grego) 
 
4- Onomatopéia – são palavras que reproduzem os sons ou ruídos. 
 
 Tique-taque; zunzum; cacarejar; 
 Miar; fonfom; pingue-pongue 
 
5- Abreviação – redução da palavra. 
 
 Moto (por motocicleta) 
 Foto (por fotografia) 
 Pneu (por pneumático) 
 
 Abreviatura – pág. (página) 
 m (metro) 
 Fís. (Física) 
 
Siglas – PT (Partido dos Trabalhadores) 
 Banespa (Banco do Estado de São Paulo) 
 
S U B S T A N T I V O 
 
 É a palavra que dá nome aos seres. Ex.: Colégio, tristeza, rio. 
 
Classificação 
 
 
Fernanda Uchôa 20 
 Comum = homem, rio, cão, país 
 Próprio = Manuel, Amazonas, Bidu, França 
 Coletivo = bando (de aves), pinacoteca (de quadros) 
 
Formação 
 
 Primitivo = leite, ferro, terra 
 Derivado = leiteiro, ferradura, terreno 
 Concreto = casa, fada, bruxa, caneta, saci 
 Abstrato = Amor, recordação, coragem, medo 
 Simples = sol, chuva, tempo 
 Composto = girassol, guarda-chuva, passatempo 
 
Gênero dos substantivos 
 
Substantivo Biforme Substantivo Uniforme Gramatical 
 
Masculino = menino, 
homem, bode, ator 
 
Feminino = menina, 
mulher, atriz, cabra 
Comuns-de-dois 
gêneros 
 cliente, viajante, artista 
 
Sobrecomum = ídolo, 
testemunha, bebê 
 
Epiceno = jacaré, cobra, 
zebra 
Masculino = livro, ônibus, 
apartamento, caderno 
 
Feminino = casa, cadeira, porta, 
janela. 
 
Obs: 
  Comum-de-dois gêneros - o que modifica o gênero é o artigo. 
 Ex.: O cliente, A cliente. 
 
 Sobrecomum - a diferença de gênero não é especificada, o mesmo substantivo 
refere-se ao sexo masculino como feminino. ë de acordo com o contexto. 
 EX.: Uma criança do sexo masculino. 
 
 Epiceno - para a distinção do sexo do animal acrescenta-se a palavra macho ou 
fêmea. 
 Ex.: O jacaré macho, A cobra fêmea. 
 
GRAU DOS SUBSTANTIVOS 
 
Normal Diminutivo Aumentativo 
 
Fernanda Uchôa 21 
 
gato, casa, 
livro. 
Sintético = gatinho, 
livrinho, casinha 
Analítico = gato 
pequeno, casa 
minúscula, livro 
pequeno 
Sintético = gatão, casarão, livrão 
Analítico = gato grande, casa 
enorme, livro imenso 
 
NÚMERO DOS SUBSTANTIVOS 
 
 SINGULAR = menina, ator, pão, couve-flor 
 
 PLURAL = meninas, atores, pães, couves-flores 
 
A R T I G O S 
 
 Determinam os substantivos. 
 
Classificação: 
 
 Definidos = Singular : a, o / Plural : as, os 
 
 Indefinidos = Singular - uma, um / Plural - umas, uns 
 
A D J E T I V O S 
 
 Caracterizam o substantivo. Ex.: A criança levada. O menino agitado. 
 
FLEXÃO DOS ADJETIVOS 
 
Flexão em gênero 
Biforme = possue duas formas, uma para o 
masculino e outra para o feminino: 
Masculino – botão amarelo 
Feminino – rosa amarela 
Uniforme = possue uma só forma para os 
dois gêneros: 
Exercício fácil / Tarefa fácil 
Flexão em número 
Singular = 
Menino estudioso 
Menina estudiosa 
Menino surdo-mudo 
Menina surda-muda 
Língua latino-americana 
Povo latino-americano 
 Terno marrom-café 
Plural = 
Meninos estudiosos 
Meninas estudiosas 
Meninos surdos-mudos 
Meninas surdas-mudas 
Línguas latino-americanas 
Povos latino-americanos 
Ternos marrom-café 
Flexão em grau 
Comparativo Superlativo 
 
Fernanda Uchôa 22 
a. de igualdade: 
 Ana é tão esperta quanto sua irmã. 
b. de superioridade: 
 Ana é mais esperta que sua irmã. 
c. de inferioridade: 
 Ela é menos esperta que Ana 
a. absoluto: 
  analítico: 
Ana é muito esperta. 
  sintético: 
Ana é espertíssima. 
b. relativo: 
  de superioridade: 
 Ela é a mais esperta da classe. 
  de inferioridade 
 Ela é a aluna menos aplicada da classe. 
 
Adjetivos Comparativo Superlativo 
bom 
mau 
grande 
pequeno 
melhor 
pior 
maior 
menor 
ótimo 
péssimo 
máximo 
mínimo 
 
Locuções Adjetivas 
 
São duas ou mais palavras que correspondem a um adjetivo. 
 
A navalha viu o reflexo do sol. 
A navalha viu o reflexo solar. 
 
Obs.: 1- Verbete: brasileiro 
Adj. 
1. De, ou pertencente ou relativo ao Brasil. ~V. colonial 
S. m. 
2. O natural ou habitante do Brasil. 
 
O dicionário apresenta a palavra brasileira pertencente a mais de uma classe 
gramatical. Nesse caso, a distinção de classe só se revela pelo contexto. 
 
 Exemplo: 
 
O brasileiro é muito crédulo. (Substantivo) 
O povo brasileiro é muito crédulo. (Adjetivo) 
 
2- O adjetivo pode ser usado como advérbio: 
 
A mãe suspirava suave. (Guimarães Rosa) 
 
 Suavemente 
 
Outros exemplos: Fale sério! 
 Durma tranqüila. 
 
 
Fernanda Uchôa 23 
3- a) Bonita roupa b) 
Grande homem 
 
Roupa bonita Homem grande 
 
Existem adjetivos, que dependendo de sua posição na frase, mudam o significado da 
expressão. No exemplo a não houve alteração de significado, já na letra b nem sempre 
um grande homem é um homem grande e vice-versa. 
 
N u m e r a l 
 
 É a palavra que exprime quantidade, ordem, e dá também a idéia de 
múltiplo ou fração. 
 
 Há quatro tipos de numerais: 
 
 Cardinal - um, dois, três, mil... 
 Ordinal - primeiro, segundo, vigésimo... 
 Fracionário - metade, um terço, um nono... 
 Múltiplo - dobro, triplo, quádruplo... 
 
OBS.: Na designação de capítulos, séculos, papas, monarcas empregam-se os 
numerais ordinais de um a dez e os numerais cardinais de onze em diante. 
 
Século XX Século vinte 
Papa João XXIII Papa João Vinte e Três 
Felipe II Felipe Segundo 
Capítulo IX Capítulo nono 
 
P R O N O M E S 
 
É a palavra que : a. Substitui um substantivo 
 b. Acompanha um substantivo 
 
Pronomes Pessoais (Pessoas Gramaticais) 
 
Retos Oblíquos 
Eu Me, mim, comigoTu Te, ti, contigo 
Ele/Ela Se, si, consigo, o, a, lhe 
Nós Nos, conosco 
Vós Vos, convosco 
Eles/Elas Se, si, consigo, os, as, lhes 
 
Pronomes de Tratamento 
 
 
Fernanda Uchôa 24 
 Tipo especial de pronome 
pessoal. São de segunda pessoa -- referem-se às pessoas com quem falamos -- mas 
exigem verbo na terceira pessoa. 
 
