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Gestão de Turismo Geografia Aplicada ao Turismo Aula nº 03 – Turismo e Representações Profa. (Me.) Valéria de Meira Albach Gestão de Turismo | Geografia Aplicada ao Turismo | Aula n°03 2 Introdução Nesta aula vamos relembrar e aprender sobre as representações e sua utilidade e aplicação no turismo. A localização é muito importante na atividade turística, as representações visuais facilitam o deslocamento e a compreensão do espaço. Quando falamos em representações, o mapa é um tipo essencial para o turismo, mesmo não reproduzindo fielmente o terreno ele é uma construção que seleciona alguns aspectos usando um sistema de símbolos a partir de coordenadas com distâncias e direções. Pensaremos sobre os símbolos e as convenções que a cartografia se vale e assim, gera contribuições para as atividades turísticas. Noções de Cartografia Para os deslocamentos os mapas acabam sendo imprescindíveis tanto no planejamento quando na atividade em si. Hoje contamos com o auxílio dos satélites que devido a tecnologia e o trabalho de geoprocessamento, trazem esse recurso para o nosso dia a dia de maneira eficaz que acessamos por nosso computadores, telefones celulares e GPS. Os mapas nos auxiliam a localizar qualquer porção da superfície da Terra, facilitando a nossa orientação no espaço geográfico. A cartografia se apoia no uso de convenções para facilitar a nossa compreensão do espaço. Assim como a geografia se preocupa também dar nomes aos elementos do espaço e em formas de regionalizar. Por exemplo, a divisão dos continentes onde o critério prioritariemente utilizado foi de aspectos naturais estabelecendo a América, a Europa, a África, a Ásia e a Oceania. Já na divisão norte e sul, estabelecendo que os países ricos ou industrializados estão ao norte os países pobres, subdesenvolvidos ou em desenvolvimento estão ao sul leva em conta critérios sociais, políticos ou econômicos. Gestão de Turismo | Geografia Aplicada ao Turismo | Aula n°03 3 Pensando em convenções e critérios para compreendermos a superfície de nosso espaço terrestre, relembremos: - Linhas da Rede Geográfica: dispostas no sentido norte-sul (vertical) recebem o nome de meridianos, enquanto que aquelas dispostas no sentido leste-oeste (horizontal) são denominadas de paralelos. Permitem a localização precisa de qualquer ponto sobre sua superfície, bem como orientar a confecção de mapas. - Meridianos: são semicircunferências de círculos máximos, cujas extremidades são os dois pólos geográficos da Terra. Ele divide a Terra em dois hemisférios: um a leste (oriental) e outro a oeste (ocidental). Meridiano de origem: (também conhecido como inicial ou fundamental) é aquele que passa pelo antigo observatório britânico de Greenwich, escolhido convencionalmente como a origem (0°) das longitudes sobre a superfície terrestre e como base para a contagem dos fusos horários. A leste de Greenwich os meridianos são medidos por valores crescentes até + 180°. A oeste, suas medidas são decrescentes até o limite mínimo de - 180°. - Paralelos: são círculos da esfera cujo plano é perpendicular ao eixo dos pólos. O Equador é o paralelo que divide a Terra em dois hemisférios: Norte e Sul, considerado como o paralelo de origem (0°). Partindo do Equador em direção aos pólos temos vários planos paralelos ao equador, cujos tamanhos vão diminuindo, até se tornarem um ponto nos pólos Norte (+90°) e Sul (-90°). Equador: é o paralelo cujo plano é perpendicular ao eixo da Terra e está equidistante dos pólos geográficos. Existem outros paralelos que ocupam posições geograficamente estratégicas, sendo eles: Trópico de Câncer, Trópico de Capricórnio, Círculo Polar Ártico e Círculo Polar Antártico. Gestão de Turismo | Geografia Aplicada