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bairro Sta Rosalia em Sorocaba-SP

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1 III FÓRUM DE PESQUISA FAU.MACKENZIE I 2007 
ARQUITETURA INDUSTRIAL E INSERÇÃO URBANA: O CASO DA FÁBRICA SANTA ROSÁLIA EM 
SOROCABA1 
Marco Antonio Leite MassariΘ 
Ricardo Hernán MedranoΘ 
 
FIGURA 1 
 
1. INTRODUÇÃO 
Um empreendimento singular e muito significativo para a indústria no Brasil. Assim 
podemos definir a Fábrica Santa Rosália e sua vila operária, situada em Sorocaba (estado de 
São Paulo). Trata-se de uma indústria têxtil iniciada em 1890 que foi colocada em 
funcionamento em 1895 juntamente com sua vila operária, estando em atividade até o início 
dos anos 1990, quando foi fechada. A vila era constituída não apenas por casas, mas 
também incluía escolas (desde creche até ensino técnico), igreja, hospital, clube e cine-
teatro. Após anos de abandono, uma grande rede de supermercados instalou ali uma filial. 
O objetivo deste trabalho é estudar a relação arquitetônica e urbanística, no tempo, da 
Fábrica Santa Rosália com a cidade de Sorocaba, da qual foram mantidas somente as 
paredes externas, e que hoje é um hipermercado. 
Foi também de fundamental importância, como incentivo a esta pesquisa, a ênfase que tem 
sido dada nos últimos tempos à recuperação e preservação do patrimônio cultural, assim 
como as polêmicas suscitadas por intervenções realizadas em edifícios industriais. 
 
 
Θ Arquiteto formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Este trabalho foi realizado como uma pesquisa de 
Iniciação Científica CNPq/PIBIC 
Θ Físico (Unicamp, 1986), Arquiteto e Urbanista (Fauusp, 1992) e Doutor (Fauusp, 2003). Professor da Universidade 
Presbiteriana Mackenzie e Pesquisador Externo do Instituto de Arte Americana (Buenos Aires). Membro do Conselho 
Editorial da Revista Nossa América 
 
2 III FÓRUM DE PESQUISA FAU.MACKENZIE I 2007 
2. REFERENCIAL TEÓRICO 
A análise realizada neste trabalho tem como referências teóricas de discussão três linhas 
principais: A primeira refere-se à história da cidade de Sorocaba, em particular sobre sua 
arquitetura e urbanismo. Citamos como exemplo os trabalhos de Almeida, Bonadio, Cunha, 
Frioli, Prestes e Santos.2 
A segunda linha teórica refere-se às vilas operárias de fábricas. Sobre este tema citamos 
Blay, cujo trabalho possui um viés mais voltado para a sociologia, Bonduki, como parte de 
um estudo sobre habitação popular, e Phillip Gunn, que realizou com Telma de Barros 
Correia um extenso levantamento sobre as vilas operárias no Brasil. 3 
Por último, trabalhamos com a problemática do Patrimônio Industrial, onde utilizamos como 
referência conceitual principal o trabalho de Kühl, além de autores como Rufinoni e Saia. 4 
 
3. METODOLOGIA 
Esta pesquisa está apoiada em fontes primárias e secundárias. No primeiro caso são 
utilizados documentos cartográficos e iconográficos, em especial estes últimos, resultado de 
um levantamento que permitiu reunir um universo significativo de elementos para análise. 
Também foram muito importantes as entrevistas com ex-operários e outras pessoas 
envolvidas com a fábrica. 
Contamos ainda com o apoio de uma bibliografia ampla, que foi fundamental para os 
resultados obtidos. 
Estas fontes são as bases empíricas para a construção de um quadro abrangente sobre a 
história da fábrica e da vila operária, relacionando especialmente arquitetura e urbanismo. 
Para as etapas de análise fizemos uso de categorias do espaço construído, como traçado, 
quadra, lote, implantação, partido, fachada, estrutura e infra-estrutura, entre outras. 
Por último, trabalhamos os edifícios remanescentes sob a ótica da Preservação do 
Patrimônio Industrial, procurando conceituar a relação entre passado e presente. 
 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
4.1. BREVE HISTÓRIA DE SOROCABA 
a. DA FUNDAÇÃO AO TROPEIRISMO 
 
3 III FÓRUM DE PESQUISA FAU.MACKENZIE I 2007 
A cidade de Sorocaba situa-se a 96 km da capital do Estado de São Paulo, na região 
sudoeste. Tem como limites as seguintes cidades: ao Norte, Porto Feliz; ao Sul, Votorantim; 
ao Leste, Mairinque; a Nordeste, Itu; a Oeste, Araçoiaba da Serra; a Sudoeste Salto de 
Pirapora e a Noroeste, Iperó. Possui 552.194 habitantes 5 e uma área total de 456,0 Km². 6 
Foi fundada em 1654 por Balthazar Fernandes, e elevada à categoria de vila em três de 
março de 1661, sob o nome de Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba. No princípio era um 
pequeno povoado. Sua economia era baseada na subsistência e no bandeirantismo. O 
tropeirismo (comércio de animais de transporte, realizado nas chamadas feiras de muares, 
que serviriam para o trabalho na região das Minas Gerais) foi o fator responsável pelo seu 
grande crescimento e desenvolvimento nos séculos XVII e XVIII. Este comércio, juntamente 
com o mercado interno formado pelas atividades artesanais e produção caseira de artigos 
ligados ao tropeirismo (redes, arreios, armazéns, hospedarias, fábrica de facas, facões, 
ourivesaria e etc.) iriam ser os elementos únicos de sua economia até meados do século XIX. 
 
