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DIREITOS FUNDAMENTAIS
	Constitucionalismo =
	 Limitação de poder
	
	O Estado é formado por uma lei fundamental que se impõe aos próprios governantes e à sociedade, ao mesmo tempo em que organiza a sua estrutura e estabelece direitos e garantias aos cidadãos (Direitos Fundamentais). É o chamado Estado Democrático de Direito.
O Fundamento da Dignidade da Pessoa Humana previsto no art. 1º da CF/88 é a base de todos os direitos Fundamentais dispostos no Título II.
	
	TÍTULO VI
DA TRIBUTAÇÃO E DO ORÇAMENTO (arts. 145 a 169)
	TÍTULO VII
DA ORDEM ECONÔMICA E FINANCEIRA (arts. 170 a 192)
	
	 TÍTULO VIII
DA ORDEM SOCIAL (arts. 193 a 232)
	TÍTULO IX
DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS GERAIS (arts. 233 a 245)
	ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS (arts. 1º. a 70)
	
	 TÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS (arts. 1º a 4º)
	TÍTULO II
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS (arts. 5º a 17) 
	TÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO (arts. 18 a 43)
	TÍTULO IV
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES (arts. 44 a 135)
	TÍTULO V
DA DEFESA DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS (arts. 136 a 144)
	
ÍNDICE SISTEMÁTICO DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
TÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS (arts. 1º a 4º)
TÍTULO II
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS (arts. 5º a 17)
Capítulo I - Dos direitos e deveres individuais e coletivos (art. 5º.)
Capítulo II - Dos direitos sociais (arts. 6º. a 11)
Capítulo III - Da nacionalidade (arts. 12 e 13)
Capítulo IV - Dos direitos políticos (arts. 14 a 16)
Capítulo V - Dos partidos políticos (art. 17)
(Final do art. 5º):
CAPÍTULO I
Final do art. 5º: Instrução geral ao Título II
§ 1º - As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.
	§ 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.
	§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. 
	§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão. (crimes:  genocídio, humanidade, guerra e agressão). Diferente do Tribunal Internacional de Justiça que julga Estados.
http://noticias.uol.com.br/internacional/listas/veja-os-casos-e-prisoes-do-tribunal-penal-internacional.jhtm
TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL
	
Historicidade: Surgiram ao longo da história e continuam em processo ampliativo, conforme a evolução e mudanças da humanidade;
 
Universalidade: A abrangência desses direitos engloba todos os indivíduos, independentemente de sua nacionalidade, sexo, raça, credo ou convicção político-filosófica; 
 
Limitabilidade: Eles não são absolutos. Existe uma relativização quando se aplicam ao caso concreto, quando existe conflito de interesses. Sempre há exceção, por mais importante que seja (Ex. direito à vida x aborto decorrente de gravidez ocasionada por estupro; pena de morte em caso de guerra declarada: crime de traição);
 
Concorrência: Podem ser usados cumulativamente entre pessoas (Ex. Direito de informação x direito de opinião);
 
Irrenunciabilidade: Podem não ser exercidos, mas não podem ser renunciados. (Ex. Pessoa autorizar que outra lhe tire a vida);
 
Imprescritibilidade: São imprescritíveis, ou seja, não se perdem pelo decurso de prazo;
CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
	
	 TÍTULO II
Dos Direitos e Garantias Fundamentais
	CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E 
	COLETIVOS
	Art. 5º:
	
