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Odontologia em Saúde Preventiva

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Marina Guimarães 
Odontologia em Saúde 
Preventiva 
Aula 1 - Bases para uma Saúde Coletiva 
Nosso foco é voltado para população e com um 
olhar para o coletivo. 
As Soluções e Tecnologias de Ponta não são de 
acesso coletivo. A faceta por exemplo, sofreram 
de diversas de evoluções com objetivo de 
melhorias ao material. São de uso individual. 
 
Doenças Persistentes: Não estão sendo 
controladas, mesmo a tratando a doença 
persiste. 
 
Condições do Adoecimento: 
→ Ritmo e velocidade do adoecimento. 
→ Desenvolvimento econômico. 
→ Ideologia do Estado. 
→ Forma de Organização do governo. 
→ Nível educacional da população. 
→ Cultura e tradição populares. 
→ Hábitos Alimentares e Condições de 
Higiene. 
Avanços em Tecnologia e Persistência de Quadro 
epidemiológico 
Mesmo com uma lesão 
de carie em diversos 
níveis de estado, 
mesmo que tenha o 
controle da doença, 
ela ainda persiste. 
 
O Impacto da Odontologia no campo social 
→ Efeito Nulo. 
→ Centralização de tecnologia em grupos 
abastados. 
→ Dieta em função do poder aquisitivo, 
costumes e tradição. 
→ País açucareiro como Brasil (fonte de 
alimentação). 
Como reverter o quadro? 
→ Democratizando à profissão. 
→ Remoção da barreira econômica entre 
acesso a serviços entre pacientes e 
prestadores de serviço. 
 
Odontologia 
Avanços no diagnóstico, tratamento e 
conhecimento de patologias. 
Desafio: Fazer chegar à população/ ao coletivo 
desses avanços. 
 
Objetivos específicos para saúde bucal p/ ano 
2020. 
→ Reduzir morbimortalidade por doenças 
bucais e crâneo-faciais. 
→ Promover políticas e programas 
sustentáveis e baseados em prioridades 
políticas baseadas em evidência. 
→ Desenvolver sistemas de saúde bucal 
custos efetivos para prevenção e 
controle de doenças. 
→ Integrar promoção e atenção 
odontológicas utilizando enfoque no 
risco comum. 
→ Empoderar pessoas p/ autocuidado e 
controlar determinantes de seus 
problemas. 
→ Reforçar sistemas e métodos de 
vigilância. 
→ Promover a responsabilidade social e 
práticas éticas nos serviços de saúde. 
Marina Guimarães 
→ Reduzir disparidades epidemiológicas na 
população e entre países. 
→ Aumentar pessoas para investigação 
epidemiológica. 
 
Ex. de problemas a ser avaliados no ano 2020 
➢ Dor 
➢ Alterações Funcionais 
➢ Doenças infecciosas 
➢ Câncer bucal e da faringe 
➢ Trauma, cárie dentária, HIV, doenças 
periodontais ou perda dentária. 
 
Estratégia Brasileira (PNSB/2004) 
→ Promoção e proteção à saúde 
(fluoretação das águas, educação em 
saúde, higiene bucal e ATF). 
→ Recuperação da saúde traduzida em 
diagnóstico e tratamento. 
→ Reabilitação parcial ou total da 
capacidade perdida. 
→ Ampliação da atenção básica. 
→ Reabilitação protética. 
→ Ampliação de acesso e qualificação da 
atenção secundária e terciária (CEOs e 
LRPDs). 
 
Aula 2 – 
Objetivos gerais saúde bucal p/ ano 2020 
Diminuir impacto de doenças de origem bucal e 
craniofacial, com promoção da saúde e redução 
das doenças em populações de maior risco. 
Reduzir impacto de manifestações bucais e 
craniofaciais de doenças sistêmicas em 
indivíduos e sociedade, através do diagnóstico. 
 
 
 
São considerados problemas de saúde pública 
→ Constitui causa comum de morbidade ou 
mortalidade. 
→ Existem métodos eficazes de prevenção e 
controle. 
→ Métodos não estão sendo 
adequadamente utilizados. 
 
