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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
Engenharia Ambiental e Sanitária
Climatologia
Professora Carolina Dias de Oliveira
31 de maio 2022
LISTA DE EXERCÍCIOS
Alice Guabiroba Resende
Bárbara Alves Bastos
Maria Vitória Lopes Matos
1. a) Tempo é o estado da atmosfera em tempo real, para uma dada região. Já o clima é o estado médio da
atmosfera durante um longo período de tempo (30 a 35 anos), resultante da sucessão dos fenômenos do
tempo sobre uma da região.
b) A meteorologia é a ciência que estuda todos os aspectos da atmosfera, sua variabilidade e previsibilidade
nas várias escalas espaciais e temporais. Já a climatologia, é uma área de estudo da climatologia que
investiga o comportamento médio, espacial da atmosfera, sua variabilidade e previsibilidade.
c) Os fatores climáticos são aspectos que determinam ou exercem influência sobre os elementos climáticos.
São eles que justificam as características dos tipos de clima. Destacam-se, por exemplo, a latitude, a altitude,
a maritimidade, e continentalidade, as massas de ar, a vegetação, as correntes marítimas e o relevo.
Enquanto isso, os elementos climáticos são aspectos que variam no tempo e no espaço e que são
fundamentais para a definição de um clima, ou seja, são características de cada clima. Destacam-se, por
exemplo, a radiação, a temperatura, a pressão e a umidade.
2. I. CPTEC - Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos
a. Foi criada no início de 1995.
b. Está localizada na cidade de Cachoeira Paulista, no estado de São Paulo.
c. O objetivo das Pesquisas na Área de Clima é realizar estudos observacionais e simulações/previsões
experimentais climáticas com a utilização de um modelo numérico de circulação global.
d. Utilizar modelos numéricos para simulação de tempo e clima, integrando informações atmosféricas e
oceânicas. Também geraram previsões com mais dias de antecedência, além de prever chuvas e eventos
extremos com maior confiabilidade. Com isso, realizam previsões de tempo confiáveis, para todo o país.
e. Não se destina apenas ao público especializado, mas sim, àqueles que, ávidos por conhecimentos, buscam
o saber.
II. INMET - Instituto Nacional de Meteorologia
a. Foi criado pelo Decreto 7.672 do presidente Nilo Peçanha, em 18 de novembro de 1909.
b. Sua estrutura organizacional do INMET contempla sua sede em Brasília.
c. O objetivo do Instituto Nacional de Meteorologia é prover informações meteorológicas à sociedade
brasileira e influir construtivamente no processo de tomada de decisão, contribuindo para o desenvolvimento
sustentável do País.
d. Elabora e divulga, diariamente, em nível nacional, a previsão do tempo, avisos e boletins meteorológicos
especiais; promove a execução de estudos e levantamentos meteorológicos e climatológicos aplicados à
agricultura e outras atividades correlatas; coordena, elabora e executa programas e projetos de pesquisas
agrometeorológicas e de acompanhamento das modificações climáticas e ambientais; estabelece, coordena e
opera as redes de observações meteorológicas e de transmissão de dados, inclusive aquelas integradas à rede
internacional; propõe a programação e acompanhar a implementação de capacitação e treinamento de
recursos humanos, em atendimento a demandas técnicas específicas.
e. Não se destina apenas ao público especializado, mas sim, àqueles que, ávidos por conhecimentos,
procuram os Distritos Meteorológicos e o próprio Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para conhecer
um pouco mais sobre o tempo e o clima.
III. WMO - World Metereological Organization
a. Foi fundada em 23 de março de 1950.
b. Está localizada em Genebra, na Suíça.
c. Os objetivos são facilitar a cooperação de âmbito mundial no estabelecimento de redes de estações
meteorológicas; promover o desenvolvimento de centros para serviços meteorológicos; promover o rápido
intercâmbio das informações meteorológicas e a padronização e publicação das observações meteorológicas.
d. O programa de atividades e técnicas da WMO pode ser classificado: observação do tempo mundial;
programa de pesquisa; programa a respeito da interação do homem em seu meio ambiente e programa de
cooperação técnica.
e. Não se destina apenas ao público especializado, mas sim, àqueles que, ávidos por conhecimentos, buscam
o saber.
3. A climatologia clássica é também chamada de separativa, uma vez que os elementos climáticos, tais como
temperatura do ar, pressão atmosférica, umidade, precipitação, direção e velocidade dos ventos e radiação
solar, são tratados de maneira independente e, justamente por isso, muitas vezes, são considerados
isoladamente. Dito isso, a principal crítica a essa visão clássica está justamente no fato de a conexão entre os
elementos do clima não ser considerada, o que não representa a realidade. Essa fragmentação dos fenômenos
é agravada pelo fato de a climatologia tradicional se utilizar, insistentemente, de valores médios dos diversos
elementos climáticos.
Já na climatologia dinâmica, para que uma análise coerente dos dados seja feita, nos moldes dessa
abordagem, depende de uma série de fatores. A visualização desses encadeamentos atmosféricos depende,
basicamente, das respostas locais colhidas nas variações diárias e horárias dos elementos do clima (medições
em superfície, por meio de estações e postos meteorológicos), nas cartas sinóticas do tempo (pressões
reduzidas ao nível do mar e, se necessário, as dos principais níveis isobáricos) e nas imagens fornecidas por
satélites meteorológicos. Entretanto, o simples acesso a esse banco de dados não é suficiente. Faz-se
necessária a correta interpretação dos valores para o real entendimento dos processos. Assim, é importante
reconhecer que a obtenção de dados "pelo menos diários" é extremamente difícil, sobretudo para a realidade
brasileira, e praticamente inviável em muitas localidades. Portanto, os estudos que levam em conta a visão
dinâmica do clima podem ser comprometidos pela falta de dados com frequência suficiente para
entendimento dos processos em nível regional.
Em suma, a abordagem dinâmica do clima representa um avanço significativo em comparação à visão
tradicional, uma vez que possibilita o entendimento da conexão e da interdependência de todos os fenômenos
que ocorrem na atmosfera, de modo a permitir uma compreensão mais clara dos mais diversos processos em
andamento.
4. A noção de ritmo climático só pode ser compreendida por meio da relação entre os elementos climáticos
(temperatura, umidade relativa do ar, pressão atmosférica – em sua variação diária (ou até mesmo horária),
além de elementos da circulação atmosférica regional ou sinótica) e a representação gráfica da sequência e
alternância dos diferentes sistemas meteorológicos envolvidos na circulação secundária. A compreensão
dinâmica e genética dos fatos climáticos possibilitada por esse método representou o surgimento de um novo
paradigma para a climatologia geográfica brasileira, que se sustenta até hoje. Portanto, a aplicação da Análise
Rítmica representa um avanço importante nos estudos climatológicos, pois ultrapassa os métodos da
climatologia tradicional e possibilita uma leitura dinâmica sobre a gênese dos fenômenos meteorológicos, na
qual conceitos como massas de ar, frentes e sistemas atmosféricos recebem mais atenção.
