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Projeto de Interiores Comerciais e Especiais

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Módulo C - 91639 . 7 - Projeto de Interiores Comerciais e Especiais - D1.20221.C 
UNIDADE 1 
 
Projeto de Interiores Comerciais e Especiais - UNIDADE IPULAR PARA A AULA 
0% COMPLETO 
1. UNIDADE 1 
 
Apresentação 
Seção 1 de 5 
Olá, estudantes! Nesta disciplina, teremos contato com dois tipos de projetos 
bastante interessantes e recorrentes na carreira da maioria dos profissionais 
de arquitetura e design de interiores: os projetos comerciais e os especiais. 
Nela, teremos a oportunidade de entender o funcionamento do processo de 
projeto para lojas e empresas, seus objetivos e como podemos alcançá-los 
trazendo satisfação aos usuários e melhorando vendas e bem-estar das 
pessoas que frequentam estes locais. 
Além disso, conheceremos mais sobre espaços externos públicos e privados. 
Os últimos tempos nos mostraram a importância de ter um bom espaço 
externo em nossas residências, bem como a necessidade do espaço público 
para o nosso convívio em sociedade. Esse último ponto nos leva também a 
uma reflexão: o quanto podemos, enquanto projetistas, contribuir para uma 
sociedade mais igualitária, tornando espaços mais interessantes e acessíveis 
a todo tipo de público que pode frequentá-lo? Que possamos ter cada vez 
mais embasamento e empatia para buscar esses objetivos. 
Sejam bem-vindos e bons estudos! 
CONTINUE	
	
Seção 1 - 
Apresentação 
	
Introdução 
Seção 2 de 5 
	
Nessa unidade conheceremos mais sobre projetos comerciais. Trabalharemos as 
definições de cada tipo de projeto, os parâmetros a seguir durante o processo dele, 
veremos exemplos de layouts e entenderemos o caminho desde a captação de um 
projeto até o seu desenvolvimento. Convido você a participar dessa unidade 
utilizando-se de todos os recursos disponíveis, buscando, dessa forma, um 
aprendizado mais amplo. Bons estudos! 
 
 
Objetivos da Unidade 
Conhecer os tipos de projetos comerciais: de vendas, de serviços e de 
trabalho; 
• bullet	
Entender os parâmetros de projetos de cada um deles; 
• bullet	
Aplicar diferentes layouts para cada um deles. 
	
Arquitetura Comercial 
Seção 3 de 5 
	
Em qualquer ambiente, seja ele residencial, comercial, hospitalar ou 
qualquer outro tipo, é fundamental que exista um planejamento para a 
utilização de cada espaço, permitindo assim um melhor aproveitamento, 
maior conforto aos usuários e o cumprimento das normas técnicas. O design 
de uma loja pode ajudar a apoiar a imagem da marca, assim como sustentar 
uma estratégia de varejo bem-sucedida. 
Os lojistas se utilizam do design da loja para chamar os clientes para ela, por 
isso a importância de trabalhar todos os elementos dela, desde a vitrine até a 
exposição e estoque. Alguns lojistas vão preferir um design de loja mais sutil, 
outros gostam de chocar e inspirar, criando lojas que geram burburinho e 
chamem a atenção. 
	
Ao andar por um shopping ou uma rua comercial, quais lojas chamam 
mais a atenção do público? As bem trabalhadas, com uma vitrine 
chamativa e produtos bem dispostos ou uma loja escura com uma 
visualização difícil do que está exposto? Por isso a importância da 
arquitetura comercial para destacar esse tipo de estabelecimento. 
Nas últimas décadas, a arquitetura comercial ganhou notoriedade no 
comércio. Isso é cada vez mais latente devido ao necessário planejamento 
dos detalhes, da atmosfera de compra, execução do layout, iluminação, 
comunicação externa e em tudo que contextualiza o público-alvo. A 
arquitetura comercial, segundo Underhill (2009), define que: 
O prédio, a locação, tornou-se um grande anúncio tridimensional de 
si mesmo. A sinalização, a posição dos mostruários, o espaço para as 
gôndolas e para o mobiliário de loja, tudo isso faz aumentar ou 
diminuir a probabilidade do usuário comprar determinado item. A 
ciência das compras foi desenvolvida para que pudéssemos saber 
como usar todas essas ferramentas. Como criar cartazes que as 
pessoas leiam. Como se assegurar de que todas as mensagens estejam 
no local apropriado. Como criar mostruários que os usuários passam 
manipular com facilidade e conforto. Como assegurar que os usuários 
percorram – e desejem percorrer – todos os cantos da loja 
(UNDERHILL, 2009, p.28).	
Quando falamos em projetos comerciais, estamos tratando principalmente 
de três tipos de locais: 
• bullet	
Vendas: comercialização de produtos. 
Exemplo: lojas, shoppings, showrooms. 
• bullet	
Serviços: comercialização de atividades e produtos 
relacionados. 
Exemplo: bares, restaurantes, salões de beleza, academias. 
• bullet	
Trabalho: desempenho de atividades laborativas 
administrativas. 
Exemplo: escritórios em geral, áreas de atendimento ao 
público. 
Em cada um desses, devemos utilizar de diferentes recursos com o objetivo 
de atingir todo o potencial de cada espaço. Vamos iniciar falando sobre os 
projetos de espaços de vendas. 
Projetos de Espaços de Vendas 
O sucesso de um ponto de vendas tem relação direta com o projeto de 
arquitetura do ambiente. Fatores como mobiliário, cores, iluminação e 
circulação são essenciais no momento de atrair a atenção dos consumidores 
e aumentar o faturamento da loja. Por esse motivo, existe um grande 
mercado para projetistas de lojas comerciais, conforme mostra gráfico 
abaixo. 
	
PANORAMA DO SETOR VAREJISTA DE SHOPPINGS 
Gráfico da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (ALSHOP), 2019. 
	
Em 2020, a Apple inaugurou a primeira loja flutuante do mundo, em 
Singapura. 
Vitrines e Fachadas 
Um aspecto extremamente importante em uma loja é sua fachada e vitrine, 
visto que elas são as ferramentas de marketing que atrairão o cliente para 
dentro da loja. Segundo Moraes (2015), na fachada estão os principais pontos 
que devem ser considerados, tais como: design e comunicação visual, 
vitrines e valorização dos acessos. Para o autor, a função principal da 
fachada é atrair clientes e transmitir a essência do interior do 
estabelecimento, permitindo assim que o consumidor visualize as 
mercadorias que pode encontrar ali. 
	
Morgan (2011) comenta sobre outro tipo de fachada, a que não possui 
vitrine, em que os centros comerciais são bons exemplos, pois nestes toda a 
parte frontal da loja possui uma porta metálica que proporciona mais 
segurança, e quando aberta, motiva o cliente a circular livremente pelo 
interior da loja, localizada principalmente em passeios voltados para o 
pedestre e com forte relação com a rua. 
O autor ainda cita os três tipos de vitrines mais comuns em ambientes 
comerciais: as vitrines fechadas, as vitrines abertas no fundo e as do tipo 
mostrador. 
• bullet	
As vitrines fechadas são as mais comuns no ambiente 
comercial, e se assemelham a um cômodo e possuem 
uma porta de acesso por dentro da loja. Esse tipo de 
vitrine por ter grandes dimensões requer elaboração e 
geram maiores custos. 
• bullet	
A vitrine aberta não possui fechamento posterior 
embora possam ter fechamentos laterais. Esse tipo de 
vitrine permite a visualização do interior da loja, 
requerendo um maior cuidado com o espaço interno 
deve estar sempre organizado e atraente. A vitrine 
aberta também pode ser vista tanto do lado externo 
quanto interno, o que acaba gerando preocupação com 
relação à segurança dos produtos de maior valor 
agregado, pois eles ficam expostos aos consumidores. 
• bullet	
E por fim os mostradores. Estes são adequados para 
mercadorias de pequena dimensão. Essas vitrines são 
cuidadosamente posicionadas ao nível dos olhos para 
uma análise minuciosa do produto venda, sendo as 
joalherias um bom exemplo de quem usa esse tipo de 
vitrine (MORGAN, 2011, p.44). 
Área de vendas 
Outro aspecto muito importante no projeto comercial, é o layout da loja, isto 
é, o posicionamento dos produtos dentro do espaço. De acordo com Morgan, 
“a chave para distribuir um layout, é o posicionamento dos produtos” (2017, 
p. 125). Este posicionamento é dividido em quatro áreas: platina, ouro, prata 
e bronze. 
 A primeira coisa a ser definida é o local de entrada e saída dos clientes; a 
partir desteponto, vamos definir as áreas de atração do consumidor. 
Próximo a entrada, está localizada a área platina. Essa é a primeira área de 
contato do cliente com a loja, e tem uma grande importância para a 
experiência de compra e venda, por isso temos a associação com um metal 
muito caro. Nesse espaço estão localizados os produtos que atraem o cliente 
e fazem com que ele se sinta tentado a entrar na loja. É um espaço composto 
pelas vitrines e pela parte frontal da loja, que pode ser vista sem a 
necessidade de entrar no espaço. Geralmente, na parte frontal das lojas há 
um display com lançamentos ou promoções, que funciona como mais uma 
maneira de atrair a atenção das pessoas. 
O próximo setor é a área ouro. Nesse espaço estarão os lançamentos e as 
coleções mais recentes. Esse setor é responsável por confirmar o interesse 
do consumidor, garantindo a permanência dele na loja, por isso está 
localizado logo após as vitrines e displays. 
Em seguida temos a área prata. Nesse setor estão os produtos mais 
comercializados pela loja, os produtos que vão fidelizar os clientes, fazendo 
com que retornem. Essa é, de forma geral, uma área de maior permanência 
no espaço, onde as compras são feitas de forma mais tranquila, e tende a 
ocupar uma área maior dentro da loja 
	
Finalmente, temos a área bronze, que é o espaço onde se localizam os 
produtos de maior valor agregado, além do espaço de caixas e provadores, 
caso eles sejam necessários. Nele também podem estar localizados os 
produtos para a chamada “compra de impulso”, aquela que é feita próxima 
ao caixa, que não foi programada pelo consumidor. Outro motivo para que os 
produtos mais caros estejam nesse setor é a sua localização. Como esse setor 
está localizado, de forma geral, na parte posterior da loja, existe uma 
segurança maior, para controlar o fluxo de clientes e observar o movimento 
das pessoas. 
A figura “Setorização de lojas” indica a organização padrão de uma loja, em 
função destas áreas; note que as dimensões de cada um destes espaços 
podem variar, em função do tamanho da loja, mas a disposição tende a 
seguir esta ordem. 
Circulação 
Morgan (2011) define que no design de interiores de uma loja é necessário 
observar as zonas hierárquicas e a circulação do espaço ao elaborar o layout 
mobiliário. Para tanto, inicialmente é preciso correlacionar os produtos, ou 
seja, definir quais produtos estarão próximos de outros. Com isso, a sinergia 
e a rentabilidade do espaço são otimizadas. Ocorre que a localização dos 
produtos deve considerar as zonas hierárquicas. 
	
