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Unidade 1 - Empreendedorismo

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07/06/2022 10:36 Empreendedorismo
https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/INS_EMPREE_19/unidade_1/ebook/index.html?redirect=1 1/35
Autoria: Me. Marcelo Telles de Menezes 
Revisão técnica: Dr. Leandro Trigueiro Fernandes
EMPREENDEDORISMO
O QUE É
EMPREENDEDORISMO
?
07/06/2022 10:36 Empreendedorismo
https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/INS_EMPREE_19/unidade_1/ebook/index.html?redirect=1 2/35
Introdução
Os empreendedores são admirados e às vezes invejados. São responsáveis pelo
lançamento de produtos e serviços revolucionários, pela criação de empresas
seculares e pela geração de empregos. Mas o que é empreendedorismo? O que é
ser empreendedor? Podemos dizer que o empreendedorismo é o motor da
economia e ao longo da história foi responsável por grandes mudanças. E o que
o empreendedor tem de diferente das outras pessoas? Ele nasce pronto, sendo
algo somente para predestinados ou qualquer um pode ser empreendedor? Como
ele afeta a economia?  Muitas pessoas têm medo de empreender. Será que
realmente é difícil ser empreendedor? Quais são os fatores que in�uenciam o
empreendedorismo?
Ao longo deste capítulo, você vai conhecer uma breve história do
empreendedorismo e entender a sua de�nição, analisar o impacto do
empreendedor na economia e examinar os fatores que in�uenciam o
empreendedorismo. Acompanhe essa jornada.
Bons estudos!
Tempo estimado de leitura: 52 minutos.
Imagine que você está participando de um evento - uma festa, um jantar ou um
congresso – com a oportunidade de conhecer e conversar com pessoas diversas.
E durante aquela conversa básica, que geralmente inclui a pergunta “o que você
faz?”, o seu interlocutor responde: “Eu sou empreendedor.”
Qual a primeira imagem que vêm na sua cabeça? Seria a de um empresário bem-
sucedido, que começou o seu negócio do zero e hoje é dono de uma fortuna? Ou
daqueles vendedores de pipoca que �cam na porta de escolas? Seria um
funcionário dedicado de uma empresa ou de um gerente desta mesma empresa?
Será que você imaginaria que ele é um funcionário público ou o voluntário de
uma ONG?
1.1 Quem é o empreendedor?
07/06/2022 10:36 Empreendedorismo
https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/INS_EMPREE_19/unidade_1/ebook/index.html?redirect=1 3/35
A maioria das pessoas associa a imagem do empreendedor com a do
empresário, como sendo uma pessoa que cria novos negócios, mas a grande
verdade é que qualquer  uma  das  pessoas  descritas  no  parágrafo  anterior, 
desde  o  vendedor  de pipoca, passando pelo funcionário de uma empresa e o
servidor público, podem sim ser empreendedores. Sendo assim, vamos conhecer
os pontos principais que de�nem um empreendedor.
Numa visão mais ampla, o empreendedor é a pessoa que identi�ca
oportunidades, as explora e as desenvolve, seja na criação de um negócio, na
construção de uma carreira como empregado ou até mesmo em outras áreas ou
outros aspectos da vida (RAE, 2007).
Outra imagem muita associada ao empreendedor é de que algumas pessoas
nascem para serem empreendedores. Mas ao contrário do que se pensa, as
habilidades, comportamentos e características do empreendedor podem ser
aprendidas e desenvolvidas, por qualquer pessoa que assim desejar.
1.1.1 O papel do empreendedor
Marco Polo (1254-1341) pode ser considerado um dos primeiros exemplos
de empreendedor. Ele vislumbrou uma oportunidade de comercializar as
mercadorias orientais, em especial da China, em Veneza, sendo um dos
primeiros a percorrer a Rota da Seda. Ele correu grandes riscos, mas virou
uma referência para os grandes comerciantes da época (MANDUCA;
CANDIDO; PATRÍCIO, 2016). 
VOCÊ O CONHECE?
07/06/2022 10:36 Empreendedorismo
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Figura 1 - O empreendedor não tem superpoderes, mas é uma pessoa qualquer que pode aprender e
desenvolver as habilidades, comportamentos e características do empreendedor
Fonte: Halfpoint, Shutterstock, 2021.
#PraCegoVer
Na figura, temos a fotografia de um homem com
capa vermelha e carregando um notebook com
uma das mãos, enquanto a outra mão está para
cima, como em sinal de ter vencido algo. Ele está
"correndo". Abaixo, encontramos algumas
ilustrações em tom de preto, como gráficos,
ferramentas e outros utensílios.
O empreendedor tem um papel crucial no desenvolvimento da economia e da
sociedade como um todo. Aqueles que abrem seu próprio negócio geram
empregos e melhoram a distribuição de renda, já os empreendedores que são
funcionários, são responsáveis por auxiliar as empresas ou o governo a
atingirem seus objetivos. Os empreendedores fazem a história e mudam o
mundo em redor deles com as suas ações, criam modelos de negócios novos e
inovadores, como, por exemplo, o Google.
Ao longo da história, os empreendedores sempre existiram e foram destaques na
sociedade, acumulando grandes fortunas e atraindo a atenção das pessoas.
Porém, recentemente, cada vez mais pessoas estão buscando a opção pelo
empreendedorismo. E qual será o motivo dessa procura? Alguns fatores parecem
estar diretamente relacionados com isso, como nos apontam Baron e Shane
(2007):
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Mesmo com a crise econômica iniciada em 2014, empreender é o desejo de
muitos brasileiros. Em uma pesquisa recente sobre empreendedorismo no Brasil,
36% dos entrevistados são donos de seu próprio negócio ou realizaram alguma
ação em vistas de ter seu próprio negócio no último ano. Ter um negócio está em
quarto lugar entre os sonhos dos brasileiros, atrás de viajar pelo Brasil, ter uma
casa própria ou um carro (GEM, 2017).
Um conjunto de programas e ações estruturais tem colaborado para a difusão do
espírito do empreendedorismo no Brasil. Esse processo tem início em 1994 com
a estabilização econômica com o Plano Real, passando pelo lançamento do
Programa Brasil Empreendedor em 1999, pela Lei Geral da Micro e Pequena
Empresa de 2006 e a criação do Micro Empreendedor Individual (MEI) em 2008
(DORNELAS, 2017).