5. As estações são causadas pela inclinação do eixo de rotação da Terra em relação à perpendicular ao plano
definido pela órbita da Terra (plano da eclíptica).Esta inclinação faz com que a orientação da Terra em
relação ao Sol mude continuamente enquanto a Terra gira em torno do Sol. O Hemisfério Sul se inclina para
longe do Sol durante o nosso inverno e em direção ao Sol durante o nosso verão. Isto significa que a altura
do Sol, o ângulo de elevação do Sol acima do horizonte, para uma dada hora do dia varia no decorrer do ano.
No hemisfério de verão as alturas do Sol são maiores, os dias mais longos e há mais radiação solar. No
hemisfério de inverno as alturas do Sol sãomenores, os dias mais curtos e há menos radiação solar.
6. O Sol é a fonte de energia que controla a circulação da atmosfera. O Sol emite energia em forma de
radiação eletromagnética, da qual uma parte é interceptada pelo sistema Terra-atmosfera e convertida em
outras formas de energia como, por exemplo, calor e energia cinética da circulação atmosférica. É importante
notar que a energia pode ser convertida, mas não criada ou destruída. É a lei da conservação da energia.
A energia solar não é distribuída igualmente sobre a Terra. Esta distribuição desigual é responsável pelas
correntes oceânicas e pelos ventos que, transportando calor dos trópicos para os pólos, procuram atingir um
balanço de energia, as causas dessa distribuição ser desigual é temporal e espacial. Estas causas residem nos
movimentos da Terra em relação ao Sol e também em variações na superfície da Terra e para isso se examina
as propriedades básicas da radiação eletromagnética, como a radiação interage com o sistema
Terra-atmosfera e sua conversão em calor.
7. As nuvens, assim como o vapor d'água, são bons absorvedores de radiação infravermelha (terrestre) e tem
papel importante em manter a superfície da Terra aquecida, especialmente à noite. Uma grossa camada de
nuvens pode absorver a maior parte da radiação terrestre e reirradiá-la de volta. Isto explica porque em noites
secas e claras a superfície se resfria bem mais que em noites úmidas ou com nuvens. Mesmo uma cobertura
fina, através da qual a lua é visível, pode elevar a temperatura noturna em torno de 5 ° C. Portanto, a
nebulosidade diminui a amplitude da variação da temperatura, visto que, durante o dia as nuvens bloqueiam a
radiação solar, reduzindo o aquecimento e à noite as nuvens retardam a perda de radiação pela superfície e o
ar e reirradiam calor para a Terra.
8. As correntes oceânicas interferem e exercem grande influência no clima local de diversas partes do globo
terrestre. Tais correntes correspondem às massas de água que migram em distintos rumos ao longo dos
oceanos e mares e se mostram como fatores de variação da temperatura do ar e umidade.
As correntes não se mostram homogêneas quanto às suas características e origem podendo ser classificadas
em: correntes quentes e correntes frias. Estas correntes, frias ou quentes, levam consigo suas características
para distintas localidades. Correntes oceânicas quentes que se dirigem para os polos possuem um efeito
moderador do frio. Como exemplo, é possível mencionar a Corrente do Atlântico Mortes, que, por ser uma
extensão da Corrente do Golfo (quente) transporta águas mais quentes para as altas latitudes da Europa
Ocidental, e acaba por manter as temperaturas mais altas para aquelas latitudes. As frias – como a corrente
das Canárias, da Califórnia e a do Labrador – formam-se nas latitudes altas ou regiões oceânicas profundas.
Em função de suas características térmicas, as correntes marítimas exercem influência sobre o clima de uma
região, provocando elevação ou queda de temperaturas. Além disso, podem contribuir na formação das
precipitações e nevoeiros, influem no deslocamento de icebergs e na distribuição dos animais marinhos
sensíveis à temperatura, no transporte de sedimentos e têm importante papel na configuração dos contornos
dos litorais.
9. Em regiões distantes de oceanos e mares o clima sofre influência da continentalidade. Nesse caso, a
superfície terrestre absorve calor e se aquece rapidamente, entretanto, o resfriamento é rápido, o que favorece
uma variação de temperatura durante o dia. Dessa forma, as localidades que sofrem maior interferência da
continentalidade possuem uma amplitude térmica diária e sazonal bem mais elevadas do que as áreas que
sofrem a influência da maritimidade. Com isso, ao observarmos o planisfério, no hemisfério norte, notamos
que os invernos são mais rigorosos, diferente do hemisfério sul, o qual prevalece o efeito da maritimidade, já
que possui menor quantidade de terras emersas.
10. A troposfera é a camada mais baixa da atmosfera terrestre. Contém aproximadamente 75% da massa
atmosférica e 99% do seu vapor de água e aerossóis. A espessura média da troposfera é de 12 km nas
latitudes médias. É mais espessa nas regiões tropicais, podendo alcançar até 17 km de altura, e menos
espessa nos polos, podendo alcançar 7 km durante o verão e tornando-se indistinta durante o inverno. A parte
mais baixa da troposfera, onde a fricção dos ventos com a superfície influencia as correntes de vento, é
chamada de camada limite planetária (CLP). Esta camada tem normalmente algumas centenas de metros de
espessura, podendo atingir até 3 km, dependendo do relevo e da hora do dia.
Todas essas características fazem com que a troposfera seja o principal domínio de estudo dos
meteorologistas, pois é nesta camada que ocorrem essencialmente todos os fenômenos que em conjunto
caracterizam o tempo. Desta forma, o clima é encontrado por meio do conjunto de características de uma
determinada região estudada por meio da troposfera.
11. A estrutura vertical da atmosfera é formada pelas seguintes camadas e essas possuem o perfil de
temperatura sendo:
Troposfera: Corresponde à primeira camada da atmosfera, ou seja, é a que mais se aproxima da superfície
terrestre. É nessa camada que os seres vivos podem respirar normalmente. Apesar de apresentar uma
extensão inferior às demais camadas, a troposfera constitui cerca de 80% da massa atmosférica. A distância
entre a superfície terrestre e o limite da troposfera é de aproximadamente 17 quilômetros. À medida que a
altitude aumenta, a temperatura nessa camada apresenta queda (reduz cerca de 6,5º C) e varia verticalmente.
É nessa camada que ocorrem quase todos os fenômenos meteorológicos, porque nela se encontra quase todo
o vapor d'água da atmosfera. É na troposfera que circulam os aviões de carga e de passageiros.
