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empreendedorismos cap 1 atividade 2

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07/07/2020 Empreendedorismo
https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 1/30
EMPREENDEDORISMO
CAPÍTULO 1 - O QUE É
EMPREENDEDORISMO?
Marcelo Telles de Menezes
INICIAR
07/07/2020 Empreendedorismo
https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 2/30
Introdução
Os empreendedores são admirados e às vezes invejados. São responsáveis pelo
lançamento de produtos e serviços revolucionários, pela criação de empresas seculares
e pela geração de empregos. Mas o que é empreendedorismo? O que é ser
empreendedor?  Podemos dizer que o empreendedorismo é o motor da economia e ao
longo da história foi responsável por grandes mudanças. E o que o empreendedor tem
de diferente das outras pessoas? Ele nasce pronto, sendo algo somente para
predestinados ou qualquer um pode ser empreendedor? Como ele afeta a economia?
Muitas pessoas têm medo de empreender. Será que realmente é difícil ser
empreendedor? Quais são os fatores que influenciam o empreendedorismo?
Ao longo deste capítulo, você vai conhecer uma breve história do empreendedorismo e
entender a sua definição, analisar o impacto do empreendedor na economia e
examinar os fatores que influenciam o empreendedorismo.
Acompanhe essa jornada e bons estudos! 
1.1 Quem é o empreendedor?
Imagine que você está participando de um evento - uma festa, um jantar ou um
congresso – com a oportunidade de conhecer e conversar com pessoas diversas. E
durante aquela conversa básica, que geralmente inclui a pergunta “o que você faz?”, o
seu interlocutor responde: “Eu sou empreendedor.”
07/07/2020 Empreendedorismo
https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 3/30
Qual a primeira imagem que vêm na sua cabeça? Seria a de um empresário bem-
sucedido, que começou o seu negócio do zero e hoje é dono de uma fortuna? Ou
daqueles vendedores de pipoca que ficam na porta de escolas? Seria um funcionário
dedicado de uma empresa ou de um gerente desta mesma empresa? Será que você
imaginaria que ele é um funcionário público ou o voluntário de uma ONG?
A maioria das pessoas associa a imagem do empreendedor com a do empresário, como
sendo uma pessoa que cria novos negócios, mas a grande verdade é que qualquer uma
das pessoas descritas no parágrafo anterior, desde o vendedor de pipoca, passando
pelo funcionário de uma empresa e o servidor público, podem sim ser
empreendedores. Sendo assim, vamos conhecer os pontos principais que definem um
empreendedor. 
1.1.1 O papel do empreendedor
Numa visão mais ampla, o empreendedor é a pessoa que identifica oportunidades, as
explora e as desenvolve, seja na criação de um negócio, na construção de uma carreira
como empregado ou até mesmo em outras áreas ou outros aspectos da vida (RAE,
2007).
Marco Polo (1254-1341) pode ser considerado um dos primeiros exemplos de empreendedor. Ele vislumbrou
uma oportunidade de comercializar as mercadorias orientais, em especial da China, em Veneza, sendo um
dos primeiros a percorrer a Rota da Seda. Ele correu grandes riscos, mas virou uma referência para os
grandes comerciantes da época (MANDUCA; CANDIDO; PATRÍCIO, 2016).  
Outra imagem muita associada ao empreendedor é de que algumas pessoas nascem
para serem empreendedores. Mas ao contrário do que se pensa, as habilidades,
comportamentos e características do empreendedor podem ser aprendidas e
desenvolvidas, por qualquer pessoa que assim desejar.
VOCÊ O CONHECE?
07/07/2020 Empreendedorismo
https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 4/30
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Figura 1 - O empreendedor não tem superpoderes, mas é uma pessoa qualquer que pode aprender e
desenvolver as habilidades, comportamentos e características do empreendedor. Fonte: Halfpoint,
Shutterstock, 2018.
Deslize sobre a imagem para Zoom
07/07/2020 Empreendedorismo
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O empreendedor tem um papel crucial no desenvolvimento da economia e da
sociedade como um todo. Aqueles que abrem seu próprio negócio geram empregos e
melhoram a distribuição de renda, já os empreendedores que são funcionários, são
responsáveis por auxiliar as empresas ou o governo a atingirem seus objetivos. Os
empreendedores fazem a história e mudam o mundo em redor deles com as suas
ações, criam modelos de negócios novos e inovadores, como, por exemplo, o Google.
Ao longo da história, os empreendedores sempre existiram e foram destaques na
sociedade, acumulando grandes fortunas e atraindo a atenção das pessoas. Porém,
recentemente, cada vez mais pessoas estão buscando a opção pelo
empreendedorismo. E qual será o motivo dessa procura? Alguns fatores parecem estar
diretamente relacionados com isso, como nos apontam Baron e Shane (2007): 
grande destaque na mídia de empreendedores de sucesso com uma imagem
bastante positiva e atraente, fazendo com que estes empreenderes assumam um
papel de herói (ou heroína) numa época que existem poucas figuras de destaque,
ao contrário do que foi no passado;
mudança no entendimento entre patrões e empregados com relação ao vínculo
trabalhista. Antes, ser um funcionário que desempenhasse bem sua função
garantia uma estabilidade empregatícia. Hoje com as crises econômicas e os
cortes e reestruturações nas empresas, os empregados são menos fieis aos seus
empregos e passam a questionar se não estariam melhores trabalhando por
conta própria;
a segurança de um emprego, com o salário garantido na conta, deixou de ser um
valor importante, especialmente para os mais jovens. Muitos passam a preferir
um estilo de vida mais independente em detrimento da segurança o emprego.