Pronomes Abreviatura Referência 
Vossa Alteza V.A príncipes, duques 
Vossa Eminência V. Em.ª Cardeais 
Vossa Excelência V. Ex.ª Altas autoridades em geral 
Vossa Magnificência V. Mag.ª Reitores de universidade 
Vossa Majestade V. M. Reis, imperadores 
 
Pronomes Possessivos (idéia de posse) 
 
Meu, minha, meus, minhas 
Teu, tua, teus, tuas 
Seu, sua, seus, suas 
Nosso, nossa, nossos, nossas 
Vosso, vossa, vossos, vossas 
Seu, sua, seus, suas 
 
Pronomes Demonstrativos 
 
 São aqueles que indicam a posição do ser no tempo e no espaço, tendo como 
referência as pessoas do discurso. 
 
Este, esta, estes, estas, isto 
( próximo à pessoa que fala) 
Esse, essa, esses, essas, isso 
( próximo à pessoa com quem se fala) 
Aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo 
 ( distante dos interlocutores) 
 
Pronomes Indefinidos 
 
 São aqueles que se referem à terceira pessoa do discurso de modo vago e 
impreciso. 
 
Variáveis invariáveis 
Algum, alguma, alguns, 
algumas 
Nenhum, nenhuma, nenhuns, 
nenhumas 
Todo, toda, todos, todas 
Outro, outra, outros, outras 
Muito, muita, muitos, muitas 
Algo 
tudo 
nada 
 
quem 
alguém 
ninguém 
referem-se 
a coisas 
 
 
 
referem-se 
a pessoas 
 
Fernanda Uchôa 25 
Pouco, pouca, poucos, poucas 
Certo, certa, certos, certas 
Vário, vária, vários, várias 
Quanto, quanta, quantos, 
quantas 
Tanto, tanta, tantos, tantas 
Qualquer, quaisquer 
Qual, quais 
um, uma, uns, umas 
outrem 
 
onde 
alhures 
algures 
nenhures 
 
cada 
cada qual 
 
 
 
referem-se 
a lugares 
 
Pronomes Relativos 
 
 São aqueles que se referem-se ao termo antecedente em outra oração. 
 
Variáveis Invariáveis 
o qual, a qual, os quais, as quais que, quem, onde, como 
cujo, cuja, cujos, cujas 
quanto, quanta, quantos, quantas 
 
 
V E R B O 
 
É a palavra que exprime ação, estado, fato, ou fenômeno da natureza. 
 
Flexão em: 
 
a. de número e pessoa 
 
Eu jogo bola. (1ª pessoa do singular) / Nós jogamos bola. (1ª pessoa do plural) 
 
b. de tempo 
 
Jogo bola. ( PRESENTE - Indica um fato atual ou habitual) 
 
Joguei bola. (PRETÉRITO - Indica um fato passado) 
 
Jogarei bola. (FUTURO - Indica um fato que ainda vai acontecer) 
 
 c. de modo 
 
Jogo bola. (INDICATIVO - Expressa um fato real) 
 
Talvez hoje eu jogue bola. (SUBJUNTIVO - Dá ideia de dúvida) 
 
Jogue bola. (IMPERATIVO - Indica ordem) 
 
d. Vozes dos verbos 
 
 
Fernanda Uchôa 26 
a. Ativa: o sujeito pratica 
a ação (Netinho comprou o bingo.) 
 
b. Passiva: o sujeito sofre a ação (O bingo foi comprado por Netinho.) 
 
c. Reflexiva: o sujeito pratica e sofre a ação. (Gabi se contou.) 
 
Classificação Verbal 
 
Regulares – São os que seguem o modelo de sua conjugação: -ar (cantar), -er 
(vender), -ir (partir). 
 
Irregulares – Não acompanham nenhum modelo de conjugação, têm variações no 
radical ou nas desinências: dar, dizer, pedir, etc. 
 
Defectivos – Não são conjugados em todas as formas: demolir, falir, Doer, etc. E 
também verbos que indicam fenômeno da natureza e vozes de animais. 
 
Anômalos – Sofrem profundas modificações na conjugação: ser e ir 
 
Abundantes – São os que têm dois ou mais particípios: Nascer - nascido, nato 
 Tingir - tingido, tinto 
 
Auxiliares – Os que se ligam a outros verbos, na formação: 
 
a. dos tempos compostos: Tenho estudado 
 Havia saído 
 
b. das locuções verbais: Eles estão estudando. 
 Fui elogiado pelo professor. 
 Hei de vencer 
 
A D V É R B I O S 
 
É a palavra que modifica o verbo, o adjetivo e o próprio advérbio, indicando 
circunstância de tempo, modo lugar, negação, intensidade, dúvida, etc. É uma palavra 
invariável. 
 
 Principais advérbios: 
 
 a. lugar -- aqui, ali, lá, acolá, além... 
 b. tempo -- hoje, cedo, ontem, amanhã, já, tarde... 
 c. modo -- bem, mal, assim... e a maioria dos que terminam em -mente: 
tranqüilamente... 
 d. negação -- não 
 e. intensidade -- pouco, muito, bastante, mais, menos ... 
 f. dúvida -- talvez, acaso, porventura... 
 
Locução Adverbial -- é o grupo de palavras com valor de um advérbio: 
 
 a. Com certeza, ele chegará (Certamente, ele chegará) 
 
Fernanda Uchôa 27 
 b. À noite, fazia frio. 
I N T E R J E I Ç Õ E S 
 
São palavras invariáveis que traduzem as nossas emoções, os nossos 
sentimentos. 
 
a. Cuidado! olhe o sinal. 
b. Arre! até que enfim o encontro. 
 
P R E P O S I Ç Ã O 
 
É a palavra que estabelece uma ligação entre duas outras. 
 
Ex.: O bilhete trazia uma declaração de Amor. 
 
Algumas Preposições: 
 
A contra para sob após 
ante de perante sobre desde por 
trás até em sem com entre 
Combinação (não há perda de fonema): 
 
 a. Ele foi ao cinema. a (prep.) + o (artigo) 
 
Contração (há perda de fonema) 
 
 a. Elas gostam do Recife. de(prep.) + o (artigo) 
 
em + o = no 
em + a = na 
em + este = neste 
em + os + nos 
em + aquele = naquela 
 
de + o = do 
de + a = da 
de + este = deste 
de + os = dos 
de + aquele = daquele 
 
por + o = pelo 
por + a = pela 
por + os = pelos 
 
a + a = à 
a + aquele = àquela 
 
 
 
Fernanda Uchôa 28 
 
 
C O N J U N Ç Õ E S 
 
 É a palavra invariável que liga orações ou palavras que têm a mesma função. 
 
 Ex.: Ele caiu, mas não se machucou. 
 
 
Quadro das conjunções 
Principais Relações estabelecidas pelas Preposições 
 Autoria - Esta música é de Roberto Carlos. 
 Lugar - Estou em casa. 
 Tempo -Eu viajei durante as férias. 
 Modo ou conformidade - Vamos escolher por sorteio. 
 Causa - Estou tremendo de frio 
 Assunto - Não gosto de falar sobre política. 
 Fim ou finalidade - Eu vim para ficar 
 Instrumento - Paulo feriu- se com a faca. 
 Companhia - Hoje vou sair com meus amigos. 
 Meio - Voltarei a andar a cavalo. 
 Matéria - Devolva-me meu anel de prata. 
 Posse - Este é o carro de João. 
 Oposição - O Flamengo jogou contra Fluminense. 
 Conteúdo - Tomei um copo de (com) vinho. 
 Preço - Vendemos o filhote de nosso cachorro a (por) R$ 300,00. 
 Origem - Você descende de família humilde. 
 Especialidade - João formou-se em Medicina. 
 Destino ou direção - Olhe para frente! 
 