Estratosfera: Corresponde à segunda camada mais próxima da atmosfera, fazendo limite com a troposfera e
com a mesosfera, camada que vem logo a seguir. Na estratosfera, diferente do que ocorre na troposfera, a
temperatura eleva-se à medida que a altitude aumenta. Nessa camada, há pouca concentração de vapor
d'água, e o ar movimenta-se horizontalmente. A distância entre a superfície da Terra e o limite superior da
estratosfera é de aproximadamente 50 quilômetros.É na estratosfera que se encontra a camada de ozônio,
responsável por filtrar a radiação ultravioleta, nociva aos seres vivos. O ozônio é um dos gases que compõem
a atmosfera. Cerca de 90% de seu volume encontra-se na estratosfera, onde 90% da radiação ultravioleta B é
absorvida pela camada de ozônio. Essa radiação está associada a problemas de visão, envelhecimento
precoce e casos de câncer de pele. Por apresentar estabilidade, é possível que circulem aviões a jato nessa
camada.
Mesosfera: Corresponde à camada intermediária entre a estratosfera e a termosfera. Diferentemente do que
ocorre na estratosfera, a temperatura da mesosfera apresenta queda à medida que a altitude aumenta. Nessa
camada, as temperaturas podem chegar a -90º C no seu limite superior. É, por isso, considerada a mais fria
entre as camadas da atmosfera.Essa redução de temperatura deve-se ao fato de que, na mesosfera, há baixa
concentração de moléculas em decorrência da redução do calor que provém da camada de ozônio. Quanto
mais se eleva a altitude, mais o ar torna-se rarefeito. Nessa camada, ocorre a combustão que fragmenta os
meteoritos, evitando assim que eles cheguem à superfície terrestre. Isso é possível graças à resistência do ar
dessa camada. Essa resistência gera calor e possibilita a ocorrência do processo de combustão. A distância
entre o limite superior da mesosfera e a superfície terrestre é de aproximadamente 80 quilômetros.
Termosfera: Corresponde à camada intermediária entre a mesosfera e a exosfera, última camada da
atmosfera. A termosfera é também chamada de ionosfera. Esse nome é dado porque nessa camada
concentra-se uma grande quantidade de íons (partículascarregadas de eletricidade), que possibilitam a
reflexão de ondas de rádio. O ar na termosfera é extremamente rarefeito, predominando o gás hidrogênio.
Diferentemente do que acontece na mesosfera, a temperatura na termosfera volta a elevar-se à medida que há
aumento da altitude, podendo chegar a 1500º C em seu limite superior. Essa camada representa apenas 1% da
atmosfera e atua na retenção da radiação solar. É na termosfera que orbitam os ônibus espaciais e alguns
satélites. É nela também que ocorre o fenômeno conhecido como aurora polar. Esse fenômeno óptico,
caracterizado pelo conjunto de luzes brilhantes que podem ser vistos no céu no período noturno, é conhecido,
no Hemisfério Norte, como aurora boreal. No Hemisfério Sul, o fenômeno é conhecido como aurora austral.
A distância entre o limite superior da termosfera até a superfície terrestre é de aproximadamente 600
quilômetros.
Exosfera: Corresponde à última camada da atmosfera e representa a transição entre a atmosfera terrestre e o
espaço sideral. Inicia-se a cerca de 600 quilômetros da superfície terrestre e não apresenta limite superior
visível em decorrência dos gases extremamente rarefeitos que a constituem. Metade dessa camada é
composta por gás hélio e a outra metade por hidrogênio. É na exosfera que as partículas presentes começam
a se desprender da gravidade da Terra. As temperaturas na exosfera permanecem elevadas, superando os
1000º C. Essa elevação da temperatura requer que naves espaciais sejam construídas com material resistente
a altas temperaturas para que possam atravessar essa camada, na qual orbitam os satélites artificiais.
12. A temperatura do ar é proporcional ao balanço entre a radiação que chega e que sai de cada camada
atmosférica. Os fluxos de calor latente e sensível também contribuem para modificar a temperatura de cada
camada. Desse modo, a temperatura do ar varia de lugar para lugar, e, com o decorrer do tempo. Vários
fatores físicos influenciam a distribuição da temperatura sobre a superfície da Terra: a quantidade de
insolação recebida, as características da superfície, a distância a corpos hídricos, o relevo, a natureza dos
ventos predominantes e as correntes oceânicas.
b) As escalas termométricas utilizadas para aferir a temperatura de um corpo são Celsius, Fahrenheit e
Kelvin, sendo a última a mais utilizada em pesquisas científicas.
c) I. Natal: 29ºC - 84,2 °F II. Porto Alegre: 13ºC - 55,4 °F III. Palmas: 38ºC - 100,4 °F
d) A temperatura que coincide nas escalas Celsius e Fahrenheit é - 40°
13. Data de visita ao site: 25/05/2022
a) - Maiores e menores valores de umidade relativa do ar no estado da Bahia, região Nordeste do Brasil.
Os maiores valores se concentram nos meses de maio a julho (fim do outono e início do inverno) e os
menores valores, nos meses de outubro a dezembro (primavera).
b) Uma característica que diferencia os variados tipos de nuvens é a altura em que elas se formam, ou onde
se encontra sua base e seu topo.
Nuvens altas: base acima de 6km de altura.
- Cirrus: são nuvens com brilho sedoso, isoladas e formadas por cristais de gelo parecendo convergir para o
horizonte. Podem se formar da evolução da bigorna da cumulonimbus.
- Cirrocumulus: correspondem a nuvens brancas compostas quase exclusivamente por cristais de gelo
agrupados em grânulos semi-transparentes.
- Cirrostratus: nuvens parecidas com um véu transparente que dão ao céu um aspecto leitoso. Constituída
por cristais de gelo.
Nuvens médias: base entre 2 a 4 km de altura nos pólos, entre 2 a 7 km em latitudes médias, e entre 2 a 8
km no equador - líquidas e mistas.
- Nimbostratus: nuvens de grande extensão e base difusa formadas por gotas de chuva, cristais ou flocos de
gelo com cor bastante escura.
- Altostratus: assemelham-se a um lençol cinzento, às vezes azulado, sempre tem umas partes finas que
permitem ver o sol. É formada por gotas de chuvas e cristais de gelo.
- Altocumulus: nuvem cinza (às vezes branca) que apresenta sombras próprias e tem a forma de rolos ou
lâminas fibrosas ou difusas. Raramente contém cristais de gelo e por entre as nuvens deste tipo é possível
enxergar pedaços do céu claro.
Nuvens baixas: base até 2km de altura.
