Buscar

Planos de Carreira e Desenvolvimento Pessoal e Profissional - AULA 04

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

AULA 4 
PLANOS DE CARREIRA E 
DESENVOLVIMENTO PESSOAL 
E PROFISSIONAL 
Profª Jane Vechi de Souza 
 
 
2 
INTRODUÇÃO 
A presente aula abrange temas de destaque em nosso mundo corporativo, 
entre eles a inteligência emocional, o uso da psicologia positiva, e o processo de 
crescimento pessoal e profissional, com base em ferramentas de gestão, linha do 
tempo e sustentabilidade de carreiras. 
A abordagem sobre carreiras evolui a partir de considerações pontuais, que 
permitem reflexões estratégicas e de impacto para pessoas e organizações. 
Sabemos que o fator humano tem sido referência na visão de empresas que 
desejam perdurar e ultrapassar gerações. Contudo, encontrar pontos de equilíbrio 
entre os desejos dos negócios e as perspectivas de colaboradores não acontece de 
imediato. Por essa razão, compreendermos a nós mesmos, reconhecer o que ocorre 
intrinsecamente, é uma via inteligente para maximizar resultados. 
Os atos de pensar e o agir com sabedoria dependem de uma série de atitudes 
individuais, assim como da remodelação de hábitos que possam dificultar a nossa 
jornada. 
Nossa carreira está atrelada a uma série de eventos. Ter essa consciência fará 
com que as pessoas descubram o que existe em suas respectivas vidas profissionais, 
ampliando a visão macro do cenário em que se encontram. 
Não podemos viver no passado se desejamos um futuro brilhante. Mas é 
fundamental valorizar a nossa história, rememorar bons momentos, trazer para o 
presente tudo aquilo que nos fez bem. Tal atitude mental alivia a tensão interna, 
promovendo mais disposição para a ação. 
Vamos estudar algumas práticas positivas, a fim de fortalecer aspectos 
profissionais e pessoais. Conviver bem consigo mesmo representa longevidade em 
qualquer esfera de nossa vida. Saber lidar e gerir assuntos adversos é um dos pilares 
de sustentação de nossas carreiras. 
Bom estudo! 
TEMA 1 – INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NA GESTÃO DE CARREIRA 
A carreira inicia, na vida de uma pessoa, quando ela descobre suas 
potencialidades e aptidões. Trabalhar com cérebro e coração já não é mais um estilo 
de conduta, mas sim uma necessidade para o mundo moderno. 
O que pode reger uma empresa por dentro? 
 
 
3 
Para compreender o cenário corporativo atual, não basta bons títulos e vida 
acadêmica evoluída. A lei da sobrevivência no mundo executivo ultrapassa o 
conhecimento técnico. Há uma soma de componentes intelectuais e comportamentais 
que ajudam a gerir uma carreira de sucesso. Isso requer zelo e cuidado consigo 
mesmo, pois para desenvolver ações empresariais estratégicas e competitivas, é 
necessário alimentar corpo e mente. 
Nesse cenário, a inteligência emocional aparece como principal responsável 
pelo sucesso ou insucesso de pessoas, em especial no mundo do trabalho. 
Daniel Goleman, psicólogo, popularizou o conceito de inteligência emocional, 
em 1986, com a publicação de seu livro Inteligência Emocional. O autor nos ensina 
que o controle das emoções é fundamental para o desenvolvimento da inteligência do 
ser humano, e que o temperamento pode ser trabalhado, uma vez que nossos 
circuitos cerebrais são flexíveis. No conceito de Goleman (2001, p. 337), inteligência 
emocional é a “capacidade de identificar os nossos próprios sentimentos e os dos 
outros, de nos motivarmos e de gerir bem as emoções dentro de nós e nos nossos 
relacionamentos.” 
 O autor enfatiza que nossa inteligência emocional pode ser subdivida em cinco 
habilidades específicas: autoconhecimento emocional, controle emocional, 
automotivação, empatia, desenvolver relacionamentos interpessoais (habilidades 
sociais). 
Conforme já apresentamos, o mapeamento da vida, como técnica de 
desenvolvimento de carreira, nos faz mergulhar em uma autoanálise, identificando 
quais contextos necessitam de maior atenção: familiar, profissional, social ou físico e 
mental, entre outros. Tais campos, em contínuo equilíbrio, representam a 
sustentabilidade de carreira. Porém, o desafio de alcançar uma carreira promissora 
vai além. O executivo, quando chega lá, precisa de habilidades para manter-se na 
posição almejada. Isto requer malabarismo profissional. Lidar com adversidades 
corporativas, resolver conflitos, manter-se vitalizado e automotivado, empreender 
novos negócios, ser cobrado por resultados extraordinários, suportar pressão, lidar 
com pessoas difíceis, e mesmo assim apresentar estabilidade nas emoções, são 
indicadores de resiliência e coragem. E haja fôlego para suprir as lacunas. Sem contar 
que as demandas de outros contextos de vida muitas vezes são igualmente árduas. 
A forma de viver passa ser o novo lema do homem organizacional. Lembrando 
que, nas organizações, não existe somente vida corporativa, mas vida integral. O 
profissional, após identificar o seu estado presente, poderá trabalhar em uma série de 
 
