Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1. EMPRESA — PERFIL SUBJETIVO O legislador brasileiro não se ocupou minuciosamente disso, resumindo-se a afirmar que empresários e sociedades empresárias são aqueles que exercem profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. Do dispositivo, todavia, extraem-se os elementos que permitem a compreensão jurídica da empresa: • Estrutura organizada: não se atenta mais para o ato (ato de comércio), mas para a estruturação de bens materiais e imateriais, organizados para a realização, com sucesso, do objeto de atuação. Esses bens se constituem a partir de um capital que se investe na empresa. •Atividade profissional: não um ou alguns atos, mas atividade, isto é, sucessão contínua de ações para realizar o objeto professado (sua profissão, o motivo para o qual se constituiu a empresa). •Patrimônio especificado: os bens materiais e imateriais organizados para a realização do objeto, e a atividade com eles realizada (conjunto de atos jurídicos), são específicos da empresa: faculdades e obrigações empresariais, que deverão experimentar escrituração (contabilidade) própria. •Finalidade lucrativa: a atividade realizada com a estrutura organizada de bens e procedimentos visa à produção de riquezas apropriáveis, mais especificamente, de lucro, ou seja, de uma remuneração para o capital. •Identidade social: quando o legislador usa a expressão considera-se empresário, remete a um aspecto comunitário da empresa, que tem uma existência socialmente reconhecida. Fala- se, por exemplo, que o Bradesco fez isso ou aquilo, deixando perceber que a comunidade compreende a empresa como um ente existente em seu meio. Note-se, todavia, que o legislador, no parágrafo único do artigo 966 do Código Civil, excluiu dessa definição de empresa aqueles que exercem profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda que com o concurso de auxiliares ou colaboradores; essa exclusão dá- se como regra geral, comportando exceção inscrita na própria norma: se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. → Da atividade intelectual como elemento de empresa Enunciado 193 da III Jornada de Direito Civil do Conselho da Justiça Federal: “193 — Art. 966: O exercício das atividades de natureza exclusivamente intelectual está excluído do conceito de empresa”. • SOCIEDADE SIMPLES -> SOCIEDADE EMPRESÁRIA E EMPRESÁRIO = REGISTRO PÚBLICO DE EMPRESAS MERCANTIS (A CARGO DAS JUNTAS COMERCIAIS) SOCIEDADE SIMPLES = REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS JURÍDICAS (CARTÓRIO) Obs: as cooperativas serão sempre sociedade simples, porém seu registro e feito na Junta comercial. • SOCIEDADE EMPRESÁRIA – PESSOA JURÍDICA - > Atividade Típica do Empresário (requisito material), Registro na Junta Comercial (requisito formal). Exceções: (independente do objeto social) Cooperativas – Sociedade Simples Sociedades por Ações (S/A e C/A) – Sociedade Empresária → O DREI tem atribuições de coordenação, monitoramento, e regulamentação dos atos de registro, bem assim atribuição recursal. → As Juntas Comerciais, como órgãos locais, continuarão a exercer as “funções executora e administradora dos serviços de registro. • FIRMA INDIVIDUAL A firma, por seu turno, é o rótulo sobre o qual atuará empresarialmente e a assinatura que corresponde a esse rótulo; esse rótulo é um nome empresarial, formado a partir de seu nome civil, no todo ou em parte (podendo haver abreviaturas) e, mesmo, o acréscimo de designação mais precisa da sua pessoa ou do gênero de atividade. É juridicamente possível que o empresário (firma individual) transforme-se em sociedade empresária, admitindo um sócio. Essa transformação se faz observando as regras específicas de constituição da pessoa jurídica. Detalhe: se o tipo societário escolhido for a sociedade limitada, sequer é preciso admitir um sócio, certo que o Código Civil, com as alterações da Lei 13.874/19 admite a figura da sociedade limitada de um só sócio. • CAPACIDADE PARA EMPRESARIAR Para registrar-se como empresário, a pessoa deverá estar no pleno gozo da capacidade civil. De outra face, é possível que menores de 18 anos, desde que estejam emancipados, registrem-se na Junta Comercial como empresários. Como o menor não está autorizado a registrar-se, o estabelecimento comercial com economia própria apurar-se-á de fato, e não de direito; estabelecimento, portanto, havido na chamada economia informal. Para tanto, exige-se prévia autorização do Judiciário, ouvido o Ministério Público, devendo ser examinadas as circunstâncias e os riscos da empresa, bem como a conveniência em continuá-la. Em se tratando de sucessão, será o incapaz inscrito como empresário; se há interdição, será ela anotada; em ambos os casos, serão também registrados o representante, a quem caberá o uso da firma, ou assistente, que convalidará os atos do empresário. Para evitar prejuízos aos interesses do menor, o artigo 974, § 2º, do Código Civil, cria um limite de responsabilidade entre o estabelecimento e o patrimônio de seu titular, estabelecendo não ficarem sujeitos ao resultado da empresa os bens que o incapaz já possuía, ao tempo da sucessão ou da interdição, desde que estranhos ao acervo da empresa. Tais fatos deverão constar do alvará que conceder a autorização para prosseguir com a empresa. A qualquer tempo, o Judiciário poderá revogar a autorização, ouvidos os pais, tutores ou representantes legais do menor ou do interdito; essa revogação, todavia, não prejudicará os direitos que tenham sido regularmente adquiridos por terceiros que mantiveram negócios com a empresa. • IMPEDIMENTOS Nem todos os civilmente capacitados podem empresariar; não pode ser empresário quem está impedido a tanto pela legislação, sendo que o impedido, quando exerce atividade própria de empresário, responderá pelas obrigações que contrair. O próprio Código Civil, em seu artigo 1.011, § 1º, lista algumas situações que impedem a inscrição como empresário ou, no âmbito das sociedades empresárias, impedem que a pessoa seja escolhida como administradora da empresa, são elas: (1) crimes cuja pena vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos; (2) condenados por crime falimentar; (3) condenados por crime de prevaricação: agentes públicos que, indevidamente, não praticaram, ou demoraram a praticar, ato cuja iniciativa lhes competia, bem como os agentes que praticaram atos contra lei expressa, para satisfazer interesse pessoal, ou apenas para satisfazer sentimento próprio, como paixão, ódio, vingança etc.; (4) condenados por crime de suborno (também chamado de peita), vale dizer, por corrupção ativa: oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício; (5) condenados por crime de concussão: o agente público que exige vantagem indevida, para si ou para outra pessoa, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela; (6) condenados por peculato, que é o crime praticado pelo funcionário público que se apropria de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio; (7) condenados por crime contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra as normas de defesa da concorrência, contra as relações de consumo, a fé pública ou a propriedade, enquanto perdurarem os efeitos da condenação. Para além desses casos, outros há, dispostos em legislações específicas, sendo relevante citar os seguintes: (1) magistrados; (2) membros do Ministério Público; (3) servidores públicos; (4) militares da ativa; (5) o falido, se não forem declaradas extintassuas obrigações; (6) estrangeiros com visto temporário. ➢ EMPRESÁRIO CASADO Marido e esposa, quando não estão casados pelo regime de separação total de bens, não podem praticar alguns atos, sem ter a autorização do outro, segundo o artigo 1.647 do Código Civil: (1) alienar (vender, doar, trocar) ou gravar de ônus real (hipotecar ou dar em anticrese) os bens imóveis; (2) pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou direitos; (3) prestar fiança ou aval; (4) fazer doação, não sendo remuneratória, de bens comuns, ou dos que possam integrar futura meação. Tal regra, todavia, não se aplica ao empresário ou empresária casado, já que o artigo 978 do Código Civil permite-lhe alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real, sem necessidade de autorização conjugal. Essa exceção tem por finalidade óbvia permitir a prática das atividades empresariais, mas está restrita às relações mantidas com o patrimônio especificado, que é a empresa, surgido a partir do capital investido e devidamente historiado na respectiva escrituração contábil. Justamente em função dos prováveis efeitos das relações empresárias sobre o patrimônio pessoal do titular da empresa, demanda-se o arquivamento e a averbação, no Registro Mercantil, dos atos e declarações antenupciais do empresário, o título de doação, herança, ou legado, de bens clausulados de incomunicabilidade ou inalienabilidade. Da mesma forma, deverão ser levados ao Registro Público de Empresas Mercantis a sentença que decretar ou homologar a separação judicial do empresário e o ato de reconciliação. Sem que haja registro, diz o artigo 980 do Código Civil, tais situações não podem ser opostas a terceiros. Tal regra deve ser interpretada restritivamente, evitando-se permitir que o cônjuge ou o ex-cônjuge, quando de boa-fé, sejam chamados a responder pela inércia do empresário. • Microempresa e empresa de pequeno porte O artigo 170, IX, da Constituição da República garante “tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País”. Um pouco adiante, o artigo 179 emenda: “A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios dispensarão às microempresas e às empresas de pequeno porte, assim definidas em lei, tratamento jurídico diferenciado, visando a incentivá-las pela simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução destas por meio de lei.” Na sombra de tais dispositivos, editou- se a Lei Complementar 123/06, estabelecendo uma série de normas gerais que alcançam os Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, designadamente no que diz respeito ao Direito Tributário (apuração e recolhimento dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios), incluindo um regime único de arrecadação, tratamento específico no que toca ao cumprimento de obrigações trabalhistas e previdenciárias, acesso ao mercado, preferência nas aquisições de bens e serviços pelos Poderes Públicos, políticas públicas para acesso a crédito e à tecnologia, estímulo ao associativismo, facilitação do acesso à justiça, dentre outras. Consideram-se microempresa o empresário, a sociedade simples e a sociedade empresária que aufiram, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00; para empresa de pequeno porte, a receita bruta, em cada ano-calendário, deverá ser superior a R$ 360.000,01, mas igual ou inferior a R$ 4.800.000,00. No caso de início de atividade no próprio ano- calendário, esse limite será proporcional ao número de meses em que a microempresa ou a empresa de pequeno porte houver exercido atividade, inclusive as frações de meses. Se a receita bruta superar R$ 360.000,00, mas não R$ 4.800.000,00, a microempresa torna-se empresa de pequeno porte. Em oposição, se a receita bruta de uma empresa de pequeno porte for igual ou inferior a R$ 360.000,00, passará, no ano- calendário seguinte, à condição de microempresa. Por fim, se a receita bruta superar R$ 4.800.000,00, a microempresa ou a empresa de pequeno porte perderá seu enquadramento, o que, todavia, não implica alteração, denúncia ou qualquer restrição em relação a contratos por elas anteriormente firmados, segundo o artigo 3º, § 3º, da Lei Complementar 123/06. O limite de receita bruta não é o único requisito para o enquadramento como microempresa ou empresa de pequeno porte; com efeito, não se inclui no regime diferenciado e favorecido previsto na Lei Complementar 123/06 a pessoa jurídica ( 1) de cujo capital participe outra pessoa jurídica; (2) que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa jurídica com sede no exterior; (3) de cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário ou seja sócia de outra empresa que receba tratamento jurídico diferenciado nos termos da Lei Complementar 123/06, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de R$ 4.800.000,00; (4) cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por cento) do capital de outra empresa não beneficiada pela Lei Complementar 123/06, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de R$ 4.800.000,00; (5) cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outra pessoa jurídica com fins lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de R$ 4.800.000,00; (6) constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo; (7) que participe do capital de outra pessoa jurídica; (8) que exerça atividade de banco comercial, de investimentos e de desenvolvimento, de caixa econômica, de sociedade de crédito, financiamento e investimento ou de crédito imobiliário, de corretora ou de distribuidora de títulos, valores mobiliários e câmbio, de empresa de arrendamento mercantil, de seguros privados e de capitalização ou de previdência complementar; (9) resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de desmembramento de pessoa jurídica que tenha ocorrido em um dos cinco anos-calendários anteriores; (10) constituída sob a forma de sociedade por ações; (11) cujos titulares ou sócios guardem, cumulativamente, com o contratante do serviço, relação de pessoalidade, subordinação e habitualidade. Note-se que as vedações acima listadas sob os números 4 e 7 não se aplicam à participação no capital de cooperativas de crédito, bem como as centrais de compras, bolsas de subcontratação, consórcio simples e associações assemelhadas, sociedades de interesse econômico, sociedades de garantia solidária e outros tipos de sociedade que tenham como objetivo social a defesa exclusiva dos interesses econômicos das microempresas e empresas de pequeno porte. Atente-se para o fato de que o artigo 970 do Código Civil se refere à figura do pequeno empresário. O artigo 68 da Lei Complementar 123/06 dá contorno próprio a tal figura, definindo-o como o empresário individual caracterizado como microempresa na forma desta Lei Complementar que aufira receita bruta anual de até R$ 81.000,00. Este pequeno empresário (Microempresário Individual – MEI) beneficia-se da previsão inscrita no artigo 1.179, § 2º, do mesmo Código Civil, estando dispensado da exigência de seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação respectiva, e de levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico. O processo de abertura, registro, alteração e baixa da microempresa e empresa de pequeno porte, bem como qualquer