- Cumulus: são nuvens isoladas que apresentam uma base sensivelmente horizontal, tem contornos bem
definidos, uma cor bem branca quando iluminada pelo sol, provoca chuvas na forma de pancadas,
constituídas principalmente por gotículas de água, mas podem conter cristais de gelo no topo.
- Congestus: possui bordas protuberantes no topo e um considerável desenvolvimento vertical, sua
ocorrência indica profunda instabilidade e favorecimento por escoamento ciclônico em altitude.
- Cumulonimbus: são nuvens com grande desenvolvimento vertical e que apresentam a forma de uma
montanha. Devido ao seu tamanho, sua forma só pode ser vista de longe. No topo, geralmente apresenta a
forma característica de uma „bigorna‟. É uma nuvem mais escura formada por grandes gotas de água e
granizo, podendo conter cristais de gelo no topo. Está associada a tempestades fortes com raios e trovões.
- Stratocumulus: correspondem a nuvens cinzentas ou esbranquiçadas, formadas por gotículas de água e
associadas a chuvas fracas.
- Stratus: nuvem cinzenta que provoca chuvisco. De cor cinza forte com base uniforme, costuma encobrir o
sol ou a lua
c) - Maiores e menores valores de precipitação no estado do Rio Grande do Sul, região Sul do Brasil.
Os maiores valores se concentram nos meses de julho, setembro e outubro (no inverno e começo da
primavera) e os menores valores, nos meses de novembro a maio (no verão e outono).
14. A) O ciclo anual de temperatura reflete claramente a variação da radiação solar incidente ao longo do
ano. Em latitudes médias e altas, grandes contrastes de temperatura entre inverno e verão são observados,
visto que a insolação é maior de março a setembro e menor de janeiro a março e de outubro a dezembro,
como visto na cidade de Belo Horizonte.
A advecção de massas de ar se refere ao movimento de uma massa de ar de uma localidade para outra. A
advecção de ar frio ocorre quando o vento sopra através das isotermas de uma área mais fria para outra mais
quente, enquanto na advecção de ar quente o vento sopra através das isotermas de uma região mais quente
para uma mais fria. Essas massas de ar quando passam pela cidade influenciam o comportamento mensal da
climatologia da cidade.
A nebulosidade diminui a amplitude da variação da temperatura, visto que, durante o dia as nuvens
bloqueiam a radiação solar, reduzindo o aquecimento e à noite as nuvens retardam a perda de radiação pela
superfície e o ar e reirradiam calor para a Terra. É perceptível além dos dados de nebulosidade em meses que
ocorrem presença maior de precipitação e menor de insolação.
B) A insolação é um elemento meteorológico importante no saldo de radiação e consequentemente no clima
de uma região, a variação de insolação é influenciada pela cobertura de nuvens e localização geográfica da
região. Sendo assim a insolação possui relações diretas com outros elementos meteorológicos, como a
precipitação. Logo, quanto maior a precipitação, maior a quantidade de nuvens, e menor a insolação.
C) O período de duração da estação chuvosa é de 6 meses, sendo este de Janeiro a Março e Outubro a
Dezembro. Exemplos de consequências ambientais e socioeconômicas intensificadas são: enchentes e
deslizamentos.
O período de duração da estação seca é de 6 meses, sendo este de Abril a Setembro. Exemplos de
consequências ambientais e socioeconômicas intensificadas são: desequilíbrio hidrológico e aumento de
incêndio e queimadas.
16. A principal razão da temperatura do ar decrescer com a altura na troposfera se deve a energia solar que
chega ao solo. Essa energia é em grande parte absorvida, aquecendo o solo e por consequência o ar próximo
também, produzindo correntes de convecção, além de haver reemissão parcial de energia radiante na faixa de
infravermelho de onda longa, aquecendo de baixo para cima a atmosfera. Dessa forma, verifica-seque há
uma contínua diminuição da temperatura com o aumento da altitude, ou seja, quanto mais alto mais frio e
vice-versa. E, tal diminuição se dá em torno de 6,5º C por quilômetro.
17.
18. O efeito da incidência diferenciada da radiação solar em função da latitude e da estação. As isotermas
globais tem direção leste-oeste e mostram um decréscimo de temperatura dos trópicos para os pólos. Além
disso, há um deslocamento latitudinal das temperaturas causado pela migração sazonal da incidência vertical
dos raios solares.
b. Correntes oceânicas quentes encurvam as isotermas globais para os pólos, enquanto correntes frias causam
encurvamento para o equador. A presença de terra e água também afeta esta amplitude, especialmente fora
dos trópicos. Uma localização mais continental (maior continentalidade) acentua os extremos de temperatura.
c. As isotermas são afetadas pelas acentuadas formas de relevo, visto que, quando as regiões mais altas
impedem a passagem de corrente de ar, fazendo com que algumas regiões se tornem mais secas ou até
desérticas.
d. Há o efeito das estações do ano sobre as isotermas globais visto que é possível verificar que a variação
anual da temperatura (amplitude do ciclo anual) é menor nas proximidades do equador porque há pouca
variação na duração do dia e a altura do sol (ao meio-dia) é sempre grande, o que não ocorre em latitudes
médias, cuja amplitude do ciclo anual de temperatura é bem maior.
19. O efeito estufa é um fenômeno natural que ocorre devido à concentração de gases na atmosfera que
formam uma camada de proteção para a Terra. Ele permite a passagem dos raios solares e também a absorção
do calor. O seu principal benefício é manter o planeta com uma temperatura adequada para a sobrevivência
humana e de todos os outros seres vivos. Após os raios solares atingirem nossa superfície, uma parte deles
fica retido na atmosfera por causa da camada de gases do efeito estufa e outra aquece a Terra e irradia calor.
Entretanto, a atividade humana vem provocando um aumento na liberação destes gases e uma maior
quantidade de calor é “presa” na atmosfera, o que resulta no aumento de temperatura e no aquecimento
global.
20. O vapor d'água é fundamental para a manutenção das mais diversas formas de vida da Terra. Em primeiro
lugar, a substância atua diretamente na regulação da temperatura da atmosfera do planeta, atenuando a
incidência de raios infravermelhos na superfície. Sua presença no sistema climático também possibilita um
eficiente transporte vertical de energia da superfície para a troposfera, modificando o perfil de temperatura
através das trocas de calor envolvidas nas mudanças de fase ao se formar uma nuvem.
21. A evaporação é o termo utilizado para designar o processo de transferência de água para a atmosfera
sobre a forma de vapor, decorrente, tanto da evaporação que se verifica em solo úmido sem vegetação, nos
oceanos, lagos, rios e em outras superfícies hídricas naturais. Já o termo evapotranspiração é empregado para
exprimir a transferência de vapor d’água para a atmosfera proveniente dos vegetais e dos animais.