ANALISANDO O ART. 5º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
 TODOS SÃO IGUAIS PERANTE A LEI, SEM DISTINÇÃO de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
(VILISEPRO)
 NINGUÉM SERÁ:
 obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
 submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
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 privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
 compelido a associar-se ou a permanecer associado;
 privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
 considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;
 preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei;
 levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança;
ANALISANDO O ART. 5º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
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processado nem sentenciado senão pela autoridade competente
 É INVIOLÁVEL:
 a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
 a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
 o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal;
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 É LIVRE:
 a manifestação do pensamento, sendo proibido o anonimato
 a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;
 o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer;
 a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;
 É ASSEGURADO:
 o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;
ANALISANDO O ART. 5º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
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prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares;
 é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional;
 a todos, independentemente do pagamento de taxas:
 a)	o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direito ou contra ilegalidade ou abuso de poder;
 b)	a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal;
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 A LEI:
 estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro;
 não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
 não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada
 penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;
 regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:
a) privação ou restrição da liberdade;
b) perda de bens;
c) multa;
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d) prestação social alternativa;
e) suspensão ou interdição de direitos;
 punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais;
 só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem.
 PENAS:
 nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;
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não haverá penas:
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada;
b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados;
d) de banimento;
e) cruéis;
 CRIMES:
 não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;
 será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal 
 constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático e a prática do racismo, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;
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 a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia:
 a prática da tortura, 
 o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, 
 o terrorismo ;
 e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem
 PRISÃO:
 não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel;
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a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária
 não haverá juízo ou tribunal de exceção;
 o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença;
 A PROPRIEDADE:
 é garantido o direito de propriedade;
 a propriedade atenderá a sua função social;
 a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;
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a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial
 no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;
 ENTIDADES E ASSOCIAÇÕES:
 todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;
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 é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
 a criação de associações e a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;
 as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;
 as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;
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 PROCESSOS:
 aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; 
 o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos
 são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;
 é reconhecida a INSTITUIÇÃO DO JÚRI, assegurados: 
 a plenitude de defesa; o sigilo das votações; a soberania dos veredictos; a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;
 SUCESSÃO E HERANÇA:
 é garantido o direito de herança;
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 a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus;
 OUTROS DIREITOS:
 homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações;
 todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;
ANALISANDO O ART. 5º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
	
	
	- Estrangeiro que não reside no Brasil: O Supremo Tribunal Federal estendeu todos os direitos fundamentais aos estrangeiros que se encontrem transitoriamente em território brasileiro (ex. turistas). 
	
	- As pesquisas com células-tronco embrionárias violam o direito à vida ou o princípio da dignidade da pessoa humana? “O embrião referido na Lei de Biossegurança (in vitro apenas) não é uma vida a caminho de outra vida virginalmente nova, porquanto lhe faltam possibilidades de ganhar as primeiras terminações nervosas, sem as quais o ser humano não tem factibilidade como projeto de vida autônoma e irrepetível.” (ADI 3.510, Rel. Min. Ayres Britto).
	- Pessoa jurídica também tem direitos individuais? Sim. Pessoa jurídica também pode sofrer danos morais, conforme súmula 227 do STJ. Ex. Dívida quitada, protesto indevido.
	
	- Direito à liberdade religiosa x Princípio da isonomia: Participação de estudantes judeus no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) em data alternativa ao Shabat. Alegação de inobservância ao direito fundamental de liberdade religiosa e ao direito à educação. A designação de data alternativa para a realização dos exames não se revela em sintonia com o princípio da isonomia, convolando-se em privilégio para um determinado grupo religioso. (STA 389-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes)
ANALISANDO O ART. 5º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
	
	- União entre pessoas do mesmo sexo – casamento: Não há vedação
 expressa na própria CF. Direito à intimidade, à vida privada. 
 