exigência para o início de seu funcionamento, por força do artigo 4º da Lei Complementar 123/06, deverão ter trâmite especial e simplificado, preferencialmente eletrônico, opcional para o empreendedor,no qual poderão ser dispensados o uso da firma, com a respectiva assinatura autografa, o capital, requerimentos, demais assinaturas, informações relativas ao estado civil e regime de bens, bem como remessa de documentos, na forma estabelecida pelo Comitê para Gestão da Rede Nacional para Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios – CGSIM. SISTEMA NACIONAL DE REGISTRO DE EMPRESAS MERCANTIS DREI – Departamento R egistro Comercial e I ntegração Diretrizes Básicas – Função Fiscalizatória – Cadastro Nacional de Empresas Mercantis. Junta Comercial – Atos registrários – subordinação híbrida (técnica e administrativa) ➢ A jurisprudência deste Superior Tribunal de Justiça tem decidido pela competência da Justiça Federal, nos processos em que figuram como parte a Junta Comercial do Estado, somente nos casos em que se discute a lisura do ato praticado pelo órgão, bem como nos mandados de segurança impetrados contra seu presidente, por aplicação do artigo 109, VIII, da Constituição Federal, em razão de sua atuação delegada. • ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL Definição: “Complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário ou sociedade empresária. (CC/2002 –art. 1.142) No Trespasse, temos duas figuras: O Alienante quem vende e o Adquirente, o que está comprando. O contrato se feito entre as partes, precisa de formalidade. O simples contrato produz efeitos entre as partes, ou seja, entre comprador e alienante já produz efeito, não precisa de nada mais para que o contrato de trespasse produza efeitos entre o alienante e o adquirente. Para produzir efeitos perante terceiros terá que cumprir as formalidades do Código Civil que estabelece: O contrato que tenha por objeto a alienação, o usufruto ou arrendamento do estabelecimento, só produzirá efeitos quanto a terceiros depois de averbado à margem da inscrição do empresário, ou da sociedade empresária, no Registro Público de Empresas Mercantis, e de publicado na imprensa oficial. Precisa assim de averbação na junta comercial e publicação na imprensa oficial. A regra aqui é de publicidade, é trazer publicidade ao ato, o credor tem que ficar sabendo, o concorrente tem que ficar sabendo, isso tem que ser comunicado para o mercado, há uma necessidade de uma publicidade total para produzir efeitos perante terceiro. Precisa assim da concordância expressa ou tácita dos credores, se os bens do alienante não forem suficientes para saldar as dívidas deixadas no estabelecimento e se os credores não forem pagos antecipadamente. Responsabilidade por dívidas anteriores O artigo 1146 do Código Civil, menciona que o adquirente responde por dívidas anteriores, só que com uma ressalva, desde que a dívida esteja regularmente contabilizada. A regra não se aplica para dívida trabalhista nem para dívida tributária, artigo 10 e 448 da CLT, artigo 133 do Código Tributário, respectivamente. O alienante responde de forma solidária e por um prazo, de um ano, a contagem do prazo vai depender da dívida: A dívida vencida será contada um ano a partir da publicação, aquela publicação na imprensa oficial. A dívida vincenda, conta a partir da data do vencimento. Essa pode ser considerada regra geral por responsabilidade, no entanto, o artigo 141, II Lei 11101/05 Lei de Falências menciona que não haverá sucessão, quem comprou não responde por dívidas do estabelecimento. "Na alienação conjunta ou separada de ativos, inclusive da empresa ou de suas filiais, promovida sob qualquer das modalidades de que trata esse artigo: II - o objeto da alienação estará livre de qualquer ônus e não haverá sucessão do arremate nas obrigações do devedor, inclusive as de natureza tributária, as derivadas da legislação do trabalho e as decorrentes de acidentes de trabalho. " • CONTRATO SOCIAL CLÁUSULAS CONTRATUAIS: ESSENCIAIS: CC, art. 997, I a IV e VI (Qualificação dos sócios, Objeto Social, Nome Empresarial, Sede, Prazo e Duração, Capital Social, quotas dos sócios e o modo da integralização, nomeação do administrador e seus poderes e atribuições). ACIDENTAIS: (Cláusula arbitral, cláusula sobre reembolso, reguladora dos efeitos de morte de sócio, etc) Outras Formalidades: Visto do advogado (EOAB, art. 1º, §§ 1º e 2º) FORMA DO CONTRATO: Escrito (CC, art. 987) Instrumento Público ou Particula REGIME JURÍDICO DO SÓCIO DA SOCIEDADE CONTRATUAL: Ex: N/C; C/S e LTDA Natureza Jurídica: “sui generis” Direitos do Sócios: a) Participação nos resultados sociais (CC, arts.1.007 - 1.008 – 1009); b) Administração da sociedade; N/C – Adm – sócio C/S – ADM – SÓCIO(S) DA CLASSE COMANDITADO(S) LTDA – Adm (sócio ou não sócio) c) Fiscalização da administração (art.1.021); Ex: Acesso à escrituração Aprovação da Prestação de Contas d) Direito de retirada/recesso (CC, arts. 1.029 e art.1031) Motivada: (prazo determinado – justa causa Judicialmente) Imotivada: (prazo indeterminado) – Extrajudicialmente (alteração do contrato social) – prévia notificação 60d antecedência; Exclusão de Sócio (CC, arts. 1.004, 1.058, 1.085, 1.030) Mora na Integralização (Sócio Remisso) Ex: N/C e C/S (exclusão do Remisso – extrajudicial) (1004) LTDA (Remisso Minoritário – Extrajudicial 1085 – (Sócio Remisso Majoritário Judicialmente) Justa Causa (art.1030) – Falta Grave ou Incapacidade Superveniente – JUDICIAL (N/C; C/S E LTDA) I n c a p a c i d a d e x I m p e d i m e n t o s p a r a S ó c i o s . ( C C , A r t s . 9 7 4 § 3 º / 1 . 0 3 0 e a r t . 9 7 7 ) P r o i b i ç ã o = E M P R E S Á R I O I n d i v i d u a l ( e q u i v a l e n t e ) = S Ó C I O A D M I N I S T R A D O R Proibição Específica – Art. 977 (Casados entre si – Comunhão Universal de Bens ou Separação Obrigatória) – não podem ser sócios. • SOCIEDADE Negócio plurilateral por meio do qual duas ou mais pessoas, naturais ou jurídicas, ajustam entre si a constituição de uma sociedade, que poderá, ou não, ter personalidade jurídica. De acordo com a definição do próprio Código, celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados; essa negociação entre as partes – duas ou mais – pode restringir-se à realização de um ou mais negócios determinados. Com a celebração do contrato de sociedade, os contratantes estabelecem vínculos jurídicos entre si, ficando mutuamente obrigados. É o contrário do que se passa com as associações (artigo 53, parágrafo único, do Código Civil), nas quais não há direitos e obrigações recíprocos entre os associados. Nas sociedades, a reciprocidade é própria da relação jurídica, permitindo que cada parte exija da outra ou outras o cumprimento do ajustado; e o ajustado, lembra bem o dispositivo, pode ir da contribuição em bens (dinheiro) à prestação de serviço, embora também sejam contratáveis assuntos diversos, como a estrutura da sociedade, regras de administração etc. –A sociedade se diz contratual quando nela existirem as seguintes relações: • Sócio versus Sócio. • Sócio versus Sociedade. A sociedade se diz estatutária quando nela existir a relação: • Sócio versus Sociedade. ➢ SOCIEDADE EM COMUM A Sociedade em Comum, é uma sociedade empresária de fato ou irregular que não está juridicamente constituída sendo,portanto uma sociedade não