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3 sem logistica de importação e exportação unidade 3

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Unidade III
Nesta unidade, aprofundaremos nosso conhecimento das modalidades de transporte aéreo e 
rodoviário, nos detendo nas características, vantagens e desvantagens de cada um deles.
Discorreremos ainda sobre o sistema aeroportuário, o processo de unitização e sobre os 
tipos de contêineres aéreos. Com relação ao transporte rodoviário, veremos como alguns 
veículos são nele utilizados e faremos uma breve análise também do transporte ferroviário.
Para concluir, detalharemos como são feitos os processos de embarque aéreo, rodoviário e ferroviário. 
5 DIREITO AÉREO DE NAVEGAÇÃO
A regulamentação de toda atividade nasce da necessidade de organizar e padronizar procedimentos 
e, no direito de navegação aéreo, não poderia ser diferente. Conforme Mello (2004, p. 1307), o “direito 
aéreo é um conjunto de normas que regulamentam a utilização do espaço aéreo” e foi criado com base 
nas normas do direito marítimo.
As aeronaves têm nacionalidade e matrícula dadas pelos estados e não podem ser matriculadas em 
mais de um deles. É necessário ter a bordo da aeronave o certificado de matrícula e de navegabilidade, 
licenças para cada membro da tripulação, rota, licença de estação de rádio da aeronave, lista de 
passageiros indicando o local de embarque e destino e o manifesto de carga.
Podemos classificar as aeronaves em públicas e privadas. Aeronaves públicas são as militares e as 
utilizadas para serviços do Estado. As aeronaves privadas ou civis são aquelas usadas comercialmente.
Na Convenção de Chicago, em 1944, três direitos comerciais foram validados, a saber:
• o direito de embarcar mercadorias, passageiros e correio no estado contratante para o país de 
destino ao qual a aeronave pertence;
• o direito de desembarcar no território do estado contratante mercadorias, passageiros e correio 
que tenham sido embarcados no estado ao qual a aeronave pertence;
• o direito de embarcar mercadorias, passageiros e correio com destino ao território de qualquer 
contratante e desembarcá‑los no território de qualquer estado contratante.
Unidade III
83
LOGÍSTICA PARA IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO
5.1 Transporte aéreo
Se comparado a outros meios de transporte usados para o comércio exterior, o transporte aéreo 
apresenta a velocidade como uma característica ímpar, sendo considerado o meio de transporte mais 
rápido dentre os demais. Enquanto perdem‑se dias e até mesmo semanas no embarque marítimo, no 
embarque aéreo levam‑se horas, no máximo alguns dias para que o transporte seja realizado.
Os embarques podem ser nacionais ou internacionais. Os embarques feitos de um estado para outro 
de um mesmo país são nacionais e os embarques que envolvem um deslocamento entre países e até 
mesmo continentes são considerados internacionais.
Diferentemente do transporte marítimo, o aéreo tem menos capacidade para levar mercadorias, 
entretanto, no quesito valor transacionado, é possível notar que o transporte aéreo tem grande 
representatividade. Isso ocorre porque produtos de grande valor agregado são embarcados nessa 
modalidade, como, por exemplo, chips para computadores, laptops, celulares etc., o que faz com que 
o frete acabe por não representar uma porcentagem muito alta do valor total da transação comercial.
Exemplo de aplicação
O que diferencia o transporte aéreo de qualquer outro?
Segundo Silva e Porto (2003), as vantagens do transporte aéreo são:
• velocidade: o transporte aéreo é o meio mais rápido dentre os demais;
• eficiência e confiabilidade: devido à duração das viagens, à armazenagem e à redução do 
manuseio das mercadorias, os danos, roubos e perdas são menores;
• redução de estoque: para itens de maior valor agregado, há a redução do custo de estoque, uma 
vez que não há necessidade de se ter um valor de estoque tão alto. Isso permite o aumento das 
frequências de embarque e uma maior competitividade;
• redução de armazenagem: a redução de estoque gera uma redução de custo de armazenagem, 
o que possibilita uma maior competitividade;
• embalagem: diferentemente do transporte marítimo, no qual temos muito manuseio da carga, no 
embarque aéreo o manuseio é mais cuidadoso, o que dispensa a necessidade de embalagens reforçadas;
• seguros: devido ao menor manuseio, armazenagem e duração das viagens, há menores danos, 
roubos e perdas, consequentemente, há menores prêmios de seguros;
84
Unidade III
• maior abrangência de mercado: com o transporte aéreo, é possível atender países que não têm 
litoral ou acesso fácil para outros meios de transporte.
Apesar de o transporte aéreo apresentar inúmeras vantagens, devemos ter ciência também de suas 
desvantagens:
• capacidade: há limitações quanto ao tamanho das cargas pelo fato de os aviões terem restrições 
em relação ao volume e ao peso;
• alto valor das tarifas aéreas: para itens de baixo valor agregado, como é o caso das 
matérias‑primas, o valor do frete aéreo é uma contenção;
• produtos perigosos: há restrições quanto ao transporte de mercadorias, como produtos explosivos etc.
Exemplos de aplicação
Cite pelo menos cinco vantagens do transporte aéreo.
Cite pelo menos três desvantagens do transporte aéreo.
