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Física Geral e Experimental II Dr. José Osvaldo de Souza Guimarães C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a Distância; GUIMARÃES, José Osvaldo de Souza. Física Geral e Experimental II. José Osvaldo de Souza Gui- marães. Maringá-PR.: Unicesumar, 2018. 400 p. “Graduação - EAD”. 1. Física 2. Geral . 3. Experimental 4. EaD. I. Título. ISBN 978-85-459-1812-7 CDD - 22 ed. 621 CIP - NBR 12899 - AACR/2 NEAD - Núcleo de Educação a Distância Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação CEP 87050-900 - Maringá - Paraná unicesumar.edu.br | 0800 600 6360 Impresso por: DIREÇÃO UNICESUMAR Reitor Wilson de Matos Silva, Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração, Wilson de Matos Silva Filho, Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva, Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi. NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Diretoria Executiva Chrystiano Mincoff, James Prestes, Tiago Stachon , Diretoria de Design Educacional Débora Leite, Diretoria de Graduação e Pós-graduação Kátia Coelho, Diretoria de Permanência Leonardo Spaine, Head de Produção de Conteúdos Celso Luiz Braga de Souza Filho, Head de Metodologias Ativas Thuinie Daros, Gerência de Projetos Especiais Daniel F. Hey, Gerência de Produção de Conteúdos Diogo Ribeiro Garcia, Supervisão do Núcleo de Produção de Materiais Nádila de Almeida Toledo, Projeto Gráfico José Jhonny Coelho e Thayla Guimarães Cripaldi, Fotos Shutterstock. Coordenador de Conteúdo Crislaine Rodrigues Galan e Fabio Augusto Gentilin. Designer Educacional Janaína de Souza Pontes e Yasminn Talyta Tavares Zagonel. Revisão Textual Érica Fernanda Ortega e Cíntia Prezoto Ferreira. Editoração Isabela Mezzaroba Belido. Ilustração Bruno Pardinho, Marcelo Goto e Mateus Calmon. Realidade Aumentada Kleber Ribeiro, Leandro Naldei e Thiago Surmani. PALAVRA DO REITOR WILSON DE MATOS SILVA REITOR Em um mundo global e dinâmico, nós trabalha- mos com princípios éticos e profissionalismo, não somente para oferecer uma educação de qualida- de, mas, acima de tudo, para gerar uma conversão integral das pessoas ao conhecimento. Baseamo- -nos em 4 pilares: intelectual, profissional, emo- cional e espiritual. Iniciamos a Unicesumar em 1990, com dois cursos de graduação e 180 alunos. Hoje, temos mais de 100 mil estudantes espalhados em todo o Brasil: nos quatro campi presenciais (Maringá, Curitiba, Ponta Grossa e Londrina) e em mais de 300 polos EAD no país, com dezenas de cursos de graduação e pós-graduação. Produzimos e revi- samos 500 livros e distribuímos mais de 500 mil exemplares por ano. Somos reconhecidos pelo MEC como uma instituição de excelência, com IGC 4 em 7 anos consecutivos. Estamos entre os 10 maiores grupos educacionais do Brasil. A rapidez do mundo moderno exige dos educadores soluções inteligentes para as ne- cessidades de todos. Para continuar relevante, a instituição de educação precisa ter pelo menos três virtudes: inovação, coragem e compromisso com a qualidade. Por isso, desenvolvemos, para os cursos de Engenharia, metodologias ativas, as quais visam reunir o melhor do ensino presencial e a distância. Tudo isso para honrarmos a nossa missão que é promover a educação de qualidade nas diferentes áreas do conhecimento, formando profissionais cidadãos que contribuam para o desenvolvimento de uma sociedade justa e solidária. Vamos juntos! WILLIAM DE MATOS SILVA PRÓ-REITOR DE EAD Prezado(a) Acadêmico(a), bem-vindo(a) à Co- munidade do Conhecimento. Essa é a característica principal pela qual a Unicesumar tem sido conhecida pelos nossos alu- nos, professores e pela nossa sociedade. Porém, é importante destacar aqui que não estamos falando mais daquele conhecimento estático, repetitivo, local e elitizado, mas de um conhecimento dinâ- mico, renovável em minutos, atemporal, global, democratizado, transformado pelas tecnologias digitais e virtuais. De fato, as tecnologias de informação e comu- nicação têm nos aproximado cada vez mais de pessoas, lugares, informações, da educação por meio da conectividade via internet, do acesso wireless em diferentes lugares e da mobilidade dos celulares. As redes sociais, os sites, blogs e os tablets ace- leraram a informação e a produção do conheci- mento, que não reconhece mais fuso horário e atravessa oceanos em segundos. A apropriação dessa nova forma de conhecer transformou-se hoje em um dos principais fatores de agregação de valor, de superação das desigualdades, propagação de trabalho qualificado e de bem-estar. Logo, como agente social, convido