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Cartografia Básica: História e Conceitos

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Carta ao Aluno 
 
Caro(a) aluno(a), 
Seja bem-vindo a Disciplina de Cartografia Básica! 
 
Essa disciplina propõe o aprendizado da leitura e interpretação dos documentos 
cartográficos presentes em estudos ambientais. A necessidade do ser humano em adquirir 
informações sobre a distribuição geográfica de recursos minerais, alimentos e conhecer 
lugares específicos sempre foi uma parte importante das atividades das sociedades 
organizadas. Com as inovações tecnológicas, isto deixou de ser feito apenas em mapas de 
papel e passou a partir da segunda metade do século passado a ser possível armazenar e 
representar tais informações em um ambiente computacional, permitindo o aparecimento 
do geoprocessamento. Dentro desse contexto, é fundamental o entendimento e 
intepretação dos diferentes documentos cartográficos presentes nos processos de 
licenciamento ambiental e gestão do território. As informações sobre o sistema de 
coordenadas geográficas e projeções cartográficas, bem como escala cartográficas e tipos 
de mapas serão de grande valia para o profissional efetivamente atuante na área ambiental. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Introdução 
 
Segundo a Associação Cartográfica Internacional, a cartografia é o conjunto de estudos e 
operações científicas, artísticas e técnicas a partir de resultados de observações diretas ou 
de análises documentais, tendo como função criar representações gráficas geográficas 
transformadas em mapas (ACI, 1996 apud IBGE, 1999). 
 
A cartografia nasceu da devido a indispensabilidade da localização humana e com seu 
desenvolvimento, tem sido possível pesquisar sobre os fenômenos naturais e fazer 
planejamentos ambientais, bem como elaborar rotas da aviação e contribuir para a previsão 
de catástrofes naturais. Com a incorporação tecnológica, a ciência tem oferecido precisão 
de localização, como é no caso do uso de programas de GPS (Global Positioning System) 
e mapeamentos por satéliticos simplificados. 
 
Nesse capítulo, a disciplina está distribuída em sistemas de coordenadas geográficas, 
projeções cartográficas (com ênfase no sistema Universal Transversa de Mercator - UTM), 
Escalas cartográficas e tipos de mapas, elementos fundamentais para o entendimento do 
Geoprocessamento. 
 
Dentro desse contexto, entende-se que essa ferramenta é de grande importância para o 
monitoramento da biodiversidade e para o licenciamento ambiental, devido a capacidade 
de coleta de dados para diversos estudos, bem como realizar análises complexas, ao 
integrar dados de diversas fontes de dados. O Sistema de Informações Geográficas pode 
ser considerado como um importante meio de apoio e desenvolvimento de aplicações 
voltadas ao meio ambiente, facilitando a integração de dados espaciais e permitindo propor 
alternativas para diminuir impactos identificados no ambiente, inclusive no âmbito das 
bacias hidrográficas. 
 
 
 
 
 
 
Objetivos 
 
 
 
A disciplina de Cartografia Básica propõe-se auxiliar na compreensão e interpretação dos 
diferentes documentos cartográficos presentes nos processos de licenciamento ambiental 
e gestão do território. Dentre seus objetivos específicos estão: 
 
 Discutir os conceitos fundamentais de sistema de informações geográficas 
 Discutir os conceitos de projeções cartográficas 
 Contribuir para o entendimento do cálculo de escalas cartográficas 
 Analisar os diferentes tipos de mapas 
 Exercitar os conhecimentos de localização geográfica, através da análise de 
pontos com latitudes, longitudes e dados cartesianos bidimensionais 
 
 
 
 
Sumário 
 
 
Carta ao Aluno ............................................................................................................. XX 
Introdução .................................................................................................................... XX 
Objetivos ...................................................................................................................... XX 
 
 
Disciplina: Cartografia Básica 
Unidade 1: História da Cartografia........................................................................... XX 
Unidade 2: Sistema de Coordenadas Geográficas................................................. XX 
Unidade 3: Projeções Cartográficas e Sistema UTM............................................. XX 
Unidade 4: Escala Cartográfica................................................................................ XX 
 
Resumo ....................................................................................................................... XX 
Conteúdo de Fixação .................................................................................................... XX 
Leitura Complementar .................................................................................................. XX 
Referência Bibliográfica ............................................................................................... XX 
 
 
 
 
1. História da Cartografia 
 
A cartografia surgiu há um pouco mais de quatro mil anos, mas o homem já se utilizava das 
pinturas rupestres para representar os caminhos dos locais de seu interesse, como lugares 
com abundância de pesca ou animais para caça. A Arte rupestre é um conjunto de 
representações pré-históricas realizadas em paredes, tetos e outras superfícies de 
cavernas e abrigos rochosos, ou mesmo sobre superfícies rochosas ao ar livre. Esse tipo 
de pintura pode ser encontrada no Brasil, especificamente no Parque Nacional da Serra da 
Capivara (Piauí), considerado pela UNESCO, como Patrimônio Mundial. 
 
 
Pinturas rupestres no Parque Nacional da Serra da Capivara, Brasil 
 
Não esqueçamos de que, quando os colonizadores portugueses chegaram à América, o 
território já era habitado por grupos nômades, caçadores e pescadores. E para pintar as 
rochas, os nativos usavam as mãos, penas ou gravetos. E a tinta? Bem, ela era oriunda 
de pigmentos naturais, usando a água como base, misturando com produtos de origem 
mineral, como argilas. As cores mais utilizadas eram vermelho, amarelo, preto e branco. 
 