Fernanda Uchôa 29 
Coordenadas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Subordinadas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ideia de soma 
Ideia contrária 
Ideia de escolha 
Ideia de conclusão 
Ideia de explicação 
 
Fernanda Uchôa 30 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sintaxe e Morfossintaxe 
 
Sujeito 
Ser de quem se fala. 
 
Classificação 
Simples Só um núcleo -Lucas comprou uma casa. 
Composto Mais de um núcleo -Elis e Simone são cantoras. 
Oculto É identificado pela terminação verbal -Não saímos hoje. 
-Pegaste a minha bola? 
Indeterminado Não se pode ser identificado. 
 Existem dois casos: 
1- Verbo na terceira pessoa 
 
 
-Levaram os documentos. 
Ideia de causa 
Ideia de consequência 
Ideia de comparação 
Ideia de conformidade 
Um fato não impede o outro de acontecer 
Ideia de condição 
Uma ação acontece ao mesmo tempo em que 
a outra 
Ideia de tempo 
Ideia de finalidade 
 
Fernanda Uchôa 31 
2- Verbo na terceira pessoa + 
 o pronome SE 
 
-Vive-se muito bem aqui. 
Oração sem 
sujeito 
Pode ocorrer oração sem sujeito em: 
1- Verbo Haver = existir 
 
2- Verbos Indicando Tempo 
 
 
3- Verbos Indicando Fenômeno da 
Natureza 
 
 
- Havia muitas soluções para o 
caso. 
-Faz muito tempo que não o 
vejo. 
- Já são três horas? 
 
- Choveu bastante hoje. 
 
PREDICADO 
 
 É tudo aquilo que é comunicado. 
 
Classificação 
 
NominalQuando o seu núcleo tem um nome 
 (predicativo do sujeito) e o verbo é de 
ligação. 
 
 
- Gabriela é linda 
 
 
 
 
 
 
Verbal 
Quando o seu núcleo tem um verbo: 
1- Verbo Intransitivo (sem complemento) 
2- Verbo transitivo Direto 
 (pede complemento sem preposição) 
3- Verbo transitivo indireto 
 (pede complemento com preposição) 
4- Verbo transitivo direto e indireto 
(pede complemento sem e com 
preposição) 
- Netinho saiu às pressas. 
 
 
- Manoel comprou um CD. 
 
 
- Manoella gosta de sorvete. 
 
 
- Walter deu um sofá à Marina. 
 
 
Verbo-
Nominal 
Quando tem um núcleo que é verbo 
 e outro que é nome.(verbo de ação + 
predicativo do sujeito) 
 
- Zelita tem uma casa 
espaçosa. 
 
 
OBS.: 1- Verbo Transitivo direto tem em seu complemento o objeto direto. 
 
 Ex.: Gabriela tem uma boneca. 
 objeto direto 
 
 2- Verbo transitivo Indireto tem em seu complemento o objeto indireto. 
 
 Ex.: Manoella cuida do jardim. 
 objeto indireto 
 
 
Fernanda Uchôa 32 
 
ADJUNTO ADNOMINAL 
 
 Pode ocorrer no sujeito ou predicado. 
 
 É o termo (artigo, adjetivo, locução adjetiva, pronome e numeral) que acompanha 
um núcleo, um substantivo, determinando ou modificando-o. 
 
 Ex.: O meu irmão caçula tem dois filhos. 
 O filho de Paulo é danado. 
 
COMPLEMENTO NOMINAL 
 
 Pode ocorrer no sujeito ou no predicado. É a expressão preposicionada que 
completa o sentido de um substantivo, adjetivo ou de um advérbio geralmente abstrato. 
 
 Ex.: A falta de dinheiro atrapalha a vida do brasileiro. 
 A criança tem confiança nos mais velhos. 
 
ADJUNTO ADVERBIAL 
 
 Termo que acrescenta uma circunstância a um verbo, a um adjetivo, a outro 
advérbio ou a toda oração. 
 
 Ex.: Ontem eu vi um menino correndo. 
 Adj. Adv. de Tempo 
 
 Ela fala muito e rapidamente 
 
 Adj. Adv. de modo 
 
 Adj. Adv. de intensidade 
APOSTO 
 
 Pode ocorrer no sujeito ou no predicado. É uma expressão de valor nominal que 
explica outro termo que a precede, pode vir entre vírgulas, dois pontos e travessão. 
 
 Ex.: Walter, meu pai, é muito esforçado. 
 Marina comprou tudo isso: sofá, geladeira e som. 
VOCATIVO 
 
 Termo classificado à parte, expressa chamamento, não se relaciona a nenhum 
outro termo da oração. Pode vir no começo, no meio ou no fim. 
 
 Ex.: Garçom, a conta por favor. 
 
 Voa, andorinha. 
 
AGENTE DA PASSIVA 
 
É o termo que pratica a ação do verbo transitivo direto na voz passiva. 
 
 
Fernanda Uchôa 33 
 
Ex.: A casa foi pintada por um homem estranho. 
 
 
 
 
 
 
 
Morfologia (classe) 
 
 
Sintaxe (função) 
 
 
 
 
1. Substantivo 
 
 
 
 
 
2. Verbo 
 
 
3. Artigo 
 
4. Adjetivo (Loc. Adjetiva) 
 
5. Numeral 
 
 adjetivo 
6. Pronome 
 substantivo 
 
7. Advérbio (Loc. Adverbial) 
 
8. Preposição 
 
9. Conjunção 
 
10. Interjeição 
 
 sujeito 
 objeto direto 
 objeto indireto 
Núcleo do predicativo 
 complemento nominal 
 agente da passiva 
 aposto 
 vocativo 
 
Núcleo do predicado verbal e 
do predicado verbo-nominal 
 
adjunto adnominal 
 
adjunto adnominal e predicativo 
 
adjunto adnominal e predicativo 
 
adjunto adnominal e predicativo 
 
tem as mesmas funções do substantivo 
 
adjunto Adverbial 
 
(conectivo) 
 não tem 
(conectivo) função 
 Sintática 
(elemento afetivo, emotivo) 
 
 
Frase, oração e período. 
 
ATENÇÃO: 
O substantivo 
pode exercer 
funções 
secundárias de 
adjunto 
adnominal (na 
loc. Adjetiva) e 
de adjunto 
adverbial (na 
loc. Adverbial). 
ATENÇÃO: 
O verbo de ligação 
relaciona o 
predicativo ao sujeito. 
 
Fernanda Uchôa 34 
Frase 
É o enunciado com sentido completo, capaz de fazer uma comunicação. 
Na frase é facultativo o uso do verbo. 
 Exemplos: 
 
- Atenção! 
- Que frio! 
- A China passa por dificuldades. 
 
As frases classificam-se em: 
Declarativa: faz uma declaração. “Os olhos luziam de muita vida...” (Machado de Assis) 
Interrogativa: utiliza uma pergunta. “Entro num drama ou saio de uma comédia?” 
(Machado de Assis) 
Exclamativa: expressa sentimento. “Que imenso poeta, D. Guiomar!” (Machado de 
Assis) 
Imperativa: dá uma ordem ou pedido. “Chegue-se mais perto...” (Machado de Assis) 
Optativa: expressa um desejo. "Tomara que você passe na prova". 
“Vou-me embora.”, o enunciado fornece uma mensagem, porém usou verbo é o que 
chamamos de oração. 
 