 
4 
ações corretivas, que contribuem para a sua harmonização interna, passando a 
executá-las em tempo hábil. Sendo assim, poderá criar o seu próprio menu de 
evolução, fundamental para que a carreira perdure. Referenciamos aqui a 
competência emocional. 
1.1 Emoção 
O que é uma emoção? William James (1952) define que palavra emoção, ao 
que tudo indica, vem do latim exmovere, que significa, em tradução livre, “mover para 
fora”. 
A emoção é uma reação do cérebro a um estímulo do ambiente. No entanto, 
diferente dos sentimentos, que são gerados a partir das emoções, as reações são 
automáticas. Ou seja, perante algum acontecimento, cada pessoa passará por uma 
emoção distinta, que será desenvolvida em seu cérebro instantaneamente. 
Quando vivenciamos as emoções, ocorrem mudanças na mente e no corpo. 
Quando as experiências são ruins, podem afetar o nosso organismo, de modo que a 
emoção leva a choro, aceleração cardíaca, ansiedade, suor e até mesmo dores 
físicas. Já os sentimentos são gerados a partir das emoções. 
É importante reconhecer que emoção guia os nossos passos, de forma a 
reforçá-la ou cuidar para que outras entrem em ação, retomando a assertividade em 
nossos relacionamentos, além de uma vida mais plena. 
Algumas pessoas, guiadas por determinadas emoções, passam a adotar 
comportamentos pouco construtivos, o que torna suas vidas e a dos que a rodeiam um 
tanto conflitivas, com ausência de motivação e com produtividade abaixo do potencial 
das competências. 
Maria Rita Gramigna (2004) apresenta cinco emoções básicas que se revelam 
em todo ser humano. São elas: amor, raiva, alegria, tristeza e medo. Presentes também 
nos ambientes profissionais, cada uma delas tem sua fisiologia, com consequências 
para os resultados organizacionais, além de impactos significantes na carreira. 
1.1.1 Amor 
O amor é de uma amplitude que não podemos mensurar. Alimenta-se de 
estímulos exteriores, como atitudes, palavras, e também de pensamentos. É tudo o 
que nos impacta positivamente, nos aspectos físico e psicológico. 
 
 
5 
Em toda história, filósofos e psicólogos procuraram definições para o amor, e 
neurocientistas da atualidade ainda investem em seu estudo. Uma emoção de 
magnitude que pode ser representada pela confiança, com um espírito de servir sem 
pedir algo em troca, incondicional, legítimo, um sentimento que move pessoas para o 
mundo do “bem”. É como uma estrada sem fim. Nesse trajeto, somam-se experiências 
e atitudes construtivistas, que alavancam os mais nobres sentimentos nas interações 
socioempresariais. 
O amor apresenta diversas formas e sentidos: amizade, desejo, paixão, 
solidariedade, benevolência, piedade, entre outros. Trata-se de disponibilizar um afeto 
à vida alheia, e espontaneamente ela lhe retribui, de modo que ambos se sincronizam 
por tal sensação e a preservam. 
Uma pessoa que faz predominar o amor promove em si mesma a calma, 
fazendo com que o seu organismo encontre harmonia, promovendo assim o bem-
estar. 
O que nos leva a ter paixão e amar o que fazemos? 
• Escolhas ao longo da vida• Consciência de quais são nossos propósitos e missão da vida 
• Realizar o que nos faz bem 
Em ambientes organizacionais, observamos a representatividade do amor a 
partir de ambientes geradores de fidelidade, respeito e valorização – sentir-se bem-
quisto e parte de um “todo”. Como modelos referenciais, destacamos as lideranças 
que amam a vida, cuidam delas e são inspiradoras de sucesso. Tais indicadores 
podem trazer como consequência um clima mais harmônico e a retenção de talentos. 
1.1.2 Raiva 
A raiva, mais uma emoção primária, é considerada inata, assim como o medo, 
a alegria, a tristeza e o amor. Trata-se de um pequeno “grito interno”, que se empodera 
quando a pessoa se sente invadida em seu espaço, insultada ou impedida de acessar 
o que deseja. 
Conviver com emoções que nos causam mal-estar tem sido um grande desafio, 
desde os remotos tempos. Vejamos algumas dicas para conviver de forma saudável 
com esse sentimento arrebatador, causador de grandes danos morais, físicos e 
psicológicos: 
 
