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14/03/2022 11:55 ele_maq_II_u1_s2_wa https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=85977 1/4 Você sabia que seu material didático é interativo e multimídia? Ele possibilita diversas formas de interação com o conteúdo, a qualquer hora e de qualquer lugar. Mas na versão impressa, alguns conteúdos interativos são perdidos, por isso, fique atento! Sempre que possível, opte pela versão digital. Bons estudos! A aplicação de cálculos de engrenagens é muito comum nos dias de hoje, pois praticamente todo equipamento mecânico que tem um controle de velocidade com torque, normalmente usa um conjunto ou mais de pares de engrenagens, em virtude da alta eficiência e baixo custo, quando comparado com outras tecnologias. Para uma visão mais abrangente, encontramos estes sistemas em automóveis, que chamamos de transmissão manual ou mesmo transmissão automática. Portanto, vamos conhecer as equações de cálculos para as engrenagens cilíndricas de dentes retos e helicoidais com foco nas características geométricas, flexão e durabilidade superficial dos dentes, equações sobre tensões e resistência, e claro sobre o dimensionamento das mesmas. Caraterísticas Geométricas Uma das exigências básicas para a geometria dos dentes de engrenagem é que se desenvolva uma relação de velocidades angulares que seja constante. Devemos lembrar que existem as imprecisões dos processos de fabricação e as deformações que causarão ligeiros desvios na relação de velocidades, porém os perfis para a geometria dos dentes são baseados em curvas teóricas que atendem este critério, onde denominamos de ação conjugada de um par de dentes de engrenagens. Estas curvas teóricas, na grande maioria dos casos são chamadas de perfil de involuta (curva que se faz sobre a superfície tangente de outra curva e intercepta ortogonalmente as retas geradoras) ou perfil de evolvente, baseados na teoria de cames, a razão de velocidades é mantida. Toda a característica geométrica dos dentes de engrenagens retos e helicoidais tem como referência o perfil de evolvente, mas vale lembrar que existem outros tipos de perfis, para casos especiais de fabricação e como são muito pouco utilizados vamos manter nosso foco nos perfis de evolventes. Equação de Flexão de Lewis A aplicação desta equação será visando uma análise sobre flexão. A falha por flexão ocorrerá quando a tensão significativa do dente ( ) for igual ou exceder à resistência ao escoamento ou ao limite de resistência à fadiga por flexão. Também vamos simplificar as análises somente para dentes com profundidade nominal (sem correções) e um único ângulo de pressão. σ Assim, temos duas formas de apresentar a equação de Lewis, sendo a equação a seguir, no sistema métrico: σ = Kv⋅W t F⋅m⋅Y Y = 2⋅x⋅P3 Elementos de Máquinas II Equações para cálculos de Engrenagens cilíndricas de dentes retos e Engrenagens cilíndricas helicoidais Unidade 1 - Seção 2 14/03/2022 11:55 ele_maq_II_u1_s2_wa https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=85977 2/4 A equação de Lewis, para passo diametral é: σ = Kv⋅W t ⋅P F⋅Y Onde: = tensão de flexão [MPa] = Força tangencial [N] F = largura da face [mm] m = módulo Y= fator de forma de Lewis Onde: P = passo diametral e para t e - expressos em [mm] = fatores de velocidades σ W t x = t 2 l l Kv Durabilidade Super�cial Agora vamos ver a questão de falhas na superfície do dente de engrenagens, que de forma geral chamamos de desgaste. Da mesma forma que vimos em flexão, agora a falha por desgaste superficial ( chamada de tensão superficial de compressão) também ocorrerá quando for igual ou maior do que a resistência à fadiga superficial (a fadiga superficial aparece em função da deflexão da superfície quando em contato com o outro dente e sobre tensão). Assim podemos apresentar a equação que foi deduzida e adaptada da teoria de Hertz, sendo: σc = −Cp[ ⋅ ( + )] Kv⋅W t F.cosϕ 1 r1 1 r2 1 2 Onde: = ângulo de pressão em graus , e são respectivamente as relações geométricas para engrenagem menor e