Oração 
É o enunciado com sentido que se estrutura com base em um verbo. 
Na oração é preciso usar verbo ou locução verbal 
 
Exemplos: 
- A fábrica, hoje, produziu bem. 
- Homens e mulheres são iguais perante a lei. 
“- O senhor tem sempre um cumprimento de reserva: vejo que não perdeu o tempo na 
academia, Vou-me embora.”, o enunciado apresenta uma mensagem em que se 
utilizou vários verbos é o que chamamos de período. 
 
Período 
É a oração composta por um ou mais verbos. 
O período classifica-se em: 
 
Simples: tem apenas uma oração. 
- “As senhoras como se chamam?” (Machado de Assis) 
 
Composto: tem duas ou mais orações. 
- “Um deles perguntou-lhes familiarmente se iam consultar a adivinha”. (Machado de 
Assis) 
 
Há dois tipos de período composto: 
 
1. PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO 
 
Fernanda Uchôa 35 
 
As orações coordenadas não mantêm entre si dependência gramatical, são 
independentes. Existe entre elas, evidentemente, uma relação de sentido, mas do 
ponto de vista sintático, uma não depende da outra. A essas orações independentes, 
dá-se o nome de orações coordenadas, que podem ser assindéticas ou sindéticas. 
 
 A conexão entre as duas primeiras é feita exclusivamente por uma pausa, 
representada na escrita por uma vírgula. Entre a segunda e a terceira, é feita pelo uso 
da conjunção "e". As orações coordenadas que se ligam umas às outras apenas por 
uma pausa, sem conjunção, são chamadas assindéticas. É o caso de "As luzes 
apagam-se" e "abrem-se as cortinas". As orações coordenadas introduzidas por uma 
conjunção são chamadas sindéticas. No exemplo acima, a oração "e começa o 
espetáculo" é coordenada sindética, pois é introduzida pela conjunção coordenativa "e". 
 
Exemplo: 
Corram depressa e saiam pela direita! 
Ele sabia a verdade mas ela negou tudo. 
 
Classificação das Orações Coordenadas Sindéticas 
 
 De acordo com o tipo de conjunção que as introduz, as orações coordenadas 
sindéticas podem ser: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas ou explicativas. 
 
a) Aditivas 
 
 Expressam ideia de adição, acrescentamento. Normalmente indicam fatos, 
acontecimentos ou pensamentos dispostos em sequência. As conjunções 
coordenativas aditivas típicas são "e" e "nem" (= e + não). Introduzem as orações 
coordenadas sindéticas aditivas. 
 
Por Exemplo: 
 
Discutimos várias propostas e analisamos possíveis soluções. 
As orações sindéticas aditivas podem também estar ligadas pelas locuções não só... 
mas (também), tanto...como, e semelhantes. Essas estruturas costumam ser usadas 
quando se pretende enfatizar o conteúdo da segunda oração. Veja: 
 
Chico Buarque não só canta, mas também (ou como também) compõe muito bem. 
Não só provocaram graves problemas, mas (também) abandonaram os projetos de 
reestruturação social do país. 
Obs.: como a conjunção "nem" tem o valor da expressão "e não", condena-se na língua 
culta a forma "e nem" para introduzir orações aditivas. 
 
Por Exemplo: 
 
Não discutimos várias propostas, nem (= e não) analisamos quaisquer soluções. 
 
 
Fernanda Uchôa 36 
b) Adversativas 
 
 Exprimem fatos ou conceitos que se opõem ao que se declara na oração coordenada 
anterior, estabelecendo contraste ou compensação. "Mas" é a conjunção adversativa 
típica. Além dela, empregam-se: porém, contudo,todavia, entretanto e as locuções no 
entanto, não obstante, nada obstante. Introduzem as orações coordenadas sindéticas 
adversativas. 
 
Veja os exemplos: 
 
"O amor é difícil, mas pode luzir em qualquer ponto da cidade." (Ferreira Gullar) 
O país é extremamente rico; o povo, porém, vive em profunda miséria. 
Tens razão, contudo controle-se. 
Renata gostava de cantar, todavia não agradava. 
O time jogou muito bem, entretanto não conseguiu a vitória. 
 
c) Alternativas 
 
 Expressam ideia de alternância de fatos ou escolha. Normalmente é usada a 
conjunção "ou". Além dela, empregam-se também os pares: ora... ora, já... já, quer... 
quer, seja... seja, etc. Introduzem as orações coordenadas sindéticas alternativas. 
 
Exemplos: 
 
Diga agora ou cale-se para sempre. 
Ora age com calma, ora trata a todos com muita aspereza. 
Estarei lá, quer você permita, quer você não permita. 
Obs.: nesse último caso, o par "quer...quer" está coordenando entre si duas orações 
que, na verdade, expressam concessão em relação a "Estarei lá". É como 
disséssemos: "Embora você não permita, estarei lá". 
 
d) Conclusivas 
 
Exprimem conclusão ou consequência referentes à oração anterior. As conjunções 
típicas são: logo, portanto e pois (posposto ao verbo). Usa-se ainda: então, assim, por 
isso, por conseguinte, de modo que, em vista disso, etc. Introduzem as orações 
coordenadas sindéticas conclusivas. 
 
Exemplos: 
 
Não tenho dinheiro, portanto não posso pagar. 
A situação econômica é delicada; devemos, pois, agir cuidadosamente. 
O time venceu, por isso está classificado. 
Aquela substância é toxica, logo deve ser manuseada cautelosamente. 
 
e) Explicativas 
 
 
Fernanda Uchôa 37 
 
Indicam uma justificativa ou uma explicação referente ao fato expresso na declaração 
anterior. As conjunções que merecem destaque são: que, porque e pois 
(obrigatoriamente anteposto ao verbo). Introduzem as orações coordenadas sindéticas 
explicativas. 
 
Exemplos: 
 
Vou embora, que cansei de esperá-lo. 
Vinícius devia estar cansado, porque estudou o dia inteiro. 
Cumprimente-o, pois hoje é o seu aniversário. 
 
 
2. PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO 
Este tipo de período é formado por uma oração principal que é complementada com 
uma ou mais orações subordinadas. Estas orações poderão exercer a função de 
sujeito, complemento nominal, adjunto adverbial, adjunto adnominal, etc, dentro da 
estrutura da oração principal. 
Exemplo: 
A polícia sabia que havia pessoas no prédio. 
Quando eu voltar, farei o jantar. 
 
Forma das Orações Subordinadas 
 
Observe o exemplo abaixo de Vinícius de Moraes: 
 
 "Eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto." 
Oração Principal Oração Subordinada 
 
Observe que na Oração Subordinada temos o verbo "existe", que está conjugado na 
terceira pessoa do singular do presente do indicativo. As orações subordinadas que 
apresentam verbo em qualquer dos tempos finitos (tempos do modo do indicativo, 
subjuntivo e imperativo), são chamadas de orações desenvolvidas ou explícitas. 
 
Podemos modificar o período acima. Veja: 
 
 Eu sinto existir em meu gesto o teu gesto. 
Oração Principal Oração Subordinada 
 
Observe que a análise das orações continua sendo a mesma: "Eu sinto" é a oração 
principal, cujo objeto direto é a oração subordinada "existir em meu gesto o teu gesto". 
Note que a oração subordinada apresenta agora verbo no infinitivo. Além disso, a 
conjunção que, conectivo que unia as duas orações, desapareceu. As orações 
subordinadas cujo verbo surge numa das formas nominais (infinitivo - flexionado ou não 
- , gerúndio ou particípio) chamamos orações reduzidas ou implícitas. 
 
 
 
Fernanda Uchôa 38 
 
1) ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS 
 
A oração subordinada substantiva tem valor de substantivo e vem introduzida, 
geralmente, por conjunção integrante (que, se). 
 
