Buscar

Taenia sp

Prévia do material em texto

Taenia sp., Teníase e Cisticercose 
Prof. Dr. Pedro Rauel Cândido Domingos 
pedroraueltrabalho@gmail.com 
Disciplina: Parasitologia 
AULA 01: NOME DA AULA 
Disciplina 
2 
AULA 01: NOME DA AULA 
Disciplina Cestoda: considerações 
gerais 
 Parasitos hermafroditas, de tamanhos variados, 
encontrados em animais vertebrados 
 Apresentam o corpo achatado dorsoventralmente 
 São providos de órgãos de adesão na extremidade 
mais estreita, a anterior, sem cavidade geral, e sem 
sistema digestório 
 Parasitos humanos mais frequentes são da família 
Taenidae, com destaque para Taenia solium e T. 
saginata. 
 Popularmente conhecidas como solitárias 
 Complexo teníase-cisticercose 3 
www.coladaweb.com 
AULA 01: NOME DA AULA 
Disciplina Histórico da Teníase e 
Cisticercose 
 1697  Malpighi identificou um verme na canjiquinha. 
 1758  Taenia solium e T. saginata foram descrita por 
Linnaeus. 
 1786 e 1789  Werner e Goeze, respectivamente, 
descobriram que humanos e porcos apresentavam formas 
de parasitismo iguais. 
 1800  Zeder cria o gênero Cysticercus para o agente da 
canjiquinha. 
 1885  Küchenmeister prova que o cisticerco presente 
em suínos da origem ao verme nos humanos. 
4 
if
m
ts
au
d
ee
b
em
es
ta
r 
R
T 
Sa
ú
d
e
 
AULA 01: NOME DA AULA 
Disciplina Taenia sp.: considerações 
gerais 
 Habitat 
 Taenia solium (porco)  Int. delgado 
 Taenia saginata (boi)  Int. delgado 
 Cisticerco (T. solium)  Tecido subcutâneo, muscular, 
cardíaco, cerebral e retina. 
 Popularmente conhecido por: 
 Solitária (Teníase) 
 Canjiquinha (Cisticercose) 
 Teníase (formas adultas)  Int. delgado 
 Cisticercose (formas larvares)  Músculos 
5 
if
m
ts
au
d
ee
b
em
es
ta
r 
R
T 
Sa
ú
d
e
 
AULA 01: NOME DA AULA 
Disciplina 
Taenia sp.: morfologia 
 Corpo achatado dorsoventralmente (fita) 
 Escólex (cabeça) 
 Colo (pescoço) 
 Estróbilo (corpo) 
 Cor branca leitosa 
 Extremidade anterior afilada  difícil 
visualização 
6 
M
SD
 M
an
u
al
s 
AULA 01: NOME DA AULA 
Disciplina Taenia sp.: morfologia do 
escólex e colo 
 Pequena dilatação extremidade anterior 
 T. solium 
 0,6 a 1 mm 
 4 ventosas 
 Rostelo com dupla fileira de acúleos 
 T. saginata 
 1 a 2 mm 
 4 ventosas 
 Sem rostelo e acúleos 
 
 Fixação na mucosa do Intestino Delgado 
7 
Escólex de T. solium c/ 4 grandes ventosas e rostelo 
contendo 2 fileiras de acúleos. 
Escólex de T. saginata c/ 4 grandes ventosas e 
ausência de rostelo e acúleos. 
Prof. Ms. José Oliveira 
AULA 01: NOME DA AULA 
Disciplina Taenia sp.: morfologia do 
estróbilo 
 Inicia-se logo após o colo 
 Formado por proglotes 
 T. solium 
 800 a 1000 
 3 m 
 Até 12 ramificações uterinas 
 80.000 ovos 
 Apólise  Eliminadas passivamente nas 
fezes (3 a 6 unidos) 
 T. saginata 
 >1000 
 > 8 m 
 > 12 ramificações uterinas (máximo 26) 
 160.000 ovos 
 Apólise  Eliminadas ativamente 1 a 1 8 
Proglote maduro de T. solium, corado com carmim. Note o 
número de ramificações uterinas primárias (<13). 
Direita inferior: Proglote maduro de T. solium, corada com 
tinta da Índia 
Verme adulto de Taenia saginata. O adulto da esquerda tem, 
aproximadamente, 4 m de comprimento 
Prof. Ms. José Oliveira 
AULA 01: NOME DA AULA 
Disciplina 
Taenia sp.: morfologia do Ovo 
 Esféricos 
 30 mm diâmetro 
 Casca = embrióforo 
 Embrião hexacanto 
 
