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Introdução à Economia

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FACULDADE ÚNICA 
DE IPATINGA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
José Geraldo Teixeira 
 
Formação em Ciências Contábeis e Administração pelo Centro Universitário do 
Leste de Minas Gerais (Unileste – MG), com especialização em administração financeira 
também pela mesma instituição. Mestrado Profissional em economia de empresas pela 
FEAD Minas. Contador, consultor e administrador financeiro com mais de 25 anos na área 
de docência, sendo Coordenador do Curso em EaD de Ciências Contábeis da Facul-
dade Única de Ipatinga – MG.Autor de livros de contabilidade intermediária, gestão e 
análise de custos, análise de viabilidade, controladoria, perícia e de auditoria. 
ECONOMIA 
 
1ª edição 
Ipatinga – MG 
ANO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
FACULDADE ÚNICA EDITORIAL 
 
Diretor Geral: Valdir Henrique Valério 
Diretor Executivo: William José Ferreira 
Ger. do Núcleo de Educação a Distância: Cristiane Lelis dos Santos 
Coord. Pedag. da Equipe Multidisciplinar: Gilvânia Barcelos Dias Teixeira 
Revisão Gramatical e Ortográfica: Izabel Cristina da Costa 
Revisão/Diagramação/Estruturação: Bárbara Carla Amorim O. Silva 
 Carla Jordânia G. de Souza 
 Rubens Henrique L. de Oliveira 
Design: Brayan Lazarino Santos 
 Élen Cristina Teixeira Oliveira 
 Maria Luiza Filgueiras 
 
 
 
 
 
 
 
 
© 2021, Faculdade Única. 
 
Este livro ou parte dele não podem ser reproduzidos por qualquer meio sem Autorização 
escrita do Editor. 
 
 
T314i 
 
 
Teodoro, Jorge Benedito de Freitas, 1986 - . 
Introdução à filosofia / Jorge Benedito de Freitas Teodoro. – 1. ed. Ipatinga, MG: 
Editora Única, 2020. 
113 p. il. 
 
Inclui referências. 
 
ISBN: 978-65-990786-0-6 
 
1. Filosofia. 2. Racionalidade. I. Teodoro, Jorge Benedito de Freitas. II. Título. 
 
CDD: 100 
CDU: 101 
Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária Melina Lacerda Vaz CRB – 6/2920. 
 
 
 
 
 
NEaD – Núcleo de Educação as Distancia FACULDADE ÚNICA 
Rua Salermo, 299 
Anexo 03 – Bairro Bethânia – CEP: 35164-779 – Ipatinga/MG 
Tel (31) 2109 -2300 – 0800 724 2300 
www.faculdadeunica.com.br
http://www.faculdadeunica.com.br/
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
Menu de Ícones 
Com o intuito de facilitar o seu estudo e uma melhor compreensão do conteúdo apli-
cado ao longo do livro didático, você irá encontrar ícones ao lado dos textos. Eles são 
para chamar a sua atenção para determinado trecho do conteúdo, cada um com 
uma função específica, mostradas a seguir: 
 
 
 
São sugestões de links para vídeos, documentos científico 
(artigos, monografias, dissertações e teses), sites ou links das 
Bibliotecas Virtuais (Minha Biblioteca e Biblioteca Pearson) 
relacionados com o conteúdo abordado. 
 
Trata-se dos conceitos, definições ou afirmações im-
portantes nas quais você deve ter um maior grau de 
atenção! 
 
São exercícios de fixação do conteúdo abordado em cada 
unidade do livro. 
 
São para o esclarecimento do significado de determinados 
termos/palavras mostradas ao longo do livro. 
 
Este espaço é destinado para a reflexão sobre questões cit-
adas em cada unidade, associando-o a suas ações, seja no 
ambiente profissional ou em seu cotidiano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
PREFÁCIO 
Deparamos em nosso dia a dia, com diversas questões de natureza econô-
mica, como o desemprego, o aumento da inflação, problemas de déficit público 
enfrentados pelo governo (o governo gasta mais do que arrecada), mudanças na 
taxa de juros Selic, criação e aumento de impostos, aumento do valor do dólar, au-
mento de preços, alterações na taxa de câmbio, dentre outras. 
Sem mencionar os impactos de mudanças de variáveis legais, políticas e eco-
nômicas que afetam as empresas, seja no aumento de impostos, aumento da taxa 
de juros dificultando o crédito, alterações na taxa de câmbio que afetam empresas 
que utilizam materiais importados, causando impactos nas suas receitas. Temos que 
considerar também os impactos da inflação, que além dos preços, afeta também os 
custos de empréstimos e financiamentos. 
Cabe então à ciência econômica, através do seu escopo teórico, fornecer 
respostas, ainda que de maneira parcial, para questões do tipo: O que é inflação? 
Quais as suas causas? Como baixá-la? Porque existe uma distribuição tão desigual 
da renda? Como reduzir este problema? O que é desemprego? Porque ocorre este 
fenômeno? Como fazer para que o nível de emprego aumente? Qual o papel do 
governo no bem-estar da população? Como será decidido o que produzir, como 
produzir, quanto produzir e para quem? Como um indivíduo gasta sua renda entre os 
mais diversos tipos de bens e serviços? O que é demanda? O que é oferta? Quais 
fatores afetam a demanda e oferta de um produto ou serviço? 
Pretendemos neste livro encontrar algumas respostas, uma vez que o conhe-
cimento sobre assuntos econômicos se faz mais necessário em nossas vidas, visto que 
a maior parte dos problemas das sociedades modernas estão relacionados à proble-
mas de natureza econômica, que afetam tanto os consumidores como as empresas. 
Professor José Geraldo Teixeira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
ECONOMIA, CONCEITO E OBJETO DE ESTUDO/ MICROECONOMIA: A 
LEI DA OFERTA, DEMANDA E EQUILÍBRIO DE MERCADO ........................ 8 
1.1 DEFINIÇÃO DE ECONOMIA: OBJETO DE ESTUDO E A LEI DA ESCASSEZ........... 8 
1.2 DIVISÃO DO ESTUDO ECONÔMICO: MACROECONOMIA E A 
MICROECONOMIA ............................................................................................ 13 
1.3 A LEI DA DEMANDA E SEUS FATORES DETERMINANTES, CURVAS DA 
DEMANDA. ......................................................................................................... 15 
1.4 A LEI DA OFERTA E SEUS FATORES DETERMINANTES, CURVAS DA OFERTA. .... 20 
1.5 DETERMINAÇÃO E ANÁLISE DO EQUILÍBRIO DE MERCADO. .......................... 26 
FIXANDO O CONTEÚDO ............................................................................................... 30 
ESTRUTURAS DE MERCADO .................................................................... 33 
2.1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 33 
2.2 MERCADO EM CONCORRÊNCIA PERFEITA ...................................................... 34 
2.3 MERCADO EM CONCORRÊNCIA IMPERFEITA OU MONOPOLISTA ................. 36 
2.4 MONOPÓLIO ...................................................................................................... 39 
2.5 OLIGOPÓLIO ...................................................................................................... 40 
2.6 EXTERNALIDADES X VIRTUDES X VÍCIOS DO MERCADO ................... 42 
FIXANDO O CONTEÚDO ............................................................................................... 47 
ELASTICIDADES ........................................................................................ 52 
3.1 CONCEITO E IMPORTÂNCIA ............................................................................. 52 
3.2 ELASTICIDADE PREÇO DA DEMANDA ............................................................... 55 
3.3 ELASTICIDADE PREÇO DA OFERTA ................................................................... 62 
3.4 ELASTICIDADE RENDA DA DEMANDA ............................................................... 64 
FIXANDO O CONTEÚDO ............................................................................................... 67 
TEORIA DA PRODUÇÃO E DOS CUSTOS ................................................. 72 
4.1 FUNÇÃO PRODUÇÃO ........................................................................................ 73 
4.2 PERÍODOS DE TEMPO RELEVANTES PARA A EMPRESA ........................75 
4.3 PRODUÇÃO COM UM FATOR VARIÁVEL E UM FIXO (UMA ANÁLISE DO CURTO 
PRAZO) ............................................................................................................... 76 
4.4 PRODUTO TOTAL, MÉDIO, MARGINAL .............................................................. 81 
FIXANDO O CONTEÚDO ............................................................................................... 86 
MACROECONOMIA ................................................................................ 92 
5.1 DEFINIÇÃO DE MACROECONOMIA-TEORIA MACROECONÔMICA .............. 92 
5.2 PRINCIPAIS POLÍTICAS MACROECONÔMICAS ............................................... 94 
5.2.1 Política fiscal.....................................................................................................94 
5.2.2 Política monetária............................................................................................96 
5.2.3 Política cambial e política comercial........................................................98 
5.2.4 Políticas de rendas.........................................................................................99 
FIXANDO O CONTEÚDO ............................................................................................. 102 
TÓPICOS DE MACROECONOMIA ........................................................ 107 
6.1 EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO MACROECONÔMICO .................................. 107 
6.2 INFLAÇÃO E DESEMPREGO ............................................................................. 110 
6.3 CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO .................................... 116 
FIXANDO O CONTEÚDO ............................................................................................. 125 
RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO ............................................. 130 
REFERÊNCIAS ......................................................................................... 131 
UNIDADE 
01 
UNIDADE 
02 
UNIDADE 
03 
UNIDADE 
04 
UNIDADE 
05 
UNIDADE 
06 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
CONFIRA NO LIVRO 
 
Nesta unidade vamos entender o conceito de Economia e seu ob-
jeto de estudo: a lei da escassez. Será apresentado a divisão do es-
tudo econômico: macroeconomia e a microeconomia. Faremos a 
análise do comportamento do produtor e do consumidor através da 
lei da oferta e da demanda, bem como os fatores que as influen-
ciam. Veremos ainda como ocorre o equilíbrio de mercado através 
da interseção da curva da oferta e da demanda. 
Vamos identificar os tipos de estruturas de mercado e como os mer-
cados competitivos determinam os preços das mercadorias. Pode-
mos classificar as estruturas de mercado para o setor de bens e ser-
viços da seguinte forma: Mercado de concorrência Perfeita, mono-
pólio, concorrência Monopolista e oligopólio. Assim veremos a defi-
nição de cada estrutura de mercado, com exemplos e as hipóteses 
básicas de cada modelo. Serão apresentados as virtudes e os vícios 
de mercado. 
 