 
 
6 
• Tranquilize sua mente e seu coração: evite falar ou pensar o que lhe causa 
a irritação quando ela ainda prevalece. 
• Distancie-se: não tenha contato visual ou auditivo com quem ou o que lhe 
causou raiva. Crie imagens com sentimentos positivos, recorde um bom 
momento de sua vida e reviva-o. 
• Procure “válvulas de escape”: tenha hábitos novos e saudáveis; fique perto 
de quem você gosta; leia um livro; assista a um bom filme; se inclua em 
contextos alegres, divertidos. 
• Reflita e reprograme a cena emocional: após o ocorrido, com explosão ou 
implosão de emoções negativas, pense o que causou determinado transtorno 
emotivo e volte mentalmente ao mesmo contexto, visualizando a cena de fora. 
Entre na cena novamente e refaça o seu modelo comportamental, agindo de 
outra forma, com mais centramento. Mude as suas atitudes, recriando em seu 
cérebro um novo episódio, dessa vez mais sereno e estável. 
Cuidado: o ato de implodir (travar os próprios sentimentos, principalmente os 
que lhe causam dor) pode acarretar doenças psíquicas e físicas gradativas. Encontre 
o seu ponto de equilíbrio. Criar uma “trilha interna” que permita flexibilizar 
pensamentos e sentimentos é uma forma inteligente de lidar com a raiva. Além disso, 
busque observar uma mesma situação de diferentes ângulos, pois essa prática amplia 
a nossa percepção de mundo. 
1.1.3 Alegria 
Emoção positiva e contagiante do ser humano, também conhecida como 
“emoção da expansão”, que nos impulsiona para o outro, estabelecendo vínculos 
interativos e estados de plenitude. Quem está alegre apresenta vitalidade elevada, 
olhos brilhantes, movimentação espontânea, predisposição para agir, ardor, vontade 
e otimismo. A expressão corporal de quem está alegre é altiva, a fala é vibrante e 
entusiasmada. 
Buscamos sensação de alegria constantemente, pois desde que nascemos 
vivemos a premissa de ser feliz. Existem momentos de felicidade, atitudes, 
acontecimentos que nos deixam alegres. Um estado de alegria, mesmo momentâneo, 
nos ajuda a superar adversidades e a encarar problemas complexos com melhor 
perspectiva de resolução. Muitas pessoas choram por sentirem-se felizes, em algum 
episódio muito positivo em sua vida. A emoção alegria pode provocar sentimentos e 
 