	“Liberdade para dispor da própria sexualidade, inserida na categoria dos direitos fundamentais do indivíduo, expressão que é da autonomia de vontade. Direito à intimidade e à vida privada. Cláusula pétrea. O sexo das pessoas, salvo disposição constitucional expressa ou implícita em sentido contrário, não se presta como fator de desigualação jurídica. Proibição de preconceito, à luz do inciso IV do art. 3º da CF, por colidir frontalmente com o objetivo constitucional de ‘promover o bem de todos’. ‘o que não estiver juridicamente proibido, ou obrigado, está juridicamente permitido’. Reconhecimento do direito à preferência sexual como direta emanação do princípio da ‘dignidade da pessoa humana’: direito a autoestima no mais elevado ponto da consciência do indivíduo. Direito à busca da felicidade. Salto normativo da proibição do preconceito para a proclamação do direito à liberdade sexual. O concreto uso da sexualidade faz parte da autonomia da vontade das pessoas naturais. Ante a possibilidade de interpretação em sentido preconceituoso ou discriminatório do art. 1.723 do CC, não resolúvel à luz dele próprio, faz-se necessária a utilização da técnica de ‘interpretação conforme à Constituição’. Isso para excluir do dispositivo em causa qualquer significado que impeça o reconhecimento da união contínua, pública e duradoura entre pessoas do mesmo sexo como família. Reconhecimento que é de ser feito segundo as mesmas regras e com as mesmas consequências da união estável heteroafetiva.” (ADI 4.277 e ADPF 132, Rel. Min. Ayres Britto)”.
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	- Portadores de deficiência (passe livre): Princípio da ordem econômica, livre iniciativa, direito de propriedade x dignidade da pessoa humana, direito de ir e vir, tratado internacional de direitos humanos, isonomia material: 
	Ação direta de inconstitucionalidade: Associação Brasileira das Empresas de Transporte Rodoviário Intermunicipal, Interestadual e Internacional de Passageiros – ABRATI. Constitucionalidade da Lei 8.899, de 29-6-1994, que concede passe livre às pessoas portadoras
de deficiência. Alegação de afronta aos princípios da ordem econômica, da isonomia, da livre iniciativa e do direito de propriedade, além de ausência de indicação de fonte de custeio. Em 30-3-2007, o Brasil assinou, na sede da ONU, a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, bem como seu Protocolo Facultativo, comprometendo-se a implementar medidas para dar efetividade ao que foi ajustado. A Lei 8.899/1994 é parte das políticas públicas para inserir os portadores de necessidades especiais na sociedade e objetiva a igualdade de oportunidades e a humanização das relações sociais, em cumprimento aos fundamentos da República de cidadania e dignidade da pessoa humana, o que se concretiza pela definição de meios para que eles sejam alcançados." (ADI 2.649, Rel. Min. Cármen Lúcia)
ANALISANDO O ART. 5º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
	
	- Cidadão tetraplégico por decorrência de assalto em via pública: Finanças públicas x direito à vida
	“manter decisão do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco, que concedera parcialmente pedido formulado em ação de indenização por perdas e danos morais e materiais para determinar que o mencionado Estado-membro pagasse todas as despesas necessárias à realização de cirurgia de implante de Marcapasso Diafragmático Muscular – MDM no agravante, com o profissional por este requerido. Na espécie, o agravante, que teria ficado tetraplégico em decorrência de assalto ocorrido em via pública, ajuizara a ação indenizatória, em que objetiva a responsabilização do Estado de Pernambuco pelo custo decorrente da referida cirurgia, ‘que devolverá ao autor a condição de respirar sem a dependência do respirador mecânico’. (...) Além disso, aduziu-se que entre reconhecer o interesse secundário do Estado, em matéria de finanças públicas, e o interesse fundamental da pessoa, que é o direito à vida, não haveria opção possível para o Judiciário, senão de dar primazia ao último. Concluiu-se que a realidade da vida tão pulsante na espécie imporia o provimento do recurso, a fim de reconhecer ao agravante, que inclusive poderia correr risco de morte, o direito de buscar autonomia existencial, desvinculando-se de um respirador artificial que o mantém ligado a um leito hospitalar depois de meses em estado de coma, implementando-se, com isso, o direito à busca da felicidade, que é um consectário do princípio da dignidade da pessoa humana.” (STA 223-AgR, Rel. Min. Celso de Mello).
ANALISANDO O ART. 5º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
	