Mesmo com a crise econômica iniciada em 2014, empreender é o desejo de muitos
brasileiros. Em uma pesquisa recente sobre empreendedorismo no Brasil, 36% dos
entrevistados são donos de seu próprio negócio ou realizaram alguma ação em vistas
de ter seu próprio negócio no último ano. Ter um negócio está em quarto lugar entre os
sonhos dos brasileiros, atrás de viajar pelo Brasil, ter uma casa própria ou um carro
(GEM, 2017).  
Um conjunto de programas e ações estruturais tem colaborado para a difusão do
espírito do empreendedorismo no Brasil. Esse processo tem início em 1994 com a
estabilização econômica com o Plano Real, passando pelo lançamento do Programa
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Brasil Empreendedor em 1999, pela Lei Geral da Micro e Pequena Empresa de 2006 e a
criação do Micro Empreendedor Individual (MEI) em 2008 (DORNELAS, 2017).
Destaca-se também a participação do SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e
Pequenas Empresas) na promoção da educação empreendedora e na capacitação e
orientação para os pequenos e microempresários por todo país.
Mesmo com todo este suporte, a vida do empreendedor no Brasil não é fácil. Os
principais fatores limitantes estão relacionados com a burocracia, a carga tributária e a
infraestrutura. A mortalidade das empresas nos dois primeiros anos de vida é elevada,
mas tem melhorado nos últimos anos. Esses aspectos resultam na observação que o
medo de fracassar é o mais impactante para decidir empreender (GEM, 2016).  
Melhorar o cenário do empreendedorismo no Brasil depende de uma evolução das
políticas públicas do governo, mas também de um melhor entendimento do processo
de empreender, dos fatores de sucesso, dos tipos de empreendedorismo, entre outros.
E o primeiro passo é compreender o que é empreendedorismo, como vamos ver a
seguir.
1.2 Conceituando Empreendedorismo
Não encontrado 
O recurso especificado não foi encontrado ou você não possui permissão para acessá-lo.
Terça-feira, 7 de Julho de 2020 20h40min06s BRT
Podemos considerar que o ato de empreender é tão antigo quanto a civilização, por ser
um fruto do trabalho humano, seja na busca de oportunidades de crescimento oucomo uma alternativa de sobrevivência.  Contudo, a definição de empreendedorismo, e
o seu entendimento, evoluiu e continua evoluindo ao longo do tempo (LAUREATE,
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2013).   Para Filion, (1999, p. 18),  um dos principais estudiosos do tema
empreendedorismo, “definir empreendedorismo é um desafio perpétuo, dada a ampla
variedade de pontos de vista para estudar o fenômeno”.
Por isso, para entender melhor o conceito de empreendedorismo, é necessário estudar
a sua origem e evolução. 
1.2.1 Breve histórico do empreendedorismo
O primeiro registro de uso do termo “empreendedor” é atribuído ao economista de
origem franco-irlandesa Richard Cantillon, em 1755, que definiu como sendo um
indivíduo que assume riscos. Esta definição diferenciava o empreendedor do
capitalista, aquele que fornecia o capital (DORNELAS, 2017).  
VOCÊ SABIA?
A palavra empreendedor tem origem no francês “entrepreneur”, que por sua vez, deriva
de duas palavras em latim: “inter”, que significa “reciprocidade” e “prehender”, que pode
ser entendido como “pegar” ou “capturar” e também é associado ao vocábulo
comprador. Podendo ser entendido com o “intermediário” de algo, ou se um negócio,
como é o caso (DORNELAS, 2017; LAUREATE, 2013).  
Nesse período, meados do século XVIII, a Inglaterra estava iniciando o processo da
Revolução Industrial que acabou se alastrando pela Europa, surgindo os primeiros
empreendedores segundo este conceito: pessoas que pegavam os recursos
emprestados com os capitalistas para produzir algo novo. Antes disso, os
empreendedores era basicamente os comerciantes, principalmente, aqueles que se
aventuravam pelos mares em busca de novas rotas de comércio, como Cristóvão
Colombo (MANDUCA; CANDIDO; PATRÍCIO, 2016).
Já em 1814, outro economista francês, Jean-Baptiste Say (1767-1832) utilizou a palavra
empreendedor se referindo ao indivíduo que transfere recursos de um setor cuja
produtividade é baixa para outro de produtividade maior, sendo muito importante
para o funcionamento do sistema econômico. Nesse sentido, o empreendedor era o
intermediário entre as classes produtoras e entre estas e os clientes (MARIANO; MAYER,
2011). No ano de 1871, o economista austríaco Carl Menger (1840 – 1921) agregou à
definição de empreendedor a ideia de que seria aquele que se antecipa às necessidades
futuras (MANDUCA; CANDIDO; PATRÍCIO, 2016).
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No final do século XIX e início do século XX, com a produção em massa e a linha de
montagem, o termo empreendedor passou a ser associado com imaginação e
inovação. O empreendedor percebe as oportunidades relacionadas à inovação e aliado
com sua capacidade de realização, desenvolve novos produtos e serviços que são
oferecidos para a sociedade (MARIANO; MAYER, 2011).  
Saiba que esse período é marcado pelo surgimento de grandes empreendedores, que
arriscaram tudo e conseguiram enriquecer e montar empresas que prosperam até os
dias de hoje. O fundador da Ford Motor Company, Henry Ford (1863-1947), se destaca
não só pelo sucesso da sua empresa, mas também por ser o expoente de uma nova
produção em massa e da linha de montagem. Outro que se destacou mais por sua
habilidade de inovação e criação de novos produtos foi Thomas Edison (1847–1931),
fundador da Edison General Electric Company, que deu origem a General Electric
Company (GE). Entre suas invenções se destacam: lâmpada elétrica incandescente,
câmera cinematográfica, fonógrafo e bateria de (MARIANO; MAYER, 2011; MANDUCA;
CANDIDO; PATRÍCIO, 2016). 