personificada e que não pode ser considerada uma pessoa jurídica O contrato de sociedade é estabelecido pelo simples acordo entre as partes (os sócios). Não há forma prescrita em lei, ou seja, forma obrigatória para que seja válido. Contudo, a existência de um instrumento de contrato dá maior segurança às relações jurídicas. Assim, o artigo 987 do Código Civil exige dos sócios que a prova da sociedade, nas relações com terceiros, seja feita por escrito. Não se requer a apresentação de um instrumento de contrato, sendo suficiente o começo de prova escrita, desde que ateste que o terceiro sabia estar negociando não com uma pessoa – o sócio –, mas com a sociedade em comum. Preservam-se, assim, a transparência e a certeza nas relações, protegendo terceiros de boa- fé que negociaram com alguém, sem saber que contratava com uma sociedade. No entanto, a incidência dos artigos 113 e 422, do Código Civil, submetendo os negócios à boa-fé e à probidade, pode conduzir a casos especialíssimos nos quais, mesmo sem começo de prova escrita, não possa o terceiro furtar-se à constatação de que tinha pleno conhecimento de que negociava não com uma pessoa, mas com uma coletividade sem personalidade jurídica. Em oposição, para a proteção aos terceiros que mantenham relações jurídicas com a sociedade, o artigo 987 garante-lhes a faculdade de provar a existência da sociedade de qualquer modo. Nas relações entre si, os sócios também estão obrigados a provar por escrito a existência da sociedade. A interpretação da norma, igualmente, recomenda cuidado com os parâmetros de boa-fé e honestidade. Para alegações assim, deve-se empregar mais flexibilidade na comprovação da existência da relação jurídica entre as partes, embora sem jamais descuidar que a dúvida deve beneficiar aquele contra quem se alega, sem documentos, a existência de sociedade em comum. De resto, no que tange a cláusulas específicas, que fujam aos usos do lugar e do tipo de contratação, recomenda-se respeito estrito à exigência de prova escrita. De qualquer sorte, fica claro que, para o bom andamento das relações entre os sócios, bem como a preservação dos interesses legítimos e direitos de todos, é recomendável, sempre que contratada a sociedade, fazê-lo por escrito, atendendo de forma estrita o comando do artigo 987 do Código Civil. No âmbito do patrimônio especial da sociedade em comum, a regra geral, disposta no artigo 989 do Código Civil, é que os bens sociais respondem pelos atos de gestão praticados por qualquer dos sócios. É lícito aos sócios pactuarem solução diversa, limitando os poderes para a prática de atos que vinculem o patrimônio comum; mas esse pacto somente poderá ser oposto a terceiro se provado que esse conhecia, ou deveria conhecer, a sua existência. • Sociedade em conta de participação Também a sociedade em conta de participação é um contrato de sociedade, por meio do qual duas ou mais partes obrigam-se a contribuir, em bens e/ou serviços, além de atuar conjuntamente para a realização de certo objeto, definindo a forma de distribuição dos resultados sociais. Essa sociedade tem por finalidade estabelecer negócios com terceiros, mas sem apresentar-se como sociedade. Um dos sócios assume uma posição ostensiva e, assim, negocia com terceiros, em seu nome individual e sob sua própria e exclusiva responsabilidade. Os terceiros, portanto, mantêm relações apenas com o sócio ostensivo. No entanto, os demais sócios, chamados sócios ocultos, participam da realização da prestação contratada e partilham os respectivos resultados. Dessa maneira, a sociedade em conta de participação é assunto exclusivo de seus sócios, sendo estranha para os terceiros que estabelecem relações exclusivamente com o sócio ostensivo. Uma sociedade em conta de participação constitui-se independentemente de qualquer formalidade, por escrito ou não. Seus sócios podem prová-la por qualquer meio lícito, incluindo testemunhas. Em hipótese alguma, lhe será atribuída personalidade jurídica, mesmo se for registrada: é da sua natureza jurídica não ter personalidade e ser o ajuste limitado aos contratantes e, consequentemente, estranho a terceiros. Para tanto, é fundamental que os sócios ocultos não participem dos negócios sociais. Se tomam parte das relações do sócio ostensivo com terceiros, estarão vinculados a elas e responderão solidariamente pelas obrigações advindas dos negócios em que participaram. Destaco, porém, que a vedação de participar dos negócios sociais não impede que os sócios ocultos fiscalizem a sua gestão; pelo contrário, têm esse direito, podendo até usar da ação de prestação de contas para tanto. Com a contratação da sociedade em conta de participação forma-se um patrimônio especial: os bens e os créditos da sociedade, bem como suas dívidas, constituirão um conjunto em separado, objeto de uma conta de participação, formada considerando a participação de cada sócio nos negócios sociais: suas contribuições e sua parte nos resultados econômicos. Esse patrimônio especial, contudo, diz respeito apenas aos participantes, não produzindo qualquer efeito em relação a terceiros, cujas relações estão limitadas ao sócio ostensivo. Falindo um sócio oculto, o contrato de sociedade em conta de participação ficará sujeito às normas que regulam os efeitos do concurso de credores, o que não implica a dissolução da sociedade, mas sua resolução em relação ao insolvente, sendo apurados seus haveres; se há saldo positivo, será ele entregue para a massa; se há saldo negativo, será ele habilitado, pelo sócio ostensivo, junto à massa. Já a falência do sócio ostensivo cria uma situação distinta: a sociedade deverá ser dissolvida, liquidando-se a respectiva conta; o saldo favorável aos sócios participantes (sócios ocultos), isto é, a parte que lhes é devida no negócio, deverá ser habilitado como crédito quirografário no juízo concursal. A dissolução da sociedade em conta de participação e a liquidação do patrimônio especial, para definir a parte que cabe a cada contratante, faz-se extrajudicialmente por mútuo acordo ou por meio de ação de prestação de contas, ajuizável por qualquer sócio, ostensivo ou oculto, contra os demais. Se há mais de um sócio ostensivo, as respectivas contas serão prestadas e julgadas no mesmo processo.7 • Personificação da sociedade Assim, o cenário das relações jurídicas compõe-se por pessoas naturais (ou pessoas físicas), que são os seres humanos, e por pessoas jurídicas (ou pessoas morais), coletividades de bens ou de pessoas a quem se atribuiu personalidade jurídica. De acordo com os artigos 40 a 44 do Código Civil, as pessoas jurídicas podem ser de Direito Público interno ou externo, bem como podem ser pessoas jurídicas de Direito Privado: sociedades, associações e fundações. No contexto das pessoas jurídicas de Direito Privado, o Direito Empresarial ocupa-se das sociedades. Cuidam- se de coletividades de pessoas que têm finalidade econômica, sendo regidas não só pela lei, mas também por seu ato constitutivo: contrato social ou estatuto social. As sociedades permitem que o saldo positivo da atividade econômica desenvolvida seja distribuído entre seus sócios, seguindo critérios definidos em lei e no ato constitutivo. Sua existência jurídica principia com o arquivamento de seu contrato ou estatuto social no órgão registrador competente; a partir desse registro, terá