Classificação das Orações Subordinadas Substantivas 
 
De acordo com a função que exerce no período, a oração subordinada substantiva 
pode ser: 
 
a) Subjetiva 
 
É subjetiva quando exerce a função sintática de sujeito do verbo da oração principal. 
Observe: 
 
É fundamental o seu comparecimento à reunião. 
 Sujeito 
É fundamental que você compareça à reunião. 
Oração Principal Oração Subordinada Substantiva Subjetiva 
Atenção: 
 
Observe que a oração subordinada substantiva pode ser substituída pelo pronome " 
isso". Assim, temos um período simples: 
 
É fundamental isso ou Isso é fundamental. 
 
Dessa forma, a oração correspondente a "isso" exercerá a função de sujeito. 
 
 Veja algumas estruturas típicas que ocorrem na oração principal: 
 
1- Verbos de ligação + predicativo, em construções do tipo: 
 
É bom - É útil - É conveniente - É certo - Parece certo - É claro - Está evidente - Está 
comprovado 
Por Exemplo: 
 
É bom que você compareça à minha festa. 
 
2- Expressões na voz passiva, como: 
 
Sabe-se - Soube-se - Conta-se - Diz-se - Comenta-se - É sabido - Foi anunciado - Ficou 
provado 
Por Exemplo: 
 
Sabe-se que Aline não gosta de Pedro. 
 
 
Fernanda Uchôa 39 
3- Verbos como: 
 
convir - cumprir - constar - admirar - importar - ocorrer - acontecer 
Por Exemplo: 
 
Convém que não se atrase na entrevista. 
 
 
b) Objetiva Direta 
 
A oração subordinada substantiva objetiva direta exerce função de objeto direto do 
verbo da oração principal. 
 
Por Exemplo: 
 
Todos querem sua aprovação no vestibular. 
 Objeto Direto 
 
Todos querem que você seja aprovado. (Todos querem isso) 
Oração Principal Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta 
 
 
As orações subordinadas substantivas objetivas diretas desenvolvidas são iniciadas 
por: 
 
1- Conjunções integrantes "que" (às vezes elíptica) e "se": 
 
Por Exemplo: 
 
A professora verificou se todos alunos estavam presentes. 
2- Pronomes indefinidos que, quem, qual, quanto (às vezes regidos de preposição), 
nas interrogações indiretas: 
 
Por Exemplo: 
 
O pessoal queria saber quem era o dono do carro importado. 
3- Advérbios como, quando, onde, por que, quão (às vezes regidos de preposição), nas 
interrogações indiretas: 
 
Por Exemplo: 
 
Eu não sei por que ela fez isso. 
 
c) Objetiva Indireta 
 
A oração subordinada substantiva objetiva indireta atua como objeto indireto do verbo 
da oração principal. Vem precedida de preposição. 
 
Fernanda Uchôa 40 
 
Por Exemplo: 
 
Meu pai insiste em meu estudo. 
 Objeto Indireto 
 
Meu pai insiste em que eu estude. (Meu pai insiste nisso) 
 Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta 
Obs.: em alguns casos, a preposição pode estar elíptica na oração. 
 
Por Exemplo: 
 
Marta não gosta (de) que a chamem de senhora. 
 Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta 
 
d) Completiva Nominal 
 
A oração subordinada substantiva completiva nominal completa um nome que pertence 
à oração principal e também vem marcada por preposição. 
 
Por Exemplo: 
 
Sentimos orgulho de seu comportamento. 
 Complemento Nominal 
 
Sentimos orgulho de que você se comportou. (Sentimos orgulho disso.) 
 Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal 
e) Predicativa 
 
 A oração subordinada substantiva predicativa exerce papel de predicativo do sujeito 
do verbo da oração principal e vem sempre depois do verbo ser. 
 
Por Exemplo: 
 
Nosso desejo era sua desistência. 
 Predicativo do Sujeito 
 
Nosso desejo era que ele desistisse. (Nosso desejo era isso.) 
 Oração Subordinada Substantiva Predicativa 
Obs.: em certos casos, usa-se a preposição expletiva "de" para realce. Veja o exemplo: 
 
A impressão é de que não fui bem naprova. 
 
f) Apositiva 
 
A oração subordinada substantiva apositiva exerce função de aposto de algum termo 
da oração principal. 
 
Fernanda Uchôa 41 
 
Por Exemplo: 
 
Fernanda tinha um grande sonho: a chegada do dia de seu casamento. 
 Aposto 
(Fernanda tinha um grande sonho: isso.) 
 
 
Fernanda tinha um grande sonho: que o dia do seu casamento chegasse. 
 Oração Subordinada Substantiva Apositiva 
 
 
2) ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS 
 
Uma oração subordinada adjetiva é aquela que possui valor e função de adjetivo, ou 
seja, que a ele equivale. As orações vêm introduzidas por pronome relativo e exercem a 
função de adjunto adnominal do antecedente. Observe o exemplo: 
 
Esta foi uma redação bem-sucedida. 
 Substantivo Adjetivo (Adjunto Adnominal) 
 
Note que o substantivo redação foi caracterizado pelo adjetivo bem-sucedida. Nesse 
caso, é possível formarmos outra construção, a qual exerce exatamente o mesmo 
papel. Veja: 
 
Esta foi uma redação que fez sucesso. 
 Oração Principal Oração Subordinada Adjetiva 
 
 Perceba que a conexão entre a oração subordinada adjetiva e o termo da oração 
principal que ela modifica é feita pelo pronome relativo que. Além de conectar (ou 
relacionar) duas orações, o pronome relativo desempenha uma função sintática na 
oração subordinada: ocupa o papel que seria exercido pelo termo que o antecede. 
Classificação das Orações Subordinadas Adjetivas 
 
Na relação que estabelecem com o termo que caracterizam, as orações subordinadas 
adjetivas podem atuar de duas maneiras diferentes. Há aquelas que restringem ou 
especificam o sentido do termo a que se referem, individualizando-o. Nessas orações 
não há marcação de pausa, sendo chamadas subordinadas adjetivas restritivas. 
Existem também orações que realçam um detalhe ou amplificam dados sobre o 
antecedente, que já se encontra suficientemente definido, as quais denominam-se 
subordinadas adjetivas explicativas. 
 
Exemplo 1: 
 
Jamais teria chegado aqui, não fosse a gentileza de um homem que passava naquele 
momento. 
 Or Subord Adjetiva Restritiva 
 
Fernanda Uchôa 42 
 
Nesse período, observe que a oração em destaque restringe e particulariza o sentido 
da palavra "homem": trata-se de um homem específico, único. A oração limita o 
universo de homens, isto é, não se refere a todos os homens, mas sim àquele que 
estava passando naquele momento. 
 
Exemplo 2: 
 
O homem, que se considera racional, muitas vezes age animalescamente. 
 Oração Subordinada Adjetiva Explicativa 
 
Nesse período, a oração em destaque não tem sentido restritivo em relação à palavra 
"homem": na verdade, essa oração apenas explicita uma ideia que já sabemos estar 
contida no conceito de "homem" 
 
 
3) ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS 
 
Uma oração subordinada adverbial é aquela que exerce a função de adjunto adverbial 
do verbo da oração principal. Dessa forma, pode exprimir circunstância de tempo, 
modo, fim, causa, condição, hipótese, etc. Quando desenvolvida, vem introduzida por 
uma das conjunções subordinativas (com exclusão das integrantes). Classifica-se de 
acordo com a conjunção ou locução conjuntiva que a introduz. Observe os exemplos 
abaixo: 
 
Naquele momento, senti uma das maiores emoções de minha vida. 
Adjunto Adverbial 
 
Quando vi a estátua, senti uma das maiores emoções de minha vida. 
Oração Subordinada Adverbial 
 
No primeiro período, "naquele momento" é um adjunto adverbial de tempo, que modifica 
a forma verbal "senti". No segundo período, esse papel é exercido pela oração "Quando 
vi a estátua", que é, portanto, uma oração subordinada adverbial temporal. Essa oração 
é desenvolvida, pois é introduzida por uma conjunção subordinativa (quando) e 
apresenta uma forma verbal do modo indicativo ("vi", do pretérito perfeito do indicativo). 
Seria possível reduzi-la, obtendo-se: 
 
Ao ver a estátua, senti uma das maiores emoções de minha vida. 
A oração em destaque é reduzida, pois apresenta uma das formas nominais do verbo 
("ver" no infinitivo) e não é introduzida por conjunção subordinativa, mas sim por uma 
preposição ("a", combinada com o artigo "o"). 
 