O profissional de logística deve atentar para o fato de que, numa primeira análise, pode‑se concluir 
erroneamente que o frete aéreo tem um custo muito mais alto do que o frete marítimo. Porém, é preciso 
que outros fatores sejam considerados nessa análise e, entre eles, temos o custo do transporte interno – 
visto que os portos ficam distantes das cidades e os aeroportos estão mais estrategicamente localizados 
– e o custo de estoque – para o embarque marítimo, o estoque é feito por 60 dias ou mais.
Exportador
Agente
Contratação do 
transporte
Documentos de 
embarque AWB
Embarque
Aeroporto
Liberação para 
embarque
Figura 45 – Fluxo da cadeia de distribuição aérea
85
LOGÍSTICA PARA IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO
5.2 Sistema aeroportuário
Conhecida em inglês por International Air Transport Association (Iata), a associação do 
transporte aéreo internacional foi fundada em 1945 e tem 230 companhias aéreas participantes. A 
finalidade dessa associação é administrar os serviços para as companhias, desenvolver a economia 
do trafego aéreo, estudar fretes, tráfego aéreo e rotas e nomear agentes de cargas, já que, para o 
oferecimento de um serviço de qualidade pelos transportadores aéreos, é necessário que haja uma 
cooperação mútua entre os membros.
As empresas aéreas têm autonomia quanto às tarifas dos fretes para as cargas transportadas, 
entretanto, além do fator concorrência, é a Iata que estipula um teto máximo nas tarifas e este não 
pode ser ultrapassado por nenhum de seus membros.
No Brasil, temos instituições reguladoras como o Comando da Aeronáutica, a Agência Nacional de 
Aviação Civil (Anac) e a Infraero.
A Anac tem como função certificar a produção, os produtos aeronáuticos e a segurança de voo 
da aviação civil e verificar o cumprimento dos regulamentos brasileiros de aviação aeronáutica.
A Infraero é uma empresa pública vinculada ao Ministério da Defesa e tem como intuito 
implantar, operar e administrar comercialmente e industrialmente a infraestrutura aeroportuária. 
Atualmente, a Infraero administra 67 aeroportos, 69 grupamentos de navegação aérea que 
auxiliam na segurança de voo, 51 unidades técnicas de aeronavegação e 34 terminais de logística 
de carga, além de ser responsável pela construção e manutenção dos aeroportos.
 Saiba mais
Consulte detalhes e informações referentes ao transporte em:
VASCONCELLOS, E. A. Políticas de transporte no Brasil: a construção da 
mobilidade excludente. Barueri/SP: Manole, 2013. 
Exemplo de aplicação
Qual a finalidade da Iata?
5.2.1 Aeronaves
Keedi (2007b) divide o conjunto das aeronaves em três modelos:
• full pax (de passageiros);
86
Unidade III
• full cargo (de cargas);
• combi (aeronaves mistas, que transportam tanto passageiros como cargas).
Cada aeronave possui características próprias e restrições específicas quanto a espaço disponível 
e quantidadede peso permitido. Há aeronaves com capacidade para até cem toneladas e outras com 
capacidade para até 250 toneladas.
Na aeronave mista, o transporte dos passageiros é feito na parte superior da aeronave e, no piso 
inferior, ficam as bagagens e a carga. A capacidade de carga varia de acordo com cada aeronave.
Figura 46 – Aeronave mista
Figura 47 – Aeronave mista sendo carregada com contêiner de carga
Figura 48 – Aeronave full cargo
87
LOGÍSTICA PARA IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO
 Observação
A empresa aérea e o agente de carga são peças fundamentais no 
transporte aéreo.
As empresas aéreas podem possuir aeronaves próprias ou por meio de leasing e/ou afretamento. 
Como as aeronaves são usadas como meio de transporte de cargas, as empresas aéreas são responsáveis 
pelas mercadorias desde seu recebimento até a entrega ao destinatário.
O agente de carga intermedeia a relação entre a empresa aérea e o embarcador. Diferentemente 
do que ocorre no transporte marítimo, o agente de carga trabalha e presta serviços para todas as 
empresas aéreas. Ele negocia o frete com a companhia, reserva o espaço na aeronave, retira ou recebe 
a mercadoria, consolida a carga se for necessário e a entrega na companhia aérea ou até mesmo ao 
cliente final. Além disso, o agente também emite o conhecimento de embarque (air waybill – AWB), 
acompanha o desembaraço e faz o pagamento das taxas envolvidas na transação.
Cliente 
(exportador)
Cliente 
(importador)
Agente de 
carga
Companhia 
aérea
Agente de 
carga
Figura 49 – Fluxo do transporte aéreo
5.2.2 Fixação da carga no embarque aéreo
Similarmente ao que acontece no embarque marítimo, as cargas no embarque aéreo também são 
unitizadas com o uso de pallets e contêineres.
Como vimos anteriormente, a Iata é um órgão regulador e, como tal, regula entre outros itens o 
tamanho dos contêineres aéreos.
Também conhecidos pela expressão em inglês unit load service (ULD), os pallets e contêineres usados 
no embarque aéreo são chamados de equipamentos aeronáuticos.
Outro ponto diferente dos contêineres marítimos é que as medidas dos contêineres aéreos são feitas 
em polegadas (‘). Por exemplo, um contêiner aéreo de 125’ por 86’ tem medida em centímetros de 
317 cm por 218 cm.
