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Marina Guimarães Odontologia em Saúde Preventiva Aula 1 - Bases para uma Saúde Coletiva Nosso foco é voltado para população e com um olhar para o coletivo. As Soluções e Tecnologias de Ponta não são de acesso coletivo. A faceta por exemplo, sofreram de diversas de evoluções com objetivo de melhorias ao material. São de uso individual. Doenças Persistentes: Não estão sendo controladas, mesmo a tratando a doença persiste. Condições do Adoecimento: → Ritmo e velocidade do adoecimento. → Desenvolvimento econômico. → Ideologia do Estado. → Forma de Organização do governo. → Nível educacional da população. → Cultura e tradição populares. → Hábitos Alimentares e Condições de Higiene. Avanços em Tecnologia e Persistência de Quadro epidemiológico Mesmo com uma lesão de carie em diversos níveis de estado, mesmo que tenha o controle da doença, ela ainda persiste. O Impacto da Odontologia no campo social → Efeito Nulo. → Centralização de tecnologia em grupos abastados. → Dieta em função do poder aquisitivo, costumes e tradição. → País açucareiro como Brasil (fonte de alimentação). Como reverter o quadro? → Democratizando à profissão. → Remoção da barreira econômica entre acesso a serviços entre pacientes e prestadores de serviço. Odontologia Avanços no diagnóstico, tratamento e conhecimento de patologias. Desafio: Fazer chegar à população/ ao coletivo desses avanços. Objetivos específicos para saúde bucal p/ ano 2020. → Reduzir morbimortalidade por doenças bucais e crâneo-faciais. → Promover políticas e programas sustentáveis e baseados em prioridades políticas baseadas em evidência. → Desenvolver sistemas de saúde bucal custos efetivos para prevenção e controle de doenças. → Integrar promoção e atenção odontológicas utilizando enfoque no risco comum. → Empoderar pessoas p/ autocuidado e controlar determinantes de seus problemas. → Reforçar sistemas e métodos de vigilância. → Promover a responsabilidade social e práticas éticas nos serviços de saúde. Marina Guimarães → Reduzir disparidades epidemiológicas na população e entre países. → Aumentar pessoas para investigação epidemiológica. Ex. de problemas a ser avaliados no ano 2020 ➢ Dor ➢ Alterações Funcionais ➢ Doenças infecciosas ➢ Câncer bucal e da faringe ➢ Trauma, cárie dentária, HIV, doenças periodontais ou perda dentária. Estratégia Brasileira (PNSB/2004) → Promoção e proteção à saúde (fluoretação das águas, educação em saúde, higiene bucal e ATF). → Recuperação da saúde traduzida em diagnóstico e tratamento. → Reabilitação parcial ou total da capacidade perdida. → Ampliação da atenção básica. → Reabilitação protética. → Ampliação de acesso e qualificação da atenção secundária e terciária (CEOs e LRPDs). Aula 2 – Objetivos gerais saúde bucal p/ ano 2020 Diminuir impacto de doenças de origem bucal e craniofacial, com promoção da saúde e redução das doenças em populações de maior risco. Reduzir impacto de manifestações bucais e craniofaciais de doenças sistêmicas em indivíduos e sociedade, através do diagnóstico. São considerados problemas de saúde pública → Constitui causa comum de morbidade ou mortalidade. → Existem métodos eficazes de prevenção e controle. → Métodos não estão sendo adequadamente utilizados. Estabelecendo prioridades → Número de pessoas atingidas. → Severidade do dano causado. → Possibilidade de atuação eficiente. → Grau de interesse da comunidade Nem sempre um problema de saúde pública se transforma numa prioridade p/ intervenção em saúde pública. Doenças de maior ocorrência em SB → Cárie dentária. → Periodontopatias. → Oclusopatias. → Fissutas labiopalatais. → Câncer bucal. → Fluorose. (atinge um grau baixo, existe método de controle e não é utilizado) Construção de um modelo de atenção à saúde bucal Processo histórico com diferentes atores sociais e seus interesses, suas contradições e conflitos. Modelo