Qual o conceito e a importância da elasticidade? Veremos que a 
elasticidade é sinônimo de sensibilidade, é uma resposta, uma rea-
ção de uma variável, em face de mudanças em outras variáveis. 
Por exemplo: o que aconteceria com o aumento da demanda em 
face do aumento do preço? Poderá haver uma resposta dos con-
sumidores, quando ocorre uma variação no preço de um bem ou 
serviço, aumentando ou diminuindo a demanda de um produto ou 
serviço. Estudaremos então a elasticidade preço da demanda, 
elasticidade preço da oferta e a elasticidade renda da demanda. 
 
Neste capítulo voltaremos para a oferta de mercado através do es-
tudo da teoria da firma que trata das seguintes questões: o modo 
pelo qual uma firma toma decisões de produção minimizadoras de 
custo e o modo pelo qual os custos de produção variam com o nível 
de produção. Os tópicos para discussão serão: função produção, 
Pme, Pmg e suas respectivas curvas, lei dos rendimentos decrescen-
tes, a função produção e o que tecnicamente é viável quando a 
empresa opera de forma eficiente. O que os economistas enten-
dem como custos? Tipos de custos e formatos das suas curvas. 
 
 
 
Nesta unidade vamos demonstrar a importância de se conhecer a 
macroeconomia, no sentido de explicar, buscar soluções para al-
gumas questões, como: Porque ocorre o déficit na balança de pa-
gamentos? O que é inflação? Quais sãos os tipos de inflação? Por-
que que existe o desemprego? Por que a taxa de investimento é 
baixa? Vamos mostrar as principais políticas macroeconômicas. 
Será demonstrado como as metas do governo relacionadas a esta-
bilidade econômica e o crescimento e desenvolvimento econô-
mico podem ser alcançadas, através das: Política Fiscal, Política 
Monetária, Política Cambial e Comercial e a Política de rendas. 
Veremos alguns Tópicos de macroeconomia, como a Evolução do 
pensamento macroeconômico, com as ideias de Keynes, um de-
bate sobre Inflação e desemprego, mostrando o conceito de infla-
ção, suas causas e efeitos. Por último vamos estabelecer a dife-
rença entre o Crescimento e desenvolvimento econômico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
ECONOMIA, CONCEITO E OBJETO 
DE ESTUDO/ MICROECONOMIA: A 
LEI DA OFERTA, DEMANDA E 
EQUILÍBRIO DE MERCADO 
 
 
 
Objetivos desta unidade: 
 Definir economia e seu objeto de estudo: a lei da escassez 
 Explicar a divisão do estudo econômico: macroeconomia e a microeconomia 
 Conceituar demanda e seus fatores determinantes e demonstrar as alterações 
nas curvas da demanda. 
 Conceituar a oferta e seus fatores determinantes e demonstrar as alterações 
nas curvas da oferta. 
 Determinar e analisar o equilíbrio de mercado. 
 
1.1 DEFINIÇÃO DE ECONOMIA: OBJETO DE ESTUDO E A LEI DA ESCASSEZ 
Vamos começar esta unidade com alguns questionamentos: 
 
1) O que vem a ser a Economia? 
2) Qual o objeto de estudo da economia? 
3) Como funciona nosso sistema econômico? 
4) Quando e por que o sistema econômico entra em crise, ocasionando mudan-
ças de comportamento das pessoas e empresas, como no caso da Covid19? 
 
Caberá então à ciência econômica, através do seu escopo teórico, fornecer 
respostas, ainda que parciais para os questionamentos acima. 
Segundo Cario (2008) a economia insere-se no campo das ciências sociais, 
pois estuda como a sociedade emprega os recursos na produção de riqueza, bem 
como ocorre a distribuição desta riqueza entre seus participantes. 
Nesta perspectiva, trata não somente com variáveis quantitativas, como 
preço e quantidade, mas também com variáveis qualitativas, consideradas não 
UNIDADE 
01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
quantificáveis, como gosto e preferência do consumidor, expectativas dos consumi-
dores e produtores, dentre outras. 
Etimologicamente, a palavra “economia”, conforme figura 1 a seguir, tem seu 
significado dos termos gregos “oikós” (casa) e “nomos” (norma, lei). Pode ser com-
preendida como “administração da casa”. 
É interessante essa aproximação do mundo da casa com o mundo da econo-
mia, onde pode-se afirmar que a Economia estuda a maneira de administrar os re-
cursos disponíveis com o objetivo de produzir bens e serviços, e de distribuí-los para 
seu consumo entre os membros da sociedade (MENDES et al., 2015). 
 
Figura 1: Etimologia da expressão economia 
 
Fonte: Adaptado de Nogami (2016) 
 
Segundo Costa, Oliveira e Perez Júnior (2012)o objetivo da economia é orga-
nizar políticas que articulem produção, distribuição e consumo de bens e serviços, 
com a finalidade de minimizar os problemas e maximizar os benefícios em favor da 
qualidade de vida da sociedade. 
Marques (2018)destaca que o estudo da Economia como ciência surgiu ape-
nas no capitalismo. Qual é seu objeto de análise? A definição que geralmente está 
presente nos manuais de Economia diz que ela é a ciência que estuda como otimizar 
os recursos escassos frente a necessidades crescentes. 
Outra definição, já bemmenos frequente de se encontrar, diz que a Economia 
é a ciência que estuda como os homens se organizam para produzir e distribuir a 
riqueza. 
Neste contexto o foco de análise da Ciência Econômica é a escassez e suas 
consequências, conforme apontado por Nogami e Passos (2016), na figura 2: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
Figura 2: Objeto de estudo da economia 
 
Fonte: Adaptado de Nogami (2016) 
 
Os recursos limitados contrapõem-se a necessidades humanas ilimitadas, tor-
nando a economia uma ciência da escolha, onde toda sociedade tem de escolher 
entre alternativas de produção e de distribuição dos resultados da atividade produ-
tiva entre os vários grupos da sociedade (VASCONCELLOS; GARCIA, 2019). 
Podemos sintetizar o problema da escassez na figura 3, a seguir: 
 
Figura 3: O problema da escassez 
 
Fonte: Elaborado pelo autor (2020) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
 
 
Como apontado por Nogami (2016) a sociedade não dispõe de recursos 
produtivos em quantidade suficiente para produzir tudo o que a população deseja. 
Assim é que toda sociedade, qualquer que seja sua organização política, se defronta 
com três questões econômicas básicas decorrentes do problema de escassez: 
 
Quadro 1: Problemas econômicos básicos 
O que produzir? 
Já que não se pode produzir a quantidade desejada pela sociedade 
dos mais diversos tipos de bens e servic ̧os, esta deve escolher, entre as 
várias alternativas, quais bens e servic ̧os serão produzidos e em que 
quantidade. Devemos produzir mais automóveis do que roupas? Mais 
roupas e menos alimentos? Quanto de roupas e quanto de alimentos? 
Como produzir? 
Em contrapartida, a sociedade tem de decidir a maneira pela qual o 
conjunto de bens escolhido será produzido. Normalmente, os bens 
podem ser obtidos mediante diferen- tes combinac ̧ões de recursos e 
técnicas, e deve-se optar pela técnica que resulte no menor custo por 
unidade de produto a ser obtida. 
Para quem 
produzir? 
Uma vez decidido que bens produzir e como produzi-los, a sociedade 
tem de tomar uma terceira decisão fundamental: quem vai receber 
esses bens e servic ̧os? Sabemos que a produc ̧ão total de bens e 
servic ̧os deverá ser distribuída entre os diferentes indiví- duos que 
compõem a sociedade. De que maneira essa distribuic ̧ão ocorrerá? 
Será que todas as pessoas receberão a mesma quantidade de bens 
e servic ̧os? Ou será que essa distribuic ̧ão será feita segundo a 
contribuic ̧ão de cada um à produc ̧ão? Ou segundo a sua 
necessidade? 
Fonte: Nogami (2016) 
 
Os agentes econômicos são: 
 As empresas que são unidades produtoras de bens e serviços que visam lucro, 
utilizam os fatores de produção, como o capital, trabalho e terra, 
 As famílias que fornecem os serviços dos fatores de produção (renda) e, 
 O governo que prestam serviços à comunidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
Já os geradores de renda são: 
 
 Terra: recursos naturais existentes, tais como florestas, recursos minerais, recur-
sos hídricos etc. 
 Trabalho: esforço humano, físico ou mental, despendido na produção de 
bens e serviços. Ex: serviço médico, o trabalho de um operário da construção 
civil, etc. 
 Capital (bens de capital): não se destinam à satisfação das necessidades 
através do consumo, são utilizados no processo de fabricação. Ex: matérias 
primas, computadores, máquinas, usinas, estradas de ferro, fábricas, etc. 
 Capacidade empresarial: considerada um fator de produção uma vez que o 
empresário exerce funções fundamentais para o processo produtivo. 
 
De acordo com Mendes et al. (2015)Os agentes econômicos são pessoas de 
natureza física ou jurídica que, através de suas ações, contribuem para o funciona-
mento do sistema econômico, seja este capitalista ou socialista. Podem ser: as em-
presas, as famílias e o governo. 
Neste sentido é ilustrada na figura 4 o fluxo real e o fluxo monetária da eco-
nomia. 
Figura 4: Fluxo Real e o Fluxo Monetário da economia 
 
Disponível em: https://bit.ly/3qL4XOt . Acesso em: 31 out. 2020 
 
https://bit.ly/3qL4XOt
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
 
1.2 DIVISÃO DO ESTUDO ECONÔMICO: MACROECONOMIA E A MICROECO-
NOMIA 
Na opinião de Mankiw (2020)a economia pode ser dividida em dois grandes 
grupos: 
 
1) A microeconomia: procura estudar como as famílias e empresas tomam de-
cisões (a demanda ou procura, a oferta, o equilíbrio de mercado) e de como 
elas interagem em mercados específicos (as estruturas de mercado, como o 
mercado de concorrência perfeita, imperfeita, oligopólio e monopólio). 
2) A macroeconomia: procura estudar os fenômenos que englobam toda a 
economia: demanda agregada, oferta agregada, investimento agregado, o 
PIB, e etc. 
 