Quando falamos de uma loja com diversos tipos de produtos, uma 
forma interessante de setorizar é baseando-se no faturamento. Por 
exemplo: se uma determinada peça de roupa é responsável por 40% do 
faturamento, deve-se dedicar a ela 40% do espaço de exposição de 
produtos. 
Essas zonas consistem na divisão de valor comercial crescente no espaço 
interior do estabelecimento. Tratam-se de quatro zonas diferentes. A 
primeira é a platina, área localizada logo após o acesso do estabelecimento, 
considerada a mais nobre. Depois, temos a zona ouro, a prata e, finalmente, 
a bronze, que corresponde ao espaço localizado nos fundos da loja. Morgan 
(2011) entende que os produtos que são lançamento, ou estão em liquidação, 
devem estar situados na área platina. Já os produtos de primeira 
necessidade, idealmente, devem estar localizados na zona bronze. Assim, o 
consumidor percorrerá todo o estabelecimento antes de encontrá-los. 
	
Figura 2 - Zonas hierárquicas e pontos focais. 
Fonte: MORGAN, 2009, p.118. 
A circulação é de grande importância, pois o usuário final deverá ser 
estimulado e orientado a seguir um determinado trajeto dentro do 
estabelecimento. Os pontos focais são expositores ou qualquer objeto que 
atraia a atenção do consumidor. As linhas de visão são linhas imaginárias 
que orientam o consumidor para determinadas áreas, e estas devem ser 
utilizadas em conjunto com os pontos focais. Os corredores devem ser bem 
definidos e atuam como linha de visão. 
	
Figura 3 - Exemplo de disposição dos expositores 
Fonte: MORGAN, 2011, p.120. 
Na figura acima, Morgan (2011) exemplifica como a disposição equivocada 
dos expositores pode se tornar um obstáculo. No exemplo onde temos os 
expositores dispostos em ângulo reto, o consumidor não é motivado a 
circular pela loja. Já na figura ao lado, onde os expositores estão dispostos 
em 45 graus, portanto em “V”, a circulação dos clientes é favorecida para o 
interior do estabelecimento. 
	
Figura 4 - Interior de uma loja de roupas 
Fonte: Istock, 2020. 
Alguns dos elementos que devem ser considerados para o de um espaço 
comercial são: a arquitetura da fachada, bem como suas sinalização e 
letreiros, a vitrine, os acessos (considerando acessibilidade para pessoas 
idosas e com necessidades especiais), a zona de transição, as zonas 
hierárquicas, circulações, disposição do layout mobiliário, design do 
mobiliário e expositores, espaços de permanência, iluminação, cores, 
texturas e materiais (GRASSIOTTO, 2010; MORGAN, 2009; UNDERHILL, 
1999). 
Estoque 
Não devemos esquecer também do espaço destinado ao estoque. Um estoque 
mal administrado pode ocasionar prejuízos, dificuldade logística e até 
mesmo perda de vendas. Como projetistas devemos garantir que ele tenha 
um espaço para recebimento de mercadorias, dessa forma não ficam 
espalhadas pela loja antes de serem armazenadas; um espaço de 
armazenamento condizente com as dimensões dos produtos; uma boa 
circulação, e claro, uma iluminação adequada. 
 Quando bem organizado, o estoque ajuda na produtividade do trabalho e na 
agilidade do atendimento. 
Mobiliário Comercial 
O mobiliário tem um papel primordial em um projeto comercial e a escolha 
das opções corretas, para o espaço e para as necessidades do cliente é um dos 
maiores desafios que enfrentamos na concepção de um espaço comercial. 
De acordo com Tony Morgan, existem vários modelos de mobiliário que 
podem ser utilizados em lojas, mas estes mobiliários se dividem em duas 
grandes categorias: mobiliário de piso, que pode ser utilizado em qualquer 
lugar dentro do espaço da loja, e o mobiliário linear, aquele que é, 
geralmente, preso nas paredes, mas que pode estar fixado em qualquer outra 
parte (MORGAN, 2017 p. 134). Estes dois tipos de mobiliário podem, ou não, 
ser utilizados em conjunto, dependendo das definições do Designer de 
Interiores. 
Mobiliário de Piso 
Em uma área dedicada à venda, como em uma loja, a ideia é que os produtos 
estejam em exposição, ou seja, que possam ser vistos pelo cliente, mas que 
isto seja feito de maneira organizada e harmoniosa, sem causar um cansaço 
visual, ou sem a perda de espaço disponível. Também é preciso que o tipo de 
mobiliário escolhido permita a livre circulação dos clientes, bem como a 
visualização de todo o espaço, fazendo com que o cliente se localize, e 
localize os produtos que está procurando, de forma simples e rápida. 
A categoria de mobiliário de piso tem vários modelos e estilos, além das 
peças que podem ser criadas pelo Designer de Interiores. 
Um dos tipos mais comuns e mais versáteis de mobiliário que utilizamos em 
lojas são as gôndolas. Esse tipo de móvel é muito prático pela liberdade de 
uso e de montagem que fornece ao lojista. As gôndolas podem ter uma 
infinidade de dimensões, mas geralmente são quadradas ou retangulares. 
Assim como as prateleiras, podem ter alturas ajustáveis, o que faz destas 
peças muito funcionais em um espaço comercial. 
A figura 8 mostra um tipo de gôndola muito comum em lojas. 
 
	
Figura 8 - Projeto Final. 
Fonte: O Autor (2020) 
A figura mostra uma gôndola, com 5 prateleiras. 
Este tipo de mobiliário pode ter iluminação embutida nas prateleiras, 
melhorando a exposição dos produtos. Lembre-se que se esse for o caso do 
móvel que você especificou, é preciso indicar a disposição dos pontos de luz 
no projeto de instalações elétricas que vai ser executado. 
As técnicas de exposição para umagôndola também são bem conhecidas, 
com os produtos maiores e mais pesados nas prateleiras inferiores, os 
produtos com maior valor nas prateleiras que estão localizadas nas alturas 
dos olhos, e os produtos menores e mais leves nas prateleiras superiores. 
Também é interessante que as prateleiras mais baixas comecem a uma 
altura de pelo menos 10 cm a partir do piso, evitando que os clientes tenham 
de se abaixar para pegar os produtos. 
Outro tipo de mobiliário muito usado em lojas são as mesas. Este tipo de 
móvel é muito utilizado para a exposição de produtos, especialmente os 
produtos que estão em destaque, como os lançamentos ou as promoções. 
Este é um dos tipos de mobiliário que permitem que o Designer de Interiores 
criem uma peça exclusiva para o projeto, de tal maneira que estas peças 
tenham uma relação mais direta com o estilo da loja. 
	
Figura 9 – Mesas. 
Fonte: O Autor (2020) 
A figura mostra um par de mesas, que se encaixam. 
Estas peças são muito versáteis, como as que são mostradas na figura 9. Na 
imagem, é possível observar que o projetista criou um conjunto de mesas 
semelhantes, com dimensões diferentes, que se encaixam. 
Esse tipo de mobiliário dá mais liberdade para o lojista, que pode utilizar as 
peças em conjunto ou separadamente, conforme a necessidade. Além disso, 
como os móveis se encaixam, basta colocar um sob o outro para ganhar mais 
espaço para circulação. 
Mobiliário residencial, com algumas adaptações também podem ser 
utilizados, dependendo do tipo de loja. Como estamos projetando uma loja 
de objetos de decoração, pode ser bastante interessante que utilizemos 
móveis como armários e cristaleiras, que são peças semelhantes àquelas que 
muitos consumidores possuem, e que podem passar uma ideia de como as 
peças que forem compradas podem ser utilizadas. De forma semelhante, 
uma loja de moda vai trabalhar com manequins que estarão vestidos com as 
roupas expostas, mostrando aos compradores como aquelas peças podem 
ser combinadas e compostas entre si, facilitando as vendas. 
Esses móveis, apesar das facilidades apresentadas, podem ser difíceis de 
serem iluminados para destacar de forma correta os produtos, causando 
uma zona de sobra na parte inferior das prateleiras mais baixas. É preciso 
um projeto específico de iluminação, ou um projeto de mobiliário, que seja 
semelhante a uma destas peças, mas que tenha um projeto de iluminação 
embutida. Baús, caixas e pedestais também podem e devem ser usados como 
mobiliário em lojas. Essas peças, de forma geral, podem diferir do estilo das 
outras peças que são usadas no projeto, já que a função deste tipo de móvel é 
destacar uma peça específica dentro do espaço. 
Por essa função muito especial, é preciso que a iluminação da peça também 
seja pensada de forma específica, fazendo com que o investimento na peça, e 
no espaço, tenha o destaque necessário. Existem ainda os móveis que são 
fornecidos pelos fabricantes de peças especificas, ou seja, muitas peças, ou 
linhas de peças, são entregues com um mobiliário específico, oferecido pela 
indústria que fabrica a peça, com um desenho específico para destacar as 
qualidades e as características do produto. 
 Esse mobiliário pode ou não ser usado pelo lojista, dependendo, 
principalmente, de espaço e da possibilidade do espaço da loja. Finalizando a 
categoria de móveis de piso, temos as araras, ou cabideiros, usadas 
principalmente em lojas de roupas. Este tipo de mobiliário também vem em 
uma grande variedade de formatos e de modelos, e serve para deixar as 
peças expostas e organizadas, permitindo que sejam vistas por inteiro, 
despertando o interesse dos clientes. 
Também é preciso que este mobiliário seja pensado em consonância com o 
restante do projeto, usando a mesma paleta de cores, e, principalmente, com 
um projeto de iluminação que privilegie este tipo de mobília. 
Mobiliário linear 
Na categoria de mobiliário linear, ou seja, aqueles móveis que são fixados 
nas paredes ou nos pilares, temos os suportes e os trilhos para prateleiras, 
também conhecidos como cremalheiras. 
As cremalheiras são trilhos metálicos, que são fixados nas paredes, e que 
permitem a regulagem da altura das prateleiras, permitindo uma grande 
liberdade de montagem, o que facilita as adaptações, por parte do lojista, da 
área de exposição de produtos. 
	