de atenção em saúde bucal é parte integrante de um modelo de atenção à saúde. Importante: Sem descuidar com o modelo assistencial, deve-se articular ações assistenciais a um conjunto mais amplo de medidas de modo que os modelos de atenção à saúde coletiva não reduzindo o modelo de atenção ao sistema assistencialista. Marina Guimarães Modelo brasileiro de atenção à saúde bucal Prioridade para atenção primária (ações de natureza coletiva e individual, visando ao objetivo epidemiológico de Promoção, Recuperação e Manutenção da Saúde Bucal – ESB no PSF. Hierarquização e Articulação do sistema de atenção à saúde bucal, buscando aumentar a resolutividade do atendimento e garantindo um sistema de referência e contrarreferência – ESB/ CEO/ Atenção Hospitalar. Reorganização do processso de trabalho com a inclusão do pessoal auxiliar (ASB/TSB) – Modalidade I e II. Marina Guimarães OSP – Política Nacional de Saúde Bucal Aula 3 – Levantamentos Epidemiológicos em Saúde Bucal no Brasil Epidemiologia • Instrumento para o diagnóstico das condições de saúde nas coletividades humanas: Se fundamenta no planejamento e avaliação das ações em saúde coletiva. • Brasil: Utilização da epidemiologia em saúde bucal – pouco expressiva. • CPO-D (Klein & Palmer, 1938) – É um indicador de saúde e mede a gravidade e a história da doença cárie em um indivíduo ou população. Mede a doença e não a saúde. Levantamentos epidemiológicos em Odontologia • Informações básicas de SB (saúde bucal) e/ou necessidades de tratamento odontológico na população. • Deve ser realizado periodicamente. • Objetivos: Conhecer a realidade e monitorar mudanças nos níveis e padrões das doenças ao longo do tempo. • Epidemiologia: Conhecer, planejar e avaliar Problemas de saúde pública em Odontologia Problemas Persistentes (Doenças bucais de maior ocorrência no Brasil): → Doença cárie. → Doença periodontal. → Distúrbios oclusais (má oclusão): devido à miscigenação da população. → Câncer de boca. → Fissuras lábio-palatais. Problemas Emergentes Fluorose: Não é doença, é alteração no desenvolvimento devido ao uso de flúor. Trauma: qualquer situação de violência que possa gerar sequela no organismo. Estigmas da sífilis: DST controlada, pois foi feita campanha de erradicação. Doença restrita a ambientes insalubres. Pode alterar a forma dos dentes. Pode ocorrer como sequela da presença de sífilis na gestação. Doenças ocupacionais com manifestações bucais: Causadas pelo aumento da industrialização, ex.: Avaliador (provador) de café, de vinho, etc. Dificuldade no controle da cárie: É uma doença que envolve múltiplos fatores, não se sabe a causa correta/específica. Levantamentos Epidemiológicos em Saúde Bucal → Ministério da Saúde (1986). → SESI (1993): Fez levantamento nacional, mas é uma instituição privada. → Ministério da Saúde / Entidades da categoria odontológica (1996). → Projeto SB BRASIL (2003 e 2010). → Levantamento SB Brasil 2020 (2021). Levantamento Epidemiológico em Saúde Bucal (Brasil, zona urbana, 1986) • Prof. Dr. Vitor GOMES PINTO (1988). • Três argumentos para realização da pesquisa: → Dados fidedignos: Desenvolvimento de ações preventivas, educativas e curativas. → Demanda por serviços odontológicos limitada. → Implementação de um programa nacional de saúde pública em odontologia. Marina Guimarães Dados avaliados → Doenças bucais (cárie e doença periodontal): Só entraram essas duas doenças por falta de dados das outras doenças por falta de recursos; → Necessidade de prótese total; → Acesso aos serviços odontológicos. Limitações do Levantamento Ausência do grupo etário de 65 a 74 anos; Ausência da idade de 5 anos: não havia CD habilitados parafazer com que essas crianças fossem atendidas; Zona urbana de 16 capitais - não representativo de toda população: Norte (Manaus, Belém); Nordeste (São Luís, Fortaleza, João Pessoa, Recife, Maceió e Salvador); Sudeste (Belo