ao Turismo | Aula n°03 4 http://aprenderbrincando.no.sapo.pt/localizacao.htm - Coordenadas Geográficas Longitude: utiliza-se os meridianos, sendo assim deve-se indicar se o valor refere-se ao Hemisfério Leste ou Oeste. Latitude: utiliza-se os paralelos, sendo assim, deve-se indicar se o valor refere-se ao Hemisfério Norte ou Sul. Para descobrir a coordenada geográfica de um ponto necessitamos dos dois valores, latitude e longitude, seguindo esta ordem. O ponto A está na corrdenadada geográfica com latitude 60º norte e longitude 30º leste, já o ponto B tem latituide 30º sul e longitude 120º oeste. A Cartografia e os Mapas A cartografia não é uma ciência. É uma técnica de confecção e leitura de mapas e correlatos. Para a Geografia, a cartografia exerce um papel importante, pois tem como objetivos a representação da Terra ou de parte dela, fornecendo ferramentas importantes para o estudo do espaço, do território ou das paisagens. A utilização de mapas pela sociedade é muito antiga. O mapa surgiu mesmo antes da invenção da escrita. Eles eram confeccionados para mostrar as áreas onde havia caça e pesca ou marcar o caminho para casa. 0º 0º 30º30º 30º 30º 60º 60º 60º 60º EQUADOR ME RI DI AN O DE G RE EN W IC H 90º90º 120º120º 150º 150º A B Gestão de Turismo | Geografia Aplicada ao Turismo | Aula n°03 5 O mapa mais antigo é uma placa de argila com cerca de 4.500 anos, onde está representada parte da Mesopotâmia. Os primeiros mapas eram bastante rudimentares. O avanço da tecnologia (sensoriamento remoto, radares, fotos de satélites), permitiu que os mapas fossem aprimorados e se tornassem cada vez mais precisos. Porém, apesar de todas as inovações tecnológicas aplicadas à cartografia, vale destacar que não existe uma representação ideal, perfeita, traduzindo fielmente o real. Toda representação apresenta distorções, ou seja, problemas nas projeções. Outro problema da cartografia é a redução da realidade complexa a uma folha de papel. Diante dessas dificuldades é necessária a utilização de escalas e projeções adequadas, que são técnicas cartográficas. Mapas Os mapas são um instrumento ou uma linguagem, essencial aos estudos geográficos, para visualizar e explicar a localização dos fenômenos na superfície terrestre. Uma das principais preocupações da Geografia é a localização dos fenômenos ou atividade: de um edifício, uma rua, uma cidade, uma floresta, uma atividade econômica, um pais, etc. Localizar significa indicar ou apontar uma posição no espaço, ou seja, na superfície terrestre. Podemos usar vários instrumentos para localizar algo no espaço geográfico: imagens de satélites, fotografias aéreas e, também os mapas. Vamos conhecer os elementos de um mapa: Título: é o nome do mapa, normalmente aquilo que ele retraia. Por exemplo: "Climas do Brasil" ou “Densidades demográficas no mundo" Símbolos e convenções (legendas): Os símbolos são as convenções Gestão de Turismo | Geografia Aplicada ao Turismo | Aula n°03 6 cartográficas, isto é, desenhos especiais, como, por exemplo, uma bola preta, uma outra bola menor hachurada, um triângulo verde ou um pequeno avião, que representam determinados fenômenos que foram mapeados, como por exemplo, uma cidade grande, uma cidade média, um parque ou um aeroporto Normalmente, o significado de cada símbolo, ou convenção cartográfica, utilizado no mapa encontra-se ao lado (ou embaixo) dele, na legenda. A legenda, portanto, é a explicação a respeito do significado de cada símbolo que existe no mapa Indicador de direção (N): indica sempre a direção Norte. Assim, permite que se encontre os demais pontos cardeais. Deve-se indicar a parte superior do mapa para a direção “Norte” do localonde estamos. Linhas (paralelos e meridianos): as linhas que existem nos mapas representam os