existência, personalidade e patrimônio próprios, distintos da existência, personalidade e patrimônio dos sócios. Quem está obrigado para com a sociedade, não está obrigado para com os sócios. Por outro lado, o credor do sócio não é credor da sociedade. São patrimônios diversos. Por fim, se todos os sócios morrerem, a sociedade não acabará: são existênciasdiversas. Os herdeiros dos sócios mortos assumirão as quotas ou ações da sociedade que continuará existindo. • Sociedades simples e empresárias As sociedades dividem-se em simples e empresárias. Ambas exercem atividade econômica e tem finalidade econômica. Mas as sociedades empresárias exercem atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. Já nas sociedades simples não se verifica tal organização de bens materiais e imateriais, de procedimentos, como meio para a produção ordenada de riqueza; pelo contrário, há trabalho não organizado, quase autônomo, sendo desempenhado por cada um dos sócios sem conexão maior com a atuação dos demais. É o que se teria, por exemplo, numa sociedade entre três dentistas, cada qual com sua clientela própria; não há uma empresa. Assim, por força do artigo 982, parágrafo único, as sociedades por ações são sempre empresárias e as sociedades cooperativas são sempre sociedades simples. Isso, independentemente da atividade negocial existente em concreto. Em contraste, quando se constitui uma sociedade de advogados, aplicam-se os dispositivos da Lei 8.906/94, que lhe vedam forma empresária; tais sociedades, por determinação legal, serão sempre sociedades simples, organizadas sob a forma de sociedades em nome coletivo, com registro nas Seções da Ordem dos Advogados do Brasil. O Código Civil foi cauteloso em relação ao agronegócio. Assim, possibilitou o ingresso da atividade rural no âmbito do Direito de Empresa, mas não tornou obrigatório esse ingresso. Também no que se refere às sociedades que se dedicam à atividade rural essa facultatividade se afirma: poderá ser constituída sob a forma de sociedade empresária ou como sociedade simples. Na primeira hipótese, irá requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da sua sede; na segunda hipótese, o registro será feito no Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas. • SÓCIOS A sociedade é um conjunto de pessoas (lembrando que o Direito Brasileiro aceita, em alguns casos, que seja um conjunto unitário); essas pessoas são os seus sócios, ou seja, investiram na formação de seu capital social e que são titulares de frações (partes ideais) de seu patrimônio. Nas sociedades em que o capital está dividido em quotas, fala-se em sócio quotista ou, simplesmente, quotista; é o que se passa com a sociedade limitada, por exemplo, além de outras sociedades contratuais. Nas sociedades por ações, fala-se em sócio acionista ou, meramente, acionista. O sócio é o titular de uma fração do patrimônio da sociedade, o que lhe dá direito a receber uma parcela do saldo, numa eventual dissolução e liquidação, além de participar dos lucros, como exemplos. Aliás, a sociedade existe justamente para isso: realizar uma atividade negocial, produzindo saldos positivos (superávit) que, retirados do patrimônio social, são distribuídos aos sócios, remunerando o capital que investiram para a constituição da pessoa jurídica. Por outro lado, a quota e a ação são títulos sociais: permitem ao seu titular exercer direitos sobre a sociedade, participar das deliberações sociais, ser cobrado por deveres relativos à sociedade. As quotas ou ações são bens jurídicos que compõem o patrimônio econômico de cada sócio. Se a sociedade se dissolve, sobrando valores após o pagamento de todos os credores, o sócio terá direito a uma fração correspondente à sua participação no capital social; Justamente por serem bens jurídicos, as quotas ou ações podem ser negociadas (comportam cessão), embora haja restrições em alguns casos: (1) nas cooperativas, a quota somente pode ser transferida àquele que, preenchendo as condições para ser um cooperado, é admitido na sociedade; (2) nas sociedades por quotas constituídas em função das pessoas (intuitu personae), a condição de sócio é fruto de um mútuo reconhecimento e aceitação pela coletividade social; nesse caso, aquele que adquire as quotas (cessionário) somente será membro da sociedade se for aceito pelos demais sócios. O artigo 977 do Código Civil faculta aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou com terceiros, mas veda a sociedade entre cônjuges quando casados no regime da comunhão universal de bens, ou no da separação obrigatória. Embora o incapaz possa ser sócio, isso não implica sua aceitação pela coletividade social. É preciso diferenciar a sociedade de pessoas da sociedade de capital. São consideradas sociedades de pessoas (sociedades intuitu personae) aquelas nas quais a condição de sócio resulta de mútuo reconhecimento e aceitação: têm um papel predominante a identidade e a atuação pessoal dos sócios. Em contraste, são sociedades de capital (sociedades intuitu pecuniae) aquelas nas quais dá-se maior atenção ao capital investido na empresa do que à pessoa do sócio; importa manter o investimento (capital), não estando os sócios preocupados com quem seja o titular da quota ou ação. Assim, nas sociedades intuitu pecuniae, a livre circulação dos títulos implica, sim, a necessidade de aceitação do incapaz. Já na sociedade intuitu personae é distinto. A incapacidade superveniente do sócio cria uma questão relevante: saber se os demais sócios aceitam que o sócio que foi interditado permaneça na sociedade. O mesmo se dá com a transferência de quota a incapaz, implicando aceitação dos demais sócios. já que seu patrimônio estará devidamente protegido. No entanto, quando haja responsabilidade subsidiária, a exemplo da sociedade em nome coletivo, essa autorização será indispensável e terá um efeito curioso. T I P O S D E S O C I E D A D E S C O N T R A T U A I S • Sociedade simples Como já visto, as sociedades podem ser simples ou empresárias, podendo assumir a forma de (1) sociedade em nome coletivo, (2) sociedade em comandita simples ou (3) sociedade limitada. Não é, portanto, o tipo societário, mas a estrutura da atividade exercida que define a natureza da sociedade, seu registro (cartório ou junta comercial) e seu regime jurídico. No entanto, artigo 983 do Código Civil, quando afirma que a sociedade simples pode ser constituída por qualquer daquelas formas, deixa como alternativa a subordinação “às normas que lhe são próprias”, o que nos leva a concluir haver uma sociedade simples comum (ou sociedade simples em sentido estrito), tipo societário que se estrutura seguindo as regras dos artigos 997 a 1.038 do Código Civil, que já foram estudadas neste livro. É um tipo societário Não é necessário a autorização judicial para que o incapaz seja sócio de sociedade em que haja limite de responsabilidade, a exemplo da sociedade limitada e da sociedade anônima, extremamente raro. A sociedade simples em sentido estrito surge a partir da inscrição do respectivo contrato (instrumento particular ou público) no Registro Civil das Pessoas Jurídicas do local de sua sede. Se for instituído estabelecimento secundário (filial, sucursal ou agência), deverá haver averbação no Registro Público das Pessoas Jurídicas; se constituída na circunscrição de outro Registro Público, para além