Figura 10 - Cremalheira com prateleira. 
Fonte: O Autor (2020) 
A figura mostra duas cremalheiras, com duas prateleiras apoiadas. 
Existem ainda as prateleiras fixas. Estas peças são fixas nas paredes, ou nos 
pilares, e são visualmente mais agradáveis, porém não permitem a variação 
das alturas pelo cliente, ou seja, os produtos ficarão expostos em espaços 
fixos, independente das dimensões das peças a serem colocadas ali. 
Uma das grandes vantagens das prateleiras fixas, é a possibilidade de 
iluminação de cada uma das partes, isto é, como estas peças são fixas nas 
paredes, fica fácil de fazer com que a eletricidade chegue até cada uma das 
prateleiras, permitindo, de maneira simples, que seja projetada a iluminação 
que vai incidir sobre os produtos. 
Nas paredes também podem ser criados nichos que podem estar saltados em 
relação à superfície destas, ou ainda, é possível fazer o “engrosso” da parede 
com drywall, fazendo o efeito de que o nicho está “dentro” da parede. De 
maneira semelhante ao que acontece com as prateleiras fixas, é possível 
iluminar os nichos, causando um efeito de iluminação interessante sobre os 
produtos que estão expostos. 
	
Figura 11 - Nicho embutido e sobreposto 
Fonte: O Autor (2020) 
A figura mostra dois tipos de nicho, um sobreposto e um embutido. 
Nas paredes, ainda é possível a fixação de araras ou cabideiros, utilizados no 
caso de lojas de vestuário. Essas peças muitas vezes estão combinadas com 
prateleiras fixas. 
	
Vamos conhecer projetos interessantes nessa área? Nesse link temos 
o projeto vencedor do prix Versailles! Confira no link abaixo: 
LINK	
 
 
Projeto de Interiores Comerciais e Especiais - UNIDADE IPULAR PARA A AULA 
60% COMPLETO 
Projeto de Interiores Comerciais e Especiais - UNIDADE IPULAR PARA A AULA 
60% COMPLETO 
1. UNIDADE 1 
0. 	
Apresentação Apresentação 100 Percent Complete 
 
1. 	
IntroduçãoIntrodução 100 Percent Complete 
 
2. 	
Arquitetura ComercialArquitetura Comercial 100 Percent Complete 
 
3. 	
Projetos CorporativosProjetos Corporativos 82 Percent Complete 
 
4. 	
Projetos de Espaços de ServiçosProjetos de Espaços de Serviços 0 
Percent Complete 
 
	
Seção 3 - 
Arquitetura Comercial 
	
Projetos Corporativos 
Seção 4 de 5 
	
Arquitetura corporativa significa tomar a definição corporativa como base 
para o projeto e para implementação sistemática da solução arquitetônica. 
Dessa forma, os funcionários e clientes experimentarão os valores 
corporativos em termos espaciais. Ou seja, assim como os clientes 
identificarão a marca da empresa a qual estão frequentando pelos aspectos 
arquitetônicos impressos no projeto de arquitetura do local, os funcionários 
de uma empresa viverão a essência daquela marca enquanto estiverem nos 
seus locais de trabalho. Um bom exemplo do funcionamento disso são os 
escritórios do Google, com seu aspecto inovador, colorido e nada tradicional, 
eles são facilmente identificáveis em fotografias, por exemplo. 
	
Legenda: Escritório do Google Amsterdam 
Fonte: Archdaily.com 
	
DEFINIÇÃO 
Branding é o conjunto de ações alinhadas ao posicionamento, propósito e 
valores da marca. O objetivo do branding é despertar sensações e criar 
conexões conscientes e inconscientes, que serão cruciais para que o cliente 
escolha a sua marca no momento de decisão de compra do produto ou 
serviço. 
O ambiente físico de trabalho deve estar associado a esse branding, 
transmitindo a mensagem dessa identidade. 
Alguns ambientes que podem existir na empresa são: 
• bullet	
recepções; 
• bullet	
salas de espera; 
• bullet	
estações de trabalho lineares; 
• bullet	
estações de trabalho individuais; 
• bullet	
salasindividuais; 
• bullet	
salas de equipes; 
• bullet	
salas de reunião; 
• bullet	
copa; 
• bullet	
sanitários; 
• bullet	
depósito de material de limpeza; 
• bullet	
almoxarifado; 
• bullet	
circulações; 
• bullet	
áreas de descanso. 
Saúde e trabalho 
É imprescindível observar as condições de saúde relacionadas ao trabalho, 
muitas delas ligadas diretamente às escolhas de projeto. Para isso, é 
importante estar atento a normas específicas, como: 
• bullet	
a NR17, Norma Regulamentadora que visa estabelecer 
parâmetros que permitam a adaptação das condições de 
trabalho às características psicofisiológicas dos 
trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de 
conforto, segurança e desempenho eficiente; 
• bullet	
a NBR 9050, que estabelece critérios e parâmetros técnicos a 
serem observados quanto ao projeto, construção, instalação e 
adaptação do meio urbano e rural, e de edificações às 
condições de acessibilidade; 
• bullet	
e a NBR 8995-1, que especifica os requisitos de iluminação 
para locais de trabalho internos e os requisitos para que as 
pessoas desempenhem tarefas visuais de maneira eficiente, 
com conforto e segurança durante todo o período de 
trabalho. 
Mobiliário corporativo 
As salas comerciais precisam otimizar seus espaços e propiciar ao 
colaborador um espaço adequado às suas atividades. Os móveis planejados 
ocupam uma boa fatia do público corporativo. Isso faz com que se estabeleça 
uma uniformidade de layout, com mobiliários pensados e projetados para 
cada espaço. 
	
Figura 6 - Mobiliário Corporativo. 
Fonte: iStock 
CONTINUE	
 
 
Projeto de Interiores Comerciais e Especiais - UNIDADE IPULAR PARA A AULA 
80% COMPLETO 
Projeto de Interiores Comerciais e Especiais - UNIDADE IPULAR PARA A AULA 
80% COMPLETO 
1. UNIDADE 1 
0. 	
Apresentação Apresentação 100 Percent Complete 
 
1. 	
IntroduçãoIntrodução 100 Percent Complete 
 
2. 	
Arquitetura ComercialArquitetura Comercial 100 Percent Complete 
 
3. 	
Projetos CorporativosProjetos Corporativos 100 Percent Complete 
 
4. 	
Projetos de Espaços de ServiçosProjetos de Espaços de Serviços 91 
Percent Complete 
 
	
Seção 4 - 
Projetos Corporativos 
	
Projetos de Espaços de Serviços 
Seção 5 de 5 
	
Vamos, antes de tudo, conhecer o que são as empresas que são prestadoras 
de serviço: são as instituições que fazem alguma tarefa para outras pessoas e 
para outras empresas, ajudando e facilitando a vida deste público, que pode, 
com o auxílio destas prestadoras de serviço, focar em seus próprios 
negócios. 
Em termos conceituais, podemos dizer que uma prestação de serviço é um 
tipo de atividade econômica, onde não existe, efetivamente, um produto 
como resultado, ou seja, o que está sendo negociado entre as partes é um 
“serviço”. Existem vários tipos de empresa e de profissionais liberais que 
prestam serviços para pessoas ou para outras empresas. Abaixo estão 
listados alguns prestadores de serviço: 
• bullet	
hotéis e pousadas; 
• bullet	
escolas e instituições de ensino; 
• bullet	
agências de viagens e de turismo; 
• bullet	
serviços de segurança, manutenção, limpeza, jardinagem; 
• bullet	
academias; 
• bullet	
médicos; 
• bullet	
dentistas; 
• bullet	
arquitetos; 
• bullet	
Designers de Interiores. 
Tenho a certeza de que você notou que nós estamos nesta lista, não é? O que 
nós, designers de interiores, fazemos, é uma prestação de serviços. Somos 
contratados pelos nossos clientes para concretizar seus sonhos, e este 
trabalho é considerado uma prestação de serviços. 
Depois de conhecer o tipo de empreendimento que seu cliente tem, ou deseja 
abrir, vamos começar a executar uma pesquisa de casos de sucesso, para que 
possamos ter ideias a respeito do que vamos executar e também uma base a 
respeito de projetos semelhantes que funcionaram de forma exitosa. 
Caso seja possível, pode ser interessante visitar algumas dessas empresas, 
verificando in loco como o projeto funciona, fazendo uma análise crítica a 
respeito do projeto e criando uma base sobre a qual você vai conseguir 
projetar. 
Preste bastante atenção neste momento: não estamos falando sobre copiar 
ou fazer um projeto semelhante, mas sim sobre uma pesquisa crítica e 
analítica, com a intenção de agilizar e simplificar o seu trabalho! 
A ideia por trás desta pesquisa de casos é apenas facilitar sua tarefa, 
adquirindo algum conhecimento técnico a respeito do projeto a ser 
executado. 
Caso você precise projetar um cinema em algum momento da sua vida 
profissional, será mais simples conhecer alguns projetos existentes e as 
razões técnicas pelas quais eles foram executados desta forma do que tentar 
descobrir tudo sozinho em seu escritório, não é mesmo? É sobre isso que 
estamos falando ao mencionar o estudo de caso! 
Mobiliário de Serviços 
Por haver uma enorme gama de empresas que se enquadram nesse tipo de 
projeto, é impossível definir um ou alguns tipos de mobiliário que se 
adequem a todos esses ambientes. Uma academia, por exemplo, terá um 
projeto totalmente diferente de uma instituição de ensino. No entanto, é 
importante ressaltar algumas informações acerca desse tipo de projeto. 
	
Em uma academia, é importante conhecer os equipamentos a serem 
utilizados, o movimento que fazem e para que servem, a fim de 
setorizar espaços e prever a locação de cada maquinário sem 
atrapalhar a circulação enquanto estiver sendo utilizado. Além disso: 
qual o piso ideal? Que tipo de iluminação é adequada para o espaço? 
É indispensável a consulta às NBRs antes citadas (NR17, NBR NBR 9050,e 
NBR 8995-1), além das NBRs específicas de cada tipo de ambiente, da 
legislação local, orientações de corpo de bombeiros entre outros. 
Os ambientes necessários para o funcionamento do projeto deverão ser 
consultados através da legislação local, necessidades do cliente, avaliação de 
estudos de caso e normas técnicas. 
O mobiliário desenvolvido deve ser pensado, sempre que possível, baseado 
nos princípios do desenho universal e com materiais resistentes. 
	