meridianos (longitude) e os paralelos (latitude). Entendendo os tipos de representações visuais da superfície terrestre segundo Almeida et. al. (2007) : Mapas: compreende toda representação de parte da superfície terrestre em escalas geralmente pequenas. Resulta de um levantamento preciso, exato da superfície terrestre, mas em escala menor. Plantas: é um tipo de representação gráfica em escala grande, destinada a fornecer informações detalhadas de uma determinada área. Cartograma: é um tipo de representação que não se preocupa com limites exatos, mas com informações que serão objeto da distribuição espacial no interior do mapa. Carta: como o mapa, resulta de um levantamento preciso da superfície da Terra, mas em escala geralmente grande e, portanto, com algum detalhe. Croquis: é um esboço que não requer, na sua elaboração, o rigor técnico dos mapas e cartas. Geralmente contém informações sobre uma pequena área, suprindo a falta de uma representação cartográfica mais elaborada e detalhada. ESCALA A escala é a proporção, ou relação numérica, entre o mapa e a realidade que ele representa. É evidente que o mapa é sempre uma representação que diminui bastante o tamanho da área mapeada, fato que nos permite visualizá-la melhor, isto Gestão de Turismo | Geografia Aplicada ao Turismo | Aula n°03 7 é, ter uma idéia de conjunto, perceber melhor as relações entre os inúmeros lugares. Existem as escalas gráfica e numérica e uma boa parte dos mapas possui ambas. Uma escala numérica (ou fracionária) é aquela que mostra a relação entre dois números: o numerador (sempre o número 1) e o denominador (que varia bastante). Vejamos, por exemplo, a escala 1:1.000.000. O que significa essa escala? Significa que a área representada no mapa é um milhão de vezes maior do que ele, ou seja, para cada 1 cm no mapa existe um milhão de centímetros na realidade. Como dizemos nossas distâncias em centímetros, convertemos para outras unidades de medida como os quilômetros. Que tal lembrarmos das unidades de medida aplicadas às escalas de mapas? Então, vamos lá: ESCALA Km hm da m m dm cm mm 1 cm é igual a 1:100 1 0 0 1 m 1:10.000 1 0 0 0 0 100 m 1:1.000.000 10 0 0 0 0 0 10 Km 1:10.000.000 100 0 0 0 0 0 100 Km 1:50.000 5 0 0 0 0 500 m 1:5.000.000 50 0 0 0 0 0 50 Km 1:3.500.000 35 0 0 0 0 0 35 Km 1:31.500.000 315 0 0 0 0 0 315 Km km = quilômetro m = metro mm = milímetro hm - hectômetro dm = decímetro dam = decâmetro cm = centímetro Quanto à escala gráfica, ela tem o mesmo significado da numérica, mas é representado de outra forma, por meio de um desenho ou um gráfico que mostra mais diretamente as distâncias no mapa. Essa escala de 1:1.000.000, por exemplo, expressa na forma gráfica, ficaria assim:1 cm = 10 km. O numerador da escala, o número 1, é invariável. O denominador, que vem depois do sinal e à direita do numerador, varia bastante, dependendo do tamanho da Gestão de Turismo | Geografia Aplicada ao Turismo | Aula n°03 8 escala. A escala será definida tendo por base o tamanho da área mapeada e do detalhamento que se deseja alcançar. Normalmente o nosso planeta, ou mesmo um continente, é mapeado com uma escala pequena (denominador “grande”), pois o detalhamento é pouco. Uma localidade (vila, bairro), será mapeada por uma escala grande (denominador “pequeno”), pois o detalhamento será muito maior. PARA SABER MAIS: Consultando o Atlas Escolar do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística você pode relembrar e aprender sobre diversos temas e consultar mapas, mas destacamos a interessante explicação sobre Sistema de Posicionamento Global (GPS) no http://atlasescolar.ibge.gov.br Fusos Horários As horas também seguem representações e convenções. Para a compreensão dos fusos horários, é necessário recordarmos o movimento de