Estabelecendo prioridades 
→ Número de pessoas atingidas. 
→ Severidade do dano causado. 
→ Possibilidade de atuação eficiente. 
→ Grau de interesse da comunidade 
Nem sempre um problema de saúde pública se 
transforma numa prioridade p/ intervenção em 
saúde pública. 
 
Doenças de maior ocorrência em SB 
→ Cárie dentária. 
→ Periodontopatias. 
→ Oclusopatias. 
→ Fissutas labiopalatais. 
→ Câncer bucal. 
→ Fluorose. (atinge um grau baixo, existe 
método de controle e não é utilizado) 
 
Construção de um modelo de atenção à saúde 
bucal 
Processo histórico com diferentes atores sociais 
e seus interesses, suas contradições e conflitos. 
Modelo de atenção em saúde bucal é parte 
integrante de um modelo de atenção à saúde. 
Importante: Sem descuidar com o modelo 
assistencial, deve-se articular ações 
assistenciais a um conjunto mais amplo de 
medidas de modo que os modelos de atenção à 
saúde coletiva não reduzindo o modelo de 
atenção ao sistema assistencialista. 
Marina Guimarães 
Modelo brasileiro de atenção à saúde bucal 
Prioridade para atenção primária (ações de 
natureza coletiva e individual, visando ao 
objetivo epidemiológico de Promoção, 
Recuperação e Manutenção da Saúde Bucal – 
ESB no PSF. 
Hierarquização e Articulação do sistema de 
atenção à saúde bucal, buscando aumentar a 
resolutividade do atendimento e garantindo um 
sistema de referência e contrarreferência – ESB/ 
CEO/ Atenção Hospitalar. 
Reorganização do processso de trabalho com a 
inclusão do pessoal auxiliar (ASB/TSB) – 
Modalidade I e II. 
 
Marina Guimarães 
OSP – Política Nacional 
de Saúde Bucal 
Aula 3 – Levantamentos Epidemiológicos em 
Saúde Bucal no Brasil 
Epidemiologia 
• Instrumento para o diagnóstico 
das condições de saúde nas 
coletividades humanas: Se fundamenta no 
planejamento e avaliação das ações em 
saúde coletiva. 
• Brasil: Utilização da epidemiologia em saúde 
bucal – pouco expressiva. 
• CPO-D (Klein & Palmer, 1938) – É um 
indicador de saúde e mede a gravidade e a 
história da doença cárie em um indivíduo ou 
população. Mede a doença e não a saúde. 
 
Levantamentos epidemiológicos em Odontologia 
• Informações básicas de SB (saúde bucal) 
e/ou necessidades de tratamento 
odontológico na população. 
• Deve ser realizado periodicamente. 
• Objetivos: Conhecer a realidade e monitorar 
mudanças nos níveis e padrões das doenças 
ao longo do tempo. 
• Epidemiologia: Conhecer, planejar e avaliar 
 
Problemas de saúde pública em 
Odontologia 
Problemas Persistentes (Doenças bucais de maior 
ocorrência no Brasil): 
→ Doença cárie. 
→ Doença periodontal. 
→ Distúrbios oclusais (má oclusão): devido 
à miscigenação da população. 
→ Câncer de boca. 
→ Fissuras lábio-palatais. 
Problemas Emergentes 
Fluorose: Não é doença, é alteração no 
desenvolvimento devido ao uso de flúor. 
Trauma: qualquer situação de violência que 
possa gerar sequela no organismo. 
Estigmas da sífilis: DST controlada, pois foi feita 
campanha de erradicação. Doença restrita a 
ambientes insalubres. Pode alterar a forma dos 
dentes. Pode ocorrer como sequela da presença 
de sífilis na gestação. 
Doenças ocupacionais com manifestações bucais: 
Causadas pelo aumento da industrialização, ex.: 
Avaliador (provador) de café, de vinho, etc. 
Dificuldade no controle da cárie: É uma doença 
que envolve múltiplos fatores, não se sabe a 
causa correta/específica. 
 
Levantamentos Epidemiológicos em Saúde Bucal 
→ Ministério da Saúde (1986). 
→ SESI (1993): Fez levantamento 
nacional, mas é uma instituição privada. 
→ Ministério da Saúde / Entidades da 
categoria odontológica (1996). 
→ Projeto SB BRASIL (2003 e 2010). 
→ Levantamento SB Brasil 2020 (2021). 
 
