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MARY SHERIDAN – E SEUS PASSOS
EVOLUTIVOS EM CRIANÇAS
1. INTRODUÇÃO
O desenvolvimento psicomotor é um processo dinâmico e contínuo, sendo constante
a ordem de aparecimento das diferentes funções. Contudo, a velocidade de
passagem de um estádio a outro varia de uma criança para outra e,
consequentemente, a idade de aparecimento de novas aquisições também difere.
As escalas de desenvolvimento e os testes servem como “padrão de referência da
normalidade”, contribuindo para vigiar a saúde infantil e, ao mesmo tempo, motivar e
encorajar os pais / educadores, que convivem e observam a criança no seu contexto
natural, a levantarem questões e a participarem na promoção do desenvolvimento
dos seus filhos. Este trabalho se propõe a apresentar a história de Mary Sheridan,
sua trajetória e a sua Escala de avaliação do desenvolvimento.
2. DESENVOLVIMENTO
Mary Sheridan nasceu em 1899, a filha mais velha de um clinico geral
irlandês de Liverpool e enfermeira de distrito. Desde de cedo, demonstrou interesse
em medicina e teve a sorte de obter uma bolsa de estudos na Faculdade de
Medicina da Universidade de Liverpool, onde se formou com honras em 1923. Entre
vários de seus ilustres contemporâneos estava o Dr. Henry Cohen de Birkenhead,
que se tornou amiga e apoiadora de toda a vida. Após trabalhar em casa na
enfermaria real de Liverpool e um breve período como assistente na clínica de seu
pai, a Dra. Sheridan optou por seguir uma carreira em pediatria.
A Universidade de Liverpool foi uma das primeiras a admitir mulheres
como estudantes de medicina, no entanto o preconceito contra as mulheres médicas
ainda era forte e isso alimentou o compromisso inicial do Dra. Sheridan com o
feminismo. Ela iniciou sua carreira no emprego relativamente humilde de assistente
de escola médica em Manchester. Aqui ela encontrou pela primeira vez a grave
privação de saúde, moradia e educação de muitas crianças das áreas mais pobres
da cidade. Ela ficou perturbada ao descobrir que a escolaridade dessas crianças
estava sendo dificultada pelo diagnóstico tardio de problemas auditivos, de fala e
visuais. Ela logo viu que, para poder reconhecer os primeiros sintomas e sinais
dessas condições, era essencial familiarizar-se com o progresso do
desenvolvimento na primeira infância e, mais particularmente, com a faixa de
normalidade. Por experiência prática, ela descobriu que os testes aceitos de
inteligência e amadurecimento das crianças eram, em muitos aspectos,
inadequados. Isso a levou a descobrir por si mesma quais deveriam ser os
parâmetros normais do desenvolvimento de uma criança em diferentes idades e qual
a melhor forma de detectar condições de desvantagem nos estágios iniciais.
A Dra. Sheridan estava particularmente preocupado com o atraso da fala
e da linguagem na criança pequena e como isso foi afetado pela falta de audição.
Para facilitar seu trabalho, ela se licenciou em Discurso e Drama da Royal Academy
of Music. Ela sempre se interessou por literatura e teatro e se orgulhava de
descender de Richard Brinsley Sheridan, o famoso dramaturgo do século XVIII.
Encorajada por William Armstrong, diretor do teatro de repertórios de Liverpool, ela
escreveu e se apresentou com sucesso uma série de peças: 'A Cidade dos Navios'
(Liverpool e o tráfico de escravos), 'Senhorita Linley de Bath' (fuga de RB Sheridan
com sua esposa), 'A Casa à Moor' (paróquia de Brontes e Haworth) e 'O sexo
corajoso' (mulheres médicas e feminismo).
Ela continuou seu trabalho em Manchester durante a guerra, tornando-se
uma escola secundária MO e publicando uma série de artigos sobre atraso de fala e
idioma. Sua experiência no campo da pediatria do desenvolvimento foi reconhecida
pelo Dr. George Godber, mais tarde Diretor Médico da Inglaterra, e logo após a
guerra ela foi convidada a ingressar no departamento de crianças do Ministério da
Saúde. Aqui, ela continuou sua pesquisa e publicou: 'The Child's Hearing for Speech'
(1948) e, em seguida, o trabalho seminal sobre desenvolvimento infantil pelo qual
ela se tornaria famosa: 'Do nascimento aos cinco anos: progresso do
desenvolvimento infantil'. Seguiram-se as publicações subsequentes 'Brincadeira na
primeira infância: do nascimento aos seis anos', 'Brincadeira espontânea na primeira
infância' e ' A criança deficiente e sua casa '. Estes foram ilustrados com desenhos
baseados nas muitas fotografias que o Dr. Sheridan tirou de crianças em clínicas ou
em jogo.
