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4 unidade Águas frias e quentes

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1. Águas Frias
A água fria é produzida geralmente pelo sistema público de abastecimento de água. O sistema público de abastecimento de água inicia na captação. A captação é o processo de coleta de água a partir de um leito de rio. No Brasil toda captação de água se dá a partir de rios de água doce. Não é comum no país a utilização de qualquer tipo de sistema de dessalinização de água, que retira o sal da água do oceano. Temos no país a maior reserva de água potável do mundo, o Aquífero Guarani.
A concessionária de água capta a água do leito do rio e, através de um sistema de bombeamento, a leva para a ETA – Estação de Tratamento de Água. O sistema mais comum de tratamento de água é dividido em 3 etapas, como podemos ver na figura 1. Na primeira etapa, ocorre a separação do que se chama “sólidos grosseiros”, na qual todas as sujeiras mais grossas ficam retidas em grades. Cada estação de tratamento garante a mistura de sulfato de alumínio de sua maneira própria, considerando a geografia do local que favorece na mistura. Um exemplo é a estação de tratamento do DMAE Moinhos de Vento: nela há um caminho em “zig-zag”. Outro método é por tombamento, como na estação de tratamento de água da SABESP. Estes sistemas têm por objetivo garantir que o Sulfato de alumínio seja bem misturado. O sulfato de alumínio tem como propriedade “grudar-se” nas sujeiras que ficam em suspensão na água. Através de um processo de sedimentação, a água vai sendo purificada, como pode ser observado nos reservatórios da esquerda para a direita da figura 1. Nos reservatórios mais à esquerda a água está mais turva, enquanto nos da direita, a água está mais cristalina. Esta é a segunda etapa. Já a terceira etapa consiste na adição de flúor, cloro e algumas vezes de carvão ativado. O flúor é utilizado na prevenção de cáries; o cloro é utilizado para matar as bactérias que estão na água; e o carvão ativado é para manter a água cristalina insípida é inodora.
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Figura 1 - Estação de tratamento de águaFonte: Stephane Bidouze, Shutterstock, 2020
#PraCegoVer Vemos na imagem uma estação de tratamento de água.
No link a seguir há um exemplo mais ilustrativo de como se dá a produção de água potável. O Centro de Tratamento de Água Moinhos de Vento (DMAE) (https://portoalegredecima.wordpress.com/2015/02/04/hidraulica-moinhos-de-vento/) é um exemplo de central de tratamento de água.
Esse é o processo de produção de água para o consumo do brasileiro. Após a água se tornar potável dentro dos padrões determinados pelo Ministério da Saúde, ela é bombeada através de tubulações de grande capacidade para reservatórios centrais. Estes ficam em pontos elevados e estratégicos das cidades. Somente então é que a água é disponibilizada para as edificações, dotadas de instalações prediais de água fria.
Os principais objetivos das instalações prediais de água fria são: 1. Garantir o suprimento de água potável; 2. Garantir que é não haja interrupção no fornecimento ou pelo menos que este risco seja reduzido; 3. Permitir que a correta manutenção possa ser feita sem afetar o restante da edificação ou do abastecimento de água geral; 4. Garantir que a pressão fornecida seja adequada à pressão solicitada no ponto de serviço.
A norma técnica que descreve sobre o projeto e a execução das instalações prediais de água fria é a norma NBR-5626 (1998) – “Instalação predial de água fria da Associação Brasileira de Normas técnicas”.
Os principais objetivos no projeto de instalação de água fria diferem em conceito dos objetivos das instalações prediais. O projeto é o meio que utiliza os conhecimentos adquiridos para chegar aos objetivos das instalações de água fria. Assim, o projeto de água fria está ligado a não permitir nenhuma pressão máxima e nenhuma pressão mínima. Calcular a velocidade da água nos seus trechos mais importantes para que ela seja silenciosa e chegue ao seu destino com uma boa vazão e no final de tudo garantir o conforto do usuário, a qualidade na água fornecida e que o seu suprimento não seja interrompido.