Levantamento Epidemiológico em Saúde 
Bucal (Brasil, zona urbana, 1986) 
• Prof. Dr. Vitor GOMES PINTO (1988). 
• Três argumentos para realização da 
pesquisa: 
→ Dados fidedignos: Desenvolvimento de 
ações preventivas, educativas e 
curativas. 
→ Demanda por serviços odontológicos 
limitada. 
→ Implementação de um programa 
nacional de saúde pública em 
odontologia. 
Marina Guimarães 
Dados avaliados 
→ Doenças bucais (cárie e doença 
periodontal): Só entraram essas duas 
doenças por falta de dados das outras 
doenças por falta de recursos; 
→ Necessidade de prótese total; 
→ Acesso aos serviços odontológicos. 
 
Limitações do Levantamento 
Ausência do grupo etário de 65 a 74 anos; 
Ausência da idade de 5 anos: não havia CD 
habilitados parafazer com que essas crianças 
fossem atendidas; 
Zona urbana de 16 capitais - não representativo 
de toda população: Norte (Manaus, Belém); 
Nordeste (São Luís, Fortaleza, João Pessoa, 
Recife, Maceió e Salvador); Sudeste (Belo 
Horizonte e São Paulo); Sul (Curitiba, 
Florianópolis e Porto Alegre); Centro-oeste. 
 
Resultados do Levantamento 
→ Índice CPO-D aos 12 anos – 6,65. 
→ Prevalência muito alta de cárie. 
→ 3º pior índice do mundo: 
→ Atrás de Brunei e República 
Dominicana; 
→ Empatado com Jamaica. 
→ Produzimos açúcar e o consumo 
foi excessivo. 
 
 
Levantamento Epidemiológico em Saúde 
Bucal: Brasil, zona urbana, 1986 
Doença periodontal (gengivite): 50 a 59 anos; 
→ 50% da população brasileira: 
Necessitava de profilaxia; 
→ 7%: necessitava de tratamento cirúrgico. 
→ Dados devem ser apreciados em conjunto 
com indicadores de perda dentária por 
cárie. 
→ Prevalência diminuída pela ausência de 
dentes: O maior índice de perda dentária, 
haverá consequentemente diminuição 
dos casos relacionados à doença 
periodontal. 
→ 15 a 19 anos: Com presença de dentes. 
 
Estudo epidemiológico sobre prevalência de 
cárie dental em crianças de 3 a 14 anos; 
Brasil, 1993. 
• Parte integrante do Programa de Prevenção 
de Doenças Bucais – levantamento 
epidemiológico em crianças das escolas do 
SESI e escolas públicas. 
• Banco de dados mundial de cárie dentária 
(OMS) como dado oficial do CPO-D aos 12 
anos para o Brasil (1993). 
• Semelhante ao levantamento de 1986. 
Não se pode comparar levantamentos com 
critérios/metodologias diferentes. 
 
MS/CRO/ABO/SES. Brasil, 1996. 
CPO-D e ceo-d em crianças de 6 a 12 anos de 
escolas públicas e privadas das 27 capitais 
brasileiras. 
Várias críticas: 
→ Deficiência no plano amostral. 
→ Somente capitais. 
→ Ausência injustificada de outros grupos 
etários, particularmente adultos e idosos, 
e de outros agravos. 
→ Não inclusão de outras variáveis 
(condição sócio econômica e acesso aos 
serviços de saúde). 
→ Processo de calibração deficiente, ex.: 
Todos devem ter conclusão de que 
Marina Guimarães 
determinada lesão é cárie ou não, pois se 
um CD achar que é cárie e outro CD achar 
que é doença periodontal, haverá dados 
enganosos na pesquisa, não haverá um 
critério claro de avaliação. 
→ Ausência de possibilidade de 
comparação. 
 
Projeto SBBrasil – 2003 
• Ano índice (década, século, milênio). 
• Comparação com metas para o ano 2000 
(OMS/FDI). 
• Estabelecimento de uma normatização em 
termos de pesquisa epidemiológicas 
transversais. 
• “Projeto SB2000: condições de saúde bucal 
da população brasileira”. 
• Exames domiciliares em populações 
adolescentes, adulta e idosa. 
• Outros agravos: Fluorose e oclusopatias. 
• Resultados divulgados em relatório 
descritivo. Antes de 2003 não existia política 
pública de controle de cárie além da 
fluoretação da água e dentifrícios. 
 