A Iata também especifica como deve ser o tamanho e o material da porta do contêiner, que precisa 
se ajustar de modo a acomodar a carga adequadamente.
A principal meta da unitização é fazer com que o embarque e o desembarque sejam feitos o mais 
rápido possível, pois assim a aeronave fica menos tempo em solo e os custos são reduzidos.
De acordo com Keedi (2007b), tanto o embarcador como o destinatário podem solicitar os contêineres 
para ova ou desova em seus armazéns. É possível também embarcar cargas soltas de dimensões maiores 
que não precisam ser unitizadas.
88
Unidade III
Os pallets usados no embarque marítimo também podem ser usados na unitização de cargas no 
embarque aéreo, porém, é importante salientar que as mercadorias são colocadas nas aeronaves por 
meio de equipamentos próprios como elevadores.
Os contêineres aéreos são diferentes dos contêineres marítimos e, a seguir, apresentaremos alguns 
tipos de contêineres usados no transporte aéreo.
89
LOGÍSTICA PARA IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO
90
Unidade III
Figura 50
91
LOGÍSTICA PARA IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO
Manta térmica contêiner
Uma alternativa aos contêineres refrigerados são aqueles que podem ser cobertos com uma manta 
térmica para deixar a temperatura do produto mais amena. Essa manta térmica é utilizada por cima de 
flores, frutas frescas, vegetais e produtos elétricos, pois essas são algumas das mercadorias que podem 
requerer esse tipo de cuidado no embarque.
O cálculo dos fretes nos modais aéreo, rodoviário, ferroviário e marítimo é feito através da cubagem. 
Cubagem é a relação entre o volume e o peso de uma carga. É dada em números, sendo o resultado de uma 
conta matemática. Ao fazer um orçamento de frete, as empresas de transporte fazem um cálculo que inclui: 
Altura (metros) x largura (metros) x comprimento (metros) x fator de cubagem (kg) = peso cubado (kg).
É importante notar que o custo do embarque aéreo é calculado com base no peso ou volume. 
A seguir, segue o cálculo a ser realizado, no caso do cálculo do frete aéreo, as cargas costumam ser 
fracionadas e menores, e normalmente medidas em centímetros. Então, para facilitar a conta, costuma‑se 
transformar o fator de cubagem (166,667 kg): se 166,667 kg corresponde a 1 metros cúbico, então 1 kg 
terá 0,006 metros cúbicos. Transformando em centímetros ficaria 6 mil cm cúbicos. Assim a fórmula para 
o cálculo da cubagem aérea ficaria:
Altura (cm) x largura (cm) x comprimento (cm) ÷ fator de cubagem (6.000 cm cúbicos) = peso cubado (kg)
Exemplo: (80cm x 80cm x 80cm) / 6.000 = 85,333 kg cubados
ou
(0,8m x 0,8 m x 0,8m) x 166,66 = 85,333 kg cubados
5.2.3 Conhecimento de embarque aéreo (air waybill – AWB)
Do mesmo modo que o conhecimento de embarque marítimo, o conhecimento de embarque aéreo 
também é um comprovante que confirma o recebimento da carga. O termo em inglês usado para 
designar o conhecimento de embarque aéreo é air waybill – AWB. Geralmente, são emitidas três vias 
originais desse documento para uso no desembaraço e no banco.
O AWB precisa conter as seguintes informações:
• nome e endereço do exportador;
• nome e endereço do importador;
• local de embarque;
• local do desembarque;
• quantidade, marca e espécie de volumes;
92
Unidade III
• tipo de embalagem;
• descrição da mercadoria;
• peso bruto;
• peso líquido;
• valor do frete;
• forma de pagamento do frete: freight prepaid (frete pago) ou freight collect (frete a pagar);
• outras taxas.
Figura 51 – Modelo do conhecimento de embarque aéreo (AWB)
93
LOGÍSTICA PARA IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO
6 TRANSPORTE RODOVIÁRIO
O grande diferencial do transporte rodoviário é a possibilidade de trafegar por qualquer via, fazer 
qualquer percurso e poder alterar sua rota com grande facilidade. Além disso, tanto os portos quanto os 
aeroportos acabam por precisar do apoio do transporte rodoviário para completar seus trajetos e chegar 
ao cliente final. Uma mercadoria que saiu da Ásia, por exemplo, chega ao Brasil por meio de um dos portos 
ou aeroportos e só chegará ao cliente final localizado no ABC por meio de um veículo automotivo.
Contudo, o transporte rodoviário não serve apenas de apoio aos demais meios, mas também 
consegue realizar todo o processo de transporte de mercadorias. Se o cliente exportar determinado 
produto à Argentina, o veículo coletará a mercadoria na fábrica doméstica e a entregará na fábrica de 
destino. Esse processo só não pode ser completado quando há barreiras geográficas que impedem o 
acesso do veículo ao local, como é o caso de uma transação entre Brasil e Ásia ou Europa, por exemplo.
Apesar de o transporte rodoviário ser capaz de transportar quase qualquer tipo de carga, há alguns 
limitantes como, por exemplo, o custo e a quantidade de produtos. Isso significa afirmar que o transporte 
rodoviário não é ideal para produtos commodities, uma vez que tem um custo alto quando comparado 
ao valor da mercadoria.