Figura 2 - Empreendedores cujas empresas existem até hoje e suas principais inovações: Henry Ford e o
Deslize sobre a imagem para Zoom
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O capitalismo no início do século XX é então impulsionado pela inovação e progresso
tecnológico resultado do trabalho dos empreendedores. Os principais economistas
nesse período voltam a discutir o conceito de empreendedorismo Com isso são
identificadas três teorias dinâmicas do empreendedorismo (RAE, 2007):
Kirzner (Escola Austríaca): O empreendedor reativo é um agente de ajuste na
economia de mercado.
Schumpeter (Escola Alemã): O empreendedor inovador é uma agente das
mudanças econômicas.  
Leibenstein (Escola de Chicago): O empreendedor causa mudança incremental
e gradual por meio da gestão da empresa. 
Schumpeter é um dos principais autores da definição moderna do empreendedorismo,
descrevendo o empreendedor como um inovador e não alguém que busca somente o
lucro, que está engajado na destruição criativa rompendo o fluxo circular da economia
de mercado baseada na produção e consumo, que tende a um equilíbrio de preços, por
meio da introdução de novos produtos e processos que substituem os produtos e
empresas existentes que se tornam marginais ou não competitivas. Para ele, o
empreendedor é um líder que possui qualidades como intelecto, determinação,
iniciativa, visão de futuro e, especialmente, intuição. Aqui vale destacar intuição como
sendo a capacidade de ver coisas numa forma que depois de um tempo se provam
verdadeiras, aprendendo no seu mundo natural e social de maneira que suas ações
podem ser calculadas de forma simples e confiável (RAE, 2007; CHIAVENATO, 2012).
Para Kirzner, o empreendedor é como um oportunista alerta, que está sempre atento a
oportunidades de lucro no curto prazo que ocorrem devido a um desequilíbrio no
mercado, onde as habilidades de velocidade do movimento e de tomada de decisão
astuta são essenciais. A atividade do empreendedor envolve ações criativas de
aprendizagem de descoberta e que o empreendedor supera outros no mercado, pois
possui uma habilidade superior para perceber e agir nas oportunidades (RAE, 2007).  
Já Druker considera que a introdução e aplicação da inovação é um aspecto vital do
empreendedorismo. Segundo ele, o empreendedorismo está diretamente relacionado
a assumir riscos, e o comportamento do empreendedor é de geralmente abrir mão de
modelo Ford T, Thomas Edison e a lâmpada elétrica. Fonte: Jovanovic Dejan / aradaphotography /
Marzolino / Everett Historical, Shutterstock, 2018.
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sua carreira e segurança em nome de uma ideia, investindo tempo e dinheiro em um
futuro incerto (CHIAVENATO, 2012).
Na segunda metade do século XX, começaram os primeiros estudos apontando que
poderia existir o empreendedorismo dentro de uma organização, que foi denominado
de intraempreendedorismo. Este conceito passou a ter grande destaque
principalmente devido ao papel que as atividades desenvolvidas nas organizações têm
na sociedade. Percebeu-se que o empreendedor coorporativo tem características e
habilidades similares ao empreendedor que cria um negócio (MARIANO; MAYER, 2011).
A partir da década de 1980, o estudo do empreendedorismo expandiu e espalhou para
outras disciplinas, principalmente, na busca de outras formas de abordagem que
incorporassem as rápidas mudanças tecnológicas à sua dinâmica. Tal interesse resultou
numa série de instituições de ensino oferecendo cursos sobre o assunto (FILION, 1999).  
Leite (2008) considera os anos 80 como a década do empreendedorismo, com a
percepção pela sociedade da importância do empreendedor para o desenvolvimento
das nações.
Com os avanços no campo da tecnologia da informação, a partir da década de 1990,
aumentaram as possibilidades de criação de novos produtos e serviços, fazendo surgir
uma grande quantidade de empresas de sucesso. Surge então um novo perfil de
empreendedor, em que se destacam Bill Gates (1955-) fundador da Microso� e Steve
Jobs (1955-2011) da Apple, e mais recentemente Larry Page e Sergey Brin (ambos
1973-) do Google e Mark Zuckerberg (1983-)do Facebook (MARIANO; MAYER, 2011).  
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Outro fenômeno ainda mais recente é a criação das startups, pequenas empresas de
tecnologia que buscam desenvolver produtos e serviços escaláveis, que tem atraindo
ainda mais pessoas para o empreendedorismo (MANDUCA; CANDIDO; PATRÍCIO, 2016).  
Filion (1999) considera o empreendedorismo como um passo em direção à conquista
da liberdade. Se antes era expresso na criação (ou no intraempreendedorismo) de
grandes corporações, hoje se observa a força empreendedora nos pequenos negócios.
Com isso, a partir da década de 90, um número cada vez maior de pessoas tem
escolhido o autoemprego.
Figura 3 - Empreendedores de sucesso como Larry Page, Sergey Brin, Mark Zuckerberg, Steve Jobs e Bill
Gates tiveram suas trajetórias contadas em livros e filmes. Fonte: JStone / aradaphotography / Paolo
Bona / Annette Shaff, Shutterstock, 2018.
Deslize sobre a imagem para Zoom
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As discussões sobre o empreendedorismo e sua definição seguem nos dias de hoje, e
Chiavenato (2012) procura resumir as contribuições dos diversos autores da área sobre
o tema, como você pode observar na figura abaixo.