Assista aí
A qualidade da água citada aqui é nada mais do que a garantia de que a água esteja dentro dos padrões de potabilidade. Os padrões de potabilidade da água são terminados através da portaria nº 518 de 25 de março de 2004 do Ministério da Saúde. Essa portaria estabelece todos os critérios que determinam o padrão da água que deve estar disponível para consumo humano. Um dos critérios que chama atenção é o valor máximo de unidades de turbidez: quanto maior a quantidade de turbidez, menos cristalina é a água, quanto menor a unidade de turbidez (UT) mais cristalina é a água.
1.1 Terminologia
É importante conhecer a terminologia técnica utilizada nas instalações hidráulicas prediais para uma a comunicação precisa entre os profissionais que irão participar de todas as etapas de construção da edificação. A norma Técnica 5226 de 1998, no seu item terceiro, trata dessas definições.
É importante para o profissional escutar e tentar entender também o modo popular, muitas vezes regional, com que pessoas se referem a itens técnicos. Isto faz com que ele consiga se comunicar com pessoas que não entendem a terminologia técnica, estabelecendo uma precisa e positiva linha de comunicação. Tais pessoas podem facilmente ser clientes, empregados ou prestadores de serviço.
A condução da água se dá através de tubulações hidráulicas. As tubulações do sistema de abastecimento de água de uma edificação têm características que as diferem das tubulações de esgoto. Uma dessas características é a resistência à pressão. A tubulação por onde se dá a condução da água deve resistir a altas pressões, maiores que as tribulações do esgoto. Assim, os tubos destinados ao fornecimento de água têm uma parede com seção superior (têm a parede mais grossa) do que os tubos destinados às instalações de esgoto. Cada fábrica de tubulações diferencia as tubulações de água e de esgoto através de cores, por exemplo, as tubulações de PVC cloreto de polivinila para água são na cor marrom e a tubulação de PVC para esgoto tem cor branca.
1.2 Elementos do Sistema Predial de Água Fria
A alimentação de água para o sistema predial pode ser feita por meio da rede pública de fornecimento ou a partir de fontes particulares, como poços artesianos, por exemplo. Se a captação de água for feita a partir de uma fonte particular, o dono deve efetuar os ensaios para determinar a potabilidade da água que ele tem acesso. Caso o ensaio retorne como água contaminada, o proprietário deve prever um sistema de tratamento que mitigue o resultado do ensaio da água, a fim de se garantir a potabilidade da água para consumo humano. Conforme portaria 518 de 2004 do Ministério da Saúde esses ensaios devem ser feitos periodicamente. Existem casos de captação mista, ou seja, feita por rede pública e por forte particular.
As instalações prediais de Água Fria São divididas em dois grandes grupos o abastecimento e a distribuição. O abastecimento é a água que chega da Rede Pública até a casa. Porém, o ponto de chegada pode ser até a primeira derivação ou até uma caixa d'água superior.
A condução da água fria para caixa d'água se dá através de tubos que resistam à pressão. Essa tubulação não necessariamente resiste a altas temperaturas tais como a tubulação de PVC. A definição da condução da Água Fria serve tanto para o abastecimento, como para a distribuição. Geralmente as tubulações de abastecimento são mais delgadas do que as tubulações que abastecem o reservatório elevado. Isso porque, para a tubulação de abastecimento, o reservatório elevado constitui em apenas um ponto a ser abastecido, porém, o reservatório elevado abastece diversos pontos dentro de uma edificação.
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Figura 2 - Reservatório de aço de águaFonte: Kaninw, Shutterstock, 2020
#PraCegoVer: Vemos na imagem um reservatório de água feito de aço.
A distribuição é toda água que sai da caixa d'água e vai até o ponto de consumo, ponto de serviço e ponto de fornecimento. Cada pontotem suas características determinadas pelo projeto arquitetônico. Existem diversos tipos de distribuição. O profissional deverá avaliar qual será o sistema mais adequado ao seu projeto.
1.3 Classificação dos sistemas de distribuição
O sistema de distribuição é o sistema que o profissional escolhe para atender a sua edificação a partir da rede pública após o ramal de entrada. Através de critérios técnicos de verificação da situação real do local e de informações obtidas através da concessionária de água o profissional poderá fazer a sua escolha dentro dos sistemas de distribuição de água existente.