Para facilitar o diagnóstico precoce, a Dra. Sheridan desenvolveu a
Escala de avaliação do desenvolvimento de Mary Sheridan que, de forma
modificada, permaneceram em uso em clínicas e escolas de saúde infantil até o
presente. Ela foi uma das primeiras defensoras da triagem de todos os bebês e
crianças pequenas quanto a condições potencialmente prejudiciais e da criação de
registros de 'risco'. Suas publicações sobre desenvolvimento infantil ainda são
amplamente utilizadas para treinar médicos, enfermeiros e visitantes de saúde em
clínicas e hospitais. Professora inspiradora, a Dra. Sheridan continuou sua vida
profissional enfatizando a importância de observar a criança e registrar o que ela
realmente faz, bem como a necessidade vital de ouvir as preocupações da mãe
sobre o crescimento e o progresso da criança.
A Dra. Sheridan se aposentou do Departamento de Saúde em 1964, a
importância de seu trabalho ser reconhecido pelo prêmio de uma EFC. Ela continuou
a pesquisa e palestras como consultora emérito em pediatria no Hospital Guys e no
centro de Nuffield para fala e audição. Sua excelente contribuição para o campo da
pediatria do desenvolvimento foi reconhecida pelo prêmio da medalha James
Spence da British Pediatric Association em 1968.
Embora sua mobilidade fosse cada vez mais prejudicada pela artrite, o Dr.
Sheridan continuou ativo e viajou extensivamente. Foi pouco depois de dar uma
palestra em sua amada Dublin, em 1978, que ela entrou em colapso e morreu em
casa de um súbito infarto do miocárdio.
Dra. Sheridan é lembrada pela fundação de vários centros de
desenvolvimento infantil em seu nome, o primeiro dos quais foi no Hospital Guys.
Embora externamente proibisse de maneira alguma, a Dra. Sheridan era uma
mulher gentil, em quem as crianças confiavam completamente. Ela incentivou muitos
a seguir uma carreira médica, particularmente pediátrica. Uma feminista grosseira,
ela particularmente defendeu o papel da mulher na medicina.
A inscrição de seu nome no 'Wall of Honor' do RSM comemora seu
trabalho pioneiro no desenvolvimento infantil e na triagem de condições para
deficientes, que continua sendo influente até hoje.
3. Escala de avaliação do desenvolvimento de Mary Sheridan
A criança é um ser em desenvolvimento motor, cognitivo, emocional e
social. A avaliação desse percurso, a detecção precoce de quaisquer perturbações,
e das implicações que estas têm na qualidade de vida e no sucesso educacional e
integração social da criança, são o principal objetivo da vigilância de saúde infantil e
juvenil.
Nem todas as crianças chegam à mesma idade no mesmo estádio de
desenvolvimento. Para além disso, o desenvolvimento infantil processa-se muitas
vezes de forma descontínua, com “saltos”.
No que toca ao desenvolvimento intelectual, o estímulo e a promoção do
desenvolvimento são fundamentais para que cada criança possa atingir o máximo
das suas potencialidades, quer no seu processo educativo e social, quer nas áreas
para as quais está particularmente apta.
O desenvolvimento psicomotor é um processo dinâmico e contínuo,
sendo constante a ordem de aparecimento das diferentes funções. Contudo, a
velocidade de passagem de um estádio a outro varia de uma criança para outra e,
consequentemente, a idade de aparecimento de novas aquisições também difere.
As escalas de desenvolvimento e os testes servem como “padrão de
referência da normalidade”, contribuindo para vigiar a saúde infantil e, ao mesmo
tempo, motivar e encorajar os pais / educadores, que convivem e observama
criança no seu contexto natural, a levantarem questões e a participarem na
promoção do desenvolvimento dos seus filhos.
A Escala de avaliação do desenvolvimento de Mary Sheridan foi dividida
por faixa etárias.