Destaca-se também a participação do SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às
Micro e Pequenas Empresas) na promoção da educação empreendedora e na
capacitação e orientação para os pequenos e microempresários por todo país.
Mesmo com todo este suporte, a vida do empreendedor no Brasil não é fácil. Os
principais fatores limitantes estão relacionados com a burocracia, a carga
tributária e a  infraestrutura.  A  mortalidade  das  empresas  nos  dois  primeiros 
Grande destaque na mídia de empreendedores de sucesso
com uma imagem bastante positiva e atraente, fazendo
com que estes empreenderes assumam um papel de herói
(ou heroína) numa época que existem poucas �guras de
destaque, ao contrário do que foi no passado.
Mudança no entendimento entre patrões e empregados
com relação ao vínculo trabalhista. Antes, ser um
funcionário que desempenhasse bem sua função garantia
uma estabilidade empregatícia. Hoje com as crises
econômicas e os cortes e reestruturações nas empresas, os
empregados são menos �eis aos seus empregos e passam
a questionar se não estariam melhores trabalhando por
conta própria.
A segurança de um emprego, com o salário garantido na
conta, deixou de ser um valor importante, especialmente
para os mais jovens. Muitos passam a preferir um estilo de
vida mais independente em detrimento da segurança o
emprego.
07/06/2022 10:36 Empreendedorismo
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anos  de  vida  é elevada, mas tem melhorado nos últimos anos. Esses aspectos
resultam  na observação que o medo de fracassar é o mais impactante para
decidir empreender (GEM, 2016).
Melhorar o cenário do empreendedorismo no Brasil depende de uma evolução
das políticas públicas do governo, mas também de um melhor entendimento do
processo de empreender,dos fatores de sucesso, dos tipos de
empreendedorismo, entre outros. E o primeiro passo é compreender o que é
empreendedorismo, como vamos ver a seguir.
Podemos considerar que o ato de empreender é tão antigo quanto a civilização,
por ser um fruto do trabalho humano, seja na busca de oportunidades de
crescimento ou como uma alternativa de sobrevivência. Contudo, a de�nição de
empreendedorismo, e o seu entendimento, evoluiu e continua evoluindo ao longo
do tempo ( , 2013). Para Filion, (1999, p. 18), um dos principais estudiosos do
tema empreendedorismo, “de�nir empreendedorismo é um desa�o perpétuo,
dada a ampla variedade de pontos de vista para estudar o fenômeno”.
Por isso, para entender melhor o conceito de empreendedorismo, é necessário
estudar a sua origem e evolução.
O primeiro registro de uso do termo “empreendedor” é atribuído ao economista de
origem franco-irlandesa Richard Cantillon, em 1755, que de�niu como sendo um
indivíduo que assume riscos. Esta de�nição diferenciava o empreendedor do
capitalista, aquele que fornecia o capital (DORNELAS, 2017).
1.2 Conceituando Empreendedorismo
1.2.1 Breve histórico do empreendedorismo
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Nesse período, meados do século XVIII, a Inglaterra estava iniciando o processo
da Revolução Industrial que acabou se alastrando pela Europa, surgindo os
primeiros empreendedores segundo este conceito: pessoas que pegavam os
recursos emprestados com os capitalistas para produzir algo novo. Antes disso,
os empreendedores era basicamente os comerciantes, principalmente, aqueles
que se aventuravam pelos mares em busca de novas rotas de comércio, como
Cristóvão Colombo (MANDUCA; CANDIDO; PATRÍCIO, 2016).
Já em 1814, outro economista francês, Jean-Baptiste Say (1767-1832) utilizou a
palavra empreendedor se referindo ao indivíduo que transfere recursos de um
setor cuja produtividade é baixa para outro de produtividade maior, sendo muito
importante para o funcionamento do sistema econômico. Nesse sentido, o
empreendedor era o intermediário entre as classes produtoras e entre estas e os
clientes (MARIANO; MAYER, 2011). No ano de 1871, o economista austríaco Carl
Menger (1840 – 1921) agregou à de�nição de empreendedor a ideia de que seria
aquele que se antecipa às necessidades futuras (MANDUCA; CANDIDO; PATRÍCIO,
2016).
No �nal do século XIX e início do século XX, com a produção em massa e a linha
de montagem, o termo empreendedor passou a ser associado com imaginação e
inovação. O empreendedor percebe as oportunidades relacionadas à inovação e
aliado com sua capacidade de realização, desenvolve novos produtos e serviços
que são oferecidos para a sociedade (MARIANO; MAYER, 2011).
Saiba que esse período é marcado pelo surgimento de grandes empreendedores,
que arriscaram tudo e conseguiram enriquecer e montar empresas que
prosperam até os dias de hoje. O fundador da Ford Motor Company, Henry Ford
Podemos considerar que o ato de empreender é tão antigo quanto a
civilização, por ser um fruto do trabalho humano, seja na busca de
oportunidades de crescimento ou como uma alternativa de sobrevivência.
Contudo, a de�nição de empreendedorismo, e o seu entendimento, evoluiu
e continua evoluindo ao longo do tempo ( , 2013). Para Filion, (1999, p. 18),
um dos principais estudiosos do tema empreendedorismo, “de�nir
empreendedorismo é um desa�o perpétuo, dada a ampla variedade de
pontos de vista para estudar o fenômeno”. 
VOCÊ SABIA?
07/06/2022 10:36 Empreendedorismo
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(1863-1947), se destaca não só pelo sucesso da sua empresa, mas também por
ser o expoente de uma nova produção em massa e da linha de montagem. Outro
que se destacou mais por sua habilidade de inovação e criação de novos
produtos foi Thomas Edison (1847–1931), fundador  da  Edison  General 
Electric  Company,  que  deu  origem  a  General  Electric Company (GE). Entre
suas invenções se destacam: lâmpada elétrica incandescente, câmera
cinematográ�ca, fonógrafo e bateria de (MARIANO; MAYER, 2011; MANDUCA;
CANDIDO; PATRÍCIO, 2016).
Figura 2 - Empreendedores cujas empresas existem até hoje e suas principais inovações: Henry Ford e o
modelo Ford T, Thomas Edison e a lâmpada elétrica
Fonte: Jovanovic Dejan / aradaphotography / Marzolino / Everett Historical, Shutterstock, 2021.