Cárie dentária e sequelas: 
Tendência de queda na prevalência e severidade 
da cárie na população (12 anos). 
 
Doença periodontal: 
Crianças e adolescentes: Sangramento e cálculo. 
Adultos e idosos: Pouca presença de doença em 
função de perda dentária. 
 
 
 
 
 
Aula 4 – Níveis de Prevenção 
História natural da doença: Etapas de 
desenvolvimento de uma doença desde seu início 
até o seu desfecho. 
 
Leavell e Clark observaram as doenças e 
definiram os níveis de prevenção: 
1. NP: Promoção da Saúde; Envolve todas as 
atividades de prevenção relacionadas a 
educação, orientação no processo do 
adoecimento. Ex.: Cárie, câncer de boca, 
fluorose e má-oclusão. 
 
2. NP: Proteção Específica: Doença Cárie, 
Periodontal (fluoretação/ IHB/ 
distribuição kits higiene), má-oclusão, 
câncer de boca e fissuras-
labiopalatais/fluorose (restrição ao uso 
de alimentos ultraprocessados). 
Fase 1 e 2 NP: Fase pré-clínica. 
3. NP: Diagnóstico e Tratamento Precoce: 
Streamming para o adoecimento. Cárie e 
DP (Exames radiográficos/ classificação 
de risco/ Exame clínico); Má-oclusão e 
câncer de boca (identificação de fatores 
de risco: fumo e álcool, diagnóstico 
precoce de lesões de boca); Fissuras-
labiopalatais/Fluorose (microabrasão, 
uso racional de fluoretos). 
 
4. NP: Limitação do Dano: Cárie 
(restaurações); DP (raspagem e 
alisamento coronoradicular); Má-
oclusão e câncer da boca (cirurgias para 
biópsia); Fissuras-labiopalatal e fluorose. 
Desfecho: Óbito/Cura/Sequela 
5. NP: Reabilitação Cárie (perda dentária – 
próteses); DP (perda dentára – próteses/ 
perda de inserção de tecido 
periodontal); Má-ocusão, câncer de 
boca, fissuras-labiopalatais e fluorose. 
Marina Guimarães 
OSP – Odontologia em 
Saúde Preventiva 
Aula 5 – Levantamentos Epidemiológicos em 
Saúde Bucal no Brasil 
CPO-D - Klen & Palmer, 1938. 
Quando individual é mensurado: 
→ Dente Cariados (C). 
→ Dentes com extração indicada (Ei). 
→ Dentes Extraídos (E). 
→ Dentes Restaurados (O). 
→ C + Ei + E + O = Variado de 0 a 28. 
Quando coletivo é mensurado: 
→ Dentes cariados (C) de todos os avaliados. 
→ Dentes com extração indicada (Ei) de t. a. 
→ Dentes Extraídos (E) de t. a. 
→ Dentes Restaurados (O) de t. a. 
→ (C + Ei + E + O) / Total de indivíduos = 
Variando de 0 a 28. 
História presente: Necessidade de Tratamento. 
Permanente: (C + Ei). 
História passada: Tratamento realizado. 
Permanente: (E + O). 
Pode ser identificada a prevalência quando se 
identifica os indivíduos sem cárie (CPO = 0) ou 
com cárie (CPO > 1) e divide-se pela população 
de risco. 
 
Na dentição decídua ceo-d: 
→ Dentes cariados (c). 
→ Dentes com extração indicada (ei). 
→ Dentes extraídos – Não são contados por 
dificuldade de se associar a extração com a 
doença cárie. 
→ Dentes restaurados (o). 
→ (c + ei + o) = Variando de 0 a 20. 
→ Individual/ Coletivo 
História presente: Necessidade de Tratamento. 
Decíduo: (c + ei) 
História passada: Tratamento realizado. 
Decíduo: (o) 
Identificada a prevalência quando se identifica 
os indivíduos sem cárie (ceo = 0) ou com cárie 
(ceo > 1) e se divide pela população de risco. 
 