 Observação
O transporte rodoviário é considerado ideal para transportar mercadorias 
perecíveis e de alto valor.
Outro problema do transporte rodoviário é o impacto que ele causa na sociedade e economia. O 
Ministério da Fazenda estimou que a greve dos caminhoneiros, que ocorreu em maio de 2019, trouxe um 
impacto de R$ 15 bilhões na economia nesse ano, o que representa 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB). 
A avaliação é que os dez dias em que a economia ficou parada por conta da mobilização da categoria 
atingiu sobretudo setores de curto ciclo de produção. Outras áreas, como o setor automobilístico, devem 
se recuperar com mais rapidez.
O transporte rodoviário internacional é bem comum entre países fronteiriços. Existe um fluxo grande 
de caminhões entre Canadá, Estados Unidos e México, por exemplo. Na Europa, a proximidade entreos 
países faz com que cerca de 50% das mercadorias sejam importadas ou exportadas por meio de veículos.
Segundo a ANTT (Agência Nacional de Transporte Terrestre), o Brasil, em virtude de sua situação 
geográfica, mantém historicamente acordos de transporte internacional terrestre, principalmente 
rodoviário, com quase todos os países da América do Sul, ao qual o Mercosul absorveu o Acordo 
de Transportes do Cone Sul. Com a Colômbia, Equador, Suriname e Guiana Francesa, o acordo está 
em negociação.
94
Unidade III
O Acordo sobre Transporte Internacional Terrestre entre os países do Cone Sul contempla os 
transportes rodoviário e ferroviário incluindo Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Peru, Paraguai e Uruguai. 
Entre Brasil e Venezuela refere‑se apenas ao transporte rodoviário. O mesmo ocorrerá com a negociação 
que está em andamento com a Guiana.
Esses acordos visam facilitar e aumentar o comércio, turismo e cultura entre os países, no transporte 
de bens e pessoas, permitindo que veículos e condutores de um país circulem com segurança, trâmites 
fronteiriços simplificados entre os territórios.
Tabela 6 – Matriz de transporte do Brasil em volume e valor
Importação 2019 Exportação 2019
Via Valor FOB (US$) tonelada/liquida
Participação 
% Via Valor FOB (US$)
tonelada/
liquida
Participação 
%
Marítima 125.238.269.049,00 140.602.930 95,51 Marítima 186.602.776.209,00 657.237.861 98,30
Aérea 31.188.468.341,00 226.356 0,15 Aérea 14.388.094.157,00 255.301 0,04
Rodoviária 7.931.474.578,00 6.144.405 4,17 Rodoviária 12.104.038.808,00 5.886.538 0,88
Ferroviária 9.381.736,00 37.698 0,03 Fluvial 660.577.470,00 4.447.275 0,67
Fluvial 4.389.111,00 203.167 0,14 Ferroviária 132.995.748,00 193.083 0,03
Lacustre 0 0 0 Lacustre 48.760.783,00 567.542 0,08
Dutos 0 0 0 Dutos 13.489,00 7 0
Fonte: Ministério da Economia, Industria, Comércio Exterior e Serviços.
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) regula e fiscaliza o transporte terrestre nacional 
e internacional e autoriza a operação de companhias nesse serviço. É importante remarcar que a empresa 
de um país não pode operar no transporte local de outro.
Keedi (2007b) explica que o documento de idoneidade é a autorização para poder operar como 
um transportador internacional. Essa licença originária é individual e específica para um determinado 
destino e veículo, ou seja, cada empresa de transporte possui um documento para cada um de seus 
veículos e destinos.
A partir da obtenção dessa licença, é necessário ter uma outra licença, complementar e individual 
por veículo e por destino. Ela é fornecida pelo país de desembarque da mercadoria.
No transporte internacional, é praticamente obrigatório que as empresas operem com seguro 
referente à carga, pois isso suscita o interesse do embarcador.
95
LOGÍSTICA PARA IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO
Silva e Porto (2003) apontam que as vantagens do transporte rodoviário são:
• versatilidade: há a possibilidade de acomodação de uma grande variedade de cargas;
• acessibilidade: esse tipo de transporte apresenta grande capacidade distributiva, pois pode 
alcançar locais onde não há infraestrutura aeroportuária ou portos disponíveis;
• prontidão: a partida e a chegada dos produtos podem ser organizadas em horários e frequências 
determinadas;
• embalagem: diferentemente do que ocorre com os transportes marítimo e aeroviário, o transporte 
rodoviário não demanda o uso de muitas embalagens, além de poder transportar cargas gerais ou 
a granel líquidas e sólidas.
Entretanto, quando comparado aos transportes marítimo e aeroviário, o transporte rodoviário 
apresenta algumas desvantagens:
• capacidade: de todos os meios de transportes aqui considerados, o transporte rodoviário é o 
de menor capacidade. Além disso, em muitos países há limites quanto ao peso dos caminhões 
nas estradas;
• longa distância: só pode operar economicamente dentro de certas distâncias;
• regulamentação rodoviária e de trânsito: dimensão das estradas, capacidade de pontes e 
segurança são alguns dos problemas encontrados em países em desenvolvimento;
• segurança: o roubo de carga rodoviária tem crescido. Atualmente, já é necessário escolta para o 
transporte de algumas cargas;
• congestionamento: nas grandes cidades, há muitos problemas com congestionamentos e, 
consequentemente, aumento do gasto com combustíveis;
• custos invisíveis: Keedi (2007b) faz uma observação muito interessante sobre como o transporte 
rodoviário polui enormemente e ainda desgasta estradas que foram construídas com o dinheiro 
do contribuinte, sem pagá‑las integralmente de volta.