Na busca de uma definição final para o empreendedorismo, RAE (2007) considera que
os conceitos tradicionais de empreendedor incluem: uma pessoa que cria organizações
e uma pessoa que conhece e age para explorar uma oportunidade, porém não incluem
a criatividade, as mudanças e as incertezas envolvidas na atividade do empreendedor.
As teorias processuais ou dinâmicas assumem que a incerteza existe e dão ao
empreendedor a chance de criar e explorar as oportunidades de inovação e lucro.
 Quadro 1 -
Contribuições de diversos autores para o entendimento e a definição do empreendedorismo. Fonte:
CHIAVENATO, 2012, p. 20.
Deslize sobre a imagem para Zoom
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A concepção dinâmica do papel do empreendedor é de um agente que cria, reconhece
e age nas oportunidades. Isso inclui o uso da inovação para fazer coisas novas, operar
com flexibilidade e se adaptar a um contexto mais amplo, trabalhar em condições de
risco e incerteza, realizar mudanças e ganhar a recompensa a partir dos lucros. Se o
empreendedorismo é visto como um processo, ele consiste de uma pessoa, da busca
por oportunidades de mercado, comportamento inovador e da junção dos recursos
necessários para explorar essas oportunidades (RAE, 2007).  
Filion (1999) constrói uma definição completa do que é o empreendedor a partir da
contribuição dos mais diversos autores das diferentes épocas, chegando ao seguinte
resultado:
o Empreendedor é uma pessoa criativa marcada pela capacidade de estabelecer
e atingir objetivos que mantém alto nível de consciência do ambiente em que
vive, usando-se para detectar oportunidades de negócios. Um empreendedor
continua a aprender a respeito de possíveis oportunidades de negócios e a
tomar decisões moderadamente arriscadas que objetivam a inovação,
continuará a desempenhar um papel empreendedor (FILION, 1999, p. 19). 
Dolabela (2006, p. 29), reconhecido como um dos principais professores brasileiros de
empreendedorismo, apresenta uma definição bem mais simples: “o empreendedor é
alguém que sonha e busca transformar seu sonho em realidade”.
Agora que você já sabe a história do empreendedorismo e sua definição, vamos dar
uma olhada no histórico do empreendedorismo no Brasil.
 1.2.2 Breve histórico do empreendedorismo no Brasil
Inicialmente, o empreendedorismo no Brasil no período colonial era baseado na
agricultura e no extrativismo. Caldeira (2009) demonstra que durante os três primeiros
séculos do Brasil colônia havia um forte mercado interno, independente de Portugal,
bastante dinâmico e em crescimento.
Provavelmente o primeiro grande empreendedor brasileiro seja Irineu Evangelista de
Souza (1813-1889), mais conhecido com Barão de Mauá. Após observar o impacto da
Revolução Industrial na Inglaterra, ele retornou ao Brasil decidido a investir na
industrialização do país. Barão de Mauá investiu em negócios diversos, tendo
construído a primeira ferrovia brasileira, a primeira fundição de ferro e o primeiro
estaleiro, além de ter sido banqueiro. Em seu auge, teve sob seu controle 8 das 10
maiores empresas brasileiras na época (LOH, 2016).  
07/07/2020 Empreendedorismo
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No final do século XIX, tem início o período industrial, que abre espaço para muitos
empreendedores, imigrantes ou nacionais, que têm a oportunidade de atingir um novo
status na sociedade. O empreendedorismo brasileiro é marcado pela criação e
crescimento de empresas originadas em grupos familiares, como a família Matarazzo,
das Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo (MANDUCA; CANDIDO; PATRÍCIO, 2016).  
A série Os Gigantes do Brasil (MELLO, 2016) narra a saga de 4 grandes empreendedores brasileiros que
mudaram o país no final do século XIX e início do XX, principalmente no urbanismo e na industrialização. São
eles: Francisco Matarazzo (1854-1937), Guilherme Guinle (1882-1960), Giuseppe Martinelli (1870-1946) e
Percival Farquhar (1864-1953).  
Outros grupos familiares se destacaram ao longo dos anos, como é o caso da Família
Klabin-Lafer, na indústria de papel, de José Ermírio de Moraes (1900-1973), criador do
grupo Votorantim, e de Roberto P. Marinho (1904-2003), das Organizações Globo
(MANDUCA; CANDIDO; PATRÍCIO, 2016).  Um dos brasileiros que se destacaram por seu
espírito empreendedor é o apresentador Silvio Santos (1930-), dono do Sistema
Brasileiro de Televisão (SBT), que começou como ambulante. O Grupo Silvio Santos é
formado por mais de 30 empresas, nos mais diversos ramos, e seu fundador segue
empreendendo, e com mais de 70 anos de idade, entrou recentemente para o mercado
de cosméticos com a empresa Jequiti. (MANDUCA; CANDIDO; PATRÍCIO, 2016).
O homem mais rico do Brasil, Jorge Paulo Lemann (1939), juntamente com seus sócios,
Carlos Alberto Sicupira (1948-) e Marcel Herrmann Telles (1950-), talvez sejam hoje os
empreendedores brasileiros de maior sucesso internacional. São os donos da maior
cervejaria do mundo, a Anheuser-Busch InBev, além do Burger King, da Kra� Heinz
(conhecida por seu ketchup), das Lojas Americanas e da B2W do ramo de e-commerce
(GRADILONE, 2017).  
Mesmo com esse histórico de empreendedores brasileiros de sucesso, Dornelas (2017)
afirma que somente na década de 1990 o movimento do empreendedorismo começou
a ganhar forma, com o lançamento do Empretec pelo SEBRAE e a criação da Sociedade
Brasileira para Exportação de So�ware (So�ex).
VOCÊ QUER VER?