Horizonte e São Paulo); Sul (Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre); Centro-oeste. Resultados do Levantamento → Índice CPO-D aos 12 anos – 6,65. → Prevalência muito alta de cárie. → 3º pior índice do mundo: → Atrás de Brunei e República Dominicana; → Empatado com Jamaica. → Produzimos açúcar e o consumo foi excessivo. Levantamento Epidemiológico em Saúde Bucal: Brasil, zona urbana, 1986 Doença periodontal (gengivite): 50 a 59 anos; → 50% da população brasileira: Necessitava de profilaxia; → 7%: necessitava de tratamento cirúrgico. → Dados devem ser apreciados em conjunto com indicadores de perda dentária por cárie. → Prevalência diminuída pela ausência de dentes: O maior índice de perda dentária, haverá consequentemente diminuição dos casos relacionados à doença periodontal. → 15 a 19 anos: Com presença de dentes. Estudo epidemiológico sobre prevalência de cárie dental em crianças de 3 a 14 anos; Brasil, 1993. • Parte integrante do Programa de Prevenção de Doenças Bucais – levantamento epidemiológico em crianças das escolas do SESI e escolas públicas. • Banco de dados mundial de cárie dentária (OMS) como dado oficial do CPO-D aos 12 anos para o Brasil (1993). • Semelhante ao levantamento de 1986. Não se pode comparar levantamentos com critérios/metodologias diferentes. MS/CRO/ABO/SES. Brasil, 1996. CPO-D e ceo-d em crianças de 6 a 12 anos de escolas públicas e privadas das 27 capitais brasileiras. Várias críticas: → Deficiência no plano amostral. → Somente capitais. → Ausência injustificada de outros grupos etários, particularmente adultos e idosos, e de outros agravos. → Não inclusão de outras variáveis (condição sócio econômica e acesso aos serviços de saúde). → Processo de calibração deficiente, ex.: Todos devem ter conclusão de que Marina Guimarães determinada lesão é cárie ou não, pois se um CD achar que é cárie e outro CD achar que é doença periodontal, haverá dados enganosos na pesquisa, não haverá um critério claro de avaliação. → Ausência de possibilidade de comparação. Projeto SBBrasil – 2003 • Ano índice (década, século, milênio). • Comparação com metas para o ano 2000 (OMS/FDI). • Estabelecimento de uma normatização em termos de pesquisa epidemiológicas transversais. • “Projeto SB2000: condições de saúde bucal da população brasileira”. • Exames domiciliares em populações adolescentes, adulta e idosa. • Outros agravos: Fluorose e oclusopatias. • Resultados divulgados em relatório descritivo. Antes de 2003 não existia política pública de controle de cárie além da fluoretação da água e dentifrícios. Cárie dentária e sequelas: Tendência de queda na prevalência e severidade da cárie na população (12 anos). Doença periodontal: Crianças e adolescentes: Sangramento e cálculo. Adultos e idosos: Pouca presença de doença em função de perda dentária. Aula 4 – Níveis de Prevenção História natural da doença: Etapas de desenvolvimento de uma doença desde seu início até o seu desfecho. Leavell e Clark observaram as doenças e definiram os níveis de prevenção: 1. NP: Promoção da Saúde; Envolve todas as atividades de prevenção relacionadas a educação, orientação no processo do adoecimento. Ex.: Cárie, câncer de boca, fluorose e má-oclusão. 2. NP: Proteção Específica: Doença Cárie, Periodontal (fluoretação/ IHB/ distribuição kits higiene), má-oclusão, câncer de boca e fissuras- labiopalatais/fluorose (restrição ao uso de alimentos ultraprocessados). Fase 1 e 2 NP: Fase pré-clínica. 3. NP: Diagnóstico e Tratamento Precoce: Streamming para o adoecimento. Cárie e DP (Exames radiográficos/ classificação de risco/ Exame clínico); Má-oclusão e câncer de boca (identificação de fatores de risco: fumo e álcool, diagnóstico precoce de lesões de boca); Fissuras- labiopalatais/Fluorose (microabrasão, uso racional de fluoretos). 