rotação da Terra. Nosso planeta demora, aproximadamente, 24 horas para dar uma volta de 360º em torno do seu eixo polar. Com base nessas informações, podemos considerar que sempre teremos 24 horas distintas no planeta e que dividindo 360º da esfera terrestre por 24 horas de duração do movimento de rotação, teremos para cada 15º da esfera 1 hora. A este espaço denominamos de fuso horário. Assim, cada fuso horário equivale à 1 hora e corresponde a 15º. Os fusos horários têm sua hora definida pelo Meridiano de Greenwich (GMT). O movimento de rotação acontece de Oeste para Leste. Assim, as regiões que estão à leste do Meridiano de Greenwich terão horas adiantadas em relação a ele, enquanto que as localidades que estão a Oeste, terão horas atrasadas em relação a este mesmo fuso. O meridiano oposto a Greenwich (180º), corresponde a Linha Internacional de Data (LID). Neste fuso a hora é a mesma, mas, os dias serão “diferentes”. Você sabe quantos fusos horários tem o Brasil? Gestão de Turismo | Geografia Aplicada ao Turismo | Aula n°03 9 O primeiro fuso brasileiro (longitude 30° O) tem duas horas a menos que a de do meridiano de Greenwich (GMT). O segundo (45° O) tem três horas a menos e é a hora oficial do Brasil. O terceiro fuso (longitude 60° O) tem quatro horas a menos. O fuso que tinha cinco horas a menos em relação à GMT deixou de existir em 24 de abril de 2008, quando a Lei Federal nº 11.662 reduziu a quantidade de fusos horários do Brasil para três. São eles usando a sigla oficial UTC que significa Tempo universal coordenado: UTC −2: Atol das Rocas,Fernando de Noronha,São Pedro e São Paulo, Trindade e Martim Vaz. UTC −3 (horário de Brasília):Distrito Federal, regiões Sul, Sudeste eNordeste; estados de Goiás, Tocantins,Pará e Amapá. UTC – 4: estados do Mato Grosso, Maro Grosso do Sul, Amazonas, Rondônia, Acre e Roraima. Confir no mapa os fusos horários brasileiros DICA: É importante saber a lógica para a determinação dos horários pelo mundo. Mas como dependemos de convenções, dos horários de verão, das mudanças, alguns instrumentos nos ajudam a não perder a hora, como o: http://24timezones.com/hora_certa.php http://www.horadebrasilia.com/fuso-horario.php http://www.horadebrasilia.com/fuso-horario.php Gestão de Turismo | Geografia Aplicada ao Turismo | Aula n°03 10 Cartografia Aplicada ao Turismo Quando viajamos a localização é fundamental. Materiais de qualidade contribuem para uma melhor experiência turística. Isso vale para folders, imagens presentes em guias turísticos, em placas, em revistas etc. Os materiais com apoio da cartografia aplicados ao turismo facilitam: - a orientação: apontando os sentidos N, S, L, O, mesmo sem o ponto específico, se há indicação há alguma orientação. - localização: contribui para sabermos a localização de atrativos turísticos, equipamentos e serviços. - divulgação: nas representações podemos incluir elementos de divulgação (símbolos, anúncios, etc) valorizando locais específicos. - planejamento de destinos: para o trabalho de gabinete as representações são eficazes para se estabelecer roteiros, estratégias de sinalização, indicações de necessidades estruturais (obras), dentre outras ações. Infelizmente, boa parte dos destinos turísticos se apoiam mais em croquis do que em mapas em seus materiais de divulgação e orientação ao turista. Nos croquis comumente vemos elementos coloridos e confusos que acabam por confundir os visitantes, já que não oferecem escalas verídicas oferecendo distâncias ilusórias e que não correspondem à realidade. Algumas dicaspara um mapa turístico: - Não precisa de longas legendas - Deve apresentar as vias de deslocamento, a localização e os tipos de atrativos turísticos. - Os desníveis no terreno devem ser ressaltados facilitando o deslocamento