Dessa forma, a diferença entre evaporação e evapotranspiração é que a evaporação é o processo natural pelo
qual a água, de uma superfície livre (líquida) ou de uma superfície úmida, passa para a atmosfera na forma
de vapor, a uma temperatura inferior à de ebulição, enquanto, a evapotranspiração corresponde a soma da
quantidade de água transferida para a atmosfera pela transpiração das plantas terrestres e dos animais, com
aquela que é transferida pela evaporação.
b) Ponto de saturação é a capacidade máxima da atmosfera em conter vapor d’água.
Já o ponto de orvalho é o termo que refere-se à temperatura a partir da qual o vapor d'água contido na porção
de ar de um determinado local sofre condensação. Quando a temperatura do ar está abaixo do ponto de
orvalho, normalmente dá-se a formação de névoa seca ou neblina.
O ponto de orvalho é a temperatura até a qual o ar deve ser resfriado para que o vapor de água presente
condense na forma de orvalho ou geada. Em qualquer temperatura há uma quantidade máxima de vapor de
água que o ar consegue manter. Essa quantidade máxima é chamada de pressão de saturação do vapor de
água.
c) calor latente e calor específico.
Calor latente é a grandeza física relacionada à quantidade de calor que um corpo precisa receber ou perder
para mudar de estado físico. Em caso de substâncias com calor latente positivo, diz-se que o corpo está
recebendo calor e quando é negativo, o corpo está perdendo calor. Sua unidade de medida é a cal/g, ou seja,
caloria por grama.
Já o calor específico é a quantidade de calor necessário para que um corpo eleve em 1º C , 1 grama de sua
massa, de modo que quanto maior o calor específico de um corpo mais difícil será para ele elevar a sua
própria temperatura. Sua unidade de medida é cal/gºC.
Logo, o calor fornecido a um corpo que gera apenas variação de temperatura é denominado de específico;
caso haja mudança de fase, o calor será chamado de latente
.
d)A umidade do ar é o termo usado para descrever a quantidade de vapor d'água contido na atmosfera e não
abrange as outras formas em que a água pode se apresentar no sistema, ou seja, sob a forma líquida ou
mesmo sólida (gelo). Em outras palavras, representa a presença de vapor de água na atmosfera proveniente
da evapotranspiração que se processa tanto nas superfícies líquidas como nos vegetais e animais, e na
evaporação dos corpos hídricos pela ação da energia solar.
A umidade relativa, por sua vez, equivale à razão entre o conteúdo real de umidade de uma dada amostra de
ar e a quantidade de umidade que o mesmo volume de ar consegue conservar em uma mesma temperatura e
pressão quando saturado.
Dessa forma, a umidade do ar é a quantidade total de vapor de água presente na atmosfera, enquanto a
umidade relativa do ar é a quantidade de vapor de água existente até o seu ponto de saturação, ou seja, até a
quantidade máxima possível de presença de água no ar antes que ela se precipite.
22. Para saber qual das alternativas abaixo apresenta maior valor de umidade relativa do ar, deve-se calcular,
para cada uma das alternativas, a Depressão Psicrométrica (Dp), em graus Celsius (°C), que corresponde a
diferença entre as temperaturas do bulbo seco (Ts) e do bulbo úmido (Tu). Feito isso, deve-se utilizar as
tabelas de valores da umidade relativa do ar para psicrômetro sem aspiração, nas diferentes escalas de Dp,
para obter o valor da umidade relativa equivalente ao valor da Depressão Psicrométrica encontrada em cada
uma das alternativas:
a. Ts = 32C, Tu = 23C
Cálculo da Depressão Psicrométrica:
Dp = Ts - Tu
Dp = 32º C - 23º C
Dp = 9º C
A partir da verificação das tabelas, obtém-se o valor da umidade relativa, equivalente a 44%
b. Ts = 82F, Tu = 25C
Transformação da Temperatura do Bulbo Seco (Ts = 82F), de Fahrenheit, para Celsius:
°𝐶 = °𝐹 −321,8
𝑇𝑠 (°𝐶) = 𝑇𝑠 (°𝐹) −321,8
𝑇𝑠 (°𝐶) = 82° 𝐹 −321,8
𝑇𝑠 (°𝐶) = 27, 7778
𝑇𝑠 (°𝐶) ≃ 27, 8
Cálculo da Depressão Psicrométrica:
Dp = Ts - Tu
Dp = 27,8º C - 25º C
Dp = 2,8º C
A partir da verificação das tabelas, obtém-se o valor da umidade relativa, equivalente a 79%
c. Ts = 92F, Tu = 72F
Transformação da Temperatura do Bulbo Seco (Ts = 92F), de Fahrenheit, para Celsius:
°𝐶 = °𝐹 −321,8
𝑇𝑠 (°𝐶) = 𝑇𝑠 (°𝐹) −321,8
𝑇𝑠 (°𝐶) = 92 °𝐹 −321,8
𝑇𝑠 (°𝐶) ≃ 33, 3
Transformação da Temperatura do Bulbo Úmido (Tu = 72F), de Fahrenheit, para Celsius:
°𝐶 = °𝐹 −321,8
𝑇𝑠 (°𝐶) = 𝑇𝑠 (°𝐹) −321,8
𝑇𝑠 (°𝐶) = 72° 𝐹 −321,8
𝑇𝑠 (°𝐶) ≃ 22, 2
Cálculo da Depressão Psicrométrica:
Dp = Ts - Tu
Dp = 33,3º C - 22,2º C
Dp = 11,1 º C
23. Orvalho: é a condensação do vapor d'água sobre uma superfície mais fria. É formado preferencialmente
pela manhã, após uma noite sem nuvens e ventos, quando a umidade do ar se condensa em gotas de água
sobre os diversos tipos de superfície.
Nevoeiro: quando a condensação do vapor d'água, em geral associados à poeira, fumaça e outros
particulados, diminui consideravelmentea visibilidade humana, sendo menor do que 1 quilômetro. É
formada pela combinação alta umidade e baixa temperatura. Também é conhecido como smog (mistura de
neblina e fumaça).
Geada: ocorre quando a temperatura do ar em contato com o solo ou anteparos encontra-se abaixo do ponto
de congelamento (0° C) e provoca uma grande deposição de cristais de gelo sobre a superfície. Em outras
palavras é quando o orvalho se congela sobre qualquer superfície, formando cristais de gelo.