Neste contexto, na opinião do autor a microeconomia e a macroeconomia 
estão intimamente ligadas, uma vez que é impossível entender os desdobramentos 
macroeconômicos sem considerar as decisões microeconômicas a eles associadas. 
Por exemplo, um macroeconomista pode estudar os efeitos do aumento do 
Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) ou do Imposto Sobre 
Produtos Industrializados (IPI) sobre a receita de venda de mercadorias e produtos. 
Para analisar a questão, ele precisa levar em consideração de que maneira o au-
mento destes impostos afeta as decisões das famílias sobre quanto gastar em bens 
e serviços. 
Apesar da ligação entre a microeconomia e a macroeconomia, os dois cam-
pos são distintos. Como tratam de questões diferentes, cada um deles tem seu pró-
prio campo de atuação, conforme Nogami e Passos (2016) o estudo da Teoria Eco-
nômica se divide em duas grandes áreas: a Teoria Microeconômica e a Teoria Ma-
croeconômica. 
 
Quadro 2: Problemas econômicos básicos 
A Teoria Microeconômica, ou 
Microeconomia 
Preocupa-se em explicar o comporta- mento econômico 
das unidades individuais de decisão representadas pelos 
consumi- dores, pelas empresas e pelos proprietários de 
recursos produtivos. Ela estuda a interação entre 
empresas e consumidores e a maneira pela qual 
produc ̧ão e prec ̧o são determinados em mercados 
específicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
A Teoria Macroeconômica, ou 
Macroeconomia 
Estuda o comportamento da economia como um todo. 
Ela estuda o que determina e o que modifica o 
comporta- mento de variáveis agregadas, tais como a 
produc ̧ão total de bens e servic ̧os, as taxas de inflac ̧ão e 
de desemprego, o volume total de poupanc ̧a, as 
despesas totais de consumo, as despesas totais de 
investimentos, as despesas totais do governo etc. 
Fonte: Nogami (2016) 
 
Na figura 5, é realizada uma síntese da divisão do estudo econômico de 
acordo com Nogami (2016) 
 
Figura 5: Divisão do estudo econômico 
 
Fonte: Adaptado de Nogami (2016) 
 
Para Vasconcelos e Garcia (2019)a análise econômica, para fins metodológi-
cos e didáticos, é normalmente dividida em quatro áreas de estudo, conforme apon-
tado no quadro 3 a seguir: 
 
Quadro 3: Quatro áreas de estudo da macroeconomia 
Microeconomia ou Teoria de 
Formação de Preços 
Examina a formação de preços em mercados específi-
cos, ou seja, como consumidores e empresas interagem 
no mercado e como decidem os preços e a quanti-
dade para satisfazer a ambos simultaneamente. 
Macroeconomia Estuda a determinação e o comportamento dos gran-
des agregados nacionais, como o Produto Interno Bruto 
(PIB), o investimento agregado, a poupança agre-
gada, o nível geral de preços, entre outros. Seu enfoque 
é basicamente de curto prazo (ou conjuntural) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
Economia internacional Analisa as relações econômicas entre residentes e não 
residentes do país, as quais envolvem transações com 
bens e serviços e transações financeiras. 
Desenvolvimento econômico Preocupa-se com a melhoria do padrão de vida da co-
letividade ao longo do tempo. Oenfoque é também 
macroeconômico, mas centrado em questões estrutu-
rais e de longo prazo (como progresso tecnológico e 
estratégias de crescimento). 
Fonte: Vasconcelos e Garcia (2019) 
 
1.3 A LEI DA DEMANDA E SEUS FATORES DETERMINANTES, CURVAS DA DE-
MANDA. 
Vamos descrever o campo da Teoria Microeconômica ou microenonomia que 
preocupa-se em estudar o comportamento econômico das unidades econômicas 
individuais, tais como consumidores, empresas e proprietários de recursos. 
Trataremos neste capítulo do estudo da lei da demanda e seus fatores condi-
cinantes. 
Para Nogami (2016) demanda (ou procura) de um indivíduo por um determi-
nado bem (ou serviço) refere-se à quantidade desse bem que ele deseja e está ca-
pacitado a comprar, por unidade de tempo. È condicionada pela aspiração (de-
sejo), capacidade financeira e pelo fluxo por unidade de tempo. 
Os autores esclarecem que três elementos que devem ser destacados nessa 
definição: 
 
1) A demanda é uma aspiração, um desejo, e não a realização do desejo. A 
demanda é um dese- jo de comprar (um bem, um serviço). A realização 
do desejo se dá pela compra do bem desejado. Logo, não se pode con-
fundir demanda (ou procura) com compra. 
2) Para que haja demanda por um bem (ou serviço) é preciso que o indivíduo 
esteja capacitado a pagar por esse bem. Em outras palavras, é preciso 
que ele tenha renda que lhe permita participar do mercado desse bem. 
3) A demanda é um fluxo por unidade de tempo, ou seja, devemos expressar 
a procura por uma determinada quantidade em um determinado período 
de tempo. 
 
Na concepção de Vasconcelos e Garcia (2019) a demanda depende de va-
riáveis que influenciam a escolha do consumidor. As principais são: o preço do bem 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
ou serviço; o preço dos outros bens; a renda do consumidor e as preferências e há-
bitos do indivíduo. 
Dependendo do mercado a ser estudado, outras variáveis podem ser incluí-
das, tais como: fatores sazonais (demanda de sorvetes, por exemplo); localização 
dos consumidores; disponibilidade de crédito etc. 
Conforme destacado na figura 6, a Lei geral da Demanda possui uma relação 
inversamente proporcional entre a quantidade procurada e o preço do bem. 
 
Figura 6: Lei Geral da Demanda 
 
Fonte: Vasconcelos e Garcia (2019) 
 
Na figura 7 é demonstrado a inclinação da curva da demanda, uma vez que: 
quanto menor o preço, maior vai ser a quantidade demandada de um produto ou 
serviço. 
 
Figura 7: Inclinação da curva da demanda 
 
Fonte: Elaborado pelo Autor (2020) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 
Vamos a um exemplo prático: vamos supor que João deseja comprar refrige-
rantes. A um preço de R$ 7,00, não é interessante a compra. Mas quando o preço 
cai para R$ 6,00, João resolve consumir cinco unidades de refrigerante, quando cai 
para R$ 5,00 aumenta o consumo para dez refrigerantes. 
 
Tabela 1: Consumo de refrigerante 
Preço do Refrigerante Quantidade 
7,00 0 
6,00 5 
5,00 10 
4,00 15 
3,00 20 
2,00 25 
1,00 30 
Fonte: Adaptado de Nogami (2016) 
 
Figura 8: Gráfico do consumo de refrigerante 
 
Fonte: Elaborado pelo autor (2020) 
 
De acordo com Vasconcelos e Garcia (2019)a curva de demanda negativa-
mente inclinada devido ao efeito conjunto de dois fatores: o efeito substituição e o 
efeito renda. Se o preço de um bem aumenta, a queda da quantidade deman-
dada será provocada por esses dois efeitos somados. 
Os autores esclarecem sobre o efeito substituição e o efeito renda: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
 
Quadro 4: Efeito substituição x Efeito Renda 
Efeito substituição 
Se um bem x possui um bem substituto y, ou seja, outro bem similar que 
satisfaça a mesma necessidade, quando o preço do bem x aumenta, 
o consumidor passa a adquirir o bem substituto (o bem y), reduzindo 
assim a demanda do bem x. Exemplo: se o preço da manteiga au-
mentar, os consumidores passarão a demandar consumir margarina 
reduzindo assim a demanda por manteiga. 
Efeito Renda 
Quando a renda do consumidor da classe D e E aumenta, ele deixará 
de consumir carne de segunda e passará a consumir carne de pri-
meira. Caso a renda volte a diminuir, ele voltará a consumir carne de 
segunda novamente. 
Fonte: Adaptado de Vasconcelos e Garcia (2019) 
 
Em relação ao preço de outros bens podemos destacar: 
 
Quadro 5: Preço de outros bens 
Tipo do Bem Definição Comportamento da demanda 
Bens complementares 
São aqueles que ten-
dem a aumentar a satis-
fação do consumidor 
quando utilizados em 
conjunto: (pão e man-
teiga). 
Um aumento no preço no preço do 
pão, acarretará a diminuição da Qd 
de pão e consequentemente da Qd 
de manteiga. 
Bens substitutos 
São aqueles que podem 
ser substituídos: (man-
teiga e margarina). 
Um aumento no preço da manteiga, 
acarretará uma diminuição da Qd 
de manteiga e um aumento na Qd 
de margarina. 
Bens inferiores 
São aqueles de baixo 
valor e consumidos pe-
las classes D e E: (pão, 
carne de segunda, rou-
pas usadas). 
Um aumento na renda de consumi-
dores da classe D acarretará uma di-
minuição da Qd de carne de se-
gunda. 
Bens normais 
São bens cuja demanda 
varia diretamente a vari-
ações na renda do con-
sumidor: (roupas, ali-
mentos, eletro domésti-
cos). 
Um aumento na renda dos consumi-
dores acarretará um aumento na Qd 
de bens normais. 
Fonte: Adaptado de Nogami (2016) 
 
Há três razões para a curva da procura apresentar uma inclinação negativa, 
relacionando inversamente preços e quantidades procuradas (ROSSETTI, 2016). 
 
 Primeira: Se o preço for muito alto, o consumidor poderá deixar de adquirir o 
produto, assim quando menor o preço, maior vai ser a quantidade deman-
dada. 
 Segunda: a possibilidade de substituição de produtos influencia na quanti-
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
 
dade demandada. Caso um produto aumente o seu preço e tenha um subs-
tituto próximo, o consumidor vai com certeza adquirir o substituto a um preço 
mais baixo. Isto só não acontecerá no caso de monopólio, onde o consumidor 
não terá escolha e será obrigado a adquirir o produto/serviço do monopo-
lista. 
 Terceira: o grau de utilidade para o consumidor do produto/serviço, assim 
podemos comparar o aumento ou diminuição da demanda por produtos/ser-
viços como bens normais (como alimentos), quanto para bens supérfluos (car-
ros). 
 
Uma mudança na demanda, ou mudança na curva de demanda, ocorre 
quando os consumidores desejam menos ou mais de um produto para algum motivo 
além de seu preço, como a renda, o gosto do bem, expectativas dos consumidores 
e etc. No quadro a seguir são destacados os aumentos e diminuição da demanda. 
 
