Buscar

Tarefa 4 2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Disciplina: Fisiologia e Bioquímica Comparada da Digestão e Metabolismo Animal.
Identificação da tarefa: Tarefa 4.2. Envio de arquivo.
Tarefa 4.2
Sabe-se que o uso de ionóforos e/ou aditivos é rotina na criação de gado bovino. No entanto, estudos mostram que o seu uso de forma indiscriminada na ração pode comprometer o processo digestivo desses animais, como também ter outras consequências. Em um texto dissertativo-argumentativo e baseado em referências bibliográficas, explique:
i) Quais as consequências do uso indiscriminado de ionóforos na produção bovina e quais são os efeitos negativos sobre a fisiologia da digestão desses animais;
ii) Quais as medidas adotadas pelo setor agropecuário para orientar o produtor quanto ao uso dos aditivos.
O texto deve ter entre 800 e 1.200 palavras, excluídas as referências bibliográficas. 
Devido a massiva necessidade de produtos de origem animal, os grãos começaram a ser usados na dieta dos animais ruminantes para suprir essa necessidade. Ocorre que uma dieta rica em grânulos afeta o funcionamento normal do rúmen reduzindo o desempenho almejado. Para evitar os problemas citados, os produtores se utilizam de complementos para auxiliar num melhor funcionamento do órgão. 
Antibióticos são comumente subministrados na alimentação do poligástrico tentando driblar todas as possíveis alterações derivadas e produzindo uma alta taxa de conversão em bovinos. 
Os ionóforos são antibióticos usados como aditivos na alimentação animal para promover uma eficiência na produção agropecuária. Os probióticos atuam nos principais íons responsáveis pelo carreamento dos nutrientes para o meio intracelular durante o processo digestivo. Os cátions potássio, cálcio, sódio e magnésio ligam-se aos ácidos orgânicos formando complexos que facilitam o transporte dos íons para dentro da célula. Com isso, e associada a predileção dos promotores de crescimento às bactérias Gram-positivas, ocorre a alteração da biota ruminal proporcionando uma prevenção de acidose e ausência de produção de metano, buritrato e acetato. 
Assim, os ionóforos alteram a produção dos ácidos graxos voláteis produzidos pela fermentação da celulose no rúmen, gerando uma maior formação de propionato (fonte energética mais eficiente para os ruminantes). 
No rúmen, podem ser observadas alterações na biota regional, na digestão de celulose e alterações nas atividades metabólicas. A utilização dos medicamentos desencadeia um aumento nas atividades bacterianas que promovem síntese de proteína e vitaminas, bem como reduz o nível de amônia no lúmen ruminal. Com o aumento do propionato, a disponibilidade de nutrientes para o processo de produção aumenta, assim como o ganho de peso animal. As alterações nas atividades metabólicas podem ser observadas numa maior estabilidade do processo digestivo e melhor composição dos produtos de origem animal (leite e carne, por exemplo).
A Monensina Sódica e a Lasalocida, principais medicamentos da família dos ionóforos, aumentam a quantidade de amido absorvido no intestino delgado e uma redução de AGV digerido no rúmen, algo que acarreta num carboidrato de maior eficiência. Ademais, a monensina aumenta a capacidade digestiva do amido no intestino delgado, assim como a atividade da amilase. 
Com base nas informações dispostas até o presente momento de utilização dos fármacos, a Lasalocida não é tida como segura para uso na alimentação de animais como equídeos e suínos, mas demonstra-se menos tóxica que a Monensina. 
Existem mais quatro ionóforos que são permitidos aqui no Brasil: maduramicina, narasina, senduramicina e salinomicina, sendo os três primeiros para manejo avícola e o último para suinocultura. 
A prática de antibióticos como promotores de crescimento na agropecuária possibilita um menor custo na produção animal, porém, nem todo fármaco é licenciado para tal feito. Alguns países da Europa repudiam o uso de antibióticos no manejo animal, enquanto outros como o Brasil, permitem sua utilização com algumas ressalvas. 