 
7 
atos que a princípio parecem o seu oposto, mas retratam um ser sensível, intenso no 
pensar, sentir e agir, que externa satisfação com facilidade, seja pelo choro, seja pelo 
sorriso. 
E como fazer predominar esse estado do eu? Exercícios mentais com base na 
neurociência são orientados para tal desenvolvimento pessoal. Estimulam nossos 
mais íntimos sentimentos e podem gerar alegrias de curto, médio e/ou longo prazo. 
Vejamos situações que fazem com que as pessoas se sintam felizes: 
• reconhecimento, sentimento de pertencimento e valorização; 
• atitudes éticas, justas e coerentes com os fatos; 
• possibilidades de desenvolvimento e crescimento profissional; 
• desafios, superação; 
• modelos de gestão abertos, colaborativos; 
• gestores que são exemplos, referências positivas. 
Um exercício que contribui para o equilíbrio do eu, e que você pode facilmente 
praticar: relacione o que lhe faz bem (pessoas, coisas, hábitos), por ordem de 
prioridade, e depois escolha ao menos duas opções e pratique. Inclua em seu diário 
de bordo ações que possam mudar a sua rotina e atrair sensações de bem-estar e 
gratidão. Acessar nossas emoções e atuar com mais leveza e serenidade nos leva a 
uma vida mais longeva. 
1.1.4 Tristeza 
Emoção primária do ser humano, a tristeza é um estado afetivo que se 
caracteriza por melancolia, sentimento de vazio, insatisfação e falta de perspectiva. 
As emoções são reações do nosso corpo. Quando o corpo experimenta situações 
mais sensíveis, como traumas, perda, solidão, nos comunicamos intrinsicamente com 
a tristeza. Assim como a alegria tem em seu grau extremo a euforia, a tristeza em seu 
nível mais profundo pode levar o ser humano a um estado crônico de depressão. 
Ficamos inativos quando o sentimento da tristeza nos toma. Ela nos lança a 
um baú de memórias de dor, angústia e demais fragilidades que vivenciamos ao longo 
de nossa jornada. O indivíduo triste tem postura fechada e voltada para o próprio 
umbigo, além de ombros caídos, abatimento, ausência de vitalidade, falta de brilho no 
olhar. Geralmente, a tristeza nos acomete quando passamos por situações de 
derrotas ou dificuldades. Dependendo de como encaramos as frustrações ou perdas 
 
 
8 
em nossas vidas, a tristeza se atenua ou se intensifica, podendo permanecer em nós 
por um período indesejável e indeterminado. 
Como a neurociência nos ajuda a gerir esse sentimento amorfo? A orientação 
dos especialistas é perguntar a si mesmo: “O que me torna grato?” Esse ato simples 
causa a liberação de serotonina, um hormônio responsável pela estabilização do 
humor, contribuindo para o bem-estar e a felicidade. Pensar em coisas que o tornam 
grato o força a focar em aspectos positivos da vida. Descrever as emoções, dar nomes 
a elas, também ameniza o sentimento de tristeza. Não existe uma fórmula para uma 
vida marcada apenas por boas emoções. E nem seria desejável, por uma condição 
assim não é saudável. Sabemos que as emoções moldam a nossa personalidade, e 
assim devemos respeitar a tristeza e saber senti-la. Experiências resultam de novas 
emoções, e consequentemente novos aprendizados e uma melhor compreensão 
sobre nós mesmos, o que nos faz evoluir emocionalmente. 
1.1.5 Medo 
O medo é um estado emocional que é acionado diante de uma situação de 
perigo ou ameaça, que pode ser física, moral ou ainda de outra ordem. Sua presença 
altera os batimentos cardíacos, acelera a respiração, dilata as pupilas e reduz o fluxo 
de sangue nos órgãos periféricos, preparando o corpo para luta ou fuga. É uma reação 
a algum estímulo que nos desconforta, gerando alerta em nosso organismo. Essa 
reação “não positiva” libera hormônios de estresse. 
O ser humano cultiva alguns medos aprendidos. De ser expor, da crítica, de 
ousar, transgredir, errar. A origem do medo pode estar presente na ansiedade, 
sensação que causa “agitação interna” e uma série de pensamentos difusos, como 
apreensão, angústias, preocupação em excesso, perda de sono por expectativas não 
supridas, entre outros. Na ansiedade, a pessoa teme antecipadamente o encontro 
com a situação que lhe causa medo. Por exemplo: um novo relacionamento, já que o 
anterior não deu certo; um novo empreendimento (medo por falta de informações 
precisas sobre o negócio a ser empreendido); falar em público. 
O medo presente nesses contextos pode representar também uma proteção, 
que busca preservar o eu. Por exemplo, o fato de você não colocar a mão em um 
animal perigoso o protege de riscos. 
Alerta: a ansiedade abre “portas” para o transtorno do pânico, quando a pessoa 
paralisa frente a determinados eventos da vida,de ordem social e/ou profissional. 
 