você a saber cada vez mais, a conhecer, entender, selecionar e usar a tecnologia que temos e que está disponível. Da mesma forma que a imprensa de Gutenberg modificou toda uma cultura e forma de conhecer, as tecnologias atuais e suas novas ferramentas, equipamentos e aplicações estão mudando a nossa cultura e transformando a todos nós. Então, prio- rizar o conhecimento hoje, por meio da Educação a Distância (EAD), significa possibilitar o contato com ambientes cativantes, ricos em informações e interatividade. É um processo desafiador, que ao mesmo tempo abrirá as portas para melhores oportunidades. Como já disse Sócrates, “a vida sem desafios não vale a pena ser vivida”. É isso que a EAD da Unicesumar se propõe a fazer. Janes Fidélis Tomelin PRÓ-REITOR DE ENSINO EAD Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está iniciando um processo de transformação, pois quando investimos em nossa formação, seja ela pessoal ou profissional, nos transformamos e, consequentemente, transformamos também a so- ciedade na qual estamos inseridos. De que forma o fazemos? Criando oportunidades e/ou estabe- lecendo mudanças capazes de alcançar um nível de desenvolvimento compatível com os desafios que surgem no mundo contemporâneo. O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de Educação a Distância, o(a) acompa- nhará durante todo este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens se educam juntos, na transformação do mundo”. Os materiais produzidos oferecem linguagem dialógica e encontram-se integrados à proposta pedagógica, contribuindo no processo educa- cional, complementando sua formação profis- sional, desenvolvendo competências e habilida- des, e aplicando conceitos teóricos em situação de realidade, de maneira a inseri-lo no mercado de trabalho. Ou seja, estes materiais têm como principal objetivo “provocar uma aproximação entre você e o conteúdo”, desta forma possibilita o desenvolvimento da autonomia em busca dos conhecimentos necessários para a sua formação pessoal e profissional. Portanto, nossa distância nesse processo de crescimento e construção do conhecimento deve ser apenas geográfica. Utilize os diversos recursos pedagógicos que o Centro Universitário Cesumar lhe possibilita. Ou seja, acesse regularmente o Stu- deo, que é o seu Ambiente Virtual de Aprendiza- gem, interaja nos fóruns e enquetes, assista às aulas ao vivo e participe das discussões. Além disso, lembre-se que existe uma equipe de professores e tutores que se encontra disponível para sanar suas dúvidas e auxiliá-lo(a) em seu processo de apren- dizagem, possibilitando-lhe trilhar com tranquili- dade e segurança sua trajetória acadêmica. Débora Leite DIRETORIA DE DESIGN EDUCACIONAL Kátia Coelho DIRETORIA DE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO Leonardo Spaine DIRETORIA DE PERMANÊNCIA APRESENTAÇÃO Bem-vindo(a) à aventura que é o estudo da Física. O que faremos é parte de um desafio lançado há mais de 2500 anos, que foi compreender o mundo que nos cerca sem, em nenhum momento, atribuir causas sobrenaturais aos acontecimentos – um grande desafio que pressupõe que há regras, leis e se- quências nos acontecimentos e que, talvez, possamos descobrir algumas delas. Quanto mais conseguirmos, mais poderemos prever, projetar e construir engenhos que possam melhorar a produtividade, qualidade de vida e a capacidadehumana. Nossa frente conta com 9 unidades, abordando 3 grandes temas. Na Unidade 1, começamos analisando como podemos aproveitar o mo- vimento ordenado de cargas elétricas, verificar seus níveis de energia e prever as potências que delas podemos extrair para motores e máquinas elétricas em geral. A Unidade 2 trata de uma característica pertinente a todos os condutores: a resistência elétrica. A importância do conhecimento dessa grandeza permite a você a previsão das perdas nas linhas de transmissão, o dimensio- namento de um chuveiro elétrico e, até mesmo, analisar os riscos da tensão elétrica nos seres vivos. Veremos, também, como é possível substituir um conjunto de resistores por um único que seja equivalente a esse conjunto. Passamos, na Unidade 3, a explorar uma das mais importantes caracterís- ticas da energia elétrica: a sua conversão em energia mecânica e vice-versa, com eficiência em torno de 90%, mesmo nos motores mais simples. Nessa unidade, começamos estudando os geradores, dos quais os exemplos mais simples são as pilhas comuns, mas também fazem parte desse grupo os rotores das turbinas de hidrelétricas e de termoelétricas, nucleares ou ali- mentadas por combustíveis convencionais. Como