a pé ou de bicicleta. - Fotografias ou desenhos representativos têm importante participação na elaboração dos signos iconográficos (como os pictogramas). Em muitos casos, eles constituem a legenda, facilitando a comunicação. - Quanto a escala ela deve se preocupar menos com a proporção e tomar-se mais indicadora de conteúdos para a análise da complexidade do real, que é multiescalar. Gestão de Turismo | Geografia Aplicada ao Turismo | Aula n°03 11 - Podem se valer de traçados, desenhos, cores, fotografias e outras formas criativas com o objetivo de informar e chamar a atenção; nunca o de desviar a atenção. - Devem contemplar a disponibilidade de acesso ao local (pequenos mapas contendo as principais estradas e vias de acesso), localização das principais ruas, avenidas e principais estruturas turísticas (hotéis, pousadas, restaurantes) e atrativos turísticos em suas respectivas localizações. - Quando os atrativos localizarem-se em pontos distantes, o mapa deve indicar a direção e as distâncias entre eles e os pontos de referência, que geralmente são as cidades-sede. Podemos relacionar a cartografia com o turismo, na prática, isto é viajando para conhecer suas referências, observe e aprecie os exemplos: - Conhecendo o Observatório de Greenwich localizado no meridiano, um importante atrativo turístico na Inglaterra: http://www.visitlondon.com/things-to-do/place/450876- royal-observatory-greenwich - A capital do Estado do Amapá, Macapá, divulga-se como sendo a capital da metade do mundo, pois ali está a linha do Equador: http://www.setur.ap.gov.br/ - No país Equador foi criada uma atração chamada Cidade da Metade do Mundo: http://www.mitaddelmundo.com - O Turismo espacial está se desenvolvendo e haverá uma nova forma de observar a Terra e o espaço, você já pensou nisso? Veja no vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=ITwasGyXzps Sinalização Turística As representações devem nos auxiliar no deslocamento pela superfície terrestre também com indicações no terreno, por isso, destacamos a importância da sinalização para o turismo, tanto a indicativa, a de trânsito e a turística propriamente ditam que se faz de acordo com o Guia Brasileiro de Sinalização. A Sinalização de Orientação Turística faz parte do conjunto de sinalização de indicação de trânsito. Assim, deve seguir os mesmos objetivos e princípios Gestão de Turismo | Geografia Aplicada ao Turismo | Aula n°03 12 fundamentais, com vistas a garantir a eficiência e a segurança do sistema viário para os usuários das vias urbanas e rurais. A finalidade da sinalização é orientar os usuários, direcionando-os e auxiliando- os a atingir os destinos pretendidos. Dessa forma, para garantir sua homogeneidade e eficácia, é preciso que seja concebida e implantada de forma a assegurar a aplicação dos seguintes objetivos e princípios básicos: Legalidade • Cumprir o estabelecido no Código de Trânsito Brasileiro – CTB e nas Resoluções do Conselho Nacional de Trânsito – Contran. • Cumprir a legislação de preservação de sítios tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan e protegidos pela Lei de Arqueologia. Padronização • Seguir um padrão preestabelecido quanto a: Formas e cores dos sinais; letras, tarjas, setas e pictogramas; aplicação - situações idênticas sinalizadas da mesma forma; colocação na via ou nas localidades. Visibilidade, legibilidade e segurança • Ser visualizada e lida a uma distância que permita segurança e tempo hábil para a tomada de decisão, de forma a evitar hesitação e manobras bruscas. • Selecionar trajetos de fácil compreensão pa ra os usuários, com o objetivo de valorizar os aspectos de interesse cultural e turístico, levando em conta a segurança do trânsito. • Garantir a integridade dos monumentos destacados e