 
 
 
 
 Esféricos 
 30 mm diâmetro 
 Embrião hexacanto (ou oncosfera) 
 
9 
Taenia sp.: morfologia do 
Cisticerco 
if
m
ts
au
d
ee
b
em
es
ta
r 
Prof. Ms. José Oliveira 
AULA 01: NOME DA AULA 
Disciplina Ciclo Biológico da Taenia sp. (Complexo 
teníase-cisticercose 
10 
AULA 01: NOME DA AULA 
Disciplina Ciclo Biológico da Taenia sp. (Complexo 
teníase-cisticercose 
11 
Ingestão de carne crua ou mal cozida 
contendo cisticerco  estômago  
evaginação  Int. Delgado  fixação na 
mucosa (Escólex)  Tênia adulta  3 
meses  eliminação proglotes grávidas. 
AULA 01: NOME DA AULA 
Disciplina Complexo teníase-
cisticercose 
Infecção 
 Homem é o hospedeiro definitivo na teníase 
(ciclo completo) 
 Porco ou gado são os hospedeiros 
intermediários 
 Homem é o hospedeiro intermediário na 
cisticercose (ciclo incompleto) 
 Endêmica de áreas rurais da América Latina, 
África e Ásia 
12 
Importância 
 Problema de saúde pública em países com 
precárias condições sanitárias, 
socioeconômicas e culturais, que contribuem 
para a transmissão. 
 Prejuízos econômico, também, na produção 
de gado para corte 
 Carcaças infectadas são condenadas no 
abate com base em inspeção 
veterinária. 
AULA 01: NOME DA AULA 
Disciplina 
Transmissão da Taenia sp. 
• Teníase: 
• Carne de porco ou boi, com cisticercos, mal cozidas 
 
• Cisticercose humana: 
• Ingestão de ovos viáveis de T. solium 
13 
Te
st
e 
P
o
si
ti
vo
 
P
la
n
et
a 
B
io
lo
gi
a 
AULA 01: NOME DA AULA 
Disciplina Complexo teníase-cisticercose: 
Epidemiologia 
• Distribuição mundial 
• Depende da cultura local (alguns povos não comem carne de boi (hindus) ou de porco 
(judeus) 
14 
No mundo: 
 
70 milhões infectados com T. saginata 
5 milhões infectados com T. solium 
AULA 01: NOME DA AULA 
Disciplina 
Complexo teníase-cisticercose: Epidemiologia 
15 
AULA 01: NOME DA AULA 
Disciplina 
Patogenia: teníase / cisticercose 
• Severidade da doença clínica - localização 
do tecido acometido: 
 
• Teníase: 
• Fenômenos tóxicos alérgicos 
• Hemorragias 
• Enterite 
• Distensão abdominal 
• Obstrução intestinal (raro) 
• Apendicite (raro) 
 
 
 
 
 
 
 
• Cisticercose: 
• Muscular 
• Ocular 
• SNC 
• Glândulas mamárias 
• Cardíaca 
• Geralmente assintomática, quando 
não envolve um dos tecidos citados 
 
 
 
 
16 
AULA 01: NOME DA AULA 
Disciplina 
Retirada de uma tênia de uma criança é um evento 
comum em alguns lugares do mundo! 
AULA 01: NOME DA AULA 
Disciplina 
Cérebro de uma mulher de 34 anos contendo 
100 a 150 cisticercos 
Fígado de rato com cisticercos de 
Taenia taeniaeformis 
Diferentes localizações dos cisticercos 
AULA 01: NOME DA AULA 
Disciplina 
Cisticercose ventricular (imagem de 
ressonância magnética) 
cisticerco 
Cisto gigante originado da fissura de Silvio 
(imagem de ressonância magnética) 
Cisticercose cerebral humana 
García & Brutto, Acta Tropica 87, 71-78, 2003 
AULA 01: NOME DA AULA 
Disciplina Cisticercose cerebral humana 
García & Brutto, Acta Tropica 87, 71-78, 2003 
Cisticercose maciça (imagem por 
ressonância magnética) 
Sinais iniciais de inflamção em torno de um 
cisticerco 
AULA 01: NOME DA AULA 
Disciplina 
Diagnóstico - teníase / cisticercose 
 Teníase: 
 Proglotes (ovos nas fezes)  EPF 
 Fita adesiva (90% para T.saginata) 
 Proglotes grávidas (T. saginata) 
 