#PraCegoVer
Na figura, temos uma montagem com quatro
imagens. Na parte superior, encontramos a
fotografia do modelo Ford T ao lado da foto de
Henry Ford, inventor do item. Já na parte inferior
temos uma ilustração de quatro modelos de
lâmpadas elétricas ao lado da foto de Thomas
Edison, inventor do item.
O capitalismo no início do século XX é então impulsionado pela inovação e
progresso tecnológico resultado do trabalho dos empreendedores. Os principais
economistas nesse período voltam a discutir o conceito de empreendedorismo.
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Com isso são identi�cadas três teorias dinâmicas do empreendedorismo (RAE,
2007):
Schumpeter é um dos principais autores da de�nição moderna  do
empreendedorismo, descrevendo o empreendedor como um inovador e não
alguém que busca somente o lucro, que está engajado na destruição criativa
rompendo o �uxo circular da economia de mercado baseada na produção e
consumo, que tende a um equilíbrio de preços, por meio da introdução de novos
produtos e processos que substituem os produtos e empresas existentes que se
tornam marginais ou não competitivas.
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Para Schumpeter, o empreendedor é um líder que possui
qualidades como intelecto, determinação, iniciativa, visão de
futuro e, especialmente, intuição. Aqui vale destacar intuição
como sendo a capacidade de ver coisas numa  forma  que
depois de um tempo se provam verdadeiras, aprendendo no
07/06/2022 10:36 Empreendedorismo
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Na segunda metade do século XX, começaram os primeiros estudos apontando
que poderia existir o empreendedorismo dentro de uma organização, que foi
denominado de intraempreendedorismo. Este conceito passou a ter grande
destaque principalmente devido ao papel que as atividades desenvolvidas nas
organizações têm na sociedade. Percebeu-se que o empreendedor coorporativo
tem características e habilidades similares ao empreendedor que cria um negócio
(MARIANO; MAYER, 2011).
A partir da década de 1980, o estudo do empreendedorismo expandiu e espalhou
para outras disciplinas, principalmente, na busca de outras formas de
abordagem que incorporassem as rápidas mudanças tecnológicas à sua
seu mundo natural e social de maneira que suas ações podem
ser calculadas de forma simples e con�ável (RAE, 2007;
CHIAVENATO, 2012).
Para Kirzner, o empreendedor é como um oportunista alerta,
que está sempre atento a oportunidades de lucro no curto
prazo que ocorrem devido a um desequilíbrio no mercado,
onde as habilidades de velocidade do movimento e de tomada
de decisão astuta são essenciais. A atividade do
empreendedor envolve ações criativas de aprendizagem de
descoberta e que o empreendedor supera outros no mercado,
pois possui uma habilidade superior para perceber e agir nas
oportunidades (RAE, 2007).
Já Druker considera que a introdução e aplicação da inovação
é um aspecto vital do empreendedorismo. Segundo ele, o
empreendedorismo está diretamente relacionado a assumir
riscos, e o comportamento do empreendedor é de geralmente
abrir mão de sua carreira e segurança em nome de uma ideia,
investindo tempo e dinheiro em um futuro incerto
(CHIAVENATO, 2012).
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dinâmica. Tal interesse resultou numa série de instituições de ensino oferecendo
cursos sobre o assunto (FILION, 1999).
Leite (2008) considera os anos 80 como a década do empreendedorismo, com a
percepção pela sociedade da importância do empreendedor para o
desenvolvimento das nações.
Com os avanços no campo da tecnologia da informação, a partir da década de
1990, aumentaram as possibilidades de criação de novos produtos e  serviços, 
fazendo surgir uma grande quantidade de empresas de sucesso. Surge então um
novo per�l de empreendedor, em que se destacam Bill Gates (1955-) fundador da
Microsoft e Steve Jobs (1955-2011) da Apple, e mais recentemente Larry Page e
Sergey Brin (ambos 1973-) do Google e Mark Zuckerberg (1983-) do Facebook
(MARIANO; MAYER, 2011).
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Figura 3 - Empreendedores de sucesso como Larry Page, Sergey Brin, Mark Zuckerberg, Steve Jobs e Bill
Gates tiveram suas trajetórias contadas em livros e filmes
Fonte: JStone / aradaphotography / Paolo Bona / Annette Shaff, Shutterstock, 2021.
#PraCegoVer
Na figura, temos cinco fotografias, estando três
dispostas uma do lado da outra na parte
superior, e duas dispostas uma do lado da outra
na parte inferior. Da esquerda para a direita e de
cima para baixo, encontramos as fotos de Larry
Page, Sergey Brin, Mark Zuckerberg, Steve Jobs e
Bill Gates.
Outro fenômeno ainda mais recente é a criação das startups, pequenas empresas
de tecnologia que buscam desenvolver produtos e serviços escaláveis, que tem
atraindo ainda mais pessoas para o empreendedorismo (MANDUCA; CANDIDO;
PATRÍCIO, 2016).
Filion (1999) considera o empreendedorismo como um passo em direção à
conquista da liberdade. Se antes era expresso na criação (ou no
intraempreendedorismo) de grandes  corporações,  hoje  se  observa  a  força 
empreendedora  nos  pequenos negócios. Com isso, a partir da década de 90, um
número cada vez maior de pessoas tem escolhido o autoemprego.
07/06/2022 10:36 Empreendedorismo
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As discussões sobre o empreendedorismo e sua de�nição seguem nos dias de
hoje, e Chiavenato (2012) procura resumir as contribuições dos diversos autores
da área sobre o tema, como você pode observar na �gura abaixo.
Quadro 1 - Contribuições de diversos autores para o entendimento e a definição do empreendedorismo
Fonte: CHIAVENATO, 2012, p. 20.
#PraCegoVer
No quadro, temos nove linhas e três colunas
retratando as contribuições de autores para o
entendimento e a definição do
empreendedorismo. Na primeira coluna,
encontramos os anos (1961, 1966, 1970, 1973,
1982, 1985, 1986 e 2002). Já na segunda coluna,
temos os autores (McClelland, Rotter, Drucker,
Kirsner, Casson, Sexton e Bowman, Bandura e
William Baumol). Por fim, na última coluna,
temos as contribuições dos autores
apresentados.