 
No Complexo Arqueológico da Serra das Paridas, na Chapada Diamantina, há dezoito sítios 
arqueológicos e foi descoberto por catadores de mangaba em 2005. De acordo com Pinho 
(2016), no lugar, há várias pinturas rupestres, que representam pessoas, animais e figuras 
geométricas bastante curiosas, como o desenho que lembra um extraterrestre, o mais 
famoso. 
 
 
Pinturas Rupestres na Chapada Diamantina (BA). Foto de Debora Rodrigues, em 2013. 
 
Um dos primeiros trabalhos encontrados, que utiliza a técnica “cartografia em relevo” foi 
obtida junto a entalhes esquimós e representa um bairro de uma cidade asteca. É chamada 
de “Pedra de Saihuite”. Os astecas desenvolveram a habilidade de confeccionar 
cartogramas para representar a geografia e espacialidade de seu interesse. 
 
 
 
 
 
Não só os povos americanos eram hábeis, mas asiáticos também dominaram a técnica da 
cartografia na Idade Antiga. Há quem diga que os chineses já usavam a representação 
gráfica de espaço geográfico ainda no século IV a.C, para fins bélicos e demarcação de 
regiões de interesse políticos e econômicos. Por sua vez, os egípcios são conhecidos por 
desenvolver a ferramenta da representatividade espacial para cobrar impostos e demarcar 
terras,. 
 
Até o século passado, acreditava-se que o mapa mais antigo, já encontrado, teria sido 
produzido, por volta de 2500a.C, pelos babilônios, o Ga-Sur. O material foi produzido sobre 
uma placa de argila cozida e representa o vale de um rio, provavelmente o Eufrates. Ele 
está guardado no Museu Semítico da Universidade de Harvard, em Cambridge, Estados 
Unidos. 
 
 
 
Mapa de Sa-Gur a esquerda e uma possível decifração do mapa a direita. Estado do 
Paraná (2017) 
 
O Ga-Sur dos babilônios tinhauma concepção de mundo limitada à região entre os rios 
Eufrates e Tigre, portanto, nada supera o trabalho dos gregos, afinal as escolas das cidades 
de Alexandria e Atena é que desenvolveram o sistema cartográfico contemporâneo e se 
destacaram pelo uso da base científica e a observação. 
 
Anaximandro de Mileto (610-546 a.C.) foi o primeiro afirmar que a Terra flutuava no espaço 
e, em seus desenhos, sempre representava o mundo como um círculo achatado onde 
estavam Europa, Ásia e África circundadas por um oceano. Quatrocentos anos depois, 
Erastótenes (276-194 a.C.), com o uso da trigonometria, buscou medir a circunferência da 
terra e alcançou o valor de 45.000 km, bem perto dos 40.076 km reais. Esse importante 
matemático grego usou as informações do mundo conhecido pelas viagens e conquistas 
de Alexandre, o Grande, e desenvolveu um cartograma que destacava a Asia e incorporava 
os conceitos primordiais de paralelos e meridianos 
 
 
 
 
Reconstituição (de autor não identificado) do mapa de Eratóstenes, de cerca de 220 aC. 
Guia Geográfico (2017) 
 
Quatro séculos antes de Cristo, Pitágoras já defendia que a Terra era esférica e não 
quadrada como a defesa dos cientistas da época, mas suas ideias só foram aceitas no meio 
científico, com a influência de Aristóteles, um século depois. Outro importante grego foi 
Hiparco (séc. 11 a.C.), criador do sistema de coordenadas geográficas de latitude e 
longitude. Sem desmerecer os demais trabalhos, destaca-se o trabalho de Claudius 
Ptolomeu, com sua obra “Geographia”, em oito volumes, onde localiza geograficamente 
milhares de lugares e, por fim, oferece dicas para a elaboração de mapas-mundi. 
 
Por sua vez, os romanos eram mais práticos e elaboravam mapas que representavam 
áreas menores, rotas comerciais e territórios, como a a “Tábua de Peutinger” que em seus 
mais de 6 metros de comprimento por 30 centímetros de largura representava diversos 
itinerários do Império Romano. Para o desenvolvimento da técnica, os romanos utilizaram 
o astrolábio, um instrumento usado para se determinar a localização de pontos na terra por 
meio da observação dos fenômenos celestes. 
 
 
 
Astrolábio é um instrumento naval antigo 
 
Durante a História Antiga (4000 a.C. até 476 d.C), as várias civilizações formadas como 
sumérios, egípcios, gregos, romanos, mesopotâmicos, entre muitos outros, desenvolveram 
uma rica tragetória de descobertas científicas nas áreas de Matemática, Astrologia, 
Meteorologia e Filosofia. Após a queda do Império Romano houve a passagem do período 
clássico para Idade Média, quando a Europa Ocidental concentrou-se no feudalismo e nas 
crenças religiosas. 
 
Nesse período, a Igreja Católica teve forte influência sobre a confecção dos mapas que 
eram feitos de tal forma a perderem a exatidão e ganharem explicação notoriamente 
religiosas. 
 