 Cisticercose: 
 Imagem- TC e RNM 
 Sorológico- ELISA e WB (soro e líquor) 
 
21 
AULA 01: NOME DA AULA 
Disciplina 
Tratamento - Teníase 
22 
PRAZIQUANTEL  dose única (10-20mg/kg) 
Interação com fosfolípides e proteínas afetando transporte de íons. 
Contrações da musculatura e vacuolização do tegumento 
 
NICLOSAMIDA  dose única (2g-1g,5g-1g) 
Inibe fosforilação oxidativa e causa paralisia levando ao 
desprendimento e desintegração do verme (purgante) 
: 
ALBENDAZOL Inibe polimerização de tubulina nos microtúbulos. 
Diminui captação de glicose em larvas e adultos e portanto produção de 
energia: imobilização e morte. Afinidade maior pela tubulina dos vermes 
 
AULA 01: NOME DA AULA 
Disciplina 
Tratamento - Cisticercose 
23 
Tratamento  Remoção cirúrgica 
 
PRAZIQUANTEL  Interação com fosfolípides e proteínas afetando 
transporte de íons. Contrações da musculatura e vacuolização do 
tegumento- 
 
ALBENDAZOL Inibe polimerização de tubulina nos microtúbulos. 
Diminui captação de glicose em larvas e adultos e portanto produção de 
energia:imobilização e morte. Afinidade maior pela tubulina dos vermes 
 
 
 
• Albendazol ou praziquantel (corticóide+albendazol) 
• Anti-epilépticos 
AULA 01: NOME DA AULA 
Disciplina 
Teníase e Cisticercose – Controle 
 Ações de vigilância sanitária 
 Hábitos alimentares 
 Inspeção da carne (bovina, suína, peixe) 
 Tratamento de água 
 Entre outros ... 
 
24 
AULA 01: NOME DA AULA 
Disciplina 
25 
Outros cestóides com importância médica 
no Brasil: 
Echinococcus granulosus e E. vogeli 
 
 
 
Hymenolepis nana e H. diminuta 
 
 
 
Diphyllobothrium latum 
AULA 01: NOME DA AULA 
Disciplina 
26 
Diphyllobothrium lattum 
Maior cestóide parasita humano 
3-10m (15m!) 
1 mil ovos/dia 
20 anos 
AULA 01: NOME DA AULA 
Disciplina 
27 
Diphyllobothrium lattum 
5-6 sem: 
verme 
AULA 01: NOME DA AULA 
Disciplina 
28 
Diphyllobothrium lattum 
SINTOMAS: 
Maioria das infecções: assintomática 
 
Sintomas (10 dias após consumo do peixe): distensão abdominal, flatulência, dor 
epigástrica, anorexia, náuseas, vômitos, fraqueza, perda de peso, eosinofilia e diarréia 
 
Anemia principalmente em geneticamente susceptíveis (escandinavos) por depleção 
de vitB12 
 
TRATAMENTO 
Praziquantel, niclosamida, vitB12 
AULA 01: NOME DA AULA 
Disciplina 
Referências Bibliográficas 
NEVES, David Pereira; MELO, Alan L. de; GENARO, Odair; LINARDI, Pedro M. 
Parasitologia Humana. 11. ed. Rio de Janeiro: Atheneu. 
REY, Luís. Parasitologia. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. 
29 
AULA 01: NOME DA AULA 
Disciplina 
Exercício de Fixação 
1) Descrevam o ciclo biológico dos agentes etiológicos a seguir: 
1) Echinococcus granulosus 
2) Echinococcus vogeli 
3) Hymenolepis nana 
4) Hymenolepis diminuta 
 
30

Continue navegando