07/07/2020 Empreendedorismo
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Fernandes (2013) pontua que o ensino do empreendedorismo no Brasil começou
apenas em 1981, num curso de especialização da Escola de Administração de Empresas
de São Paulo (EAESP) da FGV, e que em 1989 foi lançado o primeiro livro no Brasil em
língua portuguesa sobre empreendedorismo.
O SEBRAE teve origem em 1972, sobre a alcunha de CEBRAE (Centro Brasileiro de Apoio
Gerencial às Pequenas e Médias Empresas), tendo passado por uma reformulação em
1990, quando recebeu a denominação atual, se transformando num serviço social
autônomo e passou a fazer parte do chamado sistema S, juntamente com SENAC, SESI
e SENAI (MELO, 2008).  
A missão do SEBRAE é “(...) promover a competitividade e o desenvolvimento
sustentável das micro e pequenas empresas (MPE) e fomentar o empreendedorismo no
Brasil” (MARIANO; MAYER, 2011, p. 81). Este é um dos órgãos do governo mais
conhecido do empreendedor brasileiro, que encontra o apoio para iniciar sua empresa,
além deconsultorias e treinamentos para desenvolvimento do empreendedor e da
empresa, nos mais diversos aspectos de gestão da empresa, como o controle
financeiro, marketing, gestão de pessoas, vendas, entre outros (DORNELAS, 2017).  
A So�ex foi criada para apoiar o desenvolvimento das empresas de so�ware do país
com foco no mercado externo, com ações de capacitação para o empresário de
informática em gestão e tecnologia. Para Dornelas (2017), a história da So�ex e do
empreendedorismo no Brasil na década de 1990 seguem juntas. Foram os programas
que esta instituição desenvolveu junto a incubadoras de empresas e universidades em
todo país que despertou o interesse pelo tema empreendedorismo. A empresa foi
reformulada, mas continua apoiando o empreendedorismo relacionado à tecnologia
de informação e às startups.
O livro “O Segredo de Luísa” (DOLABELA, 2006) conta a história de uma empreendedora fictícia em sua saga
para abrir e gerenciar uma empresa no interior de Minas Gerais. O livro lançado em 1999, do professor
Fernando Dolabela, é um dos mais utilizados para o ensino do empreendedorismo, fornecendo uma
metodologia para o aprendizado adequado do tema para qualquer pessoa.  
VOCÊ QUER LER?
07/07/2020 Empreendedorismo
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O Empretec, um acrônimo de empreendedores e tecnologia, é o principal treinamento
de empreendedorismo do SEBRAE e foi lançado em 1993. É uma metodologia de
ensino de empreendedorismo da ONU (Organização das Nações Unidas), sendo
promovido em cerca de 40 países. O treinamento tem como foco a capacitação na
identificação de novas oportunidades de negócio e no desenvolvimento das
características comportamentais do empreendedor, utilizando uma metodologia
vivencial (MELO, 2008; MARIANO; MEYER, 2011). Percebe-se que apesar do
desenvolvimento tardio de programas de educação empreendedora no país, hoje o
Brasil tem o potencial para desenvolver o ensino de empreendedorismo, num tamanho
e abrangência comparável apenas aos Estados Unidos (DORNELAS, 2017).
Nesse breve histórico de alguns importantes empreendedores brasileiros é possível
perceber a importância do empreendedor para o crescimento do país. A seguir, vamos
examinar a relação entre o desenvolvimento econômico e o empreendedorismo.
1.3 Perspectiva econômica
Baron e Shane (2007) são categóricos ao afirmarem que o empreendedorismo é um
motor para o desenvolvimento econômico. Eles se baseiam em uma série de dados
estatísticos dos Estados Unidos, que mostram o impacto do empreendedorismo nas
economias da sociedade, como por exemplo:
elevado corte de vagas de emprego nas grandes corporações americanas e,
mesmo assim, queda na taxa de desemprego;
a cada ano mais de 600 mil empresas são abertas e este número duplicou nos
últimos 20 anos;
uma em cada oito pessoas trabalham por conta própria nos EUA;
crescimento no número de cursos de empreendedorismo no país.
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Dolabela (2006) concorda que o empreendedor é o motor da economia, com sua
percepção de novas oportunidades e sua característica de agente de mudança
contribui para o desenvolvimento econômico e para a inovação.
Esse fato já era percebido desde os tempos de Schumpeter, que em seu livro “Teoria do
Desenvolvimento Econômico”, de 1911, argumentou a força motriz do crescimento
econômico como sendo o empreendedor, que introduz inovações no mercado que
tornam os produtos e tecnologias existentes obsoletos, característica do processo de
destruição criativa (BARROS; PEREIRA, 2008).
Essa percepção quanto à importância do empreendedorismo não encontra eco na
Teoria Econômica Neoclássica, que considera a acumulação do capital físico
(equipamentos, máquinas etc) e humano, progresso tecnológico e expansão de
mercados como sendo os principais determinantes do crescimento econômico
(BARROS; PEREIRA, 2008).
Fontanele (2010) considera que essa ausência do empreendedor do paradigma
neoclássico se deve às dificuldades teóricas, o que resulta em lacunas no entendimento
dos mecanismos básicos de funcionamento da economia.
Voltando a Barros e Pereira (2008), os autores apresentam outra teoria que procura
explicar o papel do empreendedor no crescimento econômico, a Teoria do
Empreendedorismo pelo Transbordamento do Conhecimento. Ela pressupõe que
quando uma nova ideia ou novo conhecimento, criados nos centros de pesquisa e
desenvolvimento (P&D) de grandes empresas ou de universidades, não são
aproveitadas pela instituição que a criou, elas podem resultar em oportunidades para o
empreendedor.