daquela averbação, se fará necessária inscrevê-la no Cartório daquela região, fazendo-se acompanhar da prova da inscrição originária. A sociedade simples comum é constituída sob a lógica do reconhecimento e aceitação mútua dos sócios (intuitu personae), ressaltando uma maior pessoalidade na afinidade societária (affectio societatis). Isso conduz a uma interpretação ainda mais radical do artigo 1.002 do Código Civil, vedando ao sócio fazer-se substituir no exercício das funções, a não ser que haja consentimento dos demais sócios, isto é, da unanimidade do capital social, salvo estipulação contratual em contrário. Não se esqueça, por fim, que a sociedade simples não está sujeita à falência, mas à insolvência civil,regulada pelos Códigos Civil e de Processo Civil. • Sociedade em nome coletivo Art. 1.039. Somente pessoas físicas podem tomar parte na sociedade em nome coletivo, respondendo todos os sócios, solidária e ilimitadamente, pelas obrigações sociais. Parágrafo único. Sem prejuízo da responsabilidade perante terceiros, podem os sócios, no ato constitutivo, ou por unânime convenção posterior, limitar entre si a responsabilidade de cada um. A sociedade em nome coletivo, simples ou empresária, só pode ter pessoas físicas (naturais) como sócios, sendo regida genericamente pelas mesmas normas que regulam as sociedades simples, somadas aos artigos 1.039 a 1.044 do Código Civil. Trata-se de sociedade intuitu personae que, salvo estipulação contratual em contrário, demanda o mútuo reconhecimento e aceitação entre os sócios, ampliando a importância da afinidade societária (affectio societatis) entre os membros. Sua marca essencial é a composição do nome (firma ou razão social), composto pelo nome de um, algum ou todos os sócios, no todo ou em parte; se não estão presentes o nome de todos, emprega-se a expressão e companhia ou sua abreviação (e Cia. ou & Cia.) ao final do nome da sociedade. Ex.: Klabin Irmãos & Cia, já que Klabin é um sobrenome. Os sócios respondem subsidiariamente pelas obrigações não satisfeitas pela sociedade (artigo 1.039 do Código Civil). Essa responsabilidade alcança a todos, solidariamente entre si, vinculando seus patrimônios pessoais. É lícito aos sócios estipularem cláusula de limitação de responsabilidade, mas com eficácia restrita a si mesmos, não alcançando o direito de terceiros à plena satisfação de seus créditos. Atente-se para o fato de que se trata de obrigação: (1) subsidiária em relação à sociedade e (2) solidária entre os sócios. As obrigações devem ser exigidas da pessoa jurídica e, somente se esta não puder satisfazê-las, nascerá para o credor, para a satisfação de seu crédito, o direito de voltar-se contra um ou mais sócios, recorrendo ao seu patrimônio pessoal, de forma ilimitada. Se apenas um ou alguns sócios adimplirem a obrigação, haverá direito de regresso: (1) contra a sociedade, pela totalidade da dívida, ou (2) contra os demais, até que se reparta entre todos os ônus do pagamento, na proporção estatuída para a participação nas perdas sociais. Lembre-se de que mesmo o sócio admitido na sociedade não se exime das dívidas sociais anteriores à admissão (artigo 1.003, parágrafo único, do Código Civil). No entanto, embora não possa impedir que o seu patrimônio responda pela obrigação, poderá exigir dos sócios contemporâneos ao fato que lhe reembolsem integralmente o que pagou. Quando se trate de sócio que se retirou da sociedade, aplica-se a regra da responsabilidade residual. De qualquer sorte, se não há pagamento, nem com o patrimônio da sociedade, nem com o patrimônio dos sócios, será necessário pedir a falência (se sociedade empresária) ou insolvência (se sociedade simples) da sociedade em nome coletivo; o síndico da massa, por seu turno, pedirá a insolvência dos sócios, após realizado o patrimônio social, sem satisfação plena dos credores habilitados. Somente os sócios podem administrar uma sociedade em nome coletivo, podendo ser indicado um, alguns ou todos para a função. Se há mais de um, poderá haver administração coletiva, que poderá ser conjunta, simultânea ou sucessiva (estipulação de administrador e, para a sua falta, de substituto ou substitutos). No silêncio do contrato, a administração societária será simultânea, ou seja, competirá a cada um dos sócios, separadamente, sendo que cada um tem a faculdade de impugnar a operação pretendida por outro, tornando a matéria controversa e, assim, afeta à decisão por maioria de votos (artigo 1.013 do Código Civil). A definição da competência e dos poderes do administrador serão dispostas no contrato social. Todavia, sua nomeação poderá ser feita por meio de cláusula do contrato ou por meio de documento apartado, levado ao registro da sociedade. • SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES O verbo comanditar traduz a ideia de prover fundos para uma atividade negocial, simples ou empresária, que será gerida por terceiros. A sociedade em comandita simples, assim, tem dois tipos diversos de sócios: 1 Sócio Comanditário provém os fundos para a atividade negocial e não tem responsabilidade subsidiária pelas obrigações sociais (responsabilidade limitada) 2 Sócio Comanditado administra a sociedade; tem responsabilidade subsidiária pelas obrigações sociais (responsabilidade ilimitada) • SOCIEDADE LIMITADA A sociedade limitada pode ser constituída por um ou mais pessoas (§ 1º do artigo 1.052 do Código Civil), naturais ou jurídicas. Na sociedade limitada, a responsabilidade do(s) sócio(s) pelas obrigações da sociedade é restrita ao valor não integralizado de suas quotas (artigo 1.052 do Código Civil), embora todos sejam solidariamente responsáveis pela integralização total do capital social; assim, se um sócio já integralizou suas quotas, mas há sócios que ainda não o fizeram, todos poderão ser solidariamente demandados por esse valor em aberto. Realizado todo o capital, finda-se a possibilidade de se voltar contra os sócios – e seu patrimônio – para a satisfação de créditos contra a sociedade limitada (simples ou empresária), salvo a desconsideração da personalidade jurídica, que se estudará posteriormente. Esse mecanismo é um incentivo jurídico ao investimento em atividade negocial: os que aceitam participar da sociedade sabem que, agindo licitamente, seu patrimônio pessoal estará protegido; assim, se o negócio não der certo, perderão apenas o que investiram (o valor de suas quotas), não mais. Mesmo se for uma sociedade limitada unipessoal, prevê o § 2º do artigo 1.052 do Código Civil, será necessário haver um contrato social que atenda a todos os requisitos especificados em lei. Está-se diante da figura do denominado contrato consigo mesmo, já aceito pelo Direito moderno desde o século XX. Note-se que, por se tratar de ato jurídico levado a registro, acaba funcionando muito mais como uma declaração pública de direitos e deveres e, assim, quase um contrato com o restante da sociedade: o contrato social obriga o sócio, tanto quanto obriga a sociedade, perante o restante da comunidade. O registro da sociedade limitada se fará no Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas, se sociedade simples, ou na Junta Comercial, se sociedade empresária. O contrato social deve conter o nome comercial – que poderá ser razão social ou denominação – vir acrescido, obrigatoriamente, da palavra limitada, por extenso ou