07/06/2022 10:36 Empreendedorismo
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Na busca de uma de�nição �nal para o empreendedorismo, RAE (2007)
considera que os conceitos tradicionais de empreendedor incluem: uma pessoa
que cria organizações e uma pessoa que conhece e age para explorar uma
oportunidade, porém não incluem a criatividade, as mudanças e as incertezas
envolvidas na atividade do empreendedor. As teorias processuais ou dinâmicas
assumem que a incerteza existe e dão ao empreendedor a chance de criar e
explorar as oportunidades de inovação e lucro.
A concepção dinâmica do papel do empreendedor é de um agente que cria,
reconhece e age nas oportunidades. Isso inclui o uso da inovação para fazer
coisas novas, operar com �exibilidade e se adaptar a um contexto mais amplo,
trabalhar em condições de risco e incerteza, realizar mudanças e ganhar a
recompensa a partir dos lucros. Se o empreendedorismo é visto como um
processo, ele consiste de uma pessoa, da busca por oportunidades de mercado,
comportamento inovador e da junção dos recursos necessários para explorar
essas oportunidades (RAE, 2007).
Filion (1999) constrói uma de�nição completa do que é o empreendedor a partir
da contribuição dos mais diversos autores das diferentes épocas, chegando ao
seguinte resultado:
o Empreendedor é uma pessoa
criativa marcada pela
capacidade de estabelecer e
atingir objetivos que mantém
alto nível de consciência do
ambiente em que vive, usando-
se para detectar oportunidades
de negócios. Um
empreendedor continua a
aprender a respeito de
possíveis oportunidades de
negócios e a tomar decisões
07/06/2022 10:36 Empreendedorismo
https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/INS_EMPREE_19/unidade_1/ebook/index.html?redirect=1 15/35
Dolabela (2006, p. 29), reconhecido como um dos principais professores
brasileiros de empreendedorismo, apresenta uma de�nição bem mais simples: “o
empreendedor é alguém que sonha e busca transformar seu sonho em
realidade”.
Agora que você já sabe a história do empreendedorismo e sua de�nição, vamos
dar uma olhada no histórico do empreendedorismo no Brasil.
Inicialmente, o empreendedorismo no Brasil no período colonial era baseado na
agricultura e no extrativismo. Caldeira (2009) demonstra que durante os três
primeiros séculos do Brasil colônia havia um forte mercado interno, independente
de Portugal, bastante dinâmico e em crescimento.
Provavelmente o primeiro grande empreendedor brasileiro seja Irineu Evangelista
de Souza (1813-1889), mais conhecido com Barão de Mauá. Após observar o
impacto da Revolução Industrial na Inglaterra, ele retornou ao Brasil decidido a
investir na industrialização do país. Barão de Mauá investiu em negócios
diversos, tendo construído a primeira ferrovia brasileira, a primeira fundição de
ferro e o primeiro estaleiro, além de ter sido banqueiro. Em seu auge, teve sob seu
controle 8 das 10 maiores empresas brasileiras na época (LOH, 2016).
No �nal do século XIX, tem início o período industrial, que abre espaço para
muitos empreendedores, imigrantes ou nacionais, que têm a oportunidade de
atingir um novo status na sociedade. O empreendedorismo brasileiro é marcado
pela criação e crescimento de empresas originadas em grupos familiares, como a
família Matarazzo, das Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo (MANDUCA;
CANDIDO; PATRÍCIO, 2016).
1.2.2 Breve histórico do empreendedorismo no Brasil
moderadamente arriscadas
que objetivam a inovação,
continuará a desempenhar um
papel empreendedor (FILION,
1999, p. 19). 
07/06/2022 10:36 Empreendedorismo
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Outros grupos familiares se destacaram ao longo dos anos, como é o caso da
Família Klabin-Lafer, na indústria de papel, de José Ermírio de Moraes (1900-
1973), criador do grupo Votorantim, e de Roberto P. Marinho (1904-2003), das
Organizações Globo (MANDUCA; CANDIDO; PATRÍCIO, 2016). Um dos brasileiros
que se destacaram por seu espírito empreendedor é o apresentador Silvio Santos
(1930-), dono do Sistema
Brasileiro de Televisão (SBT), que começou como ambulante. O Grupo Silvio
Santos é formado por mais de 30 empresas, nos mais diversos ramos, e seu
fundador segue empreendendo, e com mais de 70 anos de idade, entrou
recentemente para o mercado de cosméticos com a empresa Jequiti. (MANDUCA;
CANDIDO; PATRÍCIO, 2016).
O homem mais rico do Brasil, Jorge Paulo Lemann (1939), juntamente com seus
sócios, Carlos Alberto Sicupira (1948-) e Marcel Herrmann Telles (1950-), talvez
sejam hoje os empreendedores brasileiros de maior sucesso internacional. São
os donos da maior cervejaria do mundo, a Anheuser-Busch InBev, além do Burger
King, da Kraft Heinz (conhecida por seu ketchup), das Lojas Americanase da
B2W do ramo de e-commerce (GRADILONE, 2017).
Mesmo com esse histórico de empreendedores brasileiros de sucesso, Dornelas
(2017) a�rma que somente na década de 1990 o movimento do
empreendedorismo começou a ganhar forma, com o lançamento do Empretec
pelo SEBRAE e a criação da Sociedade Brasileira para Exportação de Software
(Softex).
Fernandes (2013) pontua que o ensino do empreendedorismo no Brasil começou
apenas em 1981, num curso de especialização da Escola de Administração de
Empresas de São Paulo (EAESP) da FGV, e que em 1989 foi lançado o primeiro
livro no Brasil em língua portuguesa sobre empreendedorismo.
A série Os Gigantes do Brasil (MELLO, 2016) narra a saga de 4 grandes
empreendedores brasileiros que mudaram o país no �nal do século XIX e
início do XX, principalmente no urbanismo e na industrialização. São eles:
Francisco Matarazzo (1854-1937), Guilherme Guinle (1882-1960),
Giuseppe Martinelli (1870-1946) e Percival Farquhar (1864-1953). 
VOCÊ QUER VER?