b. O CULTIVO DO ALGODÃO E A ESTRADA DE FERRO SOROCABANA: 
A riqueza advinda do comércio das tropas torna administrativa e politicamente, a Vila de 
Sorocaba no final do século XVIII a mais importante do interior do planalto Piratiningano. 
Isso irá culminar com o levante de 17 de maio de 1842, que proclamou a cidade, capital da 
província de São Paulo. “A figura central deste movimento liberal foi o então coronel Raphael 
Tobias de Aguiar.” 7 A revolução, no entanto, foi contida pelas tropas comandadas pelo 
então Barão de Caxias. 
No início da década de 1860, difunde-se pela Província e em particular na região de 
Sorocaba, o plantio do algodão herbáceo, impulsionado pelas empresas importadoras de 
algodão da Inglaterra. 
Seria uma fonte alternativa de suprimento das tecelagens inglesas, temporariamente 
impossibilitadas de serem abastecidas pela cultura de algodão no sul dos Estados Unidos 
(devido a Guerra da Secessão – 1861/65 – a Marinha, fiel ao governo central, bloqueou os 
portos sulistas impedindo a continuidade do comércio exterior). 
Somava-se agora ao comércio de animais, uma atividade agrícola que favoreceu o 
surgimento de unidades industriais destinadas ao beneficiamento do algodão: remoção dos 
caroços, limpeza, compactação dos caroços e enfardamento. Isso também se deveu ao fato 
do mercado inglês se desinteressar pela compra do algodão, dado o fato da cultura 
americana do mesmo ressurgir após o término Guerra civil americana. 
Outro fato relevante é a inauguração da Estrada de Ferro Sorocabana (EFS) em 1875, 
favorecendo a ligação de Sorocaba com a capital (São Paulo), o transporte de mercadorias, o 
surgimento do parque industrial têxtil e futuramente causando o declínio das feiras de 
muares. A iniciativa de um movimento em favor da criação de uma estrada de ferro que 
 
4 III FÓRUM DE PESQUISA FAU.MACKENZIE I 2007 
ligasse São Paulo a Sorocaba foi do húngaro Luís Matheus Maylasky, engenheiro e ex-oficial 
do exército de seu país. 
 
c. OS PRIMÓRDIOS DA INDUSTRIALIZAÇÃO E O SURGIMENTO DO PARQUE 
INDUSTRIAL TÊXTIL 
O surgimento do parque industrial têxtil de Sorocaba teve início com a implantação da 
Fábrica de Fiação e Tecidos Nossa Senhora da Ponte (conhecida também como Fábrica 
Fonseca), em 1881 por Manoel José da Fonseca, apesar de tentativas anteriores frustradas de 
Francisco de Paula Oliveira (tentou produzir seda) e Manoel Lopes de Oliveira (tentou 
implantar uma tecelagem, mas esbarrou em problemas de mão-de-obra e matéria-prima). 
No ano de 1890 fundam-se na cidade duas novas fábricas de tecidos, ambas distantes do 
centro urbano: A Votorantim e a Santa Rosália (objeto central deste estudo e detalhada no 
próximo item). 
Outras grandes indústrias têxteis implantadas em Sorocaba foram: a Fábrica Santa Maria, 
fundada em 1882; a Alvejaria, Tinturariae Estamparia São Paulo, que começa a operar em 
1909, dando origem à Companhia Nacional de Estamparia (CNE) e a Fábrica Santo Antônio, 
sendo concluída sua construção em 1913 em um terreno vizinho ao da Fábrica Nossa 
Senhora da Ponte. 
Apesar de distintas, todas as indústrias têxteis de Sorocaba possuíam algo em comum: eram 
grandes estruturas fabris com fachadas em alvenaria de tijolos aparentes e aspecto de 
arquitetura inglesa. Possuíam vilas operárias (sendo a Votorantim e a Santa Rosália 
“verdadeiras cidades em ponto reduzido”) 8 e benefícios aos operários. 
 