caracterizar os geradores ou os receptores? Quando compramos pilhas comuns, uma das características é a tensão, em geral 1,5 V, mas essa não é a única grandeza importante, e, por isso, temos pilhas de diversos tamanhos. A potência que podem fornecer e a durabilidade são também outros fatores importantes. No caso dos geradores das hidroelétricas, as características são a tensão e a potência em regime de vazão padronizada. Chegamos ao pontos mais interessante: interligar todos os elementos, ge- radores, receptores, resistores e capacitores formando um circuito elétri- co. Poderemos prever a intensidade da corrente nos vários elementos do circuito, as potências envolvidas em cada um deles, assim como a tensão. Qualquer que seja a modalidade de engenharia que você tenha escolhido, os circuitos elétricos estarão presentes. Chegamos ao magnetismo na Unidade 4. Historicamente, o magnetismo foi considerado algo à parte da eletricidade e só a partir do início do século XIX que foi possível relacionar o magnetismo com as cargas elétricas. Mesmo o magnetismo natural, os ímãs comuns, deve-se a particular dis- tribuição dos orbitais eletrônicos de determinado elemento, chamados de ferromagnéticos. Nessa unidade, aprenderemos a calcular o magnetismo gerado por corren- tes elétricas em espiras circulares e solenoides (bobinas). Assim como todo magnetismo está associado a cargas elétricas em movimento, se pusermos em movimento condutores que possuem portadores de cargas livres, po- demos gerar corrente elétrica. Na Unidade 5, aprenderemos como isso pode ser sintetizado pela Lei de Faraday. Poderemos, então, entender o princípio do funcionamento das turbinas nas hidrelétricas, por exemplo. Começamos a Física Térmica por conceituar e diferenciar bem as grandezas temperatura e calor. Na Unidade 6, aprendemos a construir diferentes escalas de temperaturas, medir quantidades de calor transferidas, analisar situações em que um corpo recebe calor sem mudar de temperatura (fusão do gelo, por exem- plo) e entendemos como avaliar a taxa de transmissão de calor de acordo com diferentes materiais, superfícies de transmissão e espessuras. Isso é importante tanto quando queremos um bom isolamento térmico de um ambiente quanto quando queremos uma boa taxa de refrigeração de um motor a combustão. Na Unidade 7, concentramos nossa atenção nos gases. Como eles podem apresentar grandes variações de volume com relativamente baixas varia- ções de pressão, os gases são elementos chaves nas máquinas térmicas, em particular nos motores de combustão interna. Continuamos a discussão da Unidade 7, incorporando o conceito de ener- gia interna do gás ao princípio da conservação da energia, apresentando a chamada 1ª Lei da Termodinâmica. Na Unidade 8, vamos analisar mais detalhadamente a transformação de calor em energia mecânica. Nosso foco é nas máquinas cíclicas. Carnot demonstrou que o limite de rendimento depende apenas da temperatura máxima e da mínima do ciclo, em seu famoso teorema de 1824. Nos veículos atuais, a maioria dos automóveis utiliza o ciclo Otto, e os ca- minhões e tratores, o ciclo Diesel. Discutimos as vantagens e desvantagens de cada um desses ciclos. Finalizamos o estudo da Termodinâmica com a análise dos ciclos de refrigeração e das bombas de calor, muito usadas hoje em dia para o aquecimento de piscinas e muito mais eficientes que aquecedores elétricos. A Unidade 9 aborda o terceiro e último grande tema de nossa frente. É importante constatar como conseguimos entender a reflexão e a refração da luz em simples leis geométricas. Por que conseguimos usar os espelhos côncavos como espelhos de aumentos? Por que os retrovisores de carro ligeiramente convexos permitem aumentar nosso campo de visão? Como funcionam as lentes? Parece muito, mas, ao final, quando você estiver rela- cionando todas as coisas e se sentindo parte dessa compreensão/descrição dos processos físicos, tenho certeza que a sensação será de “quero mais”. CURRÍCULO DOS PROFESSORES Dr. José Osvaldo de Souza Guimarães Possui Doutorado em Engenharia Elétrica pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo sobre computação evolutiva aplicada às equações diferenciais não lineares no Espaço de Hilbert, mestrado em História da Ciência pela PUC-SP sobre Teoria da Relatividade e gra- duação em Física pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Estudou Engenharia Naval na Escola Polictécnica-USP e é autor de vários livros didáticos, artigos científicos e revisor de alguns periódicos internacionais. Fez pós-doutorado em propulsão nuclear, na Escola Poli- técnica - USP, com ênfase em métodos espectrais aplicados às equações da termo-hidráulica. Link para o currículo Lattes: <http://lattes.cnpq.br/4795293938878813>. Fluxo da Energia Elétrica 15 Resistência Elétrica 41 Conversão da Energia Elétrica 77 Eletromagnetismo Indução Eletromagnética 123 155 Temperatura e Calor 195 Gases em Transformação Máquinas Térmicas 291 Óptica Geométrica 321 239 29 Potencia elétrica e sentido da corrente 57 Corrente em série e paralelo 110 Carga e descarga do capacitor 269 Termodinâmica 303 Motor a combustão Utilize o aplicativo Unicesumar Experience para visualizar a Realidade Aumentada. PLANO DE ESTUDOS OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM Professor Dr. José Osvaldo de Souza Guimarães • Aprender a identificar os níveis de energia devido às ações de forças elétricas. • Conceituar corrente elétrica – o movimento ordenado dos portadores de carga. • Prever e calcular a potência elétrica que pode ser obtida nos dispositivos elétricos em geral. • Entender como mensurar o consumo de energia elétrica dos circuitos em geral, incluindo os residenciais. Potencial Elétrico e Nível de Energia Corrente Elétrica Consumo de Energia Elétrica Potência Elétrica Fluxo da Energia Elétrica Potencial Elétrico e Nível de Energia A dinâmica dos fenômenos naturais envolve transformações de energia. Isso ocorre desde as máquinas mais simples até fenômenos mais complexos, como as mudanças atmosféricas e o metabolismo da vida. Algumas formas de energia nos são bem fami- liares, como a energia gravitacional, por exemplo. Pelo nível de água de uma represa, podemos, em um primeiro olhar, ter uma ideia da quantidade de energia armazenada. Da mesma forma, se olharmos para uma estan- te com alguns objetos, identificaremos os vários níveis de energia simplesmente vendo as alturas de cada objeto. 17UNIDADE 1 Não temos a mesma percepção dos níveis de energia só olhando para um circuito elétrico ou mesmo para apenas um fio de cobre. En- tretanto, podemos medir esses níveis utili- zando um aparelho denominado voltímetro. Unidade de Potencial Elétrico A unidade de energiano Sistema Internacional de Unidades (SI) é o joule (símbolo J) e a de carga elétrica é o coulomb (símbolo C). Voltando à prateleira, para cada altura, temos uma determinada quantidade de jou- les para cada quilograma de massa que lá está. Da mesma forma, para cada ponto de um circuito elétrico, temos uma determinada quantidade de joules para cada unidade de carga que lá esteja. Esse é o potencial elétrico do ponto, o qual representamos por V. Em termos mais formais, podemos escrever: V = energia carga A unidade de potencial elétrico é, no SI, joule coulomb J C volt V= = = . Essa unidade foi assim denominada em homenagem ao cientista italiano Alessandro Volta (1745- 1827), que começou por identificar os fenômenos eletrodinâmicos em seres vivos. Portanto, 1 1 1 V joule coulomb = . A altura de um ponto depende da referência que escolhemos. Pode ser o piso do apar- tamento, o chão da rua ou mesmo em relação ao nível do mar, como é usual na aviação. Na eletricidade, procedemos da mesma forma. Usualmente, o nível zero é atribuído a um ponto a ligado à Terra, mas podemos, também, por conveniência, escolher outras refe- rências. Por exemplo, no caso dos automóveis, o chassis é adotado como potencial nulo, e a partir daí é possível mapear o potencial de todos os outros pontos de seus circuitos. Figura 1 - Objetos colocados em vários níveis de energia 18 Fluxo da Energia Elétrica Diferença de Potencial (ddp) A energia posta em jogo, quando as cargas elétricas se deslocam entre dois pontos de um circuito elétrico, depende da diferença de potencial elétrico (U) entre eles. Essa diferença de potencial (ddp) pode ser medida com o voltímetro, como ilustra a figura seguinte. Figura 2 - Voltímetro fazendo a leitura da tensão entre os polos Considerando dois pontos, A e B, de um circuito elétrico, a diferença de potencial entre eles é: U V VA B= − . Geralmente, trabalhamos com essa diferença em módulo, sem preocupação com o sinal. Em circuitos eletrônicos, como o de celulares e computadores portáteis, as tensões são da ordem de alguns volts, mas nas redes de distribuição de energia elétrica, as tensões podem ser da ordem de milhares de volts. Observe os três fios de uma entrada típica de energia elétrica para uma residência, na figura a seguir. 