impedir que a sinalização interfira em sua visualização. • Resguardar as peculiaridades dos sít ios. Suficiência • Oferecer as mensagens necessárias a fim de atender os deslocamentos dos usuários. • Auxiliar a adaptação dos usuários às diversas situações viárias. Continuidade e coerência • Assegurar a continuidade das mensagens até atingir o destino pretendido, Gestão de Turismo | Geografia Aplicada ao Turismo | Aula n°03 13 mantendo coerência nas informações. • Ordenar a cadência das mensagens, para garantir precisão e confiabil idade. Atualidade e valorização • Acompanhar a dinâmica dos meios urbano e rural, adequando a si nalização a cada nova realidade. • Assegurar a valorização da sinalização, mantendo -a atualizada e evitando gerar desinformações sucessivas. Manutenção e conservação • Estar sempre conservada, l impa, bem fixada e, quando for o caso, corretamente iluminada. Guia Brasileiro de Sinalização Veja na imagem exemplos de pictogramas e placas de sinalização, para saber seus significados acesse o Guia que se encontra nas referências da aula: http://rotadaamizade.wordpress.com/2011/06/06/governo-do-estado-de-santa- catarina-aumentara-a-sinalizacao-turistica-nas-rodovias-estaduais/ Gestão de Turismo | Geografia Aplicada ao Turismo | Aula n°03 14 Lembre-se: Na sua atuação profissional lembre-se sempre de indicar a confecção de representações dentro de padrões cartográficos pois as representações do espaço são fundamentais para o Turismo e as noções gerais de cartografia ajudam a orientar a confecção de mapas ou até mesmo de croquis. E com criatividade podemos transformar elementos imaginários para a compreensão do planeta em atrativos turísticos. Atividades 1. Julgue as afirmações com V (verdadeiras) e F (falsas) e aponte a alternativa correta: I. A cartografia tem como função a representação da Terra ou de parte dela. V II. A melhor forma de representar a terra é por meio de croquis que são confeccionados com grande rigor técnico. F pois os croquis não possuem rigor técnico III. Num mapa com escala 1:50.000 observa-se que cada 1cm no mapa corresponde a 500 metros no terreno em um deslocamento em linha reta. V IV. Se são meio dia no meridiano de Greenwich são 9 horas da manhã em Brasília.V a. V, V, F, V, b. V, F, V, V. c. F, F, V, F. d. V, F, F, V. 2. Aponte a afirmação correta sobre a relação Cartografia e Turismo: a. A sinalização turística não possui regras específicas, cada município pode compor sua estratégia de sinalização com símbolos e cores. Incorreta, pois há o Guia Brasileiro de Sinalização Gestão de Turismo | Geografia Aplicada ao Turismo | Aula n°03 15 b. Um mapa turístico deve ser confeccionado direcionado ao público que viaja de carro. Incorreto, pois deve facilitar o deslocamento por qualquer meio de locomação, incluive a pé ou de bicicleta. Podem existir mapas específicos. c. A escala de uma mapa turístico deve se preocupar menos com a proporção e tomar-se mais indicadora de conteúdos para a análise da complexidade do real. d. O Trópico de Capricórnio não possui potencial para ser atrativo turístico. Incorreto, todos os elementos cartográficos podem ser tornar atrativos, municípios localizados neste trópico já usam a ideia, inclusive já existiram expedições que percorreram todo o trópico. Referências ALMEIDA, R. A. et al. Geografia e Cartografia para o Turismo. São Paulo: IPSIS, 2007 – Caminhos do Futuro –Ministério do Turismo, AVT/IAP, NT/USP. IBGE. Atlas Escolar. 2012. Disponível em:< http://atlasescolar.ibge.gov.br/> MINISTÉRIO DO TURISMO/ DETRAN/IPHAN. Guia Brasileiro de Sinalização Turística. Disponível em:< http://www.turismo.gov.br/turismo/o_ministerio/publicacoes/cadernos_publicaco es/12manual_sinalizacao.html>
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