Quadro 6: Aumento e diminuição da demanda 
AUMENTO DA DEMANDA DIMINUIÇÃO DA DEMANDA 
Aumento na renda dos consumidores 
(Bem normal) 
Diminuição na renda dos consumidores 
(Bem normal) 
Diminuição na renda do consumidor (Bem 
inferior) 
Aumento na renda do consumidor 
(Bem inferior) 
Mudança de gosto favorável a um bem Mudança de gosto favorável a um bem 
Aumento no preço dos bens substitutos Diminuição no preço dos bens substitutos 
Diminuição no preço dos bens comple-
mentares 
Aumento no preço dos bens complementa-
res 
Expectativas dos consumidores (de au-
mento de renda) 
Expectativas dos consumidores (de diminui-
ção de renda) 
Aumento no número de consumidores Diminuição no número de consumidores 
Fonte: Elaborado pelo autor (2020) 
 
Vasconcelos e Garcia (2019)demonstra a distinção entre demanda e quanti-
dade demandada, que embora tendam a ser utilizados como sinônimos, esses ter-
mos têm significados diferentes: Por demanda entende-se toda a escala ou curva 
que relaciona os possíveis preços a determinadas quantidades. Por quantidade de-
mandada devemos compreender um ponto específico da curva relacionando um 
preço a uma quantidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20Os autores demonstram que movimentos da quantidade demandada ocor-
rem ao longo da própria curva, devido a mudanças no preço do bem. Quando a 
curva de procura se desloca (em virtude de variações da renda ou de outras variá-
veis, que não o preço do bem), temos uma mudança na demanda (e não na quan-
tidade demandada). 
 
Figura 9: Mudanças na quantidade demandada e mudanças na demanda
Fonte: Vasconcelos e Garcia (2019) 
 
Passaremos agora para a análise do comportamento do produtor – lei da 
oferta e seus fatores condicionantes. 
 
1.4 A LEI DA OFERTA E SEUS FATORES DETERMINANTES, CURVAS DA OFERTA. 
Para Vasconcelos e Garcia (2019)a quantidade ofertada de um bem ou ser-
viço é a quantidade que o produtor planeja vender em determinado período a um 
determinado preço. 
A quantidade ofertada será determinada pelo preço do bem, preço dos fa-
tores de produção, tecnologia, preço dos outros bens, as expectativas do produtor 
e as condições climáticas. 
A oferta de um produto ou serviço, em determinado período de tempo, varia 
na razão direta da variação de preços do bem ou serviço, a partir de um nível de 
preço tal que seja suficiente para fazer face ao custo de produção até o limite su-
perior de pleno emprego dos fatores de produção, quando se tornará constante, 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
 
ainda que os preços em referencias possam continuar oscilando, mantidas constan-
tes as demais condições (NOGAMI, 2016). 
Vasconcelos e Garcia (2019)ainda faz alguns apontamentos em relação aos 
fatores determinantes da oferta e consequentemente alterações na quantidade 
ofertada. 
 
Quadro 7: Fatores determinantes da oferta 
Relação Alteração na Oferta 
A relação direta entre a quantidade 
ofertada de um bem e o preço desse 
bem. 
Um aumento do preço de mercado eleva a ren-
tabilidade das empresas, estimulando-as a ele-
var a produção. 
A relação entre a oferta e o custo dos 
fatores de produção seja inversamente 
proporcional 
Um aumento dos salários ou do custo das maté-
rias-primas deve provocar, coeteris paribus, uma 
retração da oferta do produto. 
A relação entre a oferta e o nível de co-
nhecimento tecnológico é diretamente 
proporcional. 
Dado que melhorias tecnológicas promovem 
melhorias da produtividade no uso dos fatores 
de produção e, portanto, aumento da oferta. 
Há uma relação direta entre a oferta de 
um bem ou serviço e o número de em-
presas ofertantes do produto no setor 
Quando há muitos ofertantes no mercado, a 
quantidade ofertada tende a diminuir. 
Fonte: Adaptado de Vasconcelos e Garcia (2019) 
 
Oferta de Mercado: é a curva que relaciona cada um dos preços possíveis à 
quantidade ofertada por todos os produtores. Graficamente, a oferta de mercado 
resulta da soma horizontal de cada uma das ofertas individuais. 
 
Tabela 2: Produção de refrigerante 
Preço do refrigerante Produtor A Produtor B Mercado A + B 
100,00 400 600 1.000 
80,00 300 500 800 
60,00 200 400 600 
40,00 100 300 400 
Fonte: Adaptado de Nogami e Passos (2016) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
 
Figura 10: Lei Geral da Oferta 
 
Fonte: Vasconcelos e Garcia (2019) 
 
Na concepção de Nogami e Passos (2016)a oferta de um produto ou serviço 
qualquer, em determinado período de tempo, varia na razão direta da variação de 
preços desse produto ou serviço, a partir de um nível de preços tal que seja suficiente 
para fazer face ao custo de produ- ção do mesmo até o limite superior de pleno 
emprego dos fatores (de produção), quando se tornará constante, ainda que os 
preços em referência possam conti- nuar oscilando, mantidas as demais condições 
constantes. 
Essa relação entre preço e quantidade pode ser demonstrada pela equação: 
 
 
 
Na figura 11 é demonstrado a inclinação da curva da oferta, uma vez que: 
quanto maior o preço, maior vai ser a quantidade ofertada de um produto ou ser-
viço. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
 
Figura 11: Inclinação da curva da oferta 
 
Fonte: Elaborado pelo autor (2020) 
 
Vamos a um exemplo prático: suponhamos que a Empresa X deseja vender 
refrigerantes. A um preço de R$ 40,00 a empresa vende 100 refrigerantes. Mas 
quando o preço aumenta para R$ 60,00 a quantidade aumenta para 200 unidades, 
quando aumenta para R$ 80,00 a quantidade aumenta para 300 refrigerantes e pro 
último quando o preço aumenta para R$ 100,00, a quantidade aumenta para 400 
refrigerantes, conforme apontado no quadro 9. 
 
Tabela 3: Oferta de refrigerantes 
Preço do Refrigerante Quantidade 
100,00 400 
80,00 300 
60,00 200 
40,00 100 
Fonte: Adaptado de Nogami (2016) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
 
Figura 12: Gráfico de produção de refrigerante 
 
Fonte: Elaborado pelo autor (2020) 
 
No quadro 10, a seguir são destacados os aumentos e diminuição da de-
manda. 
 
Quadro 8: Aumento e diminuição da oferta 
AUMENTO DA OFERTA DIMINUIÇÃO DA OFERTA 
Diminuição no preço dos fatores de pro-
dução 
Aumento no preço dos fatores de produ-
ção 
Mudança tecnológica favorável Mudança tecnológica desfavorável 
Diminuição no preço dos bens substitutos 
na produção 
Aumento no preço dos bens substitutos na 
produção 
Aumento no preço dos bens complemen-
tares na produção 
Diminuição no preço dos bens comple-
mentares na produção 
Expectativas desfavoráveis sobre evolu-
ção de preços 
Expectativas favoráveis sobre evolução de 
preços 
Condições climáticas favoráveis Condições climáticas desfavoráveis 
Fonte: Elaborado pelo autor (2020) 
 
Como no caso da demanda, também devemos distinguir entre a oferta e a 
quantidade ofertada de um bem. Assim, Vasconcelos e Garcia (2019)esclarecem 
que a oferta refere-se à escala (ou toda a curva), enquanto a quantidade ofertada 
diz respeito a um ponto específico da curva de oferta. Assim, um aumento no preço 
do bem provoca um aumento da quantidade ofertada, enquanto uma alteração 
nas outras variáveis (como nos custos de produção ou no nível tecnológico) desloca 
a oferta (isto é, a curva de oferta). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
 
Figura 13: Mudança na quantidade ofertada e mudança na oferta 
 
Fonte: Vasconcellos e Garcia (2019) 
 
Por outro lado, a diminuição no preço dos insumos, ou a melhoria tecnológica 
em sua utilização, ou ainda o aumento no número de empresas no mercado, con-
duz ao aumento da oferta, dados os mesmos preços praticados, deslocando--se, 
desse modo, a curva de oferta para a direita. 
 
Figura 14: Alteração da curva de oferta com a tecnologia 
 
Fonte: Vasconcellos e Garcia (2019) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
 
Figura 15: Alteração da curva de oferta com aumento no preço e quantidade de insumos 
 
Fonte: Vasconcellos e Garcia (2019) 
 
1.5 DETERMINAÇÃO E ANÁLISE DO EQUILÍBRIO DE MERCADO. 
É chegado o momento de juntar os dois lados do mercado, o da oferta e o da 
demanda, a fim de ver de que maneira o preço e a quantidade de equilíbrio são 
determinados. 
Nossa atenção estará́ voltada somente aos mercados do tipo competitivo, 
que são aqueles em que existem muitos compradores e vendedores, de forma tal 
que nenhum deles, agindo individualmente, consegue exercer influência significativa 
sobre os preços e quantidades praticados no mercado (NOGAMI, 2016). 
A lei da oferta e da demanda gera a tendência ao equilíbrio, onde a interse-
ção das curvas determina o preço e a quantidade de equilíbrio de um bem ou de 
um serviço em um dado mercado (VASCONCELLOS; GARCIA, 2019). 
 
 
 
Vamos um exemplo proposto por Nogami (2016) no qual encontramos as es-
calas de oferta e de demanda de mercado para camisas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
 
Tabela 4: Escalas de oferta e de demanda de mercado para camisas 
Preço 
(Camisa) 
Qd 
(Por mês) 
Qo 
(Por mês) 
Excesso oferta (+) 
Excesso de demanda (-) 
Pressão sobre o 
preço 
100 1000 11.000 + 10.000 Descendente 
902000 10.000 + 8.000 Descendente 
80 3000 9.000 + 6.000 Descendente 
70 4000 8.000 + 4.000 Descendente 
60 5000 7.000 + 2.000 Descendente 
50 6000 6.000 Equilíbrio Nenhuma 
40 7000 5.000 -2.000 Ascendente 
30 8000 4.000 - 4.000 Ascendente 
20 9000 3.000 - 6.000 Ascendente 
10 10000 2.000 - 8.000 Ascendente 
Fonte: Nogami (2016) 
 
Na figura a seguir é demonstrado como ocorre o equilíbrio de mercado, com 
o excesso de oferta e escassez da demanda, bem como o excesso de demanda e 
escassez de oferta. 
 