 
Circunstâncias Expressas pelas Orações Subordinadas Adverbiais 
 
a) Causa 
 
Fernanda Uchôa 43 
 
 A ideia de causa está diretamente ligada àquilo que provoca um determinado fato, ao 
motivo do que se declara na oração principal. "É aquilo ou aquele que determina um 
acontecimento". 
 
Principal conjunção subordinativa causal: PORQUE 
Outras conjunções e locuções causais: como (sempre introduzido na oração anteposta 
à oração principal), pois, pois que, já que, uma vez que, visto que. 
 
Exemplos: 
 
As ruas ficaram alagadas porque a chuva foi muito forte. 
Como ninguém se interessou pelo projeto, não houve alternativa a não ser cancelá-lo. 
Já que você não vai, eu também não vou. 
Por ter muito conhecimento (= Porque/Como tem muito conhecimento), é sempre 
consultado. (Oração Reduzida de Infinitivo) 
 
b) Consequência 
 
As orações subordinadas adverbiais consecutivas exprimem um fato que é 
consequência, que é efeito do que se declara na oração principal. São introduzidas 
pelas conjunções e locuções: que, de forma que, de sorte que, tanto que, etc., e pelas 
estruturas tão... que, tanto... que, tamanho... que. 
 
Principal conjunção subordinativa consecutiva: QUE (precedido de tal, tanto, tão, 
tamanho) 
Exemplos: 
 
É feio que dói. (É tão feio que, em consequência, causa dor.) 
Nunca abandonou seus ideais, de sorte que acabou concretizando-os. 
Não consigo ver televisão sem bocejar. (Oração Reduzida de Infinitivo) 
Sua fome era tanta que comeu com casca e tudo. 
 
c) Condição 
 
Condição é aquilo que se impõe como necessário para a realização ou não de um fato. 
As orações subordinadas adverbiais condicionais exprimem o que deve ou não ocorrer 
para que se realize ou deixe de se realizar o fato expresso na oração principal. 
 
Principal conjunção subordinativa condicional: SE 
Outras conjunções condicionais: caso, contanto que, desde que, salvo se, exceto se, a 
não ser que, a menos que, sem que, uma vez que (seguida de verbo no subjuntivo). 
 
Exemplos: 
 
Se o regulamento do campeonato for bem elaborado, certamente o melhor time será 
campeão. 
 
Fernanda Uchôa 44 
 
Uma vez que todos aceitem a proposta, assinaremos o contrato. 
Caso você se case, convide-me para a festa. 
Não saia sem que eu permita. 
Conhecendo os alunos (= Se conhecesse os alunos), o professor não os teria punido. 
(Oração Reduzida de Gerúndio) 
 
d) Concessão 
 
 As orações subordinadas adverbiais concessivas indicam concessão às ações do 
verbo da oração principal, isto é, admitem uma contradição ou um fato inesperado. A 
ideia de concessão está diretamente ligada ao contraste, à quebra de expectativa. 
 
Principal conjunção subordinativa concessiva: EMBORA 
Utiliza-se também a conjunção: conquanto e as locuções ainda que, ainda quando, 
mesmo que, se bem que, posto que, apesar de que. 
 
Observe este exemplo: 
 
Só irei se ele for. 
A oração acima expressa uma condição: o fato de "eu" ir só se realizará caso essa 
condição for satisfeita. 
 
Compare agora com: 
 
Irei mesmo que ele não vá. 
A distinção fica nítida; temos agora uma concessão: irei de qualquer maneira, 
independentemente de sua ida. A oração destacada é, portanto, subordinada adverbial 
concessiva. 
 
Observe outros exemplos: 
 
Embora fizesse calor, levei agasalho. 
Conquanto a economia tenha crescido, pelo menos metade da população continua à 
margem do mercado de consumo. 
Foi aprovado sem estudar (= sem que estudasse / embora não estudasse). (reduzida 
de infinitivo) 
 
e) Comparação 
 
As orações subordinadas adverbiais comparativas estabelecem uma comparação com 
a ação indicada pelo verbo da oração principal.Principal conjunção subordinativa comparativa: COMO 
Por Exemplo: 
 
Ele dorme como um urso. 
 
Fernanda Uchôa 45 
 
Utilizam-se com muita frequência as seguintes estruturas que formam o grau 
comparativo dos adjetivos e dos advérbios: tão... como (quanto), mais (do) que, menos 
(do) que. Veja os exemplos: 
 
Sua sensibilidade é tão afinada quanto a sua inteligência. 
 
O orador foi mais brilhante do que profundo. 
 
 
f) Conformidade 
 
As orações subordinadas adverbiais conformativas indicam ideia de conformidade, ou 
seja, exprimem uma regra, um modelo adotado para a execução do que se declara na 
oração principal. 
 
Principal conjunção subordinativa conformativa: CONFORME 
Outras conjunções conformativas: como, consoante e segundo (todas com o mesmo 
valor de conforme). 
 
Exemplos: 
 
Fiz o bolo conforme ensina a receita. 
Consoante reza a Constituição, todos os cidadãos têm direitos iguais. 
Segundo atesta recente relatório do Banco Mundial, o Brasil é o campeão mundial de 
má distribuição de renda. 
 
g) Finalidade 
 
As orações subordinadas adverbiais finais indicam a intenção, a finalidade daquilo que 
se declara na oração principal. 
 
Principal conjunção subordinativa final: A FIM DE QUE 
Outras conjunções finais: que, porque (= para que) e a locução conjuntiva para que. 
 
Por Exemplo: 
 
Aproximei-me dela a fim de que ficássemos amigos. 
Felipe abriu a porta do carro para que sua namorada entrasse. 
 
h) Proporção 
 
As orações subordinadas adverbiais proporcionais exprimem ideia de proporção, ou 
seja, um fato simultâneo ao expresso na oração principal. 
 
Principal locução conjuntiva subordinativa proporcional: À PROPORÇÃO QUE 
 
 
Fernanda Uchôa 46 
 
Outras locuções conjuntivas proporcionais: à medida que, ao passo que. Há ainda as 
estruturas: quanto maior... (maior), quanto maior... (menor), quanto menor... (maior), 
quanto menor... (menor), quanto mais... (mais), quanto mais... (menos), quanto 
menos... (mais), quanto menos... (menos). 
 
Exemplos: 
 
À proporção que estudávamos, acertávamos mais questões. 
 
Visito meus amigos à medida que eles me convidam. 
 
Quanto maior for a altura, maior será o tombo. 
 
Lembre-se: 
 
À medida que é uma conjunção que expressa ideia de proporção; portanto, pode ser 
substituída por "à proporção que". 
Na medida em que exprime uma ideia de causa e equivale a "tendo em vista que" e só 
nesse sentido deve ser usada. 
 