 
9 
Para não desistir de objetivos e metas, é fundamental elencar o que lhe causa 
medo, compreender cada cenário, e se munir de conhecimentos a respeito, para 
enfrentar as contrariedades com mais segurança e se superar. 
 O medo ainda pode se transformar em doença (fobia), quando passa a 
comprometer relacionamentos sociais e originar sofrimento psíquico. Para reduzir 
sensações “não positivas” de medo, recomenda-se terapia cognitivo comportamental, 
que nos ajuda a mudar pensamentos ruins. 
A forma como pensamos influencia a maneira como sentimos e agimos. 
Exemplo: se antes de uma entrevista profissional, você pensar: “não sei como vou me 
posicionar, não sei o que vou falar”, você vai se sentir tenso e ansioso. Ao contrário, 
se você pensar: “me preparei bem para a entrevista e vou trazer impactos positivos”, 
ficará mais calmo e confiante. Ainda assim, vale lembrar que, em muitas 
circunstâncias, o medo nos protege, nos impede de colocar as nossas vidas em risco. 
Estudos sobre o comportamento organizacional mostraram, ao longo do tempo, 
o quanto as emoções assumem papel significante na vida dos profissionais, com 
relação ao crescimento sustentável de suas carreiras. Refletir sobre como as emoções 
afetam a vida tem sido assunto recorrente nas “rodas de debate” em cenários de 
negócio. Manter a razão e a emoção em equilíbrio traz como consequência um clima 
interno de bem-estar e saúde mental na organização. Ao contrário, nosso trabalho tende 
a se tornar pouco atrativo, com baixo desempenho. 
1.2 Outros estudos 
Há muitos estudos sobre as emoções. Outra teoria, do psicólogo Paul Ekman, 
em seu livro A linguagem das emoções, aponta a existência de sete emoções básicas: 
tristeza, raiva, surpresa, medo, aversão, desprezo e alegria (Ekman, 2011). 
Retrata ainda que tendemos mais à negatividade do que à positividade. 
A conceituação da emoção como uma descarga psíquica de breve duração 
(Scherer, 2005), distinta de outros estados afetivos, como o sentimento, é bem aceita 
pelos teóricos que se dedicam ao estudo das emoções. Também a postulação de 
emoções básicas é comumente encontrada na literatura sobre emoções. Emoções 
básicas, segundo Andersen e Guerrero (1998), são aquelas que têm maior 
probabilidade de serem expressas de maneira semelhante e de serem reconhecidas 
universalmente. 
A partir dos conceitos sinalizados, chegamos à inteligência emocional, uma 
característica de profissionais bem desenvolvidos em seu eu integral. 
 
 
10 
O termo inteligência emocional foi utilizado pela primeira vez por Mayer, 
DiPaolo e Salovey (1990), em estudos empíricos de um de seus componentes, a 
habilidade de percepção de conteúdos afetivos. 
Refere-se à 
capacidade de perceber acuradamente, de avaliar e de expressar emoções; 
a capacidade de perceber e/ou gerar sentimentos quando eles facilitam o 
pensamento; a capacidade de compreender a emoção e o conhecimento 
emocional; e a capacidade de controlar emoções para promover o 
crescimento emocional e intelectual. (Mayer; DiPaolo; Salovey, 1997, p. 15) 
Os autores comentam ainda que a inteligência emocional não é o oposto da 
inteligência, mas sim a intersecção entre ela e a emoção. Assim, ela seria uma 
habilidade cognitiva relacionada ao uso das emoções para ajudar na resolução de 
problemas. Argumentam que é inadequado conceber a emoção sem inteligência, ou 
esta sem aquela, trazendo ao conceito uma visão integrada entre razão e emoção. 
TEMA 2 – GESTÃO DAS EMOÇÕES 
Segundo Goleman (2001, p. 57), 
o QI (Quociente Intelectual) e a Inteligência Emocional não são capacidades 
que se sobrepõem, mas distintas. Na verdade, há uma ligeira correlação entre 
QI e alguns aspectos da inteligência emocional, embora bastante pequena 
para que fique claro que se trata de duas entidades bastante independentes. 
Quanto mais consciência o indivíduo tem sobre o seu modelo emocional, mais 
saúde mental e equilíbrio terá nas diversas áreas da vida. Saber liderar com diferentes 
cenários requer maturidade psicológica, emocional, levando certamente à ascensão na 
carreira. 
Somente o QI (Quociente Intelectual) não é suficiente para o desenvolvimento 
da vida ou da carreira. O mercado de trabalho exige competência emocional, tanto 
quanto habilidades intelectuais. A inteligência emocional nos faz gerir melhor as 
emoções, entre elas a tristeza, a raiva ou sentimentos de menos valia. Nos torna fortes, 
mediante insucessos ou fracassos, ampliando a visão que temos sobre nós mesmos e 
nos ajudando a compreender as emoções alheias e encontrar a melhor forma de lidar 
com elas. Ameniza o stress, a tensão interna, a ansiedade, mesmo que nosso 
temperamento seja propenso a tais sensações. Portanto, há sempre um ganho 
extraordinário quando há maturação de inteligência emocional, tanto para o profissional 
quanto para a empresa. 
Para uma melhor análise do contexto emocional, podemos nos perguntar: 
 