 
Durante a Idade Média, o foco das descobertas científicas deslocou-se para o Oriente e o 
exemplo mais clássico é a invenção da pólvora, pelos chineses, que a usavam, incialmente 
para efeitos de sinalização e fogo-de-artifício, tornando-a combustível de guerra por volta 
do século XI. Nesse período, os árabes levaram a bússola para a Europa propiciando os 
mecanismos para o desenvolvimento de mais um tipo de carta pelos genoveses, as Cartas 
Portulanas, utilizadas para navegação. 
 
De acordo com Carvalho & Araujo (2008), a tradição da história da Cartografia na Europa 
sempre impôs critérios bastante rígidos no que se refere ao reconhecimento das obras de 
povos não europeus, especialmente aqueles que não atendiam a padrões como o uso de 
 
escalas regulares, orientação, uma simbologia mais convencional e um traçado geométrico 
baseado em projeções cartográficas. Esse comportamento serviu, durante muito tempo, 
para segregar uma parte importante da cultura universal que poderia ser estudada pela 
ótica da Cartografia. 
 
 
 
No século XII, Al-Idrise elaborou um mapa mundi gravado em prata, por encomenda do Rei 
Roger II da Sicília. Esse mapa, bastante detalhado para a época, trazia uma visão árabe 
do mundo e de certa forma contrapunha-se às imposições da Igreja quanto as suas formas 
e divisão política. Pode-se afirmar que essa obra auxiliou de forma decisiva os europeus 
em relação a ampliação dos conhecimentos sobre o mundo. 
 
Com o fim da Idade Média, no século XV, o conhecimento do período clássico foi resgatado 
e os impulsos das grandes navegações permitiram o desenvolvimento intenso da 
cartografia, no sentido de favorecer a descoberta de novos continentes. Na europa, o 
primeiro país a investir fortemente na cartografia e Portugal que utilizou os recursos desse 
investimento, primeiro país a se consolidar como Estado. 
 
Os avanços científicos e o recursos financeiros oriundos da acumulação capitalista da 
Revolução Industrial marcaram uma arrancada nos grandes progresso da representação 
do espaço geográfico. Na segunda metade desse século, a Grã-Bretanha já destacava 
como um grande centro de atividades cartográficas, ocupando o lugar que antes pertencia 
a Antuérpia. 
 
Os Portugueses foram os primeiros a alcançar a América oficialmente, mas logo depois, 
vieram os ingleses, espanhois, franceses e holandes. O novo continente impulsionou os 
trabalhos de cartograr as terras encontradas e, em 1500, Juan De La Cosa fez o primeiro 
 
mapa-mundi, já contendo esse novo espaço geográfico, uma vez que, em 1492, participou 
da primeira expedição de Cristovão Colombo. 
 
 
 
Ainda no século XVI, o cartógrafo flamengo (Holanda), Gerard Mercator produziu um mapa 
mundi, utilizado até hoje, a partir do conhecimento produzido até a época. 
 
Em 1569, desenvolveu matematicamente a famosa projeção cilíndrica do globo terrestre, 
sobre uma carta plana, revolucionando a cartografia da época. Hoje, considerado o pai da 
cartografia moderna, Mercator desembaraçou-se das idéias predominantes de Ptolomeu 
de que a terra era esférica (ela é apenas arredondada), corrigiu e publicou uma nova versão 
dos 27 mapas da obra grego, com os quais compôs a primeira parte da sua nova coleção 
de mapas, que recebeu o título “Nova et aucta orbis terrae descriptio”. 
 
 
 
Planisfério de Rumold Mercator, com base no trabalho do mapa-mundi de seu pai, Gerard 
Mercator 
 
Após Mercator, a história da Cartografia continuou marcada por avanços que só se 
tornaram mais fascinante, com o aprimoramento do rigor científico na confecção dos 
mapas, a partir do século XVII. Em 1744, a França tornou-se precursora no levantamento 
topográfico oficial, trabalho dirigido por César – François Cassini (1744 – 1784), um dos 
vanguardista dos mapas modernos. 
 
No século XX, com o aperfeiçoamento da fotografia a aviação e a informática, houve grande 
desenvolvimento das técnicas cartográficas, e a ciência deu um salto e vem avançando 
desde então. Atualmente são utilizadas fotos das áreas e de satélites para a realização de 
mapas e cartas que cada vez mais são utilizados eletronicamente, descartando a 
necessidade de impressão e tornando-os interativos. 
 
No Brasil, a Cartografia desenvolveu-se ainda no período colonial, com as terras 
portuguesas sendo representadas no mapa-mundi de Juan de la Cosa. 
 
 
 
Mapa-mundi de Juan de la Cosa. O novo mundo aparece a esquerda, em verde. 
 
 
Com a evolução das terras para o Brasil Imperial, os recursos para cartografar o país 
tornou-se mais efetivo, sobretudo para que fosse introduzido o aparelhamento do Estado 
brasileiro. 
 
O Exército Brasileiro tem participado desde o início dessa história e em 1810, foi criada a 
Escola de Formação de Engenheiros Geógrafos Militares e, em 1825 foi criada a Comissão 
do Império do Brasil, com a missão de organizar oficialmente. 
 