24. A chuva convectiva, é típica de regiões equatoriais, e ocorre devido à diferença de temperatura na
superfície próxima às camadas da atmosfera terrestre. Dessa forma, ao ocorrer algum desequilíbrio das
camadas de ar por algum fenômeno natural, o ar mais quente, menos denso, eleva-se às camadas mais altas
da atmosfera, enquanto o ar frio desce, por ser mais denso. Quando o ar quente sobe, carrega consigo
bastante umidade e sofre resfriamento. Ao resfriar-se, inicia-se o processo de condensação, podendo haver
formação de nuvens de chuva. A chuva convectiva é de abrangência local e, geralmente, tem pouca duração,
entretanto, apresenta maior intensidade.
A chuva frontal, também conhecida como chuva ciclônica, é a precipitação originada a partir do encontro
entre duas massas de ar: uma fria e seca e outra quente e úmida. Quando a massa de ar fria avança por uma
massa de ar quente, há o que chamamos de frente fria ou chuva de frente fria. Quando a massa de ar quente
avança por uma massa de ar fria, há ocorrência da frente quente, ou chuva de frente quente. As principais
características da chuva frontal são a duração e a intensidade. Normalmente, esse tipo de chuva é de longa
duração e sua intensidade pode variar.
A chuva orográfica, também conhecida como chuva de relevo, é a precipitação associada a barreiras naturais
determinadas pelo tipo de relevo da região. Essas barreiras ou obstáculos podem ser, por exemplo, serras,
cordilheiras ou montanhas. Esse tipo de chuva é formado quando uma massa de ar úmida vinda do oceano
encontra uma barreira natural, sendo forçada a elevar-se, alcançando então grandes altitudes. Quando essa
massa de ar úmida eleva-se, acaba resfriando-se, sofrendo condensação e posteriormente precipitando-se. A
chuva orográfica é comum em grandes áreas apresentando grande duração e baixa intensidade.
Logo, esses três tipos de chuva resultam do contato de uma nuvem saturada de vapor de água com uma
camada de ar frio, entretanto, eles se diferem na maneira que esse contato ocorre. E, essa diferença no seu
processo de formação desses tipos de chuvas, faz com que elas tenham diferentes características, no que
tange a intensidade e a duração.
25. O gradiente de pressão (normalmente de ar, mas mais geralmente de qualquer fluido) é uma quantidade
física que descreve em qual direção e a que taxa a pressão aumenta mais rapidamente em torno de um
determinado local. Dessa forma, um gradiente de pressão existe quando a pressão do ar varia de um lugar
para o outro.
A variação espacial da pressão atmosférica ocasiona a formação de gradientes barométricos horizontais,
criando assim a força de gradiente de pressão.
Logo, a Força do Gradiente de Pressão, surge devido às variações espaciais (o que chamamos de gradiente)
no campo da pressão. O conceito de pressão atmosférica vem da teoria cinética dos gases, e pode ser definida
como sendo a força exercida pela colisão das moléculas do ar, em movimentos aleatórios, sobre uma
superfície qualquer. No caso da atmosfera, a pressão é definida como o peso da coluna de ar sobre a unidade
de área. A força gravitacional faz com que as moléculas de ar se comprimam nos níveis mais próximos à
superfície. A diminuição gradativa da massa do ar quando se vai para os níveis mais altos faz com que o
peso, ou seja a pressão, diminua com a altura. A taxa de variação vertical da pressão, isto é, o gradiente
vertical da pressão é bem maior que os gradientes horizontais normalmente observados. Entretanto, são esses
pequenos gradientes horizontais uma das principais causas (ou força) que provoca o movimento do ar.
Quanto maior o gradiente horizontal de pressão, maior será a força do gradiente de pressão e, por
conseguinte, a aceleração.
Já o vento, por definição é o ar em movimento, e, quanto maior for a diferença de pressão entre as regiões,
maior será a velocidade do vento, ocasionando sérios fenômenos climáticos como vendavais ou furacões.
Dessa forma, os ventos são deslocamentos de ar das zonas de alta pressão para zonas de baixa pressão.
Para a velocidade do vento, existem diferentes unidades de medição:
- quilómetros por hora (km/h): 1 km/h = 0.27778 m/s
- metros por segundo (m/s): 1 m/s = 3.6 km/h
- nós (kn): 1 kn = 1.852 km/h
- Beaufort
26. Força da Gravidade: acelera o ar para baixo, mas não modifica a componente vertical do vento.
Força do Gradiente de Pressão: Acelera o ar das regiões de alta pressão para as regiões de baixa pressão.
Força de Coriolis: desvia os ventos para a direita de sua direção de movimento no Hemisfério Norte, e para a
esquerda no Hemisfério Sul.
Força de Atrito: desacelera os ventos próximos à superfície.
27. A relação entre o espaçamento das isóbaras e a velocidade dos ventos é que quanto mais estreita for a
distância das isóbaras entre si, maior será a intensidade e a velocidade dos ventos.
Na climatologia, o sentido do vento é indicado pela direção de onde o vento é proveniente, ou seja, de onde
ele vem. O sentido é expresso tanto em termos da direção de onde ele provém como em termos do azimute,
isto é, do ângulo que o vetor da direção forma com o Norte geográfico local. Assim, um vento de SE terá um
ângulo de 135º.
28. a) Visto que, ar tende a mover-se das regiões de pressão mais alta para as de pressão mais baixa, temos,
considerando, por exemplo, que as posições que estão em análise seja o mar e o continente, temos,
acontecendo, por ventura até mesmo o efeito de brisas marítimas :
b) Um gradiente de pressão existe quando a pressão do ar varia de um lugar para o outro. Pode-se demonstrar
que o componente vertical da força do gradiente de pressão é dado por: , desta forma, a
intensidade é : 1,3x10^-3 Pa/m
29.
Ao analisar os mapas observamos que algumas células de pressão são configurações mais ou menos
permanentes, como as altas subtropicais, e podem ser vistas em janeiro e julho. Outras, contudo, são
sazonais, como a baixa no sudoeste dos Estados Unidos em julho ou a baixa no Brasil Central em janeiro. A
variação sazonal é mais evidente no HN.
Relativamente pouca variação de pressão ocorre do inverno para o verão no HS, o que pode ser atribuído à
dominância da água. As variações mais notáveis são os deslocamentos sazonais de 5° a 10° em latitude das
altas subtropicais, que acompanham a incidência vertical dos raios solares.
As maiores variações observadas devem-se às flutuações sazonais de temperatura sobre os continentes,
especialmente aqueles em latitudes médias ou maiores.