 
11 
• Por que as pessoas reagem de maneiras tão diferentes as dificuldades e 
sucesso? 
• Por que muitos profissionais se reerguem rapidamente após derrotas ou perdas 
e outros entram em depressividade? Se tornam apáticos? 
• Por que muitos comemoram a cada pequena vitória e outros se posicionam de 
forma pessimista? 
A forma pela qual uma pessoa reage a uma mudança na empresa em que 
trabalha, ou ao mau humor de uma pessoa próxima, como de seu gestor, oferece pistas 
sobre como o seu cérebro opera. No livro O estilo emocional do cérebro, Richard 
Davidson e Sharon Begley defendem que as emoções são fundamentais para as 
funções cerebrais e para a vida da mente (Davidson; Begley, 2013). 
O estilo emocional tem seis dimensões, definidas a partir de pesquisas 
neurocientíficas modernas: 
• Resiliência: a velocidade com que nos recuperamos de uma adversidade. 
• Atitude: por quanto tempo conseguimos sustentar as emoções positivas. 
• Intuição social: facilidade com que captamos os sinais sociais emitidos pelas 
pessoas ao nosso redor. 
• Autopercepção: capacidade de perceber as sensações corporais 
relacionadas com as emoções. 
• Sensibilidade ao contexto: capacidade de regular nossas respostas 
emocionais para que correspondam ao contexto social. 
• Atenção: o quanto a nossa concentração é aguçada e clara. 
TEMA 3 – O USO DA PSICOLOGIA POSITIVA NA VIDA E NOS NEGÓCIOS 
 
A psicologia positiva engloba o estudo dos aspectos saudáveis do viver. Foca 
mais nas forças do que nas fraquezas do ser. Busca compreender a felicidade. 
Engloba aspectos de prevenção, resiliência ao lidar com contrariedades, além de 
saúde mental, com ênfase na capacidade de superação, enaltecendo os potenciais e 
não as fraquezas. Martin Seligman (2004) apresenta três pilares da psicologia 
positiva: 
• Estados positivos de bem-estar (satisfação com a vida, felicidade, otimismo). 
• Traços individuais psicológicos positivos (criatividade, coragem, compaixão, 
integridade, autocontrole, sabedoria, espiritualidade). 
 
 
12 
• Instituições positivas (famílias saudáveis, comunidade, escolas, ambientes de 
trabalho). 
Os aspectos estudados por Seligman nos levam a analisar o cenário global no 
qual estamos inseridos, agindo em prol de pontos de equilíbrio entre ambos. Algumas 
dicas para a prática da psicologia positiva: 
• Procure por algo que você acredita e faça. 
• Lute por causas, propósitos que são somente seus. 
• Medite! Estamos vivendo uma era que nos exige adotar hábitos simples de vida 
para que tenhamos longevidade. O autoconhecimento provocado pela 
meditação nos leva para essa jornada, viabilizando uma convivência mais 
harmônica com nossas emoções. 
• Crie a disciplina de realizar atividades físicas. Mover o corpo nos deixa mais 
focados, com sentimentos construtivos. 
O neurocientista norte-americano, Lawrence C. Katz, em seu livro Mantenha 
seu Cérebro Vivo (2011), nos sugere a prática de neuróbica, exercício para oestímulo 
da mente. Assim, pratique exercícios neurais, ginástica para o cérebro. Alguns 
exemplos: jogos lúdicos, quebra-cabeça, tangram, jogo da velha, palavras cruzadas, 
histórias em quadrinhos, jogo de xadrez; ou ainda caminhe de costas, utilize o lado 
não dominante do corpo para fazer algumas atividades, entre outras possibilidades. 
Ao fazer uso da psicologia positiva, compreendemos que a saúde psicológica 
é muito mais do que a ausência de sintomas; ou seja, nos fortalecemos, de modo que 
podemos nos dedicar ainda mais para a conquista da saúde mental, alimentando 
nossos pensamentos com positividade, e consequentemente também nossos 
sentimentos. 
Esse modelo de vida nos traz mais satisfação, levando-nos a viver com alegria 
e engajamento, vivenciando o melhor de si, e encontrando um sentido na vida (saber 
sobre nossa missão, visão e valores), além de melhorias nos relacionamentos de 
convívio. 
Utilizamos alguns pressupostos do modelo definido pela PNL – Programação 
Neurolinguística para a condução e a mudança de pensamento, entendendo que 
mudanças comportamentais são possíveis apenas por meio de uma mudança mental. 
 