Aula 6 – Levantamento de S. B. de 2010 
Pesquisa voltada ao estudo epidemiológico de 
base nacional. 
Semelhante ao SB Brasil 2003 – possibilitando o 
início da cárie história de indicadores da saúde 
bucal do brasileiro. 
CPO como principal indicador, soma os dentes: 
→ Cariado – Afetado pela cárie e ainda não-
tratados. 
→ Perdidos – Extraído em decorrência da cárie. 
→ Obturados – Acometidos pela cárie, porém 
tratados. 
 
Seus resultados: 
✓ Proporção de crianças livres de cárie aos 12 
anos cresce de 31% para 44%. 
✓ 1,6 milhão de dentes deixaram de ser 
afetados pela cárie em crianças dessa faixa 
etária, entre 2003 e 2010. 
✓ Hoje, 1,4 bilhão de crianças não têm nenhum 
dente cariado na boca – aumento de 30% em 
relação a 2003. 
Todas as regiões 
melhoraram o índice, 
exceto a Norte. Quase 
não houve diferança. 
Porém, Brasil entra no grupo de países com baixa 
prevalência de cárie. 
 
Marina Guimarães 
Em adolescentes de 15 a 19 anos, 
houve redução de 30% do CPO 
dessa faixa etária. 
 
Em Adultos de 35 a 44 também 
houve melhoria impactante. 
 
Em Idosos entre 65 e 74 houve 
melhoria, mas não foi suficiente 
para um impacto. 
 
Depois que implantaram Brasil Sorridente foi 
vista muitas melhorias, aumento do número de 
profissionais e consultórios, doação de cadeiras 
odontológicas, quadruplicou e melhorou 
qualidade de atendimentos, houve muitos bons 
resultados, por fim, aumento de fluoretação de 
águas de abastecimento, da qual foi a principal 
causa de redução da doença cárie. 
 
 
Levantamento Nacional de Saúde Bucal – 
SB Brasil 2003 
Havia uma carência odontológica na população 
de baixa renda, que deixava a saúde bucal em 
situação crítica. 
A falta de assistência (sequelas irreversíveis e 
superlotação nos postos) e atuação curativa(demora ao procurar atendimento e poucos 
serviços odontológicos) eram a principal causa. 
Foi nesta época que criaram a Brasil Sorridente, 
na qual focaram na: 
➢ Reorganização da atenção básica em saúde 
bucal. 
➢ Ampliação da atenção especializada. 
➢ Alta complexidade. 
➢ Promoção e prevenção. 
➢ Reestruturação e qualificação. 
➢ Vigilância e monitoramento. 
(Palavras do professor): A ideia era que o 
primeiro atendimento fosse feito em uma 
Unidade da Saúde da Família através da Equipe 
Saúde Bucal ou na Unidade de Odontologia 
Móvel. E caso o paciente não conseguisse 
resolver seu problema de necessidade de saúde 
bucal em nível de atenção básica ou precisasse 
de serviço especializado, era encaminhado para 
o Centro de Especialidade Odontológica. O 
Laboratório de Prótese auxiliaria na reabilitação 
do paciente, podendo ser instalado na Unidade 
de Saúde da Família. A partir do Serviço 
Especializado, se houvesse necessidade de 
internação ou atendimento hospitalar, eram 
encaminhados para o 3º nível de complexidade 
no Hospital, principalmente pacientes com 
necessidades especiais. 
 
 
 
Reorganização da Atenção Básica: Aumentaram 
ofertas de serviços de saúde. 
Reorganização do Processo de Trabalho: 
Trabalho em equipe, multidisciplinar, com 
planejamentos, ações intersetoriais, clínicas 
ampliadas, tudo com foco de atuação centrado 
no território-família-comunidade. 
Princípios das Equipes de Saúde Bucal na 
Estratégia Saúde da família: Ações de promoção 
e proteção de saúde, ações de recuperação, 
prevenção e controle de câncer bucal, 
incremento da resolução da urgência, inclusão 
de procedimentos mais complexos na atenção 
básica, inclusão da reabilitação protética na 
atenção básica. 
 