19UNIDADE 1 A B C Figura 3 - Exemplo de fios de entrada para abastecimento de energia elétrica de uma residência Fonte: o autor. Na Figura 3, os três fios têm potenciais diferentes: 110 V, 0 e –110 V. O fio B é o cha- mado neutro. Se uma ligação for feita entre os terminais A e B, teremos uma tensão de 110 V, o mesmo valor que teríamos se fosse entre C e B. Entretanto, se a ligação for feita entre A e C, a tensão será 220 V. Na falta de um voltímetro, uma lâmpada pode ser usada para testar os potenciais, mas nunca tocar os fios energizados. Associado aos potenciais gravitacionais, temos o campo gravitacional. Da mesma forma, associado aos potenciais elétricos, temos um campo elétrico, cujo sentido é do maior para o menor potencial. 20 Fluxo da Energia Elétrica Como podemos utilizar a matéria para conduzir energia elétrica? Para um material ser condutor de eletricidade, é necessário que ele possua portadores de carga elétrica (elétrons, íons positivos ou negativos) e que estes apresentem mobilidades no interior do material. Os materiais condutores podem ser clas- sificados em três grupos. Classificação dos Condutores Primeira classe: condutores metálicos Nesses condutores, temos a ligação metálica, que se caracteriza pela formação de uma rede crista- lina e de uma nuvem eletrônica constituída por elétrons quase livres (Figura 4): são os elétrons mais afastados do núcleo que apresentam fraca energia de ligação com o átomo. Esses elétrons, que se espalham, formam uma verdadeira nuvem pelo retículo cristalino, como um gás. São esses elétrons quase livres os portadores de carga nos metais em geral, como, por exemplo, cobre, alu- mínio, prata etc. Corrente Elétrica 21UNIDADE 1 + + + +++ + + + +++ Segunda classe: condutores eletrolíticos As soluções eletrolíticas têm os íons positivos e os negativos como portadores livres de carga elétrica. Na Figura 5, estão representados íons provenientes da dissociação iônica (compostos iônicos) e, na Figura 6, íons provenientes da ionização (compostos mole- culares) de compostos ácidos, básicos ou salinos em um solvente, normalmente a água. Figura 4 - Rede cristalina e nuvem eletrônica Fonte: o autor. + - Na+ -Cl + - H+-Cl Figura 5 - Solução aquosa de cloreto de sódio Figura 6 - Solução aquosa de ácido clorídrico Nosso corpo tem cerca de 70% de água, com vários íons dissolvidos e conduz ele- tricidade. Se nossa pele estiver molhada, a condutividade é bem mais intensa e os choques mais perigosos. Nesse caso, mesmo tensões residenciais podem ser letais. 22 Fluxo da Energia Elétrica Terceira classe: condutores gasosos Normalmente, um gás é isolante. No entanto, a ação de um forte campo elétrico pode ionizá-lo, formando, como portadores livres, íons positivos e elétrons. Uma vez ionizado, o gás é excelente condutor. É o que acontece nos relâmpagos e também nos tubos de lâmpadas florescentes. Semicondutores e supercondutores Além dos três tipos de materiais condutores descritos anteriormente, temos as subs- tâncias semicondutoras e as supercondutoras. Como exemplo de semicondutores, temos o silício – uma das substâncias mais abundantes na superfície terrestre – e o germânio. Ambos pertencem ao grupo 4A da tabela periódica. Em altos graus de pureza, esses elementos são praticamente isolantes, mas a inserção de pequenas quantidades de gálio ou arsênio, por exemplo (processo comumente chamado de “dopagem”), cria lacunas não preenchidas por elétrons ou elétrons livres, tornando o conjunto condutor. É um processo fundamental na eletrônica moderna. Como já havia sido observado no começo do século XX, com o mercúrio em temperaturas próximas ao zero absoluto, temos substâncias com resistência nula. Atualmente, fundindo-se diferentes materiais em proporções adequadas, obtêm-se “cerâmicas” supercondutoras a temperaturas bem acima do zero absoluto, mas ain- da muito baixas em relação à temperatura ambiente. Atualmente, sua utilização é pequena, devido ao dispêndio de energia para conservar as baixas temperaturas, no entanto, já está presente em supercomputadores e em linhas de pesquisa que exigem eletroímãs superpotentes. O Conceito de Corrente Elétrica Em um metal isolado, os elétrons livres não estão em repouso: eles descrevem um movimento caótico, sem nenhuma direção preferencial. No entanto, quando apli- camos uma diferença de potencial entre dois pontos do metal, estabelecemos um movimento de elétrons numa direção preferencial, do menor para o maior potencial elétrico, constituindo o que chamamos de corrente elétrica. 