4. NP: Limitação do Dano: Cárie (restaurações); DP (raspagem e alisamento coronoradicular); Má- oclusão e câncer da boca (cirurgias para biópsia); Fissuras-labiopalatal e fluorose. Desfecho: Óbito/Cura/Sequela 5. NP: Reabilitação Cárie (perda dentária – próteses); DP (perda dentára – próteses/ perda de inserção de tecido periodontal); Má-ocusão, câncer de boca, fissuras-labiopalatais e fluorose. Marina Guimarães OSP – Odontologia em Saúde Preventiva Aula 5 – Levantamentos Epidemiológicos em Saúde Bucal no Brasil CPO-D - Klen & Palmer, 1938. Quando individual é mensurado: → Dente Cariados (C). → Dentes com extração indicada (Ei). → Dentes Extraídos (E). → Dentes Restaurados (O). → C + Ei + E + O = Variado de 0 a 28. Quando coletivo é mensurado: → Dentes cariados (C) de todos os avaliados. → Dentes com extração indicada (Ei) de t. a. → Dentes Extraídos (E) de t. a. → Dentes Restaurados (O) de t. a. → (C + Ei + E + O) / Total de indivíduos = Variando de 0 a 28. História presente: Necessidade de Tratamento. Permanente: (C + Ei). História passada: Tratamento realizado. Permanente: (E + O). Pode ser identificada a prevalência quando se identifica os indivíduos sem cárie (CPO = 0) ou com cárie (CPO > 1) e divide-se pela população de risco. Na dentição decídua ceo-d: → Dentes cariados (c). → Dentes com extração indicada (ei). → Dentes extraídos – Não são contados por dificuldade de se associar a extração com a doença cárie. → Dentes restaurados (o). → (c + ei + o) = Variando de 0 a 20. → Individual/ Coletivo História presente: Necessidade de Tratamento. Decíduo: (c + ei) História passada: Tratamento realizado. Decíduo: (o) Identificada a prevalência quando se identifica os indivíduos sem cárie (ceo = 0) ou com cárie (ceo > 1) e se divide pela população de risco. Aula 6 – Levantamento de S. B. de 2010 Pesquisa voltada ao estudo epidemiológico de base nacional. Semelhante ao SB Brasil 2003 – possibilitando o início da cárie história de indicadores da saúde bucal do brasileiro. CPO como principal indicador, soma os dentes: → Cariado – Afetado pela cárie e ainda não- tratados. → Perdidos – Extraído em decorrência da cárie. → Obturados – Acometidos pela cárie, porém tratados. Seus resultados: ✓ Proporção de crianças livres de cárie aos 12 anos cresce de 31% para 44%. ✓ 1,6 milhão de dentes deixaram de ser afetados pela cárie em crianças dessa faixa etária, entre 2003 e 2010. ✓ Hoje, 1,4 bilhão de crianças não têm nenhum dente cariado na boca – aumento de 30% em relação a 2003. Todas as regiões melhoraram o índice, exceto a Norte. Quase não houve diferança. Porém, Brasil entra no grupo de países com baixa prevalência de cárie. Marina Guimarães Em adolescentes de 15 a 19 anos, houve redução de 30% do CPO dessa faixa etária. Em Adultos de 35 a 44 também houve melhoria impactante. Em Idosos entre 65 e 74 houve melhoria, mas não foi suficiente para um impacto. Depois que implantaram Brasil Sorridente foi vista muitas melhorias, aumento do número de profissionais e consultórios, doação de cadeiras odontológicas, quadruplicou e melhorou qualidade de atendimentos, houve muitos bons resultados, por fim, aumento de fluoretação de águas de abastecimento, da qual foi a principal causa de redução da doença cárie. Levantamento Nacional de Saúde Bucal – SB Brasil 2003 Havia uma carência odontológica na população de baixa renda, que deixava a saúde bucal em situação crítica. A falta de assistência (sequelas irreversíveis e superlotação nos postos) e atuação curativa(demora ao procurar atendimento e poucos serviços odontológicos) eram a principal causa. Foi nesta época que criaram a Brasil Sorridente, na qual focaram na: ➢ Reorganização da atenção básica em saúde bucal. ➢ Ampliação da atenção especializada. ➢ Alta complexidade. ➢ Promoção e prevenção. ➢ Reestruturação e qualificação. ➢ Vigilância e monitoramento. (Palavras do professor): A ideia era que o primeiro atendimento fosse feito em uma Unidade da Saúde da Família através da