No HN em janeiro (inverno) há uma forte alta sobre a Eurásia e uma alta mais fraca sobre a América do
Norte. As altas subtropicais nos oceanos enfraquecem, embora mantenham sua identidade. Aparecem duas
células ciclônicas: as baixas das Aleutas e da Groenlândia. Altas temperaturas na superfície dos continentes
no verão geram baixas que substituem as altas do inverno. Uma delas se desenvolve no norte da Índia e outra
no sudoeste dos Estados Unidos. Além disso, pode-se notar que durante o verão as altas subtropicais no HN
são mais intensas que durante o inverno. No HS, no verão, ocorrem três centros de alta pressão subtropical
localizados sobre o Atlântico, Pacífico e Índico. Estes centros quase se tocam, caracterizando quase uma
faixa subtropical de altas pressões. Na região de baixas pressões do equador ocorrem três centros de baixa:
na América do Sul, África do Sul e Indonésia. No inverno, a faixa subtropical de altas pressões apresenta os
centros sobre o Atlântico, Pacífico e Índico mais intensos e um quarto centro sobre a Austrália.
Um aspecto importantea ressaltar é a migração sazonal da ZCIT, que acompanha a migração da zona de
baixa pressão equatorial. Estes movimentos são maiores sobre os continentes que sobre os oceanos, devido à
maior estabilidade térmica dos oceanos.
30. A partir da circulação dos ventos, ocorre o Efeito Coriolis, que provoca o desvio na direção dos ventos e
sendo responsável pelo movimento das correntes marítimas e do sentido de formação de tornados e furacões,
anti-horários ou horários, dependendo do hemisfério e da estação do ano. Este desvio ocorre em virtude da
rotação, em que os ventos, a partir da área de dispersão, desviam-se para a direita no hemisfério norte e para
a esquerda no hemisfério Sul. Dessa forma, o efeito da força de Coriolis é o desvio dos ventos na faixa
intertropical resultante do movimento rotacional terrestre. E, esse efeito é responsável pela estrutura circular
de ciclones e anticiclones, de modo que a movimentação dos ventos nas áreas anticiclonais do Hemisfério
Norte se dá em sentido anti-horário e no sentido horário nas áreas de alta pressão do Hemisfério Sul. O
Efeito Coriolis também interfere na dinâmica das correntes oceânicas e redemoinhos.
Portanto, entende-se que a Força de Coriolis, no hemisfério Norte, que possui um giro anti-horário, a
Força de Coriolis age sempre no sentido de desviar o movimento para a direita. No caso do hemisfério Sul, a
Força de Coriolis age no sentido de desviar o movimento para a esquerda.
31. Os ventos alísios sopram dos trópicos para o Equador, ou seja, de uma área ciclonal para uma
anti-ciclonal, favorecendo a convergência de ventos (Zona de Convergência intertropical - ZCIT). Os ventos
alísios é um tipo de vento constante e úmido que tem ocorrência nas zonas subtropicais em baixas altitudes.
Ele sopra nos trópicos na região do Equador de leste para oeste e por serem úmidos provocam grande
incidência de chuvas. Esses ventos atuam diretamente no clima do planeta ocorrendo durante todo o ano em
locais onde as temperaturas são mais altas e a pressão atmosférica é menor. Vale lembrar que o ar quente é
mais leve que o ar frio e as circulações de ar ocorrem por meio das diferenças de pressão atmosférica.
Já os ventos do oeste, por sua vez, são ventos prevalecentes nas latitudes médias (entre as latitudes
30º e 60º) que sopram de áreas de alta pressão em zonas subtropicais para os pólos. Os ventos são
predominantes do sudoeste no Hemisfério norte e do noroeste no Hemisfério sul. Os ventos do oeste podem
ser particularmente fortes, especialmente no Hemisfério sul, onde há menos terras emersas nas latitudes
médias para causar a fricção de relevo e consequentemente reduzindo a velocidade dos ventos. Os ventos do
oeste mais fortes nas latitudes médias podem vir dos quarenta rugidores, as áreas entre as latitudes 40° e 50°
de latitude. Os ventos do oeste têm um papel importante em carregar águas e ventos quentes e equatoriais
para as costas oestes dos continentes, especialmente no Hemisfério sul, onde há mais oceanos do que terras
emersas.
32. As brisas são ventos periódicos que sopram, durante o dia, do mar para o continente, compondo as brisas
marítimas e, durante a noite, do continente para o mar, formando as brisas terrestres. O seu procedimento de
formação é semelhante ao das monções, sendo influenciadas pelos efeitos de continentalidade e
maritimidade, alterando a pressão conforme a variação da temperatura durante o dia e a noite. Ou seja,
durante o dia, o continente está mais quente e forma um centro de baixa pressão, ao passo que as águas do
oceano ainda estão frias (centro de alta pressão), assim as brisas marítimas se formam e direcionam os ventos
úmidos vindos do oceano para o continente. Já as brisas continentais, se formam durante à noite, e
direcionam os ventos secos do continente, que já se resfriou, para o oceano, que ainda está quente e formou
um centro de baixa pressão.
Já as monções são ventos periódicos que, durante o inverno asiático, sopram da Ásia para o oceano
Índico, formando as monções de inverno. Caracterizam-se como ventos frios e secos. Durante o verão
asiático, sopram do oceano Índico para a Ásia, formando as monções de verão. Estas propiciam abundantes
chuvas sobre uma extensa área do sul e sudeste asiáticos. Seu mecanismo de formação depende diretamente
dos efeitos da continentalidade e maritimidade que marcam esta região da Ásia, pois a variação da
temperatura durante as estações de verão e inverno formam áreas de alta e baixa pressão sobre o oceano e o
continente, direcionando estes ventos conforme esta variação barométrica. Isto é, no verão, a maior
incidência dos raios solares sobre o continente auxilia em seu aquecimento (maior facilidade em elevar em
1ºC a sua temperatura, logo, possuindo maior calor específico), e assim, forma-se uma zona de baixa pressão.
Sistema de monções durante o inverno e verão, respectivamente. Ao passo que sobre as águas do Oceano
Ìndico, ainda frias porque a água possui baixo calor específico e demora mais tempo para se aquecer, irá se
formar uma zona de alta pressão. Desta forma, seguindo a lei dos gases para a formação dos ventos, estes
irão sempre se direcionar das áreas de alta para baixa pressão, ou seja, do oceano para o continente, neste
caso, levando as chuvas de monção para o continente sul asiático.
Em regiões com relevo recortado, a variação de temperatura é bastante evidente. O topo de
montanhas fica mais suscetível ao recebimento de energia solar durante o dia, ao mesmo tempo que, durante
as noites, libera esta energia mais facilmente e de maneira mais rápida. Ao contrário, os vales, tendo sua
recarga de energia bloqueada pelas regiões mais altas e seu tempo de exposição ao Sol reduzido, recebem
menos energia durante o dia, enquanto que apresentam dificuldade de liberá-la durante a noite. Assim,
durante o dia, o topo da montanha está com uma temperatura maior que o vale. Cria-se, portanto, uma zona
de baixa pressão na montanha concomitantemente a criação de uma zona de alta pressão no vale. Ocorre,
consequentemente, um deslocamento ascendente do vento quente pelas encostas. Esta é a brisa de vale. Os
ventos formados pela brisa de vale são conhecidos como upslope, ou anabáticos. Como consequência da
ascensão de ar, ocorre a formação de nuvens do tipo cumulus.