Com o Brasil República, os avanços foram ainda mais rápidos e já em, em 1816, houve a 
Elaboração da Carta Geral da República pelo Estado-Maior do Exército.Com a ajuda da 
Missão Cartográfica Austríaca ao Brasil, em 1920, foi possível melhor oragnizar o Serviço 
Geográfico de Exército e incorporar as então modernas técnicas fotogramétricas, de 
desenho e de impressão off-set de mapas. 
 
Com a criação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 1938, foram 
feitas campanhas para a elaboração de mapas municipais e foi realizado do levantamento 
aerofotogramétrico, pelos militares da Força Aérea Americana. Esse trabalho foi o pontapé 
inicial para a elaboração da Carta do Mundo na escala de 1:1.000.000. 
 
 
O período da segunda grande guerra foi marcado por destruição, em massa de povos e 
territórios, mas também permitiu o desenvolvimento científico, na área de sensoriamento 
remoto, aviação e aerofotogrametria. 
 
 
Projeto RADAM e a descoberta de um novo Brasil 
http://www.comunitexto.com.br/projeto-radam-e-descoberta-de-um-novo-
brasil/#.WRyu1-Xyvb0 
 
É dentro desse contexto que observa-se a publicação da primeira edição da Carta 
Internacional ao Milionésimo (CIM) e o Brasil contribuiu com 46 folhas e permitiu o 
desenvolvimento de cartogramas com escalas mais detalhadas. 
 
 
 
Articulação das folhas da Carta do Brasil ao Milionésimo (Escala 1:1.000.000) 
 
Em 1968, a Comissão Especial de Levantamento do Nordeste foi transformada na Terceira 
Divisão de Levantamentos da Divisão de Serviços Geográficos (DSG), e em 1972 a DSG 
foi transferida para Brasília, coordenando dali os trabalhos da Cartografia Sistemática 
Terrestre no Brasil. 
 
 
 
Diretoria de Serviço Geográfico 
http://www.dsg.eb.mil.br/ 
 
 
 
Nos anos 1960, surgiram os primeiros Sistemas de Informação Geográfica no Canadá. 
Faziam parte de um programa governamental para criar inventário de recursos naturais. 
Mas, ainda havia grande dificuldade de utilização, como a falta de monitores gráficos de 
alta resolução, computadores caros, falta de mão de obra especializada, falta de softwares 
comerciais, pouca capacidade de armazenamento, baixa velocidade de processamento e 
falta de dinheiro. 
 
Nos anos setenta, as Geotecnologias avançaram, amparadas pelo progresso da 
informática. No Brasil, o Projeto Radam usou sensores radargramétricos aerotransportados 
para fotografar a Amazônia. 
 
De acordo com Carvalho & Araujo (2008), é importante considerar que no século XX e início 
de século XXI o Brasil e muitas nações emergentes têm conseguido uma boa aproximação 
científica e tecnológica com o mundo mais desenvolvido, tendo contribuído, para isso, a 
disseminação dos conhecimentos na área da Cartografia, através dos encontros científicos 
nacionais e internacionais promovidos pelas entidades que organizam a Cartografia 
Sistemática e as publicações de suas pesquisas. 
 
Atualmente, é crescente o uso de geotecnologias para a elaboração de cartogramas e 
muitos mapas analógicos, publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
(IBGE) e Serviço Geográfico do Exército (DSG) estão sendo substituídos por modelos 
digitais, protudos do geoprocessamento. Essa nova ferramenta, faz uso de de fotografias 
aéreas digitais, com imagens de satélite cada vez mais precisas e detalhadas. 
 
 
 
 
Questão 01: A Arte rupestre é um conjunto de representações pré-históricas realizadas em 
paredes, tetos e outras superfícies de cavernas e abrigos rochosos, ou mesmo sobre 
superfícies rochosas ao ar livre. 
 
No Brasil, esse tipo de pintura pode ser encontrado em território nacional, mas o principal 
sítio está localizado em 
 
a) Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí 
b) Complexo Arqueológico da Serra das Paridas, na Chapada Diamantina 
c) Reserva Biológica do Tingua, no Rio de Janeiro 
d) Área de Proteção Ambiental do Tapajós, na Amazônia Legal 
 
 
 
 
 
2. Sistema de Coordenadas Geográficas 
 
As coordenadas geográficas são um sistema de linhas imaginárias traçadas sobre o globo 
terrestre ou um mapa. Esse sistema pode ser utilizado para a localização de qualquer ponto 
na superfície terrestre, mediante de duas coordenadas de um sistema esférico, alinhadas 
com o eixo de rotação da Terra. Como funciona isso? 
 
Para iniciar a localização na Terra é importante entender os pontos cardeais (Norte, Sul, 
Leste e Oeste), que oferecem um rumo, uma direção, mas não permite a localização exata. 
 
 
Além dos pontos cardeais, é importante entender as suas combinações, que unidas forma 
os pontos colaterais e contribuem para o restante do entendimento. Mas, atenção, que 
agora, em vez de leste, usamos o Este, para que a combinação possa acontecer. A União 
de Sul e Leste forma o Sudeste. Enquanto que a combinação de Leste e Oeste forma o 
Sudoeste. Aplicação semelhante pode ser dada ao Norte, Leste e oeste. 
 
 
 
 
Na Terra, o elemento que divide em Norte e Sul é a Linha do Equador, que é a linha 
imaginária que é perpendicular ao eixo de rotação. 
 