Escala de avaliação do desenvolvimento de Mary Sheridan: 4-6 semanas
● Postura e motricidade global
o Em decúbito ventral (deitado de barriga para baixo) – levanta a cabeça;
o Em decúbito dorsal (deitado de costas para baixo) – a postura deve ser
assimétrica, membro superior do lado da face em extensão;
o Em tração pelas mãos – a cabeça cai;
o Quando sentado(a) – dorso em arco e mãos fechadas;
o Em suspensão vertical (de pé) – cabeça ereta membros semi-fletidos.
● Visão e motricidade fina
o Segue uma bola pendente a 20-25 cm em ¼ de círculo (do lado até à
linha média).
● Audição e linguagem
o Pára e pode voltar os olhos ao som de uma sineta, roca ou voz a 15cm
do ouvido.
● Comportamento e adaptação social
o Fixa a face da mãe quando o alimenta;
o Tem sorriso presente às 6 semanas;
o Chora quando desconfortável e responde com sons guturais em
situações de prazer.
Sinais de alarme 1 mês
● Ausência de tentativa de controlo da cabeça, na posição sentado(a);
● Apresenta hipertonicidade na posição de pé;
● Nunca segue a face humana;
● Não vira os olhos e a cabeça para o som (voz humana);
● Não se mantém em situação de alerta, nem por breves período.
Escala de avaliação do desenvolvimento de Mary Sheridan: 3 meses
● Postura e motricidade global
o Em decúbito ventral (deitado de barriga para baixo) – apoio nos
antebraços;
o Em decúbito dorsal (deitado de costas para baixo) – postura simétrica,
membros com movimentos ritmados;
o Em tração pelas mãos – cabeça ereta e coluna dorsal direita;
o De pé – flete os joelhos, não faz apoio.
● Visão e motricidade fina
o Mantém mãos abertas – junta-as na linha média e brinca com elas;
o Segura brevemente a roca e move-a em direção à face;
o Segue uma bola pendente ½ círculo e horizontal;
o Apresenta convergência ocular;
o Faz pestanejo de defesa.
● Audição e linguagem
o Atende e volta-se geralmente aos sons.
● Comportamento e adaptação social
o Sorri;
o Tem boa resposta social à aproximação de uma face familiar.
Sinais de alarme 3 meses
● Não fixa, nem segue objetos;
● Não sorri;
● Não há qualquer controlo da cabeça;
● Tem as mãos sempre fechadas;
● Tem os membros rígidos em repouso;
● Chora e grita quando se toca;
● Pobreza de movimentos
Escala de avaliação do desenvolvimento de Mary Sheridan: 6 meses
● Postura e motricidade global
o Em decúbito ventral (deitado de barriga para baixo) – apoia-se nas
mãos;
o Em decúbito dorsal (deitado de costas para baixo) – levanta cabeça,
membros inferiores na vertical com dedos fletidos;
o Em tração pelas mãos – faz força para se sentar;
o Mantém-se sentado(a) sem apoio;
o De pé faz apoio.
● Visão e motricidade fina
o Tem preensão palmar;
o Leva os objetos à boca;
o Transfere objetos;
o Esquece imediatamente o objeto quando este cai;
o Apresenta boa convergência (estrabismo anormal).
● Audição e linguagem
o Segue os sons a 45cm do ouvido;
o Vocaliza sons monossílabos e dissílabos;
o Dá gargalhadas.
● Comportamento e adaptação social
o É muito ativo(a), atento(a) e curioso(a).
Sinais de alarme 6 meses
● Ausência de controlo da cabeça;
● Tem membros inferiores rígidos e faz passagem direta à posição de pé
quando se tenta sentar;
● Não olha nem pega em qualquer objeto;
● Apresenta assimetrias;
● Não reage aos sons;
● Tem desinteresse pelo ambiente;
● Apresenta irritabilidade;
● Tem estrabismo manifesto e constante.
Escala de avaliação do desenvolvimento de Mary Sheridan: 9 meses
● Postura e motricidade global
o Senta-se sozinho(a) e sentado(a) 10 a 15 minutos;
o Põe-se de pé com apoio mas não consegue baixar-se.
● Visão e motricidade fina
o Tem preensão e manipulação;
o Leva tudo à boca;
o Aponta com o indicador;
o Faz pinça;
o Atira os objetos ao chão deliberadamente;
o Procura o objeto que caiu ao chão.