Equipe Saúde Bucal ou na Unidade de Odontologia Móvel. E caso o paciente não conseguisse resolver seu problema de necessidade de saúde bucal em nível de atenção básica ou precisasse de serviço especializado, era encaminhado para o Centro de Especialidade Odontológica. O Laboratório de Prótese auxiliaria na reabilitação do paciente, podendo ser instalado na Unidade de Saúde da Família. A partir do Serviço Especializado, se houvesse necessidade de internação ou atendimento hospitalar, eram encaminhados para o 3º nível de complexidade no Hospital, principalmente pacientes com necessidades especiais. Reorganização da Atenção Básica: Aumentaram ofertas de serviços de saúde. Reorganização do Processo de Trabalho: Trabalho em equipe, multidisciplinar, com planejamentos, ações intersetoriais, clínicas ampliadas, tudo com foco de atuação centrado no território-família-comunidade. Princípios das Equipes de Saúde Bucal na Estratégia Saúde da família: Ações de promoção e proteção de saúde, ações de recuperação, prevenção e controle de câncer bucal, incremento da resolução da urgência, inclusão de procedimentos mais complexos na atenção básica, inclusão da reabilitação protética na atenção básica. Marina Guimarães OSP – Odontologia em Saúde Preventiva Aula 7 – Indicadores de Saúde Bucal Indicador de saúde é uma medida que reflete uma característica ou aspecto particular relacionados à saúde de uma população. ➢ Medida de pressão arterial ➢ Exame de baciloscopia do escarro. ➢ CPO-D/ ceo-d. ➢ Índice de sangramento gengival. ➢ Índice de necessidade de prótese. ➢ Acesso a serviços de saúde de uma população. ➢ Medida de comparabilidade. Indicadores utilizados pela OMS Prevalência de cárie: Proporção de casos em um determinado período de tempo em relação a uma população de risco, sempre calculada em relação a uma base populacional. CPO-D: Mede ou indica a mensura da doença no individuo expresso por história presente e história passada, não mede prevalência. Edentulismo: Expressa numero de dentes perdidos, podendo ser superior, inferior ou edentulismo total. Para que saber/determinar Indicadores de Saúde? → Estudo dos determinantes de saúde- enfermidade (conhecer). → Análise de situações de saúde (planejar). → Avaliação de tecnologias e processos no campo da saúde (testar). Indicadores de Saúde Bucal → Medidas que expressam acesso aos serviços de odontologias instituídos. → Não expressam produção dos serviços instalados. Média da ação coletiva de escovação dental supervisionada → Objetivo: Aumentar a prevenção das principais doenças bucais; a cárie dentária e a doença periodontal. Ações estratégicas que podem contribuir para alcance das metas: → Doação de kits de escova e creme dental p/ população assistida. → Utilização de materiais educativos de escovação dental. → Monitoramento e avaliação dos dados informados pelos municípios na base de dados nacional, com vistas ao assessoramento à gestão e acompanhamento de informações. Cobertura populacional estimada pelas equipes básicas de Saúde Bucal Ações que contribuem ao alcance das metas: → Convencimento do gestor municipal sobre vantagens da conversão tradicional de serviços odontológicos na Estratégia Saúde da Família, nos municípios com ausência ou baixa cobertura. Marina Guimarães → Monitoramento e avaliação da qualidade e consistência dos dados informados pelos municípios na base de dados nacional, com vistas ao assessoramento à gestão e acompanhamento de informações. Interpretação Estima a proporção de pessoas que poderiam ser beneficiadas pelas ações de escovação dental com orientação/ supervisão de um profissional de saúde bucal, visando à prevenção de doenças bucais. Permite estimar o acesso ao flúor tópico. → Analisar a cobertura da população que teve acesso a tratamento odontológicas. Como melhorar o indicador: → Alimentação correta dos indicadores. → Garantia de insumos necessários