 
5 III FÓRUM DE PESQUISA FAU.MACKENZIE I 2007 
4.2. A FÁBRICA SANTA ROSÁLIA E SEU BAIRRO OPERÁRIO 
 
FIGURA 2 
A Fábrica Santa Rosália, como citado no item anterior, foi uma das primeiras fábricas a ser 
instalada em Sorocaba. A sua construção (1890), a instalação da fábrica e da vila operária 
(1895) deveu-se graças à sociedade formada por George Oetterer e seu genro Frank Speers. 
Foi constituída originalmente com capitais do conselheiro Francisco de Paula Mayrinky e de 
um grupo carioca. 9 
O nome da fábrica (da qual se originou o do bairro), segundo familiares dos fundadores, foi 
uma homenagem à mãe de George Oetterer – Rosália, descendente dos barões Von Poescsh. 
Há quem diga que a homenageada foi Maria Rosália Oetterer Speers, filha de George e 
mulher de Frank Speers. 
A administração de Oetterer e Speers foi notável. Só começa a passar por momentos difíceis 
quando falece o único filho homem de George – Carlos Malheiros Oetterer – que seria o 
futuro administrador. Ambos em idades avançadas passam a direção da fábrica a Jorge 
Mário Speers, sobrinho de George, que se revelou não eficiente. Assim, a família perde o 
controle da indústria para a CNE – Companhia Nacional de Estamparia. 10 
Em 1914, ainda sob posse de Oetterer & Speers, contudo já com o nome de Fábrica de 
Tecidos Santa Rosália S. A., ela contava com: um ramal da E.F. Sorocabana, 30.168 fusos, 
625 teares e 60 cardas, um capital de 3.200.000$000, 840 operários de ambos os sexos e 
uma produção mensal de 100.000 metros de algodãozinho, o que consumia 80.000 kg de 
 
6 III FÓRUM DE PESQUISA FAU.MACKENZIE I 2007 
algodão (quase todo cultivado no próprio município). Sua vila anexa possuía 270 casas, 
praça ajardinada, escola, creche, refeitório, consultório médico, armazém, corpo musical 
(banda da companhia), iluminação elétrica e serviço de água encanada. 
Sob comando dos Kenworthy a empresa prosperava e seguia sua grande produção. Segundo 
Bonadio: “A empresa dos Kenworthy esbarrou numa dificuldade inesperada. O empresário 
inglês tivera quatro filhos homens, aos quais preparou para sucedê-lo. De modo 
surpreendente, todos morreram antes de alcançar quarenta anos de idade. Assim, na 
velhice, ele se viu na contingência de retomar a atividade à frente das fábricas e cuidar das 
noras e dos netos. Seus descendentes negociaram a CNE com Severino Pereira da Silva”. 11 
Em 1940 a Fábrica de Tecidos Santa Rosália S. A. e a Companhia Nacional de Estamparia 
passaram para o controle do Sr. Severino Pereira da Silva, “industrial pernambucano que já 
se notabilizava no Rio de Janeiro e em Minas Gerais por arrojadas iniciativas”. 12 
Por dez anos, o panorama da CNE era o seguinte: mais de 5.000 operários, 3.000 teares, 
uma produção de 80.000 fusos, um conjunto de indústrias auxiliares - serrarias, fundição, 
tipografia, fábrica de gelo, oficinas mecânicas, grandes usinas hidroelétricas no município de 
Pilar do Sul e fazendas agropecuárias. 
No Almanaque de Sorocaba de 1950 (p. 117-122) 13 são descritos todos os serviços 
oferecidos aos operários da fábrica, tais como: creche, escola maternal, assistência religiosa, 
posto de abastecimento, recreação, grupo escolar, escola SENAI, vila operária, assistência 
domiciliar, ambulatório médico, assistência médico-hospitalar e o Hospital São Severino. 
Na década de 1950, Pereira da Silva utiliza do capital acumulado de suas indústrias e 
desenvolve um ambicioso projeto imobiliário para os arredores da Fábrica Santa Rosália e de 
sua vila operária – o Jardim Santa Rosália, um bairro com mais de 300 casas de três 
dormitórios, em ruas asfaltadas, destinadas a famílias de classe média. Com isso o bairro 
começa a ganhar a feição que possuí nos dias de hoje. 
Essa presença marcante em atividades alheias aos seus negócios específicos – a produção e 
venda de tecidos - será um dos obstáculos que a empresa enfrentará depois de 64, quando 
o governo federal, pelos homens que definiam sua política econômica, passa a ver como um 
contra-senso que um grupo dotado de tão grande patrimônio possua tão pouca liquidez. 
Começa então a venda das casas e dos terrenos. Mais à frente, no entanto, a crise 
ocasionada pela abertura do mercado brasileiro às importações, no governo Collor, truncou 
o projeto da empresa. Após adquirir várias antigas tecelagens no interior paulista, pretendia 
moderniza-Ias, para quem sabe tomar a dianteira do mercado têxtil brasileiro. Hoje, apenas 
a Fábrica São Paulo continua operando, atendendo serviços de terceiros. 14 
 