Exemplos de aplicação
O que diferencia o transporte rodoviário dos outros meios de transporte?
Cite pelo menos três vantagens do transporte rodoviário.
Cite pelo menos cinco desvantagens do transporte rodoviário.
96
Unidade III
6.1 Veículos
Neste tópico, conheceremos alguns veículos rodoviários usados no transporte nacional e internacional.
Em geral, os veículos urbanos tendem a ser mais leves e mais ágeis. De acordo com Keedi (2007b), 
os veículos utilizados com mais frequência são os caminhões, as carretas, os treminhões, os bitrens e os 
booguies. A diferença básica entre eles é a capacidade de transporte de cargas.
O caminhão é formado por uma única parte junto a uma cabine e pode ter dois ou três eixos. Ele 
tem capacidade para transportar 23 toneladas de mercadorias de diferentes tamanhos.
Diferentemente do caminhão, a carreta é constituída de duas partes, uma de tração e outra de 
carga. A parte de tração é chamada de cavalo mecânico e a parte que é encaixada no cavalo mecânico 
e arrastada é chamada de semirreboque. Existe uma variedade de semirreboques: abertos, fechados, 
cegonheiras, plataformas e alguns equipados com maquinários de refrigeração para produtos que 
precisam de controle de temperatura.
Dependendo do número de eixos, a capacidade das carretas pode chegar a cerca de 30 toneladas. 
Quando comparamos uma carreta a um caminhão, notamos que as carretas são mais flexíveis, já que é 
possível haver vários semirreboques sendo carregados e recolhidos posteriormente. Com isso, o cavalo 
pode transportar um semirreboque enquanto o outro é carregado e assim sucessivamente, o que 
aumenta o número de viagens.
Os bitrens são compostos de duas ou três partes acopladas entre si. Ele pode ser originado de um 
caminhão acoplado a um reboque ou de uma carreta acoplada a um semirreboque que, por sua vez, 
possui um engate. A capacidade do bitrem é limitada pela força de tração de seus cavalos.
 Observação
Os eixos podem variar de dois a três nos caminhões, de três a sete nas 
carretas, de quatro a nove nos bitrens e de cinco a 11 nos treminhões.
Além desses tipos de caminhões, há veículos apropriados para os transportes de contêineres e eles 
são conhecidos como plataformas. O peso do veículo em si, por sua vez, é chamado de tara, como nos 
navios, e sua capacidade de carga é denominada payload (lotação). A somatória da tara com o payload 
resulta no peso bruto ou gross weight, em inglês.
6.2 Conhecimento de Transporte Eletrônico CT-e
O Conhecimento de Transporte Eletrônico é um documento digital, que substitui o Conhecimento de 
Transporte Rodoviário de Cargas (CTRC) no transporte rodoviário. Assim como as notas fiscais de papel 
foram substituídas pela nota fiscal eletrônica (NFe), o CTRC é substituído pelo CT‑e. 
97
LOGÍSTICA PARA IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO
O CT‑e é emitido e armazenado eletronicamente, com a finalidade de documentar, para fins fiscais, 
uma prestação de serviço de transporte de cargas realizada pelos modais rodoviário, aéreo, ferroviário, 
aquaviário e dutoviário. Sua validade jurídica é garantida através da assinatura digital do emitente 
(garantia de autoria e de integridade) e pela recepção e autorização de uso, pelo Fisco. O CT‑e tem 
validade em todos os Estados da Federação.
A legislação nacional permite que o CT‑e substitua o Conhecimento de Transporte Rodoviário de 
Cargas, modelo 8; Conhecimento de TransporteAquaviário de Cargas, modelo 9; Conhecimento Aéreo, 
modelo 10;
Conhecimento de Transporte Ferroviário de Cargas, modelo 11; Nota Fiscal de Serviço de Transporte 
Ferroviário de Cargas, modelo 27; e Nota Fiscal de Serviço de Transporte, modelo 7, quando utilizada em 
transporte de cargas.
Os documentos que não foram substituídos pelo CT‑e devem continuar a ser emitidos de acordo 
com a legislação em vigor.
98
Unidade III
Figura 52 – CRT – Modelo do conhecimento de embarque rodoviário
99
LOGÍSTICA PARA IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO
Figura 53 – MIC/DAT – Modelo do manifesto internacional de carga e declaração de trânsito aduaneira
6.3 Transporte ferroviário
Apesar de estar muito presente na Europa e nos Estados Unidos, o transporte ferroviário é pouco 
utilizado nos países latino‑americanos. Um das razões para esse fato é a não existência de uma 
100
Unidade III
padronização das bitolas, isto é, de padronização das distâncias entre as partes internas dos trilhos. 
Em algumas ferrovias, a bitola é de um metro e, em outras, é de 1,6 m, tamanho este que indica a 
necessidade de uma quantidade menor de bitolas.