Hemisférios da Terra. Fonte: IBGE, Diretoria de Geociências, Coordenação de 
Cartografia 
 
Toda e qualquer linha imaginária que cincunda à Terra, paralela à linha do equador tem o 
nome de PARALELO. Se estiverem acima da Linha do Equador, é possível de chamar 
Paralelo Norte e se estiver abaixo, de Paralelo Sul. 
 
 
Por sua vez, na vertical, existe uma linha imaginária não natural, que divide o mundo em 
duas partes. É o Meridiano de Greenwich ou Meridiano Principal e retalha a terra em 
Hemisférios Leste e Oeste. Toda e qualquer linha imaginária que cincunda a Terra, paralela 
ao Meridiano de Greenwich tem o nome de MERIDIANO. 
 
 
As coordenadas geográficas baseiam-se em diversas linhas imaginárias horizontais e 
verticais traçadas sobre o globo terrestre: 
 Os paralelos são linhas paralelas ao equador que circundam a Terra — a própria 
linha imaginária do equador é um paralelo; 
 Os meridianos são linhas semicirculares que ligam os polos — eles vão do Polo 
Norte ao Polo Sul e cruzam com os paralelos. 
 
Por fim, o que se tem é uma malha de linhas imaginárias, chamado de sistema de 
coordenadas geográficas, com incontáveis paralelos e meridianos. 
 
 
 
Parapelos e meridianos são diferentes de latitude e longitude. Vamos entender o motivo? 
Paralelos e latitudes são linhas imaginárias, mas a latitude serve como uma medida de 
ângulo. A latitude começa-se a medir a partir do equador, varia entre 90º sul, no Polo Sul 
(ou polo antártico) (negativa), e 90º norte, no Polo Norte (ou polo ártico) (positiva). A latitude 
no equador é 0º. 
 
Num modelo esférico da Terra, a latitude de um lugar é o ângulo que o raio que passa por 
esse lugar faz com o plano do equador. Na figura a seguir, o ângulo formado entre a Linha 
do Equador e a tangente da Terra é considerada a latitude. Tem dois exemplos. 
 
 
 
 
Não podemos nos esquecer das faixas latitudinais muito importantes para o mundo: Trópico 
de Câncer (23º27´N), Trópico de Capricórnio (23º,27´S), Círculo Polar Ártico (66º6´N) e 
Círculo Polar Antártico (66º6´S). Eles separam o mundo Tropical, Temperado e Glacial. 
 
 
 
A identificação da longitude não é diferente da descoberta das latitudes, mas em vez de se 
medir a partir do referencial da Linha do Equador, busca-se o Meridiano de Greenwich. 
 
 
 
 
 
Pronto, agora ficou simples compreender porque o sistema de coordenadas geográficas 
auxilia na localização de um alvo na Terra. Basta reunir a Latitude e Longitude de uma 
determinada localidade para poder divulgá-lo. Veja o vídeo. 
 
 
O Brasil é cortado por inúmeras latitudes e longitudes, mas podemos afirmar que seu 
território está compreendido entre as latitudes 5ºN e 35ºS e entre as longitudes 30ºW e 
75ºW. 
 
 
Pontos extremos do Brasil. Fonte: IBGE, Diretoria de Geociências, Coordenação de 
Cartografia 
 
 
O entendimento do sistema de coordenadas geográfica ficou mais simples com o vídeo de 
exercícios, certo? Mas, você conseguiria responderalgumas questões a respeito? Vamos 
lá! 
 
 
 
 
Questão 01: Observe a figura a seguir 
 
Com o auxílio da rosa dos ventos, pode que o segmento de reta que apresenta o sentido 
Sudoeste – Nordeste está representado no mapa pelo número 
 
a) 1 
b) 2 
c) 3 
d) 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. Projeções Cartográficas e Sistema UTM 
 
A Terra não é redonda e não significa que é um círculo perfeito. A terra também não é um 
elipsoide e sim um Geóide. 
 
De fato, o planeta é levemente achatado nos pólos e tem as proximidades do Equador 
ligeiramete maior. Portanto, a figura geométrica usada na geodesia que mais se aproxima 
da figura da Terra é o elipsoide de revolução. 
 
Para se obter um elipsoide de revolução basta rotacionar uma elipse pelo seu semi-eixo 
menor. Observe a figura. Em geomoetria, a elipse é um tipo de secção cônica. Se você 
rotacionar a elisoide, terá uma elipsoide de revolução. 
 
 
 
Se você rotacionar uma esfera durante bilhões de anos, é bem provável que ela aumente 
a massa na sua linha central. Por isso, a Terra tem um Equador mais alargado que os 
pólos. 
 
O grande problema é que a Geometria não nos ajuda a compreender a Terra, porque a sua 
superfície não é plana, como na figura anterior. Ela tem um relevo bastante variável, o que 
nos remete a figura do Geóide. 
 
 
 
 
 
Você já parou para pensar como os mapas são produzidos? É importante entender de que 
maneira uma “coisa” como a Terra, que é um geóide, pode ser colocado em um plano, que 
é papel. Para isso, precisamos de uma projeção. Sim, aquela dos filmes, nas telinhas. 
 
As projeções cartográficas baseiam-se na utilização de uma fonte de luz dentro de um globo 
transparente. A luz projeta as sombras dos meridianos, paralelos e outras características 
geográficas sobre uma superfície colocada tangencialmente ao globo. Delineiam-se, 
assim, as figuras resultantes dessas sombras. 
 