Figura 16: Equilíbrio de mercado (Excesso e escassez de oferta e demanda) 
 
Fonte: Nogami (2016) 
 
Se examinarmos atentamente as quantidades ofertadas e demandadas a 
cada nível de prec ̧o, descobriremos que existe apenas um prec ̧o – $ 50,00 – para o 
qual a quantidade demandada é exatamente igual à quantidade oferecida – 6.000 
unidades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
 
Quadro 9:Equilíbrio de mercado 
Preço 
(camisa) 
Qd 
(por mês) 
Qo 
(Por mês) 
Excesso oferta (+) 
Excesso de demanda (-) 
Pressão sobre 
o preço 
50 6000 6.000 Equilíbrio Nenhuma 
Fonte: Nogami (2016) 
 
Um prec ̧o que faz que a quantidade demandada seja exatamente igual à 
quantidade ofertada é chamado Prec ̧o de Equilíbrio (ou Prec ̧o de Mercado); a 
quantidade correspondente a esse prec ̧o é chamada Quantidade de Equilíbrio. 
No quadro 11, o preço de equilíbrio foi de R$ 50,00 e a quantidade em 
equilíbrio de 6.000 unidades. 
Esse preço emerge espontaneamente em um mercado competitivo, em que 
a oferta e a demanda se confrontam. O prec ̧o de equilíbrio é aquele que, uma vez 
atingido, tende a persistir. 
Sempre que o preço estiver acima do prec ̧o de equilíbrio, teremos excesso de 
oferta da mercadoria; esse excesso de oferta fará que o prec ̧o diminua até atingir o 
equilíbrio. 
 
Quadro 10: Excesso de oferta 
Preço 
(Camisa) 
Qd 
(Por mês) 
Qo 
(Por mês) 
Excesso oferta (+) 
Excesso de demanda (-) 
Pressão sobre o 
preço 
100 1000 11.000 + 10.000 Descendente 
50 6000 6.000 Equilíbrio Nenhuma 
Fonte: Nogami (2016) 
 
Assim, sempre que o prec ̧o estiver abaixo do prec ̧o de equilíbrio, teremos 
excesso de demanda da mercadoria; esse excesso de demanda fará que o prec ̧o 
aumente até atingir o equilíbrio. 
 
Quadro 11: Excesso de demanda 
Preço 
(Camisa) 
Qd 
(Por mês) 
Qo 
(Por mês) 
Excesso oferta (+) 
Excesso de demanda (-) 
Pressão sobre 
o preço 
50 6000 6.000 Equilíbrio Nenhuma 
10 10000 2.000 - 8.000 Ascendente 
Fonte: Nogami (2016) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://bit.ly/3umW27X
ttps://bit.ly/3bvnEiF
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
 
FIXANDO O CONTEÚDO 
1. O problema fundamental com o qual a Economia se preocupa é: 
 
a) A pobreza. 
b) O controle dos bens produzidos. 
c) A escassez. 
d) A taxação daqueles que recebem toda e qualquer espécie de renda. 
e) A estrutura de mercado de uma economia. 
 
2. Em uma economia de mercado, os problemas do “o quê”, “quanto”, “como” e 
“para quem” deve ser produzido são resolvidos: 
 
a) Pelos representantes do povo, eleitos por meio do voto. 
b) Pelos preços dos serviços econômicos. 
c) Pelo mecanismo de preços. 
d) Pelos preços dos recursos econômicos. 
e) Pela quantidade dos fatores produtivos. 
 
3. Se o produto A é um bem normal e o produto B é um bem inferior, um aumento 
da renda do consumidor provavelmente: 
 
a) Aumentará a quantidade demandada de A, enquanto a de B permanecerá 
constante. 
b) Aumentarão simultaneamente os preços de A e B. 
c) O consumo de B diminuirá e o de A crescerá. 
d) Os consumos dos dois bens aumentarão. 
e) Nenhuma das alternativas 
 
4. Assinale os fatores mais importantes, que afetam as quantidades procuradas: 
 
a) Preço e durabilidade do bem. 
b) Preço do bem, renda do consumidor, custos de produção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
 
c) Preço do bem, preços dos bens substitutos e complementares, renda e preferên-
cia do consumidor. 
d) Renda do consumidor, custos de produção. 
e) Preço do bem, preços dos bens substitutos e complementares, custos de produ-
ção, preferência dos consumidores. 
 
5. O preço de equilíbrio para uma mercadoria é determinado: 
 
a) Pela demanda de mercado dessa mercadoria. 
b) Pela oferta de mercado dessa mercadoria. 
c) Pelo balanceamento das forças de demanda e oferta da mercadoria. 
d) Pelos custos de produção. 
e) Nenhuma das alternativas 
 
6. Num dado mercado, a oferta e a procura de um produto são dadas, 
respectivamente, pelas seguintes equações: Qs = 48 + 10P e Qd = 300 – 8P, onde 
Qs, Qd e P representam, na ordem, a quantidade ofertada, a quantidade 
procurada e o preço do produto. A quantidade transacionada nesse mercado, 
quando ele estiver em equilíbrio, será: 
 
a) 2 unidades. 
b) 188 unidades. 
c) 252 unidades. 
d) 14 unidades. 
e) 100 unidades. 
 
7. Uma mercadoria que é demandada em quantidades maiores, quando a renda 
do consumidor cai, é um: 
 
a) Bem normal. 
b) Bem inferior. 
c) Bem complementar. 
d) Bem substituto. 
e) Nenhuma das alternativas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
 
8. Assinale os fatores mais importantes, que afetam as quantidades ofertadas: 
 
a) Preço e durabilidade do bem. 
b) Preço do bem, renda do consumidor, custos de produção. 
c) Preço do bem, preços dos bens substitutos e complementares, renda e preferên-
cia do consumidor. 
d) Renda do consumidor, custos de produção. 
e) Preço do bem, preços dos bens substitutos e complementares, custos de produ-
ção, tecnologia e condições climáticas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
 
ESTRUTURAS DE MERCADO 
 
 
 
 
Objetivos desta unidade: 
 Identificar os tipos de estruturas de mercado e como os mercados competiti-
vos determinam os preços das mercadorias. 
 Classificar as estruturas de mercado para o setor de bens e serviços: mercado 
de concorrência perfeita, monopólio, concorrência monopolista e oligopólio. 
 Definir cada estrutura de mercado, com exemplos e as hipóteses básicas de 
cada modelo. 
 Demonstrar as imperfeições do mercado. 
 
2.1 INTRODUÇÃO 
No capítulo 1 trabalhamos com o conceito de economia, vimos o comporta-
mento do consumidor através da demanda e o do produtor pelo lado da oferta e 
finalmente como se processa o equilíbrio de mercado. 
Discutiremos neste capítulo mais especificamente essa e outras formas de mer-
cado, como a concorrência perfeita, concorrência imperfeita ou monopolista, o oli-
gopólio e o monopólio. 
Segundo Vasconcellos e Garcia (2019)as várias formas ou estruturas de mer-
cado dependem fundamentalmente de três características: 
 
a) Número de empresas que compõem esse mercado; 
b) Tipo do produto (se as firmas fabricam produtos idênticos ou diferenciados); 
c) Se existem ou não barreiras ao acesso de novas empresas nesse mercado. 
 
Vamos identificar neste capítulo os tipos de estruturas de mercado e como os 
mercados competitivos determinam os preços das mercadorias. 
Segundo Nogami e Passos (2016) podemos classificar as estruturas de mercado 
para o setor de bens e serviços da seguinte forma: Mercado de concorrência Per-
feita, monopólio, concorrência Monopolista e oligopólio. 
 
UNIDADE 
02 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
 
Quadro 12: Estruturas de mercado 
CONCORRÊNCIA PERFEITA 
E uma situação de mercado na qual o número de compra-
dores e vendedores é tão grande que nenhum deles, 
agindo individualmente, consegue afetar o preço. Além 
disso, os produtos de todas as empresas no mercado são ho-
mogêneos. 
MONOPÓLIO 
É uma situação de mercado em que uma única firma vende 
um produto que não tenha substitutos próximos 
CONCORRÊNCIA MONO-
POLISTA 
É uma situação de mercado na qual existem muitas firmas 
vendendo produtos diferenciados quesejam substitutos en-
tre si. 
OLIGOPÓLIO 
É uma situação de mercado em que um pequeno número 
de firmas domina o mercado, controlando a oferta de um 
produto que pode ser homogêneo ou diferenciado. 
Fonte: Nogami (2016) 
 
Assim veremos a seguir cada estrutura de mercado, com exemplos e as hipó-
teses básicas de cada modelo. 
 
2.2 MERCADO EM CONCORRÊNCIA PERFEITA 
A primeira estrutura a ser analisada denomina-se concorrência perfeita. 
Segundo Nogami (2016) é uma estrutura de mercado que visa descrever o 
funcionamento ideal de uma economia, servindo de parâmetro para o estudo das 
outras estruturas de mercado. Trata-se de uma construção teórica. 
Para Vasconcellos e Garcia (2019)a concorrência perfeita é um tipo de mer-
cado em que há grande número de vendedores (empresas), de tal sorte que uma 
empresa, isoladamente, não afeta a oferta do mercado nem, consequentemente, o 
preço de equilíbrio. 
O grande número de empresas nesse mercado faz que elas sejam apenas to-
madoras de preços. 
Nesse tipo de mercado, devem prevalecer as seguintes premissas, conforme 
destacado por Nogami (2016). 
 
Quadro 13: Hipóteses básicas em um mercado de concorrência perfeita 
Concorrência 
Perfeita 
Hipóteses básicas 
do modelo 
Observações 
É uma situação 
de mercado na 
qual o número de 
compradores e 
vendedores é tão 
1) Existência de um 
Grande Número de 
Compradores e 
Vendedores. 
 
- Suponhamos que o mercado de um produto 
qualquer seja composto, pelo lado da oferta, 
por 1.000 firmas, cada qual produzindo 2.000 to-
neladas desse bem, totalizando a oferta con-
junta de 2 milhões de toneladas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
 
grande que ne-
nhum deles, 
agindo individual-
mente, consegue 
afetar o preço. 
 
Exemplos: lojistas 
da 25 de maio, 
camelôs em 
shoppings popu-
lares, sistema 
bancário, restau-
rantes, e etc. 
2) Os Produtos são 
homogêneos. 
 
3) Livre Entrada e 
Saída de firmas. 
 