● Audição e linguagem
o Tem atenção rápida para os sons perto e longe;
o Localiza sons suaves a 90 cm abaixo ou acima do nível do ouvido;
o Repete várias sílabas ou sons do adulto.
● Comportamento e adaptação social
o Leva uma bolacha à boca;
o Mastiga;
o Distingue os familiares dos estranhos.
Sinais de alarme 9 meses
● Não se senta;
● Permanece sentado(a) e imóvel sem procurar mudar de posição;
● Apresenta assimetrias;
● Não tem preensão palmar, não leva objetos à boca;
● Não reage aos sons;
● Vocaliza monotonamente ou perde a vocalização;
● É apático(a), sem relacionação com familiares;
● Engasga-se com facilidade;
● Tem estrabismo.
Escala de avaliação do desenvolvimento de Mary Sheridan: 12 meses
● Postura e motricidade global
o Passa de decúbito dorsal (deitado de costas para baixo) a sentado(a);
o Tem equilíbrio sentado(a);
o Gatinha;
o Põe-se de pé e baixa-se com o apoio de uma ou duas mãos.
● Visão e motricidade fina
o Explora com energia os objetos e atira-os sistematicamente ao chão;
o Procura um objeto escondido;
o Tem interesse visual para perto e longe.
● Audição e linguagem
o Tem resposta rápida aos sons suaves, mas habitua-se depressa;
o Dá pelo nome e volta-se;
o Jargão (vocaliza incessantemente em tom de conversa, embora
completamente imperceptível);
o Compreende ordens simples “dá”, “cá” e “adeus“.
● Comportamento e adaptação social
o Bebe pelo copo com ajuda;
o Segura a colher mas não a usa;
o Colabora no vestir levantando os braços;
o É muito dependente do adulto;
o Demonstra afeto.
Sinais de alarme 12 meses
● Não aguenta o peso nas pernas;
● Permanece imóvel, não procura mudar de posição;
● Apresenta assimetrias;
● Não pega nos brinquedos ou fá-lo só com uma mão;
● Não responde à voz;
● Não brinca nem estabelece contato;
● Não mastiga.
Escala de avaliação do desenvolvimento de Mary Sheridan: 18 meses
● Postura e motricidade global
o Anda bem;
o Apanha brinquedos do chão.
● Visão e motricidade fina
o Constrói torre de 3 cubos;
o Faz rabiscos mostrando preferência por uma mão;
o Olha um livro de bonecos e vira várias páginas de cada vez.
● Audição e linguagem
o Usa 6 a 26 palavras reconhecíveis e compreende muitas mais;
o Mostra em si ou num boneco os olhos, o cabelo, o nariz e os sapatos.
● Comportamento e adaptação social
o Bebe por um copo sem entornar muito, levantando-o com ambas as
mãos;
o Segura a colher e leva alimentos à boca;
o Não gosta que lhe peguem;
o Exige muita atenção;
o Começa a copiar atividades domésticas.
Sinais de alarme 18 meses
● Não se põe de pé, não suporta o peso sobre as pernas;
● Anda sempre na ponta dos pés;
● Apresenta assimetrias;
● Não faz pinça – não pega em nenhum objeto entre o polegar e o indicador;
● Não responde quando o(a) chamam;
● Não vocaliza espontaneamente;
● Não se interessa pelo que o(a) rodeia; não estabelece contato;
● Deita os objetos fora. Leva-os sistematicamente à boca;
● Tem estrabismo.
Escala de avaliação do desenvolvimento de Mary Sheridan: 2 anos
● Postura e motricidade global
o Corre;
o Sobe e desce com os dois pés o mesmo degrau.
● Visão e motricidade fina
o Constrói torre de 6 cubos;
o Imita rabisco circular;
o Gosta de ver livros;
o Vira uma página de cada vez.
● Audição e linguagem
o Diz o primeiro nome;
o Fala sozinho(a) enquanto brinca;
o Junta duas ou mais palavras, construindo frases curtas;
o Apresenta linguagem incompreensível, mesmo pelos familiares;
o Nomeia objetos.
● Comportamento e adaptação social
o Coloca os sapatos;
o Usa bem a colher;
o Bebe por um copo e coloca-o no lugar sem entornar.