 
 
Sombra das projeções. Tamdijan & Mendes (2004) 
 
As sombras projetadas no plano facilitaram a visualização e a interpretação do globo 
terrestre. Esse princípio da geometria permitiu que muitos mapas fossem criados. Mas, 
veja que qualquer projeção tem imperfeições, deformações. Não existe uma projeção 
cartográfica livre de deformações, devido a impossibilidade de se representar uma 
superfície esférica em uma superfície plana sem que ocorram extensões e/ou contrações. 
 
De acordo com IBGE (2009), diferentes projeções cartográficas foram desenvolvidas para 
permitir a representação da esfericidade terrestre num plano (mapas e cartas), cada uma 
priorizando determinado aspecto da representação (dimensão, forma, etc.). Então, 
podemos afirmar que, atualmente, existem mais de duas centenas de formas de projeção, 
diferentes variações. As três projeções mais conhecidas são cilíndrica, cônica e azimutal. 
 
 
Nessa aula, trataremos da projeção cilíndrica, que usa o cilíndrio como parede de projeção. 
É como se a luz estive dentro da Terra e o cilíndro fosse a parede, entende? 
 
 
 
 
Repare que as paredes do cilindro onde a Terra encosta, as sombras serão projetadas com 
mais exatidão. É o caso do Equador. Por outro lado, as áreas longe do papel, como 
acontece nos pólos, a distorção será muito maior. Em resumo, perto dos pólos, o mapa é 
muito distorcido e perto da linha do equador, a distorção é mínima. 
 
 
Mapa Mundi com a Projeção de Mercator. GuiaGeo (2017) 
 
As vezes, as áreas próximas aos polos e os próprios polos não podem ser projetados na 
superfície cilíndrica. Observe que paralelos ficam com as mesmas medidas de 
comprimento em relação a linha do Equador. 
 
 
O mundo conhece uma das projeções mais famosas do globo, a projeção de Mercator, 
produzida no século XVI, pelo geógrafo, cartógrafo e matemático Gerhard Mercator, quando 
o centro geopolítcio do mundo era a Europa. 
 
Considerada eurocêntrica, essa projeção conserva o formato dos continentes, mas altera a 
dimensão de suas áreas. Repare no tamanho da Ilha da Groelândia, perto do Canadá. É 
representada maior que a Austrália, embora a pequena ilha tenha 2.166.000km2 e o país 
todo a Oceania tenha 7.692.000km2. A Austrália tem mais que o triplo do tamanho real da 
Groelândia. Verifique como a África aparece pequenina e, quanto que Europa possui um 
tamanho exagerado, e exatamente no centro do mapa. 
 
 
 
Para a aplicação nos estudos de cartografia, de geoprocessamento e de sensoriamento 
remoto, é fundamental aprender sobre o sistema Universal Transverso de Mercator (UTM). 
Esse sistema é baseado na projeção cilíndrica transversa proposta nos Estados Unidos, 
em 1950, com o objetivo de abranger todas as longitudes. 
 
As duas principais diferenças entre a projeção de Mercator e o sistema UTM é que, no 
primeiro, o cilindro é paralelo ao eixo de rotação da Terra esférica, enquanto que, no 
segundo, o cilindro é perpendicular ao eixo de rotação da Terra elipsoidal. 
 
 
 
 
 
Perceba que esse tipo de projeção é utilizada para identificar os locais na Terra, mas difere 
do método tradicional de latitude e longitude, em vários aspectos. Nesse caso, vamos tratar 
de quilômetros e isso facilita muito na hora de calcular as distâncias de um local para outro. 
Veja, no vídeo, como funciona. 
 
 
Por tanto, o sistema de coordenadas planas, ou UTM, por suas características particulares, 
é a que mais se emprega em mapeamento, em trabalhos científicos, no planejamento, nos 
projetos ambientais. 
 
 
 
 
Questão 01: A partir de seus conhecimentos sobre projeções cartográficas e analisando a 
que foi utilizada no mapa a seguir, você pode inferir que se trata da projeção? 
 
 
 
a) De Mercator, adequada para estabelecer a direção das rotas comerciais marítimas. 
b) Polar adequada para representações geoestratégicas e geopolíticas. 
c) De Peters, adequada para representar a área dos continentes, sem deformações. 
d) Cilíndrica adequada para a representação centrada nas regiões polares. 
 
 
 
 
 
 
4. Escala Cartográfica 
 
Ao longo do trabalho de gestão ambiental, é fundamental a interpretação de mapas 
geográficos e desde os anos oitenta que os órgãos ambientais deixam bem claro, qual a 
escala cartográfica que desejam nos trabalhos técnicos, as escalas cartográficas que 
desejam determinados mapeamentos, dos Estudos de Impacto Ambiente (EIA). Embora 
você possa contratar um profissional para tratar exatamente dessa questão, muitas vezes 
é preciso fazer uma compilação dos dados presentes em um cartograma de poucos 
detalhes para um que tenha mais detalhes. E o gestor não pode ficar “perdido” nessa tarefa. 
 
Escala cartográfica é uma relação matemática que existe entre as dimensões reais e 
aquelas da representação da realidade contidas em um mapa ou globo. 
 