O sistema direto de distribuição de água é aquele que não tem reserva de água. A rede pública tem um sistema de distribuição de grandes proporções, a água adquire microrganismos no seu percurso. Estes microrganismos tendem a se multiplicar, mas a grande maioria deles é inofensivo à saúde do ser humano. Por não ter uma reserva particular na edificação, o sistema direto de distribuição de água tem como grande vantagem fornecer uma água com melhor qualidade, mais limpa. Além disso, como geralmente o reservatório público é muito alto, a pressão no ponto de serviço em residências é geralmente maior de que em sistemas indiretos. Por último, tem o custo mais baixo de instalação.
Existem dois tipos de sistemas de distribuição indireta de água: o sistema indireto com bombeamento e o sistema indireto sem bombeamento. O sistema indireto de distribuição sem bombeamento é aquele cuja pressão da rede pública é suficiente para o abastecimento de um reservatório superior. Esta pressão é verificada com a utilização de um manômetro de água, ou fornecida pela concessionária. O sistema de distribuição de água indireta com bombeamento é aquele que, após o profissional verificar que a pressão da rede pública não é suficiente para atender o reservatório superior, utiliza-se um reservatório inferior e uma casa de bombas que irão abastecer o reservatório superior com a devida a pressão.
O sistema indireto com bombeamento distribui o cálculo do consumo diário de água que o profissional levantou da seguinte forma: 40% para o reservatório superior e 60% para o reservatório inferior. Lembrando que, para o cálculo da reserva de água, outros fatores devem ser levados em consideração, tais como: o tempo de autonomia o profissional deseja atender e qual é a reserva de incêndio indicada para a edificação, considerando as devidas orientações do CBM - Corpo de Bombeiros Militar.
A norma NBR 5626 - Instalações prediais de água indica uma reserva mínima de um dia. Esta norma não indica um valor máximo, porém é comum a legislação regional indicar que não devem ser ultrapassados três dias de reserva. Dependendo da opção de combate à incêndio adotado, a norma permite que o volume de água calculado para uso na extinção do evento incendiário não necessariamente seja distribuído entre os reservatórios elevados e inferiores.
Em contrapartida, os sistemas indiretos apresentam as seguintes desvantagens:
• maior probabilidade de contaminação da água nos reservatórios, exigindo uma limpeza periódica deles;
• maior custo, devido ao acréscimo de diversos itens na instalação hidráulica;
• uma estrutura mais reforçada, para atender a sobrecarga exigida pelo punsionamento da caixa d’água.
O sistema mais adotado nas instalações prediais brasileiras é o Sistema misto de distribuição, no qual a instalação tem pontos atendidos diretamente pela rede pública e outros pontos atendidos pelo reservatório. Já o Sistema hidropneumático é aquele que que possui um equipamento que pressuriza a água que será distribuída aos pontos de consumo sobre pressão.
1.4 Escolha do sistema a ser utilizado
A escolha do sistema a ser utilizado se inicia com as seguintes informações sobre a concessionária de água da localidade: a concessionária tem grande capacidade de abastecimento; não existem registros de interrupção de fornecimento de água nos últimos anos; adoção de muitos registros e manutenções praticamente imperceptíveis para o usuário. Por fim o volume de água que a concessionária pode fornecer deve ser compatível com o consumo da edificação. Deve ser analisado também se não há uma variação substancial de pressão mesmo em horários de pico de consumo. Aconselha-se fazer medições da pressão disponível em diversos horários do dia e da noite, principalmente nos horários de pico de consumo da região.
Em seguida, é necessário fazer o cálculo do consumo. O cálculo do consumo é um valor obtido através de fórmulas Matemáticas, aplicação de valores obtidos através de tabelas e análise e considerações que o profissional avaliou serem necessárias.
Além disso, deve-se verificar se há o registro de um histórico de suprimento de água com interrupções consideráveis e prolongadas, de forma intermitente, e se há também uma grande variação na pressão disponível na rede pública. Este é um sistema não confiável, sendo necessário que o projetista adote um sistema de distribuição de água que forneça uma maior autonomia de água para edificação.