 
7 III FÓRUM DE PESQUISA FAU.MACKENZIE I 2007 
4.3. A EVOLUÇÃO TERRITORIAL DO BAIRRO 
 
FIGURA 3 
Para uma descrição concisa da evolução territorial do Bairro Santa Rosália, dividimos em 5 
fases de transformações, sendo todos os edifícios construídos pela própria fábrica. 
A primeira fase marca a implantação da Fábrica (1890-1895) e os primeiros anos de 
funcionamento nas mãos de Oetterer & Speers, juntamente com a construção da vila 
operária, da praça Pio XII e da Igreja da Congregação Mariana. 
A segunda fase é marcada pela compra da Fábrica pelo grupo CNE (Companhia Nacional de 
Estamparia), trazendo muitas melhorias como o Grupo Escolar, Creche vizinha à fábrica (para 
possibilitar as mães amamentar os filhos a cada quatro horas), Grupo Musical (banda da 
Companhia), refeitório, consultório médico, armazéns (loja de armarinhos e açougue), 
iluminação elétrica e serviço de água encanada. 
Sua terceira fase tem início em 1940, quando o Sr. Severino Pereira da Silva adquire a Fábrica 
Santa Rosália, que envolvia a vila e um respeitável pedaço de terra de 44 alqueires 
(1.056.000 m2), juntamente com toda a CNE. Nesta época foi feita a maior parte das 
transformações, sendo elas: implantação da rede de esgoto, a construção de 399 novas 
casas (1942), Escola Maternal (1942), Ginásio (1942), Fortaleza Clube e estádio (1942), 
Hospital São Severino (1943), Escola Senai (1943) e remodelação da Praça Pio XII. 
A etapa quatro foi a de maior expansão do bairro (1950-1970). É marcada pela formação de 
novas vias públicas (a Avenida Pereira da Silva, a Alameda Kenworthy, suas ruas transversais 
 
8 III FÓRUM DE PESQUISA FAU.MACKENZIE I 2007 
e paralelas), a construção de 300 casas na área próxima a da Rua Aparecida (para a venda), o 
loteamento Jardim Santa Rosália com 1000 lotes, vendidos para os interessados na 
construção de casas (demolição da antiga vila), a construção do Cine-teatro, da nova igreja 
(demolição da antiga) e finalizando-a, em 1970, a venda de todos os terrenos e casas que 
pertenciam à empresa. 
A quinta e última fase do bairro é caracterizada pela desativação da fábrica, o abandono de 
alguns edifícios e a demolição de quase todos. A vinda e instalação do Hipermercado “Extra” 
na antiga fábrica (com projeto arquitetônico e de restauração das fachadas supervisionado 
pelo CMDP – Conselho Municipal de Defesa do patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico, 
Turístico, e Paisagístico de Sorocaba), juntamente com a mudança do atual Plano Diretor que 
prevê a transformação da Avenida Pereira da Silva e da Avenida São Francisco em corredores 
comerciais tendem a iniciar uma nova fase no bairro. 
 
FIGURA 4 
 
4.4. CONDIÇÕES ATUAIS DA FÁBRICA E DO BAIRRO 
Uma das questões que mais motivarama realização da pesquisa é a condição atual da 
Fábrica Santa Rosália e seu bairro. Ao contrário de outros exemplos conhecidos de bairros 
operários como a Vila Maria Zélia (São Paulo - SP), Vila Cerealina – Indústrias Reunidas 
Matarazzo (São Paulo - SP) e a vila operária da Fábrica Votorantim (Votorantim - SP), a Vila 
Santa Rosália é um caso de antigo bairro operário e/ou vila operária que tornou - se um 
bairro de classe média - alta. 
Observemos como ficaram as estruturas adjacentes à fábrica e todos os elementos que 
constituíam o bairro operário. 
Os edifícios anexos à fábrica (juntamente com a creche, que ficava na entrada do terreno da 
fábrica), foram considerados pelo CMDP como “interferências modernas sem valor 
arquitetônico ou histórico” e sua “localização obstruía a visualização do prédio principal”.15 
 
9 III FÓRUM DE PESQUISA FAU.MACKENZIE I 2007 
Conclusão: foram demolidos. Já a vegetação que circunda a fábrica foi mantida e faz parte 
da atual área destinada a estacionamento do Hipermercado Extra. 
Quem “sofreu” maiores danos com a descaracterização, descaso e abandono foram os 
edifícios mais antigos. As primeiras residências operárias, ou seja, a primeira vila operária, 
que ficava na Avenida São Francisco, foi demolida pelo próprio Sr. Severino Pereira da Silva 
algum tempo depois de adquiri-la. De acordo com relato de um antigo funcionário seu, elas 
estavam muito velhas e não valeria a pena reformá-las, uma vez que ele já havia construído 
399 novas casas para os operários e pretendia utilizar a área das antigas casas para o futuro 
loteamento “Jardim Santa Rosália”. Muitas destas novas casas se encontram hoje demolidas 
ou completamente descaracterizadas (a maior parte delas encontra-se na Avenida Pereira da 
Silva, nos arredores da Praça Pio XII e na Rua Morvan Dias Figueiredo). Poucas ainda 
conservam algum vestígio original, a não ser as casas que pertenciam a diretores: estas 
eram diferenciadas das demais e estão em bom estado de conservação. 
 