à ação (escova e pasta fluoretada, materiais educativos). → Articulação intersetorial para expansão do acesso a essas ações: escolas, centros comunitários, comunidades terapêuticas, etc. Recomendações: → Avaliação completa do paciente com registro em prontuário. → Será lançada para a mesma pessoa após 12 meses da conclusão do Plano Preventivo- Terapêutico (PPT), ou em caso de abandono após 6 meses da última consulta. Limitações: Dificuldades relacionadas a fatores culturais explicam o “medo” da gestante à consulta odontológica, principalmente relacionado ao uso de raio-x. Cobertura de 1ª consulta de atendimento odontológico à gestante → Prevenir agravos de saúde bucal que possam comprometer a gestação e o bem estar da gestante. → No mínimo, uma avaliação odontológica a cada trimestre de gestação. Será registrada no SIAB apenas a 1ª consulta à gestante. Recomendações: Registrado uma única vez durante a gestação, independente dos procedimentos e periodicidade do atendimento. → Conclusão deverá ser registrada em Tratamento Concluído. Razão entre Tratamentos Concluídos e Primeiras Consultas Odontológicas Programáticas. Permite avaliar se a equipe mantém uma boa relação entre acesso (número de primeira Aula 8 – CPO-D Índice de Gravidade da doença cárie: Causa: Prevenção na saúde bucal. Destino Dos Fluoretos no Organismo Flúor: Halogênio mais abundante da crosta terrestre, com uma concentração de 950 ppm. Existe vários tipos. Na odontologia: Se acumula nos ossos e dentes. Dentifrícios 1000pp a 1450ppm, que não devem ser engolidos. OMS considera Fluor como um medicamento, contudo aprova sua adição à água, leite ou sal como forma eficaz de combater a cárie. Marina Guimarães Produtos fluretados: Química do Fluor Elemento mais eletronegativo (altamente reagente). Corrói: Vidro, cerâmica e madeiro. Destinos no organismo: → Perfusão transmembrana (HF). → 25% absorvidos no estômago e 75% no intestino delgado. → Absorvido no intestino (30min). → Níveis plasmáticos (pico de 20 a 60 minutos). → Ligações estáveis com cálcio (através do leite), magnésio e alumínio. Tecidos calcificados → 99% em tecidos duros (ossos, esmalte e dentina). → Concentração no esmalte é bem menor que na dentina e nos ossos, menores onde há desgaste e maiores onde há biofilme. → Concentração de fluoretos diminui progressivamente da superfície pulpar em direção a junção amelodentinária. → Concentração no esmalte ligada a formação. → Concentração na dentina e ossos proporcional a ingestão ao longo do tempo. Toxicidade crônica Período de formação dentária (20 a 36 meses). Manifestação clínica: Fluorose. Característica: Espelhamento do dente vizinho. Hipoplasia de Esmalte Diagnóstico diferencial de mancha branca Mancha branca (cárie): Lesão em formato de meia lua, com localização 1/3 cervical e características de associação a gengivite e/ou higiene precária. Hipoplasias Fluorose: Forma irregular com ponto ou linha horizontal, rugosa a sondagem. Localização de linhas ou estrias de desenvolvimento, com perda de estrutura dentária e dentes homólogos. Opacidades difusas e demarcadas, Hipoplasia focal: Forma irregular, quando demarcada fácil de identificar. Indefinidae assimetria. Branca, creme, amarela ou castanha. Amelogênese e dentinigênese imperfeita: Irregular. Perda de estrutura dentária. Fatores hereditários envolvidos. Marina Guimarães Aula 9 - Indicação de Saúde Bucal Doença Periodontal - Índice Periodontal Comunitário (IPC) Avaliação por sextante → Até 19 anos: 16, 11, 26, 36, 31 e 16. → 20 anos ou mais: 17, 16, 11, 26, 27, 37, 36, 31, 46 e 47. Se nenhum dente-índice estiver presente no sextante, todos os dentes deste sextante serão examinados e o mais alto escore é registrado como o escore do sextante. Códigos: São os seguintes os códigos utilizados no CPI. → 0 – Sextante hígido. → 1 – Sextante com sangramento (observado diretamente ou com espelho, após