Por último, deve-se checar se há o o registro de um histórico de suprimento de água com interrupções consideráveis e prolongadas, de forma intermitente, e se há uma grande variação na pressão disponível na rede pública. Este é um sistema não confiável, sendo necessário que o projetista adote um sistema de distribuição de água que forneça uma maior autonomia de água para edificação. A partir destas informações, o projetista poderá determinar qual tipo de distribuição é mais recomendável para seu projeto.
2. Reservatórios
A escolha do reservatório deve ser feita levando em consideração diversos aspectos tantos técnicos como a exigência do cliente e questões econômicas e funcionais. Por exemplo, um dos aspectos técnicos que pode ser levado em consideração pelo projetista é se o local onde o reservatório ou caixa d'água será Instalado não é regular, não é um “L” ou um retângulo, uma forma que exija um tipo de reservatório executado em loco. Há também reservatórios de aço inoxidável. Estes geralmente são utilizados em indústrias, pois são rápidos de montar, de fácil higienização e podem ser pintados com o logo da empresa no lado externo e um composto de material totalmente reciclável
Reservatório polipropileno também tem volumes de água bem expressivos, porém, não podem ser acrescidas de forma modulada porque a caixa já tem um tamanho pré-definido pela indústria fornecedora. Eles são mais baratos que as caixas da água de aço inoxidável; tem o interior liso o que facilita a higienização e limpeza periódica; e já são pré-fabricados, prontos para instalar e em diversos tamanhos e volumes de água.
Caixas da água em poliéster com reforço em fibra de vidro é o reservatório mais comum no Brasil. Ele não tem disponibilidade para volumes de água muito grandes; são geralmente vendidos para residência de pequeno e médio porte; e, dependendo do cálculo, pode até atender residências maiores em ligações sequenciais ou em paralelo para constituir o volume necessário. Como tem o interior liso, tem uma certa facilidade na hora da limpeza e manutenção do sistema de reserva de água. Porém, acumulam mais sujeira que os de polipropileno e tem menor resistência a deformações também em comparação com o de polipropileno.
Caixa d'água de fibrocimento ou cimentamento é o sistema de reserva de água mais barato no Brasil. O cimento amianto é o material que se comprovou que contribui com o desenvolvimento de alguns tipos de cânceres, devido à fibra de amianto, que pode contaminar a água ser fornecida para o usuário. Logo, esse tipo de caixa d'água está gradativamente ficando em desuso. A norma não proíbe seu uso, porém, coloca cuidados especiais que devem ser tomados quando necessários para sua instalação. Tecnicamente é o tipo de caixa d'água que possui resistência mecânica.
Como pode ser verificado cada caixa existente no mercado deve ser utilizada para atender critérios bem específicos, assim o profissional poderá optar pelo sistema que melhor atenda às exigências do seu projeto. Vale lembraro projetista deve prover a pressão necessária que determinado equipamento solicita. O profissional deverá então considerar que a tubulação perde carga ou “pressão” à medida que vai sendo distribuída pela edificação. Isso gera um tipo de cálculo chamado cálculo de perda de carga. Através deste cálculo se consegue determinar a pressão disponível no ponto de serviço. Aconselha-se que este cálculo seja feito no mínimo para o ponto mais desfavorável. O ponto mais desfavorável é o ponto de serviço mais longe e mais alto da edificação. Em tese, se a pressão é suficiente neste ponto, os outros serão atendidos. Porém, isso não é uma verdade absoluta, pois uma simples torneira de um lavabo necessita 0,5mca, porém um aquecedor de passagem necessita entre 7 e 40mca, pois geralmente o aquecedor não fica instalado em uma parte elevada da edificação.
Em edifícios com mais de 40m de altura o projetista deverá efetuar sistemas de redução de pressão para que a pressão disponível no ponto de serviço esteja dentro da faixa de trabalho do equipamento. A boa pratica profissional indica que o projetista deve verificar todas as pressões de serviço que disponibilizou em seu projeto; e garantir que os equipamentos instalados ao seu sistema de fornecimento de água funcionem adequadamente. Por fim, e não menos importante, as instalações de água prediais devem ser silenciosas.