FIGURA 5 
A Praça Pio XII, onde fica o busto do Senhor Pereira da Silva, e o Coreto estão em ótimo 
estado de conservação, apesar do traçado original da praça ter sido alterado em 1940 (a 
remodelação foi efetuada a pedido do Senhor Pereira da Silva, que contratou um botânico 
iugoslavo chamado Sigismund Soboslay). A Igreja de Santa Rosália, localizada ao lado da 
praça, também está em ótimo estado de conservação, mas não é a igreja original do fim do 
século XIX. A antiga Igreja, que pertencia a Congregação Mariana, era pequena e tinha a 
capacidade para apenas 200 pessoas. Dona Francisca Pereira da Silva (esposa de Severino) 
estimulou a construção da igreja atual (em 1960), com capacidade para 800 pessoas. 
Optou-se pela demolição da antiga igreja, junto com o prédio da Congregação Mariana. 
Outras construções antigas que circundavam a praça como o Grupo Escolar (década de 
1920), o Ginásio, Escola Maternal (década de 1940) e o Cine-Teatro (1950) – todos 
localizados no quarteirão lateral – lamentavelmente foram demolidas no início deste ano de 
2007, quando a pesquisa já estava em andamento (ver figura 4). As construções, que seriam 
restauradas e adaptadas para sediar um empreendimento comercial financiado pelo médico 
e empreendedor Sérgio Rocco, foram destruídas. Segundo relatos de atuais moradores havia 
incompatibilidade entre preservação e o novo uso das construções. 
 
10 III FÓRUM DE PESQUISA FAU.MACKENZIE I 2007 
 
FIGURA 6 
O Clube Fortaleza, juntamente com seu estádio, que fora construído em 1942 na esquina 
das Avenidas Pereira da Silva e São Francisco também já não existe mais. Atualmente é um 
grande terreno usado para estacionamento. 
Outro antigo estabelecimento demolido é a loja de armarinhos (loja da fábrica). Já o açougue 
permanece em atividade, sem alterações e em bom estado de conservação. 
Dois grandes exemplares de edifícios que permanecem em uso são os antigos prédios da 
Escola Senai (Avenida Pereira da Silva) e do Hospital São Severino (Avenida Roberto 
Simonsen), ambos construídos em 1943. A antiga Escola Senai hoje sedia o Serviço 
Autônomo de Água e Esgoto de Sorocaba (SAAE), um órgão municipal. Ainda funciona no 
bairro uma unidade do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), cujo terreno foi 
doado pela família Pereira da Silva, mas este não mais voltado à indústria têxtil, e sim 
voltado à metalurgia. O edifício está em bom estado de conservação, embora algumas 
alterações que foram feitas acabaram descaracterizando-o, como por exemplo, a nova 
pintura e o fechamento das entradas laterais. 
O mesmo não se pode dizer a respeito do antigo Hospital São Severino, que anteriormente 
possuía 80 leitos e equipe médica especializada para atender os operários. Foi desativado 
juntamente com a fábrica e ficou fechado por um bom período. Atualmente o prédio abriga 
a Policlínica Municipal “Dr. Edward Maluf” inaugurada em 1998. O edifício está em ótimas 
condições, sem alterações, restaurado e em pleno uso. 
 
4.5. CONSIDERAÇÕES ATUAIS SOBRE A PRESERVAÇÃO DA ARQUITETURA INDUSTRIAL 
(ARQUEOLOGIA INDUSTRIAL) – QUESTÕES TEÓRICAS 
O tema patrimônio industrial e o interesse pela sua preservação são questões relativamente 
recentes (Inglaterra, 1950). Ganhou reconhecimento e atenção pública a partir dos anos 
1960, quando importantes testemunhos da arquitetura industrial foram demolidos. 
Uma definição concisa, mas abrangente, de acordo com Beatriz M. Kühl, foi dada por Keneth 
Hudson: “Arqueologia Industrial é a descoberta, registro e estudo dos resíduos físicos de 
indústrias e meios de comunicação com o passado”. 16 
 