Marina Guimarães 
OSP – Odontologia em 
Saúde Preventiva 
Aula 7 – Indicadores de Saúde Bucal 
Indicador de saúde é uma medida que reflete 
uma característica ou aspecto particular 
relacionados à saúde de uma população. 
➢ Medida de pressão arterial 
➢ Exame de baciloscopia do escarro. 
➢ CPO-D/ ceo-d. 
➢ Índice de sangramento gengival. 
➢ Índice de necessidade de prótese. 
➢ Acesso a serviços de saúde de uma 
população. 
➢ Medida de comparabilidade. 
 
Indicadores utilizados pela OMS 
 
Prevalência de cárie: Proporção de casos em um 
determinado período de tempo em relação a uma 
população de risco, sempre calculada em relação 
a uma base populacional. 
CPO-D: Mede ou indica a mensura da doença no 
individuo expresso por história presente e 
história passada, não mede prevalência. 
Edentulismo: Expressa numero de dentes 
perdidos, podendo ser superior, inferior ou 
edentulismo total. 
 
 
Para que saber/determinar Indicadores de 
Saúde? 
→ Estudo dos determinantes de saúde-
enfermidade (conhecer). 
→ Análise de situações de saúde (planejar). 
→ Avaliação de tecnologias e processos no 
campo da saúde (testar). 
 
Indicadores de Saúde Bucal 
→ Medidas que expressam acesso aos serviços 
de odontologias instituídos. 
→ Não expressam produção dos serviços 
instalados. 
 
Média da ação coletiva de escovação dental 
supervisionada 
→ Objetivo: Aumentar a prevenção das 
principais doenças bucais; a cárie dentária e 
a doença periodontal. 
Ações estratégicas que podem contribuir para 
alcance das metas: 
→ Doação de kits de escova e creme dental p/ 
população assistida. 
→ Utilização de materiais educativos de 
escovação dental. 
→ Monitoramento e avaliação dos dados 
informados pelos municípios na base de 
dados nacional, com vistas ao 
assessoramento à gestão e acompanhamento 
de informações. 
 
Cobertura populacional estimada pelas equipes 
básicas de Saúde Bucal 
Ações que contribuem ao alcance das metas: 
→ Convencimento do gestor municipal sobre 
vantagens da conversão tradicional de 
serviços odontológicos na Estratégia Saúde 
da Família, nos municípios com ausência ou 
baixa cobertura. 
Marina Guimarães 
→ Monitoramento e avaliação da qualidade e 
consistência dos dados informados pelos 
municípios na base de dados nacional, com 
vistas ao assessoramento à gestão e 
acompanhamento de informações. 
 
Interpretação 
Estima a proporção de pessoas que poderiam ser 
beneficiadas pelas ações de escovação dental 
com orientação/ supervisão de um profissional de 
saúde bucal, visando à prevenção de doenças 
bucais. Permite estimar o acesso ao flúor tópico. 
→ Analisar a cobertura da população que teve 
acesso a tratamento odontológicas. 
Como melhorar o indicador: 
→ Alimentação correta dos indicadores. 
→ Garantia de insumos necessários à ação 
(escova e pasta fluoretada, materiais 
educativos). 
→ Articulação intersetorial para expansão do 
acesso a essas ações: escolas, centros 
comunitários, comunidades terapêuticas, etc. 
Recomendações: 
→ Avaliação completa do paciente com registro 
em prontuário. 
→ Será lançada para a mesma pessoa após 12 
meses da conclusão do Plano Preventivo-
Terapêutico (PPT), ou em caso de abandono 
após 6 meses da última consulta. 
Limitações: Dificuldades relacionadas a fatores 
culturais explicam o “medo” da gestante à 
consulta odontológica, principalmente 
relacionado ao uso de raio-x. 
 
Cobertura de 1ª consulta de atendimento 
odontológico à gestante 
→ Prevenir agravos de saúde bucal que possam 
comprometer a gestação e o bem estar da 
gestante. 
→ No mínimo, uma avaliação odontológica a 
cada trimestre de gestação. Será registrada 
no SIAB apenas a 1ª consulta à gestante. 
Recomendações: Registrado uma única vez 
durante a gestação, independente dos 
procedimentos e periodicidade do atendimento. 
→ Conclusão deverá ser registrada em 
Tratamento Concluído. 
Razão entre Tratamentos Concluídos e Primeiras 
Consultas Odontológicas Programáticas. 
Permite avaliar se a equipe mantém uma boa 
relação entre acesso (número de primeira 
 
Aula 8 – CPO-D 
Índice de Gravidade da doença cárie: 
 
Causa: Prevenção na saúde bucal. 
 