Comparando Chile, Bolívia e os países do Mercosul, não existe um padrão de bitolas que atenda 
todos esses territórios, por isso, o transporte rodoviário é usado em determinados trechos. Nesses casos, 
o uso de reboque rodoviário sobre um vagão ferroviário é muito comum.
 Observação
Trailer on flat car (TOFC) é o nome dado ao transporte do semirreboque 
sobre um vagão ferroviário do tipo plataforma.
Container on flat car (COF) é o termo usado para designar o transporte 
de um contêiner sobre um vagão plataforma, sendo que é possível empilhar 
até dois contêineres sobre a mesma plataforma.
Figura 54 – TOFC
Figura 55 – COF
No Brasil, há aproximadamente 30.000 km de extensão ferroviária e esse número não tem aumentado 
significativamente. Assim, devido ao seu uso limitado, não entraremos em detalhes tão minuciosos sobre 
esse meio de transporte como fizemos com os transportes aéreo, marítimo e rodoviário. Entretanto, 
iremos considerar algumas de suas características.
101
LOGÍSTICA PARA IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO
O transporte ferroviário não é flexível, uma vez que está programado a seguir rotas e percursos 
correspondentes aos trilhos já existentes. No Brasil, especificamente, a malha ferroviária é bem antiga e 
os trens, portanto, são mais lentos se cotejados aos da Europa e da Ásia, onde os trens têm tecnologia 
muito mais avançada (isso sem entrar no mérito do trem‑bala).
Outro fato a ser considerado é que, nos Estados Unidos, por exemplo, a distância média do transporte 
ferroviário é de 1.200 km contra cerca de 400 km no Brasil. Essa restrição faz com que o transporte rodoviário 
no país seja mais competitivo do que o ferroviário. Porém, a vantagem do transporte ferroviário é poder 
transportar quantidades maiores de carga, ou seja, para o transporte de grandes volumes, ele é mais 
barato do que o rodoviário (KEEDI, 2007b).
6.3.1 Conhecimentos de carga e de trânsito (TIF/DTA)
Assim como no transporte rodoviário, no transporte ferroviário o conhecimento de embarque também 
é um recibo de entrega de carga, um título de crédito e funciona como um contrato de transporte.
Keedi (2007b) explica que o documento de transporte, o manifesto de carga e o documento de 
trânsito são unidos em apenas um documento, o conhecimento de carga e de trânsito (TIF/DTA). Ele 
consta de carta de porte internacional e declaração de trânsito aduaneiro emitida e assinada pelo 
transportador após o embarque.
O TIF/DTA é emitido em quatro vias: a primeira delas fica com o embarcador, a segunda segue com 
a carta de porte internacional, a terceira é entregue ao transportador e a última funciona como DTA. 
Similarmente ao documento rodoviário, o DAT é usado para transferir o despacho da mercadoria entre 
a zona primária e a secundária.
Rodoviário Aqueviário, outrosFerroviário
Brasil
China
EUA
Austrália
Canadá
Rússia
65%
50%
32%
32%
43%
8%
20%
13%
25%
25%
11%
11%
15%
37%
43%
43%
46%
81%
Figura 56 – Comparação de matrizes de transporte de carga: países de mesmo porte territorial
102
Unidade III
Observa‑se, na figura anterior, uma significativa discrepância nas matrizes de transporte de carga 
entre os países apresentados em relação ao Brasil na utilização do transporte ferroviário, ao qual, 
comparado, utilizamos somente 15% das ferrovia, enquanto a Rússia utiliza 81%.
Conhecimento de Embarque - Ferroviário
CONHECIMENTO DE EMBARQUE DE MERCADORIAS POR FERROVIA
GUIA DE EMBARQUE DE MERCADORIA POR FERROCARRIL
Nº SÉRIE A
À ORDEM NÃO À ORDEM CONHECIMENTOGUIA DE EMBARQUE
DATA (FECHA) CONSIGNAÇÃO Nº: CONDIÇÃO DE FRETE (FLETE):
DESTINO:PROCEDÊNCIA:
REMETENTE (REMITENTE):
ENDEREÇO (DIRECCIÓN):
ENDEREÇO (DIRECCIÓN):
ENDEREÇO (DIRECCIÓN):
CLÁUSULAS ESPECIALES
NÚMERO DE ORIGINAL:
RECIBO A BORDO:
ASSINATURA
LOCAL E DATA
FIRMA
SE O FRETE FOR “A PAGAR” SERÁ VÁLIDA A QUITAÇÃO PASSADA NESTE DOCUMENTO
SE EL FLETE FUERA “A PAGAR” TENDRÁ VALOR VALIDEZ EL TIMBRE DE PAGO SITUADO 
EN ESTE DOCUMENTO
LUGAR Y FECHA
FRETE Y GASTOS:
NOTIFICAR:
DESCRIÇÃO DAS MERCADORIAS
DESCRIPCIÓN DE LAS MERCADERIAS
TOTAL
ORIGINAL
MARCAS
Y
NÚMEROS
VOLUMES
QUANTIDADE ESPÉCIE PESO
CONSIGNATÁRIO:
Figura 57 – TIF/DTA – Modelo de conhecimento, carta de porte internacional por ferrovia e declaração aduaneira de trânsito
103
LOGÍSTICA PARA IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO
Exemplo de aplicação
A empresa Melvis está exportando peças de caminhão para Frankfurt, na Alemanha, por meio do 
Incoterm CPT. A mercadoria será levada ao agente de carga no aeroporto internacional de Guarulhos, 
em São Paulo.