A partir dessa teoria, uma pesquisa empírica conduzida na Alemanha procurou testar
uma hipótese de crescimento econômico: uma maior atividade empreendedora deve
gerar níveis mais altos de crescimento econômico, já que o empreendedorismo é este
mecanismo de transbordamento e comercialização de conhecimento. O resultado
confirmou a hipótese, pois nas regiões onde havia mais empreendedorismo tanto o
Produto Interno Bruto (PIB) quanto a sua variação eram maiores. O empreendedorismo
é, portanto, um elemento importante para explicar o desempenho econômico regional
(BARROS; PEREIRA, 2008).   Sendo assim, vamos avançar nosso estudo e conhecer as
consequências do empreendedorismo sob o ponto de vista da economia. 
1.3.1 Impactos e resultados do empreendedorismo 
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As transformações ocorridas com o lançamento de novos produtos no mercado, com as
mudanças tecnológicas e nos processos produtivos são formas que avaliar a
contribuição do empreendedor para o crescimento econômico. As iniciativas
empreendedoras têm como impactos o aumento da eficiência, que resulta num
aumento na concorrência, além de alterações no comportamento do consumidor. A
descoberta de novos produtos é potencializada e acelerada por uma cultura
empreendedora, sendo que sua disseminação tem um importante papel no processo
de aprendizagem (FONTENELE, 2010).  
Quanto mais ocorrem entradas de novos competidores, mais inovação é gerada e há
aumento da produtividade, resultados da inovação em si e também das ações das
empresas para impedir a entrada de novos concorrentes. Barros e Pereira (2008)
apresentam o estudo de Aghion e Howitt que conclui que este efeito de entrada de
novos concorrentes é mais positivo e significativo em países mais desenvolvidos em
termos de tecnologia. Pode-se entender que os novos negócios são introduzidos nos
mercados pelos empreendedores a partir de uma inovação, seja ela um novo produto
ou serviço, uma nova qualidade de produto ou serviço, uma nova forma de produção, a
abertura de um mercado novo, uma fonte nova de matéria-prima ou uma nova forma
de organização. A criação de um novo negócio, com ou sem inovação, aumenta a
concorrência e tem o potencial de provocar a saída de empresas do mercado, ou uma
reação das empresas estabelecidas seja com outra inovação ou por fusões e aquisições
(BARROS; PEREIRA, 2008). Esse processo tem como resultado uma nova estrutura de
mercado mais eficiente e com maior dinamismo econômico. Isso se traduz nos
indicadores de valor adicionado, como o PIB e de níveis de emprego. Veja na figura a
seguir a relação entre o empreendedorismo e o desempenho econômico. 
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Fica claro que a capacidade empreendedora de uma nação tem relação com o seu
desenvolvimento econômico e por isso, nada mais natural que haja um grande
interesse em se medir o quão empreendedor é um país. Nesse sentido, foi criada em
1999 o projeto Global Entrepreneurship Monitor (GEM), ou Pesquisa Global sobre
Empreendedorismo (MARIANO; MAYER, 2011). 
 Figura 4 - A relação entre
empreendedorismo e desempenho econômico a partir da concorrência e/ou da inovação.Fonte:
BARROS; PEREIRA, 2008, p. 984.
VOCÊ QUER LER?
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O relatório de pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM, 2017) foi criado por duas instituições que
estudam o tema empreendedorismo: a Babson College, de Boston, EUA, e a London Business School, de
Londres, Inglaterra. Realizado anualmente é uma referência mundial nos estudos de empreendedorismo.
Você pode acessar a versão de 2016, disponível em: <http://www.bis.sebrae.com.br/bis/download.zhtml?
t=D&uid=941a51dd04d5e55430088db11a262802 (http://www.bis.sebrae.com.br/bis/download.zhtml?
t=D&uid=941a51dd04d5e55430088db11a262802)>. 
Na pesquisa realizada em 2016, participaram 65 países, dos cinco continentes, o que
representa 70% da população mundial e 83% do PIB. O Brasil participa do desde o ano
2000, sendo a pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade
(IBPQ) em parceria com o SEBRAE. .
Conduzida por meio de uma amostragem estatística da população, a pesquisa tem
como objetivo: “identificar as atitudes da população em relação à atividade
empreendedora, as taxas de empreendedorismo, as motivações e as características dos
empreendedores e de seus empreendimentos, além das condições para empreender”
(GEM, 2017, p. 17).  
Nesse ponto, é importante conhecer a definição de empreendedorismo adotado pelo
GEM, como sendo:
qualquer tentativa de criação e desenvolvimento de novos negócios ou criação
de novas empresas, como o trabalho por conta própria, uma nova organização
empresarial, ou a expansão de uma empresa já existente, por um indivíduo, uma
equipe de pessoas, ou um negócio estabelecido” (GEM, 2017, p. 17).  
Observe que a definição adotada, apesar de bastante ampla, não vincula o
empreendedorismo à inovação, algo que foi bastante destacado ao longo deste
capítulo, sendo o simples fato de se criar um empreendimento ser suficiente para
caracterizar o empreendedorismo. Além disso, como inclui a expansão de uma
empresa já existente, esta definição também engloba o intraempreendedorismo.
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Empreendedores reconhecem oportunidades. Entrepreneurship and small business management (2ª ed.,
Capítulo 1). Nueva York, NY: Pearson Education. (https://mym.cdn.laureate-
media.com/2dett4d/LNO/ENTP/0000/PT/PDF/LNO_ENTP0000_ENTP_C01_PT.pdf)
Com o estudo anual do GEM ficou claro que a criação de empresas por si só não resulta
num maior desenvolvimento econômico, pois isso só ocorre se os   novos negócios
foquem em oportunidades de mercado. Por conta disso, faz-se necessário duas novas
classificações de empreendedorismo trazidas por Dornelas (2017):
Empreendedorismo de Oportunidade: a empresa é criada com um
planejamento prévio, em que o empreendedor tem claro aonde quer chegar,
visando sempre à geração de lucros, empregos e riqueza.