Saiba Mais 
Design Universal ou Design Total ou Design Inclusivo, que significa "design 
que inclui" e "design para todos", é um enfoque no design de produtos, 
serviços e ambientes, a fim de que sejam usáveis pelo maior número de 
pessoas possíveis independente de idade, habilidade ou situação. 
Sintetizando:	
Nesta unidade, pudemos conhecer sobre os tipos de projetos 
comerciais, seu funcionamento, mobiliário e características. 
Aprendemos sobre zonas e setorização, e onde pesquisar referências 
e normas para iniciar nosso projeto. Na próxima, veremos os 
caminhos pelos quais o projeto passa, desde sua captação até a 
entrega final: briefing, estudos preliminares, projeto executivo e 
mais.	
Bons estudos e até lá! 	
 
Atividade de Autoaprendizagem 1 
10 DE 10 QUESTÕES RESTANTES 
Conteúdo do teste 
1. 	
Pergunta	1	
0	ponto	
É	um	tipo	de	móvel	muito	utilizado	para	a	exposição	de	produtos,	especialmente	os	que	estão	
em	destaque,	como	os	lançamentos	ou	as	promoções.	Esse	é	um	dos	tipos	de	mobiliário	que	
permitem	que	o	Designer	de	Interiores	crie	uma	peça	exclusiva	para	o	projeto,	de	tal	maneira	
que	estas	peças	tenham	uma	relação	mais	direta	com	o	estilo	da	loja.	A	qual	tipo	de	móvel	
estamos	nos	referindo?	
0. Caixas.	
1. Mesas.	
2. Cremalheira.	
3. Gôndola.	
4. Arara.	
2. 	
Pergunta	2	
0	ponto	
Certamente	é	um	dos	pontos	mais	importantes	do	projeto	de	arquitetura	comercial.	Entre	
tantas	cores	e	texturas,	os	elementos	gráficos	–	como	marcas	e	logotipos	–	devem	ser	
inseridos	harmoniosamente	no	todo,	buscando	uma	melhor	comunicação	entre	público	e	
empresa.		
Com	base	no	texto	acima,	podemos	afirmar	que	estamos	nos	referindo	especificamente:	
0. À	vitrine.	
1. À	fachada.	
2. Ao	mobiliário.	
3. À	circulação.	
4. À	iluminação.	
3. 	
Pergunta	3	
0	ponto	
O	mobiliário	comercial	e	de	serviços	tem	como	objetivo	aliar	funcionalidade	e	estética	ao	
projeto	arquitetônico,	com	foco	na	promoção	da	marca	ou	do	produto.	São	vários	os	
elementos	que	compõe	o	projeto	que	buscaatender	o	usuário	final	de	acordo	com	suas	
expectativas.	Leia	as	afirmações	abaixo:	
Os	materiais	já	possuem	fabricação	em	série,	outros	necessitam	de	produção	personalizada,	
atendendo	às	necessidades	do	arquiteto	quanto	ao	projeto	desenvolvido.	
A	necessidade	de	personalização	do	mobiliário	comercial	é	de	extrema	importância	para	
projetos	bem	desenvolvidos,	que	atendam	à	demanda	sob	medida	e,	como	se	espera,	
concedam	resultados	satisfatórios	e	funcionais.	
Os	componentes,	sejam	araras,	gôndolas	ou	outros	acessórios	e	expositores,	atendem	a	todo	
tipo	de	loja	devido	ao	grande	número	de	opções	oferecidas.	
Podemos	afirmar	que:	
0. Somente	I	e	II	estão	corretas.	
1. Somente	II	está	correta.	
2. Somente	II	e	III	estão	corretas.	
3. Somente	I	está	correta.	
4. Todos	as	afirmações	estão	corretas.	
4. 	
Pergunta	4	
0	ponto	
Com	base	no	layout	esquemático	para	a	disposição	dos	expositores,	nas	imagens	abaixo	
mencionadas,	podemos	identificar	na	sequência	que	são:	
	
 
	
0. A	e	B	são	disposições	favoráveis.	
1. A	–	Disposição	equivocada;	B	–	Disposição	favorável.	
2. B	–	Disposição	com	risco	de	acidentes	com	o	usuário	final.	
3. A	e	B	são	disposições	equivocadas.	
4. A	–	Disposição	favorável;	B	–	Disposição	equivocada.	
5. 	
Pergunta	5	
0	ponto	
As	normas	da	ABNT	possuem	relevância	quando	efetivamente	atreladas	aos	projetos	de	
desenho	técnico.	Dessa	forma,	podemos	afirmar	que:	
I	–	Servem	de	padronização	para	o	entendimento	do	desenho,	independente	do	seu	
segmento.	
II	–	Permitem	ao	engenheiro	a	possibilidade	de	adequação	dos	seus	projetos,	de	acordo	com	
o	conjunto	de	pranchas	desenvolvidas.	
III	–	Permitem	ao	designer	o	desenvolvimento	de	projetos	de	ordem	sustentável,	desde	que	
apoiadas	nas	normas	oriundas	de	cada	NBR.	
Com	base	nas	informações	citadas	acima,	podemos	afirmar	que	a	alternativa	correta	é:	
0. Somente	I	e	III	estão	corretas.	
1. Somente	II	está	correta.	
2. Somente	III	está	correta.	
3. Somente	I	está	correta.	
4. Somente	I	e	II	estão	corretas.	
6. 	
Pergunta	6	
0	ponto	
A	escolha	da	planta	de	circulação	de	uma	loja	é	uma	definição	muito	importante.	Esse	tipo	de	
circulação	é	o	mais	econômico,	pois	utiliza	mobiliário	padronizado	e	uma	iluminação	mais	
simples	e	direta.	Essa	opção	pode,	no	entanto,	deixar	a	loja	muito	carregada,	tirando	o	foco	de	
um	tipo	de	produto,	ao	não	privilegiar	nenhuma	área.	Qual	é	esse	tipo	de	circulação?	
0. Planta	Diagonal.	
1. Planta	Geométrica.	
2. Planta	Mista.	
3. Planta	Angular.	
4. Planta	Reta.	
7. 	
Pergunta	7	
0	ponto	
Esse	tipo	de	planta	apresenta	curvas	e	ângulos	criados	no	interior	da	loja;	o	uso	desta	opção	é	
mais	comum	em	lojas	de	padrão	mais	alto,	já	que	existe	uma	considerável	perda	de	área,	e	a	
maior	parte	do	mobiliário	é	feito	sob	medida.	Como	este	tipo	de	planta	é	conhecido?	
0. Planta	Reta.	
1. Planta	Angular.	
	
2. Planta	Mista.	
3. Planta	Geométrica.	
4. Planta	Diagonal.	
8. 	
Pergunta	8	
0	ponto	
A	setorização	nos	ajuda	a	entender	a	localização	dos	espaços	em	uma	loja.	Em	um	
determinado	espaço	estarão	os	lançamentos	e	as	coleções	mais	recentes.	Esse	setor	é	
responsável	por	confirmar	o	interesse	do	consumidor,	garantindo	a	permanência	dele	na	
loja,	por	isso	está	localizado	logo	após	as	vitrines	e	displays.	Qual	é	esse	setor?	
0. Aço.	
1. Prata.	
2. Ouro.	
3. Platina.	
4. Bronze.	
9. 	
Pergunta	9	
0	ponto	
A	preocupação	com	a	acessibilidade	deve	permear	todos	os	nossos	projetos.	Para	evitar	
dúvidas	e	erros,	existem	alguns	parâmetros	que	devem	ser	seguidos,	reunidos	em	uma	NBR.	
Qual	é	essa	NBR?	
0. 15575.	
1. 3578.	
2. 5050.	
3. 9050.	
4. 8462.	
10. 	
Pergunta	10	
0	ponto	
O	termo	Merchandising	Visual	é	aparentemente	novo	no	Brasil,	mas	possui	grande	relevância	
quando	falamos	de	arquitetura	de	interiores	voltada	ao	âmbito	comercial.	Sendo	assim,	
analise	as	afirmações	a	seguir.	
I	–	O	objetivo	principal	de	projetos	comerciais	é	a	interação	com	o	consumidor.	
II	–	Uma	loja	precisa	ser	organizada	e	confortável,	de	modo	que	o	consumidor	que	entrou	
nela	também	consuma.	
III	–	O	consumidor	precisa	reconhecer	e	valorizar	a	marca,	transformando-se	em	cliente.	
Assinale	a	alternativa	correta:	
0. Somente	I	e	III	estão	corretas.	
1. I,	II	e	III	estão	corretas.	
2. Somente	I	e	II	estão	corretas.	
3. Somente	I	está	correta.	
4. Somente	II	está	correta.	
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UNIDADE 2 
 
 
Projetos de Interiores Comerciais e Especiais - UNIDADE IIPULAR PARA A AULA 
0% COMPLETO 
Projetos de Interiores Comerciais e Especiais - UNIDADE IIPULAR PARA A AULA 
0% COMPLETO 
1. UNIDADE 2 
0. 	
IntroduçãoIntrodução 60 Percent Complete 
 
1. 	
Metodologia de ProjetoMetodologia de Projeto 0 Percent Complete 
 
2. 	
Projeto executivo e detalhamentoProjeto executivo e detalhamento 0 
Percent Complete 
 
Introdução 
Seção 1 de 3 
	
Nesta unidade, trabalharemos possíveis metodologias de projeto, para 
entender como funciona o processo de elaboração dele, desde a captação até 
a entrega. Falaremos sobre todas as etapas, incluindo o briefing, que é uma 
peça-chave para a elaboração de um projeto conforme esperado por cada 
cliente. Aprenderemos a montar um programa de necessidades e a fazer 
estudos de caso. Veremos também sobre a documentação de todas essas 
informações: o nosso desenho técnico. Bons estudos! 
Objetivos da Unidade 
• bullet	
o Entender e ser capaz de adotar uma metodologia de projeto; 
o Criar um modelo de briefing para utilizar com potenciais 
clientes; 
o Gerar ideias e escolher alternativas; 
o Documentar o projeto em forma de desenhos técnicos. 
o Elucidar conceitos sobre segurança operacional. 
 