Por Exemplo: 
Na medida em que não há provas contra esse homem, ele deve ser solto. 
Atenção: não use as formas “à medida em que” ou “na medida que”. 
 
i) Tempo 
 
As orações subordinadas adverbiais temporais acrescentam uma ideia de tempo ao 
fato expresso na oração principal, podendo exprimir noções de simultaneidade, 
anterioridade ou posterioridade. 
 
Principal conjunção subordinativa temporal: QUANDO 
Outras conjunções subordinativas temporais: enquanto, mal e locuções conjuntivas: 
assim que, logo que, todas as vezes que, antes que, depois que, sempre que, desde 
que, etc. 
 
Exemplos: 
 
Quando você foi embora, chegaram outros convidados. 
Sempre que ele vem, ocorrem problemas. 
Mal você saiu, ela chegou. 
Terminada a festa, todos se retiraram. (= Quando terminou a festa) (Oração Reduzida 
de Particípio) 
 
Há também casos em que um mesmo período é composto por COORDENAÇÃO E 
SUBORDINAÇÃO. 
 
 
Fernanda Uchôa 47 
 
Neste caso, o período possui dois tipos de relação: subordinação e coordenação. No 
caso abaixo, há uma oração principal, que possui duas orações subordinadas a ela, e 
estas duas orações são coordenadas entre si. 
 
Observe: 
É bom que ela venha amanhã e traga os livros. 
 
Observe que a oração “que ela venha amanhã” não possui nenhum tipo de 
dependência com a oração “(que ela) traga os livros”. Contudo, ambas são 
subordinadas à oração principal, iniciada com “É bom que...”. 
 
Exercícios 
 1. (UF-MG) Em todas as alternativas, o termo em negrito exerce a função de sujeito, 
exceto em: 
 a) Quem sabe de que será capaz a mulher de seu sobrinho? 
 b) Raramente se entrevê o céu nesse aglomerado de edifícios. 
 c) Amanheceu um dia lindo, e por isso todos correram às piscinas. 
 d) Era somente uma velha, jogada num catre preto de solteiros. 
 e) É preciso que haja muita compreensão para com os amigos. 
 2. (FMU) Em "Eu era enfim, senhores, uma graça de alienado.", os termos da 
oração grifados são respectivamente, do ponto de vista sintático: 
 a) adjunto adnominal, vocativo, predicativo do sujeito 
 b) adjunto adverbial, aposto, predicativo do objeto 
 c) adjunto adverbial, vocativo, predicativo do sujeito 
 d) adjunto adverbial, vocativo, objeto direto 
 e) adjunto adnominal, aposto, predicativo do sujeito 
 3. (PUC) "O homem está imerso num mundo ao qual percebe ..." A palavra em 
negrito é: 
 a) objeto direto preposicionado 
 b) objeto indireto 
 c) adjunto adverbial 
 d) agente da passiva 
 e) adjunto adnominal 
 4. (CESGRANRIO) Assinale a frase cujo predicado é verbo-nominal: 
 a) "Que segredos, amiga minha, também são gente ..." 
 b) "... eles não se vexam dos cabelos brancos ..." 
 
Fernanda Uchôa 48 
 
 c) "... boa vontade, curiosidade, chama-lhe o que quiseres ..." 
 d) "Fiquemos com este outro verbo." 
 e) "... o assunto não teria nobreza nem interesse ..." 
 5. (UC-MG) A classificação dos verbos sublinhados, quanto à predicação, foi feita 
corretamente em: 
a. "Não nos olhou o rosto. A vergonha foi enorme." - transitivo direto e indireto 
b. "Procura insistentemente perturbar-me a memória." - transitivo direto 
c. "Fiquei, durante as férias, no sítio de meus avós." - de ligação 
d. "Para conseguir o prêmio, Mário reconheceu-nos imediatamente." - transitivo 
indireto 
e. "Ela nos encontrará, portanto é só fazer o pedido." - transitivo indireto 
 6. (UF-UBERLÂNDIA) "Ele observou-a e achou aquele gesto feio, grosseiro, 
masculinizado." Os termos sublinhados são: 
 a) predicativos do objeto b) predicativos do sujeito 
 c) adjuntos adnominais d) objetos diretos 
 e) adjuntos adverbiais de modo 
 7. (MACK) Em "E quando o brotinho lhe telefonou, dias depois, comunicando que 
estudava o modernismo, e dentro do modernismo sua obra, para que o professor lhe 
sugerira contato pessoal com o autor, ficou assanhadíssimo e paternal a um tempo", 
os verbos assinalados são, respectivamente: 
a. transitivo direto, transitivo indireto, de ligação, transitivo direto e indireto 
b. transitivo direto e indireto, transitivo direto, transitivo indireto, de ligação 
c. transitivo indireto, transitivo direto e indireto, transitivo direto, de ligação 
d. transitivo indireto, transitivo direto, transitivo direto e indireto, de ligação 
e. transitivo indireto, transitivo direto e indireto, de ligação, transitivo direto 
 8. (PUC) Em: "Os sururus em família têm por testemunha a Gioconda", as expressões 
sublinhadas são: 
 a) complemento nominal - objeto direto 
 b) predicativo do objeto - objeto direto 
 c) objeto indireto - complemento nominal 
 d) objeto indireto - objeto indireto 
 e) complemento nominal - objeto direto preposicionado 
 
9. (UF-MG) Na frase: "Maria do Carmo tinha a certeza de que estava para ser 
mãe", a oração destacada é: 
a) subordinada substantiva objetiva indireta 
 
Fernanda Uchôa 49 
 
b) subordinada substantiva completiva nominal 
c) subordinada substantiva predicativa 
d) coordenada sindética conclusiva 
e) coordenada sindética explicativa 
 
10. (FM-SANTOS) A segunda oração do período? "Não sei no que pensas", é 
classificada como: 
a) substantiva objetiva direta d) coordenada explicativa 
b) substantiva completiva nominal e) substantiva objetiva indireta 
c) adjetiva restritiva 
 
11. (MACK) "Na „Partida Monção‟, não há uma atitude inventada. Há reconstituiçãode 
uma cena como ela devia ter sido na realidade." A oração sublinhada é: 
a) adverbial conformativa 
b) adjetiva 
c) adverbial consecutiva 
 d) adverbial proporcional 
e) adverbial causal 
 
12. (AMAN) No seguinte grupo de orações destacadas: 
1. É bom que você venha. 
2. Chegados que fomos, entramos na escola. 
3. Não esqueças que é falível. 
Temos orações subordinadas, respectivamente: 
a) objetiva direta, adverbial temporal, subjetiva 
b) subjetiva, objetiva direta, objetiva direta 
c) objetiva direta, subjetiva, adverbial temporal 
d) subjetiva, adverbial temporal, objetiva direta 
e) predicativa, objetiva direta, objetiva indireta 
 
 
 
Fernanda Uchôa 50 
 
13. (UF-PR) Na oração "Pássaro e lesma, o homem oscila entre o desejo de voar e o 
desejo de arrastar", Gustavo Corção empregou a vírgula: 
a) por tratar-se de antíteses 
b) para indicar a elipse de um termo 
c) para separar vocativo 
d) para separar uma oração adjetiva de valor restritivo 
e) para separar aposto 
 
14. (EPCAR) "Bem-aventurado, pensei eu comigo, aquele em que os afagos de uma 
tarde serena de primavera no silêncio da solidão produzem o torpor dos membros." 
No período em apreço, usaram-se vírgulas para separar: 
a) uma oração pleonástica 
b) uma oração coordenada assindética 
c) um adjunto deslocado 
d) elementos paralelos 
e) uma oração intercalada 
 
REGÊNCIA 
A sintaxe de regência estuda as relações de dependência das palavras nas 
orações e das orações no período. Ela divide-se em nominal(estuda o regime dos 
substantivos, adjetivos e advérbios) e verbal(estuda o regime dos verbos). 
REGÊNCIA NOMINAL 
É estabelecida por preposições que ligam um termo regido ou subordinado a um 
termo regente ou subordinante. Como já foi dito, o termo regente é sempre um nome, 
entendido como tal o substantivo, o adjetivo e o advérbio. 
Termo Regente Preposição Termo Regido 
Disposição(substantivo) para viajar. 
Nocivo(adjetivo) à saúde. 
Favoravelmente(advérbio) a todos. 
 