11 III FÓRUM DE PESQUISA FAU.MACKENZIE I 2007 
A arqueologia industrial interessa a vários campos do conhecimento, com especial relevância 
à história em várias facetas, tais como a social, a do trabalho, a econômica, a da técnica, a 
da engenharia, a da arte, a da arquitetura e a das cidades. Pode ser entendida como esforço 
multidisciplinar – de inventários, levantamentos, pesquisas histórico-documentais, análises 
dos edifícios e conjuntos e de sua transformação no decorrer do tempo, de suas atuais 
patologias, de sua inserção na cidade ou território, e projeto – para estudar as manifestações 
físicas, sociais e culturais de formas de industrialização do passado, com o intuito de 
registrá-las revelá-las, preservá-las e valorizá-las. Apesar das quatro décadas de discussões 
sobre o tema, com numerosas experiências práticas acumuladas, em países com maior 
tradição no campo, a preservação do patrimônio industrial é ainda difícil. 17 
Mesmo sendo um campo do conhecimento novo, já observamos um grande número de 
projetos nesta área da preservação cultural. O que, a princípio pode ser algo satisfatório, na 
realidade é de difícil avaliação (sua pertinência ou não em relação às características 
históricas e formais da construção). O fato de o resultado final parecer satisfatório, por si só 
não assegura que a intervenção tenha sido respeitosa em relação ao bem que se queria 
salvaguardar, podendo, antes, acobertar desatenções a aspectos históricos e formais que 
deveriam ter sido considerados. 
Para uma avaliação adequada de quais representantes do patrimônio industrial deverão ser 
efetivamente preservados e como proceder nesta seleção, Manoela R. Ruffinoni indica seis 
critérios ou diretrizes para auxiliar no esclarecimento da questão ‘o que preservar’ no campo 
do patrimônio industrial, segundo Buchanan.18 
Inicialmente, ressalta o grau de unicidade ou singularidade do artefato (degree of 
uniqueness). Neste grupo estariam elementos que representem o único exemplo de um tipo 
particular de artefato, o primeiro ou o último remanescente. O último exemplar de 
determinado equipamento mecânico ou edifícios industriais de tipologia arquitetônica única 
poderiam enquadrar-se neste grupo. O segundo critério (representationaldistinction) seria a 
qualidade do artefato enquanto referencial representativo. O artefato denota uma referência 
específica, como um edifício representante de um tipo regional de arquitetura ou construído 
com técnicas não usuais. Outro aspecto também englobado por este critério de distinção, 
seria os complexos de edifícios que apresentam qualidades quando preservados em 
conjunto. Em terceiro lugar, as dimensões e o uso também devem ser considerados. 
Diversos edifícios industriais desativados relacionam-se com extensas áreas circundantes - 
muitas vezes originalmente vinculadas ao processo produtivo - que possuem grande 
potencial para adaptação a novos usos. O quarto critério ressalta as potencialidades 
turísticas de determinadas áreas industriais desativadas, após a implementação de projeto e 
infra-estrutura adequada para a nova atividade. Outro critério destacado é a existência e a 
relevância do suporte local com relação a incentivos financeiros - a possibilidade de atrair 
parceiros interessados em implementar projetos de preservação e reabilitação, quer sejam 
grupos públicos ou privados, poderá condicionar as escolhas a serem tomadas. Finalmente, 
o último critério destaca aqueles artefatos associados a pessoas ou fatos importantes, um 
engenheiro famoso ou uma inovação técnica relevante, por exemplo. 
 
12 III FÓRUM DE PESQUISA FAU.MACKENZIE I 2007 
Fica claro, portanto, que não se trata de conservar tudo, nem, tampouco, de demolir ou 
transformar indistintamente tudo. Isso pode levar a extremos indesejáveis – tais como 
tombamentos indistintos, ou demolições impiedosas para evitar que o bem seja protegido – 
causando certa falta de clareza no que se refere à caracterização dos monumentos históricos 
e de seu papel memorial. Enfim, trata-se de avaliar quais os elementos caracterizadores que 
devem ser preservados e de que forma intervir e modificar para que, com efeito, esses 
valores sejam transmitidos ao futuro. 19 
Como se pôde observar coexiste distintas formas de perceber os monumentos históricos. 
Todavia, atualmente, o que se observa é uma inversão de valores. Em vez de o patrimônio 
ser preservado em razão das diretrizes acima relatadas, tal fato ocorre por vinculações a 
interesses econômicos e políticos. 
Embora os bens culturais não possam e não devam ser tratados como se fossem alienados 
da realidade socioeconômica e política, tais motivos não deveriam ser os únicos, visto o que 
ocorre nos dias de hoje, uma vez que a preservação deveria ser motivada por razões 
culturais, estéticas, históricas ou simbólicas. Estas razões teriam de prevalecer nas atuações, 
transmitindo assim aos monumentos históricos, instrumentos da memória coletiva, sem a 
ocorrência de deformações. 
O problema no desvio motivacional da preservação não é apenas uma questão filosófica. A 
pressão econômica que incide sobre alguns complexos industriais faz com que apareçam 
projetos de requalificação dessas áreas e obras que, na verdade, desqualificam os espaços 
fabris. Não apenas os critérios econômicos levam a estas negligências. Vontades individuais 
e usos indevidos também contribuem para isso. Agravante ainda é o fato desse tipo de 
iniciativa transformar-se em acontecimento midiático, as “restaurações-espetáculo”. A 
encampação das questões ligadas à preservação pelos meios de comunicação de massa não 
é, por si só, fato negativo. No entanto, verifica-se em variadas intervenções que importa é 
sobretudo “aparecer”, e os critérios de intervenção, as discussões sobre técnicas adequadas 
e compatíveis, posturas projetuais, são todos temas relegados a último plano, isso quando 
estão presentes. É crescente a mundanidade e a frivolidade que circundam vários eventos, 
quando, ao contrário, trata-se de um assunto seríssimo: as formas de intervenção em 
documentos do passado para que possam continuar a transmitir seus valores essenciais para 
as gerações futuras. 20 
Outro fator negativo é a preocupação com a aparência desta atual cultura visiva, que tem 
levado à busca de juventude a qualquer preço e também repercute no trato dos 
monumentos históricos, que passam a ter a obrigação de parecerem novos, sem que haja 
preocupação em buscar-se técnicas adequadas para se consolidar e tratar o já existente. 
O objetivo de uma restauração não é oferecer uma imagem do passado facilmente 
consumível, grosseiramente simplificada para se tornar mais palatável ao gosto massificado. 
É, ao contrário, explorar e valorizar toda a riqueza das diversas estratificações da história, 
também com o objetivo de educar. 21 
 