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A Softex foi criada para apoiar o desenvolvimento das empresas de software do
país com foco no mercado externo, com ações de capacitação para o empresário
de informática em gestão e tecnologia. Para Dornelas (2017), a história da Softex
e do empreendedorismo no Brasil na década de 1990 seguem juntas. Foram os
programas que esta instituição desenvolveu junto a incubadoras de empresas e
universidades em todo país que despertou o interesse pelo tema
empreendedorismo. A empresa foi reformulada, mas continua apoiando o
empreendedorismo relacionado à tecnologia de informação e às startups.
O SEBRAE teve origem em 1972, sobre a alcunha de CEBRAE
(Centro Brasileiro de Apoio Gerencial às Pequenas e Médias
Empresas), tendo passado por uma reformulação em 1990,
quando recebeu a denominação atual, se transformando num
serviço social autônomo e passou a fazer parte do chamado
sistema S, juntamente com SENAC, SESI e SENAI (MELO,
2008).
A missão do SEBRAE é “(...) promover a competitividade e o
desenvolvimento sustentável das micro e pequenas empresas
(MPE) e fomentar o empreendedorismo no Brasil” (MARIANO;
MAYER, 2011, p. 81). Este é um dos órgãos do governo mais
conhecido do empreendedor brasileiro, que encontra o apoio
para iniciar sua empresa, além de consultorias e treinamentos
para desenvolvimento do empreendedor e da empresa, nos
mais diversos aspectos de  gestão  da  empresa, como o
controle �nanceiro, marketing, gestão de pessoas, vendas,
entre outros (DORNELAS, 2017).
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O Empretec, um acrônimo de empreendedores e tecnologia, é o principal
treinamento de empreendedorismo do SEBRAE e foi lançado em 1993. É uma
metodologia de ensino de empreendedorismo da ONU (Organização das Nações
Unidas), sendo promovido em cerca de 40 países. O treinamento tem como foco
a capacitação na identi�cação de novas oportunidades de negócio e no
desenvolvimento das características comportamentais do empreendedor,
utilizando uma metodologia vivencial (MELO, 2008; MARIANO; MEYER, 2011).
Percebe-se que apesar do desenvolvimento tardio de programas de  educação 
empreendedora  no país, hoje o Brasil tem o potencial para desenvolver o ensino
de empreendedorismo, num tamanho e abrangência comparável apenas aos
Estados Unidos (DORNELAS, 2017).
Nesse breve histórico de alguns importantes empreendedores brasileiros é
possível perceber a importância do empreendedor para o crescimento do país. A 
seguir, vamos examinar a relação entre o desenvolvimento econômico e  o
empreendedorismo.
Baron e Shane (2007) são categóricos ao a�rmarem que o empreendedorismo é
um motor para o desenvolvimento econômico. Eles se baseiam em uma série de
dados estatísticos dos Estados Unidos, que mostram o impacto do
1.3 Perspectiva econômica
O livro O Segredo de Luísa (DOLABELA, 2006) conta a história de uma
empreendedora �ctícia em sua saga para abrir e gerenciar uma empresa
no interior de Minas Gerais. O livro lançado em 1999, do professor
Fernando Dolabela, é um dos mais utilizados para o ensino do
empreendedorismo, fornecendo uma metodologia para o aprendizado
adequado do tema para qualquer pessoa. 
VOCÊ QUER LER?
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empreendedorismo nas economias da sociedade, como por exemplo:
Dolabela (2006) concorda que o empreendedor é o motor da economia, com sua
percepção de novas oportunidades e sua característica de agente de mudança
contribui para o desenvolvimento econômico e para a inovação.
Esse fato já era percebido desde os tempos de Schumpeter, que em seu livro
“Teoria do Desenvolvimento Econômico”, de 1911, argumentou a força motriz do
crescimento econômico como sendo o empreendedor, que introduz inovações no
mercado que tornam os produtos e tecnologias existentes obsoletos,
característica do processo de destruição criativa (BARROS; PEREIRA, 2008).
Essa percepção quanto à importância do empreendedorismo não encontra eco
na Teoria Econômica Neoclássica, que considera a acumulação do capital físico
(equipamentos, máquinas etc) e humano, progresso tecnológico e expansão de
mercados como sendo os principais determinantes do crescimento econômico
(BARROS; PEREIRA, 2008).
Fontanele (2010) considera que essa ausência do empreendedor do paradigma
neoclássico se deve às di�culdades teóricas, o que resulta em lacunas no
entendimento dos mecanismos básicos de funcionamento da economia.
Elevado corte de vagas de emprego nas grandes
corporações americanas e, mesmo assim, queda na taxa de
desemprego.
A cada ano mais de 600 mil empresas são abertas e este
número duplicou nos últimos 20 anos.
Uma em cada oito pessoas trabalham por conta própria
nos EUA.
Crescimento no número de cursos de empreendedorismo no
país.
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Voltando a Barros e Pereira (2008), os autores apresentam outra teoria que
procura explicar o papel do empreendedor no crescimento econômico, a Teoria
do Empreendedorismo pelo Transbordamento do Conhecimento. Ela pressupõe
que quando uma nova ideia ou novo conhecimento, criados nos centros de
pesquisa e desenvolvimento (P&D) de grandes empresas ou de universidades,
não são aproveitadas pela instituição que a criou, elas podem resultar em
oportunidades para o empreendedor.
A partir dessa teoria, uma pesquisa empírica conduzida na Alemanha procurou
testar uma hipótese de crescimento econômico: uma maior atividade
empreendedora deve gerar níveis mais altos de crescimento econômico, já que o
empreendedorismo é este mecanismo de transbordamento e comercialização de
conhecimento. O resultado con�rmou a hipótese, pois nas regiões onde havia
mais empreendedorismo tanto o Produto Interno Bruto (PIB) quanto a sua
variação eram maiores. O empreendedorismo é, portanto, um elemento
importante  para  explicar  o desempenho econômico regional (BARROS;
PEREIRA, 2008). Sendo assim, vamos avançar nosso estudo e conhecer as
consequências do empreendedorismo sob  o ponto de vista da economia.
As transformações ocorridas com o lançamento de novos produtos no mercado,
com as mudanças tecnológicas e nos processos produtivos são formas que
avaliar a contribuição do empreendedor para o crescimento econômico. As
iniciativas empreendedoras têm como impactos o aumento da e�ciência, que
resulta num aumento na concorrência, além de alterações no comportamento do
consumidor. A descoberta de novos produtos é potencializada e acelerada por
uma cultura empreendedora, sendo que sua disseminação tem um importante
papel no processo de aprendizagem (FONTENELE, 2010).