 
 
13 
TEMA 4 – ACONSELHAMENTO PARA O DESENVOLVIMENTO PESSOAL E 
PROFISSIONAL 
Muitos profissionais com expertise em aconselhamento de vida e carreira 
prestam serviços de counseling (aconselhamento) e mentoria nas organizações 
atuais. A maturidade em determinadas áreas de negócio, alinhada com o 
desenvolvimento comportamental, permite que tais personagens entrem em cena, 
ajudando a direcionar carreiras e empresas com a máxima qualidade. Mostram 
caminhos e abordam as consequências de determinadas escolhas, mesmo antes que 
elas ocorram. Orientam atitudes com inteligência relacional e socioempresarial. 
O processo de aconselhamento envolve um conjunto de habilidades, atitudes 
e técnicas para ajudar as pessoas a ajudar-se. Partindo do pressuposto de que o 
homem já tem em si os recursos necessários, esse processo de interação, entre o 
counselor e o cliente, propõe-se a criar as condições para fazer emergir, por meio de 
um colóquio centrado sobre a pessoa, uma relação ativa e altamente pessoal, mais 
do que uma forma de solucionar um problema. 
O aconselhamento é educativo, preventivo, situacional. Lida com o material 
consciente e enfatiza a normalidade. Além disso, 
relaciona-se a apoio e a reeducação para indivíduo de ego forte, porém tão 
afligido por problemas situacionais ou para indivíduo de ego tão enfraquecido que a 
psicoterapia não seria de utilidade. O aconselhamento tem sido especificamente 
conceituado como um meio de maximização da eficácia humana. (Scheffer, 1979, p. 
17-18) 
No aconselhamento, o sentimento existe sempre. Atrás de cada palavra ou de 
cada silêncio, está presente um sentimento ou uma mistura de muitos, de modo que 
é preciso ser um ouvinte atento para captar questões reais, como conflitos, paixões 
ou contradições, que estão no centro da problemática, e que conduzem a pessoa a 
buscar ajuda. 
Há dois tipos de aconselhamento: o de carreira, cujo foco centra-se no 
planejamento estratégico da carreira; e o emocional, que deve ser conduzido por um 
psicoterapeuta. 
O processo de counseling nas empresas direciona indivíduos para novos 
patamares, absorvendo desafios e superando-os, caso haja consciência das 
diretrizes. A busca pela manutenção da carreira nos dias atuais é intensa; mantê-la é 
uma maestria e inová-la é uma competência. Portanto, o diferencial de profissionais 
 