Dados:
• valor de venda das peças de avião: US$ 40.000,00;
• custos de armazenagem no país de origem: US$ 3.320,00;
• custos aeroportuários no país de origem: US$ 520,00;
• frete internacional: US$ 10.890,00;
• valor do seguro de transporte de carga: US$ 250,00;
• despesas aeroportuárias no país de destino: US$ 700,00;
• despesas com transporte interno no país de destino: US$ 900,00;
• impostos no país de destino: US$ 15.250,00.
A) Qual o valor de venda no Incoterm CPT?
B) Qual seria o valor de venda no Incoterm FCA?
C) Qual seria o valor de venda no Incoterm CIP?
D) Qual seria o valor de venda no Incoterm DDP?
 Resumo
Nesta terceira unidade, analisamos as modalidades de embarque aéreo, 
rodoviário e ferroviário e tomamos conhecimento das peculiaridades, 
vantagens e desvantagens de cada uma delas.
Além disso, vimos a estrutura documental necessária para o uso de 
cada um dos meios de transporte no comércio internacional.
De posse de todas essas ferramentas, o profissional de logística está 
apto a fazer a escolha da modalidade mais eficaz para as especificidades 
das situações.
104
Unidade III
 Exercícios
Questão 1 (Enade 2006). A CAR (Companhia Agropecuária Rondonópolis) está analisando a 
implantação de um projeto de investimento no Nordeste brasileiro para a produção de frutas com 
destino ao mercado europeu. Metade do capital necessário ao investimento virá de uma linha de crédito 
a ser obtida junto ao BNB (Banco do Nordeste do Brasil) e a outra metade virá de capital próprio. 
Analisando o baixo valor agregado da mercadoria, a empresa optou pelo transporte aéreo como o modal 
de transporte.
Quais argumentos reforçam a escolha feita pela CAR:
A) O alto custo do modal aéreo seria compensado pelo transporte de produtos de alto valor agregado.
B) O alto nível de obsolescência das mercadorias seria compensado pela grande disponibilidade 
de voos.
C) Os grandes volumes e grande peso podem ser compensados pela grande capacidade de transporte 
do modal aéreo.
D) A redução de avarias nos produtos e a velocidade compensariam a diferença de custos para 
outros modais
E) Grandes volumes e peso são adequados para modais dedicados a grandes distâncias.
Resposta correta: alternativa D.
Análise das alternativas
A) Alternativa incorreta.
Justificativa: Conforme consta no livro‑texto,no quesito valor transacionado, é possível notar que 
o transporte aéreo tem grande representatividade. É um modal dedicado a produtos de grandes valores 
agregados, como chips para computadores, laptops, celulares etc., o que faz com que o frete acabe por 
não representar uma porcentagem muito alta do valor total da transação comercial. Acontece que 
as frutas, que são produtos primários agrícolas, não têm como característica um alto valor agregado: 
muito pelo contrário, esse valor é baixo.
B) Alternativa incorreta.
Justificativa: As frutas têm alto nível de obsolescência e sensibilidade por serem frescas, mas não 
há como compensar esse risco no transporte aéreo, pela baixa disponibilidade de voos. Um dos grandes 
problemas do modal é a redução de voos para o exterior, o que diminui a capacidade de transporte aéreo 
entre o Brasil e o exterior, havendo casos de cancelamentos de exportações por essa razão.
105
LOGÍSTICA PARA IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO
C) Alternativa incorreta.
Justificativa: Em geral, as frutas são transacionadas em grandes volumes e pesos, mas este não 
seria um bom argumento para justificar a escolha do transporte aéreo, devido à pequena capacidade 
de transporte do modal, se comparada às oferecidas por outros meios de transporte, como o modal 
marítimo, por exemplo.
D) Alternativa correta.
Justificativa: O transporte aéreo prima pelo bom acondicionamento das cargas e a baixa incidência 
de avarias, devido à inexistência de grandes solavancos que possam danificar significativamente a carga. 
Comparativamente, no modal rodoviário, devido às condições péssimas das estradas do país, a perda de 
frutas, dada a delicadeza dos produtos, pode chegar a 8% da exportação de certas regiões brasileiras em 
função das pancadas nos frutos, causadas pelos buracos.
E) Alternativa incorreta.
Justificativa: O volume costuma diluir o alto valor do frete, cobrado para grandes distâncias. Devido 
ao alto custo e a sua característica de transportar volumes menores e de alto valor, este argumento não 
serve para justificar a escolha do modal aéreo para o transporte de frutas.
Questão 2. Leia a reportagem a seguir, publicada em 22 de abril de 2020 no site Terra.
“Apesar das dificuldades da pandemia, transporte aéreo no Brasil se mantém ativo
Como outros setores econômicos, o transporte aéreo vive fases de incertezas e algumas mudanças 
foram necessárias para manter a continuidade das atividades e funcionamento de áreas que dependem de 
suprimentos. De acordo com a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), as companhias aéreas estão 
operando uma malha de voos essencial para manter o país conectado e em funcionamento, principalmente, 
para garantir a logística de medicamentos e equipamentos fundamentais para o combate à pandemia.