23UNIDADE 1 Corrente elétrica é o movimento ordenado de portadores de carga elétrica. Devemos entender o movimento ordenado, o que acontece numa direção preferencial em relação às demais. Ela pode ocorrer num meio condutor sólido, líquido ou gasoso. O Sentido Convencional da Corrente Elétrica O movimento ordenado dos portadores de carga fica restrito aos limites impostos pelo condutor, podendo acontecer em dois sentidos. No caso de portadores positivos, eles se movem no mesmo sentido do campo, e no caso de portadores negativos, eles se movem no sentido contrário ao campo elétrico. A figura seguinte é um esquema do movimento de um elétron livre particular, no interior de um fio metálico, antes e após a aplicação do campo elétrico. ivmédia vmédia vmédia E VAVB i = 0 i = 0 = 0 = 0 V = VA B V VA B> Movimento desordenado Movimento ordenado Figura 7 - Campo elétrico produzindo movimento ordenado de cargas Fonte: o autor. Se esse mesmo campo elétrico fosse aplicado em uma solução eletrolítica, teríamos íons positivos se movendo no sentido do campo e íons negativos se movimentando em sentidocontrário. O sentido escolhido para a corrente elétrica é o sentido do movimento dos portadores de cargas positivos ou, de maneira equivalente, o sentido contrário ao do movimento dos portadores negativos. Tal escolha se presta tanto para as soluções eletrolíticas, como para os gases ionizados ou para os metais. Em suma, o sentido da corrente é o sentido do campo elétrico aplicado. 24 Fluxo da Energia Elétrica Intensidade da Corrente Elétrica Vamos escolher uma secção transversal do condutor. A grandeza escalar intensida- de de corrente elétrica (i) indica a quantidade de carga elétrica que atravessa essa secção por unidade de tempo. O esquema representa portadores de carga negativos atravessando a secção trans- versal de um fio metálico. - - - - - - - - - - - i Fio Metálico Secção Transversal Figura 8 - Sentido convencional da corrente elétrica Fonte: o autor. Sendo |Δq| o valor absoluto da quantidade de carga que atravessa a secção trans- versal em um intervalo de tempo Δt, a intensidade média da corrente elétrica (im) é: i q tm = D D No SI, a unidade para intensidade de corrente elétrica é o coulomb por segundo (C/s), que recebe a denominação especial ampère (A), em homenagem ao físico e matemático francês André Marie Ampère. Especialmente na eletrônica, em que se utilizam correntes elétricas de intensidade muito inferior a 1 A, é comum a utilização de submúltiplos do ampère. miliampère 1 mA = 10–3 A microampère 1 μA = 10–6 A Para os casos nos quais a intensidade de corrente elétrica varia com o tempo, utiliza- mos um diagrama horário para representar o seu comportamento. Como exemplo, consideremos que a intensidade de corrente elétrica varia com o tempo conforme mostra a figura seguinte. 25UNIDADE 1 A quantidade de carga que atraves- sa a secção transversal é numerica- mente igual à área compreendida entre a curva e o eixo das abscissas: ∆q N = Área O instrumento para medir corrente elétrica é o amperímetro. Normalmente, os aparelhos de medidas elétricas têm múltiplas funções, de forma que você possa mudá-lo de vol- tímetro para amperímetro apenas girando uma chave. Efeitos da Corrente Elétrica A seguir, vejamos alguns efeitos da circulação da corrente elétrica. Efeito magnético Toda corrente elétrica gera, no espaço ao seu redor, um campo magnético. Esse efeito, portanto, ocorre sempre. Efeito Joule Nos condutores se processa a transformação da energia elétrica em energia térmica. Esse é o princípio de funcionamento do chuveiro e do ferro elétrico. Efeito fisiológico Nossos impulsos nervosos são transmitidos por estímulos elétricos. Dessa forma, a corrente elétrica, por ínfima que seja (microampères), provoca contrações musculares; dependendo da intensidade, pode causar até uma parada cardíaca. Entretanto, embora pareçamos tão vulneráveis, a tensão necessária para produzir a situação descrita deve ser de centenas de volts, pois o corpo humano (seco) é péssimo condutor quando comparado aos metais, por exemplo. Efeito químico Corresponde aos fenômenos elétricos nas estruturas atômicas, objeto de estudo da eletroquímica. A exploração desse efeito é utilizada nas pilhas, na eletrólise, na pro- dução do alumínio, bem como na cromação e niquelação de objetos. i Área = Δq 0 t Figura 9 - Corrente elétrica com intensidade variável Fonte: o autor. 26 Fluxo da Energia Elétrica Efeito luminoso Também é um fenômeno elétrico de nível molecular. A excitação eletrônica pode dar margem à emissão de radiação visível, tal como observamos nas lâmpadas fluo- rescentes e nos relâmpagos. A intensidade de corrente elétrica varia com o tempo, por meio de um condutor, conforme mostrado na Figura 10. 