13 III FÓRUM DE PESQUISA FAU.MACKENZIE I 2007 
O uso que será dado ao bem preservado é de suma importância para que a intervenção seja 
bem sucedida. A reutilização é a forma mais eficaz para garantir a preservação de um bem, 
pois um monumento sem uso deteriora-se de modo rápido, enquanto aquele mantido em 
funcionamento pode durar séculos. A utilização é essencial para a preservação, mas, a 
princípio, deveriam ser analisadas as características a serem conservadas e respeitadas, 
para, depois, definir uma função compatível com elas, e não o contrário, adaptar um dado 
edifício a um novo uso pré-estabelecido ou submetê-lo a transformações massificadas nem 
sempre de acordo com suas particularidades, cuja implementação será feita em prejuízo do 
próprio monumento histórico. 22 
Finalmente, é indispensável que o projeto de restauro, como um todo, deva ser 
fundamentado no juízo histórico-crítico, conseqüência de esforços multidisciplinares que 
envolvem acurada pesquisa histórico-documental, iconográfica e bibliográfica, 
pormenorizando levantamento métrico-arquitetônico e fotográfico do(s) edifício(s), exame 
de suas técnicas construtivas e dos materiais, de sua estrutura, de suas patologias, e análise 
tipológica e formal. Fatores esses que levam ao entendimento das várias fases por que 
passou a obra (ou conjunto) no decorrer do tempo e de sua configuração e problemas 
atuais. A restauração deve calcar-se em muitas ciências, e depende sobremaneira da 
história, podendo, por sua vez, através do estudo consciencioso dos bens, fornecer 
importantes dados para esclarecimentos historiográficos. 
Mas a intervenção se resolve também através do desenho, do projeto de restauração, que é 
projeto de arquitetura, nada simples, estando sempre presente a dialética entre conservação 
e inovação. Projeto que se deve ligar de modo indissolúvel ao processo de aquisição de 
dados e análise, que não é acessório, é fundamental. Esse processo leva tempo, e tem que 
levar o tempo condizente com o amadurecimento necessário das pesquisas, não admitindo 
soluções “expressas” - nem na fase de estudos, nem na fase de projeto e menos ainda 
durante a execução -, muitas vezes ditadas por prazos políticos, que de modo algum se 
associam aos objetivos da restauração e podem levar a danos irremediáveis. 
 
5. CONCLUSÃO 
Procuramos realizar nesta pesquisa um estudo abrangente sobre a fábrica Santa Rosália e 
sua vila operária, apoiado em uma rica e extensa documentação, da qual apenas parte pôde 
ser aqui mostrada. 
Destacamos o enfoque teórico que visa o estudo conjunto de ambas as partes, com o 
objetivo de entender tanto suas transformações históricas como sua relação com a 
urbanização da cidade de Sorocaba. 
Os resultados obtidos evidenciam a importância deste empreendimento para a História da 
Industrialização no Brasil, mas também a urgente necessidade de ampliar as ações de 
proteção deste patrimônio. 
 
14 III FÓRUM DE PESQUISA FAU.MACKENZIE I 2007 
REFERÊNCIAS 
 
1 
Trabalho apresentado no V Colóquio Latinoamericano e Internacional sobre Rescate y 
Presevación del Patrimônio Industrial, realizado em Buenos Aires entre 18 e 20 de setembro 
do 2007 
2 
ALMEIDA, Aluísio de. História de Sorocaba. Sorocaba: Guarani,1951; BONADIO, Geraldo. 
Sorocaba: a cidade Industrial (espaço urbano e vida social sob o impacto da atividade fabril). 
Sorocaba, SP: Edição do Autor, 2004; CUNHA, Claudia dos Reis e. O patrimônio cultural da 
cidade de Sorocaba: análise de uma trajetória. 2005. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e 
Urbanismo) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005; FRIOLI, Adolfo. Sorocaba: 
Registros Históricos e Iconográficos. São Paulo. Editora Laserprint, 2003; PRESTES, Lucinda 
Ferreira. Sorocaba: o tempo e o espaço, séculos XVIII-XX. Tese (Doutorado em Arquitetura e 
Urbanismo) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2001; SANTOS, Elina. A Industrialização 
de Sorocaba: Bases Geográficas. São Paulo. Editora Humanitas FFLCH/USP. Série Teses, 1999. 
3 
BLAY, Eva Alterman. Eu não tenho onde morar: vilas operárias na cidade de São Paulo. São 
Paulo, Nobel, 1985; BONDUKI, Nabil Georges. Origens da habitação social no Brasil. São 
Paulo, Estação Liberdade/Fapesp, 1998; CORREIA, Telma de Barros; GHOUBAR, Khaled; 
MAUTNER, Yvonne. “Brasil, suas fábricas e vilas operárias.” In: PÓS – Revista do Programa de 
Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da FAUUSP/Universidade de São Paulo. 
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. Comissão de Pós-Graduação – v.1 (1990) – São 
Paulo: FAU, 1990 – n. 20, dez. 2006. 
4 
KÜHL, Beatriz Mugayar. Questões Teóricas Relativas à Preservação da Arquitetura Industrial. 
Desígnio. São Paulo, v-1, nº. 1, pp.101-117; mar. 2004. RUFINONI, Manoela Rossinetti. 
Preservação do Patrimônio Industrial na cidade de São Paulo. Dissertação (Mestrado em 
Arquitetura e Urbanismo) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2004; SAIA, Helena. 
Arquitetura e Indústria – Fábricas de Tecido de Algodão em São Paulo. Dissertação (Mestrado 
em Arquitetura e Urbanismo) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 1989. 
5 
Estimativa IBGE - Julho 2004 
6 
 