 
 
É a escala que indica o quanto um determinado espaço geográfico foi reduzido para “caber” 
no local em que ele foi confeccionado em forma de material gráfico. Imagine um bairro 
inteiro, tem vários quilômetros quadrados, certo? Como você o representaria e uma folha 
de caderno? Precisaria reduzir bastante as dimensões de ruas, edificações, pontes e 
parques, não é mesmo? Nesse caso, o ideal é que essa redução ocorra todas na mesma 
magnitude. Se você vai reduz 20x o tamanho da rua, que o faça da mesma maneira para 
as pontes, edificações e parques. Pronto. Você vai ter reduzido em escala. 
 
 
A escala usada para a construção de um mapa pode ser indicada de duas maneiras: com 
números (escala numérica) ou com gráficos (escala gráfica). 
 
Vamos entender cada uma? 
 
A escala gráfica é representada graficamente sob a forma de uma linha graduada, na qual 
a relação entre as distâncias reais e as representadas nos mapas, cartas ou outros 
documentos cartográficos, é dada por um segmento de reta em que uma unidade medida 
na reta corresponde a uma determinada medida real (IBGE, 2017). Então, repare queessa 
escala apresenta-se na forma de uma linha reta graduada, na qual se indica a relação com 
as distâncias representadas no mapa. Veja o exemplo abaixo. 
 
 
 
Mas, o que significa essa numeração? É só prestar atenção nos intervalos. Na figura 
abaixo, para cada centímetro (na régua), há 2 quilômetros na realidade. Se um rio tiver 
1cm, nesse mapa, significa que ele tem 2km, na realidade, entende? 
 
 
 
Veja nos exemplos a seguir. Na situação A, 1cm = 50m. Na situação B, 1cm = 2km. Na 
situação C, 1cm 3km. E na situação D, 1cm = 250m. É fundamental observar a 
conferência do maior tamanho. 
 
 
 
Atente para o exemplo C. Para 1cm no mapa, significa 9km na realidade. O mapa foi 
reduzido 9 vezes. No exemplo B, o mapa foi reduzido 2 vezes. Qual aquele que perdeu 
mais qualidade? Quanto mais você reduz, mais você perde os detalhes, certo? Então, o 
mapa que apresenta a escala C, perde mais detalhes. Lembre-se disso, ok? Quanto mais 
você reduz, mais detalhes você perde. 
 
 
E com relação escala numérica? Essa escala é expressa por uma fração ou proporção, a 
qual correlaciona a unidade de distância do documento a distância medida na mesma 
unidade no terreno. Como assim? É uma fração. Observe a figura. 
 
 
 
Eu leio assim. O mapa tem a escala numérica de 1 para 500.000. Nesse caso, a realidade 
foi reduzida quinhentas mil vezes, para caber em uma folha de papel. 
 
 
 
 
 
No exemplo C, o mapa foi reduzido um milhão de vezes. Imagine como ficaram as 
edificações, árvores e canteiros de pequeno porte? Não vão poder ser representados nesse 
mapa, que provavelmente mostrará as ruas, como se fossem linhas finas e os aglomerados 
urbanos estarão representados por pequenas manchas. 
 
Veja que, na figura a seguir, o mapa com escala 1:50.000 mostra muito mais detalhes que 
o seu correspondente na escala 1:250.000. Observe as ruas marcadas no segundo mapa. 
 
 
 
 
Veja como esse mapa, a seguir, em escala 1:10.000 do centro do Rio de Janeiro. É possível 
observar a localização exata de cemitérios, predios governamentais, favelas, hospitais, 
terminal rodoviário e muito mais. Bastante diferente daquele mapa na escala 1:250.000, 
não é mesmo? 
 
 
 
Quanto menor o denominador, maior é a quantidade de detalhes. Maior é o mapa, 
entende? Nesse caso, a palavra “maior” diz respeito qualidade dos detalhes do mapa. 
 
 
 
 
A grande questão é que como você mensura 500.000 cm? O ideal seria transformar em 
metros ou quilômetros, não é mesmo? Nesse caso, quinhentos mil centímetros significa 
5km. Vou ensinar a fazer o cálculo 
 
 
Agora, imagine uma situação hipotética de um cartograma na escala 1:50.000, onde há um 
importante rio, que tem sofrido poluição sazonal na nascente, de uma fábrica produtora de 
calça jeans. Na foz do curso fluvial, há uma comunidade que precisa usar a água do mesmo 
para abastecimento da população rural. Quantos quilômetros de distância estaria a 
comunidade, na realidade, se o rio está demarcado no mapa, com 10cm? 
 
Nesse caso, a primeira coisa é saber quanto vale 1cm, no mapa. Depois, é importante 
verificar quanto vale 10cm. Veja a figura. 
 
 
Vamos ver um vídeo, com diferentes exemplos do cálculo cartográfico, com as escalas de 
mapas. 
 
 
Os mapas são instrumentos de comunicação, servem para representar graficamente 
uma dada área do espaço terrestre. Os mapas e cartogramas não objetivam 
representar todas as informações presentes na superfície, mas apenas aquilo que o 
autor deseja demonstrar. Eles podem demonstrar informações políticas (como 
 
divisão do Brasil, em regiões), econômica (a distribuição da População 
Economicamente Ativa em algum país), históricas, demográfica, dentre outros. 
 