 
Metodologia de Projeto 
Seção 2 de 3 
	
Pronto para começar nosso projeto comercial? Talvez você se sinta 
preocupado ou mesmo assustado diante desta perspectiva. Isto é, começar um 
projeto a partir do zero pode ser uma ideia intimidante. Esta é uma sensação 
comum, já que muitas vezes não sabemos como iniciar um projeto sem saber 
como ele vai acabar. O que fazer? Esperar a ideia genial? Começar a pesquisar? 
Como começar? 
O que é metodologia 
	
Para começar, vamos assistir a um vídeo para contextualizar seu 
aprendizado? Cheque ele a seguir: 
Existem algumas ferramentas que podem nos ajudar neste momento, que são 
chamadas de “metodologias de projetos”. Vários pesquisadores têm tentado 
sistematizar o processo de criação de projetos seguindo algum tipo de 
metodologia. Segundo o professor Gustavo Bomfim, da Pontifícia 
Universidade Católica do Rio de Janeiro, metodologia “é o estudo dos 
métodos, técnicas e ferramentas e de suas aplicações à definição, organização 
e solução de problemas teóricos e práticos” (BOMFIM, 1995, p. 7). Ou seja, 
foram estudadas as maneiras que vários profissionais utilizam para a 
resolução dos seus problemas e dos seus projetos, e, a partir destes estudos, 
foram sistematizadas as maneiras utilizadas, para tentar ajudar os 
novos designers a criar um caminho e desenvolver um método para a criação 
de seus projetos. 
Cada pesquisador e estudioso vai sistematizar a metodologia utilizada por 
empresas e profissionais, mas, de forma geral, é possível compreender a ideia 
de desenvolvimento de projeto a partir de alguns passos, que você 
provavelmente já conhece e até mesmo já usa, mas talvez nem tenha se dado 
conta. 
Vamos pensar a nossa metodologia para os projetos comerciais, mas você vai 
ver que existe uma semelhança muito grande com todos os tipos de projeto 
que você puder imaginar. Esse é um dos pontos positivos no desenvolvimento 
de uma metodologia de projeto: ela vale para a maior parte dos projetos, e, o 
que é mais importante, você vai conseguir sistematizar seu pensamento, de 
forma a organizar suas ideias e conseguir desenvolver o trabalho. 
Etapas de uma metodologia 
 
Os passos comuns a grande parte das metodologias de projeto podem ser 
resumidos conforme o esquemaabaixo: 
 
Briefing ou levantamento de necessidades; 
Criação de alternativas; 
Definição da alternativa mais efetiva; 
Desenho executivo e detalhamento. 
 
É claro que podemos colocar mais algumas etapas, em função de diferenças 
de levantamento por parte do pesquisador ou estudioso, bem como do 
profissional que usa essa metodologia. A criação de alternativas, por exemplo, 
pode ser dividida em brainstorming, seleção de alternativas e 
desenvolvimento de alternativas, mas é possível perceber que estas quatro 
etapas resumem de maneira efetiva o processo. 
Você certamente já tentou, em algum momento, a criação de um projeto com 
o uso dessas etapas e também sem a ajuda delas, e deve ter notado que, ao não 
fazer algum desses passos, o trabalho ficou mais difícil. Quando não fazemos 
o briefing, por exemplo, ou quando tentamos criar um projeto sem um cliente 
em mente, as dificuldades são enormes, pois qualquer solução pode 
funcionar, e isto, mesmo que pareça mais simples, será um grande problema, 
não é mesmo? 
	
DEFINIÇÃO 
Briefing: conjunto de informações ou uma coleta de dados passados 
em uma reunião para o desenvolvimento de um trabalho ou 
documento. 
Assista ao vídeo a seguir para ampliar seus conhecimentos: 
Por isso, o primeiro passo no desenvolvimento de nosso projeto é o briefing. 
Essa etapa, que é primordial, consiste no levantamento, ou na coleta, dos 
dados necessários para a execução do trabalho. Dito dessa maneira, 
o briefing parece ser uma coisa simples e rápida de ser feita, não é? 
Por esse motivo, muitos designers acabam desvalorizando esse primeiro 
passo, ou fazendo a sondagem de forma superficial ou simplista, e acabam 
tendo um trabalho muito grande, pois terão de refazer algumas, ou várias, das 
etapas do projeto e do detalhamento. 
Um briefing deve conter perguntas pertinentes e que o ajudem a efetivamente 
entender o cliente e suas necessidades, ou seja, é necessário que você consiga 
compreender quais os problemas e as carências que precisam ser resolvidas 
para que ele possa usufruir de forma plena os ambientes que estão sendo 
projetados. 
Briefing comercial 
No caso do projeto comercial, o briefing é um pouco mais específico e 
complicado, pois muitas vezes não estamos projetando para um cliente em 
especial, mas sim para o público que vai frequentar o espaço. Sendo assim, é 
preciso conhecer o público-alvo do nosso cliente, para que o espaço seja 
interessante e agradável para os usuários, seja uma loja, que faça com que os 
compradores entrem e consumam, seja um consultório, que faça com que os 
pacientes se sintam tranquilos, ou um escritório, onde clientes e funcionários 
sejam produtivos. 
Para este briefing, você precisa fazer alguns questionamentos antes de 
começar a pensar nas possibilidades de projeto que existem: por exemplo, 
qual produto será ofertado no espaço, e como o cliente imagina que este 
produto deverá ser ofertado. Outro fator fundamental para o sucesso de um 
projeto comercial é saber que tipo de público o cliente quer atender; ou seja, o 
público-alvo está na classe “A”, “B” ou “C”? Muitas vezes a definição do tipo 
de público-alvo vai ajudar você a saber como será o método de venda, isto é, 
se os clientes terão o auxílio de um vendedor, ou se será feito o 
autoatendimento, onde o cliente escolhe o que quer e vai direto ao caixa. De 
forma geral, os públicos das classes “A” e “B” preferem a ajuda de 
vendedores, enquanto o público da classe “C” prefere o autoatendimento. 
Também é importante conhecer as características da marca, como cores, 
tipografia, estilo das lojas, entre outras características. Caso a marca pertença 
a uma rede, significa que você terá parâmetros mais rígidos para seguir, ao 
passo que uma loja única apresenta uma liberdade criativa maior. 
Curiosidade 
Quando uma marca é desenvolvida para uma empresa, por 
profissionais especializados, existe um estudo acerca das cores, da 
fonte, das aplicações e de diversos fatores que visam a atrair e 
encantar o público-alvo daquela empresa. Por isso, sempre que 
possível, peça para ter acesso ao “manual da marca” da empresa. Ele 
pode ajudar muito no desenvolvimento do projeto. 
 
É possível perceber como essas perguntas simples e iniciais já começam a dar 
um direcionamento para seu projeto, colocando ou eliminando itens que 
devem fazer parte de um ou de outro tipo de projeto, certo? Perceba que ambos 
são projetos de loja, que podem inclusive estar em lugares próximos, mas, por 
atenderem a públicos com perfis diferentes, possuem uma estrutura, um 
layout e um mobiliário distintos um do outro. 
Briefing de serviços 
Saber fazer as perguntas certas, sem desviar o foco, é um desafio para muitos 
profissionais, que pensam que o briefing é uma “conversa” que manterão com 
o cliente. Na verdade, o briefing é uma reunião de negócios, um 
questionamento direcionado, onde você vai tentar conseguir o maior número 
de informações possíveis para iniciar seu projeto. 
É interessante que você leve um roteiro, com perguntas-chave, para resolver 
suas questões. Também é importante saber conduzir esse questionamento 
como se fosse uma conversa, isto é, seu cliente não pode ficar constrangido, 
como se estivesse sendo interrogado. Encare a reunião de briefing como uma 
conversa direcionada a tirar as suas dúvidas. Faça uma pequena lista onde 
constam as principais dúvidas que tiver. 
	
Ter roteiros, guias e checklists facilita o dia a dia e evita que algum ponto 
importante seja esquecido no processo do projeto. Com calma, elabore 
seus guias, e tente melhorá-los a cada novo projeto. 
Abaixo segue uma lista com algumas das perguntas mais básicas que um 
briefing para a execução de um projeto de espaço de prestação de serviço deve 
conter. Consta, ainda, uma pequena explicação a respeito das perguntas, já 
que você pode eleger quais das questões serão pertinentes e interessantes 
para cada cliente, ou, a partir delas, criar outras, que sejam mais importantes 
para um cliente específico. 
O espaço já está definido, isto é, o cliente já decidiu em qual local o 
empreendimento será instalado? 
Um dos serviços que você pode oferecer ao seu cliente é um tipo de assessoria 
que irá ajudá-lo a escolher um espaço adequado ao tipo de negócio que ele 
pretende implantar. 
Caso o espaço já esteja definido, o cliente possui os desenhos técnicos 
referentes à edificação? 
Caso ele não possua as plantas, cortes e fachadas, pode ser necessário 
executar um levantamento métrico e fotográfico dessas áreas. 
Qual o tipo de prestação de serviço que será feito no local, ou seja, qual 
o tipo de empreendimento que o cliente pensa em abrir? 
O seu projeto será todo balizado por esse empreendimento. 
Caso o espaço já esteja definido e o tipo de empreendimento a ser 
instalado no local também já seja conhecido, é possível que esse tipo de 
negócio seja instalado neste espaço? 
Em algumas cidades, existem legislações a respeito de empreendimentos em 
determinados locais. É preciso também estudar as dimensões necessárias 
para o tipo de empreendimento que seu cliente deseja abrir. Deve-se verificar 
tudo o que é preciso para que as coisas funcionem a contento na edificação 
escolhida. 
O cliente conhece sobre esse ramo? 
Caso a resposta seja afirmativa, é preciso entender o quanto ele conhece e até 
que ponto esse cliente pode lhe passar as informações técnicas relativas às 
necessidades deste tipo de empreendimento. Isso significa que a pessoa pode 
saber com o que quer trabalhar, mas não vai necessariamente saber as 
necessidades técnicas que estão envolvidas com este trabalho. 
Já existe um conceito a ser seguido? 
É preciso saber se o seu cliente deseja seguir algum tipo de padrão de cores, 
materiais e acabamentos ou se você terá a liberdade criativa de sugerir o que 
for definido em seu projeto. 
Acontecerá a visita de clientes ou serão apenas os funcionários que 
trabalharão no espaço? 
Isso vai ajudar a definir se haverá uma recepção, um espaço de espera e um 
posto de trabalho parauma recepcionista, ou se toda a área do imóvel pode 
ser ocupada por funcionários. 
Existe acessibilidade? 
É preciso conhecer o tipo de empreendimento e o público-alvo para que seja 
feito um projeto de adaptação que possibilite a acessibilidade em toda a 
edificação. Assim, deve-se verificar a colocação de rampas, plataformas 
elevatórias, banheiros adaptados, entre outras providências que podem ser 
tomadas. 
Será preciso um projeto de segurança? 
Pode ser preciso executar um projeto para a proteção contra incêndios, 
determinando as rotas de fuga, o posicionamento de extintores etc. 
Será preciso tomar algum cuidado especial para que o 
empreendimento seja instalado no local? 
Pode ser necessário que se faça o isolamento acústico dentro do ambiente, 
evitando que o som de dentro do espaço incomode os vizinhos. Ou então a 
instalação de aparelhos de ar-condicionado, para garantir o conforto térmico 
dos frequentadores. 
Essas perguntas são uma base para os projetos de interiores de 
empreendimentos de serviço. Algumas das questões podem ser colocadas 
para todas as empresas, enquanto outras são mais indicadas para um tipo 
específico de negócio. Além dessas perguntas, será preciso, evidentemente, 
acrescentar aquelas que são mais características da empresa de seu cliente, 
como o uso e instalação de maquinário, a quantidade de funcionários, a 
necessidade de uniformes (que indicará a necessidade de um vestiário), entre 
outras. 
De maneira semelhante ao que fazemos em um briefing para um projeto de 
interiores residenciais, é interessante que você tenha um formulário básico, 
como este, e vá acrescentando perguntas e questionamentos específicos para 
clientes com características diferentes. 
Programa de necessidades 
	