Quanto mais ocorrementradas de novos competidores, mais inovação é gerada e
há aumento da produtividade, resultados da inovação em si e também das ações
das empresas para impedir a entrada de novos concorrentes. Barros e Pereira
(2008) apresentam o estudo de Aghion e Howitt que conclui que este efeito de
entrada de novos concorrentes é mais positivo e signi�cativo em países mais
desenvolvidos em termos de tecnologia. Pode-se entender que os novos negócios
são introduzidos nos mercados pelos empreendedores a partir de uma inovação,
seja ela um novo produto ou serviço, uma nova qualidade de produto ou serviço,
uma nova forma de produção, a abertura de um mercado novo, uma fonte nova
de matéria-prima ou uma nova forma de organização. A criação de um novo
negócio, com ou sem inovação, aumenta a concorrência e tem o potencial de
provocar a saída de empresas do mercado, ou uma reação das empresas
estabelecidas seja com outra inovação ou por fusões e aquisições (BARROS;
1.3.1 Impactos e resultados do empreendedorismo
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PEREIRA, 2008). Esse processo tem como resultado uma nova estrutura de
mercado mais e�ciente e com maior dinamismo econômico. Isso se traduz nos
indicadores de valor adicionado, como o PIB e de níveis de emprego. Veja na
�gura a seguir a relação entre o empreendedorismo e o desempenho econômico.
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Figura 4 - A relação entre empreendedorismo e desempenho econômico a partir da concorrência e/ou da
inovação
Fonte: BARROS; PEREIRA, 2008, p. 984.
#PraCegoVer
Na figura, temos um esquema com a relação
entre empreendedorismo e desempenho
econômico a partir da concorrência e/ou
inovação. De cima para baixo, encontramos
novos negócios (empreendedores), os quais se
dividem em concorrência (saídas, fusões e
inovações nas firmas existentes) e inovação. A
concorrência passa por nova estrutura do
mercado, mais eficiência. A inovação passa por
desempenho da firma. Ambas chegam ao
desempenho econômico (crescimento do PIB e
emprego).
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Fica claro que a capacidade empreendedora de uma nação tem relação com o
seu desenvolvimento econômico e por isso, nada mais natural que haja um
grande interesse em se medir o quão empreendedor é um país. Nesse sentido, foi
criada em 1999 o projeto Global Entrepreneurship Monitor (GEM), ou Pesquisa
Global sobre Empreendedorismo (MARIANO; MAYER, 2011).
Na pesquisa realizada em 2016, participaram 65 países, dos cinco continentes, o
que representa 70% da população mundial e 83% do PIB. O Brasil participa do
desde o ano 2000, sendo a pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de
Qualidade e Produtividade (IBPQ) em parceria com o SEBRAE. 
Conduzida por meio de uma amostragem estatística da população, a pesquisa
tem como objetivo: “identi�car as atitudes da população em relação à atividade
empreendedora, as taxas de empreendedorismo, as motivações e as
características dos empreendedores e de seus empreendimentos, além das
condições para empreender” (GEM, 2017, p. 17).
Nesse ponto, é importante conhecer a de�nição de empreendedorismo adotado
pelo GEM, como sendo:
O relatório de pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM, 2017) foi
criado por duas instituições que estudam o tema empreendedorismo: a
Babson College, de Boston, EUA, e a London Business School, de Londres,
Inglaterra. Realizado anualmente é uma referência mundial nos estudos
de empreendedorismo. Você pode acessar a versão de 2016, clicando no
botão a seguir. 
Acesse (http://www.bis.sebrae.com.br/bis/download.zhtml?
t=D&uid=941a51dd04d5e55430088db11a262802)
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http://www.bis.sebrae.com.br/bis/download.zhtml?%20t=D&uid=941a51dd04d5e55430088db11a262802
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Observe que a de�nição adotada, apesar de bastante ampla, não vincula o
empreendedorismo à inovação, algo que foi bastante destacado ao longo deste
capítulo, sendo o simples fato de se criar um empreendimento ser su�ciente para
caracterizar o empreendedorismo. Além disso, como inclui a expansão de uma
empresa já existente, esta de�nição também engloba o intraempreendedorismo.
Com o estudo anual do GEM �cou claro que a criação de empresas por si só não
resulta num maior desenvolvimento econômico, pois isso só ocorre se os novos
negócios foquem em oportunidades de mercado. Por conta disso, faz-se
necessário duas novas classi�cações de empreendedorismo trazidas por
Dornelas (2017):
qualquer tentativa de criação e
desenvolvimento de novos
negócios ou criação de novas
empresas, como o trabalho por
conta própria, uma nova
organização empresarial, ou a
expansão de uma empresa já
existente, por um indivíduo, uma
equipe de pessoas, ou um
negócio estabelecido” (GEM,
2017, p. 17). 
A empresa é criada com um planejamento prévio, em que o
empreendedor tem claro aonde quer chegar, visando sempre à
geração de lucros, empregos e riqueza. 
Empreendedorismo de oportunidade
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O empreendedorismo de oportunidade está diretamente relacionado ao
desenvolvimento econômico e é muito mais presente em países desenvolvidos.
Já o de necessidade, normalmente fracassa e agrava os índices de mortalidade
de negócios, sem gerar desenvolvimento econômico, sendo mais comum em
países em desenvolvimento (DORNELAS, 2017).
Os negócios são geralmente criados informalmente, por falta de
opção do empreendedor por estar desempregado e não
encontrar trabalho.
Empreendedorismo de necessidade
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Em 2016, o empreendedorismo de oportunidade foi de 57% (por necessidade
43%) do total de negócios na fase de empreendedorismo inicial, um dos menores
índices entre os países pesquisados. Chama a atenção o fato que em 2014 a
taxa de empreendedorismo por oportunidade chegou a um ápice histórico de
71%. A queda nos últimos anos deve-se à crise econômica no país (GEM, 2017).
Esse resultado corrobora o de outras pesquisas que indicam que em países ricos
a atividade empreendedora é associada a uma maior taxa de crescimento
econômico,  e  em países pobres, ou em desenvolvimento, incluso na lista o
Brasil, esta relação é inversa. Ou seja, o empreendedor por necessidade tem
pouca contribuição sobre o dinamismo da economia local (BARROS; PEREIRA,
2008)..