abreviada (ltda.). No Código Civil, as normas da Sociedade Simples funcionam como as normas gerais (parte geral) do Direito Societário. A regra é que para a Sociedade Limitada, subsidiariamente, aplicar-se-ão as normas da Sociedade Simples. No entanto, é possível que o Contrato Social da LTDA preveja a possibilidade de aplicação subsidiária das normas da Sociedade Anônima (S/A), a Lei n. 6.404/1976. Cotas X Ações Cotas são a forma de fração do capital social da Sociedade Limitada. Aqui, a proposta é trabalhar com cotas versus ações, porque há tanto diferenças entre elas quanto características em comum. Em primeiro lugar, veja a principal diferença. Seria muito fácil apenas dizer que as cotas são da Sociedade Limitada e as ações são da Sociedade Anônima. Principal diferença: A principal diferença entre as cotas e as ações está na cessão. A cessão das cotas vai surtir eficácia perante terceiros, desde que tenha alteração contratual mais a junta comercial, ou seja, a averbação na junta comercial, porque, quando se trabalha com modificação, deve-se fazer averbação ou o registro da junta, já que, nesse caso,pode ser constituindo o direito. Então, para que a cessão das cotas tenha eficácia perante terceiros, deve- -se alterar o contrato e levar esse contrato para a junta comercial. Diferentemente, para a cessão das ações ter eficácia perante terceiros (a Sociedade, os outros sócios, terceiros que não façam parte da Sociedade), deve-se analisar, primeiro, que há duas espécies de ações, no que diz respeito à sua representação física – as cartulares (papel) ou as escriturais. Se as ações forem cartulares, a cessão dessas ações terá eficácia desde que haja o registro no Livro de Registro de Ações Nominativas. Esse livro de Registro de Ações Nominativas fica na sede da própria Companhia. Em se tratando de ações escriturais, a cessão será operada por meio de uma escritura realizada pela instituição financeira custodiante via uma conta de débito a favor do crédito de outrem. Portanto, a grande diferença entre uma cota e uma ação é que, naquela deve-se alterar o instrumento de constituição e, nesta, não é necessário alterar o instrumento de constituição. No caso da venda de ações, não se modifica o estatuto da companhia. Coisas em comum: Tanto as cotas quanto as ações são/têm: 1) Formas de divisão do capital social – as cotas e as ações representam frações de capital social, pedacinhos do capital social, seja de uma Limitada, seja de uma S/A, seja de uma comandita por ações, seja de uma comandita simples. Não importa. Isso é igual. Elas dividem o capital social. Ambas são formas de divisão do capital social; 2) Status Socii – Posição – quem possui cotas e quem possui ações têm, consequentemente, Status Socii, que é a posição de sócio. Se alguém tem uma parcela do capital social de uma Sociedade Limitada, por exemplo, cem cotas de uma Sociedade Limitada, essa pessoa tem posição de sócio. Claro que há sócios que têm posições mais vantajosas, com uma participação mais robusta no Capital. Mas pouco importa. O fato de você ter cotas ou ações lhe dá posição, lhe dá Status Socii, enfim, lhe dá direito de sócio. Você, por exemplo, vai poder fiscalizar a Sociedade, vai ter o direito de participar nos lucros e nos resultados da Sociedade, por causa dessa posição de sócio; 3) Participação nos Fundos Sociais – se você tem cota, se você tem ações (pouco importa), você terá Status Socii, você terá posição e, consequentemente, você participará nos Fundos Sociais. Quando se fala em fundos sociais, trabalha-se com o gênero. I – Acervo Social – O primeiro Fundo Social é o Acervo Social, que, contabilmente falando, é o famoso PL - Patrimônio Líquido. Em caso de liquidação da Sociedade, apura-se qual é o saldo da Sociedade. Serão colocadas duas contas: de um lado, conta haveres, que são os créditos, são os direitos, o lado positivo dessa sociedade; e, do outro lado, conta deveres, que são os débitos. Em cada uma dessas contas, serão lançadas as partidas: de um lado, coloca-se as partidas haveres; e, do outro lado, coloca-se as partidas deveres. Após esse procedimento, verifica-se qual foi o patrimônio líquido da Sociedade, se foi positivo ou negativo. Imagine que, por exemplo, o patrimônio líquido é de um milhão de reais, ou seja, ele é positivo. Então, depois de fazer a liquidação da sociedade, constata-se que o patrimônio líquido, o acervo social, é de um milhão de reais. Logo, esse acervo, esse patrimônio líquido, vai ter de ser revertido para os sócios. Os sócios terão participação no patrimônio líquido na proporção de sua participação no capital social. Caso essa sociedade esteja sendo liquidada e tenha, por exemplo, os sócios Antônio, Batista e Carlos. Antônio tem 50%, Batista tem 40% e Carlos tem 10% do capital social. No caso de liquidação em que o acervo (o patrimônio líquido) seja de um milhão, então Antônio vai levar 500 mil reais, Batista 400 mil e Carlos 100 mil. Esse pagamento do patrimônio líquido em caso de liquidação da sociedade é denominado de reembolso. O reembolso é a distribuição entre os sócios na proporção de sua participação no capital social no patrimônio líquido. Os sócios participam no acervo por terem a posição de sócio, o Status Socii. . II – Resultados – Os resultados podem ser: • Nulos: zerado. • Negativo: – Na EIRELI, LTDA e S/A: o capital social é uma prefixação de participação nos prejuízos, pois a responsabilidade dos sócios é limitada. • Positivo: Lucro. Obs.: Os sócios participam dos lucros, na proporção de suas cotas. Forma de pagamento dos resultados: – Dividendo: Distribuição do lucro em dinheiro aos sócios; Na S/A, no mínimo, 25% dos lucros devem ser pagos em dinheiro para os sócios. Enquanto, na Sociedade Limitada, pode-se dar até 100% dos lucros de bonificação. No silêncio do contrato social, pode o sócio ceder suas cotas total ou parcialmente para terceiro, para sócio, independentemente da anuência dos demais sócios, desde que não haja oposição de mais de 1/4 do capital social. Exceç ões à Respo nsabil idade Limita da: Delib eraçã o Contr ária à Lei ou ao Contr ato (CC,ar t.108 0) Obrig ações Trabal histas (CLT) Desco nsider ação da Pesso a Jurídi ca (CC, art.50 ) Débit o Junto ao INSS (Lei 8.620 /93, art. 13) CONSEL HO FISCAL (CC, art. 1.066/1 .070) Obrig atorie dade (núm ero signifi cativo de sócios ) Três mem bros efetiv os e suple ntes Impe dime ntos Especí ficos (art.1 066, § 1º) Dissid entes (mino ritário s) repre sentat ividad e. ❖ É direito do sócio retirar-se imotivadamente de sociedade limitada regida de forma supletiva pelas normas da sociedade anônima. STJ. 3ª Turma. REsp 1839078/SP, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 09/03/2021 (Info 688). >>> o sócio pode se retirar da sociedade de prazo indeterminado mediante simples notificação aos demais sócios. Trata-se de hipótese de retirada voluntária imotivada. Este dispositivo (art. 1.029, CC), conquanto inserido no capítulo relativo às sociedades simples, é perfeitamente aplicável às sociedades de natureza limitada, conforme a jurisprudência deste Superior Tribunal. S O C I E D A D E A N Ô N I M A F O R M A D A P O R A Ç Õ E S S / A ( L E I N . 6 . 