	- Princípio da isonomia entre pessoas jurídicas:
	"Licitação. Análise de proposta mais vantajosa. Consideração dos valores relativos aos impostos pagos à Fazenda Pública daquele Estado. Discriminação arbitrária. Licitação. Isonomia, princípio da igualdade. Distinção entre brasileiros. Afronta ao disposto nos arts. 5º, caput; 19, III; 37, XXI; e 175 da CF. É inconstitucional o preceito segundo o qual, na análise de licitações, serão considerados, para averiguação da proposta mais vantajosa, entre outros itens, os valores relativos aos impostos pagos à Fazenda Pública daquele Estado-membro. Afronta ao princípio da isonomia, igualdade entre todos quantos pretendam acesso às contratações da administração. (...) A lei pode, sem violação do princípio da igualdade, distinguir situações, a fim de conferir a uma tratamento diverso do que atribui a outra. Para que possa fazê-lo, contudo, sem que tal violação se manifeste, é necessário que a discriminação guarde compatibilidade com o conteúdo do princípio. A Constituição do Brasil exclui quaisquer exigências de qualificação técnica e econômica que não sejam indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. A discriminação, no julgamento da concorrência, que exceda essa limitação é inadmissível. Ação direta julgada procedente para declarar inconstitucional o § 4º do art. 111 da Constituição do Estado do Rio Grande do Norte." (ADI 3.070, Rel. Min. Eros Grau)
ANALISANDO O ART. 5º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
	
	- Fertilização in vitro: o casal teria obrigação de fecundar todos os embriões formados em laboratório? Direito à vida x direito à liberdade – autonomia da vontade – paternidade responsável 
	"A opção do casal por um processo in vitro de fecundação artificial de óvulos é implícito direito de idêntica matriz constitucional, sem acarretar para esse casal o dever jurídico do aproveitamento reprodutivo de todos os embriões eventualmente formados e que se revelem geneticamente viáveis. De uma parte, para aquinhoar o casal com o direito público subjetivo à ‘liberdade’ (preâmbulo da Constituição e seu art. 5º), aqui entendida como autonomia de vontade. De outra banda, para contemplar os porvindouros componentes da unidade familiar, se por eles optar o casal, com planejadas condições de bem-estar e assistência físico-afetiva (art. 226 da CF). Mais exatamente, planejamento familiar que, ‘fruto da livre decisão do casal’, é ‘fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável’ (§ 7º desse emblemático artigo constitucional de nº 226). O recurso a processos de fertilização artificial não implica o dever da tentativa de nidação no corpo da mulher de todos os óvulos afinal fecundados. Não existe tal dever (inciso II do art. 5º da CF), porque incompatível com o próprio instituto do ‘planejamento familiar’ na citada perspectiva da ‘paternidade responsável’. Imposição, além do mais, que implicaria tratar o gênero feminino por modo desumano ou degradante, em contrapasso ao direito fundamental que se lê no inciso II do art. 5º da Constituição. Para que ao embrião in vitro fosse reconhecido o pleno direito à vida, necessário seria reconhecer a ele o direito a um útero. Proposição não autorizada pela Constituição." (ADI 3.510, Rel. Min. Ayres Britto)
ANALISANDO O ART. 5º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
	
	- Programas humorísticos: liberdade de expressão x direito à imagem e à honra:
	“Programas humorísticos, charges e modo caricatural de por em circulação ideias, opiniões, frases e quadros espirituosos compõem as atividades de ‘imprensa’, sinônimo perfeito de ‘informação jornalística’ (§ 1º do art. 220). Nessa medida, gozam da plenitude de liberdade que é assegurada pela Constituição à imprensa. Dando-se que o exercício concreto dessa liberdade em plenitude assegura ao jornalista o direito de expender críticas a qualquer pessoa, ainda que em tom áspero, contundente, sarcástico, irônico ou irreverente, especialmente contra as autoridades e aparelhos de Estado. Respondendo, penal e civilmente, pelos abusos que cometer, e sujeitando-se ao direito de resposta a que se refere a Constituição em seu art. 5º, inciso V. A crítica jornalística em geral, pela sua relação de inerência com o interesse público, não é aprioristicamente suscetível de censura. Isso porque é da essência das atividades de imprensa operar como formadora de opinião pública, lócus do pensamento crítico e necessário contraponto à versão oficial das coisas, conforme decisão majoritária do STF na ADPF 130. Decisão a que se pode agregar a ideia de que a locução ‘humor jornalístico’ enlaça pensamento crítico, informação e criação artística.” (ADI 4.451-REF-MC, Rel. Min. Ayres Britto)
ANALISANDO O ART. 5º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
	