10 5 i (A) 0 2 4 6 t(s) Figura 10 - Corrente elétrica variável Fonte: o autor. Determinar: a) A quantidade de carga elétrica que atravessa uma secção qual- quer do condutor, correspon- dente ao intervalo de tempo de 2,0 s a 4,0 s. b) A intensidade média de corrente elétrica no intervalo de tempo de 0 a 4,0 s. 1 EXEMPLO 10 5 i (A) 0 2 4 6 t(s) Figura 11 - Corrente elétrica variável Fonte: o autor. 27UNIDADE 1 Resolução a) A quantidade de carga elétrica (|Δq|), correspondente ao intervalo de 2,0 s a 4,0 s, é dada, numericamente, pela área do retângulo mostrado na figura: |Δq| = área do retângulo |Δq| = 2,0 · 10 ==> |Δq| = 20 C 10 5 i (A) 0 2 4 6 t(s) Figura 12 - Corrente elétrica variável Fonte: o autor. b) A intensidade média de corrente elétrica, no intervalo de 0 a 4,0 s, é dada por: i q tm = ∆ ∆ , sendo ∆ =q N Área do trapézio destacado na figura ∆ = + ⋅ → ∆ = = → = q q C i i Am m 4 0 2 0 2 10 30 30 4 7 5 , , , 28 Fluxo da Energia Elétrica A potência de uma máquina é uma grandeza que nos diz com que rapidez a energia é transformada. Para qualquer máquina e, em particular, para os aparelhos elétricos, definimos potência (P) pela relação entre a quantidade de energia transfor- mada ou transferida (ΔE) e o intervalo de tempo (Δt) correspondente: = ∆ ∆ E t P . A unidade de potência é o watt, de forma que: 1 1 1 watt J s joule segundo = = . A energia transformada ou transferida corres- ponde ao trabalho da força elétrica, quando des- locamos uma certa quantidade de carga Δq entre dois pontos, cuja diferença de potencial seja U. Potência Elétrica 29UNIDADE 1 Vamos considerar um dispositivo elétrico qualquer, submetido a uma tensão U. Esse dispositivo pode ser um chuveiro, um liquidificador ou mesmo uma TV. Como vamos avaliar a potência desse aparelho? Com o aparelho funcionando, podemos medir a tensão no aparelho com um voltímetro. Podemos, também, medir a corrente com um amperímetro. E obtemos a potência do aparelho calculando o produto das duas medidas. No projeto de uma residência, o engenheiro verifica que, em uma situação de extremo consumo, com vários aparelhos ligados, a demanda dessa casa seria 5500 W. A casa é alimentada por uma rede que tem apenas dois fios, um neutro e outro com 220 V. a) Qual será a corrente elétrica nos fios de alimentação na situação de máxima demanda? b) Considerando que a situação de máxima demanda permaneça por meia hora, qual será a energia consumida pela casa nesse tempo? Tenha sua dose extra de conhecimento assistindo ao vídeo. Para acessar, use seu leitor de QR Code. 2 EXEMPLO Aparelho U i Figura 13 - Aparelho elétrico sujeito a uma tensão Fonte: o autor. Potencia elétrica e sentido da corrente Assim, podemos escrever: τ τ = ∆ ⋅ = ∆ → = ∆ ⋅ ∆ → q U E q U t P = iUP 30 Fluxo da Energia Elétrica No exemplo do tópico anterior, vimos que, em apenas meia hora, uma casa consumiu quase 10 milhões de joules. Vemos que, para os padrões de consumo usuais, precisamos de uma unidade de energia bem maior. A escolha acabou recaindo em uma unidade prática, que, embora não seja do SI, mostrou-se adequada para os consumidores terem uma ideia de seus gastos. A unidade quilowatt-hora corresponde à quantidade de energia que um aparelho de 1 kW gastaria durante uma hora de funcionamento contínuo. Comparando-se com o joule, temos: 1 10 3600 3 6 10 3 6 103 6 6kWh W s J s s J= ⋅ = ⋅ = ⋅, , . A intenção dessa unidade é facilitar o cálculo do consumo de energia elétrica. Assim, para tirar proveito dessa unidade prática, devemos consi- derar a potência dos aparelhos em quilowatts e os intervalos de tempo em horas, obtendo, auto- maticamente, o consumo em kWh. Consumo de Energia Elétrica 31UNIDADE 1 Um chuveiro cujos dados nominais são 220V-4000 W é usado, em média, meia hora por dia. Qual será o custo mensal desse uso, sabendo-se que o quilowatt-hora custa R$ 0,40, já incluindo os impostos? Resolução Como = ∆ ∆ E t P , temos ∆ = ⋅∆E tP . Vamos obter o tempo mensal total de uso por: ∆ = ⋅ =t h 30 0 5 15, , considerando o mês de 30 dias. Usando a potência de 4000 W = 4 kW, obtemos: ∆ = ⋅ = ⋅E kW h4 15 60 . Como cada quilowatt-hora custa R$ 0,40, o custo totalserá: custo = 0,4 · 60 --> custo = R$ 24,00 Nesta unidade, você aprendeu a conceituar e medir os níveis de energia associados aos portadores de carga elétrica, em particular se estiver contidos em fios conduto- res. Compreendeu as unidades para se medir níveis de energia e fluxo ordenado de portadores da carga – a corrente elétrica. Aprendemos, também, as características dos materiais diante da corrente elétrica, como condutores e isolantes. Em seguida, demos um importante passo avaliando com que rapidez um aparelho pode transformar energia elétrica, conceituando a potência elétrica e aprendendo a calculá-la. Encerramos a Unidade 1 apresentando uma unidade prática para medir o consumo de energia elétrica – o quilowatt-hora – usado, sobretudo, para medir os consumos de residências. 