Destino Dos Fluoretos no Organismo 
Flúor: Halogênio mais abundante da crosta 
terrestre, com uma concentração de 950 ppm. 
Existe vários tipos. 
Na odontologia: Se acumula nos ossos e dentes. 
Dentifrícios 1000pp a 1450ppm, que 
não devem ser engolidos. 
OMS considera Fluor como um 
medicamento, contudo aprova sua adição à 
água, leite ou sal como forma eficaz de combater 
a cárie. 
Marina Guimarães 
Produtos fluretados: 
 
 
Química do Fluor 
Elemento mais eletronegativo 
(altamente reagente). 
Corrói: Vidro, cerâmica e madeiro. 
Destinos no organismo: 
→ Perfusão transmembrana (HF). 
→ 25% absorvidos no estômago e 75% no 
intestino delgado. 
→ Absorvido no intestino (30min). 
→ Níveis plasmáticos (pico de 20 a 60 minutos). 
→ Ligações estáveis com cálcio (através do 
leite), magnésio e alumínio. 
 
Tecidos calcificados 
→ 99% em tecidos duros (ossos, esmalte e 
dentina). 
→ Concentração no esmalte é bem menor que 
na dentina e nos ossos, menores onde há 
desgaste e maiores onde há biofilme. 
→ Concentração de fluoretos diminui 
progressivamente da superfície pulpar em 
direção a junção amelodentinária. 
→ Concentração no esmalte ligada a formação. 
→ Concentração na dentina e ossos 
proporcional a ingestão ao longo do tempo. 
 
 
Toxicidade crônica 
Período de formação dentária (20 a 36 meses). 
Manifestação clínica: Fluorose. 
Característica: Espelhamento do dente vizinho. 
 
 
Hipoplasia de Esmalte 
 
 
Diagnóstico diferencial de mancha branca 
Mancha branca (cárie): Lesão em 
formato de meia lua, com 
localização 1/3 cervical e 
características de associação a 
gengivite e/ou higiene precária. 
Hipoplasias Fluorose: Forma irregular com ponto 
ou linha horizontal, rugosa a 
sondagem. Localização de linhas 
ou estrias de desenvolvimento, 
com perda de estrutura dentária e dentes 
homólogos. 
Opacidades difusas e demarcadas, Hipoplasia 
focal: Forma irregular, quando demarcada fácil 
de identificar. Indefinidae 
assimetria. Branca, creme, 
amarela ou castanha. 
Amelogênese e dentinigênese imperfeita: 
Irregular. Perda de estrutura 
dentária. Fatores hereditários 
envolvidos. 
Marina Guimarães 
Aula 9 - Indicação de Saúde Bucal 
Doença Periodontal - Índice Periodontal 
Comunitário (IPC) 
Avaliação por sextante 
→ Até 19 anos: 16, 11, 26, 36, 31 e 16. 
→ 20 anos ou mais: 17, 16, 11, 26, 27, 37, 36, 31, 
46 e 47. 
Se nenhum dente-índice 
estiver presente no 
sextante, todos os dentes 
deste sextante serão 
examinados e o mais alto 
escore é registrado como o 
escore do sextante. 
 
Códigos: São os seguintes os códigos utilizados 
no CPI. 
→ 0 – Sextante hígido. 
→ 1 – Sextante com sangramento (observado 
diretamente ou com espelho, após 
sondagem). 
→ 2 – Cálculo (qualquer quantidade, mas com 
toda a área preta da sonda visível). 
→ 3 – Bolsa de 4mm a 5mm (margem gengival 
na área preta da sonda). 
→ 4 – Bolsa de 6mm ou mais (área preta da 
sonda não está visível). 
→ X – Sextante excluído (menos de 2 dentes 
presentes). 
→ 9 – Sextante não examinado. 
Doença Periodontal – índice de Higiene Oral 
Comunitário (IHO-S) 
Mede a existência de placa e de tártaro (16V, 
11V, 26V, 36L, 31V, 46L). 
Quando um desses dentes estiver ausente, pode 
ser substituído por um adjacente. 
Código Placa: 
→ Inexistência de placa e induto – Código 0. 
→ Placa cobrindo não mais que 1/3 da 
superfície ou apenas indutos generalizados – 
Código 1 Placa. 
→ P. cob. mais que 1/3, mas não mais que 2/3 da 
superfície dental – Código 2. 
→ Placa cobrindo mais que 2/3 da superfície – 
Código 3. 
→ Dente-índice e subst. inexistentes – Cod. X. 
 