Após o briefing e a pesquisa, dependendo da complexidade do projeto em 
execução, pode ser interessante criar um programa de necessidades. Mas o 
que é um programa de necessidades? Trata-se de um programa feito a partir 
do levantamento das necessidades do projeto, tanto as que foram levantadas 
através do briefing como as que foram levantadas pelos estudos de caso. 
	
DICA 
A depender do tipo do projeto, existem ambientes que são exigidos por 
lei. Para cada projeto, é necessário estar atento às normas do local, 
sejam elas a legislação da cidade ou o manual do centro comercial onde 
a loja estará implantada. No caso de locais de saúde ou alimentação, é 
necessário que seja consultada também a ANVISA 
Esse programa inclui todos os espaços que devem ser criados. Também é 
possível colocar a área útil aproximada que cada um desses espaços precisa 
ter. Além disso, é possível fazer um fluxograma que indicará as ligações entre 
esses espaços, dando uma ideia de como será a circulação dentro da 
edificação. 
	
Figura 1 - Fluxograma. Fonte: O Autor (2020) 
No fluxograma, é possível entender, de forma visual, como funciona a 
circulação dessa residência: a entrada principal se dá através de um hall de 
distribuição, e através dele podemos nos dirigir para a cozinha ou para a sala 
de estar. Note que isso não significa que estamos falando sobre espaços 
fechados ou separados, mas sim sobre a circulação imaginada para o espaço. 
Podemos ver, por exemplo, que só é possível acessar a área de serviço através 
da cozinha. Também podemos notar que só é possível chegar aos banheiros 
através dos quartos, o que nos indica que temos apenas suítes nesta 
edificação. Você consegue ver como podemos obter muitas informações do 
projeto através de um fluxograma? Nosso trabalho é facilitado ao permitir 
entender como as pessoas circularão pelo espaço, pois, assim, podemos 
direcionar o público de maneira mais eficiente. O programa de necessidades e 
o fluxograma vão encerrar a primeira fase da nossa metodologia de projeto. 
A fase seguinte da metodologia é a geração de ideias, ou seja, colocar no papel 
as ideias que você tem para o espaço de seu cliente. Essas ideias devem ter 
como parâmetro o que foi pesquisado na fase anterior, e é interessante que 
você coloque todas as suas ideias no papel, sem censura, apenas com o foco 
na solução do projeto e das necessidades de seu cliente. 
Estudos de caso 
Uma das alternativas para estimular a criação de ideias é o estudo de projetos 
que tenham características semelhantes ao projeto que você vai criar. É uma 
prática muito comum na área de criação e é importante estarmos atentos ao 
que acontece e às novidades em nossa área de trabalho. O acompanhamento 
semanal ou até diário de sites de referência e de revistas (digitais ou físicas) 
nos permite conhecer o trabalho de outros profissionais e lançamentos de 
tendências, cores, materiais e mobiliário. Perceba que a ideia aqui não é copiar 
as soluções adotadas por outros profissionais, mas sim perceber como tais 
opções podem ser adaptadas às suas necessidades ou auxiliar na criação de 
novas soluções a partir de um repertório que você possui. 
Para que possamos pensar em um exemplo concreto, o que você acha de 
criarmos uma escola de idiomas de pequeno porte? Isso vai nos permitir 
exercitar nossa criatividade tendo uma meta definida. 
O início dos estudos de caso, como o próprio nome indica, é a pesquisa de 
projetos semelhantes, ou que tenham características similares ao nosso, e que 
nos ajudem a entender como outros profissionais resolveram problemas. 
Lembre-se que esta é uma análise crítica, ou seja, é interessante perceber as 
coisas que funcionam de forma correta, mas também os pontos que podem 
ser mais eficientes. A forma de executar essa etapa varia conforme a 
disponibilidade de material de pesquisa que você encontra e a especificidade 
do projeto no qual você está trabalhando. 
É claro que uma de nossas principais fontes de pesquisa será a internet. Mas, 
neste momento, é preciso que façamos uma ressalva, que eu tenho certeza de 
que você já ouviu, mas que sempre é bom reforçar: cuidado com os resultados 
de suas pesquisas na internet e com sites que não são confiáveis. Sempre que 
possível, confirme seus resultados em mais de uma fonte, verificando se o que 
está sendo dito em um lugar é o mesmo que está sendo afirmado em outro. De 
qualquer forma, é claro que na internet temos uma forma prática e 
abrangente para encontrar informações e ideias. No caso de nossa escola de 
idiomas, por exemplo, conseguiremos uma seleção de opções muito grande. 
É importante definir alguns parâmetros a respeito do que você vai pesquisar, 
indicando, por exemplo, espaços, áreas, estilos, além outros critérios que vão 
nos direcionar e ajudar em nossa pesquisa. 
O estudo de caso envolve, ainda, a visita a espaços que tenham a mesma 
função que o espaço que estamos projetando. Nem sempre essas visitas são 
possíveis ou permitidas. Por isso, uma das qualidades de um designer de 
interiores é a curiosidade: vamos sempre estudar os espaços que visitamos, 
tentando entender o fluxo de pessoas e materiais, a circulação entre os 
espaços, e até mesmo as dimensões dessas áreas, mesmo que não tenhamos 
uma necessidade imediata deste conhecimento. Isso significa que quando 
você vai a uma clínica médica, por exemplo, é interessante perceber como ela 
funciona e os espaços que a compõem, fazendo uma análise crítica do espaço, 
percebendo se a paleta de cores escolhida está correta, se a iluminação é boa, 
se o fluxo de pacientes e funcionários é eficiente e prático, entre outras coisas. 
Pode ser que você nunca venha a projetar uma clínica médica, mas exercitar 
uma visão crítica o ajudará em todos os projetos que você vier a executar. 
Além da sua pesquisa de casos, outra coisa a ser feita quando trabalhamos 
com projetos mais complexos como esse é o programa de necessidades: listar 
todos os ambientes que serão necessários para o bom funcionamento do 
espaço. Esse programa pode ser considerado uma etapa anterior à execução 
do fluxograma. 
No fluxograma, mostramos como os ambientes são interligados, criando um 
fluxo de circulação que alimentará nosso projeto. O programa de necessidadescria uma relação com todos esses ambientes sem, necessariamente, indicar 
qual a conexão entre eles. 
Para uma escola como a que estamos projetando, já conhecemos alguns 
espaços que frequentamos, como as salas de aula. Mas quais espaços são 
necessários para o funcionamento de uma escola de idiomas? Vamos fazer 
uma lista, a partir do que foi levantado em nosso briefing e em nossas 
pesquisas. 
Lista de espaços necessários em uma escola de idiomas: 
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Recepção/sala de espera; 
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Biblioteca; 
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Sanitários; 
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Salas de aula; 
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Sala de professores; 
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Secretaria; 
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Arquivo; 
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Administração. 
Podemos, ainda, fazer a separação desses espaços por tipo de uso, definindo 
quais serão utilizados apenas por alunos, apenas por funcionários, ou por 
todos. Podemos, por exemplo, ter sanitários para os funcionários que não 
possam ser acessados por alunos. Essa separação também pode nos ajudar na 
construção do fluxograma. Com os espaços necessários listados, podemos 
começar a pensar em nosso fluxograma, ou seja, nas interligações que 
desejamos entre esses espaços, imaginando a melhor circulação entre eles, 
bem como as áreas que eles precisam possuir. 
Um arquivo para uma escola de idiomas, por exemplo, pode se resumir a um 
armário, que pode ficar no espaço da secretaria, onde ficam as fichas dos 
alunos, ou pode ser um cômodo reservado para este fim, com arquivos de aço, 
que podem guardar os históricos dos alunos, bem como os diplomas e 
certificados. Esse arquivo pode, ainda, existir apenas em formato digital, não 
necessitando sequer de um espaço físico. Essas definições serão obtidas 
através do briefing que foi feito previamente com o cliente, que definirá o 
tamanho da escola e o número de alunos que vão frequentar o espaço. Isso 
mostra a importância e a influência do briefing em nosso projeto, não é 
mesmo? 
O mesmo raciocínio será empregado em todos os ambientes que estiverem 
listados no programa de necessidades, descobrindo qual a sua função e quais 
as dimensões necessárias para o exercício dela. Por exemplo, uma sala de aula 
para cinco alunos terá uma dimensão diferente de uma sala de aula para 
quinze alunos. E onde essas informações serão coletadas? Isso mesmo! 
No briefing. Lembre-se, quem possui as informações a respeito do 
empreendimento e suas necessidades é seu cliente. 
A partir do levantamento do programa de necessidades, podemos iniciar a 
construção de nosso fluxograma, definindo a circulação dentro do espaço. É 
possível perceber que a quantidade de trabalho é proporcional à complexidade 
do projeto a ser executado, não é mesmo? Quanto maior e mais complexo o 
espaço a ser projetado, maior a importância de que o programa de 
necessidades seja bem feito e de que o fluxograma seja executado. Essas 
ferramentas permitirão que o projeto seja entendido de maneira mais 
simples. Na figura a seguir, temos um exemplo de fluxograma pensado para 
este projeto. 
	