4)Transparência de 
Mercado 
 
 
- Suponhamos ainda que, pelo lado da procura, 
existam 10.000 compradores, cada qual adqui-
rindo 200 kg desse produto. Se uma das firmas 
resolvesse dobrar sua produção, a oferta total 
aumentaria em apenas 0,10%, o que não seria 
bastante para exercer impacto sobre o preço 
de mercado. Se, por outro lado, um dos compra-
dores resolvesse deixar de comprar este produto, 
as vendas cairiam em 0,01%, o que também se-
ria insuficiente para alterar o preço desse bem. 
Isto evidencia o fato de que compradores e ven-
dedores, isoladamente, são incapazes de exer-
cer influência sobre o preço do que está sendo 
comprado ou vendido. Por essa razão, diz-se 
que eles são tomadores de preço, ou seja, o 
preço é um dado fixado tanto para firmas 
quanto para consumidores; 
Os produtos colocados no mercado pelas firmas 
são homogêneos, ou seja, são perfeitos substitu-
tos entre si (várias firmas produzindo o mesmo 
produto). Como resultado, os compradores são 
indiferentes quanto à firma da qual eles irão ad-
quirir o produto. 
Não existem barreiras legais e econômicas tanto 
para a entrada quanto para a saída de firmas 
no mercado. 
Esta hipótese garante tanto aos compradores 
quanto aos vendedores terem informação per-
feita sobre o mercado: ambos conhecem a 
qualidade do produto e seu preço vigente. Os 
vendedores conhecem também os custos e lu-
cros de seus concorrentes. Assim é que, pelo fato 
de inexistir desinformação, nenhum comprador 
estará disposto a adquirir um produto por um 
preço superior ao vigente; pelo mesmo motivo, 
nenhum vendedor estará disposto a vender seu 
produto por um preço inferior ao de mercado. 
Fonte: Nogami (2016) 
 
 
 
Um mercado competitivo, por vezes, chamado mercado perfeitamente com-
petitivo, tem duas características: 
 
1) Há muitos compradores e vendedores no mercado 
O que é um mercado Competitivo? Segundo Nogami e Passos (2016) é onde existe um 
número tão grande de compradores e de vendedores, sendo cada comprador ou ven-
dedor tão pequeno em relac ̧ão ao tamanho do mercado, que nenhum deles, atuando 
isoladamente, consegue influenciar o prec ̧o da mercadoria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
 
2) Os bens oferecidos pelos diversos vendedores são, em grande escala, os mes-
mos. 
 
Por causa dessas condições, as ações de um comprador ou vendedor indivi-
dual no mercado têm impacto insignificante sobre o preço de mercado. Cada com-
prador e cada vendedor tomam o preço de mercado como dado. 
Mankiw (2020) traz um exemplo para contextualizar a situação acima: o mer-
cado de leite. 
 
1) Nenhum comprador individual de leite é capaz de influenciar o preço do pro-
duto, porque cada comprador adquire uma pequena quantidade em rela-
ção ao tamanho do mercado. 
2) De maneira similar, cada vendedor de leite tem controle limitado sobre o 
preço, porque há muitos outros vendedores fornecendo um produto basica-
mente idêntico. 
3) Uma vez que cada vendedor pode vender quanto quiser ao preço vigente, 
ele não tem motivo para cobrar menos do que esse preço, e se cobrar mais, 
os compradores vão procurar outro fornecedor. 
4) Os compradores e vendedores dos mercados competitivos precisam aceitar 
o preço que o mercado determina e, portanto, são chamados tomadores de 
preço. 
 
2.3 MERCADO EM CONCORRÊNCIA IMPERFEITA OU MONOPOLISTA 
Na opinião de Nogami (2016)como o próprio nome diz, a concorrência mono-
polista é uma estrutura de mercado que contém elementos da concorrência perfeita 
e do monopólio, ficando em situação intermediária entre as duas formas de organi-
zação de mercado. 
Mankiw (2020)descreve uma estrutura de mercado em Concorrência Imper-
feita ou monopolista em que há muitas empresas vendendo produtos similares, mas 
não idênticos. 
A mesmas hipóteses do mercado de concorrência perfeita se repetem tam-
bém na concorrência imperfeita, a única diferença é que há o processo de diferen-
ciação das empresas ao venderem seus produtos ou serviços. 
Importante dizer que os produtos são diferentes do ponto de vista do 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
 
consumidor. Mas as empresas podem tentar influenciar o ponto de vista dos 
consumidores, através da propaganda, enfatizando a qualidade do produto, 
atendimento ao conumidor, estilo, e etc (PINHO et al., 2017). 
Pode-se verificar a tendência para a existência de lucros normais (receita total 
igual a custo total), não surgindo lucros extraordinários, como acontece no mercado 
de concorrência perfeita. 
No mercado de concorrência perfeita, devem prevalecer as seguintes premis-
sas, conforme destacado por Nogami (2016). 
 
Quadro 14: Hipóteses básicas em um mercado de concorrência imperfeita 
Concorrência mono-
polista (concorrência 
imperfeita) 
Hipóteses básicas do 
modelo 
Observações 
- É uma situação de 
mercado na qual exis-
tem muitas firmas ven-
dendo produtos dife-
renciados que sejam 
substitutos entre si; 
 
Exemplos: Produtos ali-
mentícios, roupas de 
marca, padarias, far-
mácias, salão de be-
leza e etc. 
As empresas lançam 
mão de estratégias de 
marketing para se dife-
renciarem dos concor-
rentes. 
1) Existência de um 
Grande Número 
de Compradores e 
de Vendedores. 
2) Cada Firma Produz 
e Vende um Pro-
duto Diferenciado, 
embora Substituto 
Próximo. 
3) Existência de Livre 
Entrada e Saída de 
Firmas 
 
 
 
 Da mesma forma que na concorrên-
cia perfeita, a concorrência monopo-
lista apresenta grande número de fir-
mas, cada qual respondendo por 
uma fração da produção total de 
mercado; 
 Na verdade, a diferenciação carac-
teriza a maioria dos mercados existen-
tes. Exemplificando: não existe um tipo 
homogêneo de perfumes, de apare-
lhos de televisão, de restaurantes, de 
automóveis ou DVDs. Na realidade, 
cada produtor procura diferenciar seu 
produto a fim de torná-lo único. 
 A diferenciação, por sua vez, pode ser 
real ou ilegítima. No casoda diferen-
ciação real, buscam-se diferenças re-
ais nas características do produto. 
Costuma-se estabelecer, por exem-
plo, diferenças a respeito do aspecto 
de composição química, serviços ofe-
recidos por vendedores, etc. 
 No caso da diferenciação ilegítima do 
produto, as diferenças são artificiais, 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
 
tais como marca, embalagem e de-
sign. Em outros casos, pode não haver 
nenhuma diferença, mas o consumi-
dor pode ser levado a pensar que elas 
existem, normalmente como resultado 
de campanhas promocionais que, de 
maneira artificial, apontam caracterís-
ticas diferenciadoras entre os produ-
tos. 
 O fato de os produtos serem diferenci-
ados é que dá ao produtor o poder 
de monopólio, uma vez que somente 
ele produz aquele tipo de bem. Nestas 
condições, a exemplo do que ocorre 
no monopólio, cada produtor possui 
alguma liberdade para fixar seus pre-
ços; 
 Da mesma forma que no mercado de 
concorrência perfeita, não existem 
barreiras legais ou de qualquer outro 
tipo que impeçam a livre entrada e 
saída de firmas no mercado. 
Fonte: Nogami (2016) 
 
 
 
Antes de se perguntar quantas empresas há em um mercado, é necessária uma questão 
bastante elementar, mas freqüentemente esquecida: qual é a delimitac ̧ão deste mer-
cado? Um mercado é, em sua definic ̧ão mais simples, o espac ̧o de troca entre compra-
dores e vendedores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
 
 
2.4 MONOPÓLIO 
Para Nogami (2016) o monopólio é uma situação de mercado em que existe 
um só produtor de um bem ou serviço que não tenha substituto próximo. Devido a 
isso, o monopolista exerce grande influência na determinação do preço a ser co-
brado pelo seu produto. 
 
 
 
Conforme Pinho et al. (2017) no monopólio, o setor é a própria firma, porque 
existe um único produtor que realiza toda a produção. Dessa forma, a oferta da firma 
é a oferta do setor e a demanda da firma é a demanda do setor. 
No mercado monopolista devem prevalecer as seguintes premissas, conforme 
destacado por Nogami (2016). 
 
Quadro 15: Hipóteses básicas em um mercado de monopólio 
Monopólio 
Hipóteses básicas do 
modelo 
Observações 
– É uma situação de mer-
cado em que uma única 
firma vende um produto 
que não tenha substitutos 
próximos. 
De um lado temos uma 
única empresa vende-
dora dominando a oferta 
e de outro, um conjunto 
de consumidores. 
O monopolista é um for-
mador de preço. Isto sig-
nifica que o monopolista 
tem a capacidade de es-
colher o preço do pro-
duto. Assim o monopo-
lista pode apresentar lu-
cro maior que outros se-
tores. 
Exemplos: Petrobras, Cor-
reios, e em Minas Gerais: 
Cemig, Copasa, domi-
nando o monopólio de 
1) Um Determinado Pro-
duto é Suprido por 
uma Única Firma 
2) Não há substitutos Pró-
ximos para esse Pro-
duto. 
3) Existem Obstáculos 
(barreiras) à Entrada 
de Novas Firmas na In-
dústria (nesse caso a 
indústria é composta 
de uma única firma). 
 
 
 
 
 
Uma única firma oferece o pro-
duto em um determinado mer-
cado. Ex. o monopólio da gasolina 
pela Petrobras. 
Isso significa dizer que o monopo-
lista enfrenta pouca ou nenhuma 
concorrência. 
Vamos ao exemplo do consumo 
de água tratada que pratica-
mente em todas as cidades do Es-
tado de Minas Gerais acontece o 
monopólio. Não há como substituir 
este tipo de produto. 
Para que o monopólio exista é pre-
ciso manter concorrentes em po-
tencial afastados da indústria. Isto 
significa que devem existir barrei-
ras que impeçam o surgimento de 
competidores, protegendo, dessa 
forma, a posição de monopolista. 
Estas barreiras fazem com que seja 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
 
fornecimento de energia 
elétrica e de água tra-
tada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
muito difícil (ou praticamente im-
possível) a entrada de novas firmas 
na indústria. 
Para garantir o monopólio existem: 
Barreiras Legais: As barreiras legais 
incluem patentes, licenças e con-
cessões governamentais. O Mono-
pólio Legal ocorre quando o go-
verno concede a uma empresa 
um direito exclusivo para ela ope-
rar, por meio de licença e conces-
sões que permitem que uma única 
firma produza um determinado 
produto, excluindo legalmente a 
competição de outras firmas. 
Controle sobre o fornecimento de 
Matérias Primas: Se uma firma mo-
nopolista detém os controles sobre 
o fornecimento das matérias pri-
mas essenciais à produção de um 
determinado bem ou serviço, ela 
pode bloquear o ingresso de no-
vas firmas no mercado; 
Monopólios Estatais: Existem ainda 
os monopólios estatais, que per-
tencem e são regulamentados pe-
los governos: federal, estadual e 
municipal. 
Fonte: Nogami (2016) 
 
A patente funciona como uma barreira a entrada a outras empresas, que fi-
cam impedidas de produzir bem semelhante enquanto vigorar a patente. Mas com 
o passar do tempo as patentes podem tornar-se obsoletas, surgir novos produtos mais 
inovadores, matérias primas podem ser substituídas. Cabe ao poder público pode 
intervir em mercados monopolistas (PINHO et al., 2017). 
 