Código Tártaro: 
→ Inexistência de tártaro – Código 0. 
→ Tártaro supra gengival em não mais que 1/3 
da superfície exposta do dente – Código 1. 
→ Tártaro supra gengival cobrindo mais que 
1/3, mas não mais que 2/3 da superfície 
exposta em torno da reg. cervical – Código 2. 
→ Tart. Sup. Gen. Cobrindo mais que 2/3 da 
superfície da coroa ou uma faixa contínua e 
espessa de tártaro sub gengival – Código 3. 
→ Dente-índice,substituto inexistentes – Cod. X. 
 
O resultado se da pela soma dos códigos de cada 
dente dividido pelo total de dentes examinados. 
IHOS é a soma do 
sub índice da placa 
e do tártaro. 
 
D. Periodontal – Índice de Biofilme Visível (IP) 
O cálculo do índice é feito se dividindo o nº de 
superfícies contendo placa pelo nº total de sup. 
examinadas. 
Marina Guimarães 
Faz-se identificação e preenchimento de Mapa 
de Biofilme. 
Soma-se superfícies com placa visível e divide-se 
pelo total de superfícies dentárias (exclui-se 
incisal e oclusal – logo devem ser 4 por dente) e 
multiplica-se por 100. Índice percentual. 
 
 
D. Periodontal – Índice de Sangramento Gengival 
(ISG) 
 
 
D. Periodontal - Índice de Perda de Insenção 
Periodontal (PIP) 
Códigos - São os seguintes os códigos utilizados 
no PIP: 
0- Perda de inserção entre 0 e 3 mm (JCE não 
visível e CPI entre 0 e 3). Ou seja: se o CPI for 
igual a 4, não há possibilidade de o PIP ser 0 
(zero). Se a JCE não está visível e o CPI é 4, ou se 
a JCE está visível, então: 
1- Perda de inserção entre 4 mm e 5 mm (JCE 
visível na área preta da sonda CPI); 
2- Perda de inserção entre 6 mm e 8 mm (JCE 
visível entre limite superior da área preta da 
sonda CPI e a marca de 8,5 mm); 
3- Perda de inserção entre 9 mm e 11 mm (JCE 
visível entre as marcas de 8,5 mm e 11,5 mm); 
4- Perda de inserção de 12 mm ou mais (JCE 
visível além da marca de 11,5 mm); 
X- Sextante excluído (menos de 2 dentes 
presentes); 
9- Sem informação (JCE nem visível nem 
detectável). Utilizar este código também nas 
situações em que o exame não estiver indicado 
(outras faixas etárias que não de 35 a 44 anos e 
65 a 74 anos) 
 
 
Índice de Alterações Gengivais (AG) 
Crianças de 5 anos de idade. 
Sinal de sangramento em 3 ou mais coroas, será 
indicada presença de sangramento (código 1). Se 
não houver sinal, será registrado como código 0. 
 
 
Principais Indicadores para Levantamentos em 
Saúde Bucal 
 
 
Marina Guimarães 
Flúor 
Doença cárie: 
Flúor pode ser utilizado como coletivo ou privado 
Coletivo: Várias pessoas usam. 
→ Água de abastecimento público. 
→ Água de escolas (microssistemas). 
→ Sal de consumo humano. 
→ Suplementos dietéticos com flúor. 
→ Leite, açúcar e gomas de mascar. 
 
Estudo das 21 cidades (DEAN 1942) 
Experiência de cárie em adolescentes de 12 a 14 
anos, 4 estados americanos: 
Conclusões: 
→ Correlação positiva entre fluoreto na água e 
flurose. 
→ Negativa entre fluoreto na água e doença 
cárie. 
Estabelecido: 
→ Concentração ideal de 1,0 mg de 
fluoreto. 
→ Acima de 1,5mg F/L (flureto) não havia 
ganho a doença cárie e aumentava 
severidade de flurose.

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