Figura 2 - Fluxograma. Fonte: O Autor (2020) 
Analisando o fluxograma, podemos ver que o projeto inicia na recepção, que 
também funciona como sala de espera. Esse é o ponto de entrada de alunos, 
professores e funcionários. É claro que podemos ter entradas diferentes para 
públicos diferentes, mas o mais comum em projetos pequenos como esse é 
que exista apenas uma entrada. 
A partir dessa entrada, temos uma separação de fluxo, ou seja, a partir da 
recepção, cada um dos públicos que utiliza o espaço acessará uma área 
diferente da edificação. Os estudantes podem acessar a biblioteca ou as salas 
de aula. Podem, ainda, acessar os sanitários a partir desses dois espaços ou da 
recepção e, por isso, os sanitários exibem uma linha de ligação para todas 
essas áreas. 
Lembre-se que essas conexões e ligações são definidas pelo designer de 
interiores. Isso significa que você, por exemplo, pode decidir que os sanitários 
só serão acessados a partir da recepção, ou seja, os alunos terão que sair da 
sala de aula ou da biblioteca e retornar à recepção para então acessarem os 
sanitários. Esse esquema pode ser alcançado com o uso de divisórias ou com 
a construção de paredes, mas, de qualquer modo, as decisões que forem 
tomadas no fluxograma ajudarão a definir como será feita a circulação no 
projeto. É fácil entender isso, agora que conseguimos visualizar o conjunto de 
maneira gráfica, não é mesmo? 
Os professores, por sua vez, a partir da recepção, podem ir para a sua sala ou 
para os mesmos ambientes que são frequentados pelos alunos, como as salas 
de aula ou a biblioteca. Os funcionários podem circular por todos os ambientes 
sobre os quais já falamos, mas, provavelmente, irão para a secretaria e a partir 
daí para os arquivos e para a administração. 
É importante que você perceba que não é preciso que esses ambientes sejam 
separados ou constituídos por salas diferentes. A administração e a secretaria 
podem ocupar até o mesmo espaço, mas a separação é importante para que 
consigamos entender o projeto de forma mais clara, mesmo que ela não seja 
uma separação física, feita com paredes ou divisórias. 
A separação entre usos de um mesmo ambiente pode ser feita de várias outras 
formas além do uso de divisórias, como com o uso de tipos diferentes de piso 
ou com o mesmo tipo de piso com cores ou texturas diferentes. Também é 
possível utilizar biombos. Além dessas opções, podemos fazer uma diferença 
no nível dos pisos, criando degraus ou diferenças no rebaixo do teto, criando 
pés-direitos diferentes, que também definem usos diferentes. É importante 
que o designer de interiores utilize essas opções, pois isso manterá um 
espaço. 
Geração e escolha de alternativas 
De acordo com o professor Mike Baxter, “a geração de ideias é o coração do 
processo criativo” (2008, p. 61), ou seja, nessa fase inicial de geração de 
alternativas, é interessante que você não se limite ou crie obstáculos para a 
sua imaginação. Na maior parte das vezes, os croquis feitos à mão livre serão 
mais rápidos e simples do que o desenho feito em um computador, 
dependendo do seu domínio dessa ferramenta. 
Existem vários métodos para ajudar a estimular a sua criatividade e existe 
uma vasta literatura a respeito, com ferramentas e técnicas que podem 
aumentar a concepção de ideias. O professor Baxter comenta que “mesmo 
quando não se trabalha no nível consciente, a mente continua a processar as 
ideias” (2008, p. 53), o que significa que muitas vezes as pessoas se forçam a 
resolver um problema em determinado tempo, mas que às vezes é preciso 
parar de focar no problema e se distrair da tarefa para que sua mente encontre 
uma solução. 
	
O processo criativo em cinco etapas 
 
https://br.linkedin.com/learning/o-processo-criativo-em-cinco-
etapas/boas-vindas?autoplay=true&trk=learning-
course_tocItem&upsellOrderOrigin=default_guest_learning 
Você já deve ter passado por essa experiência, quando fica tentando resolver 
um problema por um longo tempo, sem sucesso e, quando começa a pensar 
em outra coisa, a solução aparece de forma quase mágica em sua mente, não 
é? Esse é o motivo! 
De acordo com o professor Baxter, devemos abastecer nossa mente com o 
máximo de informações possível e depois deixar que ela resolva o problema. 
Falando assim, parece fácil, não é? Mas nem sempre temos esse tempo para 
esperar que nossa mente apareça com uma solução, o que significa que 
podemos precisar de algumas “técnicas” que podem nos ajudar e incentivar 
nossa criatividade na resolução da tarefa. De acordo com o professor Lobach, 
uma técnica para essa “fase é a associação livre de ideias, o que sempre leva a 
novas combinações de ideias” (2001, p. 153); essa técnica consiste em colocar 
as ideias no papel e, a partir do que foi pensado, fazer novas associações, 
criando mais ideias e variações sobre o que foi criado. 
Outra técnica interessante e muito útil, sugerida pelo professor Baxter, é o 
brainstorming, ou tempestade cerebral. Apesar de essa técnica terdisso 
desenvolvida para ser utilizada em grupo, é possível que ela seja utilizada por 
uma única pessoa. Semelhantemente à “associação livre de ideias”, esse 
método de estímulo de criatividade deve ser orientado, ou seja, focado no 
problema a ser resolvido, com o máximo de informações reunidas, tal qual 
vimos na fase anterior. 
A partir desse momento, começa a fase chamada de “ideação”, que é a fase de 
criação propriamente dita; nessa fase, as ideias são colocadas no papel, sem 
censuras e sem limites, mas contando com as indicações e orientações sobre 
as quais já falamos. O brainstorming se baseia no princípio de que “quanto 
mais ideias, melhor” (BAXTER, 2008, p. 67), ou seja, a função dessa 
ferramenta é justamente a criação de várias opções diferentes. É interessante 
observar, ainda, que as primeiras ideias geralmente são as mais óbvias e 
comuns, mas, conforme a sessão de brainstorming avança e é aprofundada, a 
qualidade e a diversidade de ideias aumentam. A forma gráfica de criação e 
demonstração dessas alternativas, criadas com qualquer um desses métodos 
ou, ainda, com algum outro que você ache interessante, vai depender da sua 
preferência; isto é, a maneira como você apresentará essas opções dependerá 
da mídia na qual você se sentirá mais confortável, ou seja, se você vai 
desenhar sua ideia à mão livre, com a ajuda de ferramentas de desenho 
técnico, ou com o auxílio de um computador é uma escolha sua. 
De acordo com Lobach, nessa “fase de produção de ideias, a mente precisa 
trabalhar livremente, sem restrições, para gerar a maior quantidade possível 
de alternativas” (2001, p. 150). Essa liberdade criativa também pode ser 
facilitada pelo desenho manual. Para termos alguns parâmetros, vamos criar 
um projeto para uma loja de objetos de decoração, que se localiza em um 
shopping. A loja conta com uma única entrada e com um único piso. Além 
disso, a loja tem vitrines, e você vai optar entre fechá-las ou deixá-las 
abertas, ou seja, dependendo das suas definições para o projeto, as pessoas 
que estão passando pelo corredor do shopping poderão, ou não, visualizar o 
interior da loja. 
A loja que projetaremos possui as seguintes dimensões: uma frente de 6,50m, 
uma porta de entrada de 2,00m, que está centralizada na fachada, uma 
profundidade de 18,00m e o pé-direito da loja é de 4,50m. É importante 
lembrar que esses primeiros croquis têm o propósito de colocar as suas ideias 
de uma maneira gráfica, e que não precisam ser detalhados ou esteticamente 
agradáveis, mas que sejam claros e que expressem as várias possibilidades 
que você criou para o espaço. Vamos começar nosso projeto estudando 
algumas alternativas para a circulação dos clientes. 
A figura “Geração de alternativas” demonstra como o mobiliário que será 
escolhido vai ajudar a definir a circulação pretendida para a loja, ao direcionar 
o fluxo de pessoas pelo espaço. 
	