2.5 OLIGOPÓLIO 
O oligopólio pode ser conceituado como uma estrutura de mercado em que 
um pequeno número de firmas controla a oferta de um determinado bem ou serviço. 
Segundo Nogami (2016)de acordo com essa conceituação, a indústria auto-
mobilística é um exemplo de indústria com pequeno número de firmas. Entretanto, o 
oligopólio pode também ser entendido como sendo uma indústria em que há um 
grande número de firmas, mas poucas dominam o mercado. Como exemplo, pode-
mos citar a indústria de bebidas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
41 
 
 
Além das indústrias de bebidas temos a indústria de aço, de fumo, de cimento, 
de celulose, empresas de transporte aéreo e rodoviário, setor de telefonia móvel, ti-
das como sendo oligopolistas. 
No quadro a seguir são listadas algumas empresas oligopolistas e seus setores 
de atuação: 
 
Quadro 16: Empresas oligopolistas e suas atividades 
AVIAÇÃO CIVIL CO-
MERCIAL 
LATAM, AZUL, GOL. 
INDÚSTRIA DE CELULOSE CENIBRA, KLABIN, WESTROCK, INTERNATIONAL PAPER, SUZANO, 
TROMBINI FRAIBURGO, VERACEL CELULOSE. 
INDÚSTRIA DE CIMENTO VOTORANTIM, INTERCEMENT, NASSAU, LAFARGE-HOLCIM 
TELEFONIA MÓVEL TIM, VIVO, CLARO, OI. 
Fonte: Elaborado pelo autor (2020) 
 
Essa estrutura de mercado caracteriza-se pela existência de reduzido número 
de produtores e vendedores fabricando bens que são substitutos próximos entre si. 
Em outras palavras, esses produtos têm alta elasticidade cruzada. Segundo a substi-
tutibilidade perfeita ou imperfeita dos bens, o oligopólio pode ser perfeito ou diferen-
ciado (PINHO et al., 2017). 
No mercado oligopolista devem prevalecer as seguintes premissas, conforme 
destacado por Nogami (2016). 
 
Quadro 17: Hipóteses básicas em um mercado de Oligopólio 
Oligopólio 
 
Hipóteses bási-
cas do modelo 
Observações 
- É uma situação de 
mercado em que um 
pequeno número de fir-
mas domina o mer-
cado, controlando a 
oferta de um produto 
que pode ser homogê-
neo ou diferenciado. 
De acordo com essa 
conceituação, a indús-
tria automobilística é 
um exemplo de indús-
tria com pequeno nú-
mero de firmas. Entre-
tanto, o oligopólio 
pode também ser en-
tendido como sendo 
uma indústria em que 
há um grande número 
1) Existência de 
Poucas Firmas. 
2) Produto Ho-
mogêneo ou Di-
ferenciado. 
3) Existência de 
Dificuldades 
para Entrar na 
Indústria. 
 
O oligopólio é uma estrutura de mercado que 
se situa entre a concorrência monopolista e o 
monopólio. O oligopólio apresenta como prin-
cipal característica o fato das firmas serem in-
dependentes. Isso decorre do pequeno nú-
mero de firmas existentes na indústria. O oli-
gopólio pode ter duas, três, dez ou mais em-
presas, dependendo da natureza da indústria. 
Entretanto, o número deve ser pequeno, de 
tal forma que as firmas levemem considera-
ção e tenham reações quanto às decisões de 
preço e produção de outras. Uma das manei-
ras de se verificar uma indústria é um oligopó-
lio e por meio de determinação do índice de 
concentração da indústria. 
No Brasil muitas indústrias, tais como as monta-
doras de veículos, indústria de aço, a indústria 
de fumo e a indústria de bebidas, são tidas 
como sendo oligopolistas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 
 
 
de firmas, mas poucas 
dominam o mercado. 
Exemplo: indústria de 
bebidas, de cigarros, 
empresas aeras, de te-
lefonia, gases industri-
ais, cimento e etc. 
O oligopólio pode ser puro ou diferenciado. 
Ele será considerado puro caso os concorren-
tes ofereçam um produto homogêneo (substi-
tutos perfeitos entre si). Exemplos de oligopólio 
puros podem ser encontrados na indústria de 
cimento, de alumínio, cobre, aço, etc. Caso 
os produtos não sejam homogêneos, o oli-
gopólio será considerado diferenciado. 
Como exemplo, podemos citar a indústria au-
tomobilística e de cigarros, cujos produtos, 
embora semelhantes, não são idênticos (o 
carro Vectra é diferente do Gol e o cigarro 
Marlboro é diferente do Free, e assim por di-
ante); 
Da mesma forma que no monopólio, existem 
barreiras que favorecem o surgimento do oli-
gopólio, impedindo a entrada de novas firmas 
na indústria, tais como a existência de paten-
tes e outras barreiras legais. 
Fonte: Nogami (2016) 
 
2.6 EXTERNALIDADES X VIRTUDES X VÍCIOS DO MERCADO 
Rossetti (2016)destaca que as virtudes e os vícios dos mercados competitivos 
passaram a ser objeto de reconsideração, sob a óptica de conciliação dos interesses 
privados e públicos. 
Entre as virtudes do mercado, Rossetti (2016)destacam algumas que permane-
cem reconhecidas: 
 
Quadro 18: Virtudes do mercado 
O mercado gera índi-
ces de escassez 
Transmitidos aos preços e às remunerações, orientando a aloca-
ção dos recursos escassos da sociedade. 
O mercado é um cen-
tro de estimulação 
Que leva à maior qualificação dos recursos e a compromissos 
com a qualidade dos produtos. As exigências impostas pela 
competição são, de um lado, fatores de impulsão das pessoas 
para investirem em si mesmas, aprimorando o capital humano; 
de outro lado, impulsionam a diversidade dos produtos e seus 
padrões de desempenho e qualidade. 
O mercado orienta as 
sociedades 
Os preços sinalizam o que está sendo e o que deve ser conser-
vado; estimulam a busca de tecnologias alternativas; e sinaliza-
rão a direção a ser dada a boa parte dos projetos de P&D – Pes-
quisa e Desenvolvimento. 
O mercado possibilita 
as trocas voluntárias. 
Concilia interesses e objetivos. Nesse sentido, é uma alternativa 
a sistemas coercitivos. 
O mercado viabiliza a 
liberdade de escolha 
econômica 
Não obstante os graus dessa categoria de liberdade não se en-
contrarem igualmente distribuídos e serem desigualmente limita-
dos por diferentes níveis de restrições orçamentárias, o processo 
de escolha é tolhido para todos, sempre que se suprime o mer-
cado, centralizando-se decisões alocativas. 
Fonte: Rossetti (2016) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
 
 
Mas, em contrapartida, Rossetti (2016) afirma que o mercado também tem ví-
cios. Estes são os mais apontados: 
 
Quadro 19: Vícios do mercado 
O processo de alocação exclusiva-
mente via mercado registra ineficácias, 
do ponto de vista social. 
Havendo consumidores dispostos e aptos a pa-
gar por rações balanceadas para cães de esti-
mação, essas rações continuarão a ser produzi-
das, ainda que pessoas desprovidas de recursos 
sobrevivam com dietas precárias. 
O mercado não se estrutura apenas se-
gundo as hipóteses da concorrência 
perfeita 
Prevalecem, na realidade, estruturas imperfeita-
mente competitivas, que podem conduzir a prá-
ticas que conspirem contra o interesse público. 
O mercado não garante, o tempo todo, 
o pleno-emprego dos recursos 
As instabilidades que muitas vezes decorrem de 
movimentos questionáveis das forças de mer-
cado, deixam recursos ociosos. Dificilmente o 
mercado leva a economia a operar permanen-
temente sobre suas fronteiras de produção. 
O mercado não é capaz de penalizar 
agentes econômicos que geram exter-
nalidades negativas, ao produzir ou a 
consumir. 
A acumulação de externalidades pode, no li-
mite, inviabilizar o processo econômico como 
um todo. 
 
Os mecanismos do mercado, limitados 
a preços, fragilizam-se diante do poder 
de outros mecanismos persuasórios e 
alocativos 
Estendida também à comunicação social, a li-
berdade de mercado pode tornar-se mais forte 
que as próprias forças do mercado. “A criatura 
pode rebelar-se contra o criador” e, embora 
menos perfeita, tomar seu lugar. 
Fonte: Rossetti (2016) 
 
Do balanceamento dessas virtudes e vícios, todos fortemente relacionados 
com os pontos fortes e fracos dos sistemas econômicos, podem resultar diferentes 
categorias de intervenções regulatórias exercidas pelo governo. 
Rossetti (2016)destaca as intervenções de maior relevância: 
 
Quadro 20: Intervenções regulatórias exercidas pelo governo 
Coparticipação do governo no processo 
produtivo 
Originalmente para a geração de bens e 
serviços públicos e semipúblicos. 
Controle de preços Fixação de tetos e de mínimos. 
Fixação de quotas de produção Limitação de acesso aos recursos. 
Controle de externalidades 
Notadamente as que conduzem à degra-
dação ambiental. 
Regulamentação de práticas operacionais 
Em estruturas imperfeitamente competiti-
vas. 
Implantação de mecanismos redistributivos 
de renda 
De efeitos indiretos e diretos. 
 