A legislação brasileira não permite o emprego de fármacos como clortetraciclina, oxitetraciclina, penicilinas e sulfonaidas sistêmicas visto que são amplamente prescritas para uso humano em caso de doenças causadas por bactérias. Mesmo aplicados em subdoses, esses fármacos poderiam deixar de obter seu efeito desejado por meio de resistência bacteriana. 
Dois grandes problemas podem prover do uso de antibióticos como probióticos na alimentação animal. O primeiro é o uso em dose inadequada ao animal (intoxicação) que pode gerar alterações fisiológicas como taquicardia, anorexia, diarreia, ascite e insuficiência cardíaca congestiva. O segundo deles é a resistência das bactérias existentes na biota intestinal dos animais aos antibióticos de uso humano. Pelo manejo ou alimentação, os seres humanos podem entrar em contato ou ingerir a biota resistente em fezes e alimentos, como a Salmonella sp. 
Lembrando que a intoxicação dos ionóforos foram relatadas não pela administração excessiva, mas sim pelo fornecimento errôneo, seja por má homogeneização ou com ausência de um período posterior para adaptação.
A Comissão do Codex Alimentarius (órgão que faz parte da Organização Mundial da Saúde – OMS) estipulou o limiar máximo do resíduo para o consumo humano que seria de 15ug/kg.
Com base nas pesquisas realizadas, a Embrapa disponibiliza em seu site estudos e orientações através de material para auxiliar os produtores na escolha do melhor uso dos aditivos na nutrição pecuária. Nos materiais constam também as dosagens para manipulação adequada do antibiótico juntamente com a ração escolhida pelo produtor. De acordo com a Embrapa, o material pode ser obtido por meio de mídia digital ou física gratuitamente. 
Importante salientar que nada substitui as boas técnicas de manejo, uma nutrição e alimentação equilibrada, bem como adequada a espécie e raça. Visto isso, o uso do aditivo entra como um complemento as outras práticas supracitadas. 
O uso de antibióticos deve ser empregado como último recurso, uma vez que outros meios podem contribuir para uma melhor eficiência no manejo, tais como óleos minerais e microrganismos, como o óleo de milho e as leveduras. 
BIBLIOGRAFIA
Gonçalves, Mayara Fabiane. et. al. IONÓFOROS NA ALIMENTAÇÃO DE BOVINOS. Uberlândia, v.18, n. 2, p. 131-146, jul/dez. 2012. ISSN: 1983-0777.
Lima JC, Bernardes MFF. INTOXICAÇÃO POR IONÓFOROS EM GRANDES RUMINANTES. Anais do 21° Simpósio de TCC do Centro Universitário ICESP. 2021(21); 838-843.
Melo WJO, Sousa ES, Santos RCB. UTILIZAÇÃO DE ADITIVOS NAS DIETAS DE BOVINOS DE CORTE NO BRASIL: revisão de literatura Viçosa, v.15, n.03, p.8182-8190, maio/jun, 2018. ISSN: 1983-9006.
Nicodemo. Maria Luiza Franceschi. USO DE ADITIVOS NA DIETA DE BOVINOS DE CORTE. Campo Grande: Embrapa Gado de Corte. 2001.54 p. - (Documentos I Embrapa Gado de Corte. ISSN 1517- 3747; 106).
Rangel, Adriano Henrique do N. et. al. UTILIZAÇÃO DE IONÓFOROS NA PRODUÇÃO DE RUMINANTES. Revista de biologia e ciências da terra. Volume 8 - Número 2 - 2º Semestre 2008. ISSN 1519-5228.
Salman, Ana Karina Dias, et. al. UTILIZAÇÃO DE IONÓFOROS PARA BOVINOS DE CORTE. Porto Velho, RO: Embrapa Rondônia, 2006. 20 p. ISSN 0103-9865; 101.
Valle, Ezequiel Rodrigues. BOAS PRÁTICAS AGROPECUÁRIAS - BOVINOS DE CORTE. 1. ed. 2. impr. - Campo Grande, MS: Embrapa Gado de Corte, 2007. 86 p.; 27,5 cm.

Continue navegando