Figura
Fonte: DINO/DINO
106
Unidade III
A oferta semanal de voos domésticos no Brasil despencou de 14.781 para apenas 1.241 desde o 
fim de março. Com a queda na demanda e as medidas contra a pandemia do novo coronavírus, a 
Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) conseguiu acordo com as três principais companhias aéreas 
e formatou uma nova malha aérea em 46 localidades brasileiras. De acordo com Suemi Sumikawa, 
Consultora Comercial do Aéreo Doméstico da Asia Shipping, o cenário é incerto, mas não deixa de 
ser inovador, já que as empresas operam apenas com 10% de sua capacidade total de voo. ‘Porém as 
companhias estão adotando medidas para ampliar sua capacidade de cargas para destinos estratégicos 
do país. Saídas de Guarulhos com destino a Belém, Manaus, Fortaleza, Salvador, Recife e Porto Alegre 
são frequentes’, exemplifica.
Para continuar movimentando o setor, alternativas são criadas. Recentemente, a Agência Nacional de 
Aviação Civil (ANAC) aprovou o transporte exclusivo de carga na cabine de passageiros. Com a decisão, 
as empresas aéreas poderão solicitar esse tipo de operação e maximizar sua capacidade de entrega 
contínua de produtos e insumos essenciais nesse momento de pandemia, como alimentos, suprimentos 
médicos e equipamentos de proteção individual (EPI), além de outros produtos hospitalares.
Para auxiliar os seus clientes a enfrentar a pandemia sem prejuízo às operações, a Asia Shipping, 
maior integradora logística da América Latina, está atuando diretamente com as empresas áreas, 
auxiliando o abastecimento do país e fazendo de tudo para que o Brasil não pare. ‘Além de manter um 
contato constante com as companhias aéreas, o que facilita a reserva de espaços junto às aeronaves, 
nós oferecemos aos clientes alternativas para continuar operando com o serviço de Rodo‑aéreo, no qual 
levamos a carga pelo modal aéreo até o aeroporto em funcionamento mais próximo e transportamos 
pelo modal rodoviário até o destino final, agilizando a entrega’, explica Suemi.
Embora seja impossível prever o futuro do setor aéreo e o tamanho dos impactos da crise causada 
pela pandemia do novo coronavírus, os especialistas acreditam que, sim, haverá uma retomada nas 
viagens por avião. ‘Aqui na Asia Shipping, os novos esforços são todos focados em manter os negócios 
de nossos clientes funcionando, o nosso país não pode parar e como uma multinacional brasileira, essa 
é a nossa principal meta e esperança’, finaliza Suemi.”
Disponível em: https://www.terra.com.br/noticias/dino/apesar‑das‑dificuldades‑da‑pandemia‑transporte‑aereo‑no‑brasil‑se‑
mantem‑ativo,19351b068bf69976cd37ffc74930faebfc9u3owg.html. Acesso em: 29 ago. 2020.
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, analise as afirmativas.
I – O fato de eficiência e confiabilidade serem características do transporte aéreo foi fundamental para 
que as empresas aéreas tivessem autorização para fazer, durante a pandemia, entregas contínuas 
de mercadorias, como alimentos, produtos hospitalares, suprimentos médicos e equipamentos de 
proteção individual (EPI).
II – Do final de março de 2020 para o final de abril de 2020, o número semanal de voos domésticos 
no Brasil teve queda percentual de mais de 90%.
107
LOGÍSTICA PARA IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO
III – Por meio do serviço rodoaéreo, durante a pandemia, as empresas puderam combinar o modal 
aéreo (para transportar as mercadorias até o aeroporto) e o modal rodoviário (para transportar as 
mercadorias do aeroporto até o destino final), o que atrasou as entregas.
É correto o que se afirma em:
A) I, apenas.
B) I e II, apenas.
C) II, apenas.
D) II e III, apenas.
E) I, II e III.
Resposta correta: alternativa B.
Análise das afirmativas
I – Afirmativa correta.
Justificativa: a eficiência e a confiabilidade são vantagens do transporte aéreo em relação a outros 
modais, pois, em virtude da reduzida duração das viagens e do baixo manuseio das mercadorias, os 
danos e as perdas tendem a ser menores. Essas características do transporte aéreo foram importantes 
para que as empresas aéreas tivessem autorização para fazer, durante a pandemia, entregas contínuas de 
mercadorias, como alimentos, produtos hospitalares, suprimentos médicos e equipamentos de proteção 
individual (EPI).
II – Afirmativa correta.
Justificativa: do final de março de 2020 até o final de abril de 2020, o número semanal de voos 
domésticos no Brasil teve queda percentual de mais de 90%, pois caiu de 14.781 para 1.241. Isso pode 
ser visto no cálculo mostrado a seguir
Queda percentual de voos semanais = 
(14.781 ‑ 1.241)
14.781
 x 100% = 91,6%
 
III – Afirmativa incorreta.
Justificativa: por meio do serviço rodoaéreo, durante a pandemia, as empresas puderam combinar o 
modal aéreo (para transportar as mercadorias até o aeroporto) e o modal rodoviário (para transportar as 
mercadorias do aeroporto até o destino final), o que agilizou as entregas.

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