sondagem). → 2 – Cálculo (qualquer quantidade, mas com toda a área preta da sonda visível). → 3 – Bolsa de 4mm a 5mm (margem gengival na área preta da sonda). → 4 – Bolsa de 6mm ou mais (área preta da sonda não está visível). → X – Sextante excluído (menos de 2 dentes presentes). → 9 – Sextante não examinado. Doença Periodontal – índice de Higiene Oral Comunitário (IHO-S) Mede a existência de placa e de tártaro (16V, 11V, 26V, 36L, 31V, 46L). Quando um desses dentes estiver ausente, pode ser substituído por um adjacente. Código Placa: → Inexistência de placa e induto – Código 0. → Placa cobrindo não mais que 1/3 da superfície ou apenas indutos generalizados – Código 1 Placa. → P. cob. mais que 1/3, mas não mais que 2/3 da superfície dental – Código 2. → Placa cobrindo mais que 2/3 da superfície – Código 3. → Dente-índice e subst. inexistentes – Cod. X. Código Tártaro: → Inexistência de tártaro – Código 0. → Tártaro supra gengival em não mais que 1/3 da superfície exposta do dente – Código 1. → Tártaro supra gengival cobrindo mais que 1/3, mas não mais que 2/3 da superfície exposta em torno da reg. cervical – Código 2. → Tart. Sup. Gen. Cobrindo mais que 2/3 da superfície da coroa ou uma faixa contínua e espessa de tártaro sub gengival – Código 3. → Dente-índice,substituto inexistentes – Cod. X. O resultado se da pela soma dos códigos de cada dente dividido pelo total de dentes examinados. IHOS é a soma do sub índice da placa e do tártaro. D. Periodontal – Índice de Biofilme Visível (IP) O cálculo do índice é feito se dividindo o nº de superfícies contendo placa pelo nº total de sup. examinadas. Marina Guimarães Faz-se identificação e preenchimento de Mapa de Biofilme. Soma-se superfícies com placa visível e divide-se pelo total de superfícies dentárias (exclui-se incisal e oclusal – logo devem ser 4 por dente) e multiplica-se por 100. Índice percentual. D. Periodontal – Índice de Sangramento Gengival (ISG) D. Periodontal - Índice de Perda de Insenção Periodontal (PIP) Códigos - São os seguintes os códigos utilizados no PIP: 0- Perda de inserção entre 0 e 3 mm (JCE não visível e CPI entre 0 e 3). Ou seja: se o CPI for igual a 4, não há possibilidade de o PIP ser 0 (zero). Se a JCE não está visível e o CPI é 4, ou se a JCE está visível, então: 1- Perda de inserção entre 4 mm e 5 mm (JCE visível na área preta da sonda CPI); 2- Perda de inserção entre 6 mm e 8 mm (JCE visível entre limite superior da área preta da sonda CPI e a marca de 8,5 mm); 3- Perda de inserção entre 9 mm e 11 mm (JCE visível entre as marcas de 8,5 mm e 11,5 mm); 4- Perda de inserção de 12 mm ou mais (JCE visível além da marca de 11,5 mm); X- Sextante excluído (menos de 2 dentes presentes); 9- Sem informação (JCE nem visível nem detectável). Utilizar este código também nas situações em que o exame não estiver indicado (outras faixas etárias que não de 35 a 44 anos e 65 a 74 anos) Índice de Alterações Gengivais (AG) Crianças de 5 anos de idade. Sinal de sangramento em 3 ou mais coroas, será indicada presença de sangramento (código 1). Se não houver sinal, será registrado como código 0. Principais Indicadores para Levantamentos em Saúde Bucal Marina Guimarães Flúor Doença cárie: Flúor pode ser utilizado como coletivo ou privado Coletivo: Várias pessoas usam. → Água de abastecimento público. → Água de escolas (microssistemas). → Sal de consumo humano. → Suplementos dietéticos com flúor. → Leite, açúcar e gomas de mascar. Estudo das 21 cidades (DEAN 1942) Experiência de cárie em adolescentes de 12 a 14 anos, 4 estados americanos: Conclusões: → Correlação positiva entre fluoreto na água e flurose. → Negativa entre fluoreto na água e doença cárie. Estabelecido: → Concentração ideal de 1,0 mg de fluoreto. → Acima de 1,5mg F/L (flureto) não havia ganho a doença cárie e aumentava severidade de flurose.
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