Sinais de alarme 2 anos
● Não anda sozinho;
● Deita os objetos fora;
● Não constrói nada;
● Não parece compreender o que se lhe diz;
● Não pronuncia palavras inteligíveis;
● Não se interessa pelo que está em seu redor;
● Não estabelece contato;
● Não procura imitar;
● Tem estrabismo.
Escala de avaliação do desenvolvimento de MarySheridan: 3 anos
● Postura e motricidade global
o Tem equilíbrio momentâneo num pé;
o Sobe escadas alternadamente;
o Desce com os dois pés no mesmo degrau.
● Visão e motricidade fina
o Constrói torre de 9 cubos;
o Imita (3 anos) e copia (3 anos e meio) a ponte de 3 cubos – copia o
círculo – imita a cruz;
o Combina duas cores geralmente o vermelho e o amarelo (confunde o
azul e verde).
● Audição e linguagem
o Diz o nome completo e o sexo;
o Tem vocabulário extenso mas pouco compreensível por estranhos;
o Tem defeitos de articulação e imaturidade na linguagem.
● Comportamento e adaptação social
o Pode despir-se mas só se lhe desabotoarem o vestuário;
o Vai sozinho(a) à casa de banho;
o Come com colher e garfo.
Escala de avaliação do desenvolvimento de Mary Sheridan: 4 anos
● Postura e motricidade global
o Fica num pé sem apoio 3 a 5 segundos;
o Sobe e desce as escadas alternadamente;
o Salta num pé.
● Visão e motricidade fina
o Constrói escada de 6 cubos;
o Copia a cruz;
o Combina e nomeia quatro cores básicas.
● Audição e linguagem
o Sabe o nome completo, a idade e o sexo e habitualmente a morada;
o Apresenta linguagem compreensível;
o Tem apenas algumas substituições infantis.
● Comportamento e adaptação social
o Pode vestir-se e despir-se só com exceção de abotoar atrás e dar
laços;
o Gosta de brincar com crianças da sua idade;
o Sabe esperar pela sua vez.
Sinais de alarme 4 anos
● É hiperativo(a), distraído(a) e tem dificuldade de concentração;
● Apresenta linguagem incompreensível, substituições fonéticas, gaguez;
● Tem estrabismo ou suspeita de défice visual;
● Apresenta perturbação do comportamento.
Escala de avaliação do desenvolvimento de Mary Sheridan: 5 anos
● Postura e motricidade global
o Fica num pé 3 a 5 segundos, com os braços dobrados sobre o tórax;
o Salta alternadamente num pé.
● Visão e motricidade fina
o Constrói 4 degraus com 10 cubos;
o Copia o quadrado e o triângulo;
o Conta cinco dedos de uma mão e nomeia quatro cores.
● Audição e linguagem
o Sabe o nome completo, a idade, morada e habitualmente a data de
nascimento;
o Tem vocabulário fluente e articulação geralmente correta – pode haver
confusão nalguns sons.
● Comportamento e adaptação social
o Veste-se sozinho(a);
o Lava as mãos e a cara e limpa-se sozinho(a);
o Escolhe o(a)s amigo(a)s;
o Compreende as regras do jogo.
Sinais de alarme 5 anos
● É hiperativo(a), distraído(a) e tem dificuldade de concentração;
● Apresenta linguagem incompreensível, substituições fonéticas, gaguez;
● Tem estrabismo ou suspeita de défice visual;
● Apresenta perturbação do comportamento.
4. CONCLUSÃO
A criança é um ser em desenvolvimento motor, cognitivo, emocional e
social. A avaliação desse percurso, a detecção precoce de quaisquer perturbações,
e das implicações que estas têm na qualidade de vida e no sucesso educacional e
integração social da criança, são o principal objetivo da vigilância de saúde infantil e
juvenil.
Nem todas as crianças chegam à mesma idade no mesmo estádio de
desenvolvimento. Para além disso, o desenvolvimento infantil processa-se muitas
vezes de forma descontínua, com “saltos”.
No que toca ao desenvolvimento intelectual, o estímulo e a promoção do
desenvolvimento são fundamentais para que cada criança possa atingir o máximo
das suas potencialidades, quer no seu processo educativo e social, quer nas áreas
para as quais está particularmente apta.
Assim, o acompanhamento das aquisições do desenvolvimento deverá
ser um processo flexível, dinâmico e contínuo, à semelhança, aliás, do próprio
processo maturativo da criança.
5. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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