 
 
Os mapas podem ser classificados de diferentes maneiras, portanto, vai depender 
exatamente dos objetivos da classificação. Mas, de forma geral, eles podem ser 
classificados de acordo com a finalidade e a escala. Vamos ver um vídeo com o tipo 
de mapa, segundo a escala cartográfica. 
 
 
E então? É muito comum a busca pela identificação da melhor escala a ser 
apresentada nos estudos ambientais. É importante destacar que cada etapa do 
estudo e cada tipo de análise ambiental pode requerer uma escala de trabalho 
própria. Mas, é de consenso que as escalas maiores possibilitam maior detalhe da 
informação, ao passo que as escalas menores, embora diminuam o tempo e o custo 
para o levantamento dos dados, generalizam e agrupam a informação. 
 
Mas, também podemos organizar os mapas pela finalidade. Vamos entender como 
funciona no vídeo a seguir. 
 
 
Enfim, O ponto fundamental é que não existe uma escala correta e única para 
diagnosticar os diferentes elementos ambientais. Mas, é fundamental que a equipe 
técnica defina em qual escala se pretende trabalhar, associada com o nível de 
detalhe que precisa analisar os componentes da natureza. 
 
 
 
 
 
Questão 01: Na representação do bairro de Copacabana (RJ) e suas principais ruas foi 
utilizada a escala gráfica da figura. 
 
 
 
No caso de um técnico precisar fazer um estudo de IPTU somente dos quarteirões da praia, 
deverá proceder da seguinte maneira a partir do mapa a seguir: 
 
a) Aumentar a escala para diminuir a área representada. 
b) Diminuir a escala para aumentar a área representada. 
c) Manter a escala para aumentar a área representada. 
d) Retirar a escala para diminuir a área representada. 
 
 
 
 
 
 
 
Por meio desse capítulo, compreende-se que um cartografia é um retrato do espaço 
geográfico e contribui para a localização geográfica. Com os conhecimentos básicos de 
cartografia, é possível o entendimento e interpretação de diferentes mapas que 
contextualizam diferentes fenômenos na Terra, sejam eles naturais humanos ou 
geopolíticos. As informações sobre o sistema de coordenadas geográficas e projeções 
cartográficas, bem como escala cartográficas e tipos de mapas serão de grande valia para 
o profissional efetivamente atuante na área ambiental. Dentro desse contexto, entende-se 
que essa ferramenta é de grande importância para o monitoramento da biodiversidade e 
para o licenciamento ambiental, devido a capacidade coleta de dados para diversos 
estudos, bem como realizar análises complexas, ao integrar dados de diversas fontes de 
dados. 
 
 
 
 
 
[Cartografia Básica] 
<http://www.uff.br/cartografiabasica/cartografia%20texto%20bom.pdf> 
 
[Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS] 
<http://200.132.36.199/ppgap/downloads/Curso_Cartografia_Basica_GPS_ArcGIS.pdf> 
 
 
 
 
 
 
Para adiantar-se e buscar informações sobre "Geoprocessamento para Projetos Ambientais", 
busque este curso, escrito por Gilberto Camara e Jose Simeão de Medeiros, e apresentado nos 
congressos GIS Brasil (96,97 e 98) e Simposio Brasileiro de Sensoriamento Remoto (96 e 98). 
CAMARA, Gilberto & MEDEIROS, Jose Simeão. Geoprocessamento para Projetos Ambientais. 
Disponível em <http://www.dpi.inpe.br/gilberto/tutoriais/gis_ambiente/>. Acesso em 30 maio 
2017. 
 
Nesta obra descreve-se de forma detalhada o uso do SPRING para cálculo de parâmetros 
hidrológicos essenciais à gestão de recursos hídricos. 
BIELENKI JUNIOR, Claudio & BARBASSA, Ademir Paceli. Geoprocessamento e Recursos 
hídricos. São Paulo: EdUFSCar. 2012. 
 
 
 
 
 
 
 
CARVALHO, Edilson Alves & ARAÚJO, Paulo César. Leituras cartográficas e 
interpretações estatísticas. Natal: Editora EDUFRN, 2008. 248 p. 
 
ESTADO DO PARANÁ. Mapa Ga-Sur. Disponível em 
<http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=439&evento=5>. 
Acesso em 17 mai 2017. 
 
GUIA GEOGÁFICO. Mapa de Eratóstenes. Da Série Mapas Históricos. Disponível em 
<http://www.mapas-historicos.com/mapa-eratostenes.htm>. Acesso em 17 mai 2017. 
 
GUIA GEOGÁFICO. Mapa do Mundo - Projeção de Mercator. Disponível em 
<http://www.guiageo.com/mercator.htm>.Acesso em 17 mai 2017. 
 
IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Atlas geográfico 
escolar. Rio de Janeiro: IBGE, 2009. 
 
IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Glossário 
Cartográfico. Disponível em 
<http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/cartografia/glossario/glossario_cartografico.sht
m>. Acesso em 17 mai 2017. 
 
IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Modelo de 
Ondulação Geoidal. Disponível em 
<http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/geodesia/oquee_geoide.shtm>. Acesso em 17 
mai 2017. 
 
IBGE. Noções Básicas de Cartografia. Série Manuais Técnicos em Geociências. N.8. Rio 
de Janeiro: IBGE. 1999.

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