Fernanda Uchôa 51 
 
Relação de regências de alguns nomes: 
aceito a; adequado a; abrigado de; afável com, para com; alheio a; amante de; amigo 
de; amoroso com, para com; análogo a; ansioso de, por; anterior a; aparentado com; 
apto para, a; avaro de; avesso a; ávido de; bacharel em; benéfico a; bom para; 
caritativo com, para como; caro a; certo de; cheio de; cheiro a, de; compreensível a; 
comum a, de; conforme com, a; constante em; contíguo a; contrário a; devoto de; dócil 
a; doente de; doutor em; fácil de; favorável a; entendido em; erudito em; generoso com; 
hábil em; hostil a; ida a; idêntico a; idôneo para; leal a; lento em; liberal com; manco de; 
manso de; mau com, para, para com; mediano de, em; necessário a; nobre de, em, por; 
oblíquo a; oposto a; pálido de; pertinaz em; possuído de; querido de, por; rijo de; sábio 
em; tardo a; temeroso de; único em; útil a, para; vazio de. 
REGÊNCIA VERBAL 
Dá-se quando o termo regente é um verbo e este se liga a seu complemento por 
uma preposição ou não. Aqui é fundamental o conhecimento da transitividade verbal. 
A preposição, quando exigida, nem sempre aparece depois do verbo. Às vezes, 
ela pode ser empregada antes do verbo, bastando para isso inverter a ordem dos 
elementos da frase (Na rua dos Bobos, residia um grande poeta). Outras vezes, ela 
deve ser empregada antes do verbo, o que acontece nas orações iniciadas pelos 
pronomes relativos (O ideal a que aspira é nobre). 
Regência de alguns verbos: 
o ACONSELHAR (TD e I) 
Ex.: Aconselho-o a tomar o ônibus cedo / Aconselho-lhe tomar o ônibus 
cedo 
o AGRADAR 
No sentido de acariciar ou contentar (pede objeto direto - não tem 
preposição). 
Ex.: Agrado minhas filhas o dia inteiro / Para agradar o pai, ficou em casa 
naquele dia. 
No sentido de ser agradável, satisfazer (pede objeto indireto - tem 
preposição "a"). 
Ex.: As medidas econômicas do Presidente nunca agradam ao povo. 
 
Fernanda Uchôa 52 
o AGRADECER 
TD e I, com a prep. A. O objeto direto sempre será a coisa, e o objeto 
indireto, a pessoa. 
Ex.: Agradecer-lhe-ei os presentes / Agradeceu o presente ao seu 
namorado 
o AGUARDAR (TD ou TI) 
Ex.: Eles aguardavam o espetáculo / Eles aguardavam pelo espetáculo. 
o ASPIRAR 
No sentido sorver, absorver (pede objeto direto - não tem preposição) 
Ex.: Aspiro o ar fresco de Rio de Contas. 
No sentido de almejar, objetivar (pede objeto indireto - tem preposição "a") 
Ex.: Ele aspira à carreira de jogador de futebol 
 
Observação 
não admite a utilização do complemento lhe. No lugar, coloca-
se a ele, a ela, a eles, a elas. Também observa-se a 
obrigatoriedade do uso de crase, quando for TI seguido de 
substantivo feminino (que exija o artigo) 
o ASSISTIR 
No sentido de ver ou ter direito (TI - prep. A). 
Ex.: Assistimos a um bom filme / Assiste ao trabalhador o descanso 
semanal remunerado. 
No sentido de prestar auxílio, ajudar (TD ou TI - com a prep. A) 
Ex.: Minha família sempre assistiu o Lar dos Velhinhos. / Minha família 
sempre assistiu ao Lar dos Velhinhos. 
No sentido de morar é intransitivo, mas exige preposição EM. 
Ex.: Aspirando a um cargo público, ele vai assistir em Brasília.. 
 
Observação 
 
Fernanda Uchôa 53 
não admite a utilização do complemento lhe, quando significa 
ver. No lugar, coloca-se a ele, a ela, a eles, a elas. Também 
observa-se a obrigatoriedade do uso de crase, quando for TI 
seguido de substantivo feminino (que exija o artigo) 
o ATENDER 
Atender pode ser TD ou TI, com a prep. a. 
Ex.: Atenderam o meu pedido prontamente. / Atenderam ao meu pedido 
prontamente. 
No sentido de deferir ou receber (em algum lugar) pede objeto direto 
No sentido de tomar em consideração, prestar atenção pede objeto 
indireto com a preposição a 
 
Observação 
se o complemento for um pronomes pessoal referente a 
pessoa, só se emprega a forma objetiva direta (O diretor 
atendeu os interessados ou aos interessados / O diretor 
atendeu-os) 
o CERTIFICAR (TD e I) 
Admite duas construções: Quem certifica, certifica algo a alguém ou Quem 
certifica, certifica alguém de algo. 
 
Observação 
observa-se a obrigatoriedade do uso de crase, quando o OI for 
um substantivo feminino (que exija o artigo) 
Certifico-o de sua posse / Certifico-lhe que seria empossado / Certificamo-
nos de seu êxito no concurso / Certificou o escrivão do desaparecimento 
dos autos 
o CHAMAR 
TD, quando significar convocar. 
Ex.: Chamei todos os sócios, para participarem da reunião. 
TI, com a prep. POR, quando significar invocar. 
Ex.: Chamei por você insistentemente, mas não me ouviu. 
 
Fernanda Uchôa 54 
TD e I, com a prep. A, 
quando significar repreender. 
Ex.: Chamei o menino à atenção, pois estava conversando durante a aula 
/ Chamei-o à atenção. 
 
Observação 
A expressão "chamar a atenção de alguém" não significa 
repreender, e sim fazer se notado (O cartaz chamava a atenção 
de todos que por ali passavam) 
Pode ser TD ou TI, com a prep. A, quando significar dar qualidade. A 
qualidade (predicativo do objeto) pode vir precedida da prep. DE, ou não. 
Ex.: Chamaram-no irresponsável / Chamaram-no de irresponsável / 
Chamaram-lhe irresponsável / Chamaram-lhe de irresponsável. 
o CHEGAR, IR (Intrans.) 
Aparentemente eles têm complemento, pois quem vai, vai a algum lugar e 
quem chega, chega de. Porém a indicação de lugar é circunstância 
(adjunto adverbial de lugar), e não complementação. 
Esses verbos exigem a prep. A, na indicação de destino, e DE, na 
indicação de procedência. 
 
Observação 
Quando houver a necessidade da prep. A, seguida de um 
substantivo feminino (que exija o artigo a), ocorrerá crase (Vou 
à Bahia) 
No emprego mais freqüente, usam a preposição A e não EM 
Ex.: Cheguei tarde à escola. / Foi ao escritório de mau humor. 
Se houver idéia de permanência, o verbo ir segue-se da preposição 
PARA. 
Ex.: Se for eleito, ele irá para Brasília. 
Quando indicam meio de transporte no qual se chega ou se vai, então

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