Assista aí
3. Condução de Água Fria e Água Quente
A condução da água fria é feita a través de tubulações. Cada trecho da tubulação tem seu nome: a tubulação que sai da caixa d’água é chamada de tubulação de saída. Esta está ligada a uma tubulação horizontal de distribuição chamada de barrilete. Os barriletes estão ligados às colunas de água, cuja função é ligar os pavimentos de uma edificação. Os ramais são as tubulações que saem das colunas e entram no banheiro. Por fim, cada tubulação que sai dos ramais é chamada de sub-ramal, que abastecem os equipamentos ligados aos sistemas de água. Cada ramal deve ter seu registro assim como que cada coluna deve ter seu registro, assim como que a tubulação de saída deve ter seu registro. Podemos concluir que cada trecho da tubulação deve ter seu registro. Os registros são os equipamentos hidráulicos quee interrompem a passagem de água.
A água quente é produzida através da aplicação de energia na água fria para aquecê-la. Para sistemas de grande porte, geralmente utilizam-se caldeiras. A energia para aquecer a água destas caldeiras provém da queima de óleo, lenha, carvão, gás ou eletricidade. Estes sistemas são utilizados para fins de grande consumo tais como: hotéis, hospitais, saunas, indústria, lavanderias, restaurantes de médio e grande porte. Nestes locais, a falta de água quente significa um grande prejuízo ou tem um grande impacto no objetivo da instalação. Então é pensado e instalado todo um aparato para que não haja interrupção no fornecimento de água quente.
A condução da água quente se dá através de tubulações específicas que resistem a altas temperaturas em um sistema pressurizado, lembrando que o abastecimento de água, de uma maneira geral, é pressurizado por gravidade. A água aquecida gera um componente a mais que a tubulação instalada deverá suportar. A principal Norma a ser aplicada nessa instalação é a ABNT NBR 7198 de 1983 - instalações prediais de água quente.
O abastecimento de água quente é feito em encanamentos separados dos de água fria e pode ser de três sistemas. O sistema individual produz água quente para um único ponto de utilização ou no máximo, para pontos no mesmo ambiente, por exemplo, o chuveiro elétrico. No chuveiro elétrico há uma resistência elétrica que quando há o fluxo da água fria, é ligada automaticamente, aquecendo a água imediatamente. Nesse sistema, não há reserva nem conservação da água quente, ou seja, a água aquecida deverá ser utilizada prontamente. Portanto, não há necessidade de rede de tubulações específicas para água quente (cobre, cpvc, pex e etc). Os aparelhos usados para aquecimento da água são chamados de aquecedores de passagem, que podem ser elétricos ou a gás (utilizando uma chama para aquecer a água dentro da tubulação). Por ter um investimento inicial baixo, esse sistema é o mais utilizado em edificações de populações de baixa renda. Uma instalação de uma rede de aquecimento de água aumenta o custo da edificação, além de que aparelhos que utilizam o gás combustível, necessitam de manutenção periódica, cuidados especiais na instalação, como, por exemplo, um dispositivo para exaustão dos gases resultantes da queima do gás.
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Figura 3 - Chuveiro elétrico comumFonte: Eva de Reus, Shutterstock, 2020
#PraCegoVer: Vemos na imagem um chuveiro elétrico comum.