	- Escuta em escritório de advocacia: invasão de domicílio?
	"Escuta ambiental e exploração de local. Captação de sinais óticos e acústicos. Escritório de advocacia. Ingresso da autoridade policial, no período noturno, para instalação de equipamento. Medidas autorizadas por decisão judicial. Invasão de domicílio. Não caracterização. (...) Inteligência do art. 5º, X e XI, da CF; art. 150, § 4º, III, do CP; e art. 7º, II, da Lei 8.906/1994. (...) Não opera a inviolabilidade do escritório de advocacia, quando o próprio advogado seja suspeito da prática de crime, sobretudo concebido e consumado no âmbito desse local de trabalho, sob pretexto de exercício da profissão." (Inq 2.424, Rel. Min. Cezar Peluso)
	- Produção pessoal de prova x direito à honra:
	“Coleta de material biológico da placenta, com propósito de
fazer exame de DNA, para averiguação de paternidade do nascituro, embora a oposição da extraditanda. (...) Bens jurídicos constitucionais como 'moralidade administrativa', 'persecução penal pública' e 'segurança pública' que se acrescem – como bens da comunidade, na expressão de Canotilho – ao direito fundamental à honra (CF, art. 5°, X), bem assim direito à honra e à imagem de policiais federais acusados de estupro da extraditanda, nas dependências da Polícia Federal, e direito à imagem da própria instituição, em confronto com o alegado direito da reclamante à intimidade e a preservar a identidade do pai de seu filho.” (Rcl 2.040-QO, Rel. Min. Néri da Silveira (Caso da Cantora mexicana Glória Trevi)
ANALISANDO O ART. 5º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
	
	- Casa: asilo inviolável. E hotel?
	"Para os fins da proteção jurídica a que se refere o art. 5º, XI, da CF, o conceito normativo de ‘casa’ revela-se abrangente e, por estender-se a qualquer aposento de habitação coletiva, desde que ocupado (CP, art. 150, § 4º, II), compreende, observada essa específica limitação espacial, os quartos de hotel. Doutrina. Precedentes. Sem que ocorra qualquer das situações excepcionais taxativamente previstas no texto constitucional (art. 5º, XI), nenhum agente público poderá, contra a vontade de quem de direito (invito domino), ingressar, durante o dia, sem mandado judicial, em aposento ocupado de habitação coletiva, sob pena de a prova resultante dessa diligência de busca e apreensão reputar-se inadmissível, porque impregnada de ilicitude originária. " (RHC 90.376, Rel. Min. Celso de Mello)
ANALISANDO O ART. 5º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
	