4 0 4 / 1 9 7 6 ) Características: • Livre participação de impedidos e incapazes; Regra: pode o incapaz ser sócio: – Desde que representado ou assistido; – Não administre o capital social integralizado. • Natureza jurídica: – Empresária. • Capital Social (CS): – Ações. • Responsabilidade dos sócios: – Limitada. – Não há solidariedade pela integralização do CS. • objeto social: – Qualquer atividade lícita; – Salvo, advocacia. CAPITAL SOCIAL (CS) Princípios do Capital Social (Mnemônico: E.D.I — COECA — E PARE): • Efetividade (E): – Deve ser real, pagamento em dinheiro: depósito no Banco do Brasil ou instituição autorizado pela CVM; Bens: avaliados por 3 peritos, que serão responsabilizados por eventualidades prejuízos à S/A. • Determinação (D): – O CS deve ser determinado, com valores em moeda nacional corrente (real). • Intangibilidade ou "Fixidez" (I): – Regra: O capital social é fixo. CASOS DE AUMENTO DO CAPITAL SOCIAL: • Conversão de Valores Mobiliários (CO): – Debêntures: são valores imobiliários que representam um empréstimo. Assim, a S/A invés de pagar o credor em pecúnia, faz o pagamento por meio de ações e a quantia em dinheiro, entra no CS. • Emissão de Novas Ações por Decisão Assemblear (E): Exemplo Em uma S/A, cada ação vale R$ 1,00 e tem 1 milhão de ações. Posteriormente, a assembleia delibera e decide lançar mais 1 milhão de ações, cada uma a R$ 1,00. Diante disso, o CS irá aumentar de 1 milhão para 2 milhões. •S/A Comum: Constituição e início da atividade: – 100% do CS estejam subscritos; – Mínimo 10% realizado em dinheiro. • Banco: Constituição e início da atividade: – 100% do CS estejam subscritos; – Mínimo 50% realizado em dinheiro. • Capital Autorizado (CA): A sociedade se diz com capital autorizado, quando o seu capital social é inferior aquele que ela está autorizada a atingir. Casos de redução do capital social: mnemônico “E PARE”. • Excesso de capital. • Prejuízos acumulados. • Acionista remisso. • Reembolso. A 1ª hipótese de redução do capital social é justamente o excesso de capital. A 2ª hipótese de redução do capital social é a situação dos Prejuízos acumulados. A 3ª hipótese de redução do capital social é situação do acionista remisso: trata-se do acionista faltoso. Ele não pagou a parcela do capital social que ele subscreveu. A sociedade pode: • cancelar as ações (reduzindo, para tanto, o capital social); • executá-lo (o boletim de subscrição de que trata o art. 85 da LSA é considerado título executivo extrajudicial); • comprar as ações (tais ações ficaram em tesouraria); • tomar e vendê-las (essa venda será realizada em bolsa de valores, sendo que o leilão será realizado às expensas do acionista remisso). Obs.: É direito do acionista dissidente se retirar da sociedade recebendo o seu reembolso. COMPANHIA ABERTA X COMPANHIA FECHADA A companhia é considerada aberta quando: • os seus valores mobiliários forem vendidos na bolsa de valores ou no mercado de balcão (operado pelas instituições financeiras autorizadas pela CVM). A companhia é considerada fechada quando: • os seus valores mobiliários não são comercializados na bolsa de valores e nem mercado de balcão, mas tão somente em sua sede. valores mobiliários Ações: São valores mobiliários que conferem, aos seus proprietários, os direitos de sócios da companhia. Obs.: Representação física: as ações podem ser cartulares (papel) ou escriturais. Lembrando que todas as ações são nominativas, de modo que não existem ações ao portador. A transferência da propriedade das ações se opera mediante registro no livro de registro de ações nominativas, ou, ainda, pelas escrituras, no caso das ações escriturais realizadas pelas instituições financeiras custodiantes. • Espécies de ações: a) ordinárias: b) preferenciais: c) gozo ou fruição: O art. 109 traz os direitos essenciais do sócio: Art. 109. Nem o estatuto social nem a assembleia-geral poderão privar o acionista dos direitos de: I – participar dos lucros sociais; II – participar do acervo da companhia, em caso de liquidação; III – fiscalizar, na forma prevista nesta Lei, a gestão dos negócios sociais; IV – preferência para a subscrição de ações, partes beneficiárias conversíveis em ações, debêntures conversíveis em ações e bônus de subscrição, observado o disposto nos artigos 171 e 172; V – retirar-se da sociedade nos casos previstos nesta Lei. ordinárias: são aquelas que conferem ao seu proprietário todos os direitos essenciais (art. 109 LSA) e os não essenciais (voto). preferenciais: são aquelas que conferem ao seu proprietário todos os direitos essenciais (art. 109 LSA) e os não essenciais (voto), no silêncio do estatuto social. Preferências concedidas ao acionista preferencial: • Preferência no recebimento dos dividendos; • Vantagem política para eleger membros da administração em separado, • referência no recebimento do reembolso. Obs.: As vantagens listadas acima podem ser isoladas ou conjuntas. gozo ou fruição: são ações ordinárias ou preferenciais que foram amortizadas. Obs.: A doutrina entende que quando a pessoa ou grupo de sócios ganham de três vezes para 100 em assembleia, aquele será o acionista controlador. R E C U P E R A Ç Ã O J U D I C I A L ( L E I D E F A L Ê N C I A ) Lei 11.101/05 - (Lei de Falências) Art. 48. Poderá requerer recuperação judicial o devedor que, no momento do pedido, exerça regularmente suas atividades há mais de 02 (dois) anos e que atenda aos seguintes requisitos, cumulativamente: I – não ser falido e, se o foi, estejam declaradas extintas, por sentença transitada em julgado, as responsabilidades daí decorrentes; • Na hipótese de cessão de quotas sociais, a responsabilidade do cedente pelo prazo de até 2 anos após a averbação da respectiva modificação contratual restringe-se às obrigações sociais contraídas no período em que ele ainda ostentava a qualidade de sócio, ou seja, antes da sua retirada da sociedade. STJ. 3ª Turma. REsp 1537521/RJ, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 05 1. EMPRESA — PERFIL SUBJETIVO As Juntas Comerciais, como órgãos locais, continuarão a exercer as “funções FIRMA INDIVIDUAL CAPACIDADE PARA EMPRESARIAR IMPEDIMENTOS EMPRESÁRIO CASADO bens imóveis; Microempresa e empresa de pequeno porte superior a R$ 360.000,01, mas igual ou inferior a R$ 4.800.000,00. ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL Responsabilidade por dívidas anteriores CONTRATO SOCIAL CLÁUSULAS CONTRATUAIS: FORMA DO CONTRATO: SOCIEDADE SOCIEDADE EM COMUM Sociedade em conta de participação Personificação da sociedade Sociedades simples e empresárias SÓCIOS TIPOS DE SOCIEDADES CONTRATUAIS SOCIEDADE LIMITADA 1.052 do Código Civil), embora todos sejam solidariamente responsáveis pela integralização total do capital social; assim, se um sócio já integralizou suas quotas, mas há sócios que ainda não o fizeram, todos poderão ser solidariamente demandados por ... Cotas X Ações • Negativo: – Na EIRELI, LTDA e S/A: o capital social é uma prefixação de participação nos prejuízos, pois a responsabilidade dos sócios é limitada. Na S/A, no mínimo, 25% dos lucros devem ser pagos em dinheiro para os sócios. Enquanto, na Sociedade Limitada, pode-se dar até 100% dos lucros de bonificação. SOCIEDADE ANÔNIMA Características: – Não administre o capital social integralizado. CAPITAL SOCIAL (CS) CASOS DE AUMENTO DO CAPITAL SOCIAL: Obs.: É direito do acionista dissidente se retirar da sociedade recebendo o seu reembolso. COMPANHIA ABERTA X COMPANHIA FECHADA valores mobiliários RECUPERAÇÃO JUDICIAL (LEI DE FALÊNCIA)
Compartilhar