O Sistema Central Privado refere-se à centralidade da produção de água quente, que atende a todos os pontos de consumo de uma edificação. Ele pode ser de acumulação, solar, passagem, tendo como as principais matrizes energéticas a eletricidade ou gás GLP (gás liquefeito de petróleo). Nas residências de médio e alto porte, o mais comum é o aquecedor instantâneo a gás. Este pode atender um ponto de consumo por vez, isto quer dizer que três pessoas não poderão tomar banho de forma confortável na temperatura adequada ao mesmo tempo. O sistema acumulação de porte privado, ou seja, residencial, normalmente chamados de boiler atende com a mesma temperatura de água diversos pontos em paralelo. O projetista deverá dimensionar o acumulador tendo em mente a necessidade da edificação. Vale a pena lembrar que este sistema mantém a água quente mesmo quando ela não é demandada. Existem alguns requisitos para esta instalação, como por exemplo, alimentação individual desde a caixa da água, tubulações que aguentem avaliação de temperatura, isolamento térmico dos locais por onde a água quente irá passar. O mais comum nas residências de médio e grande porte hoje é dotado de um termostato, o que confere a esse sistema uma grande economia no consumo de energia, pois ele fornece a água na temperatura desejada no ponto de consumo, dispensando a necessidade de misturar água fria. A distribuição de água quente nesse sistema se dá basicamente por ramais que conduzem a água aquecida do equipamento até os pontos de utilização. Esse caminho da tubulação deverá ser o mais curto possível, pois trechos muito longos proporcionam perdas de temperatura. Visto que a instalação de uma rede de aquecimento demanda um bom investimento inicial, a implantação deverá levar em consideração também o espaço físico, pois os ambientes necessitam de ventilação permanente, e, no caso de aquecedores de acumulação, demandará também um certo espaço para comportar o reservatório.
O Sistema Central Coletivo abastece diversos pontos em diversas unidades ao mesmo tempo. Existe um coeficiente chamado de demanda que é essencial para estimar a probabilidade de uso de equipamentos ao mesmo tempo. Este coeficiente vem de estudos estatísticos considerando desvios-padrões e registros históricos. Os grandes problemas a serem enfrentados nos sistemas centrais de aquecimento coletivo são o espaço que eles necessitam para acumulação e a grande quantidade de energia necessária para aquecer a água, pois o volume é grande. A legislação para instalação desses equipamentos também é extremamente rigorosa, pois uma falha pode causar um grande estrago com perdas de vidas e rupturas, colapsos de edificações, de dependendo do tamanho também têm um impacto ecológico considerável. O sistema de consumo energético também deve ser considerado, pois no caso do aquecedor movido a lenha há que se ter um local para reserva da lenha. Operar esse tipo de maquinário também necessita de mão de obra especializada. Sistemas alternados de “backup”, são projetados para garantir o fornecimento contínuo de água aquecida, para prover a manutenção sem interrupção. Pode-se dizer que são 2 sistemas em 1 para que não falte água quente, o que o torna um sistema caro de ser instalado.
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Figura 4 - Caldeira de uso industrialFonte:Evijaf, Shutterstock, 2020
#PraCegoVer: Vemos na imagem uma caldeira de uso industrial.
4. Sistema de aquecimento por energia solar
O Sol envia por ano cerca de 1018 Kwh (dez quintilhões de kilowatts por hora) ao Planeta Terra. A humanidade consome por ano 1014 Kwh, ou seja, apenas 1/10.000 da energia enviada pelo Sol. A energia que a humanidade console por ano, o Sol envia em apenas 1 hora.
As vantagens da energia solar são: a sua gratuidade e o fato dela atender diversos pontos em paralelo. Porém, o projetista deverá analisar como insolação é disseminada, ou seja, efetuar o levantamento se a localidade geográfica é propícia, descampada, elevada, levando em consideração as características climáticas da região. Além disso, é um sistema que não polui e é autossuficiente, não dependendo da alimentação energética de outros sistemas. A sua maior desvantagem é o fato de depender de longos períodos de sol e de não garantir mais do que três dias de água quente em seu acumulador.
Para a instalação do aquecimento solar é necessário:
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Figura 5 - Instalação de sistema de aquecimento solarFonte: Andrea Danti, Shutterstock, 2020
#PraCegoVer: Desenho de uma residência de dois andares em corte esquemático, mostrando as placas de aquecimento solar instalada no telhado e o sistema de reservatório e sistema de circulação e distribuição de água quente.
4.1 Coletores de energia
O coletor solar é composto basicamente de uma placa de vidro plana na superfície superior, e, abaixo do vidro, dispostos em uma caixa protetora, um elemento absorvedor metálico (cobre ou alumínio) e um isolante térmico.