 
14 
em suas carreiras está na diversidade das competências que apresentam ao exercer 
os seus ofícios, surpreendendo o meio corporativo e a si mesmos, sempre. 
TEMA 5 – PILARES DE UMA CARREIRA SUSTENTÁVEL 
Vejamos pilares de fortalecimento de uma carreira: ter conhecimento de sua 
personalidade (a inteligência intrapessoal promove uma série de eventos favoráveis); 
conhecimento do negócio em que se insere; ações alinhadas com a missão 
empresarial e pessoal; saber sobre o futuro; traçar metas para o alcance das 
perspectivas; agir com responsabilidade, em prol das demandas que lhe cabem; 
buscar continuamente a evolução de suas competências e talentos. Com 
características pessoais bem potencializadas, impactamos positivamente meios e 
pessoas. 
Dicas para uma carreira sustentável: Cuide de sua saúde física, emocional, 
mental; descubra suas competências e habilidades; identifique as mais carentes e 
procure ajuda de um especialista coach. Faça um plano de desenvolvimento com 
metas atingíveis, capazes de contribuir para o equilíbrio dos diversos campos de sua 
vida; mantenha-se com olhos de vanguarda; esteja bem informado sobre o mundo dos 
negócios, em especial sobre a sua área de formação; escolha para trabalhar 
empresas que estejam alinhadas à sua cultura e valores pessoais; aprenda a lidar 
com os obstáculos corporativos; saiba trabalhar em times; faça networking; participe 
de encontros, eventos, congressos, pois a interatividade é essencial para um 
crescimento saudável; preserve sua imagem; e por fim adote postura ética e sigilosa 
nos meios de trabalho. 
5.1 Linha do tempo e carreira 
O tempo presente deve ser aproveitado também para planejar o futuro. 
Observar o que temos e estabelecer novos propósitos nos retroalimenta, sendo 
fundamental para a nossa sobrevivência e nossa saúde vital. 
Em seu livro Carreira Sustentável, Minarelli (2016) reforça que o mundo está 
em transformação, o que nos exige mudanças cada vez mais significativas nos planos 
de carreira, em aspectos comportamentais e relacionamentos, independentemente da 
posição que ocupamos ou da fase em que nos encontramos. 
Revisitar nosso passado é nobre, a fim de fortalecer quem éramos, quem 
somos e para onde vamos. Essa linha de tempo deve ser refletida por todos que 
 
 
15 
desejam plenitude em suas vidas. Rememorar o que passou, as lembranças positivas, 
como o que nos causou sensações de bem-estar e felicidade, e procurar dentro do 
possível repetir tais processos em nossas práticas atuais, certamente nos emociona 
positivamente, criando uma caminhada com pontes entre o presente e o futuro. 
Os planejamentos de carreira tendem a dar certo quando estruturados com 
essas atitudes mentais. Um filme que transita nas linhas da vida e gera autorreflexão, 
enfatizando a importância da mudança de nossos pensamentos e comportamentos, e 
ainda fazendo uma projeção de futuro, é Duas Vidas, de Walt Disney, que nos faz 
repensar sonhos, propósitos, busca por felicidade, carreira, vida futura e mudanças 
de crenças para um processo transformacional. Abrange um contexto lúdico, sensível 
e fundamental para os dias atuais, em que passamos por mudanças em várias esferas 
de nossa vida, com remodelações pessoais e nos negócios. É motivador! Inspirador. 
 
 
 
16 
REFERÊNCIAS 
ANDERSEN, P. A.; GUERRERO, L. K. (Ed.) Handbook of Communication and 
Emotion: Research, Theory, Applications, and Contexts. San Diego: Academic Press, 
1998. 
DAVIDSON, R.; BEGLEY, S. O Estilo Emocional do Cérebro. Rio de Janeiro: 
Sextante, 2013. 
EKMAN, P. A linguagem das emoções. Lisboa: Editora Lua de Papel, 2011. 
GOLEMAN, D. Trabalhando com a Inteligência Emocional. Editora Objetiva, Rio de 
Janeiro, 2001. 
GRAMIGNA, M. R. Líderes inovadores: ferramentas de criatividade que fazema 
diferença. São Paulo: M Books, 2004. 
JAMES, W. The principles of psychology. Chicago: Encyclopedia Britannica Inc., 
1952. 
MAYER, J. D.; DIPAOLO, M. T.; SALOVEY, P. Perceiving affective content in 
ambiguous visual stimuli: A component of emotional intelligence. Journal of 
Personality Assessment, v. 54, p. 772-781, 1990. 
MINARELLI, J. A. Carreira sustentável. São Paulo: Editora Gente, 2016. 
SCHEEFFER, R. Teorias do aconselhamento. São Paulo: Editora Atlas, 1979. 
SCHERER, K. What are emotions? And how can they be measured? Social Science 
Information, v. 44, n. 4, 2005. Disponível em: 
<http://ssi.sagepub.com/content/44/4/695>.Acesso em: 26 jun. 2021. 
SELIGMAN, M. E. P. Felicidade Autêntica: usando a nova psicologia positiva para 
a realização permanente. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2004.

Continue navegando