 
15 III FÓRUM DE PESQUISA FAU.MACKENZIE I 2007 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SOROCABA. Disponível em: <http://www.sorocaba.sp.org.br> . 
Acesso em: 25.3.2007 
7 
PRESTES, Lucinda Ferreira. Sorocaba: o tempo e o espaço, séculos XVIII-XX. Tese (Doutorado 
em Arquitetura e Urbanismo) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2001, p. 120. 
8 
FRIOLI, Adolfo, BONADIO, Geraldo (org.). Op. Cit. 
9 
Assinaram a ata da fundação a 24 de Outubro de 1890, entre outros o Dr. ManoeI Rodrigues 
Monteiro de Azevedo, Cel. João Alfredo de Athayde, Francisco José Speers (Frank Speers), 
George Oetterer, Joaquim Catramby, José Ricardo Augusto Leal, José Duarte Rodrigues, Dr. 
Antonio José Ferreira Braga. A sua primeira diretoria era composta pelo Comendador George 
Oetterer, presidente; Dr. Antonio José Ferreira Braga, secretário; Dr. Manoel Rodrigues 
Monteiro de Azevedo, Dr. Ludgero Antonio Coelho, Comendador José Ricardo Augusto Leal e 
Dr. Eugênio Ferreira de Andrade, conselheiros Fiscais; Conselheiro Francisco de Paula 
Mayrink, Comendador João Leopoldo Modesto Leal, Coronel João Alfredo de Athayde e Dr. 
Joaquim Catramby, suplentes. 
10 
Antes da fábrica se tornar propriedade da CNE, a Santa Rosália converte-se à Fábrica de 
Tecidos Santa Rosália S. A. como um recurso dos antigos donos para não a perderem. 
Porém, a CNE adquire a maior parte das ações e designa Bráulio Guedes e Hélio Manzoni 
para dirigirem a fábrica que, por sua vez, suspendem o pagamento de dividendos e obrigam 
os proprietários originais a, pouco a pouco, venderem o resto das ações. 
11 
BONADIO, Geraldo. Sorocaba: a cidade Industrial (espaço urbano e vida social sob o impacto 
da atividade fabril). Sorocaba, SP: do Autor, 2004. Pg. 224. 
12 
WERNECK, Bráulio (Org.) Almanach Illustrado de Sorocaba. Repositório histórico, literário e 
recreativo com ilustrações. Sorocaba / SP: Typographia Werneck, 1950, pp.117. 
13 
WERNECK, Bráulio (Org.). Op. Cit. 
 
 
16 III FÓRUM DE PESQUISA FAU.MACKENZIE I 2007 
14 
BONADIO. Op. cit. pp. 225-226 
15 
CMDP. Prefeitura Municipal de Sorocaba. Processos administrativos 014255/97 e 13936/99, 
e Resoluções 112 de 15 de setembro de 1999 e 117 de 5 de janeiro de 2000. 
16 
KÜHL, Beatriz Mugayar. Questões Teóricas Relativas à Preservação da Arquitetura Industrial. 
Desígnio. São Paulo, v-1, nº. 1, p.102 
17 
KÜHL, Op. Cit. 
18 
RUFINONI, Manoela Rossinetti. Preservação do Patrimônio Industrial na cidade de São Paulo. 
Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 
2004. p. 122. 
19 
KÜHL, Op. Cit. p. 109 
20 
KÜHL, Op. Cit. p. 116 
21 
KÜHL, Op. Cit. p. 112 
22 
KÜHL, Op. Cit. p. 110 
 
ALMEIDA, Aluísio de. História de Sorocaba. Sorocaba: Guarani, 1951. 
 
 
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para alunos da Universidade Presbiteriana Mackenzie/ Universidade Presbiteriana Mackenzie. 
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WERNECK, Bráulio (Org.) Almanach Illustrado de Sorocaba. Repositório histórico, literário e 
recreativo com ilustrações. Sorocaba/SP: Typographia Werneck, 1950.

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