A figura mostra um desenho feito à mão livre, com três croquis diferentes 
para a mesma planta. 
Como você já sabe, é importante treinar a sua mente para que o processo de 
geração de alternativas fique mais simples e fácil. Uma boa tática é tentar dar 
outra solução para coisas que não são um problema, isto é, você pode tentar 
encontrar alternativas para projetos que já funcionam, tentando encontrar 
opções. Você pode fazer isso na sua casa, encontrando opções para os 
cômodos e espaços que já são funcionais. Esse exercício fará com que você 
comece a ter uma visão diferente das opções que podem existir para essas 
áreas. 
A geração de alternativas pode ser feita com o desenho manual, ou com o 
desenho auxiliado por computador, dependendo da sua habilidade em cada 
uma dessas mídias. A grande vantagem do desenho manual é a velocidade de 
produção e de geração de alternativas, pois este desenho é mais simples e 
permite uma maior liberdade. 
Após a geração das ideias, quando você já criou várias alternativas para a 
resolução de um mesmo problema, vem o momento de escolha da alternativa 
que vai solucionar a questão de maneira mais simples e eficiente. Essa escolha 
deve ser feita a partir dos parâmetros que foram fixados na etapa anterior e 
deve resolver todos os problemas que foram levantados, ou a maior parte 
deles. Essas opções são chamadas de anteprojeto, pois estão associadas a uma 
fase anterior à fase de projeto, isto é, os primeiros desenhos compõem uma 
fase que leva ao projeto. Muitas vezes a solução encontrada será a mistura de 
duas ou mais ideias geradas nessa fase, ou uma evolução de uma dessas 
opções. Também é importante que sejam geradas ideias com soluções 
diferentes, e até mesmo algumas que sejam estranhas ou que não possam ser 
executadas, pois algumas soluções podem estar em ideias que, à primeira 
vista, são erradas. A opção que será escolhida para ser desenvolvida não 
precisa estar totalmente resolvida, pois vamos definir e detalhar esse esboço 
várias vezes. 
Também pode acontecer, em algum momento, que nenhuma das ideias que 
foram geradas possam ser usadas, seja por motivos técnicos, seja por estarem 
muito fora do que foi pedido pelo cliente. Nesse caso, será preciso que se 
retome a fase de pesquisas, revendo o que foi levantado, e a geração de ideias, 
criando outras opções. 
Uma coisa importante é saber que, muitas vezes, as ideias que não podem ser 
utilizadas para um projeto não precisam ser descartadas, mas podem ser 
arquivadas para que sejam revistas e adaptadas para outro projeto. Quando 
uma das opções criadas é escolhida, geralmente ainda está em um estágio 
bastante inicial da concepção, e ainda será desenvolvida até o ponto em que 
será considerada como um projeto. A diferença entre o anteprojeto e o projeto 
é a possibilidade de execução do projeto, ou seja, um projeto apresenta uma 
grande capacidade de execução, sendo um desenho mais próximo à realidade 
da obra, diferente do anteprojeto, que é um desenho de concepção, sem o 
detalhamento necessário para a execução. Outra diferença entre um projeto e 
um anteprojeto é a possibilidade de alteração. A maior parte das alterações 
deve ser feita na fase de anteprojeto, onde ainda existe a possibilidade de 
mudanças sem atrapalhar o fluxo do trabalho. Quando alteramos um projeto, 
muitos outros desenhos e projetos devem ser alterados e, quando o projeto 
está definido, iniciamos a execução dos projetos complementares e do 
detalhamento. Assim, alterar o projeto significa alterar todos esses outros 
projetos. 
Análise e definição das alternativas 
Voltando à loja, podemos notar que a figura também mostra que o desenho 
não tem muitas definições, funcionando apenas como um estudo de 
alternativas de circulação, mas que vai nos ajudar a entender como a 
disposição do mobiliário guiará o fluxo dos clientes. O conhecimento do tipo 
de circulação que queremos nos auxiliará a entender quais produtos devem 
ser mostrados na loja e como esses produtos podem ser expostos (lembra-se 
da setorização que acabamos de estudar?). 
Na alternativa “A” foi criado um apoio para as promoções e lançamentos, mas 
é preciso cuidado para que esse apoio não acabe se transformando em uma 
barreira visual, ou seja, é preciso que o tamanho dessa peça seja proporcional 
à porta e ao espaço interno. Na opção “B” temos os expositores na parede, e 
criamos dois “corredores” de circulação, com uma ilha central. Essa é uma 
opção mais tradicional, garantindo mais espaço de circulação para os clientes, 
o que significa que teremos menos espaço para exposição de produtos. Na 
alternativa “C”, temos menos espaço para os destaques e diminuímos a 
circulação de clientes, mas, ao mesmo tempo, aumentamos a área de 
exposição para os produtos. 
Para esse estudo fizemos apenas três alternativas, mas você pode colocar 
mais ideias no papel, de acordo com a sua necessidade, com o tipo de projeto 
e com o tempo disponível. Com as ideias no papel, vamos começar a avaliação 
de cada uma delas, entendendo os pontos fortes e o que pode ser aproveitado 
de cada uma delas. É precisoque você perceba que as três opções podem 
funcionar de maneira satisfatória, ou seja, a escolha de qual alternativa será 
adotada vai depender de uma seleção feita em conjunto com o cliente 
(lembre-se que ele conhece melhor que você os produtos que vai vender e o 
público que deseja atender). Como acontece com frequência em nossos 
projetos, a opção que será utilizada, em muitos casos, acaba surgindo de uma 
combinação das várias alternativas criadas. 
De acordo com a setorização que estudamos, sempre é interessante 
trabalharmos com um expositor na entrada, na chamada zona “Platina”, 
como uma forma de atrair os clientes para o interior da loja, mas é preciso que 
essa peça seja escolhida de maneira cuidadosa, evitando o que acontece na 
opção "A", na qual esse elemento está superdimensionado e atrapalha a 
entrada dos clientes no espaço, criando um obstáculo ao invés de um atrativo. 
A opção “B” conta com uma boa área de exposição de produtos, mas pode ter 
uma área para a circulação de clientes um pouco restrita. 
	
Uma forma interessante de setorizar os espaços é através de cores, 
mostrando, por exemplo, o que são espaços de serviços, de clientes, de 
alimentação etc. Um exemplo disso é essa planta da escola de arte de 
Carcassone. 
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/766983/escola-de-arte-nil-carcassonne-
jacques-ripault-architecture/54e669b9e58ece76a2000021-second-floor-
plan?next_project=no 
Nessa alternativa, não temos o móvel para a exposição na entrada da loja. 
Caso optemos por essa possibilidade, podemos utilizar as extremidades das 
gôndolas como uma forma de atração de clientes, mostrando lançamentos e 
promoções. A alternativa “C” mostra uma área de exposição menor, mas uma 
área para a circulação de clientes maior, o que pode significar mais conforto 
para as pessoas, mas também indica que os produtos terão que ser mostrados 
de forma diferente e mais criativa. 
Como uma forma de aumentar a área de exposição, foi colocado um expositor 
na área posterior da loja. De forma semelhante à opção “B”, também não foi 
colocado nenhum tipo de apoio na entrada, o que significa que provavelmente 
teremos que usar as extremidades das gôndolas. Em todas as alternativas, a 
área de pagamento e de retirada de mercadorias e pacotes está localizada no 
fundo da loja, o que fará com que os clientes caminhem por toda a área para 
pagar e retirar seus produtos. Depois de avaliar todas as alternativas que você 
criou, chegou a hora de definir sobre qual delas vamos trabalhar, para que 
criemos o projeto que será executado. 
Como já foi dito, existe a possibilidade de que uma das opções criadas já 
atenda a sua necessidade, mas, em muitos casos, o projeto que será 
desenvolvido resultará da combinação de duas, ou mais, das alternativas que 
foram criadas. No caso da loja que estamos projetando, vamos combinar todas 
as opções que criamos, e teremos a alternativa que será desenvolvida como o 
projeto definitivo. A figura “Projeto Final” mostra a opção que será detalhada. 
Para indicar um avanço nas definições de projeto, essa opção foi desenhada 
em um programa de CAD (Computer Aided Design ou Desenho Auxiliado por 
Computador), o que também possibilita o aumento no nível de detalhe e uma 
precisão muito maior nas dimensões e na escala dos desenhos. 
Como foi dito anteriormente, é interessante que esse tipo de desenho, mais 
técnico ou computacional, seja deixado para um momento em que o projeto 
esteja mais definido. É claro que isso vai depender de sua habilidade e de seu 
conhecimento, mas, de forma geral, o desenho auxiliado demanda mais 
atenção e treino, o que pode limitar sua criatividade. 
	
Figura 7 - Projeto Final. Fonte: O Autor (2020) 
A figura mostra uma planta com características dos três croquis indicados na 
figura “Geração de alternativas”. 
Na versão final de nosso projeto, é possível ver o display na parte frontal da 
loja, para a exposição de peças em promoção ou lançamento, e o grande 
número de gôndolas para a exposição de produtos, bem como uma grande 
área de circulação para clientes; a parte posterior da loja também foi utilizada 
para a exposição de produtos, próximo à região dos caixas. 
Devemos considerar alguns fatores para escolher uma opção entre as 
alternativas de projeto que foram criadas para um cliente. Os fatores podem 
ser definidos juntamente com seu cliente, pois podem variar de acordo com 
as necessidades de cada projeto. Para que a escolha seja a mais precisa, 
definimos um conjunto de fatores que a direcionarão, por exemplo: 
• bullet	
O custo, ou seja, escolher a opção que terá um custo menor de 
execução e de funcionamento; 
• bullet	
O tempo de execução da obra, já que a maior parte dos clientes 
vai pedir uma obra que seja de execução rápida; 
• bullet	
O mobiliário utilizado, pois a escolha do tipo deste ajudará a 
definir o estilo do espaço; 
• bullet	
O estilo de decoração, pois ele ajudará a definir o estilo do 
espaço e do negócio. 
Acesse:	
Projetos de quiosques são frequentemente solicitados quando se 
trata de arquitetura comercial. Vamos ver um bom exemplo de como 
um quiosque pode transmitir a ideia de uma marca, com 
personalidade, inovação e muita técnica? Acesse 
o https://www.poroarq.com/quiosque-nup%C3%AA-caf%C3%A9 para 
ver o quiosque criado pelo escritório Poro, de Fortaleza.	
Desenvolvimento da alternativa 
Com uma alternativa definida, será preciso fazer o desenvolvimento do 
projeto, detalhando os desenhos originais para que se transformem em um 
projeto que possa ser construído. 
O desenvolvimento de um projeto passa por várias fases, que incluem uma 
tarefa muito específica para o designer de interiores, exigindo um grande 
conhecimento técnico que é a escolha dos materiais de acabamento que serão 
utilizados no projeto. E é preciso que esses materiais estejam definidos para 
que os desenhos executivos sejam criados. 
É preciso conhecer as características de uma grande variedade de materiais, 
além das especificidades do projeto, para fazer as escolhas mais indicadas 
para cada caso. É preciso saber, por exemplo, a quantidade e a frequência de 
público que circulará pelos ambientes. 
A partir das definições dos materiais de acabamento que serão utilizados, é 
possível começar a criar os desenhos técnicos, que são fundamentais para a 
execução da obra, como as paginações de piso e de parede. 
	
É importante ter em mente que o valor de cada material é apenas um dos 
fatores determinantes para sua utilização. O primordial é que ele seja 
indicado para o uso que se está dando. Dessa forma, evitam-se 
acidentes, desgaste prematuro do material e demais problemas. Se, por 
exemplo, o projetista indica um piso inadequado para um banheiro, 
apenas por insistência do cliente, e ocorre um acidente, de quem é a 
culpa? 
As alterações que precisarem de obras de construção ou de demolição 
precisarão da colaboração de um arquiteto ou de um engenheiro, que 
trabalhará em parceria com o designer de interiores. As adaptações para que o 
espaço se torne acessível para pessoas com mobilidade reduzida, por 
exemplo, em muitos casos, precisam de obras para a ampliação da abertura 
das portas ou para a colocação de rampas. 
Documentação 
A Lei 8.666 de 1993 define que toda obra necessita um projeto, dividido em 
duas etapas: projeto básico e executivo. 
O projeto básico tem como objetivo apresentar as características básicas do 
empreendimento. Compreende as etapas e serviços que farão parte do escopo 
da obra. É caracterizada por estudos preliminares, anteprojeto, estudos de 
viabilidade técnica e econômica, entre outros. São realizados projetos de 
instalações elétrica, hidráulica e o que for necessário para a obra em questão. 
O projeto executivo detalha e aprofunda os elementos mais básicos e mais 
cruciais para o sucesso da obra. Conforme apresenta o Manual de obras 
públicas – edificações: práticas da SEAP (2020, p. 173). 
Citação 
O Projeto Executivo deverá estar representado graficamente por desenhos

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