Com o objetivo de se veri�car se o empreendedorismo realmente afeta
positivamente o desenvolvimento econômico de uma região, foi
desenvolvida uma pesquisa em Minas Gerais, que procurava investigar a
relação entre a taxa de desemprego e o empreendedorismo em cada
região do estado. Para cada um dos 853 municípios do estado foram
avaliados:
- Taxa de Desemprego (TDE): a proporção de desocupados em relação à
população economicamente ativa, com base no censo demográ�co do
IBGE.
- Taxa de Empreendedorismo (TE): a proporção dos trabalhadores por
conta própria em relação à população economicamente ativa, utilizando a
mesma base de dados.
O resultado mostrou que nos municípios com maior taxa de
empreendedorismo, a taxa de desemprego era menor. Porém um TE maior
não resulta em um aumento no PIB, indicador de melhor desempenho
econômico. Provavelmente, a maior quantidade de pessoas trabalhando
por conta própria deve ser em atividades alternativas ao desemprego, com
baixa produtividade e renda, o que realmente não se re�ete em
crescimento econômico.Esse resultado mostra a importância de políticas
públicas que favoreçam o empreendedorismo que gere emprego e renda,
e não aquele que existe como alternativa ao desemprego. Tais políticas
terão impactos positivos tanto sociais quanto econômicas (BARROS;
PEREIRA, 2008).
ESTUDO DE CASO
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Para alterar esse quadro e tornar o empreendedorismo uma mola propulsora do
desenvolvimento econômico no Brasil é importante entender os fatores que
in�uenciam o desenvolvimento do empreendedor, como vamos abordar a seguir.
O relatório GEM, além de medir a atividade empreendedora, auxilia na
identi�cação dos fatores responsáveis pelas diferenças no nível de
empreendedorismo entres os países, o que pode facilitar a identi�cação das
políticas públicas que podem ser e�cazes para o desenvolvimento de novos
negócios (DORNELAS, 2017).
O empreendedorismo é um fenômeno complexo  condicionado  a  fatores 
culturais, mas que também é in�uenciado por questões políticas e econômicas,
sendo resultado dos hábitos, práticas e valores das pessoas. Em países
desenvolvidos, com economia estável, os empreendedores agem de forma
diferente daqueles num país pobres e com população carente. O fato é que o
empreendedor é in�uenciado diretamente pelo meio onde vive, sendo um
fenômeno cultural (DOLABELA, 2006).
1.4 Fatores positivos e negativos para o
desenvolvimento do empreendedor
A taxa de empreendedores nascentes ou novos tem crescido desde 2012,
mesmo num cenário econômico adverso, marcado pela queda do PIB e
recessão. Este crescimento pode ser explicado por fatores sociais, como
o aumento do nível de escolaridade da população, pela política
governamental, com a criação do MEI (Micro Empreendedor Individual), e
por mudança na cultura, com o brasileiro a cada dia mais propenso a
empreender (GEM, 2017). 
VOCÊ SABIA?
07/06/2022 10:36 Empreendedorismo
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A pesquisa do GEM avalia o contexto social, cultural e político para tentar explica
as diferenças na taxa de empreendedorismo entre os países, com o seguinte
modelo (GEM, 2017):
Assim, é preciso ter condições favoráveis para empreender, seja em relação ao
âmbito pessoal, seja a partir das políticas públicas de incentivo. Assim, vamos
abordar essas condições no item a seguir.
Para Fontenele (2010), a criação de empresas nos diferentes países é
in�uenciada pelo apoio do governo ao empreendedorismo, por incentivos de leis
e instituições, pela disponibilidade de facilidades para gestação de novas
empresas, infraestrutura e cursos de formação e pelo apoio ao crescimento e
sobrevivência das startups.
A educação para o empreendedorismo é fundamental para o desenvolvimento de
uma cultura empreendedora, sendo que muitos lugares, como no Reino Unido,
falharam em criar tal cultura, apesar do forte discurso político destacando a
importância do empreendedorismo. As políticas geralmente estão relacionadas
com incentivo �nanceiro de curto prazo, que é relativamente fácil de ser feito, ao
invés de estarem relacionadas com mudanças culturais de longo prazo, que são
mais difíceis. Tais políticas não são desenvolvidas a partir do diálogo com os
Req
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1.4.1 Condições para empreender
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empreendedores, e apesar das mensagens encorajadoras do governo, os
empreendedores encontram di�culdades práticas para acessar os recursos, o
apoio e as  oportunidades necessárias para começar e administrar seus negócios
(RAE, 2007).
Ainda segundo RAE (2007), há quatro fatores que devem ser considerados com
relação ao papel do empreendimento na sociedade:
A mentalidade empreendedora é um dos fatores que in�uenciam o surgimento de
uma cultura empreendedora e a criação de novos negócios. Esse conceito está
associado à avaliação da pessoa quanto ao ambiente em que está inserida e as
condições que in�uenciam sua decisão de empreender, com os seguintes
resultados (GEM, 2017):
os objetivos políticos devem ser claramente entendidos no
contexto nacional, para cada objetivo (reduzir a pobreza,
criar empregos, reduzir as atividades estatais, por
exemplo) são necessárias estratégias e diretrizes em
ambientes diferentes;
a natureza do empreendimento e do empreendedorismo
deve ser considerada, como o modelo americano de “livre”
economia de mercado; subsídios agrícolas; economia
comunitária; negócios familiares etc.;
quão inclusiva ou exclusiva será a abordagem, como o
incentivo à formalidade. Para muitos países, a economia
informal é substancial e importante. Problemas
relacionados ao racismo ou preconceitos;
qual o papel do governo em criar e implementar políticas
para empreender. A maioria dos governantes e ministros
não possui experiência de empreendedorismo. Muitos
argumentam que a melhor contribuição que o governo
pode dar para  a criação de uma cultura de
empreendedorismo é não interferir.
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Com relação às condições para empreender no Brasil, relacionados aos aspectos
econômicos, sociais, culturais e institucionais, a pesquisa GEM de  2016 
identi�ca como os cinco principais fatores favoráveis e limitantes ao
empreendedorismo, conforme mostra a a �gura a seguir. Chama atenção a
presença dos programas governamentais tanto como fator favorável quanto
como fator limitante, porém o percentual de entrevistados que considerou como
limitante (77%) é amplamente superior aos que considera favorável (25%) (GEM,
2017).