3 EXEMPLO 32 Você pode utilizar seu diário de bordo para a resolução. 1. Se uma corrente elétrica de 3 A percorre um fio durante 2 minutos, a carga elétrica em C, que atravessou a secção reta neste tempo, é: a) 60. b) 110. c) 360. d) 220. e) 180. 2. Uma lâmpada fluorescente contém, em seu interior, um gás que se ioniza após a aplicação de alta tensão entre seus terminais. Após a ionização, uma corrente elétrica é estabelecida e os íons negativos deslocam-se com uma taxa de 1,0 x 1018 íons/segundo para o polo A. Os íons positivos se deslocam, com a mesma taxa, para o polo B. A B Sabendo-se que a carga de cada íon positivo é de 1,6·10–19 C, pode-se dizer que a corrente elétrica na lâmpada será: a) 0,16 A. b) 0,32 A. c) 1,0 x 1018 A. d) 0,48 A. e) Nula. 33 3. A figura a seguir mostra como se pode dar um banho de prata em objetos, por exemplo, talheres. O dispositivo consiste de uma barra de prata e do objeto que se quer banhar imersos em uma solução condutora de eletricidade. Considere que uma corrente de 6,0 A passa pelo circuito e que cada coulomb de carga transportada tem, aproximadamente, 1,1 mg de prata. Solução Barra de Prata Objeto que leva o banho de prata ii a) Calcule a carga que passa nos eletrodos em uma hora. b) Determine quantos gramas de prata são depositados sobre o objeto da figura em um banho de 20 minutos. 4. Uma bateria aplica uma diferença de potencial de 12 V aos terminais de um motor elétrico que, ao ser ligado, é percorrido por uma corrente de 5,0 A. Nesse instante, a potência desenvolvida pelo motor é: a) 2,4 W. b) 17 W. c) 60 W. d) 150 W. e) 300 W. 34 5. Um professor esqueceu os faróis de seu carro acesos quando foi ministrar uma aula que durou 2 horas. Supondo que a corrente que percorre o filamento de cada farol é de 2 ampères e que a bateria de seu carro seja de 6 volts, podemos afirmar que a energia química da bateria foi reduzida de, aproximadamente: a) 24 joules. b) 2,4⋅104 joules. c) 48 joules. d) 17,28⋅104 joules. e) 17,28 joules. 6. A curva característica de um aparelho elétrico é vista na figura seguinte. 4 3 2 1 0 2 4 6 8 10 V (volts) i (mA) a) Qual a potência dissipada quando i = 10 mA? b) Qual é a carga que passa em 10 segundos, quando V = 2,0 V? 35 Sears & Remansky’s University Physics 12 ed. with Modern Physics Autor: Young & Freedman Editora: Pearson-Addison Wesley Sinopse: contém toda Física Básica do ensino superior, com extensa dedicação também à Física Moderna. Comentário: embora tenha mais de 1.600 páginas, esse livro tem a vantagem de reunir em um único exemplar, praticamente, todo vasto conteúdo da Física Básica do ensino superior. A tradução em português desdobrou a obra em 4 volumes e as figuras perderam um pouco da resolução. Há também a versão integral em espanhol. LIVRO Este é um curto vídeo em inglês, mas você pode ativar legendas em português para visualizar a sequência de deslocamentos dos elétrons em um condutor metálico quando submetido à tensão vinda de uma bateria e o circuito é fechado. Além disso, é mostrado o sentido convencional da corrente. Para acessar, use seu leitor de QR Code. WEB 36 FEYNMANN, R.; LEIGHTON, R.; SANDS, M. Lições de Física de Feynman. Porto Alegre: Artmed, 2008. Volume 3. GUIMARÃES, O.; PIQUEIRA, J. R. C.; CARRON, W. Física - Projeto múltiplo 3V. São Paulo: Ática, 2014. GUIMARÃES, O.; GUADALUPE, A. Sistema de Ensino Poliedro - Física. 4. ed. S. J. dos Campos: Editora Poliedro, 2014. Volume 4. GUIMARÃES, O.; CARRON, W. As faces da Física. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2006. HALLIDAY, D.; RESNICK, R. Fundamentos de Física. 3. ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1994. Volume 4. OKUNO, E.; CALDAS, I. L.; CHOW, C. Física para ciências biológicas e biomédicas. São Paulo: Harbra, 1982. YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A. Física. 12. ed. São Paulo: Addison Wesley, 2009. 37 1. C. 2. B. 3. a) 21600 C. b) 7,92 g. 4. C. 5. D. 6. a) 40 mW. b) 0,08 C. 38 39 40 Potencia elétrica e sentido da corrente Corrente em série e paralelo Carga e descarga do capacitor Termodinâmica Motor a combustão Fluxo da Energia Elétrica Resistência Elétrica Conversão da Energia Elétrica Eletromagnetismo Indução Eletromagnética Temperatura e Calor Gases em Transformação Máquinas Térmicas Óptica Geométrica Button 5: Button 4:
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