Empreendedorismo de Necessidade: os negócios são geralmente criados
informalmente, por falta de opção do empreendedor por estar desempregado e
não encontrar trabalho. 
O empreendedorismo de oportunidade está diretamente relacionado ao
desenvolvimento econômico e é muito mais presente em países desenvolvidos. Já o de
necessidade, normalmente fracassa e agrava os índices de mortalidade de negócios,
sem gerar desenvolvimento econômico, sendo mais comum em países em
desenvolvimento (DORNELAS, 2017).  
CASO
Com o objetivo de se verificar se o empreendedorismo realmente afeta
positivamente o desenvolvimento econômico de uma região, foi desenvolvida
uma pesquisa em Minas Gerais, que procurava investigar a relação entre a taxa
de desemprego e o empreendedorismo em cada região do estado. Para cada um
dos 853 municípios do estado foram avaliados:
- Taxa de Desemprego (TDE): a proporção de desocupados em relação à
população economicamente ativa, com base no censo demográfico do IBGE.
- Taxa de Empreendedorismo (TE): a proporção dos trabalhadores por conta
própria em relação à população economicamente ativa, utilizando a mesma base
de dados.
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O resultado mostrou que nos municípios com maior taxa de empreendedorismo,
a taxa de desemprego era menor. Porém um TE maior não resulta em um
aumento no PIB, indicador de melhor desempenho econômico. Provavelmente, a
maior quantidade de pessoas trabalhando por conta própria deve ser em
atividades alternativas ao desemprego, com baixa produtividade e renda, o que
realmente não se reflete em crescimento econômico.  Esse resultado mostra a
importância de políticas públicas que favoreçam o empreendedorismo que gere
emprego e renda, e não aquele que existe como alternativa ao desemprego. Tais
políticas terão impactos positivos tanto sociais quanto econômicas (BARROS;
PEREIRA, 2008).  
Em 2016, o empreendedorismo de oportunidade foi de 57% (por necessidade 43%) do
total de negócios na fase de empreendedorismo inicial, um dos menores índices entre
os países pesquisados. Chama a atenção o fato que em 2014 a taxa de
empreendedorismo por oportunidade chegou a um ápice histórico de 71%. A queda
nos últimos anos deve-se à crise econômica no país (GEM, 2017).   Esse resultado
corrobora o de outras pesquisas que indicam que em países ricos a atividade
empreendedora é associada a uma maior taxa de crescimento econômico, e em países
pobres, ou em desenvolvimento, incluso na lista o Brasil, esta relação é inversa. Ou seja,
o empreendedor por necessidade tem pouca contribuição sobre o dinamismo da
economia local (BARROS; PEREIRA, 2008)..
Para alterar esse quadro e tornar o empreendedorismo uma mola propulsora do
desenvolvimento econômico no Brasil é importante entender os fatores que
influenciam o desenvolvimento do empreendedor, como vamos abordar a seguir.
1.4 Fatores positivos e negativos para o
desenvolvimento do empreendedor
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O relatório GEM, além de medir a atividade empreendedora, auxilia na identificação
dos fatores responsáveis pelas diferenças no nível de empreendedorismo entres os
países, o que pode facilitar a identificação das políticas públicas que podem ser eficazes
para o desenvolvimento de novos negócios (DORNELAS, 2017).  
O empreendedorismo é um fenômeno complexo condicionado a fatores culturais, mas
que também é influenciado por questões políticas e econômicas, sendo resultado dos
hábitos, práticas e valores das pessoas. Em países desenvolvidos, com economia
estável, os empreendedores agem de forma diferente daqueles num país pobres e com
população carente. O fato é que o empreendedor é influenciado diretamente pelo meio
onde vive, sendo um fenômeno cultural (DOLABELA, 2006).   
VOCÊ SABIA?
A taxa de empreendedores nascentes ou novos tem crescido desde 2012, mesmo num
cenário econômico adverso, marcado pela queda do PIB e recessão. Este crescimento
pode ser explicado por fatores sociais, como o aumento do nível de escolaridade da
população, pela política governamental, com a criação do MEI (Micro Empreendedor
Individual), e por mudança na cultura, com o brasileiro a cada dia mais propenso a
empreender (GEM, 2017).  
A pesquisa do GEM avalia o contexto social, cultural e político para tentar explica as
diferenças na taxa de empreendedorismo entre os países, com o seguinte modelo
(GEM, 2017):

  0:00 / 4:59 
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Requisitos Básicos: Instituições; Infraestrutura; Estabilidademacroeconômica; e
Saúde e educação fundamental;
Catalisadores de Eficiência: Educação superior e capacitação; Mercado de bens
de serviço; Mercado de trabalho; Mercado financeiro; Prontidão tecnológica; e
Tamanho do mercado;
Inovação e Empreendedorismo: Apoio financeiro; Políticas governamentais;
Programas governamentais; Educação e capacitação; Infraestrutura comercial e
profissional; Acesso ao mercado; Acesso à infraestrutura física; e Normas culturais
e sociais. 
Assim, é preciso ter condições favoráveis para empreender, seja em relação ao âmbito
pessoal, seja a partir das políticas públicas de incentivo.   Assim, vamos abordar essas
condições no item a seguir. 
1.4.1 Condições para empreender
Para Fontenele (2010), a criação de empresas nos diferentes países é influenciada pelo
apoio do governo ao empreendedorismo, por incentivos de leis e instituições, pela
disponibilidade de facilidades para gestação de novas empresas, infraestrutura e cursos
de formação e pelo apoio ao crescimento e sobrevivência das startups.