Já durante as noites, o topo da montanha está com uma temperatura menor que o vale. Cria-se,
assim, um centro de alta pressão na montanha e um centro de baixa pressão no vale. O vento, que nesta
situação é frio, passa, então, a descer as encostas. Esta é a brisa de montanha. Este tipo de brisa não está
relacionada com a formação de nuvens, como no caso anterior. Existe geralmente a formação de nevoeiros e
geadas no vale. Estes ventos são conhecidos como downslope ou catabáticos.
33. O fato de que o ar úmido é mais leve do que o ar seco sob as mesmas condições de temperatura e pressão
é denominado de efeito de flutuabilidade do vapor. Esse efeito permite que o ar frio e úmido suba, formando
nuvens e tempestades nos trópicos da Terra. Enquanto isso, o ar quente e seco afunda sob um céu limpo. O
resultado líquido é que a atmosfera da Terra emite mais energia para o espaço do que o faria se não existisse
a flutuabilidade do vapor.
Estudos indicam que a leveza do vapor de água aumenta a emissão térmica da Terra entre 1 e 3 watts
por metro quadrado nos trópicos. Esse valor é comparável à quantidade de energia capturada pela duplicação
da quantidade de dióxido de carbono na atmosfera. E os cálculos sugerem ainda que os efeitos radiativos da
flutuabilidade do vapor aumentam exponencialmente com o aquecimento climático.
Dessa forma, tem-se que o ar frio também pode subir devido a um efeito que tem sido negligenciado
pelos cientistas: A leveza do vapor de água. E, esse efeito ajuda a estabilizar o clima tropical e a amortecer
alguns dos impactos de um clima que está se aquecendo. Isso porque, apesar do vapor de água ser um
importante gás de efeito estufa que aquece o planeta, o vapor de água tem um efeito de flutuabilidade queajuda a liberar o calor da atmosfera para o espaço e reduzir o grau de aquecimento. Sem essa leveza do vapor
de água, o aquecimento climático seria ainda pior.
Logo, tem-se profundas implicações que a flutuabilidade do vapor de água tem sobre o equilíbrio
climático e energético da Terra e essa característica nos permite entender como a leveza da água regula o
clima tropical.
34. Quando a massa de ar frio provoca o recuo de uma massa de ar quente, formam-se as frentes frias,
provocando rápidas quedas de temperatura, com chuvas e trovoadas que podem ser bem rápidas, dependendo
da velocidade com que a frente fria se desloca.
Dessa forma, tem-se que após a passagem da frente quente, as condições do tempo parecem mais
amenas, e a pressão atmosférica declina mais lentamente. O céu brilha um pouco, enquanto, espessas nuvens
do tipo nimbus-estratos se transformam em estrato-cúmulos. Em pouco tempo, o céu irá se abrir
completamente. Porém, este cenário dura pouco. Densas e gigantescas nuvens do tipo cúmulos prenunciam a
chegada de uma frente fria, na qual a massa polar avança rapidamente abaixo do ar tropical, úmido e quente.
A frente fria declina de modo muito mais abrupto do que a frente quente, e fortes correntes de ar ascendentes
podem ocasionar tempestades violentas. Enormes cúmulos-nimbos se formam por toda a frente, trazendo
chuva forte e até tempestades durante a sua passagem. Todavia, apesar de mais intensas, tais tempestades são
pouco duradouras e podem terminar em até uma hora. E à medida que a frente se afasta, o ar se torna mais
frio e rapidamente as nuvens se dispersam, restando apenas alguns cúmulos.
35. a) As nuvens são formadas pelo resfriamento do ar até a condensação da água, devido à subida e
expansão do ar. É o que sucede quando uma parcela de ar sobe para níveis onde a pressão atmosférica é cada
vez menor e o volume de ar se expande. Esta expansão requer energia que é absorvida do calor da parcela, e,
por isso, a temperatura desce. Este fenômeno é conhecido por resfriamento adiabático. A condensação e
congelamento ocorrem em torno de núcleos apropriados, processos que resultam ao resfriamento adiabático,
o qual, em troca, resulta de ar ascendente.
Uma vez formada a nuvem poderá evoluir, crescendo cada vez mais, ou se dissipar. A dissipação da nuvem
resulta da evaporação, das gotículas de água que a compõem motivada por um aumento de temperatura
decorrente da mistura do ar com outra massa de ar mais aquecida, pelo aquecimento adiabático ou, ainda,
pela mistura com uma massa de ar seco.
b) Estágio Baixo: Nuvem Cumulus: são nuvens isoladas que apresentam uma base sensivelmente horizontal,
tem contornos bem definidos, uma cor bem branca quando iluminada pelo sol, provoca chuvas na forma de
pancadas, constituídas principalmente por gotículas de água, mas podem conter cristais de gelo no topo.
Estágio Médio: Nuvem Altocumulus: nuvem cinza (às vezes branca) que apresenta sombras próprias e tem a
forma de rolos ou lâminas fibrosas ou difusas. Raramente contém cristais de gelo e por entre as nuvens deste
tipo é possível enxergar pedaços do céu claro.
Estágio Alto: Nuvem Cirrus: são nuvens com brilho sedoso, isoladas e formadas por cristais de gelo
parecendo convergir para o horizonte. Podem se formar da evolução da bigorna da cumulonimbus.
36. O método de Köppen-Geiger é baseado no pressuposto de que a vegetação natural de cada grande região
da Terra é essencialmente uma expressão do clima nela prevalecente. No entanto, esse método possui
limitações como a falta de base racional na seleção dos valores de temperatura e precipitação para diferentes
zonas climáticas, além do mais, sua utilização prática implica na análise de uma chave dicotômica como
critério para descrever aproximadamente 30 classes climáticas, tornando este método muito trabalhoso,
complexo e passível a erros, quando não utilizado por especialistas.
Ademais, existem outras formas de classificação bastantes usadas e uma delas é a classificação climática de
Thornthwaite, a qual consiste na comparação de dados de evapotranspiração potencial com dados de
precipitação e com base nesses dados, foram calculados vários índices que compõe o balanço hídrico. O
índice de umidade total – Im avalia a efetividade da precipitação, visto que é necessário saber se a
precipitação é maior ou menor do que evapotranspiração. Ele é usado para classificar o clima em 9 classes,
numa escala de umidade que vai do seco ao muito úmido.

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