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Figura 6 - Coletor solarFonte: Federico Rostagno, Shutterstock, 2020
#PraCegoVer: Fotografia de um coletor solar usado para produção de água quente instalado no telhado de numa casa unifamiliar.
4.2 Condução de água quente
A água quente é disponibilizada para o usuário através de tubos específicos que, de uma maneira geral, além de serem projetados para funcionar em um sistema sob pressão, devem suportar altas temperaturas. São eles: 
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5. Representação Gráfica
A Representação gráfica transcreve todas as informações do projeto: os resultados numéricos, as exigências do cliente, as condições do local medidas áreas são transcritas. Estes desenhos são elaborados de três formas, que representam uma miniatura do que um dia se tornará real: as plantas baixas, cortes e estereogramas.
Ter uma boa expressão gráfica é essencial para as tarefas dos arquitetos e dos engenheiros de um projeto. Os projetos de arquitetura, ou a expressão gráfica de arquitetura, já tem seu regulamento definido pela NBR-6492 de 1994.
            Na figura abaixo, mostramos um exemplo simplificado de instalação predial em planta baixa. O importante nesse desenho é a garantia de que as colunas da água passem por locais desimpedidos e que sejam contínuas. Como pode ser observado, a coluna de água quente 5 a coluna de Água Fria 9 e a coluna de Água Fria 10 estão em um “Shaft” -  que é um local estrategicamente reservado para este tipo de instalação.  Também pode ser observado que as indicações de dois cortes 11:12 e um detalhe isométrico 9.
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Figura 7 - Representação gráfica de instalação predial em planta baixaFonte: Elaborado pelo autor (2020)
Importante no detalhe em corte é informar ao instalador a altura dos pontos. Como podemos observar na figura 11, a altura do ponto de serviço do lavatório (LV) é 60cm; a a altura do registro misturador (RM) do chuveiro é de 1,10m; e o pé-direito da edificação é de 2,70m. Este é o detalhe que a tubulação horizontal pode ser quantificada, pois ao lado de cada junto de diâmetro (Ø) está dito o comprimento de tubo, por exemplo: o LV – Ø25 têm um tubo com largura de 75cm.
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Figura 8 - Representação gráfica de detalhe de instalação predial em corteFonte: Elaborado pelo autor (2020)
No corte geral, o importante é mostrar a continuidade das colunas de água sem que elas apresentem desvios e o relacionamento das tubulações com a edificação. Na figura abaixo, vemos que a tubulação de água fria passa por baixo da laje de forro do térreo.
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Figura 9 - Representação gráfica de instalação predial em corte geralFonte: Elaborado pelo autor (2020)
O estereograma é provavelmente o desenho mais importante para a correta execução das instalações prediais. É neste detalhe que o instalador hidráulico obtém as informações necessárias para recortar a alvenaria, no local indicado neste desenho. Podemos verificar também a representação gráfica da tubulação de água quente indicada pela linha tracejada no desenho abaixo. Neste projeto, o instalador irá recortar alvenaria para uma tubulação que tem que ser instalado um isolante térmico.
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Figura 10 - Representação gráfica de instalação predial em detalhe isométricoFonte: Elaborado pelo autor (2020)
Assista aí
É ISSO AÍ!
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
· entender como a água potável é produzida;
· compreender como a água quente é produzida;
· conhecer como a água é conduzida até as edificações;
· compreender os principais tipos de desenho e as representações gráficas utilizadas nos projetos.
REFERÊNCIAS
Associação Brasileira de Normas Técnicas. Instalação predial de água fria. NBR 5626. Rio de Janeiro, 1998.
Associação Brasileira de Normas Técnicas. Instalações prediais de água quente. NBR 7198. Rio de Janeiro, 1983.
Associação Brasileira de Normas Técnicas. Adequação de ambientes residenciais para instalação de aparelhos que utilizam gás combustível. NBR 13103. Rio de Janeiro, 1999.
CREDER, H. Instalações hidráulicas e sanitárias. Rio de Janeiro: Ed. Livros Técnicos e Científicos, 2006
Portaria nº 518 de 25 de março de 2004 estabelece os procedimentos e responsabilidades vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade e dá outras providências.

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