	- Passeata da maconha: apologia ao crime x liberdade de expressão, direito de petição:
 	Art. 287 Código Penal - Fazer, publicamente, apologia de fato criminoso ou de autor de crime: Pena - detenção, de três a seis meses, ou multa.
	Interpretação deveria ser realizada em harmonia com as liberdades fundamentais de reunião, de expressão e de petição. Relativamente a esta última, asseverou-se que o seu exercício estaria sendo inviabilizado, pelo Poder Público, sob o equivocado entendimento de que manifestações públicas, como a ‘Marcha da Maconha’, configurariam a prática do ilícito penal aludido – o qual prevê a apologia de fato criminoso –, não obstante essas estivessem destinadas a veicular ideias, transmitir opiniões, formular protestos e expor reivindicações – direito de petição –, com a finalidade de sensibilizar a comunidade e as autoridades governamentais, notadamente o Legislativo, para o tema referente à descriminalização do uso de drogas ou de qualquer substância entorpecente específica. Evidenciou-se que o sistema constitucional brasileiro conferiria legitimidade ativa aos cidadãos para apresentar, por iniciativa popular, projeto de lei com o escopo de descriminalizar qualquer conduta hoje penalmente punida. Daí a relação de instrumentalidade entre a liberdade de reunião e o direito de petição. Além disso, verificou-se que a marcha impugnada mostraria a interconexão entre as liberdades constitucionais de reunião – direito-meio – e de manifestação do pensamento – direito-fim – e o direito de petição, todos eles dignos de amparo do Estado, cujas autoridades deveriam protegê-los e revelar tolerância por aqueles que, no exercício do direito à livre expressão de suas ideias e opiniões, transmitirem mensagem de abolicionismo penal quanto à vigente incriminação do uso de drogas ilícitas.” (ADPF 187, Rel. Min. Celso de Mello)
ANALISANDO O ART. 5º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
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REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS
Para que serve?
Considerações
HABEAS CORPUS
sempre que alguémsofrer(HC Repressivo) ou se acharameaçado de sofrer(HC Preventivo) violência ou coação em suaLIBERDADE DE LOCOMOÇÃO, por ilegalidade ou abuso de poder.
podeserimpetrado pela própria pessoa, por menor ou por estrangeiro.
HABEAS DATA
para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constante de registro ou banco de dados de entidades governamentais ou de caráter público;
serve também para retificação de dados, quando NÃO se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo.
a propositura da ação é gratuita;
é uma ação personalíssima
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MANDADO DE SEGURANÇA
para proteger direito líquido e certonão amparado porHCouHD, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poderfor autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.
Líquido e Certo: o direito não desperta dúvidas, está isento de obscuridades.
qualquer pessoa física ou jurídica pode impetrar.
MANDADO DE SEGURANÇA
COLETIVO
para proteger direito líquido e certode umacoletividade, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poderfor autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.
Legitimidade para impetrar MS Coletivo: Organização Sindical, entidade de classe ou associa legalmente constituída apelo menos 1 ano, assim como partidos políticos com representação no Congresso Nacional.
OBJETIVO: defesa do interesse dos seus membros ou associados.
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MANDADO DE INJUNÇÃO
sempre que a falta de norma regulamentadora que torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania.
qualquer pessoa (física ou jurídica) pode impetrar.
AÇÃO POPULAR
visa a anulação ou à declaração de nulidade de atos lesivos ao: Patrimônio Público, à moralidade Administrativa, ao Meio Ambiente, ao Patrimônio Histórico e Cultural.
a propositura cabe a qualquer cidadão (brasileiro) no exercício de seus direitos políticos.
DIREITO DE PETIÇÃO
busca elementos para Defender direito ou noticiar ilegalidade ou abuso de autoridade pública.
qualquer pessoa pode propor, brasileira ou estrangeira
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Ação Civil Pública
Contradanos causados ao meio-ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico. Infração contra a ordem econômica e urbanística.
Podem propor:Ministério Público, Defensoria Pública, entes da federação (U-E-DF-M),autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista eassociação.
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5º XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;
(OBS.: Esses conceitos estão explicitados no Decreto-Lei nº 4.657 de 1942, alterado pela Lei nº 12.376/2010 - Lei de Introdução às normas do Direito brasileiro - Art. 6º: §1º: Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou. § 2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por êle, possa exercer, como aquêles cujo comêço do exercício tenha têrmo pré-fixo, ou condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem. § 3º Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não caiba recurso.) 
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS DO ART. 5º
Ainda Temos a Ação Civil Pública – art. 129 CF

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