A educação para o empreendedorismo é fundamental para o desenvolvimento de uma
cultura empreendedora, sendo que muitos lugares, como no Reino Unido, falharam em
criar tal cultura, apesar do forte discurso político destacando a importância do
empreendedorismo. As políticas geralmente estão relacionadas com incentivo
financeiro de curto prazo, que é relativamente fácil de ser feito, ao invés de estarem
relacionadas com mudanças culturais de longo prazo, que são mais difíceis. Tais
políticas não são desenvolvidas a partir do diálogo com os empreendedores, e apesar
das mensagens encorajadoras do governo, os empreendedores encontram dificuldades
práticas para acessar os recursos, o apoio e as oportunidades necessárias para começar
e administrar seus negócios (RAE, 2007).
Ainda segundo RAE (2007), há quatro fatores que devem ser considerados com relação
ao papel do empreendimento na sociedade:
 
1)                Os objetivos políticos devem ser claramente entendidos no contexto nacional,
para cada objetivo (reduzir a pobreza, criar empregos, reduzir as atividades estatais, por
exemplo) são necessárias estratégias e diretrizes em ambientes diferentes.
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2)         A natureza do empreendimento e do empreendedorismo deve ser considerada,
como o modelo americano de “livre” economia de mercado; subsídios agrícolas;
economia comunitária; negócios familiares etc.
3)         Quão inclusiva ou exclusiva será a abordagem, como o incentivo à formalidade.
Para muitos países, a economia informal é substancial e importante. Problemas
relacionados ao racismo ou preconceitos.
4)               Qual o papel do governo em criar e implementar políticas para empreender. A
maioria dos governantes e ministros não possui experiência de empreendedorismo.
Muitos argumentam que a melhor contribuição que o governo pode dar para a criação
de uma cultura de empreendedorismo é não interferir.
 
A mentalidade empreendedora é um dos fatores que influenciam o surgimento de uma
cultura empreendedora e a criação de novos negócios. Esse conceito está associado à
avaliação da pessoa quanto ao ambiente em que está inserida e as condições que
influenciam sua decisão de empreender, com os seguintes resultados (GEM, 2017):
Convivência com empreendedores: está relacionado com conhecer
pessoalmente alguém que começou um negócio nos últimos 2 anos, como é o
caso de 41,3% da população brasileira. Sendo o segundo maior índice entre os
BRICS (conjunto de países formados por Brasil, Rússia, Índia, China e África do
Sul);
Oportunidades de novos negócios: o Brasil é um dos países que mais acredita na
existência de boas oportunidades de negócio em curto prazo;
Conhecimento, habilidade e experiência para gerenciar um novo negócio:
Brasil e Estados Unidos são os países cuja população se sente mais preparada
para empreender;
Medo de fracassar: não é um impeditivo para abrir um novo negócio, como
afirmam 57,6% da população do Brasil;
Com relação às condições para empreender no Brasil, relacionados aos aspectos
econômicos, sociais, culturais e institucionais, a pesquisa GEM de 2016 identifica como
os cinco principais fatores favoráveis e limitantes ao empreendedorismo, conforme
mostra a a figura a seguir. Chama atenção a presença dos programas governamentais
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tanto como fator favorável quanto como fator limitante, porém o percentual de
entrevistados que considerou como limitante (77%) é amplamente superior aos que
considera favorável (25%) (GEM, 2017).  
Outro aspecto curioso, é que a corrupção é considerada um fator limitante para apenas
2% dos entrevistados mesmo no atual cenário brasileiro, em que os escândalos de
corrupção fazem parte do noticiário diário.
A importância das políticas públicas de apoio ao empreendedorismo e às micro e
pequenas empresas são reforçadas pelas pesquisas sobre o empreendedorismo no
Brasil. Mostram também que é necessário reduzir a carga tributária e a taxa de juros, e
também melhorar o ambiente de negócios e reduzir da burocracia. Tais ações podem
ter impactos sociais significantes ainda mais numa economia de elevada taxa de
Figura 5 - Os cinco principais fatores favoráveis e limitantes ao empreendedorismo no Brasil, segundo
especialistas entrevistados para o relatório GEM de 2016. Fonte: Elaborado pelo autor, adaptado de GEM,
2017.
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desemprego. Iniciativas como a criação de incubadoras de empresas e o estimulo às
cooperativas são favoráveis à criação de oportunidades de trabalho (BARROS; PEREIRA,
2008).  
Na opinião de Dornelas (2017), ainda faltam políticas públicas duradouras para
consolidação do empreendedorismo no país, mesmo com os avanços recentes nas
políticas do Governo Federal de apoio ao empreendedorismo.
Espera-se que o governo atue de forma efetiva para melhorar o ambiente para o
empreendedorismo no país e que cada vez mais pessoas estejam dispostas a
empreender com foco em oportunidades (e não por necessidade) para que o Brasil
tenha um maior desenvolvimento econômico e social.
Síntese
Chegamos ao fim deste capítulo, e você pode conhecer o que é empreendedorismo e a
suas definições, entendeu como este conceito evoluiu ao longo dos anos e descobriu a
importância do empreendedorismo para o desenvolvimento econômico dos países e os
fatores que facilitam ou dificultam a ação empreendedora.
Neste capítulo, você teve a oportunidade de:
aprender sobre quem é o empreendedor;
compreender o conceito de empreendedorismo;
conhecer um pouco da história de importantes empreendedores do Brasil e do
mundo;
relacionar o desenvolvimento econômico com o empreendedorismo;
identificar as condições culturais e estruturais para o desenvolvimento do
empreendedorismo.
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