Fonte: Rossetti (2016) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
44 
 
 
Outras medidas também poderão ser reguladas pelo governo, como a fixa-
ção de quotas de produção, limitação de acesso aos recursos, constituição de esto-
ques reguladores, repressão aos abusos do poder de mercado, dentre outros. 
Este tópico iniciou-se com uma síntese acerca dos benefícios dos mercados 
que, mesmo com todas as imperfeições, podem levar a formas superiores de organi-
zação produtiva, com práticas abusivas, como a formação de cartéis. 
Nogami (2016)afirmam que o cartel é uma organização formal de produtores 
dentro de um setor. Essa organização formal determina as políticas para todas as 
empresas do cartel, objetivando aumentar seus lucros totais. 
Muitas vezes, os acordos entre empresas concorrentes são tornados públicos 
e, em outras, a prática de cartel ocorre sem que haja qualquer documento explici-
tando seu comportamento. Vale ressaltar que a prática do cartel no Brasil é conside-
rada um crime, portanto, ilegal. 
Determinadas consequências das atividades de produção geram custos para 
a sociedade, mas que não são computadas como custo de produção. Como exem-
plo, pode-se citar a poluição decorrente da produção de determinado bem ou ser-
viço. Este é o caso da poluição dos rios decorrente da produção de papéis ou a 
poluição do ar e sonora resultante do transporte rodoviário de cargas. Tais custos são 
denominados, na Economia, de externalidades negativas (BRAGA, 2019). 
 
 
 
As externalidades negativas também podem ser evitadas pelas ações de or-
ganizações não governamentais ou fundações que funcionam a partir de doações 
de pessoas físicas ou jurídicas, e com recursos financeiros praticam ações de caráter 
assistencial na sociedade. 
Muitas empresas possuem fundações para tal fim. Mas nem sempre as solu-
ções privadas garantem a solução adequada para os efeitos das externalidades. 
Cada vez mais as empresas tendem a ser responsabilizadas pelos danos am-
bientais, não apenas na forma de pagamento de multas, mas na obrigatoriedade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
45 
 
 
do desenvolvimento de procedimentos que minimizem tais danos. 
Neste sentido, muitas empresas de grande porte publicam seu balanço ambi-
ental, demostrando as ações que fizeram para minimizar os efeitos negativos causa-dos ao meio ambiente em função de sua atividade. 
Se, por um lado, isso implica em aumento nos custos das firmas, por outro eleva 
o bem-estar daqueles que prezam pela qualidade de vida em um ambiente menos 
poluído, sem contar que melhora a imagem da empresa no mercado, com boas 
práticas de governança corporativa. 
O Brasil possui, desde os anos de 1960, extensa legislação que procura coibir 
os abusos do poder econômico em defesa da concorrência e da proteção aos con-
sumidores e consequentementemente combtare algumas externatidades negativas 
do mercado. 
Vasconcelos e Garcia (2019)demonstram que dentro do chamado Sistema 
Brasileiro de Defesa da Concorrência, o Conselho Administrativo de Direito Econô-
mico (Cade), a Secretaria de Direito Econômico (SDE) e a Secretaria de Acompa-
nhamento Econômico (Seae), que são os órgãos que têm por objetivo julgar os pro-
cessos administrativos relativos a abusos do poder econômico, bem como analisar 
fusões de empresas que podem criar situações de monopólio ou maior domínio de 
mercado. 
 
 
 No livro de Rossetti (2016) o autor demonstra as defasagens e imperfeições do mer-
cado mas 
 
https://bit.ly/2ZFq09h
https://bit.ly/2P4oknH
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
46 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
47 
 
 
FIXANDO O CONTEÚDO 
1. Segundo Nogami e Passos (2016) podemos classificar as estruturas de mercado 
para o setor de bens e serviços da seguinte forma: Mercado de concorrência Per-
feita, monopólio, concorrência Monopolista e oligopólio. 
 
I - Concorrência Perfeita é uma estrutura de mercado, na qual existe um grande 
número de compradores e vendedores. 
II - Monopólio é uma estrutura de mercado na qual existe muitos vendedores e 
muitos compradores, sendo uma das causas para seu aparecimento a concessão 
de uma patente durante um determinado período de tempo. 
III - Oligopólio é uma estrutura de mercado na qual existe um pequeno número 
de empresas, diante de um grande número de compradores. 
 
É correto o que se afirma em: 
 
a) I, apenas. 
b) III, apenas. 
c) I e III, apenas. 
d) II e III, apenas. 
e) I, II e III. 
 
2. Em alguns setores ____________________ ocorre cooperação entre as empresas, po-
rém em outros elas competem agressivamente, mesmo que isso signifique lucros 
menores. Para entendermos a razão disso é preciso levar em consideração o 
modo pelo qual essas empresas decidem seus níveis de produção e seus preços. 
 
Essa sentença se refere à: 
 
a) oligopolistas 
b) monopolistas 
c) de concorrência perfeita 
d) de concorrência imperfeita 
e) nenhuma das anteriores 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
48 
 
 
3. Em um mercado ____________________, algumas ou todas empresas explicita-
mente fazem coalizões: elas coordenam seus preços e níveis de produção de ma-
neira que possam maximizar seu lucro conjunto. Exemplo desse tipo de estrutura 
de mercado é o da OPEP (organização dos países exportadores de petróleo). 
 
a) oligopolistas 
b) monopolistas 
c) de concorrência perfeita 
d) de concorrência imperfeita 
e) nenhuma das anteriores 
 
4. Identifique o tipo de mercado 
 
1 - concorrência perfeita; 
2 – Concorrência imperfeita; 
3 – monopólio; 
4 - oligopólio) mais provável nas seguintes situações: 
 
 Não existem barreiras legais e econômicas tanto para a entrada quanto para a saída de 
firmas no mercado. 
 É uma situação de mercado em que uma única firma vende um produto que não tenha 
substitutos próximos 
 É uma situação de mercado na qual o número de compradores e vendedores é tão 
grande que nenhum deles, agindo individualmente, consegue afetar o preço. 
 Existência de Dificuldades para Entrar na Indústria. 
 É uma situação de mercado em que um pequeno número de firmas domina o mercado, 
controlando a oferta de um produto que pode ser homogêneo ou diferenciado. 
 
A sequência correta será: 
 
a) 1, 3, 1, 4, 4 
b) 2, 4,1, 3, 4 
c) 4, 4, 2, 1, 3 
d) 3, 3, 1, 4, 1 
e) 4, 3, 2, 1, 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
49 
 
 
5. Identifique o tipo de mercado 
 
1 - concorrência perfeita; 
2 – Concorrência imperfeita; 
3 – monopólio; 
4 - oligopólio) mais provável nas seguintes situações: 
 
 É uma situação de mercado na qual existem muitas firmas vendendo produtos diferenci-
ados que sejam substitutos entre si. 
 Esta hipótese garante tanto aos compradores quanto aos vendedores terem informação 
perfeita sobre o mercado: ambos conhecem a qualidade do produto e seu preço vi-
gente (transparência de mercado). 
 Uma única firma oferece o produto em um determinado mercado 
 Os produtos colocados no mercado pelas firmas são homogêneos, ou seja, são perfeitos 
substitutos entre si (várias firmas produzindo o mesmo produto). Como resultado, os com-
pradores são indiferentes quanto à firma da qual eles irão adquirir o produto. 
 
A sequência correta será: 
 
a) 3, 2, 1, 4 
b) 4, 3, 2, 1 
c) 2, 1, 3, 1 
d) 3, 1, 4, 2 
e) 2, 3, 4, 1 
 
6. Rossetti (2016) destaca que as virtudes e os vícios dos mercados competitivos pas-
saram a ser objeto de reconsideração, sob a óptica de conciliação dos interesses 
privados e públicos. Algumas medidas poderão ser reguladas pelo governo para 
combater os vícios: 
 
I - Fixação de quotas de produção. 
II - Limitação de acesso aos recursos 
III - Constituição de estoques reguladores 
IV - Repressão aos abusos do poder de mercado 
 
É correto o que se afirma em: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
50 
 
 
a) I, apenas. 
b) III, apenas. 
c) I e III, apenas. 
d) II e III, apenas. 
e) I, II, III e IV 
 
7. Rossetti (2016) destaca que as virtudes e os vícios dos mercados competitivos pas-
saram a ser objeto de reconsideração, sob a óptica de conciliação dos interesses 
privados e públicos. Entre as virtudes do mercado, destacam algumas que per-
manecem reconhecidas: 
 
I – O mercado viabiliza a liberdade de escolha econômica 
II – O mercado orienta as sociedades 
III - O mercado possibilita as trocas voluntárias. 
 
É correto o que se afirma em: 
 
a) I, apenas. 
b) III, apenas. 
c) I e III, apenas. 
d) II e III, apenas. 
e) I, II e III 
 
8. Rossetti (2016) destaca que as virtudes e os vícios dos mercados competitivos pas-
saram a ser objeto de reconsideração, sob a óptica de conciliação dos interesses 
privados e públicos. Mas, em contrapartida, Rossetti afirma que o mercado tam-
bém tem vícios: 
 
I - O processo de alocação exclusivamente via mercado registra ineficácias, do 
ponto de vista social. 
II - O mercado não é capaz de penalizar agentes econômicos que geram exter-
nalidades negativas, ao produzir ou a consumir. 
III - O mercado não se estrutura apenas segundo as hipóteses da concorrência 
perfeita 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
51 
 
 
É correto o que se afirma em: 
 
a) I, apenas. 
b) III, apenas. 
c) I e III, apenas. 
d) II e III, apenas. 
e) I, II e III 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
52 
 
 
ELASTICIDADES 
 
 
 
 
Objetivos desta unidade: 
 Definir elasticidades e determinar sua importância 
 Explicar e exemplificar a Elasticidade preço da demanda 
 Explicar e exemplificar a Elasticidade preço da oferta 
 Explicar e exemplificar a Elasticidade renda da demanda 
 
3.1 CONCEITO E IMPORTÂNCIA 
No dia 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) decla-
rou que estava em curso uma pandemia denominada COVID-19, que rapidamente 
alastrou-se para todos os países do mundo, tendo impactos profundos na saúde pú-
blica e choques sem precedentes nas economias e nos mercados de trabalho 
(COSTA, 2020). 
De acordo com o Amitrano, Magalhães e Silva (2020)os fatores de demanda, 
associados aos impactos negativos da epidemia sobre três elementos distintos. 
 
1) Consumo das famílias: decorrente da perda de

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