Está relacionado com conhecer pessoalmente alguém que
começou um negócio nos últimos 2 anos, como é o caso de
41,3% da população brasileira. Sendo o segundo maior índice
entre os BRICS (conjunto de países formados por Brasil, Rússia,
Índia, China e África do Sul). 
O Brasil é um dos países que mais acredita na existência de
boas oportunidades de negócio em curto prazo; Conhecimento,
habilidade e experiência para gerenciar um novo negócio: Brasil
e Estados Unidos são os países cuja população se sente mais
preparada para empreender. 
Não é um impeditivo para abrir um novo negócio, como a�rmam
57,6% da população do Brasil. 
Convivência com empreendedores
Oportunidades de novos negócios
Medo de fracassar
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Figura 5 - Os cinco principais fatores favoráveis e limitantes ao empreendedorismo no Brasil, segundo
especialistas entrevistados para o relatório GEM de 2016
Fonte: Elaborado pelo autor, adaptado de GEM, 2017.
#PraCegoVer
Na figura, temos um esquema retratando os
cinco principais fatores favoráveis e limitantes
ao empreendedorismo no Brasil. Entre os
favoráveis, menciona-se a abertura do mercado
(52%), a capacidade empreendedora (42%), os
programas governamentais (25%), as normas
culturais e sociais (20%) e a pesquisa e o
desenvolvimento (18%). Já entre os fatores
limitantes, temos as políticas governamentais
(77%), o apoio financeiro (31%), a educação e
capacitação (31%), as características da força de
trabalho (17%) e as normas culturais e sociais
(16%).
Outro aspecto curioso, é que a corrupção é considerada um fator limitante para
apenas 2% dos entrevistados mesmo no atual cenário brasileiro, em que os
escândalos de corrupção fazem parte do noticiário diário.
A importância das políticas públicas de apoio ao empreendedorismo e às micro e
pequenas empresas são reforçadas pelas pesquisas sobre o empreendedorismo
no Brasil. Mostram também que é necessário reduzira carga tributária e a taxa
de juros, e também melhorar o ambiente de negócios e reduzir da burocracia.
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Tais  ações podem ter impactos sociais signi�cantes ainda mais numa economia
de elevada taxa de desemprego. Iniciativas como a criação de incubadoras de
empresas e o estimulo às cooperativas são favoráveis à criação de
oportunidades de trabalho (BARROS; PEREIRA, 2008).
Na opinião de Dornelas (2017), ainda faltam políticas públicas duradouras para
consolidação do empreendedorismo no país, mesmo com os avanços recentes
nas políticas do Governo Federal de apoio ao empreendedorismo.
Espera-se que o governo atue de forma efetiva para melhorar o ambiente para o
empreendedorismo no país e que cada vez mais pessoas estejam dispostas a
empreender com foco em oportunidades (e não por necessidade) para que o
Brasil tenha um maior desenvolvimento econômico e social.
Chegamos ao �m deste capítulo, e você pode conhecer o que é
empreendedorismo e a suas de�nições, entendeu como este conceito evoluiu ao
longo dos anos e descobriu a importância do empreendedorismo para o
desenvolvimento econômico dos países e os fatores que facilitam ou di�cultam
a ação empreendedora.
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
CONCLUSÃO
aprender sobre quem é o empreendedor; 
compreender o conceito de empreendedorismo;
conhecer um pouco da história de importantes
empreendedores do Brasil e do mundo;
relacionar o desenvolvimento econômico com o
empreendedorismo; 
identi�car as condições culturais e estruturais para o
desenvolvimento do empreendedorismo.
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BARON, R. A.; SHANE, S. A. Empreendedorismo: uma visão do
processo. São Paulo: Cengage Learning, 2007.
BARROS, A. A. D.; PEREIRA, C. M. M. D. A. Empreendedorismo e
Crescimento Econômico: uma Análise Empírica. Rev. adm. contemp.,
Curitiba, v. 12, n. 4, p. 975- 993, dez. 2008.
CALDEIRA, J. História do Brasil com empreendedores. São Paulo:
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CHIAVENATO, I. Empreendedorismo dando asas ao espírito
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DOLABELA, F. O segredo de Luísa. 30. ed. São Paulo: Editora de Cultura,
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DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo: Transformando ideias em
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Referências
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07/06/2022 10:36 Empreendedorismo
https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/INS_EMPREE_19/unidade_1/ebook/index.html?redirect=1 34/35
FONTENELE, R. E. S. Empreendedorismo, Competitividade e
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Empreendedorismo.  9.  ed.  Porto Alegre: AMGH, 2014.
Podemos considerar que o ato de empreender é tão antigo quanto a
civilização, por ser um fruto do trabalho humano, seja na busca de
oportunidades de crescimento ou como uma alternativa de
sobrevivência. Contudo, a de�nição de empreendedorismo, e o seu
entendimento, evoluiu e continua evoluindo ao longo do tempo ( , 2013).
Para Filion, (1999, p. 18), um dos principais estudiosos do tema
empreendedorismo, “de�nir empreendedorismo é um desa�o perpétuo,
dada a ampla variedade de pontos de vista para estudar o fenômeno”.
LEITE, E. O Fenômeno do Empreendedorismo. 1. ed. São Paulo: Saraiva,
2008.
LOH, S. A História da Inovação e do Empreendedorismo no Brasil - e
comparações com outros. Porto Alegre, 2016.
MANDUCA, A.; CANDIDO, C. R.; PATRÍCIO, P. Empreendedorismo: uma
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desenvolvimento. 2008. 156f. Dissertação (Mestrado) - Universidade
Federal de São Carlos, São Carlos, 2008. Disponível
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07/06/2022 10:36 Empreendedorismo
https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodle/EAD/Conteudo/INS_EMPREE_19/unidade_1/ebook/index.html?redirect=1 35/35
MELLO, T. Gigantes do Brasil. Direção: Fernando Honesko. Produção:
Boutique Filmes, History Channel, Brasil, 2016.
RAE, D. Entrepreneurship from Opportunity to Action. 1. ed.
Basingstoke: Palgrave Macmillan, 2007.

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