maior diâmetro primitivo da engrenagem menor em mm diâmetro primitivo da engrenagem maior em mm = coeficiente elástico, sendo valor negativo por ser caracterizado como compressão e definido pela equação. ϕ r1 = dp⋅senϕ 2 r2 = dG⋅senϕ 2 r1 e r2 dp = dG = −Cp Equações de Tensões (AGMA) AGMA (American Gear Manufacturers Associations), contém uma metodologia de cálculo de engrenagens muito utilizada no mundo inteiro e por isso vamos apresentá-la aqui. Também para que não tenhamos muita confusão na simbologia, vamos adaptar algumas delas ao qual já estamos utilizando. As equações de tensão também são duas, uma para flexão ( ) e outra para desgaste ( ), sendo: σ σc 14/03/2022 11:55 ele_maq_II_u1_s2_wa https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=85977 3/4 σ = ⎧⎪ ⎨ ⎪⎩ W t ⋅ Ko ⋅ Kv ⋅ Ks ⋅ ⋅ (unidades no sistema americano) W t ⋅ Ko ⋅ Kv ⋅ Ks ⋅ ⋅ (unidades SI) Pd F Km⋅KB J 1 b⋅mt KH⋅KB YJ σc = ⎧⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎨ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪⎩ Cp ⋅√W t ⋅ Ko ⋅ Kv ⋅ Ks ⋅ ⋅ (unidades no sistema americano) ZE ⋅√W t ⋅ Ko ⋅ Kv ⋅ Ks ⋅ ⋅ (unidades no SI) Km dp⋅F Cf I KH dw1⋅b ZR ZI Onde, para unidades inglesas (unidades SI): força tangencial transmitida, em lbf (N) fator de sobrecarga; fator dinâmico; fator de tamanho; passo diametral transversal; F(b) = largura da face do membro mais estreito, em in (mm); fator de distribuição de carga; fator de espessura de aro (de borda); fator geométrico para a resistência flexional (que inclui o fator de concentração de tensão de adoçamento de raiz ) módulo métrico transversal; coeficiente elástico, ; fator de condição superficial; diâmetro primitivo (de passo) da engrenagem menor, em in (mm); fator geométrico para a resistência de desgaste. W t = Ko = Kv = Ks = Pd = Km (KH) = KB = J (YJ) = Kf mt = Cp (ZE) = √ (√ ) lbf in 2 N mm 2 Cf (ZR) = dp (dw1) = I (ZI) = Equações de resistência AGMA Também aqui, nosso foco será sobre as tensões admissíveis para flexão ( ) e para desgaste ( ), assim temos: σadm σc,adm σadm = ⎧⎪ ⎨ ⎪⎩ ⋅ (unidades no sistema americano) ⋅ (unidades no SI) St SF YN KT⋅KR St SF YN Yθ⋅YZ Onde, para unidades inglesas (unidades SI): tensão de flexão admissível, ; fator de ciclagem de tensão para tensões de flexão; fatores de temperatura; fatores de confiabilidade; fator de segurança AGMA, uma razão de tensão. A tensão de flexão admissível, é função ao tipo de material e tratamento térmico empregado. St = lbf/in2 (N/mm2 ) YN = KT (Yθ) = KR (YZ) = SF = 14/03/2022 11:55 ele_maq_II_u1_s2_wa https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=85977 4/4 Agora para a tensão admissível de resistência a compressão (desgaste) ( ), temos: σc,adm σc,adm = ⎧⎪ ⎨ ⎪⎩ ⋅ (unidades no sistema americano) ⋅ (unidades no SI) Sc SH ZH⋅CH KT⋅KR Sc SH ZN⋅ZW Yθ⋅YZ Onde, para unidades em sistema americano (unidades SI): tensão de contato admissível ; fator de ciclagem da tensão; fatores de razão de dureza para a resistência ao desgaste; fator de segurança AGMA, uma razão de tensão. A tensão admissível de resistência ao desgaste, também é função ao tipo de material e tratamento térmico empregado. Sc = lbf/in2 (N/mm2 ) ZN = CH (ZW) = SH = Dimensionamento de Engrenagens Para o dimensionamento de engrenagens cilíndricas de dentes retos e dentes helicoidais, devemos em primeiro lugar, identificar as características de nomenclatura e usar formulários padrões encontrados na revisão bibliográfica. Após isto devemos avaliar as questões de flexão e desgaste dos dentes de engrenagens, onde apresentamos uma metodologia por Lewis, e outra pela metodologia AGMA. Deste modo, podemos elaborar projetos de engrenagens com alto grau de precisão. Vimos que temos duas formas de calcular as tensões, uma pelo método de Lewis e outra proposta pela AGMA. Ambas são válidas e muito usuais, mas comparativamente podemos observar que os resultados obtidos pelo métodoAGMA nos traz um melhor resultado em função dos diversos fatores de cálculos que são ponderados.
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